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Manual Auxiliar
Para Moderadores
CORNERSTONE
CONNECTIONS
ADOLESCENTES
2º Trimestre / 2017
Departamento da Escola Sabatina e dos Ministérios da Criança
UPASD
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CORNERSTONE CONNECTIONS
Guia do Moderador
HISTÓRIAS. REAIS. SÓLIDAS.
2º Trimestre de 2017
Liberdade sem Limites
PORQUÊ A ABORDAGEM BÍBLICA DA HISTÓRIA (introdução do Moderador)
Há uma tendência para negligenciar a Palavra de Deus, porque a Bíblia parece tão velha e as questões da
vida de hoje não parecem ligar-se automaticamente com os textos inspirados, antigos. Tentar ler a Bíblia
toda pode deixar os jovens num nevoeiro. Mas nunca foi intenção que a Bíblia fosse lida. A intenção foi que
a Bíblia fosse estudada, que se refletisse sobre ela, que fosse vivida. Não foi escrita para ser analisada, mas
obedecida. É preciso esforço. Se queres apenas uma história para te entreter, então a Bíblia não é para ti.
A Bíblia não é uma novela que te prenda, mas, se tomares a mensagem firmemente com coração pronto
a aprender e olhos que buscam Deus, encontrarás muito mais do que entretenimento. Descobrirás
uma mensagem só tua. “Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração”
(Jeremias 29:13, ARC.) Jesus disse: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica,
assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mateus 7:24, ARC.)
A Bíblia é uma ferramenta que será usada pelo Mestre prometido – o Espírito Santo. Nós, os professores
terrenos, seremos eficazes na medida em que deixarmos, primeiro, que o Espírito nos ensine. Cada uma
destas lições foi construída à volta de uma história bíblica específica. Dirigirá os alunos para Dentro da
História e ajudá-los-á a desenterrar verdades para a sua vida A Partir da História. As gemas da verdade
ainda não foram retiradas da mina para si. O Moderador e os seus alunos terão a oportunidade de ser, eles
próprios, os mineiros.
“No estudo diário o método de estudar versículo a versículo é muitas vezes o mais eficaz. O estudante
deve pegar num versículo, e concentrar o espírito tentando descobrir o pensamento que Deus ali pôs para
si, e então demorar-se nesse pensamento até que se torne também seu. Uma passagem estudada assim,
até que o seu significado esteja claro, é de mais valor do que o manuseio de muitos capítulos sem nenhum
propósito definido em vista, e sem obter nenhuma instrução positiva. – Educação, p. 188 (adaptado da
edição brasileira de 1968.)
Bem-vindo ao “Cornerstone Connections”!
Os Editores
P.S. Não se esqueça de confirmar o plano de leitura.
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Que ferramentas são providenciadas
para ensinar as histórias?
(Os textos a negrito ajudam-no a rever, num relance, os passos sugeridos.)
1. Neste Guia do Moderador, com cada lição encontrará uma secção Explorar com os tópicos da lista
que se relacionam com a história desta semana. Os Ministérios de Liderança providenciaram uma
série de fontes para explorar os tópicos da sua escolha – de perguntas para discussão a ilustrações,
de roteiros de teatro a atividades de aprendizagem. Use os recursos em www.cornerstone
connections.net para criar um “programa” que seja importante para o seu grupo.
2. Comece a lição propriamente dita com a atividade O Que Achas? (e a informação Sabias?) da
lição do aluno. As atividades destinam-se a fazer os seus alunos pensar, responder e partilhar uns
com os outros. A rica discussão que poderá nascer deste exercício é um ótimo ponto de entrada. A
pergunta-chave, que deverá ser feita no fim, é: “Porque respondeste da forma como fizeste?”
3. O seu Guia do Moderador proporciona uma ilustração, bem como um breve pensamento que
serve de “ponte” para o ajudar a guiar os seus alunos à passagem bíblica propriamente dita.
4. O centro da experiência da lição é lerem juntos a passagem da Bíblia, Dentro da História, e
discuti-la com a ajuda das perguntas para o Moderador A Partir da História. Outras passagens para
comparar com essa para aprofundar mais a Palavra são, por vezes, também providenciadas.
5. Então, partilhem a informação sobre o contexto e os antecedentes que farão com que a história
fique mais compreensível para si e para os seus alunos.
6. É-lhe proporcionado um curto guia para o ajudar a desdobrar as outras secções da lição dos
alunos com a sua classe. (Os seus alunos também são levados a trabalhar, diariamente, por si
mesmos, através de uma secção da lição ao seguirem as instruções em Tornando Real.) Incentive-os a fazê-lo na semana anterior ou na semana a seguir depois de analisar a lição na classe,
dependendo do que for melhor para a sua situação de professor.
7. Cada semana, o Guia do Moderador inclui uma sugestão em Rabbi 101 que será útil para si, se o
guardar para futuras referências. Também lhe proporcionará uma atividade e um resumo com o
qual poderá ligar e fechar a lição.
8. Em cada lição, os alunos têm uma referência ao volume da Série O Grande Conflito, de Ellen White,
que corresponde à história da semana. Os alunos que o desejarem poderão ler toda a série em
quatro anos, ao seguirem o plano de leitura.
LIÇÃO 1 – Uma Missionária Improvável
Pela força do testemunho de uma mulher, toda uma cidade foi convencida de que Jesus era o Messias.
Pode a história de uma pessoa fazer, realmente, a diferença?
LIÇÃO 2 – Ver é Crer?
O nobre acreditou na palavra de Jesus de que o seu filho estava curado – mesmo antes de voltar para
junto do filho. Uma lição de fé que pode fazer eco no nosso coração, hoje.
Lição 3 – Queres Ficar Curado?
Muitas pessoas preferem a servidão à redenção. Será possível que o homem paralítico, junto ao poço de
Betesda, também a preferisse?
Lição 4 – Aparências versus Realidade
João Batista teve a fantástica tarefa de anunciar que o Reino de Deus estava às portas. Infelizmente, não
viveu o suficiente para ver o seu derradeiro cumprimento.
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Lição 5 – Um Regresso a Casa Tumultuoso
O que começou, para Jesus, como uma entrevista na sinagoga, na Sua infância, acabou por se tornar numa
viciosa tentativa contra a Sua vida.
Lição 6 – Sou um Seguidor
Pedro e os outros pescadores deixaram tudo para seguir Jesus. Como é o compromisso com Jesus no
século XXI?
Lição 7 – O Dia em que o Diabo Foi à Igreja
O endemoninhado só teve a força espiritual suficiente para ir a Jesus. Era tudo aquilo de que precisava. É
tudo do que precisamos para ir a Jesus.
Lição 8 – Disponível e Capaz
Um leproso moribundo atreve-se a entrar na sociedade por ter ouvido dizer que Jesus ia chegar e nunca
tinha mandado ninguém embora. Iria Jesus aceitá-lo também?
Lição 9 – Não Foi Amor à Primeira Vista
Jesus preferia estar no meio de pecadores do que numa sala cheia dos, assim chamados, “justos e nobres”.
Na realidade, Ele procurava-os.
Lição 10 – À Frente e no Centro
A crítica não perturbava Jesus; Ele estava habituado a ela. Mas, quando os líderes religiosos deixaram de
ver a questão do Sábado, oferecendo ao Seu povo uma vida vazia, Ele não o pôde aceitar.
Lição 11 – O Chamado de Jesus
O nosso chamado ao discipulado é sempre seguido de um chamado para vivermos ao serviço da
Humanidade. Mas como o fazemos?
Lição 12 – Um Soldado Fiel e Cheio de Fé
Um centurião, um servo, e um Salvador. A família de Deus transcende todas as culturas e todos os credos.
Lição 13 – “Costumava Ser e Já Foi”
Mesmo quando a melhor e única resposta do homem a Jesus destilava ódio e desespero, Jesus podia ver
uma pequenina parte do seu coração que os demónios não tinham ocupado. E Ele libertou-o! Ele pode
fazer o mesmo por nós.
