Caiu no lixão Falsa reciclagem Reciclagem correta Efeitos da produção Quem fornece Material Consumo Carcaça bateria telA lcd teclado circuito impresso Antes Alumínio, cromo, PVC e retardantes de fogo à base de bromo. Hoje Alumínio, policarbonatos e antimônio (retardante de fogo). Há experimentos para a produção de polímeros biodegradáveis. Antes Liga de níquel-cádmio, grafite e potássio. Hoje Íon-lítio (à base de lítio, cobalto e grafite) ou hidreto metálico de níquel (à base de potássio, níquel e grafite). Vidro, óxido de índio-estanho ou óxido de zinco e polímero de cristal líquido. Antes Plásticos diversos, silicone emborrachado e prata (contatos). Hoje Mesmo material da carcaça, silicone emborrachado, prata (contatos) ou não existem (touchscreen, tela sensível ao toque). Antes Cobre, ouro, prata, paládio, níquel, estanho, bromo, chumbo, mercúrio, plásticos, fibra de vidro, epóxi e cerâmica. Hoje Uso restrito de chumbo e mercúrio ou bismuto, índio e germânio, entre outros. Arábia Saudita e Irã (petróleo, base do PVC e dos policarbonatos), Brasil (alumínio), África do Sul (cromo) e China (antimônio). Rússia (níquel), Bolívia (lítio), República Democrática do Congo (cobalto), Coreia do Sul (cádmio), China e Brasil (grafite) e Canadá (potássio). Canadá (índio) e China (zinco e estanho). Idem ao material usado na carcaça, México e Peru (prata) e diversos países (sílica). China (bismuto), África do Sul (ouro e cromo), Rússia (paládio) e Austrália (chumbo). A produção de alumínio com base em bauxita, embora seja menos agressiva ao solo, exige um gasto imenso de energia e água. Os plásticos, como o PVC e o policarbonato, são derivados do petróleo, fonte não renovável. O níquel e o cobalto são obtidos da mineração, atividade de impacto no solo e de emissão de CO2. As maiores reservas de lítio estão na Bolívia. O índio é um mineral raro em forma pura e em geral é obtido da extração de outros minérios, como o zinco. Ou seja, além do impacto da mineração, ainda há um grande gasto de energia na eletrólise para separar o minério. Os botões com o mesmo material da carcaça encobrem o tradicional teclado de silicone emborrachado. Ou seja: mais material está sendo usado. A tela sensível ao toque dispensa o uso de silicone e plástico, materiais mais difíceis de reutilizar ou reciclar que o vidro. Metais, como ouro e paládio, são raros. A extração é poluente e pouco produtiva. Para produzir uma tonelada de ouro, são geradas ao menos 10 mil toneladas de CO2. A mineração do cobre, a céu aberto, devasta grandes áreas. A produção de PVC libera resíduos de cloro altamente poluentes. Como o custo e o desempenho dos materiais alternativos ainda deixam a desejar, a substituição é lenta. Os metais nobres, como ouro e prata, e comuns, como cobre e estanho, são reaproveitados. A base de epóxi é usada como combustível para a caldeira em que os metais são fundidos. O principal ganho é o reaproveitamento do cobre dos fios. cabos e fios Antes PVC, retardantes de fogo à base de bromo (capa), cobre (fios) e cobre com berílio (conectores para cabos externos). Hoje Polietileno e poliamida (capa), antimônio (retardante de chamas) e cobre (fios) Chile (cobre) e Brasil (berílio). O PVC e os policarbonatos podem ser incinerados para gerar energia desde que com a devida neutralização dos gases tóxicos. Outra opção é derretê-los e transformá-los em plástico reciclado, usado em produtos de menor valor. O alumínio também é facilmente reaproveitado. As baterias possuem cobalto, níquel e ferro, que podem ser reaproveitados. O visor de vidro é reaproveitado. Mas a recuperação dos metais especiais, como o índio, ainda é considerada muito cara e ocorre apenas em testes. A mistura de materiais faz com que os botões geralmente tenham o mesmo destino da carcaça: derretimento ou incineração para produção de energia. Os contatos, que ficam sob o teclado, são de prata e podem ser recuperados. O derretimento de carcaças com retardantes à base de bromo sem tratamento dos gases libera dioxinas. Essas substâncias se espalham pela atmosfera e causam graves problemas de saúde em humanos e animais. Se a cartolina e o papelão são facilmente recolhidos para a reciclagem, as embalagens plásticas acabam no lixão. De reciclagem mais cara, elas são menos valorizadas no mercado informal de coleta. Caso o backlight (sistema de iluminação) dos aparelhos antigos seja quebrado, pode haver a liberação de vapor de mercúrio. A quantia é mínima, se comparada a um monitor de TV. Aproveitam-se somente os contatos de prata, mas descarta-se o material restante. Na separação do ouro, há a liberação de mercúrio, altamente tóxico. Os resíduos não são tratados e podem contaminar rios, o solo e a atmosfera. Além disso, a desmontagem inadequada pode levar ao desperdício de materiais raros, misturados a outros mais comuns. Queimar fios para obter o cobre libera dioxinas e ácido clorídrico. O berílio dos conectores, se inalado, ataca os pulmões. E o antimônio irrita a pele e o sistema digestório. Materiais de decomposição lenta, como o PVC, podem ficar mais de 200 anos na natureza e ocupam espaço, por serem rígidos. Em caso de incineração, as carcaças liberam dioxinas. O cádmio é um metal pesado e pode contaminar a água e o solo. A incineração de uma tela LCD pode levar à transformação dos polímeros em gases poluentes e cancerígenos. Decomposição lenta. Modelos velhos liberam toxinas ao ser queimados. Há a contaminação do solo e da água por chumbo e mercúrio liberados das soldas dos equipamentos. Os efeitos são os mesmos ocorridos com o descarte das carcaças.