FILARIOSE A Filariose é uma doença causada por um nematoda chamado Filaria levando à infecção dos nódulos linfáticos, também designada por edema linfático secundário. Os parasitas adultos da filaria são germes sexuados (existem no sexo feminino e masculino) e residem nos nódulos linfáticos. É nos nódulos linfáticos que estes germes acasalam e produzem microfilaria (primeira fase larvar) durante oito anos. O nematoda Filaria selecciona o hospedeiro mamífero e as espécies que usa como vector intermediário à infecção. Os mosquitos responsáveis pela infecção no Homem são Aedes, Anopheles, Culex, Simulium Chrysops ou Mansonia. Aquando da picada por um destes mosquitos, o insecto ingere os microfilaria. Nos insectos, estes microfilaria desenvolvem-se (fase larvar infecciosa). E é na subsequentemente picada que a larva desenvolvida/amadurecida no mosquito é depositada na pele do Homem. Depois a larva entra no corpo humano e continua o seu processo de desenvolvimento até à fase final. This image is a work of the Centers for Disease Control and Prevention, part of the United States Department of Health and Human Services, taken or made during the course of an employee's official duties. As a work of the U.S. federal government, the image is in the public domain. Figura 1 – Ciclo de vida do mosquito/nematoda que causa Filariose. Imagem de CDC/Alexander J. da Silva, PhD/Melanie Moser. (PHIL #3425), 2003. EPIDEMIOLOGIA Estimam-se que 120 milhões de pessoas estão infectadas com um dos nematoda Filaria, como por exemplo Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori. Sendo estes os agentes causadores de Filariose Linfática. No total, 1.3 biliões de pessoas estão em constante risco de infecção. A doença está presente em 83 países e é predominante em África, Índia, no Sul da China, em determinadas zonas da América do Sul (Caraíbas) e nas ilhas do Sul do Pacífico. Como descrito, a doença é bastante comum em países tropicais. No entanto, 70% dos casos diagnosticados com Filariose Linfática são na Índia, Nigéria, Indonésia e Bangladesh. No total, dois terços das populações infectadas residem na Ásia. Entre todos os adultos residentes nas áreas acima mencionadas, 12.5% tem sinais clínicos de edema linfático e 21% possuem hidrocele. No entanto, a maioria da população está inoculada com o estado larvar infeccioso durante toda a sua vida. A Filariose afecta as zonas tropicais e sub-tropicais. Este é o habitat propício ao desenvolvimento do vector da Filariose Linfática, devido ao ambiente húmido. A humidade é um factor necessário a sobrevivência do estado larvar infeccioso e à microfilaria. A maioria dos casos clínicos está presente nas zonas rurais e em regiões com reduzidas condições sanitárias e fraca qualidade de vida. Figura 2 – Mapa dos países afectados pela Filariose Linfática. A azul países que têm um programa activo de eliminação da Filariose Linfática. E a amarelo países que ainda não tem um programa activo de eliminação da Filariose Linfática. Como é o caso de Angola. CASOS CLÍNICOS Os pacientes afectados pela microfilaria podem apresentar infecções assintomáticas (sem sintomas) ou sinais de infecção aguda ou crónica. No geral, todos os pacientes têm elevados riscos de desenvolverem sintomas crónicos. Como por exemplo, linfomas, Elefantiase ou cegueira. Qualquer destes sintomas reduz a produtividade do paciente e eleva o risco a infecções. Os sinais de infecção aguda incluem adeno-linfatites (DLA) e filaria linfatites (FLA) agudas. DLA é a manifestação mais comum da doença e é caracterizada por ataques de febre. Estes ataques de febre podem ocorrer no início e no “terminus” da doença. A zona corporal com a infecção mostra-se dorida, frágil, quente, vermelha e inchada. Os nódulos linfáticos das virilhas e das axilas ficam frequentemente inchados. Os incidentes agudos ocorrem várias vezes ao ano em pacientes com Filariose. Os mesmos aumentam de frequência com o aumento do grau de edema linfático. Infecções secundárias, causadas pela bactéria Streptococci, podem também causar estes mesmos incidentes agudos. As zonas do corpo humano mais afectado são os membros (braços e pernas) e pequenas lesões, que facilitam a entrada das larvas. As pequenas lesões podem ser eczemas, posteriores mordidas de insectos ou infecções. Os ataques de DLA são responsáveis pela persistência e progressão do inchaço