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CORNERSTONE CONNECTIONS
LIÇÃO 1
Uma Missionária Improvável
História das Escrituras: João 4:1-42 (ARC.)
Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 19, ed. P. SerVir.
Texto-chave: João 4:28-30 (ARC.)
PREPARANDO-SE PARA ENSINAR
I – SINOPSE
Jesus viaja por Samaria e tem um encontro com uma improvável nova discípula – uma mulher, e alguém
que não só é Samaritano, mas, muito provavelmente, um proscrito dentro da sua própria comunidade. O
hábito constante de Jesus de alcançar os marginalizados da sociedade nunca foi mais evidente do que na
tarde em que Se sentou junto ao poço e pediu a uma mulher samaritana que tirasse água para Ele beber.
Mas não só esta mulher se tornou crente, como também se tornou numa missionária ativa poucos minutos depois da sua conversa com Jesus. Pela força do seu testemunho em primeira mão, toda uma cidade
de Samaritanos foi ouvir Jesus por si mesma, e retirarou-se convictas de que tinha encontrado o Messias.
A experiência da mulher junto ao poço ilustra vividamente que não precisamos de ser teólogos experientes ou Cristãos há muito tempo para testemunharmos por Jesus. Testemunhar é só contar o que vimos,
ouvimos e experimentamos – e convidar pessoas para descobrirem por elas mesmas.
II. ALVO
Os alunos irão:
3 Compreender que qualquer pessoa pode ser uma testemunha por Jesus. (Saber)
3 Sentir que a sua própria experiência com Jesus merece ser partilhada com outros. (Sentir)
3 Decidir testemunhar por Jesus ao contar às pessoas o que Ele tem feito na sua vida. (Responder)
III. EXPLORAR
3 Serviço em prol dos outros
3 Preconceito
3 Aceitação
Encontrará material para o ajudar a explorar estes e outros tópicos com os seus alunos em
www.cornerstoneconnections.net.
ENSINANDO
I. A COMEÇAR
Atividade
Dirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.
Quem pode ser um missionário? Na verdade, o que significa ser missionário, ou testemunhar por Jesus? É
a mesma coisa? Qualquer Cristão o pode fazer?
Peça aos seus alunos para brainstorm palavras ou frases que lhes venham à memória quando menciona
“testemunhar” ou “missões”. Escreva as palavras e frases num quadro ou num bloco grande. Quando todos
tiverem tido oportunidade de contribuir, discuta as palavras e frases que anotou. São imagens positivas –
coisas com as quais os jovens se sentem bem? Quais são as suas emoções no que respeita a testemunhar?
Pensam que é algo que podem, deviam, ou têm de fazer? Isso entusiasma-os, assusta-os, ou deixa-os
indiferentes?
Acentue que a lição desta semana se centrará no facto de que qualquer pessoa que tenha tido uma experiência pessoal com Jesus pode testemunhar, partilhando simplesmente o que sabe com os outros.
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Ilustração
Partilhe esta ilustração por palavras suas:
Há cerca de 30 anos, em resposta ao assassinato de Martin Luther King, Jr., uma professora americana desenvolveu um exercício de sala de aula, simples, para ilustrar, aos seus alunos, o poder do preconceito. Disse às
crianças que ter olhos azuis significava que se era mais inteligente e deu mais privilégios às crianças que
tinham olhos azuis. Rapidamente observou que as crianças com olhos azuis estavam a maltratar e a oprimir
as de olhos castanhos, enquanto as de olhos castanhos demonstravam receio e baixa autoestima – embora
ela tivesse feito o exercício apenas durante um dia! No dia seguinte, Ms. Elliot voltou à sala de aula e disse
às crianças que o que ela dissera no dia anterior não estava certo – na realidade, eram as crianças de olhos
castanhos que eram mais inteligentes e que teriam mais privilégios. A mesma experiência aconteceu ao
contrário – agora foram as crianças de olhos castanhos que começaram a oprimir as outras.
A experiência abriu os olhos dos alunos – tanto os de olhos azuis como os de olhos castanhos! – para o
poder do preconceito e das divisões que criamos entre as pessoas. Tal como acontecia com os Judeus e
os Samaritanos nos dias de Jesus, temos a tendência de dividir as pessoas com base na raça, na língua,
na cultura, na religião, e muitas outras barreiras. Nós decidimos quem é “in” e quem é “out”, quem é fixe e
quem não é. Jesus via para além dessas barreiras, escolhia os Seus seguidores de todas as raças, culturas
e extratos sociais, e pede-nos que também olhemos para além dessas barreiras.
II. ENSINANDO A HISTÓRIA
Ponte para a História
Partilhe o seguinte por palavras suas:
Quando Jesus Se sentou junto ao poço e pediu água à mulher samaritana, tudo o que fez foi chocante.
Como Judeu, não deveria falar com um Samaritano. Como homem nessa cultura, não deveria falar sozinho
com uma mulher. E esta mulher, em particular, tinha tido cinco maridos, o que provavelmente a tornou
numa proscrita social na sua comunidade. Mas Jesus vê sempre para além das barreiras e dos rótulos para
a pessoa lá dentro.
Que rótulos pomos aos outros? Que rótulos pomos a nós próprios? Podemos decidir que uma certa
pessoa nunca poderia fazer um grande trabalho para Deus, apenas por ser quem é ou por vir de onde
vem. Até podemos decidir isso sobre nós próprios! Mas Deus escolhe todo o tipo de pessoas – tal como a
mulher junto ao poço.
A Partir da História para Moderadores
Depois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desenvolver com eles.
Divida a experiência da mulher junto ao poço nos seguintes passos, escrevendo os títulos no quadro ou
no bloco, e pedindo aos alunos que contribuam com ideias.
· Do que precisava ela? (Algumas ideias poderão incluir: esperança, aceitação, pertença, perdão.)
· O que ofereceu Jesus? (“Água viva”, promessa de que Ele era o Messias, conhecimento da sua vida.)
· Como respondeu ela? (Questionou-O no princípio, correu a contar aos outros.)
· Qual foi o resultado? (Toda a sua cidade foi ouvir Jesus e creu n’Ele.)
· Agora peça aos alunos para brainstorm ideias sobre outras histórias bíblicas em que a pessoa teve um
encontro memorável com Jesus, e faça o mesmo com cada uma dessas histórias. Que tipo de necessidades é que as pessoas levavam a Jesus? (Em muitos casos, era a cura física, mas as pessoas também iam
necessitando de perdão ou de aceitação.) Tente encontrar exemplos de histórias em que as pessoas foram
contar a outros o que Jesus fez por elas. (Dois exemplos são dados na secção Frases-chave da lição do
aluno e desenvolvidos na lição do aluno para quarta-feira.)
· Pergunte: “Que habilitações tinha esta mulher, ou qualquer das outras pessoas sobre quem falámos, para
se tornarem testemunhas?” (Experiência pessoal, ter-se encontrado com Jesus, ter sido mudada por Ele.)
Faça referência à discussão brainstorm do início da lição. Que tipo de habilitações sentimos que precisamos de ter para testemunhar? Essas pessoas tinham essas habilitações?
· Desafie os alunos a pensar sobre formas como poderiam usar a sua experiência pessoal para testemunhar – para partilhar com outros o que Deus tem feito por eles.
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Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje: veja
as passagens da secção Frases-chave da lição do aluno.
Partilhando o Contexto e o Pano de Fundo
Use a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.
Há dois temas principais nesta história: A disponibilidade de Jesus para alcançar os proscritos e marginalizados da sociedade, e a disponibilidade da mulher em tornar-se, imediatamente, numa missionária ao
partilhar, com outros, a sua experiência pessoal.
Estes dois fios unem-se quando os discípulos regressam e reagem à interação de Jesus com a mulher.
