A TERCIARIZAÇÃO DA ECONOMIA Prof: Msc. Magnus de Souza* A economia mundial é alicerçada em três setores principais, sendo o primário, o secundário e o terciário. O setor primário esta relacionado com a produção através da exploração de recursos da natureza. Podemos citar como exemplos de atividade a agricultura, mineração, pesca, pecuária, extrativismo vegetal e caça. É o setor primário que fornece a matéria-prima para a indústria de transformação. O secundário é o setor da economia que transforma as matériasprimas produzidas pelo setor primário, em produtos industrializados como roupas, máquinas, automóveis, alimentos industrializados, eletrônicos, entre outros. Já o terciário é setor econômico relacionado aos serviços. Os serviços são produtos não materiais em que pessoas ou empresas prestam para terceiros para satisfazer determinadas necessidades, tendo como exemplo o comércio, educação, saúde, transportes, comunicação, etc. Na última década, devido ao desenvolvimento econômico de alguns países e a ascensão econômica de parte da sociedade, fez com que o setor terciário tivesse o maior crescimento entre os três setores da economia, desencadeando o fenômeno chamado de terciarização da economia. Com a terciarização da economia os setores primário e secundário vão perdendo importância, enquanto que o setor terciário vai se tornando predominante, quer em temos de contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB), quer em termos de população ativa. No Brasil, assim como no México, Argentina e África do Sul, mais de 50% da mão-de-obra esta ocupada no setor terciário. Devido a redução do poder aquisitivo nesses países, esta gerando uma demanda menor de empregos formais neste setor, aumentando a informalidade. No caso brasileiro existe um contingente de mais de 30 milhões de pessoas trabalhando de forma informal, deixando o Brasil como segundo país na América Latina com o maior número de trabalhadores informais. Esse grande contingente de trabalhadores informais reflete a hipertrofia do setor terciário nos países semiperiféricos. A superlotação das metrópoles trás a tona uma série de problemas relacionados a reprodução sócio econômica da população que não esta no mercado de trabalho formal. Na busca da auto-subsistência, esses trabalhadores buscam novas alternativas de renda, como o comércio ambulante e a prestação de pequenos serviços por aqueles que possuem alguns conhecimentos em determinadas áreas. A perversidade da economia vigente escancara um modelo econômico cada vez mais excludente, com índices crônicos de desemprego e da falta de amparo por parte do Estado, principalmente nos setores de saúde, educação e segurança. Ainda alastram-se e aprofundam-se males espirituais e morais, como o egoísmos, os cinismos, a corrupção, criando uma blindagem que separa a diferencia ainda mais as classes sociais.