levando a casos de Elefantiase. Elefantiase pode se estender desde das pernas aos órgãos genitais e desde dos braços aos seios. FLA é causado pela mordida de germes adultos, o que é raro. Esta infecção é detectada quando são observados germes adultos destruídos nos nódulos linfáticos. Pequenos e frágeis nódulos são formados onde os germes adultos morrem. Isto é, no escroto ou ao longo dos vasos linfáticos. Os nódulos linfáticos também se podem tornar frágeis. Eventos de edema transientes podem ocorrer. Tais eventos não estão associados à febre, toxemia ou infecções bacterianas secundárias. As manifestações crónicas de FLA são edemas linfáticos, Elefantiase e lesões no tracto genito-urinário. Na maioria dos casos de infecção crónica de Filariose Linfática desenvolve-se em Elefantiase. As zonas corporais afectadas ficam inchadas, doridas e normalmente têm mau odor. A pele incha e enrijece criando fissuras. Úlceras e inchaços poderão crescer ao ponto de interferir com a articulação dos membros e debilitar drasticamente a vítima. Nas mulheres é raro o órgão genital (incluindo os seios) desenvolverem Elefantiase. No entanto, nos homens, hidrocele é uma manifestação crónica de FLA bastante comum. Também existem casos clínicos de Filariose Sub-cutânea. Nestes casos desenvolvem-se papos, nódulos e arranhões. Depois a pele fica seca, enrijece e mostra sinais de hipo e/ou hiper-pigmentação. Pruritus (comichão) é comum e pode se tornar severo. Figura 3 – Fotografias de pacientes com Elefantiase no pé e no braço, respectivamente. Imagens cedidas por Dr. Jim Ertle. DIAGNÓSTICO Os actuais diagnósticos são: 1. Método da filtração membranar para detecção da microfilaria: colheita de sangue nocturno. Filtrar sangue numa membrana miliporo. Permite detectar e quantificar o nível de infecção. A administração de diethylcarbamazine ajuda à detecção da microfilaria durante o dia, se necessário. 2. Amostra de pele: microfilaria de O. Volvulus e M. Streptocerca são facilmente detectados pela biopsia da Filariose Sub-cutânea. A análise de amostras de pele é específica e pode ser obtida através de um furo ou o uso de uma agulha. As biopsias são retiradas de zonas com elevado nível de infecção, como a crosta íliaca. 3. Radiografia: na detecção da calcificação de germes mortos no tecido infectado. Este método é limitado e só serve para detectar germes adultos mortos. 4. Ultrasonografia: permite a localização e visualização do germe adulto W. bancrofti no escroto linfático de pacientes masculinos assintomáticos de microfilaria. O movimento do germe é designado por “a dança filarial”. Esta técnica não é eficiente em pacientes com edema linfático porque não há germes adultos no corpo humano nesta fase da doença. A ultrasonografia do escroto ainda não foi provada ser eficiente em pacientes infectados com B. Malayi porque este não envolve a zona genital. 5. Cintigrafia linfática: Injecção de albumina ou dextran marcada radioactivamente nos pés. Esta técnica permite o diagnóstico de anomalias nos nódulos linfáticos. Isto é, o diagnóstico possível para detecção à infecção por microfilaria. 6. Teste de imunocromatografia: teste de elevada sensibilidade e especificidade na detecção do antigen da filaria para o diagnóstico da infecção pelo W. bancrofti. Atenção que este teste é positivo nos estados iniciais da doença quando os germes adultos ainda estão vivos. E é negativo quando os germes adultos morrem. 7. Enzyme Linked Immuno Sorber Assay (ELISA): usado no diagnóstico de infecção pelo germe W. Bancrofti. É um processo moroso e inconveniente. 8. Detecção do DNA parasita por PCR (Polymerase Chain Reaction): protocolo que permite a detecção do DNA do parasita na fase adulta e na primeira fase larvar no Homem PREVENÇÃO E TRATAMENTO O Programa Global para a Eliminação da Filariose Linfáctica (GPELF) planeia eliminar a Filariose Linfáctica como uma doença pública até 2020. A forma de actuação é feita pela prevenção da transmissão de microfilaria a pessoas da comunidade que ainda não estão infectadas. O programa é conduzido nos países afectados pela doença com a ajuda da WHO e muitas outras organizações não governamentais (NOG). Estas organizações promovem a administração anual da droga antimicrofilaria (MDA) a pessoas infectadas e seleccionadas da comunidade. Em regiões onde o nematoda da filaria Onchocerca volvulus é