(Para mais reflexão sobre isto, leia o capítulo de O Desejado de Todas as Nações para esta lição: “Junto ao
Poço de Jacob”.) Os discípulos não viam a Samaritana como um campo válido para evangelismo, porque
os seus preconceitos raciais e religiosos estavam demasiado enraizados – eles viam Jesus como o Messias
apenas dos Judeus. Se se desse o caso de Ele tentar alcançar alguém dentro da comunidade samaritana,
uma mulher proscrita, casada cinco vezes, a viver em pecado, seria a última pessoa que teriam escolhido.
A visão de Jesus sobre o testemunho é muito mais alargada do que a nossa! Ela alcança todos – não apenas aqueles que são como nós, aqueles com quem nos sentimos mais à vontade – mas também os excluídos, os proscritos, os marginalizados. Desafie os alunos a pensar quem isso incluiria na sua comunidade,
Igrejaou escola. A ideia de Jesus sobre uma boa testemunha também era mais alargada do que a dos Seus
discípulos – Ele tinha (e ainda tem) um lugar na Sua obra para todos os que tenham tido uma experiência
genuína com Ele, não interessando a forma como os outros possam ver essa pessoa.
Os jovens do seu grupo podem ter sentido o preconceito para com eles – talvez devido à raça ou classe
social, ou talvez apenas pelo facto de serem adolescentes, e os adultos não gostam da maneira como se
vestem, como falam ou fazem as coisas. Recorde-lhes que Jesus não procura apenas pastores, estudantes
de teologia e obreiros bíblicos para partilhar o Seu amor – Ele usa qualquer pessoa que O conheça e O
ame para alcançar outros.
Sugestões para um Ensino de Excelência
O Resto da História
O conceito de “história” não é novo. Mas, especialmente nas nossas tentativas de partilhar as nossas histórias pessoais sobre o nosso relacionamento com Cristo e de como esse relacionamento teve um impacto na
nossa vida, este conceito pode ser desafiador.
Uma forma de ajudar os alunos a partilhar as suas histórias é pedir-lhes
que escrevam cinco experiências da sua vida que tenham tido impacto
espiritual sobre eles. Peça-lhes que tentem identificar um tema em particular que esteja interligado nessas experiências. Por exemplo: “Todas
estas experiências envolveram o caso de eu ter receio de algo ou de
alguém, mas Cristo substituiu o meu receio por coragem”, ou “Todas
estas experiências fizeram-me sentir muito inadequado, mas Deus fez
com que me sentisse útil e com valor”.
É desse tema que os alunos podem fazer a sua partilha de como Cristo
teve impacto na sua vida.
III. FECHANDO
Atividade
Feche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.
Alguns pregadores e professores têm o “ganhar almas” e o “testemunhar” reduzidos a uma fórmula segun8
do a qual se poderia contar a nossa história pessoal sobre o que Cristo fez por nós em três minutos ou
menos. Muitas vezes, as conversas na vida real não são feitas assim. O testemunho funciona melhor quando estamos a falar com as pessoas que nos conhecem, pessoas com quem podemos ser sinceros sobre o
que realmente aconteceu na nossa vida.
Dê a cada aluno um cartão ou postal em branco e peça-lhes que escrevam algumas frases dirigidas a um
amigo que não conhece Jesus, contando a essa pessoa algo sobre o que Jesus tem feito por eles. Depois
de lhes dar algum tempo para escrever, desafie-os a orar sobre se deveriam partilhar o cartão, ou a mensagem ali escrita, com essa pessoa esta semana.
Resumo
Partilhe os seguintes pensamentos por palavras suas:
Nós traçamos tantos limites para excluirmos e dividirmos as pessoas! Jesus passou por cima desses limites.
Ele estava interessado em incluir pessoas, não em excluí-las.
Um limite que as pessoas por vezes põem na Igrejaé que não se pode trabalhar para o Senhor a não ser
que se seja mais velho, que se tenha algum tipo de formação, ou que se tenha tudo em ordem na nossa
vida e não se tenha feito nada de errado nos últimos 10 anos.
Mas não foi essa a maneira como Jesus recrutou trabalhadores para a Sua causa. Qualquer pessoa que
O tivesse, realmente, conhecido – até mesmo a mulher samaritana junto ao poço – estava habilitado a
contar aos outros o que Jesus tinha feito por si. O mesmo acontece ainda hoje. Se conheces Jesus, se Ele
tocou a tua vida de alguma maneira, então tens todas as habilitações de que precisas para O partilhar
com os outros. Não precisas de ser capaz de pregar ou de dar estudos bíblicos – embora esses sejam dons
maravilhosos que poderás ter. Tudo o que precisas é de ser capaz de fazer o que a mulher junto ao poço
fez: contar aos outros: “Eu conheci este Homem, e isto foi o que Ele fez por mim. Porque não vens e ficas
a conhecê-l’O também?”
Ensinando…
Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.
3 Perspetiva!
Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.
3 Holofote
Leia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do
comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual
é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.
3 Frases-chave
Chame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta
semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais diretamente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.
Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem
o que é mais importante para eles.
Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série
O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulo 19, ed. P. SerVir.
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CORNERSTONE CONNECTIONS
LIÇÃO 2
Ver é Crer?
História das Escrituras: João 4:43-54 (ARC.)
Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 20, ed. P. SerVir.
Texto-chave: João 4:48-50 (ARC.)
PREPARANDO-SE PARA ENSINAR
I – SINOPSE
Esta lição é sobre o amor de um pai pelo seu filho e sobre o amor de Deus pelos Seus filhos. Centra-se na
fé. O nobre que foi ter com Jesus a Caná para suplicar a Sua intervenção junto do seu filho que estava à
morte torna-se numa lição de confiança para todos nós. Foi ter com Jesus acreditando que Jesus teria de
ir com ele a sua casa para curar o seu filho. Mas, os caminhos de Deus não são os nossos caminhos. Jesus
ordenou-lhe que se fosse embora, pois o seu filho estava curado, e o nobre, reagindo positivamente a esse
teste, aceitou Jesus como Messias.
Não se apercebeu de que o Salvador tinha tido conhecimento da sua aflição antes de ele sair de casa. Ele
tinha uma medida de fé suficiente para ir a Caná e pedir a bênção mais maravilhosa: que Jesus restaurasse
a saúde do seu filho. Jesus tinha em mente uma dádiva ainda maior que envolvia não apenas a cura do
rapaz, mas também salvar o nobre e a sua família, enquanto preparava o terreno para o Seu ministério
terreno em Cafarnaum.
Falando com o nobre (e com aqueles à sua volta), Jesus disse: “Se não virdes sinais e milagres, não crereis.”
O nobre percebeu a importância dessas palavras e deu um passo de fé, tomando consciência de que a
palavra do Senhor era suficiente, quando Jesus disse: “Vai, o teu filho vive.” Na verdade, nesse preciso
momento, o rapaz foi curado. As Suas palavras e essa lição de fé fazem eco nos nossos corações, hoje.
II. ALVO
Os alunos irão:
3 Reconhecer que ver não é crer, pois a Palavra de Deus é suficiente, e que a Sua vontade é abençoar-nos
para além daquilo que poderemos pensar. (Saber)
3 Tomar consciência de que as palavras de Jesus para o nobre e para os habitantes de Caná também
são dirigidas a todos os povos ao longo da história Humana e que eles também têm de confiar nas Suas
promessas. (Sentir)
3 Resolver confiar completamente em Deus, mesmo sem verem sinais e milagres. (Responder)
III. EXPLORAR
3 Milagres e o milagroso
3 Fé
3 Promessas
Encontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em
www.cornerstoneconnections.net.
ENSINANDO
I. A COMEÇAR
Atividade
Dirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.
Mostre um clip de um grupo de pessoas a fazer o jogo “cai, confiando” para iniciar a discussão centrada em exercícios para fortalecer a confiança. Convide os seus alunos a debater quaisquer experiências que tenham tido
nessas atividades. Faça uma lista em frente da classe dos modos como essas experiências fortalecem a fé.
