MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA MESTRADO EM MELHORAMENTO GENÉTICO DE PLANTAS DIVERSIDADE GENÉTICA DE ACESSOS NATIVOS DE MACROPTILIUM SPP E SEU SIMBIONTE BACTERIANO NO SEMIÁRIDO PERNAMBUCANO Mestrando: Thiago Prates Fernandes Orientador: Prof. Mario de Andrade Lira Junior, Ph.D. Co-orientador: Márcia do Vale Barreto Figueiredo, D.Sc. Recife – PE Novembro, 2010 Thiago Prates Fernandes DIVERSIDADE GENÉTICA DE ACESSOS NATIVOS DE MACROPTILIUM SPP E SEU SIMBIONTE BACTERIANO NO SEMIÁRIDO PERNAMBUCANO. Projeto de pesquisa apresentado pelo aluno Thiago Prates Fernandes ao Programa de Pós-Graduação em Agronomia- Melhoramento Genético de Plantas da UFRPE, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre. Recife – PE Novembro, 2010 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO Dados gerais do projeto Titulo: Diversidade genética de acessos nativos de Macroptilium spp e seu simbionte bacteriano no semiárido Pernambucano. Linha de pesquisa: Caracterização genética e agronômica de plantas cultivadas na região tropical. Equipe técnica: Autor: Nome: Thiago Prates Fernandes Titulação: Engenheiro Agrônomo Curso: Agronomia CPF: 071.457.026-57 e-mail: [email protected] Orientador: Nome: Mario de Andrade Lira Junior. Titulação: PhD em Plant Science Ano da titulação: 2001 Departamento: Agronomia Área: Fitotecnia CPF: 794002644-53 e-mail: [email protected] Co-orientador Nome: Márcia do Vale Barreto Figueiredo Titulação: Dra. Em Ciências (Microbiologia), UFRJ Ano da titulação: 1998 Departamento: Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária Área: Fitotecnia CPF: 127.926.674-00 e-mail: [email protected] Duração: 24 meses UNIDADE EXECUTORA: Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE - Campus de Dois Irmãos, Rua Dom Manuel de Medeiros, s/n - Dois Irmãos CEP: 52171-900 Caixa Postal 1022 Recife - PE Fone: (081) 3320-1000 Home page: http://www.ufrpe.br Laboratório Biologia Molecular do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). Rua Av. General San Martin, 1371 - Bongi CEP: 50761-000 Recife - PE PABX: (81) 3184-7200 Home page: http://www.ipa.br SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 6 2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................. 8 2.1 Aplicação das leguminosas em pastagens ......................................................................... 8 2.2 Microrganismos diazotróficos simbióticos ....................................................................... 9 2.3 Diversidade dos rizóbios .................................................................................................. 12 2.4 Fixação biológica do nitrogênio (FBN) em leguminosas ............................................... 14 2.5 Nodulação: alterações anatômicas e fisiológicas ............................................................ 15 2.6 Fixação do nitrogênio no Nódulo .................................................................................... 17 2.7 Fatores que afetam a nodulação ...................................................................................... 18 2.8 Marcadores Moleculares .................................................................................................. 21 2.9 Marcadores Moleculares ISSR ........................................................................................ 22 2.10 Utilização da região 16S rDNA na caracterização dos isolados ................................. 23 3 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 25 3.1 Geral .................................................................................................................................. 25 3.2 Específico ........................................................................................................................... 25 3.3 Metas .................................................................................................................................. 25 4 METODOLOGIA................................................................................................................ 26 4.1 Coleta de germoplasma .................................................................................................... 26 4.2 Avaliação da diversidade genotípica da leguminosa ..................................................... 27 4.3 Isolamento, autenticação e caracterização dos isolados ................................................ 28 5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO .................................................................................. 30 6 ORÇAMENTO .................................................................................................................... 31 7 APOIO FINANCEIRO E INSTITUCIONAL .................................................................. 32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 33 RESUMO DO PROJETO As leguminosas apresentam uma importante particularidade, pois grande parte das espécies conhecidas é capaz de formar estruturas especializadas denominadas nódulos, em simbioses com determinadas bactérias capazes de fixar nitrogênio atmosférico. Dessa forma, estas bactérias podem ser chamadas de bactérias fixadoras de nitrogênio que nodulam leguminosas (BFNNL). A fixação biológica de nitrogênio atmosférico (FBN) é um dos mais importantes processos que ocorrem no solo relacionado à manutenção da vida na Terra, pois é responsável pela grande contribuição no aporte de nitrogênio (N) nos ecossistemas. O estabelecimento da simbiose entre leguminosas e BFNNL é mutualística e neste caso implica que exista troca de benefícios entre os parceiros, no caso o nitrogênio das bactérias para as plantas e carboidratos das plantas para a bactéria. O Nordeste Brasileiro é considerado o centro de origem de diversas leguminosas forrageiras como espécies do gênero Stylosanthes, Desmanthus e Macroptilium. Assim, faz-se necessário um trabalho de coleta, preservação e multiplicação do germoplasma de leguminosas com potencial forrageiro no semiárido nordestino, para liberação junto aos produtores. O estudo de plantas nativas de Macroptilium spp pode proporcionar o isolamento de novas estirpes de rizóbio que apresentam características importantes de adaptação ecológica e maior eficiência na fixação biológica de nitrogênio. Isto é essencial para a compreensão da diversidade de espécies e aproveitamento deste recurso biológico. O conhecimento das características fenotípicas e genéticas vem sendo utilizados na distinção de estirpes de rizóbio e no processo de identificação dos isolados de espécies nativas de Maroptilium spp. A diversidade de rizóbios que nodulam o Macroptilium apresenta grande importância, pois os isolados obtidos podem apresentar potencial para serem utilizados como inoculantes em leguminosas nativas para fins de recuperação de áreas degradadas, já que este ecossistema tem sofrido grandes perturbações antrópicas principalmente com a abertura e pavimentação de estradas e atuação de mineradoras. Além disso, estes novos isolados podem apresentar potencial para uso em leguminosas cultivadas para a produção de alimentos, adubações verdes e leguminosas forrageiras. O objetivo com este trabalho será coletar e avaliar a diversidade genotípica de pares simbióticos ocorrentes em 11 microregiões do semiárido de Pernambuco. Serão realizadas coletas de solo e planta de em 11 municípios representativos da caprino-ovinocultura no semiárido pernambucano, para formação do banco ativo de germoplasma (BAG). Destes acessos serão coletadas folhas jovens para estudos genéticos, utilizando marcadores ISSR (Inter Simple Sequence Repeat). Os estudos genéticos serão complementados por amplificação e sequenciamento de regiões ITS (Internal Transcribed Spacer) do DNA ribossomal. A caracterização morfológica dos isolados será baseada em aspectos como: tamanho da colônia, forma, cor, entre outros. Para a caracterização genética dos isolados serão utilizandos os primers fD1 e rD1. Os amplicons serão enviados para seqüenciamento completo do 16S, e os resultados serão alinhados no Mega4, seguido da comparação das sequências com o GenBank. Outros trabalhos com a espécie; serão conduzidos em casa de vegetação para avaliação do potencial de fixação de nitrogênio. Palavras-chaves: leguminosa forrageira, siratro; nodulação, rizóbios, fixação biológica