endémico, uma combinação de drogas (“ivermectin” e “albendazole”) é administrada. Noutras onde o nematodas W. bancrofti ou Brugia spp. estão presentes a droga administrada é “diethylcarbamazine” e “albendazole”. Ambas combinações de drogas são efectivas a matar microfilaria, mas são limitadas e têm efeitos secundários nos germes adultos. Programas computacionais, como LYM-FASIM, prevêem que é necessário o controlo da Filaria Linfática pela administração de drogas por pelo menos oito anos, assumindo a cobertura de mais do que 65% da população infectada. Detalhes sobre as drogas: “Diethylcarbamazine” – a droga é efectiva contra microfilaria e contra germes adultos. Esta droga só consegue ser efectiva em 50% dos pacientes infectados com germes adultos. A dose inicial recomendada é 6 mg/Kg. Mesmo em administrações anuais, esta é uma boa droga para prevenir a transmissão de Filariose. “Ivermectin” – droga que actua directamente na microfilaria. Adminitrações únicas de 200-400 µg/kg mantêm os níveis de microfilaria baixos até doze meses após a administração. Não tem qualquer efeito sobre o parasita adulto. Esta droga é a seleccionada para o tratamento contra Onchocerca volvulus e para a prevenção da doença em países de África onde Onchocerca volvulus é um nematoda endémico. “Albendazole” – droga que destrói o germe adulto da filaria quando administrada 400 mg, duas vezes por dia, durante duas semanas. Não tem acção directa contra microfilaria e não consegue diminuir os niveis de microfilaria. Esta droga quando em combinação com “diethylcarbamazine” ou “ivermectin” é recomendada num programa global de eliminação da Filariose. REFERÊNCIAS De Souza D. (2010). Environmental Factors Associated with the Distribution of Anopheles gambiae s.s in Ghana; an Important Vector of Lymphatic Filariasis and Malaria. PLoS ONE Volume 5, Issue 3, e9927, 1-9. Mendoza N. et al. (2009). Filariasis: diagnosis and treatment. Dermathologic Theraphy vol. 22, 475-490. Pfarr K.M. et al. (2009). Filariasis and lymphoedema. Parasite Immunology 31, 664672. Palumbo E. (2008). Filariasis: diagnosis, treatment and prevention. Acta Biomed 79, 106-109. WHO. Global Programme to Eliminate Lymphatic Filariasis. Wkly Epidemiol Rec 2006; 81: 221-232. WHO. Report on the mid-term assessment of microfilaraemia reduction in sentinel sites of 13 countries of the Global Programme to Eliminate Lymphatic Filariasis. Wkly Epidem Rec 2004; 79: 358-365. http://www.searo.who.int/EN/Section10/Section2096_10601.htm FILARIASIS Filariasis is a disease caused by filarial nematodes, which are the causative agents of lymphatic filariasis (LF), a secondary lymphoedema. Adult filarial parasites are worms sexually dimorphic and reside in the lymphatic vessels, where they mate and produce thousands of first-stage larvae (microfilaria) for up to 8 years. Filariae are very specific for their mammalian hosts and obligate intermediate vector species. Mosquito vectors from the genera Aedes, Anopheles, Culex, Simulium, Chrysops or Mansonia are required for development of the larvae into the human infective stage, and for transmission to the human hosts. The vector ingest microfilaria during blood meals. In the insect, the larvae develop into infective larvae (L3), which are deposited on the skin of the humans during subsequent blood meals. The larvae enter in the body through the wound made by the insect and undergo two more moults to develop into adult worms, completing the cycle. Image credit: CDC/Alexander J. da Silva, PhD/Melanie Moser. (PHIL #3425), 2003. This image is a work of the Centers for Disease Control and Prevention, part of the United States Department of Health and Human Services, taken or made during the course of an employee's official duties. As a work of the U.S. federal government, the image is in the public domain. EPIDEMIOLOGY An estimated 120 million people are infected with the filarial nematodes Wuchereria bancrofti, Brugia malayi and Brugia timori, wich are the causative agents of lymphatic filariasis, and 1,3 billion people are estimated to be at risk of lymphatic filariasis. The disease affects approximately 83 countries mainly in sub-Saharan Africa, India, Southeast Asia, parts of South America, the Caribbean and the South Pacific. The infection is common in many areas of the tropics and approximately 70% of lymphatic filariasis is