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A frase “ver é crer” não é necessariamente verdadeira. Jesus procurou mudar essa forma de pensar para
um plano mais elevado – confiar que a Sua Palavra era, por si só, suficiente. Mostre aos seus alunos várias
ilusões óticas que pode encontrar online ou na sua biblioteca local para pôr fim ao adágio.
Ilustração
Partilhe esta ilustração por palavras suas:
Em 1978, houve uma crise de combustível na América que causou um aumento de preço e longas filas
nas bombas. Eu ainda estava na faculdade. A minha noiva, que se tinha formado há pouco tempo e tinha
começado a trabalhar num emprego que requeria um carro, teve um acidente numa sexta-feira à tarde.
O seu carro foi perda total, embora ela não se tenha magoado. Ela foi ter comigo para um fim de semana
na faculdade para um Seminário de Enriquecimento do Casamento e explicou o que se tinha passado.
Orámos para que Deus provesse.
À medida que as apresentações foram sendo feitas no seminário, tornou-se patente que estávamos
perturbados. A minha futura mulher partilhou a sua história traumática do acidente, e como isso a tinha
deixado desorientada e sem meios para trabalhar, sem o carro de que necessitava para trabalhar, e sem
dinheiro para o substituir. Um casal, bem estabelecido na sua profissão médica, olhou um para o outro e
fez um plano.
Eles tinham um Mercury Grand Marquis Brougham de 1975 praticamente novo, com um enorme apetite
por gasolina. Tinha sido posto à venda, mas, devido ao seu elevado consumo, ninguém o queria. Doaram
o carro à nossa Igreja(beneficiando, assim, de dedução nos impostos pela sua contribuição de caridade)
e a Igrejatransferiu o título de propriedade do carro para a minha noiva. No final do fim de semana, Deus
tinha providenciado um meio! Os doadores disseram que não se importavam de que o carro fosse trocado
por um modelo mais económico, se não tivéssemos meios para pagar o combustível. Não tínhamos e foi
o que fizemos. Deus viu a nossa necessidade antes de nós próprios a sabermos, e uma resposta à oração
estava estacionada no parque, e tocou o coração de duas queridas pessoas para doarem um carro bom.
II. ENSINANDO A HISTÓRIA
Ponte para a História
Partilhe o seguinte por palavras suas:
A frase “ver para crer” continua a ter significado hoje, porque a sua mensagem ainda faz sentido para
muita gente. Se não pudermos confiar nos nossos olhos, em que confiaremos então? O paradoxo para os
Cristãos é que a fé confia nas coisas que não se veem (ver Hebreus 11:1.) Deus deseja abençoar-nos mais
do que aquilo que podemos imaginar e anseia que a nossa fé seja forte, para que possamos, com facilidade, pedir, crer e reclamar as Suas promessas. Os milagres abundam.
A Partir da História para Moderadores
Depois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte por palavras suas, para a desenvolver com eles.
3 Uma das dores mais profundas é a angústia sentida por um pai ao ver o seu filho sofrer até à morte.
Um grande conforto vem quando, completamente desesperado, se volta para o supremo Ajudador como
fez aquele pai. Se tem um filho, ajude os seus alunos a perceberem esse sentimento. Se não tem um filho,
peça a um/a pai/mãe que explique aos seus alunos. Ajuda o facto de sabermos que Deus Pai deu o Seu
filho para que pudéssemos ter a vida eterna?
3 O nobre, pai, mudou de uma atitude de “ver para crer” para “crer pela fé” que Jesus tinha curado o seu
filho. Ele tomou consciência de que as palavras de Jesus referentes a sinais e milagres eram uma acusação
à sua fé. Ele agiu segundo a sua nova fé, ao regressar a casa com a paz e a alegria de que Jesus ouvira,
curara e que tinha começado a ajudar toda a sua família a entrar pelas Suas portas com gratidão.
3 Ajude os alunos a compreender o significado de “um profeta não tem honra na sua própria pátria”, talvez ao partilhar exemplos de pessoas com quem andou na escola e que se envolveram, nessa altura, em
atividades violentas, mas que agora amadureceram e se tornaram cidadãos respeitáveis com trabalhos de
responsabilidade.
3 Falsos cristos, falsos profetas, sinais de prodígios … o que tem um jovem cristão de fazer para não ser
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enganado? Guie os seus alunos de forma a tomarem consciência de que o tempo para se prepararem é
agora. O tempo para comungarem com o Espírito Santo é hoje e todos os dias. Fortalecidos com o conhecimento respigado das Escrituras, com o exemplo de Jesus, da pena de Ellen White, e talvez de um futuro
profeta dos últimos dias guiado por Deus, podem firmar-se na fé de que Deus está com eles, um Ajudador
sempre presente em tempos difíceis.
Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje:
Hebreus 11:1; Mateus 6:30-34; 8:25-27; 16:5-10.
Partilhando o Contexto e o Pano de Fundo
Use a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto usando palavras suas.
A passagem bíblica que é o foco da lição desta semana é João 4:43, com a frase “E, dois dias depois”,
querendo dizer depois do dia em que os acontecimentos relatados nos versículos 5-39 tiveram lugar. A
viagem dos versículos 3-5 é agora resumida. No versículo 45 a frase “vistas todas as coisas que fizera em
Jerusalém, no dia da festa” é, provavelmente, uma referência ao incidente de João 2:13-23, em que a purificação do Templo levou a relatos de que Jesus declarara ser Ele próprio o Messias.
O encontro entre o nobre e Jesus teve lugar em Caná, que fica a aproximadamente 25km de Cafarnaum,
onde estava o rapaz doente. O pedido feito pelo pai do rapaz é o primeiro pedido de cura feito a Jesus
(Comentário Bíblico ASD, vol. 5, p. 943.)
Jesus sabia que o pai tinha, na sua própria mente, posto condições quanto à sua crença em Jesus como
Messias. “Se a sua petição não fosse atendida, não O aceitaria como Messias. Enquanto o oficial esperava,
com a agonia de quem se acha suspenso, Jesus disse: ‘Se não virdes sinais e milagres, não crereis.’ …
“Como um jato de luz, as palavras do Salvador ao nobre abriram o seu próprio coração. Viu que os motivos pelos quais procurava Jesus eram egoístas. Via a sua fé vacilante no seu verdadeiro caráter. No meio
da aflição, compreendeu que a sua incredulidade poderia custar a vida do filho. Conheceu que estava na
presença d’Aquele que lia os pensamentos e a quem tudo era possível. …
‘Vai’, disse: ‘o teu filho vive.’ O nobre deixou a presença do Salvador com uma paz e alegria que nunca antes
experimentara. Não só crera que o seu filho seria restabelecido, mas com uma confiança firme esperou em
Cristo como Redentor” (O Desejado de Todas as Nações, pp. 154 e 155, ed. P. SerVir).
A fé do nobre foi incentivada pela sua experiência com Jesus. Não se apressou de regresso a casa, uma viagem que levaria entre quatro a cinco horas, para ver o que tinha acontecido ao seu filho. A sua confiança
em Jesus era tal que os seus servos foram ter com ele na manhã seguinte, a alguma distância de casa, para
relatar que o rapaz tinha ficado melhor cerca da sétima hora (13:00 horas), a mesma hora em que Jesus
dissera ao pai que o seu filho viveria (Comentário Bíblico ASD, vol. 5. p. 944.)
Sugestões para um Ensino de Excelência
Usando e Explicando Adágios
Um adágio é uma afirmação de uma verdade geralmente aceite que
é confirmada pelo seu longo uso e por experiência. “Ver é Crer” é um
exemplo. A Bíblia tem muitas frases que também se tornaram adágios,
que, em tempos idos, eram comuns na sociedade americana. Agora
são menos conhecidos devido à sociedade ter-se tornado secular, e as
muitas traduções da Bíblia que agora existem eliminaram a consistência do Inglês da versão King James. Quando usar um adágio, explique o
seu contexto original e como ele é usado, ou não, na sociedade atual.
A lição desta semana incluiu “Um profeta não tem honra na sua própria
pátria” e “A não ser que vejam sinais e prodígios, nunca acreditarão”.