de nitrogênio, 16S rDNA. 6 1 INTRODUÇÃO As plantas estão constantemente expostas à grande variedade de microrganismos, no entanto, apenas parte deles especializou-se durante a evolução na interação com as plantas. Considerando que o fato de haver interação entre espécies não necessariamente significa contato direto entre organismos envolvidos ou alterações morfológicas ou fisiológicas e podese afirmar que, de maneira geral, se conhece muito pouco quais espécies de microrganismos interagem com plantas, como se dá a interação e qual sua importância (HOFFMANN & LUCENA, 2006). O solo é um reservatório de diversidade de espécies microbianas, que entram em contato com as plantas via raiz. As raízes das plantas são importantes para grande número de espécies microbianas, uma vez que, na maior parte do tempo, o solo é escasso em carbono orgânico, que é fonte de energia para a maioria dos microrganismos. (LIMA, 2009) As raízes constituem as principais fontes de matéria orgânica e, conseqüentemente, os microrganismos ploriferam na região da rizosfera, onde há constante aporte de uma variedade de compostos orgânicos exsudados pelas raízes. Assim, a comunidade microbiana da rizosfera difere daquelas encontradas em outras regiões do solo (MCCULLY, 1999). Algumas das bactérias que vivem na rizosfera contribuem para o desenvolvimento das plantas, a partir de interações microrganismo-planta. As interações mais estudadas e conhecidas são aquelas em que ocorrem alterações morfofisiológicas nos organismos envolvidos e que, ao mesmo tempo, têm maior relevância econômica: a simbiose e a patogênese. As simbioses definem-se como uma relação onde ocorrem alterações morfológicas e benefício para os organismos envolvidos, isto é, planta e microssimbionte, enquanto que na patogênese o microrganismo é favorecido em detrimento da planta (HOFFMANN & LUCENA, 2006). Apesar da abundância de N2 na atmosfera terrestre, os organismos que pertencem ao grupo dos eucariotos (plantas e animais) não conseguem utilizar este elemento diretamente. Apenas uma porção dos organismos do grupo dos procariotos consegue converter ou reduzir enzimaticamente o nitrogênio da atmosfera em amônia, a qual pode ser incorporada para o crescimento e manutenção das células. Estes organismos são denominados diazotróficos e o mecanismo responsável pela incorporação de N à biomassa é chamado de fixação biológica de nitrogênio (FBN). Portanto, a FBN é o processo pelo qual a maior parte do nitrogênio atmosférico foi incorporado à matéria viva, ao longo da evolução do nosso planeta. 7 No cultivo das leguminosas, é importante o conhecimento sobre a eficiência e a diversidade de grupos-chave de bactérias, como os rizóbios noduladores que fixam N2 (BNLFN), uma vez que o nitrogênio é considerado um dos nutrientes mais limitantes para o crescimento vegetal. Segundo Melloni et al., (2006), a diversidade e a eficiência de tais bactérias é principalmente estimada a partir da coleta ou cultivo de plantas-iscas, em solos de determinadas áreas, usadas como fonte de inóculo, das quais são extraídos os nódulos, que passam pelas etapas de desinfecção e isolamento, realizado em meio de cultura específico para o crescimento de rizóbios.Obtido os isolados, as colônias de bactérias passam por caracterizações fenotípicas, genotípicas, bioquímicas e filogenéticas (SILVA et al., 2007; FREITAS et al., 2007). A eficiência dos rizóbios é verificada através da avaliação da matéria seca da parte aérea, concentração de nitrogênio, número, matéria fresca e atividade de nódulos presentes (MELLONI et al., 2006; VIEIRA et al., 2005). Os estudos sobre a divergência genética, utilizando as técnicas multivariadas, realizam-se por meio da avaliação simultânea de vários caracteres, que permitem inúmeras inferências a partir do conjunto de dados existentes (CRUZ et al., 2004). Essas técnicas, empregadas tanto para caracteres expressos por dados quantitativos quanto qualitativos, têm facilitado o estudo sobre a diversidade de diferentes grupos de organismos e gerado informações importantes para o melhoramento, manutenção dos recursos genéticos vegetais (RIBEIRO et al., 2005; BENIN et al., 2002) e identificação de microrganismos (SILVA et al., 2007; FREITAS et al., 2007). Pesquisas referentes às plantas nativas de Macroptilium spp podem proporcionar o isolamento de novas estirpes de rizóbio que apresentam características importantes de adaptação ecológica e maior eficiência na fixação biológica de nitrogênio. Isto é essencial para a compreensão da diversidade de espécies e aproveitamento deste recurso biológico. O conhecimento das características fenotípicas e genéticas vem sendo utilizados na distinção de estirpes de rizóbio e no processo de identificação dos isolados de espécies nativas de Maroptilium spp. 8 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Aplicação das leguminosas em pastagens O valor das leguminosas em pastagens consorciadas ou de forma exclusiva (banco de proteína) vem readquirindo interesse no país, tanto com leguminosas de clima temperado como trevos, alfafa, cornichão e ervilhaca, como as tropicais, como soja perene, siratro, estilosantes, desmódio e leucena (FREIRE, 1992). É tradicional o uso de pastagens consorciadas nos países de clima temperado como Nova Zelândia, Estados Unidos e Inglaterra, entre outros, para aproveitar a característica que possuem as leguminosas de incorporar N ao sistema da pastagem e atender as necessidades do capim associado. Entre países de clima tropical, pode-se citar a Austrália como tradicional nos seus estudos para uso de leguminosas em pastagens consorciadas. Pastagem consorciada é tecnologia ainda pouco utilizada no Brasil tropical, devido a limitadas informações sobre seu manejo e espécies mais adaptadas a cada ambiente. É tecnologia ecologicamente recomendável e economicamente viável, visto ser o nitrogênio introduzido na pastagem, via fixação biológica, mais barato e muito menos poluente em comparação à adubação nitrogenada. O componente leguminosa de uma pastagem, natural ou cultivada, exerce um papel fundamental na produção agropecuária. Além de fixar o nitrogênio atmosférico, contribuir com matéria orgânica e melhorar a textura, estrutura e infiltração de água no solo, aumenta a produção e o valor nutritivo da forragem. Leguminosas forrageiras originárias de regiões de clima tropical e subtropical têm sido recomendadas para melhorar a qualidade nutritiva das pastagens, sendo que o Macroptilium spp. vem se destacando em regiões do semiárido. Uma das características agronômicas desejáveis para uma leguminosa forrageira, utilizada tanto em consorciação como em bancos de proteína, além da produção de biomassa, é a sua persistência e produção de sementes. A quantidade de sementes produzidas é crítica para a persistência e produtividade, sendo que o desenvolvimento de bancos de sementes no solo fornece os meios para essas espécies sobreviverem a condições desfavoráveis tanto ambientais como de manejo, para a sua regeneração e persistência na pastagem (McIVOR et al., 1993). 9 Cerca de 50% dos 100 milhões de hectares ocupados com pastagens cultivadas no Brasil encontra-se em algum estágio de degradação (DUBEUX et al., 2006). A não reposição de nutrientes, dentre eles o nitrogênio, é um dos fatores responsáveis por tal quadro. A adubação química e a fixação biológica podem adicionar o N ao ecossistema das pastagens. Porém, limitações econômicas têm reduzido o uso de adubações químicas em pastagens. Nesse sentido, Martha et al. (2004) relatam que no intervalo de 1999 a 2003, o poder de compra de fertilizantes nitrogenados baseados na venda de boi ou de bezerro, foi reduzido em 55% e 67%, respectivamente. Desta forma, a fixação biológica de nitrogênio passa a ser uma alternativa ao uso dos fertilizantes químicos. Lira et al. (2006), por meio de simulação realizada, sugerem que a manutenção de 25% de leguminosas na composição botânica da pastagem (peso seco), equivale a uma adubação anual aproximada de 100 kg de N2/ha. Além da fixação biológica de N2, as leguminosas quando bem manejadas proporcionam boa cobertura do solo, reduzindo assim a infestação por plantas daninhas (FERNANDES et al., 1999) e também a erosão do solo (ALVARENGA et al., 1995). Por fim, as leguminosas podem melhorar a dieta dos animais, já que de maneira geral possuem elevado teor de proteína bruta e maior digestibilidade quando comparadas às gramíneas tropicais (SCHUNKE, 2001; GALINDO et al., 1999). Muitos dados experimentais ressaltam a melhoria da produção animal promovida pela presença da leguminosa seja pela participação direta deste vegetal na dieta do animal ou pelos efeitos indiretos relacionados com o aumento do aporte de nitrogênio ao ecossistema da pastagem (PACIULLO et al., 2003; ANDRADE et al., 2003). 