found in India, Nigeria, Indonesia and Bangladesh. Two-thirds of the affected people are in Asia. Among adults residents of endemic areas, 12.5% have clinical manifestations of lymphoedema and 21% of men have hydrocele, despite the fact that most individuals are presumably inoculated with L3 larvae throughout life. Filariasis tends to affect tropical and subtropical areas, common habitats for the vectorsof lymphatic filariasis, because surroundings of ambient humidity are often necessary for the survival of the infective larval stage and the microfilariae. The majotiry of the case also occurs in rural areas and regions associated with poor sanitation and housing quality. CLINICAL FINDINGS CLINICAL FINDINGS The infected patients have a high risk of developing chronic symptoms such lymphedema, elephantiasis, or blindness that can decrease the patient’s productivity and lead to life-threatening infections. Patients affected by microfilariaemia may present an asymptomatic infection or acute and chronic manifestations. In the endemic areas the majority of affected subjects show clinically asymptomatic infection and harbour microfilaria in their peripheral blood. Acute manifestations include acute adeno-lymphangitis (ADL) and acute filarial lymphangitis (AFL). ADL is the most common acute manifestation and is characterized by attacks of fever. These episodes may occur both in early and late stage of the disease. The affected area is painful, tender, warm, red and swollen. The lymph nodes in the groin and axilla are frequently inflamed. These acute ADL attacks recur many times a year in patients with filarial swelling and their incidence increases with the degree of lymphoedema. Secondary infections due to bacteria such as streptococci are responsible for these acute episodes. In the affected limbs, lesions which favour entry of these infecting agents may be demonstrated, either in the form of minor injuries, eczema, insect bites or infections. These ADL attacks are responsible for the persistence and progression of the swelling leading to elephantiasis not only of the limbs but also of the external genitalia and breasts. AFL are caused by adult worms and are usually rare. They are observed when the adults worms are destroyed in the lymphatics. Small tender nodules form at the location of adult worm death either in the scrotum or along the lymphatics.Lymph node may became tender. Though transient oedema may sometimes occur, these episodes are not associated with fever, toxemia or evidence of secondary bacterial infection. The chronic manifestations represent lymphoedema and elephantiasis and genitourinary lesions. The most common chronic manifestation of lymphatic filariasis is lymphoedema, which may progress to elephantiasis. The affected areas are swollen, painful, and often have a bad smell, with the skin turning warty and thickened with folds and cracks. Ulcers and swelling can grow large enough to interfere with movement and drastically debilitate victims. In female, rarely the breasts and external genitalia may also became elephantoid. Hydrocoele is a common chronic manifestation of bancroftian filariasis in males. The subcutaneous filariasis present with papules, nodules and scratch marks. Subsequently, the skin becomes dry and thickened and may be associated with iper and/or hypo pigmentation. Pruritus is common and can be very severe. DIAGNOSIS The recent developments in the diagnosis are: • Membrane filtration method for microfilaria detection: venus blood drawn at night and filtered through millepore membrane filters, enables an easy detection of microfilaria and quantifies the load of infection. A dose of diethylcarbamazine (DEC) can also provoke the microfilariae to appear during the daytime if necessary. • Skin snips: microfilariae from O. volvulus and M.streptocerca are best detected in a skin biopsy for subcutaneous filariases. Skin snips are highly specific and can be obtained using sclerocorneal punches or a needle and scalpel. Biopsies are taken from areas known to be highly infected, such as the iliac crest or the calves. • Radiographs can be used to identify the calcified remains of the dead worms in the tissue. The application is limited though, as it only detects dead adult worms. • Ultrasonography: recently has helped to locate and visualize the movement of living