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Ensinando…
Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.
3 Perspetiva!
Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.
3 Holofote
Leia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do
comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual
é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.
3 Frases-chave
Chame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta
semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais diretamente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.
Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem
o que é mais importante para eles.
III. FECHANDO
Atividade
Feche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.
Se não tiver sido usada como atividade de abertura, mostre aos seus alunos várias ilusões de ótica que
tenha encontrado online ou na sua biblioteca local. Estas ilusões demonstrarão claramente que não podemos, necessariamente, confiar nos nossos olhos. Cite Pôncio Pilatos quando disse “O que é a verdade?”
Guie os seus alunos para respostas como a Palavra de Deus, Jesus, etc..
Resumo
Partilhe os seguintes pensamentos por palavras suas:
As pessoas já raramente lidam com absolutos. As luzes vermelhas costumavam significar “Parar”. Agora
ainda significam “Parar”, mas, por vezes, também se pode virar à direita. Uma máquina de fotocópias costumava fazer cópias. Agora são aparelhos de multifunções que copiam, enviam faxes, imprimem, fazem
scan, agrafam, furam e têm acesso à Internet. Alguns absolutos (que fazem parte da lição desta semana)
mantêm-se. Eles incluem que a Palavra de Deus é segura, que Deus deseja abençoar-nos para além daquilo que podemos imaginar, que podemos voltar-nos para Deus, sabendo que é uma ajuda sempre presente
em tempos de necessidade, e que a Bíblia contém lições para hoje através das histórias ali relatadas.
Parece tão simples pedir, crer e reclamar as promessas de Deus. E é – quando temos uma fé como a das
crianças.
Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série
O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulo 20, ed. P. SerVir.
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CORNERSTONE CONNECTIONS
LIÇÃO 3
Queres Ficar Curado?
História das Escrituras: João 5 (ARC.)
Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 21, ed. P. SerVir.
Texto-chave: João 5:6, 8 (ARC.)
PREPARANDO-SE PARA ENSINAR
I – SINOPSE
A história do homem paralítico é um constrangedor lembrete de que Deus tem poder para nos curar de
todos os males. No entanto, não se deve assumir que todos os pecadores deficientes querem ser curados.
Isto explica a bizarra pergunta que Jesus fez ao paralítico: “Queres ficar são?” (João 5:6.)
Não poderia Jesus ter assumido que o homem queria a cura? No fim de contas, ele estava junto ao poço
que tinha a reputação de ser um local de cura. Mesmo assim, Jesus perguntou.
É uma pergunta oportuna. É a mesma pergunta que devemos fazer a nós próprios, se estamos a pensar
seriamente em ultrapassar hábitos que estão a sabotar a nossa alma. Diga-se a verdade, muitas vezes o
que envenena a nossa vida espiritual é uma dieta diária de escolhas destruidoras. Uma vez que estas decisões são nossas, talvez não queiramos, realmente, ser curados.
Muitas pessoas preferem a escravidão à redenção. Como pastor, já vi uma fila de pessoas a marcharem pelo
meu gabinete à procura de liberdade do pecado. A confissão tem um som familiar:“Ajude-me!”, vem o apelo.
“Eu quero libertar-me de” – e pode preencher o espaço – álcool, ira, abuso de drogas, masturbação, comida,
telenovelas, novelas de romance, bisbilhotice, compras, ou qualquer que seja a via de escape que preferir.
Ao princípio, pensei que poderia curar os problemas de toda a gente. Isso foi porque não comecei com a
pergunta de Jesus. Erradamente assumi que todas as pessoas que procuravam a ajuda do pastor queriam,
realmente, ser curadas. Contudo, cada vez mais estou a descobrir a rica perspicácia que Jesus demonstrou
na Sua pergunta ao paralítico.
O que é curioso sobre nós é que, muitas vezes, os próprios padrões de comportamento que tendem a
destruir-nos são aqueles que temos mais relutância em mudar. Dizemos, a nível intelectual ou espiritual:
“Sim, o meu orgulho está a arruinar a minha vida. A minha ira está a destruir os meus relacionamentos.
A gula está a sabotar a minha autoestima.” Sim, parece que não conseguimos mudar – nem queremos,
realmente, fazê-lo.
Esta lição proporciona uma oportunidade de desafiar os alunos a enfrentarem, honestamente, a pergunta
de se querem, na verdade, ou não, a liberdade das deficiências espirituais. Mas, mais importante ainda, a
história oferece a esperança da cura!
II. ALVO
Os alunos irão:
3 Aprender sobre o poder de Deus para curar. (Saber)
3 Descobrir o nosso papel na cura espiritual. (Sentir)
3 Avaliar o custo do pecado versus cura e liberdade. (Responder)
III. EXPLORAR
3 Liberdade/cura do pecado
3 Consequências
3 Sábado
3 Trabalho missionário e serviço
3 Pecado/mal/diabo
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Encontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em www.cornerstoneconnections.net.
ENSINANDO
I. A COMEÇAR
Actividade
Dirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.
Depois de ler cada afirmação abaixo, peça aos alunos que se posicionem numa fila na sala à direita (significando “eu concordo enfaticamente”) ou à esquerda (significando “eu discordo enfaticamente) ou noutra
ao meio que reflita a sua opinião.
3 A maioria das pessoas não quer mudar os seus maus hábitos.
3 As pessoas deveriam sofrer sempre as consequências das suas más escolhas.
3 Algumas decisões têm consequências mais sérias do que outras.
3 Se as pessoas dependerem de Deus, podem ser sempre curadas das suas escolhas de dependências.
3 As dependências são uma doença, não uma escolha.
Ilustração
Partilhe esta ilustração por palavras suas:
Comece com algumas perguntas interessantes:
3 Porque é que esterilizam agulhas para as injeções letais?
3 O que era a melhor coisa antes do pão fatiado?
3 Porque é que a primeira peça de bagagem a sair para a recolha de bagagem nunca pertence a ninguém?
3 Há outra palavra para sinónimo?
3 Porque existem autoestradas interestaduais no Hawaii?
3 Se os polícias prenderem um mimo, dizem-lhe que tem o direito de ficar calado?
3 Porque carregamos mais no controlo remoto quando sabemos que as pilhas estão gastas?
3 Se uma vaca se rir, o leite sai-lhe pelo nariz?
Na lição de hoje, Jesus pergunta ao paralítico: “Queres ficar são?” É uma pergunta estranha, não é? Porque
não haveria ele de querer ficar curado? Verdade seja dita, por vezes não queremos ser libertos das nossas
enfermidades.
Considere a história que Kurt partilhou uma manhã na igreja:
“A semana passada, estava eu a conduzir pela Rua Pike, no sentido norte, na baixa de Seattle, quando passei por um sem-abrigo a dormir numa viela. Ele não tinha cobertor e estava uma temperatura abaixo de
zero, embora a noite ainda tivesse apenas começado. Não conseguia tirar aquela cena da minha cabeça.”
Kurt fez uma pausa para controlar a sua emoção. “Fiquei preocupado pela possibilidade de ele morrer
congelado, por isso dei meia-volta em direção à viela. Apresentei-me e fiquei a saber que o seu nome era
Ray. Disse-lhe que viesse para minha casa até conseguir voltar a pôr a vida em ordem ou, pelo menos, até
que o tempo ficasse mais quente.”
Kurt continuoua contar que Ray desfrutou de um banho quente, de uma boa refeição, de uma cama quente. Deram-lhe uma chave da casa e convidaram-no a ficar o tempo que quisesse.
A parte irónica da história foi que o homem apenas ficou durante dois dias e depois desapareceu. Deixou
uma nota escrita num pedaço de papel. Dizia: “Obrigado, mas eu prefiro viver nas ruas.” Como era possível? Tinha saído, a Ray, o jackpot em que todas as suas necessidades tinham sido satisfeitas! Por fim tinha
sido redimido das ruas de crime e de ódio.
Mas quem disse que ele queria ser redimido? Ray preferiu a vida de um bêbado sem-abrigo.