2.2 Microrganismos diazotróficos simbióticos Dentre estes organismos que fixam nitrogênio (ou diazotrofos) muitos são heterótrofos, necessitando de um suplemento de carbono reduzido, o que depende indiretamente da energia da luz e em geral requer uma simbiose com um hospedeiro eucarioto; ou são de vida livre, competindo com outros microrganismos pela matéria orgânica disponível no ambiente. Outros são autótrofos, os quais podem reduzir o CO2 em presença da luz. Os microrganismos capazes de fixar o nitrogênio atmosférico são caracterizados em três: diazotrofos de vida livre, que fixam o nitrogênio para seu próprio uso; diazotrofos 10 associativos, que contribuem para o crescimento da planta sem a formação de estruturas diferenciadas, não estabelecendo uma simbiose e os diazotrofos simbióticos, que estabelecem uma interação muito estreita entre o macro e microsimbionte, e em alguns casos, são formadas estruturas diferenciadas denominadas nódulos. As bactérias fixadoras de nitrogênio em associação com leguminosas, conhecidas genericamente como rizóbios, pertencem a um grande número de gêneros. O gênero Rhizobium apresenta células aeróbias, Gram negativas, com forma de bacilos, que medem 0,5-1,0 x 1,3-3,0 μm, e a motilidade é realizada por flagelos (1-6), que podem ser perítricos ou subpolares; as colônias geralmente são brancas ou bege, circulares, concavas, semitranslúcidas ou opacas e mucilaginosas, medindo 2-4 mm de diâmetro aos 3-5 dias de incubação em meio LMA (Levedura Manitol Ágar), (WANG et al., 2010; BÉCQUER, 2004). O crescimento em meio de carboidratos geralmente é rápido, reação ácida e abundante quantidade de polissacárideo extracelular, assim como os demais gêneros. A temperatura ótima de crescimento ocorre entre 25-30 ºC e pH 6-7, porém, podem crescer em extremos de temperatura (4,0-42,5 ºC) e pH (4,5-9,5); são quimiorganotróficas, utilizando uma série de carboidratos e sais de ácidos orgânicos como fontes de carbono, sem a formação de gás (MARIN et al., 2010). Segundo Bécquer (2004), dentre as espécies descritas nesse gênero até o ano de 2001, formando nódulos com Phaseolus vulgaris, encontram-se R. tropici, R. etlii, R. gallicum e R. giardinii. O gênero Sinorhizobium, cujas cepas são produtoras de ácido e de crescimento rápido, como as de Rhizobium, foi segregado das cepas de rizóbios que formam nódulos na soja (Glicyne max L.), especificamente R. fredii e R. meliloti (MARIN et al., 2010), devido às diferenças entre as seqüencias do gene 16S rRNA (WANG et al., 2010). As células bacterianas apresentam a forma de bacilos, que medem 0,5-1,0 x 1,2- 3,0 μm; a temperatura ótima de crescimento varia entre 25 e 30 ºC, mas muitas estirpes crescem a 35ºC e outras a 10ºC; o pH ótimo está entre 6 e 8, porém algumas estirpes crescem em pH 5 e outras em pH 10,5; são bactérias quimiorganotróficas, utilizando uma série de carboidratos (exceto celulose e amido) e sais de ácidos orgânicos como fonte de carbono (BÉCQUER, 2004). Devido a existência de cepas com características intermediárias, às típicas espécies rápidas de Rhizobium e espécies lentas de Bradyrhizobium, ocorreu a formação do gênero Mesorhizobium. Nesse gênero, as células bacterianas são bacilos, que medem 0,4-0,9 x 1,2-3,0 μm; as colônias em meio LMA são circulares, convexas, semitranslúcidas e mucilaginosas, com 2-4 mm de diâmetro, após 5 dias de incubação a 28ºC, contudo, algumas espécies apresentam menos de 1 mm após 7 dias de incubação (WANG et al., 2010). Todas as 11 cepas produzem ácido em LMA. Todas as espécies assimilam glicose, raminose e sacarose metabolizando-os em produtos ácidos, sendo que o pH ideal para crescimento está entre 4,0 e 10,0 e a temperatura entre 37 a 40 ºC (MARIN et al., 2010). O gênero Bradyrhizobium apresenta células bacterianas aeróbias, Gram negativas, bacilos que medem 0,5-0,9 x 1,2-3,0 μm, com um flagelo polar ou subpolar, e crescimento pouco e lento, em meio enriquecido com levedura; são pleomórficas e não formam esporos (WANG et al., 2010; BÉCQUER, 2004). As colônias são circulares, raramente translúcidas, brancas e convexas, com diâmetro menor que 1 mm após 5-7 dias de incubação. Podem formar colônias do tipo seco, opacas, freqüentemente puntiformes e produtoras de álcali.Ormenõ-Orrillo et al. (2006) identificaram a espécie Bradyrhizobium yuanmingense nodulando o feijão-fava, cujos isolados apresentavam taxa de crescimento lento, atingindo colônias com tamanho de 1-3 mm, entre 5-6 dias. Entretanto, um grupo de isolados com taxa de crescimento considerado extralento, atingindo colônias de tamanho maior que 1 mm, entre 7-10 dias, não apresentou similaridade com nenhuma espécie já descrita no gênero Bradyrhizobium, o que representa uma grande diversidade desconhecida entre os microrganismos noduladores do feijão-fava. Segundo Euzéby (2010), existem ainda descritas as espécies B. japonicum, B. elkanii, B. liaoningense, B. betae e B. canariense, pertencentes a esse gênero. O gênero Azorhizobium possui uma única espécie descrita, A. caulinodans, que forma nódulos efetivos em talos e raízes de Sesbania rostrata. Segundo Wang et al. (2010), as células bacterianas apresentam forma de bacilos que medem 0.5-0.6 x 1.5- 2.5 μm, movendose em meio sólido devido a presença de flagelos peritricos e em meio líquido, com flagelo lateral. As colônias são circulares, translúcidas, gomosas, cor cremosa e apresentam crescimento tão rápido como as do gênero Rhizobium (medindo mais de 2 mm de diâmetro, após 2 dias), produzem álcali em meio LMA. Ao contrário de Rhizobium e Bradyrhizobium, esse gênero não assimila açúcares (exceto glicose) (MARIN et al., 2010) e segundo Young (1996), quanto à posição filogenética, encontra-se mais afastado do gênero Rhizobium. O gênero Allorhizobium também apresenta, até agora, uma única espécie descrita, A. undicola (LAJUDIE et al., 1998), isolada a partir de nódulos de Neptuna natans, uma planta aquática africana do Senegal (WANG et al., 2010). Até recentemente, era geralmente aceito que as leguminosas eram noduladas exclusivamente por membros das α-proteobactérias, pertencentes a alguns gêneros relacionados à família Rhizobiacea que inclui Allorhizobium, Azorhizobium, Bradyrhizobium, Mesorhizobium, Rhizobium e Ensifer (Sinorhizobium). Nos últimos anos, 12 entretanto, outras α-proteobactérias foram mostradas como noduladoras de leguminosas (MOULLIN, et al., 2002) incluindo estirpes, Blastobacter, Devosia, e Methylobacterium (RAMÍREZ BAHENA, 2006; SANTOS et al., 2008; SERRATO et al., 2008). Atualmente membros de β-Protobactérias foram descobertas nos nódulos de leguminosas tropicais incluindo, Burkholderia sp. estirpes (STM 678 e STM 815), Ralstonia taiwanesis (LMG 19424) isoladas de Mimosa pudica (CHEN et al. 2001, 2003 e 2007). A característica mais notável destas bactérias é sua capacidade de estabelecer, em condições limitantes de nitrogênio, associação simbiótica mutualística com plantas da família das leguminosas. Uma importante peculiaridade destas interações é o elevado grau de especificidade, onde geralmente, cada rizóbio é capaz de interagir com uma ou poucas espécies vegetais, normalmente bem relacionadas filogeneticamente. Entretanto, existem rizóbios promíscuos, que apresentam um amplo número de hospedeiros (LIMA et al., 2005). A nodulação é um processo de multi-passos que envolvem plantas específicas e expressão genética bacteriana compatível (GARCIA, 2008). Os resultados de vários trabalhos têm indicado a participação de mediadores químicos no período inicial do processo de infecção das raízes das leguminosas. Flavonóides específicos são reconhecidos pelo rizóbio e, em alguns casos, este é um importante aspecto de reconhecimento do hospedeiro. Se o flavonóide for reconhecido, ocorrerá a síntese de sacarídeos nas células bacterianas através da ação de vários produtos de genes e, resultando a produção de