Australianos promovem invasão musical no Brasil

PORTO ALEGRE, SÁBADO, 27 DE JULHO DE 2002
Entre as
principais estréias
deste final de
semana nos
cinemas da
Capital está
“Príncipes e
Princesas”;
“Hóspede Maldito”,
“Neve Pra
Cachorro” e
“Redemoinho”.
Australianos promovem
invasão musical no Brasil
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James Reyne, sucesso depois do Australian Crawl
Os amantes da
música podem
conferir, na
agenda, vários
shows em palcos
da Capital e do
Interior. Entre eles,
Kako Xavier,
Doctor Jazz, Beto
Bollo, Black
Master, Dama da
Noite e Reminders.
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Confira no Teatro
da Ospa
“Monólogos da
Vagina”, mais uma
comédia dirigida
por Miguel
Falabella, de volta
a Porto Alegre. E o
clássico “Arlequim,
Servidor de Dois
Patrões”, no
Theatro São Pedro.
Spy vs Spy é uma das bandas presentes na série
Daniel Soares
Não é só pelos cangurus, aborígines, a estonteante top model
Elle Macpherson e Mel Gibson que a distante Austrália se destaca no mundo. Na música, grupos como o AC/DC e o Inxs (que
esteve no Brasil recentemente com uma nova formação) já deixaram suas indefectíveis marcas. Agora, a Ouver Records, através do selo Tronador, traz ao Brasil a “Surf Séries”, com títulos
que representam a surf music australiana, em nomes conhecidos como o Hoodoo Gurus e Gang Gajang e grupos até então
inéditos no país como o surpreendente The Riptides.
O Gang Gajang aparece com uma antologia, o álbum duplo
“Cronologica”, reunindo 30 clássicos da banda. Entre elas,
“Gimme Some Lovin” e “Talk to Me”. Outra coletânea é a “Ampology”, do cultuado Hoodoo Gurus, considerada uma das melhores bandas da Austrália. Destaques para as faixas “Bitter
Sweet” e “Another World”. “Resurface” é o CD ao vivo da The
Riptides, banda dos anos 80 que incorporava ritmos distintos
como a própria surf music e o pop rock e cujo guitarrista, Mark Midnight Oil: música engajada
Callaghan, mais tarde formaria o Gang Gajang.
Mas uma das mais características bandas australianas é a The Chevelles que aparece nesta coleção com o álbum “Delirium”. Todos os seus integrantes são realmente praticantes do surf e fizeram uma empolgante apresentação no Brasil
no Australian Surf Music Festival. No CD, ouvidos atentos para “Valentine”, “Another Girl”, e
para a inédita “Delirium”.
Pouco conhecido no Brasil, Pico, uma espécie
de Bob Dylan da surf music, traz 12 músicas, em
“Ghost Flowers”, feitas com exclusividade para os
filmes da marca Rip Curl. “When Liberty Smiles”
é o CD duplo do Vanilla Chainsaws, banda que
tem, como sua marca registrada, o power rock,
com guitarras e vocais distorcidos como nas fai- A Horse Trank ainda é pouco conhecida
xas “Red Lights” e “Doom”. O pop rock australiano também se
faz presente com “Summer Eyes”, do Shock Poets. O CD, apesar de ser uma coletânea, traz um bom material inédito. E se a
Austrália tem surf music, também tem lugar para o reggae. E
representando o autêntico estilo jamaicano, da cidade de Newcastle vem o grupo The Natural Mystics com o álbum “Natural
Creation”, para fazer todo mundo dançar.
Mas um dos grandes destaques desta coleção da Ouver Records é o CD “Australian Surf Vol.1”. A coletânea reúne o melhor do estilo, trazendo 20 faixas, uma para cada banda. No CD,
estão presentes o engajado (pelas causas ecológicas) Midnight
Oil, que já tocou em Porto Alegre, mostrando “No Reaction”; James Reyne, do Australian Crawl, que fez uma apresentação memorável no Araújo Vianna ano passado, com “Little Criminals”;
o Mental as Anything aparece com “Too Many Times”; “Cyclone
Surf” é a faixa do Horse Trank, banda ainda desconhecida do
grande público brasileiro; Spy vs Spy, outra banda cultuada no
meio surf, brinda os ouvintes com “Free the Future”; e The Radiators, talvez a mais pesada de todas as bandas desta série,
detona com “Unsophisticated”. O selo ainda prepara outros lançamentos como “Surf City Heart”, do The Fauves, e um segundo volume da coletânea Australian Surf.
A banda Mental as Anything
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A banda Radiators está presente na coletânea ‘Australian Surf Vol.1’
Todos os integrantes da The Chevelles são surfistas