II. ENSINANDO A HISTÓRIA
Ponte para a História
Partilhe o seguinte por palavras suas:
Antes de criticarmos Ray, vamos admitir que muitas pessoas preferem a miséria à liberdade. Em alguns
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cenários da vida, preferimos ser sem-abrigo a aceitar as provisões que Jesus põe ao nosso dispor.
Jesus ensinou-nos a viver uma vida ótima, quer dizer, a vida do Reino – “na terra como no céu”. No entanto,
quantos de nós não desprezamos os Seus ensinos? Dada esta propensão humana para o pecado, em vez
de para a liberdade, Jesus pergunta ao paralítico: “Queres ficar são?” No fim de contas, nem toda a gente
quer, verdadeiramente, ser curada.
A Partir da História para Moderadores
Depois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desenvolver com eles.
Reveja esta história da perspetiva de pessoas diferentes. Para cada indivíduo da história, considere as perguntas: “O que estou eu a pensar? A sentir? A acreditar sobre Deus?”
3 O paralítico
3 Jesus
3 O grande número de pessoas deficientes deitadas junto ao poço
3 Os Judeus
3 Que princípios da guarda do Sábado emergem desta história?
3 O que nos ensina a passagem sobre o trabalho missionário e o serviço?
3 Como responderia aos críticos que afirmavam que a deficiência do paralítico era o resultado direto do
seu pecado? Observe atentamente a maneira como Jesus interage com este homem e pense no que Jesus
diria sobre a noção do pecado a causar problemas físicos.
Note as duas razões por que os Fariseus estavam tão aborrecidos com Jesus – (1) quebrar a lei do Sábado
e (2) afirmar que era o Filho de Deus. Que pecado achas que era mais ofensivo para os Judeus? Porquê?
Note pela história a forma como os Fariseus estavam mais preocupados com as suas regras do que com o
bem-estar de um homem que estava paralisado há 38 anos. Era claro que os líderes da Igrejavalorizavam
mais as regras do que os relacionamentos. Hoje ainda acontecem coisas dessas na Igreja? Se sim, como?
O que poderemos fazer para seguir a suprema regra de Deus (amar Deus e amar os outros como a nós
mesmos) em vez das insignificantes regras do homem?
No Velho Testamento, são mencionados três sinais para identificar o Messias. Em João 5, são cumpridos
todos estes sinais. Compare as seguintes passagens com os versículos em João.
Sinal 1: Todo o poder e autoridade são-Lhe dados como Filho do homem – compare João 5:27 com Daniel
7:13 e 14.
Sinal 2: Os aleijados e doentes encontram cura – compare com João 5:20, 26 com Isaías 35:5 e 6;
Deuteronómio 32:39.
Sinal 3: Os mortos são ressuscitados – compare João 5:21, 28 com I Samuel 2:6; II Reis 5:8.
Sugestões para um Ensino de Excelência
O Fazer e o Não Fazer do Ensino
Estas 10 sugestões poderão ser autoevidentes, mas é sempre bom recordarmos a nós próprios o básico:
· Fazer – providenciar um local seguro em que todas as opiniões possam
ser expressas sem crítica.
· Fazer – preparar bem.
· Fazer – orar para que o Espírito guie.
· Fazer – criar um ambiente cheio de divertimento e riso.
· Fazer – envolver todos os sentidos na experiência da aprendizagem.
· Não fazer – não falar demasiado.
· Não fazer – tentar abafar o ruído com um barulho maior.
· Não fazer – queixar-se.
· Não fazer – apanhar os alunos desprevenidos ou embaraçá-los.
· Não fazer – perguntas em rotação.
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Partilhando o Contexto e o Pano de Fundo
Use a seguinte informação para esclarecer melhor a história para os seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.
1. Leis do Sábado. Os Judeus disseram ao paralítico: “É sábado, não te é lícito levar a cama” (João 5:10.)
Não há nenhuma lei no Velho Testamento que proíba alguém de levar a sua cama. Era uma interpretação
dos Fariseus à ordem de Deus “lembra-te do dia de sábado para o santificares” (Êxodo 20:8) que aqui é
citada. Esta era uma das centenas de leis acrescentadas às leis do Velho Testamento.
2. Vida eterna. João 5:24 oferece esta maravilhosa promessa: “Na verdade, na verdade vos digo que,
quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Aceitar Jesus como Salvador dá a certeza de uma nova vida em
Cristo (ver II Coríntios 5:17.)
3. Referência a Moisés. Em João 5:45 Jesus disse aos Judeus: “Há um que vos acusa, Moisés, em quem
vós esperais.” Os Fariseus conheciam bem os escritos de Moisés e orgulhavam-se de seguir todos os ensinos deste grande patriarca. O facto de Jesus sugerir que Moisés os acusava – embora eles seguissem todas
as suas leis à letra – era um ataque contra eles, que os enfurecia. Moisés escreveu sobre Jesus (ver Génesis
3:15; Números 21:9; 24:17; Deuteronómio 18:15) e, no entanto, eles não compreenderam a importância do
Messias quando Ele veio.
4. Milagres ao Sábado. O Comentário ASD (vol. 5, p. 949) chama a atenção para o facto de este ser o
primeiro de sete milagres que Jesus fez ao Sábado. “Agora, pela primeira vez, Jesus desafia abertamente
as regras rabínicas do Sábado (ver em Marcos 1:22; 2:23-28; 7:6-13.) Que Ele o tivesse feito numa altura em
que a cidade estava cheia de visitas para a festa, e que Ele dramatizasse a Sua rejeição dessas tradições ao
fazer um milagre e ao fazê-lo notar, fazendo com que o homem levasse a sua cama, demonstrava a importância que Ele dava à questão.”
5. Betesda. O nome Betesda parece vir do Aramaico, beth chesda’, ou “casa da misericórdia”.
III. FECHANDO
Atividade
Feche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.
Faça uma lista de lutas comuns aos adolescentes das quais eles possam não querer, realmente, ser curados.
Divida a classe em grupos e atribua uma luta a cada grupo. Faça o grupo brainstorm um plano de jogo
sobre como alguém possa experimentar o poder curador de Deus nessa área. Peça a cada grupo que apresente as suas sugestões a toda a classe.
Resumo
Partilhe a seguinte história por palavras suas:
Candie cresceu como prostituta adolescente em Tacoma, Washington. A sua vida consistia em arranjar
esquemas para conseguir a sua próxima dose de droga. Mas, então, conheceu Jesus. Um evangelista
fez-lhe o convite de Jesus: “Queres ficar sã?” O pregador disse: “A maravilhosa graça de Deus pode curar
qualquer pecado.”
Candie nem queria acreditar. Tinha medo de que tivesse pecado para além dos limites da graça de Deus.
Mas, fosse como fosse, aceitou a graça de Deus. Da mesma forma que Jesus curou o homem junto ao Poço
de Betesda, Ele curou Candie. Agora, 20 anos depois, trabalha como assistente social em Seattle, ajudando
prostitutas adolescentes a encontrar a liberdade em Cristo.
Só Deus pode mudar uma prostituta em alguém que cumpre promessas. Só Cristo pode reconstruir a
composição do coração humano. Só Ele pode debruçar-Se sobre as trevas e salvar um infortúnio espiritual
como Candie.
Para que não pense que a história de Candie é de alguma forma diferente da sua ou da minha, recordo-lhe que somos todos pecadores. É apenas pelo milagre da misericórdia de Deus que podemos encontrar
perdão e liberdade dos nossos pecados. Tudo o que temos a fazer é reconhecer a Sua graça. Aceite a Sua
dádiva. E levante-se para andar com Deus.
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Ensinando...
Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.
3 Perspetiva!
Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.
3 Holofote
Leia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do
comentário da história desta semana encontrada no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual é a
relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.
3 Frases-chave
Chame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta
semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhe fale mais diretamente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.
Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem
o que é mais importante para eles.
Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série
O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulo 21, ed. P. SerVir..