uma pequena família de lipooligossacarídeos. A estrutura dos tipos de lipo-oligossacarídeos é o maior determinante da especificidade do hospedeiro (DIOUF et al., 2000; DAKORA, 2003) 2.3 Diversidade dos rizóbios A utilização da diversidade dos microrganismos ocorre, principalmente, através do conhecimento das características morfológicas, fisiológicas, bioquímicas, fiologenéticas e genéticas, que são aplicadas de forma conjunta ou individual nos trabalhos sobre rizóbios (ORMENÕ-ORRILLO et al., 2006; ZRIBI et al., 2005; FENG et al., 2002; ANYANGO et al., 1995; SOARES et al., 2006; STROSCHEIN, 2007). Atualmente todas essas técnicas são utilizadas para distinção de estirpes de rizóbios, constituindo a taxonomia polifásica, mantendo o uso dos métodos fenotípicos clássicos, que nunca entraram em desuso ou tornar- 13 se-ão obsoletos. Segundo Bécquer (2004), a diversidade genética dos microrganismos nunca poderá ser avaliada por um único critério, ainda que sejam as técnicas moleculares. A captura dos microrganismos na rizósfera das plantas é feita com a utilização de planta-isca, cuja principal característica é a promiscuidade, constituindo um dos métodos mais utilizados para avaliar a diversidade de bactérias noduladoras de leguminosas e fixadoras de N2 (BNLFN) nos solos. Hungria (1994) recomenda a coleta de nódulos para isolamento ou de solos que serão utilizados como fonte de inóculos, em um raio de 30 cm da planta-isca, na profundidade de 0 a 20 cm. O isolamento normalmente é realizado a partir da seleção aleatória dos maiores nódulos, de coloração intensa avermelhada, firmando a presença de leghemoglobina e conseqüente fixação ativa de N2. Melloni et al., (2006), avaliaram a eficiência e a diversidade fenotípica de populações de BNLFN em solos de áreas de mineração de bauxita, nos ambientes de campo e serra, baseados nas seguintes características culturais: tempo de crescimento, diâmetro da colônia, alteração do meio e produção de goma. Os autores construíram dois dendrogramas de similaridade, um para os isolados de feijão-caupi e outro para feijão-comum utilizados como plantas-isca. O feijão-caupi mostrou-se com um maior número de grupos de diversidade, em ambos os ambientes. De acordo com Santos et al., (2007), e Melloni et al., (2006), além do número de grupos de diversidade, a caracterização fenotípica de isolados também pode estimar a diversidade das populações de rizóbio através dos índices: Shanon e Weaver, riqueza de Margalef e outros, aplicados quando populações são obtidas de formas diferenciadas, como isolamento dos microrganismos coletados sob diferentes áreas, coberturas vegetais e ou diferentes manejos. Entre isolados de rizóbio nativos existe eficiente fixação do N2, que pode contribuir para aumentar a produção de grãos e reduzir os custos com fertilizantes nitrogenados, entretanto, é necessária a avaliação, de modo a possibilitar a seleção de estirpes altamente eficientes em condições adversas (SANTOS et al., 2005). Silva et al., (2007), identificaram entre isolados de rizóbios nativos, estirpes resistentes à temperatura elevada e resistentes aos antibióticos kanamicina e ácido nalidíxico, com potencial para utilização em regiões semi-áridas. Segundo Vieira et al., (2005), as estirpes nativas de rizóbio podem ser tão eficientes quanto as estirpes selecionadas, quando condições adequadas de expressão do seu alto potencial de fixação de N2 são fornecidas. Na literatura são encontrados diversos trabalhos sobre fixação biológica de nitrogênio, em diferentes leguminosas, tais como: amendoin (SANTOS et al., 2005), feijãocaupi (VIEIRA et al., 2005, ZILLI et al., 2006), feijão-caupi e feijão-comum (MELLONI et 14 al., 2006), feijão-comum (MOTASSO et al., 2002), que além de identificar a diversidade dos rizóbios, também avaliam a eficiência dessas bactérias no processo da FBN. Considerando-se que a FBN é mediada por uma ampla gama de microrganismos procariotos, com substancial diversidade morfológica, fisiológica, genética, bioquímica e filogenética (SILVA et al., 2007), espera-se que estudos envolvendo um simbionte pouco conhecido como o Macroptilium spp, proporcionem o isolamento de novas estirpes de rizóbio, com características importantes para adaptação ecológica e maior eficiência na fixação biológica de nitrogênio. 2.4 Fixação biológica do nitrogênio (FBN) em leguminosas A simbiose leguminosas-bactérias fixadoras de N2 atmosférico é amplamente aceita como alternativa à fertilização química. Bactérias do grupo dos rizóbios têm a capacidade de formar nódulos em raízes e caules de leguminosas e são reconhecidos como os principais fixadores de nitrogênio atmosférico assumindo um papel importante na agricultura sustentável (FREITAS et al., 2007). Durante essas interações benéficas, os rizóbios são capazes de invadir as raízes das plantas e induzir a formação de um novo órgão, o nódulo, onde uma forma especializada e diferenciada da bactéria, o bacteróide, é capaz de realizar a fixação biológica de nitrogênio, reduzindo o dinitrogênio em formas assimiláveis pelas plantas. O processo de fixação acontece através de um complexo enzimático denominado nitrogenase, que é uma característica comum em todos os microrganismos fixadores de nitrogênio atmosférico, estes necessitam de um elevado gasto energético, que é obtido a partir da oxidação dos carboidratos produzidos na parte aérea das plantas hospedeiras (MOREIRA & SIQUEIRA, 2006; TRAINER & CHARLES, 2006). O nitrogênio é o elemento mais abundante na atmosfera terrestre (em torno de 79%), estando presente principalmente na forma diatômica (N2) e é um dos principais macronutrientes dos vegetais. A habilidade das bactérias para fixar nitrogênio em simbiose com as leguminosas é de considerável importância agrícola, entretanto, tipo de solo, clima e cultivar podem afetar a resposta da inoculação, sendo assim, necessário pesquisas para se determinar qual estirpe é mais eficiente para estas condições (RUMJANEK; & XAVIER, 2007). As leguminosas têm, ao seu dispor, duas fontes de nitrogênio: o mineral, proveniente do solo e/ou fertilizante, e o 15 nitrogênio fixado biologicamente através da simbiose com rizóbios. Entretanto, o aumento vertiginoso dos preços dos adubos nitrogenados devido ao consumo de energia fóssil em sua fabricação, aliada aos graves problemas de poluição causados pelo uso intensivo desses adubos, têm deixado a agricultura dos países em desenvolvimento e dos desenvolvidos apenas as alternativas de maximizar a fixação biológica de nitrogênio, otimizar a distribuição e emprego dos compostos nitrogenados dentro das plantas e tornar mais eficiente a utilização de carboidratos pelos nódulos (NEVES & RUMJANEK, 1996; JAMES, 2000). O crescimento e a produção das leguminosas são pelo menos em parte, resultados da interação entre as cultivares das plantas, as estirpes de rizóbios e as condições ambientais em que o sistema simbiótico se desenvolve e que afetam a assimilação, distribuição e utilização do carbono e nitrogênio pelas plantas. A disponibilidade de nitrogênio para as sementes em desenvolvimento determina a produção e depende de uma fixação de nitrogênio que se prolongue até o período de enchimento dos grãos (NEVES & RUMJANEK, 1997). A fixação biológica do nitrogênio dar-se-á mediante a presença de nódulos nas raízes induzidos pela infecção das raízes pelas bactérias (HUNGRIA et al., 2000). O desenvolvimento dos nódulos será iniciado pela troca de sinais químicos moleculares entre a planta e o simbionte (HUNGRIA et al., 1994). Os nódulos e a planta hospedeira são perfeitamente interligados por meio de vasos xilemáticos e floemáticos e, portanto, totalmente integrados em termos hormonais e nutricionais. O processo de fixação do nitrogênio também requer um suprimento contínuo de carboidratos que fornecem tanto a energia para a redução do nitrogênio, quanto os esqueletos de carbono necessários à assimilação da amônia produzida. Durante os processos de infecção e desenvolvimento dos nódulos, energia é necessária às divisões celulares e é obtida da oxidação dos carboidratos produzidos na parte aérea da planta hospedeira (SILVEIRA et al., 2001). 