1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Prof. Jorge Augusto da Silva Santos. Site: www.bentosilvasantos.com Departamento de Filosofia. Site: www.fil.ufes.br . Manual sobre a História da Filosofia Medieval: www.unisi.it/ricerca/prog/fil-med-online/index.htm PROGRMA DA DISCIPLINA CAMPUS: Universidade Federal do Espírito Santo – Goiabeiras CURSO: FILOSOFIA HABILITAÇÃO: Bacharelado e Licenciatura em Filosofia OPÇÃO: DEPARTAMENTO RESPONSÁVEL: FILOSOFIA IDENTIFICAÇÃO: HISTÓRIA DA FILOSOFIA MEDIEVAL CÓDIGO DISCIPLINA OU ESTÁGIO PERIODIZAÇÃO IDEAL FIL- 05094 DISCIPLINA 2º PERÍODO OBRIG./OPT. PRÉ/CO/REQUISITOS ANUAL/SEM. OBRIG. HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA SEMESTRAL CRÉDITO CARGA DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA HORÁRIA TEÓRICA EXERCÍCIO LABORATÓRIO OUTRA TOTAL 4 60 60 AULAS TEÓRICAS 60 NÚMERO MÁXIMO DE ALUNOS POR TURMA AULAS DE AULAS DE EXERCÍCIO LABORATÓRIO OUTRA OBJETIVOS (Ao término da disciplina o aluno deverá ser capaz de:) 1. Desenvolver o espírito filosófico em diálogo com os diversos tipos de conhecimento, em especial com o Cristianismo como forma de saber transracional; 2 2. Adquirir condição teórica para uma reflexão permanente sobre a própria existência e a realidade sócio-cultural da Idade Média; 3. Distinguir os fundamentos das principais correntes filosóficas na Idade Média, buscando nas mesmas as raízes do pensamento moderno. 4. Compreender a necessidade de uma formação filosófica permanente à luz do binômio Filosofia-Teologia. 5. Iniciar o desenvolvimento de algumas habilidades necessárias a uma profissional da área: formação crítica, reflexiva e humanística relacionada ao pensamento filosófico medieval; formação ética; formação científica consistente; formação básica no domínio dos conceitos filosóficos. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (Título e descriminação das Unidades) INTRODUÇÃO GERAL 1. Conceituação de Filosofia Medieval (V-XIV); 2. As fontes da Filosofia Medieval; 3. A reação contra a civilização medieval: a Renascença, a Reforma, a física moderna, a Filosofia Moderna. FILOSOFIA MEDIEVAL: DE S. AGOSTINHO A GUILHERME DE OCKHAM. A. FILOSOFIA PATRÍSTICA Os Padres gregos e a Filosofia (séculos I-VIII) Os Padres latinos e a Filosofia 1. A Patrística latina antes de Agostinho i. Tertulaino, Minúcio Félix e os escritores até o século IV - Tertuliano: “Credibile est, quia ineptum est” (a, mais divulgada, “credo quia absurdum”, ele, na realidade, jamais a expressou); Minúcio e a sabedoria grega; Outros escritores cristãos: Novaciano, Cipriano Os tradutores cristãos: Calcídio (escreveu na primeira metade do século IV); Mário Vitorino ii. As figuras de Ambrósio, Jerônimo e Rufino 2. S. AGOSTINHO (354-430) e o apogeu da Patrística latina A transição do mundo antigo ao medieval 1. O Ocidente Bárbaro e a queda do Império Romano em 476; 2. SEVERINO BOÉCIO (480-524): “o último dos romanos e o primeiro dos escolásticos”. 