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CORNERSTONE CONNECTIONS
LIÇÃO 4
Aparências versus Realidade
História das Escrituras: Mateus 11:1-11; 14:1-11; Marcos 6:17-28; Lucas 7:19-28 (ARC.)
Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 22, ed. P. SerVir.
Texto-chave: Mateus 11:11 (ARC.)
PREPARANDO-SE PARA ENSINAR
I – SINOPSE
Há muito que Israel esperava o Messias prometido. Sabiam que antes que Ele viesse, Deus enviaria Elias
para preparar o Seu caminho. Mesmo nos dias de hoje, cada Judeu aguarda pelo profeta Elias. Na Seder
(refeição da Páscoa), é colocado à mesa um lugar para Elias – para mostrar que estão ansiosamente à espera do Messias (Malaquias 4:5 e 6.) Sabem que Deus enviará o Seu profeta antes do Messias para preparar
os seus corações para O receber. Assim, não é para admirar que os sacerdotes e os levitas viajassem da
área do Templo para o campo para se encontrarem com João Batista, e lhe perguntassem: “És tu Elias?” e
“És tu o Messias?”.
João encontrava-se no amanhecer de um novo dia, anunciando o surgimento do Reino dos Céus. Contudo,
mesmo na madrugada desse dia, João foi eclipsado pela Luz. Embora João tivesse feito soar o chamado para
despertar nesse novo dia – fazendo volver os olhos do seu povo e do mundo para o evento, o Reino, e o Rei
– ele próprio nunca testemunhou como seria. Desempenhou bem o papel que Deus lhe deu. Sem dúvida,
sentiu-se encorajado pela mensagem que os seus discípulos lhe levaram de Jesus. É bem provável que isso
tenha iluminado a sua cela de prisão e confirmado a sua missão, dando-lhe coragem para enfrentar a morte.
Concentre os seus alunos no contraste entre o ideal de Deus para uma vida preenchida versus a opinião
do mundo sobre preenchimento e sucesso. A morte de João não silenciou a mensagem nem protelou o
Reino vindouro. Ele teve o distinto privilégio de anunciar, no início, a sua completa realização.
II. ALVO
Os alunos irão:
3 Aprender a história do “Mensageiro do Rei”, João Batista. (Saber)
3 Examinar o papel que um assistente, ou precursor, pode desempenhar no lançamento do Reino. (Sentir)
3 Compreender o sucesso da perspetiva eterna de Deus. (Responder)
III. EXPLORAR
3 Viver altruísta
3 Sucesso
3 Opinião do mundo sobre sucesso
Encontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em www.cornerstoneconnections.net.
ENSINANDO
I. A COMEÇAR
Atividade
Dirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição, e comece uma discussão de grupo para fazer notar
os elementos de sucesso aqui definidos. Incentive-os a reagir ao resto da secção, usando estas perguntas para
a discussão de grupo.
1. O que te faria sentir bem-sucedido?
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2. Que percentagem de sucesso defines como ter dinheiro, ou as coisas que o dinheiro pode comprar?
Acreditas que Deus olha o sucesso dessa forma?
3. Há um sucesso que dure mais tempo do que duraria um carro? Quais são alguns dos elementos desse
sucesso?
4. Dos 11 discípulos originais de Jesus que estavam vivos depois da Ressurreição, todos, com a possível
exceção de um, tiveram mortes horríveis como mártires. As suas vidas foram bem-sucedidas? Porquê?
5. Qual é o tipo de sucesso que desejas na vida?
Ilustração
Partilhe esta ilustração com palavras suas:
Annie Rebekah Smith só viveu 37 anos; era uma jovem professora, poetisa, e editora que foi muito útil
ao ajudar Tiago White a editar o que é hoje conhecido como Adventist Review (Revista Adventista.) A sua
contribuição durante os dias pioneiros da Igrejaé considerada de imenso valor.
Mas Annie era uma pessoa muito sensível. Quando outro pioneiro Adventista, John Nevins Andrews, lhe
fez a corte mas preferiu casar com outra pessoa, o desapontamento partiu-lhe o coração. Ellen White disse
que isso “lhe custou a vida”, pois Annie sucumbiu à tuberculose. No fim da sua curta vida, Annie não tinha
acumulado muitas das riquezas do mundo ou conseguido uma grande posição pública. No entanto, foi
recordada muito comoventemente pelo seu irmão, Uriah, que incluiu uma das frases favoritas de Annie no
fecho das suas cartas: “Seu, na bendita esperança.”
Embora Annie tivesse morrido com o coração partido, o seu legado continua vivo: Dez dos seus poemas
ainda são usados como hinos no Hinário Adventista do Sétimo Dia. A sua história faz parte da história
Adventista. E a sua influência duradoura mostra a espécie de sucesso que dinheiro nenhum pode comprar.
II. ENSINANDO A HISTÓRIA
Ponte para a História
Partilhe o seguinte com palavras suas:
Todos nós estamos sobre os ombros daqueles que vieram antes de nós. Há cem anos, a IgrejaAdventista
do Sétimo Dia era um movimento muito mais pequeno. A única razão pela qual estamos agora muito mais
espalhados deve-se ao trabalho de milhares de pessoas, muitas cujos nomes são apenas conhecidos pelos
arquivistas.
Embora os nomes e as histórias de muitos que ajudaram Jesus no Seu ministério terrestre sejam conhecidos pelas Escrituras, muitas pessoas não são nomeadas. Por exemplo, nunca ficámos a saber o nome do
rapazinho que partilhou o seu almoço, para que, com ele, Jesus pudesse abençoar e alimentar milhares.
A Partir da História para Moderadores
Depois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desenvolver com eles.
3 Descreve resumidamente o que os textos bíblicos dizem sobre João Batista: quem ele era, o que fazia, e
como ele se considerava dentro do plano de Deus.
3 A história é, maioritariamente, sobre… (escolhe três e explica):
1. obedecer ao chamado de Deus.
2. o papel de um apoiante.
3. apelar ao arrependimento.
4. as qualidades do sucesso.
5. como testemunhar aos Fariseus.
6. o custo de permanecer na verdade.
3 A certo nível, João Batista podia ser visto como um colossal fracasso: ele não evitou que Herodes continuasse numa vida de pecado; em vez disso, foi João que pagou o derradeiro preço. Já alguma vez estiveste
numa situação em que esperavas um resultado e obtiveste algo completamente oposto?
3 E o que dizer da filha de Herodias, identificada noutros sítios como Salomé? O seu comportamento não
era aquele que uma jovem devia ter; ela não deveria, certamente, ter pedido a Herodes o assassínio de
João! Como é que se pode estar contra a tentação e a influência para fazer algo errado?
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3 Que versículos achas que transportam a lição-chave desta história?
Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje:
Isaías 40:1-5; Malaquias 4:1-5; João 1:6-28.
Partilhando o Contexto e o Pano de Fundo
Use a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.
1. “Arrependei-vos e batizai-vos!”
O chamado de João à imersão não era novo para os seus ouvintes; estavam habituados ao ritual do banho
antes de entrarem no Templo em Jerusalém, e para outros propósitos. Às mulheres, por exemplo, era exigido uma banho ritual uma vez por mês.
Mas isto era diferente. Porque, se os banhos rituais deviam preparar as pessoas para a adoração, a imersão
(ou o batismo) que João pregava destinava-se a simbolizar uma mudança interior – arrepender significa
“afastar-se” de um estilo de vida anterior. Era para pressagiar a aproximação dos seguidores de Jesus à
medida que o Evangelho se espalhava: aceitar as boas-novas significava mudar o estilo de vida, orientando-o para o caminho de Deus.
Como é que isto se relaciona com a tua compreensão do arrependimento, da mudança e do batismo? É um
mero ritual ou simboliza algo mais profundo, melhor?