2.5 Nodulação: alterações anatômicas e fisiológicas A fixação biológica do N envolve uma sucessão de processos que começam com a adaptação da bactéria à planta e culminam na fixação do N2 atmosférico. A nodulação ocorre aproximadamente 2h após o contato da bactéria com as raízes. Os nódulos primários se desenvolvem em regiões de alongamento e nas zonas de formação de pequenos pêlos 16 radiculares, considerada a região preferencial para a infecção da bactéria fixadora (BHUVANESWARI et al., 1980). O processo de infecção pelo rizóbio envolve diferentes agentes sinalizadores entre a planta e a bactéria (GERAHTY et al., 1992;TIMMERS et al., 1999; TAÍZ & ZIEGER, 2004;). O modelo proposto por TIMMERS et al. (1999) relata que a bactéria noduladora migra em direção as raízes em função de uma resposta quimiostática. Essa resposta é decorrente da atração pelos isoflavonóides e betaínas secretadas pelas raízes, esses atrativos para as bactérias, ativam enzimas, as quais induzem a transcrição de genes nod, estes genes codificam moléculas sinalizadoras de oligossacarídeos de lipoquitina. A planta hospedeira apresenta receptores que parecem ser lecitinas especiais produzidas nos pêlos radiculares. Durante o contato as células dos pêlos liberam fatores de nodulação (Nod) causando seus enrolamentos. Com a evolução da infecção é formado um canal dentro do pêlo radicular, enquanto que no periciclo é iniciado o rearranjo do citoesqueleto microtubular, posteriormente acontece ativação das células na parte interna do córtex, as quais se dividem formando um primórdio. Logo após, nos pêlos radiculares ocorre à infecção, localizada distanciadamente da área radicular ativada. A ativação celular se estende progressivamente para o meio e a parte mais externa do córtex de acordo com dois gradientes de diferenciação celular, resultando na formação de um primórdio nodular. Para entender melhor como ocorre o crescimento e desenvolvimento do nódulo Gerahty et al., (1992) explicam, de forma cronológica, como acontece a alteração anatômica nas raízes de soja após a infecção, quando são iniciados divisões celulares dentro e fora do córtex radicular gerando nódulos meristemáticos onde ocorrem sucessivas divisões mitóticas. Esses processos foram explicados de forma cronológica através de estágios de crescimento e desenvolvimento nodular. O estágio 0 corresponde à raiz não infectada, estágio I - início da infecção, estágio II - células corticais externas começam a se dividir, estágio III - a divisão é evidente no córtex interno e algumas células do córtex externo, estágio IV – as células são mais isodiamétricas e apresentam algumas divisões oblíquas externamente e internamente no córtex, formando um meristema nodular, estágio V - o meristema é aumentado e estágio VI emergência do nódulo. Durante o crescimento do nódulo as bactérias internalizadas são liberadas para produzir infecções no citoplasma, elas começam a se dividir e a membrana que as envolve aumenta em superfície para acomodar esse crescimento pela fusão com vesículas menores (GERAHTY et al., 1992; TIMMERS et al., 1999). No estágio de crescimento V, ocorre controle na expansão do nódulo, considerado um mecanismo de auto-regulação, situação que 17 conduz a maturidade do nódulo. Nesse momento as bactérias param de se dividir e começam a aumentar em tamanho e a se diferenciar em organelas endossimbióticas fixadoras de nitrogênio denominadas de bacteróides, a membrana que o envolve chama-se de peribacteróide, que desenvolve sistema vascular semelhante ao das plantas, que facilitaria a troca de N fixado pelos bacteróides por nutrientes disponibilizados pela planta (TAÍZ & ZIEGER, 2004). 2.6 Fixação do nitrogênio no nódulo Na fixação biológica, o N2 é transformado em NH3 a custas de energia da planta (BURRIS, 1999; TAÍZ & ZIEGER, 2004). O complexo enzima nitrogenase formado por duas unidades protéicas, a Ferro-proteína (Fe-proteína) e a Molibdênio-Ferro-proteína (MoFeproteína) são responsáveis pela fixação de nitrogênio no nódulo (BURRIS, 1999; MYLONA et al., 1995; TAÍZ & ZIEGER, 2004). Para que ocorra a fixação biológica de nitrogênio é necessário que a nitrogenase se encontre em condições anaeróbicas. Os nódulos possuem uma heme proteína chamada de leghemoglobina que se liga ao oxigênio e que está presente em altas concentrações nos nódulos. A planta produz a porção globina em resposta a infecção da bactéria, tendo esta proteína uma alta afinidade por O2. Tanto a leghemoglobina como a barreira de difusão de oxigênio no nódulo são reguladores importantes na tensão de oxigênio no nódulo protegendo o complexo enzima nitrogenase que é irreversivelmente inativado pelo oxigênio (MYLONA et al., 1995). De acordo com DENINSON & HARTER (1995) a leghemoglobina é um importante transportador de oxigênio para as células bacterianas, sendo capaz de armazenar O2 suficiente para a manutenção da respiração celular por alguns segundos. Os autores ainda ressaltam que o suprimento de nitrogênio causa inibição da nitrogenase devido ao decréscimo da permeabilidade da membrana do nódulo ao oxigênio e pela redução afinidade da leghemoglobina pelo oxigênio. Na reação de redução do N2, a nitrogenase é auxiliada por uma enzima transportadora de elétrons, a ferredoxina, originária do fotossistema I da fase fotoquímica da fotossíntese. Na fixação biológica do nitrogênio a Ferro-proteína e a Molibidênio-Ferro-Proteína comandam as reações. A Ferro-proteína freqüentemente é reduzida por um doador de elétrons, a ferredoxina reduzida (Fd). A Ferroproteína reduzida se liga com o magnésio ATP (Mg ATP) que recebe elétrons, estes são 18 passados para outra enzima a molibdênio ATP (Mo ATP) e desta os elétrons são passados para o nitrogênio, transformando-o em NH3, este é liberado por difusão do bacterióde para o citosol da célula infectada (BURRIS, 1999; TAIZ & ZIEGER, 2004). Depois de formado, o NH3 em contato com o substrato aquoso do citoplasma dos bacteróides é transformado em NH4 (TAIZ & ZIEGER, 2004). O acúmulo de NH4+ inibe a fixação de nitrogênio dentro dos bacteróides, desta forma ele é transportado para interior da célula hospedeira, no centro do nódulo. Como o NH4+ também é prejudicial a célula devido a diminuição na formação do ATP e do transporte de elétrons na cadeia respiratória, ele é incorporado em moléculas que não possuam efeito tóxico. As enzimas glutamina sintetase (GS) e a glutamato sintase (GOGAT) convertem o NH4+ em aminoácidos. A atividade destas enzimas aumenta durante o desenvolvimento dos nódulos e com o aumento na disponibilidade de energia (ATP) no meio de reação (SILVA, 1998; BURRIS, 1999). O principal meio de transporte de nitrogênio da soja dos nódulos para a parte aérea é na forma de ureídeos, além da aspargina (KING & PURCELL, 2005). 2.7 Fatores que afetam a nodulação Alguns fatores são determinantes na nodulação ou fixação biológica do nitrogênio (FBN) por leguminosas sendo a tensão da água, teor de oxigênio (O2) no nódulo, temperatura e pH do solo, salinidade, toxinas e predadores os principais que podem atuar junto à vasta variedade de estirpes de rizóbio que se encontram no solo. Como foi relatado, o nódulo consiste de uma região cortical da raiz infectada, envolvida por células corticais que possuem uma rede vascularizada. A camada vascular possui uma rede de esclereídeos que serve de sustentação e proteção e que estão associadas com células parenquimáticas (WALSH, 1995). No entanto esta camada de esclereídeos pode limitar o movimento de água entre o solo e o nódulo cortical. A fronteira vascular é apoplasticamente isolada do nódulo cortical via estria de Kaspary. Esta camada possui poucos plasmodesmos e representa restrição do fluxo via simplasto. Contudo as células corticais podem secretar glicoproteínas para o apoplasto diminuindo o potencial osmótico e incrementando a absorção de água (WALSH, 1995). Também se observa o efeito da disponibilidade hídrica no transporte de sacarose e compostos nitrogenados. Segundo Walsh (1995), o sistema vascular desenvolve turgor 19 positivo em resposta ao transporte de compostos nitrogenados via fluxo de massa. Isso supõe que a exportação requer água e esta é indispensável neste fluxo, uma vez que a água que traz sacarose via floema, é absorvida pelo nódulo seguindo o caminho de volta, carregando os solutos nitrogenados. Portanto, o balanço de água via transporte simplasto e apoplasto altera a pressão de turgor das células e provavelmente tem influência na permeabilidade da membrana do nódulo a gases, principalmente