crescimento da dengue em razão do aquecimento global

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CRESCIMENTO DA DENGUE EM RAZÃO DO AQUECIMENTO
GLOBAL
Silva, Larissa Mirena Bezerra da [1]
Ferreira, Viviane Ferraz [2]
Santos, Suziane do Socorro dos [3]
Silva, Irene de Jesus [4]
INTRODUÇÃO: Intensas mudanças climáticas têm ocorrido nos últimos séculos é
apresentam-se de maneira preocupante. O aquecimento global é o responsável
por alterações climáticas, gerando desequilíbrio na ordem ecológica. Tais
alterações interferem diretamente no ambiente natural e ao relacioná-las com o
clima e as doenças tropicais, é possível perceber que mudanças na temperatura
alteram o ecossistema, influenciando diretamente no crescimento da transmissão
de doenças ocasionadas por vetores, entre estas se destaca a dengue. A dengue
é considerada a principal doença reemergente nos países tropicais e subtropicais
(TAUIL, 2002). Em razão de tais fatores, percebemos a necessidade de estudar a
relação entre a mudança de temperatura do planeta e a sua implicação para o
crescimento do número de casos de dengue, pois este é um fato que nos afeta
diretamente, não apenas porque podemos ser atingidos pela doença, mas
principalmente porque atuamos na área da saúde e desta forma é importante
compreendermos as situações que afetam a relação saúde-doença, para que
possamos atuar de maneira mais eficaz. OBJETIVO: Apresentar informações que
exemplifiquem a relação existente entre alterações na temperatura do planeta e
sua influência no desenvolvimento da doença, exemplificando os riscos destas
mudanças para a saúde humana e para a biodiversidade. METODOLOGIA: O
presente estudo foi uma revisão bibliográfica e baseou-se na análise de
publicações encontradas na literatura, procedendo-se a busca de artigos nas
bases eletrônicas de dados, utilizando os seguintes termos: “aquecimento global”
“desenvolvimento da dengue”, no período de 12 de maio a 12 de julho/2009,
sendo utilizados os artigos que tiveram publicação a partir de 2000. RESULTADO
E DISCUSSÃO: Variações no regime climático podem alterar ciclos de doenças,
agravando focos isolados de doenças transmitidas por vetores, pois o clima
influencia diretamente para que os índices de infecção por dengue se tornem
elevados, em virtude de que as mudanças climáticas afetam tanto vetores quanto
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os agentes infecciosos. Determinados parasitos podem ter maior incidência com o
aumento das temperaturas, os vírus são um exemplo, pois muitos se tornam
sensíveis a mudanças climáticas e podem rapidamente entrar em crescimento
com o aumento da temperatura, ou seja, com uma temperatura de 27°C, o
período de incubação é de 10 dias; com 37°C é de apenas sete dias, sem
mencionar que a freqüência de suas picadas e a sua área de ocorrência também
são influenciados pela temperatura e podem favorecer a expansão da sua área de
ocorrência em razão de que o aumento da faixa tropical leva a migração dos
vetores para áreas em que não havia transmissores. De acordo com Conrado
(2007) as variações no regime climático podem alterar ciclos de doenças,
agravando focos isolados daquelas transmitidas por vetores, além de causar o
aumento e a migração destes vetores, aumento de epidemias, redução da
produtividade e o aumento dos gastos com medicamentos e cuidados à saúde.
Coura (1992) aponta ainda uma maior coexistência das espécies que favorece a
proliferação de germes e parasitos, o desenvolvimento de reservatórios e de
vetores biológicos, induzindo, o aumento das doenças infecciosas e parasitárias,
principalmente daquelas que possuem reservatórios e vetores biológicos na
natureza. É importante mencionar que o aumento da faixa tropical levará a
migração dos vetores para áreas em que não havia transmissores, o que poderá
vir a ser um grave problema de saúde pública. O aquecimento expande fronteiras
e acelera a reprodução do vetor e da dengue, pois a expansão das áreas mais
aquecidas far-se-á acompanhar pela expansão da área geográfica da doença.
CONCLUSÃO: Percebemos que as condições climáticas alteradas pelo
aquecimento global favorecem a expansão geográfica do agente etiológico e do
vetor e aumentando a incidência da doença. Portanto, grandes mudanças no
clima do planeta ocasionam transformações radicais e imprevisíveis, pois
contribuem para a emergência da patologia, e podem gerar um aumento de
endemia. Perante a apresentação deste fato, é preciso agir. Porém, até o
momento, nada foi de fato realizado para atenuar este quadro e suas
conseqüências. Se permanecer desta maneira, não somente a dengue como
demais doenças podem vir a progredir proporcionalmente a elevação da
temperatura. BIBLIOGRAFIA: CONRADO, D; MUNHOZ, D.E. A; SANTOS, M.C;
et al . Vulnerabilidades às mudanças climáticas. Disponível em: http://
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www.iieb.org.br/arquivos/artigo_vulnerabilidades.pdf. Acesso em: 12 de julho de
2009. COURA, José R.. Endemias e meio ambiente no século XXI. Cad. Saúde
Pública, Rio de Janeiro, v.8, n.3, 1992. Disponível em: <http://www.scielosp.org/.
Acesso em: 12 de julho de 2009. TAUIL, P.L. Controle de doenças transmitidas
por
vetores
no
sistema
único
de
saúde.
Inf.
Epidemiol.
Sus. vol.11 no.2 Brasília June 2002.
DESCRITORES: Dengue. Mudanças climáticas
Notas de Rodapé
[1] Aluna de Graduação da Faculdade de Enfermagem-UFPA. Endereço
Eletrônico: [email protected].
[2] Aluna de Graduação da Faculdade de Enfermagem-UFPA.
[3] Aluna de Graduação da Faculdade de Enfermagem-UFPA.
[4] Professora da Universidade Federal do Pará, da Atividade Curricular MédicoCirúrgico. MSc em Enfermagem.
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