3 3. Cassiodoro (ca. 477-562/70) 4. S. Isidoro de Sevilha (ca. 560-636) B. FILOSOFIA ESCOLÁSTICA Generalidades: ESCOLÁSTICA PRIMITIVA (séculos IX-XII) 1. A Alta Idade Média Latina: iii. O renascimento carolíngeo; - As origens da dinastia carolíngia - Características do renascimento carolíngio - Os precedentes do renascimento carolíngio - As quatro gerações carolíngias iv. JOÃO ESCOTO ERÍGENA (810-870) 2. A filosofia no século XI i. Dialéticos e Teólogos ii. ANSELMO DE AOSTA (1033-1109) 3. A filosofia no século XII i. PEDRO ABELARDO: o “renascimento” do século XII ii. As escolas do século XII: Chartres . São Vítor iii. Os dialéticos de Paris: nominais e reais iv. Bernardo de Claraval (1090-1153) v. Nascimento da Teologia Escolástica, as Sentenças. As Sumas ALTA ESCOLÁSTICA (século XIII: “século de Ouro” da Idade Média) 1. A recepção aristotélica i. Do século VI ao século XII: Logica vetus e Logica nova ii. Via indireta, mediante a Filosofia arábico-judaica - Filosofia árabe: Aristóteles siríaco; Comentários neoplatônicos de Aristóteles; Teologia de Aristóteles e o Liber de causis; Alfarabi; Avicena ((980-1-37) ; Averrróis (1126-1198); 4 Algazel - Filosofia Judaica: Avicebron ca. 1020-ca. 1059); Maimônides (ca. 1020-ca. 1059); Toledo iii. Traduções diretas do grego iv. O “aristotelismo” escolástico v. Proibição de Aristóteles na Universidade de Paris 2. A fundação das Universidades i. As Universidades de Bolonha e Paris ii. Efeitos explosivos da Universidade iii. Razão e fé iv. Faculdades das Artes e Faculdade de Teologia 3. As influências da filosofia aristotélica 4. A Escolástica i. Alberto Magno (1193-1280) ii. Boaventura (1217-1274) iii. TOMÁS DE AQUINO (1224-1274) iv. As condenações universitárias (1241, 1270, 1277) A filosofia no século XIV 1. J. DUNS ESCOTO (1265-1308) 2. MESTRE ECKHART (1260-1328: a mística fundamental) 3. GUILHERME DE OCKHAM (1285-1349) ) A TRANSIÇÃO ENTRE IDADE MÉDIA E MODERNIDADE NICOLAU DE CUSA BIBLIOGRAFIA BÁSICA BRAGUE, Rémi, Mediante da Idade Média. Filosofias medievais na Cristandade, no Judaísmo e no Islã.São Paulo: Edições Loyola,2010. DE BONI, Luis Alberto. Filosofia Medieval. Textos.Porto Alegre:Edipucrs,2000 5 DE LIBERA, A. A Filosofia Medieval.São Paulo:Loyola,1998 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BOEHNER, Philotheus & GILSON, Étienne., História da Filosofia Cristã. Desde as Origens até Nicolau de Cusa.Petrópolis:Vozes,1991 DE BONI, L. A., De Abelardo a Lutero: estudos sobre a filosofia prática na Idade Média.Porto Alegre: Edipucrs,2003 __________________ & PICH, R.H. (orgs.), A recepção do pensamento greco-romano, árabe e judaico pelo ocidente medieval.Porto Alegre: Edipucrs,2004 DE LIBERA, A., Pensar na Idade Média.São Paulo: Editora 34,1999 GARCIA, A. (org.) Estudos de Filosofia Medieval. A obra de Raimundo Vier. Petrópolis: Vozes,2000 GILSON, Étienne. A Filosofia na Idade Média.São Paulo: Martins Fontes,1995 ._____________, Introdução ao Estudo de Santo Agostinho.São Paulo: Paulus/Discurso Editorial,2007 MORESCHINI, C., História da Filosofia Patrística. São Paulo: Loyola,2008. REALE, G. & ANTISERI, D., História da Filosofia 2: Patrística e Escolástica. São Paulo: Paulus,2003 SARANYANA, Josep-Ignasi, A Filosofia Medieval. Das origens patrísticas à escolástica barroca.São Paulo: IBFC “Raimundo Lúlio” (Ramon Llull),2006.