o oxigênio. Para que o processo de nodulação aconteça de forma efetiva é importante que a temperatura seja adequada à atividade da nitrogenase. Segundo Zhang et al., (1996), a temperatura de 25°C é considerada ideal, enquanto temperaturas em torno de 15°C causam diminuição da atividade ou até inibição em várias raças de bactérias fixadoras. Algumas pesquisas mostram o efeito do oxigênio na nodulação de plantas como a realizada por Kuzma et al., (1999). O trabalho mostrou que o oxigênio é fator importante na nodulação da soja, uma vez que a respiração e a atividade da enzima nitrogenase foram afetadas pela disponibilidade de O2. De acordo com o estudo, pequenas concentrações de nitrogênio no bacteróide são importantes, pois concentrações baixas (próximo a 10%) afetam a atividade da nitrogenase devido a diminuição da respiração e disponibilidade de energia. A permeabilidade gasosa no bacteróide é afetada por diversos fatores. Entre eles, a luz, água e nitrato, sendo que de modo geral, o teor de O2 aumenta na luz e decresce em condições de seca ou exposição ao nitrato (MYLONA, et al., 1995; TAÍZ & ZIEGER, 2004). O estresse hídrico afeta a atividade da nitrogenase de duas formas. Primeiro, limita a disponibilidade de oxigênio na zona do bacteróide restringindo a respiração e a segunda, pela diminuição da síntese de leghemoglobina, acúmulo de ureídeos e aspartato nas folhas e nódulos devido ao decréscimo no fluxo de água no floema (HUNGRIA & VARGAS, 2000). King & Purcell (2005) avaliaram a inibição da fixação de nitrogênio em soja Cultivar Jacson e KS 4895 submetida à déficit hídrico, associados com elevação de ureídeos e aminoácidos. Com a diminuição na disponibilidade de água, as duas cultivares apresentaram diminuição da atividade nitrogenase, que foi acompanhado pelo aumento da concentração de ureídeos, aspartato e vários outros aminoácidos nas folhas, devido ao decréscimo na exportação destes para as raízes, que segundo os autores, são candidatos potenciais para o “feedback” de inibição na fixação de nitrogênio. O manganês tem papel fundamental na catálise de vários processos enzimáticos e de transferência de elétrons. Valdez et al., (2000) citam que o Mn2+ pode regular a fixação biológica de nitrogênio (FBN) em condições de seca. Isso porque, a enzima amido hidrolase 20 responsável pela degradação de ureídeos nas folhas é dependente de Mn2+, sendo assim, em condições de estresse hídrico o suprimento de manganês pode auxiliar na manutenção da fixação biológica de nitrogênio. A eficiência de fixação de nitrogênio está relacionada com o pH e a disponibilidade de alguns nutrientes no solo. Para obter boa eficiência de bactérias fixadoras a nível de solo, este deve apresentar pH em torno de 6,5. Altos teores de alumínio trocável e íons H+ prejudicam o desenvolvimento radicular, o crescimento do rizóbio e a infecção radicular (SILVA et al., 2002). Entretanto, Silva et al., (2002) realizando experimento com soja sob diferentes doses de calcário (0, 2, 4 e 8 t.ha-1) e com estirpes resistentes a acidez de solo, sugerem cautela na utilização de elevadas dosagens de calcário sob solos muito ácidos devido a diminuição na atividade de fixação de nitrogênio. O fósforo tem influência na iniciação, crescimento e funcionamento dos nódulos (SÁ & ISRAEL, 1991). A atividade da nitrogenase é dependente de ATP, como já foi citado. Este fator explica porque a cultura da soja responde mais a adubação fosfatada quando comparada com culturas não noduladas. O experimento realizado por Sá & Israel, (1991), ressaltou que altos requerimentos de fósforo são necessários para a FBN, de forma que o aumento do suprimento de fósforo promove incremento na atividade e no acúmulo de fitomassa seca do nódulo. Silva (1998) observou que a concentração de Pi nos nódulos das plantas que apresentaram omissão de fósforo se reduziu e, conseqüentemente, o seu acúmulo de fitomassa seca. Entretanto o aumento no suprimento de fósforo durante o estágio reprodutivo não proporcionou recuperação na produção de fitomassa seca de nódulos. O reflexo deste comportamento foi a redução na produção de ureídeos pela planta, que é a principal forma de transporte de N pela cultura e da atividade da sintetase glutamina e da glutamato, dependente de ferredoxina. No trabalho foi observado que a deficiência de Pi no estágio V2 ocasiona inibição na formação de nódulos e no seu desenvolvimento, o mesmo aconteceu no estágio reprodutivo R1, com posterior senescência dos mesmos. O molibdênio é um elemento importante no metabolismo do nitrogênio por fazer parte do complexo enzima nitrogenase e redutase do nitrato (BURRIS, 1999; TAÍZ & ZIEGER, 2004). A produção de aminoácidos e, conseqüentemente, de proteínas são afetados pela deficiência de molibdênio. O Cobalto faz parte de precursores da leghemoglobina (TAÍZ & ZIEGER, 2004), portanto, também está associado à fixação biológica de nitrogênio. Santos (1999), trabalhando com adubação nitrogenada e molibdica em soja observaram que a aplicação de molibdênio nas sementes diminuiu o índice de NO3 - e elevou o teor de N total nas folhas, entretanto, não interferiu na produtividade de grãos, 21 provavelmente porque o teor de Mo no solo já era suficiente para o desenvolvimento da planta. Também foi observado incremento no teor de proteína bruta nas sementes, sendo a aplicação das doses de 80 a 100g.ha-1 via foliar, as mais favoráveis. Meschede et al., (2004), consideram a adubação com molibdênio e cobalto importantes para a FBN, mostrando que, a partir do momento que foram adicionados estes micronutrientes na semente a planta apresentou grãos com maior teor de proteína, entretanto, os autores salientam que se deve ter cautela na aplicação de molibdênio na semente, principalmente na forma de molibdato (MoO) o qual tende a reduzir a sobrevivência do rizóbio. Outro ponto importante a ser ressaltado sobre a nodulação refere-se à aplicação de produtos químicos na semente ou na cultura em desenvolvimento visando o controle de ervas daninhas. Esta constatação corrobora os resultados obtidos por Arruda et al., (2001). Os autores realizaram trabalho que teve por objetivo analisar a nodulação e fixação de nitrogênio em soja tratada com sulfentrazone (herbicida). Os dados obtidos mostram que a massa seca de nódulos, os teores de nitratos, aminoácidos e ureídeos decresceram com o incremento na dose de sulfentrazone, a causa provável deste comportamento foi a menor produção de fotoassimilados pela planta e desta forma restou menor quantidade para ser alocada para os nódulos, pois é dos fotoassimilados que vem a energia essencial para a formação e manutenção da enzima nitrogenase.. Câmara (2001) enfatiza que aplicação de Co, Mo e fungicidas nas sementes também podem ser fatores com interferência direta na sobrevivência do rizóbio e conseqüência imediata na nodulação. Desta forma, fica claro que a fixação de nitrogênio pelas plantas é um processo que apresenta várias interações entre bactéria e hospedeiro (planta), sendo regulado por sinais químicos e hormonais, além de fatores externos como disponibilidade hídrica, teor de oxigênio e adubação nitrogenada. Entretanto, ressalta-se que é um processo dispendioso para a planta. Assim sugerem-se estudos sobre técnicas de manejo, como a adubação nitrogenada, com intuito de buscar equilíbrio entre a adição de N e a fixação biológica em vista da importância do volume financeiro envolvido nestes dois mercados de insumos (adubo nitrogenado e inoculantes). 