adult filarial worms of W. bancrofti in the scrotal lymphatics of asymptomatic male with microfilariaemia. This constant thrashing movement is known as the “filarial dance sign”. Ultrasonography is not useful in patients with filarial lymphoedema because living adult worms are generally not present at • • • • this stage of the disease. Ultrasonography of the scrotum has not proved useful in patients with B. malayi infection because they do not involve the genitalia. Lymphoscintigraphy: injection of radiolabelled albumin or destran in the web space of the toes. This technique has shown that even in the early, clinically asymptomatic stage of the disease, lymphatic abnormalities in the affected limbs of people harboring microfilaria may occur. Immunochromatographic test: highly sensitive and specific filarial antigen detection assays are available for the diagnosis of W. bancrofti infection. This test is positive in the early stage of the disease when the adult worms are alive and becomes negative once they are dead. A highly sensitive enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA)-based format is available for the diagnosis of W.bancrofti infection; it takes longer to complete and is not convenient. DNA probes using Polymerase Chain Reaction (PCR): this test is able to detect parasite DNA in the humans as well as vectors in both bancroftian and brugian filariasis. PREVENTION AND THERAPHY The Global Programme for the Elimination of Lymphatic Filariasis (GPELF) strives to eliminate LF as a public health concern by 2020 by breaking transmission of the microfilaria to uninfected persons in the community (http://www.filariasis.org). The programme is conducted by endemic countries with the help of WHO and numerous nongovernment organizations (NGOs) and undertakes annual administration of antimicrofilarial drugs to eligible members of the affected community, i.e. mass drug administration (MDA). In the area where the filarial nematode Onchocerca volvulus is also endemic, the drug combination of ivermectin (IVM) and albendazole is administered. In areas where only W. bancrofti or Brugia spp. is present, diethylcarbamazine (DEC) and albendazole are administered. Both drugs IVM and DEC are effective at killing the microfilaria, but have limited, long-term effects on the adult worms. For these reasons , LYM-FASIM programme, which models transmission and control of LF, predicts that administration of the drugs for at least 8 years, assuming a coverage of > 65% of the affected population, is required. DEC: this drug is effective against both microfilaria and adult worms. Even though Dec kills the adults worms, this effect is only observed in 50% of patients. The earlier recommended single dose is 6 mg/kg; even in annual single dose it is a good tool to prevent the transmission. IVM: this drug acts directly on the microfilaria and in single doses of 200 to 400 µg/kg keeps the blood microfilaria counts at very low levels even after one year. It has no proven action against the adult parasite. It is the drug of choice for the treatment of onchocerciasis and for prevention in African countries endemic for Onchocerca. ALBENDAZOLE: destroy the adult filarial worms when given in dose of 400 mg twice a day for two weeks. It has not direct action against the microfilaria and does not immediately lower the microfilaria counts. It combined with DEC or IVM is recommended in the global filariasis elimination programme. REFERENCES De Souza D. (2010). Environmental Factors Associated with the Distribution of Anopheles gambiae s.s in Ghana; an Important Vector of Lymphatic Filariasis and Malaria. PLoS ONE Volume 5, Issue 3, e9927, 1-9. Mendoza N. et al. (2009). Filariasis: diagnosis and treatment. Dermathologic Theraphy vol. 22, 475-490. Pfarr K.M. et al. (2009). Filariasis and lymphoedema. Parasite Immunology 31, 664672. Palumbo E. (2008). Filariasis: diagnosis, treatment and prevention. Acta Biomed 79, 106-109. WHO. Global Programme to Eliminate Lymphatic Filariasis. Wkly Epidemiol Rec 2006; 81: 221-232. WHO. Report on the mid-term assessment of microfilaraemia reduction in sentinel sites of 13 countries of the Global Programme to Eliminate Lymphatic Filariasis. Wkly Epidem Rec 2004; 79: 358-365. http://www.searo.who.int/EN/Section10/Section2096_10601.htm Autoria: Elisa Crisci e Tradução: Andreia Serra