2.8 Marcadores Moleculares Os marcadores genéticos são definidos como elementos capazes de prever, mapear e caracterizar um fenótipo. Entre as décadas de 20 e 60, os marcadores morfológicos e 22 os marcadores isoenzimáticos, foram os primeiros marcadores genéticos utilizados para auxiliar estudos de genéticas de populações. Entretanto, estes marcadores eram limitados a espécies que apresentavam uma maior disponibilidades de informações genéticas, como a exemplo o tomate (Solanum lycopersicum), (FERREIRA & GRATTAPAGLIA, 1998). Com o advento das técnicas da biologia molecular na década de 80,surgiram diversos métodos de detecção de polimorfismo genético diretamente no nível de DNA, denominados marcadores de DNA ou marcadores moleculares.Os primeiros marcadores utilizados foram aqueles baseados em enzimas de restrição, como os marcadores RFLP (Restriction Fragment Lenght Polymorphism). Posteriormente, com o desenvolvimento da técnica de PCR (Polimerase Chain Reaction), Surgiram outras classes de marcadores moleculares (FERREIRA & GRATTAPAGLIA, 1998), como os marcadores RAPD (Random Amplified Polymorphic DNA), minisatélites ou locos VNTR (Variable Number of Tandem Repeats), SSR (Simple Sequence Repeat), dentre outros (FERREIRA & GRATTAPAGLIA, 1998). Os diversos tipos de marcadores moleculares atualmente disponíveis diferenciamse pela abundância no genoma, nível de polimorfismo detectado, especificidade de locos, reprodutibilidade, natureza da herança e requerimentos técnicos para a aplicação do marcador. Marcadores moleculares de origem nuclear são muito úteis para revelar a história de colonização e as estruturas das população modernas de uma dada espécie invasora. Os marcadores moleculares podem seu utilizados para estimar as diferenças genéticas entre indivíduos, dentro ou entre espécies relacionadas de populações. Também são empregados em estudos de sistemática molecular, entomologia molecular, dinâmica de populações, diagnósticos e fingerpriting genômico (BEHURA, 2006; FAKRUDIN et al., 2006). Segundo Fakrudin, et al.(2006), a escolha de um marcador molecular depende de vários fatores como a disponibilidade, nível de detecção de polimorfismo desejado, disponibilidade de informações sobre o genoma da espécie alvo, habilidades técncas, disponibilidades de protocolos, etc. Dessa forma, é impossível impor a superioridade de um tipo de marcador em relação a outro,uma vez que cada um apresenta sua particularidade. 2.9 Marcadores Moleculares ISSR Os marcadores ISSR (Inter Simple Sequence Repeat), representam uma das mais recentes classes de marcadores moleculares e foram descritos incialmente por Zietkiewicz et 23 al., (1994). Marcadores ISSR são obtidos por amplificação via PCR utilizando primer único, constituídos de sequências repetidas de di ou trinucleotídeos. O número de repetições do di ou trinucleotídeo e variável, mas geralmente são longos, produzindo primers de, no mínimo, 14 nucleotídeios. O primer microssatélite pode ser não ancorado (GUPTA et al., 1994) ou ancorado com um ou dois nucleotídeos, tanto na extremidade 5’ quanto na extremidade 3’ do oligonucleotídeo (WOLFE, 2005). A ancora garante que o primer se anele somente na extremidade do microsatélite ou permite que somente um subconjunto do microssatélite sirva como molde para a amplificação (REDDY et al., 2002). Uma vantagem desse tipo de marcador é que as amplificações não requerem informação da sequência do genoma e conduz a altos padrões polimórficos. Cada banda detectada corresponde a uma sequência de DNA delimitada por dois microssatélites invertidos e as bandas visíveis são definidas como marcadores dominantes e determinada para locos genéticos para dois alelos: 1 indica presença e 0 indica ausência (REDDY et al., 2002; WOLFE, 2005). Em geral para a amplificação dos marcadores ISSR são necessários 10 ng de molde de DNA por reação de amplificação eos produtos amplificados são geralmente 2002000 pb de comprimento (REDDY et al., 2002). Estima-se que o método apresenta 92 a 95% de repetibilidade, possivelmente devido ao uso de primers longos quando comparados com primers de outros tipos de marcadores (BORNET & BRANCHARD, 2001; REDDY et al.,2002). O grau de polimorfismo detectado por está técnica depende da natureza do primer ( não ancorado, ancorado 3’ e ancorado 5’), das sequências de repetições (motif), do método de detecção dos fragmentos e da natureza do primer. Em geral primers com repetições (AG), (GA) (CT) (TC) (AC) (CA), primers ancorados e detecção e detecção dosa fragmentos amplificados por gel de poliacrilamida detectam alto polimorfismo quando comparados com outras condições de análises. 2.10 Utilização da região 16S rDNA na caracterização dos isolados A maioria das novas tecnologias que estão sendo utilizadas no estudo da ecologia microbiana é baseada na filogenia molecular do RNA ribossomal (rRNA), particularmente o rRNA da menor subunidade (SSU ou 16S), uma aproximação para estudar a evolução microbiana e especificamente resolver seus problemas (RAPPÉ & GIOVANONNI, 2003). 24 O operon do DNA ribossomal, em bactérias, compreende três genes conservados funcionalmente e evolutivamente, sendo o gene da subunidade menor 16S (rRNA), seguido por um espaço, o gene da subunidade maior, 23S (rRNA), com um segundo espaço. Estes espaços entre os genes são as regiões espaçadoras (ITS – Espaço Transcrito Intergênico), nas quais, também podem estar presentes os genes tRNA (SHMIDT, 1994). A utilização do gene 16S rRNA revolucionou o campo da ecologia microbiana, pois com seu uso, foi possível investigar e determinar posições filogenéticas de comunidades bacterianas de meio ambiente (LUDWIG et al., 1997; KUSKE et al., 1997; HENTSCHEL et al., 2002). Um grande número de metodologias moleculares, a partir da década de 80, foi sendo desenvolvido para analisar a diversidade microbiana (AMANN et al., 1995), e através dos genes 16S rRNA, 23S rRNA, 5S rRNA e Espaço Transcrito Interno (ITS), tornou-se possível investigar e determinar posições filogenéticas de comunidades bacterianas (LUDWIG et al., 1997; RANJARD et al., 2001, PEREIRA et al., 2006, SILVEIRA et al., 2006) e o entendimento, da ecologia microbiana em especial novas linhagens (HOLMES et al., 2000). A extração de DNA, procedimento este que envolve a quebra ou digestão de paredes e membranas celulares possibilitando a liberação do conteúdo genético da célula, em geral era demorado e necessitava de grandes quantidades de amostras (VALADARESINGLIS & MELO, 1998). obteve eficiência na extração dos fragmentos de DNA de diversos organismos, reduzindo o tempo de extração em 5 vezes em relação aos protocolos comumente praticados. Através da amplificação da região 16S rRNA com oligonucleotídeos, proposto por Kuske et al (1997), esses métodos permitiram uma análise molecular do genoma parcial com alta resolução na classificação bacteriana, principalmente, na diferenciação em nível de filos, gêneros e espécies, sendo estes, os marcadores mais comumente utilizados para analisar as mudanças das comunidades microbianas no ambiente (KENT & TRIPLET, 2002). Combinações de técnicas moleculares podem representar um passo fundamental para uma correta descrição das análises das comunidades microbianas (AMANN & LUDWIG, 2000). Estes estudos baseiam-se, principalmente, na comparação de regiões conservadas dos genes 16S e 18S rRNA e hipervariáveis dos genes do espaço transcrito intergênico(ITS). 25 3 OBJETIVOS 3.1 Geral Coletar e avaliar a diversidade genotípica de pares simbióticos ocorrentes em 11 microregiões do semi-árido de Pernambuco. 3.2 Específico Avaliar a diversidade genotípica de acessos de Macroptilium spp em Santa Cruz (microregião de Araripina), Parnamirim (microregião de Salgueiro), Serra Talhada (Sertão do Pajeú), Sertânia (Sertão do Moxotó), Petrolina (microregião de Petrolina), Floresta (microregião de Itaparica), Tupanatinga (Vale do Ipanema), Jataúba (Vale do Ipojuca), Santa Cruz do Capibaribe (Alto Capibaribe), Bom Jardim (Médio Capibaribe) e Caetés (microregião de Garanhuns) Avaliar a diversidade genotípica de isolados rizobianos que nodulem Macroptilium spp obtidos nas mesmas áreas de coleta dos genótipos vegetais 3.3 Metas Obter 100 acessos de Macroptilium spp, bem como avaliar a diversidade genotípica dos mesmos; Obter 300 isolados rizobianos utilizando Macroptilium atropurpureum como planta isca; Avaliar compatibilidade simbiótica destes isolados com os acessos vegetais; Avaliar diversidade fenotípica e genotípica dos isolados que nodulem efetivamente espécies nativas deste gênero; 26 4 METODOLOGIA 4.1 Coleta de germoplasma Serão realizadas coletas de germoplasma em 11 municípios representativos da caprino-ovinocultura no semi-árido de Pernambuco: Santa Cruz (microregião de Araripina), Parnamirim (microregião de Salgueiro), Serra Talhada (Sertão do Pajeú), Sertânia (Sertão do Moxotó), Petrolina (microregião de Petrolina), Floresta (microregião de Itaparica), Tupanatinga (Vale do Ipanema), Jataúba (Vale do Ipojuca), Santa Cruz do Capibaribe (Alto Capibaribe), Bom Jardim (Médio Capibaribe) e Caetés (microregião de Garanhuns) (Figura 1). Figura 1 - Mapa de Pernambuco, com círculos amarelos representando os locais de coleta. As coletas serão em áreas de ocorrência de gramíneas, prevendo futuros usos das leguminosas coletadas em sistemas de produção a pasto, em áreas com aspecto de superpastoreio. Também serão feitas coletas em áreas mais protegidas de pastejo, como áreas adjacentes às rodovias. O site de coletas será identificado com coordenadas geográficas e altitude local, com o auxílio de GPS. Além disso, em cada site serão coletadas amostras de solo, da planta e de sementes (caso disponíveis), sendo devidamente etiquetados e numerados. Plantas serão coletadas inteiras, com solo e colocadas em saco plástico com solo local para 27 transplantio para a Unidade Acadêmica de Serra Talhada da Universidade Federal rural de Pernambuco - UFRPE, para formação de banco ativo de germoplasma (BAG). As amostras de solo serão encaminhadas para o laboratório de microbiologia do Departamento de Agronomia da UFRPE para cultura e isolamento de estirpes de bactérias nodulantes – rizóbios, presentes na amostra. Além disso, parte da amostra de solo será encaminhada ao laboratório de fertilidade de solo para análise de fertilidade (EMBRAPA, 1999). Amostras de plantas do BAG serão coletadas com inflorescência para identificação botânica no herbário da UFRPE e do Instituto Agronômico de Pernambuco IPA. As mesmas serão catalogadas nos herbários para futuras consultas para retorno aos locais de coleta. O BAG também será utilizado como área de produção de sementes para experimentação posterior, bem como para a preservação ex-situ das mesmas. 4.2 Avaliação da diversidade genotípica da leguminosa Folhas jovens serão coletadas e terão o DNA extraído para estudos genéticos utilizando marcadores ISSR (Inter Simple Sequence Repeat). As amplificações serão realizadas utilizando vinte iniciadores de ISSR nas condições a seguir: desnaturação inicial a 94oC por 5 mim, seguida por 35 ciclos de 94oC por 45 s, 72oC por 1 mim e 50 s, seguida por uma extensão de 72oC por 7 mim. Os amplicons serão analisados em gel de agarose 1,5% em tampão TBE (90 mM Tris-base, 90 mM ácido bórico e 2 mM EDTA), corados com SYBR Green e visualizados em transiluminador de ultravioleta. Os fragmentos amplificados serão estimados por comparação com marcador de 100 pb DNA Ladder (SOUZA et al., 2008). As sequências da região ITS do DNA ribossomal dos acessos de siratro serão amplificadas com a utilização dos primers ITS1 e ITS4 (WHITE et al., 1990). As reações de amplificação serão realizadas em volume final de 25µL, contendo: tampão 1X (50 mM KCl, 10 mM Tris HCl); 1,5 mM de MgCl2; 1 µM de cada primer; 0,2 mM de cada um dos dNTPs; 1,25 U de Taq DNA polimerase e 30-60 ng de DNA. A condição para a PCR constará de uma desnaturação a 95oC por 2 mim, seguido por 35 ciclos de: 95oC por 1 mim, 55oC por 1 mim e 72oC por 1 mim e 30s, com extensão final a 72oC por 10 mim. As amplificações serão analisadas seguindo a metodologia descrita por (RASBAND, 2008). Os amplicons serão purificados e enviados para a Embrapa – CENARGEN, onde será realizado o sequenciamento. 28 4.3 Isolamento, autenticação e caracterização dos isolados Devido à falta inicial de sementes das espécies nativas, o siratro (M. atropurpureum) será utilizado como planta-isca para o isolamento, por ser altamente promíscua, do mesmo gênero e haver disponibilidade comercial das sementes. Plântulas de M. atropurpureum serão pré-germinadas em vermiculita esterilizada por três a cinco dias e em seguida transplantadas para vasos de Leonard de pequeno porte (baseados em garrafas tipo “long-neck”), com areia na parte superior e solução nutritiva de Hoagland sem nitrogênio a 0,1 de concentração (HOAGLAND & ARNON, 1950) e inoculadas com cinco gramas de solo das amostras obtidas inicialmente. Aos 60 dias após inoculação as plantas serão colhidas e os nódulos serão limpos e conservados em tubos com sílica-gel. Em no máximo três meses após a preservação dos nódulos, será procedido o isolamento das estirpes presentes nos mesmos. O isolamento seguirá o procedimento padrão. Os nódulos de cada tubo serão reidratados, e em seguida imersos em álcool 95% para quebra da tensão capilar superficial, seguido por esterilização por imersão em hipoclorito de sódio 5% por cinco minutos, e lavados em água destilada esterilizada. O isolamento será conduzido em placas de Petri com meio 79, com azul de bromotimol .(VINCENT, 1970). A caracterização morfológica será baseada na velocidade de aparecimento de colônias isoladas, forma, cor, brilho, superfície, borda e tamanho da colônia, produção e consistência de muco, absorção de corantes e modificação do pH do meio de cultura (HUNGRIA &ARAÚJO, 1994; SOMASEGARAN &HOBEN, 1994; MAÂTALLAH et al., 2002; LIMA et al., 2005; ALBERTON et al., 2006; SEBBANE et al., 2006; UCHÔAS &FARIA, 2006; SILVA et al., 2007). Sementes coletadas no BAG de cada uma das espécies serão utilizadas para formar uma amostra composta representativa da espécie. Sementes de cada uma das espécies nativas e de siratro serão escarificadas, esterilizadas superficialmente e colocadas para germinar sob condições assépticas. As plântulas serão posteriormente transferidas para tubo de crescimento com solução de Hoagland sem N solidificada com ágar (SOMASEGARAN & HOBEN, 1994) e inoculadas. Cada estirpe será colocada para crescer em vaso de penicilina com meio YMA líquido, a 200 rpm e temperatura ambiente até atingir população estimada em pelo menos 108 células bacterianas/ml, com um ml deste caldo sendo utilizado para a inoculação de cada 29 plântula. Após 45 dias da inoculação será realizada avaliação visual do sistema radicular, aplicando as notas: 0 – não nodulou; 1 – poucos nódulos, aparentemente ineficientes; 2 – muitos nódulos, aparentemente ineficientes e 3 – nodulação eficiente. A avaliação será em triplicata. A caracterização fenotípica e a avaliação de compatibilidade simbiótica serão utilizadas conjuntamente para agrupamento dos isolados, através de UPGMA, com os isolados identificados como diferentes entre si passando a ser considerados como estirpes, que serão submetidas a fingerprinting genético utilizando o espaço intergênico (ITS), com os primers fD1 e rD1 (SUZUKI, 2008). Os géis obtidos por este processo serão avaliados utilizando a metodologia descrita por Rasband (2008). Cada estirpe será então submetida ao sequenciamento completo do 16S, utilizando PCR, conforme procedimento padronizado na literatura (TAURIAN et al., 2006). O PCR consistirá de passo inicial de desnaturação a 95°C por 3 min, 30 ciclos (94 °C por 1 min, 54 °C por 45 s e 72°C por 2 minutos) PCR e alongamento final por 7 min a 72°C. Antes do envio a empresa especializada em sequenciamento, será realizada eletroforese de gel agarose, para certificar que a multiplicação ocorreu adequadamente. As sequências recebidas serão alinhadas utilizando Mega4 (TAMURA et al., 2007), seguido por comparação com o GenBank para identificação no nível de espécie, quando possível. Estirpes que não possam ser identificadas positivamente ao nível de espécie serão utilizadas em outras pesquisas, com grupos de trabalho mais especializados em taxonomia rizobiana. 30 5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO Atividades previstas Disciplinas Amostragem Diversidade genética das leguminosas Isolamento, caracterização fenotípica e autenticação das bactérias Diversidade genética das estirpes Revisão de literatura, escrita da dissertação, participação em eventos, envio de artigos científicos Apresentação e correção final da dissertação 2010 2011 2012 Ag. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ag. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x 31 6 ORÇAMENTO Há financiamento disponível por outros projetos em execução. 32 7 APOIO FINANCEIRO E INSTITUCIONAL Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco - FACEPE Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Serra Talhada UFRPE/UAST Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA 33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBERTON, O.; KASCHUK, G.; HUNGRIA, M. Sampling effects on the assessment of genetic diversity of rhizobia associated with soybean and common bean. Soil Biology and Biochemistry, v. 38, n. 6, p. 1298-1307, 2006. ALVARENGA, R.C., COSTA, L.M., MAURO FILHO, W. e REGAZZI, A.J. 1995. 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