2. Uma Promessa Falhada, Fatal
Ao mesmo tempo, as ações de Herodes e da sua “família” bradavam do mal e da corrupção que João – e
Jesus – rejeitariam. Em vez de governar com sabedoria e de ajudar os seus súbditos, Herodes só queria
prazeres e facilidades, condições que levariam a um crime horrível. O assassínio de João foi nada mais do
que o cumprimento de uma promessa irrefletida feita sob a influência do álcool – um argumento perfeito
a favor da temperança, se já houve algum!
Esta espécie de pressão – e os seus trágicos resultados – ainda afeta vidas hoje em dia. Os jovens que
“experimentam” numa festa ou em casa de um amigo e depois se magoam, ou, pior ainda, têm um acidente de automóvel causado por isso, são os descendentes espirituais de Herodes, vivendo pelo prazer e
sem pensar nas consequências. E, ao fazeres uma promessa de “alinhar” com os teus amigos, podes vir a
ter resultados que mudarão a tua vida, quem sabe, bem trágicos e sérios.
Que critério usas ao escolheres “alinhar” com o grupo? Afastas-te, quando necessário?
3. Uma Promessa de Restauração
Ao leres as passagens bíblicas dadas sobre o ministério de João (Malaquias 4; João 1:6-28), poderás ficar
com a ideia de que enquanto a mensagem de Jesus era de cura e acerca do amor de Deus, a pregação de
João, era muito dura, crítica. Ele disse coisas que eram bem difíceis de ouvir. Quero dizer, sejamos sinceros,
ele estava a dizer às pessoas que “vissem o que estavam a fazer” e que se “pusessem na linha”. Ele sabia que
se o Rei estava a chegar, não deveria encontrar um grupo de pessoas que se portavam mal, que tinham
o coração endurecido e que eram cínicas – mas uma multidão esperançosa, com corações claramente
humildes, arrependidos e prontos a receber o seu Rei e a entrar no Seu Reino.
Está claro que, embora João recebesse muita atenção por ser um tanto esquisito, ele não era muito popular – certamente não o era entre os líderes religiosos ou entre os governantes regionais! É verdade que
João era duro de roer, mas ele amava tanto Deus e o Seu povo que não queria ver ninguém perder o barco
quando o Messias viesse. Ele fez o seu trabalho – preparou o caminho para o Messias.
Achas que arriscavas não ser “fixe”, ou ser rotulado como esquisito, para ajudares outros a ouvir a mensagem
que os salvaria? Poderias sacrificar os confortos da vida para seres da linha dura?
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Sugestões para um Ensino de Excelência
Tornando-a Pessoal
Tornando a lição pessoal e aplicável para os alunos é a chave para que ela seja
significativa para a vida deles.
3 Por essa razão, escreva três palavras num bloco grande ou num quadro:
Recompensa
Compensação
Felicitações
3 Peça aos alunos que escrevam exemplos de recompensas que receberam ou
esperam receber baseadas na sua dedicação e no seu trabalho árduo.
3 Pergunte aos alunos que compensação esperam que as suas realizações lhes
tragam.
3 Pergunte aos alunos que parte têm as felicitações na sua motivação para o trabalho e a realização.
3 Compare isso com o exemplo das recompensas/felicitações terrenas que João
Batista recebeu por aceitar o seu chamado.
3 Oriente-os no debate sobre o que significa receber recompensas de valor espiritual e eterno.
III. FECHANDO
Atividade
Feche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.
Peça aos alunos que se separem por pares e planeiem como se apoiariam mutuamente num esforço
público de testemunho. Pode ser de diálogo na rua (“Sabe que Deus o ama e tem um plano maravilhoso
para a sua vida?” “Não sabia! Fale-me disso.”) ou um plano para distribuir literatura ou para convidar transeuntes para uma reunião.
Quem seria o líder? Quem os apoiaria? Iria desligar? Porque é o papel da pessoa apoiante tão importante
como o do líder? Que lições se aprende deste exercício?
Resumo
Partilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:
Se pararmos para pensar no assunto, há muito, muito poucos sucessos na vida que apenas dependem do
trabalho de uma única pessoa. Até o indivíduo mais excêntrico, se for verdadeiramente honesto, terá de
admitir que alguém, nalgum momento, o ajudou.
Embora seja inquestionável que Jesus e só Jesus poderia completar a missão que tinha – ninguém mais
poderia ir para a cruz, morrer e ressuscitar de novo –, também é verdade que outras pessoas O ajudaram
no Seu ministério terrestre. Dos discípulos que O acompanharam aos outros que providenciaram artigos
de que necessitava, a João Batista, que anunciou a Sua missão, muitos contribuíram para a vida e o trabalho de Jesus.
Ao considerares aquilo por que passaste na vida até agora, quem é que te ajudou? Os pais? Os irmãos?
Os amigos? Os professores? Um pastor? Estes relacionamentos fazem parte da vida, e parte da ajuda aos
outros no nosso caminhar cristão. Estamos aqui, em parte, para nos encorajarmos mutuamente.
A história de João Batista e do seu papel em apoiar o ministério de Jesus deveria dar-nos coragem: até
aqueles de nós que temos pequenos papéis a desempenhar podemos ser um elemento-chave no sucesso
do grande plano de Deus.
22
Ensinando…
Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição
3 Perspetiva!
Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.
3 Holofote
Leia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do
comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual
é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.
3 Frases-chave
Chame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta
semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais diretamente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.
Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem
o que é mais importante para eles.
Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série
O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulo 22, ed. P. SerVir.
23
CORNERSTONE CONNECTIONS
LIÇÃO 5
Um Regresso a Casa Tumultuoso
História das Escrituras: Lucas 4:16-30 (ARC).
Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulos 23 e 24, ed. P. SerVir.
Texto-chave: Lucas 4:18-21 (ARC).
PREPARANDO-SE PARA ENSINAR
I – SINOPSE
O ministério de três anos e meio de Jesus em adulto incluiu as Suas manifestações repetidas de que o
Reino de Deus estava às portas. Um tema subordinado é a atitude dos habitantes de Nazaré que achavam
difícil acreditar na Sua ligação divina, uma vez que eles O viram crescer desde a infância. Entrelaçado nisto
tudo está a agenda profética que se cumpria em cada ocasião. A lição desta semana ilustra cada um dos
três elementos, ao vermos Jesus regressar a Nazaré.
As palavras que Ele diz na sinagoga excitam os Seus ouvintes como se estivessem a ouvir o texto pela
primeira vez. De certa forma, eles estão, pois Ele di-los com graça, poder e autoridade, dando a verdadeira
interpretação, diferente da sua. Rapidamente, a sua excitação torna-se em raiva quando tomam consciência do significado das Suas palavras. Num relâmpago, voltam-se para Ele com intenções assassinas.
A lição termina com um milagroso resgate dirigido pelo Seu Pai. Jesus permite que, uma multidão em frenesim, O empurre até ao topo do monte, mas é, então, miraculosamente revestido por anjos e desaparece,
literalmente, e passa pelo meio da multidão sem ser visto. Imagine a perplexidade deles! Imagine a Sua
tristeza pela forma como eles agiram e a Sua decisão em acabar com o Grande Conflito.
II. ALVO
Os alunos irão:
3 Reconhecer que Jesus é o cumprimento das profecias messiânicas e compreender o que o Messias veio
fazer. (Saber)
3 Tomar consciência de que Jesus não foi aceite por aqueles que O conheciam há mais tempo. (Sentir)
3 Decidir confiar em que “a Sua Filiação do Eterno” é o seu caminho para a eternidade. (Responder)
III. EXPLORAR
3 Confissão/arrependimento
3 Reino de Deus
3 Integridade
Encontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em www.cornerstoneconnections.net.
ENSINANDO
I. A COMEÇAR
Atividade
Dirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.
Jesus não atraiu as pessoas a Si centrando-Se no exterior. Foi o poder da Sua mensagem, juntamente com
o trabalho do Espírito Santo, que abrandava os corações e enobrecia as mentes. “As Suas palavras são verdade, e têm um significado mais profundo do que superficialmente aparentam. Todos os ensinos de Cristo
têm um valor superior à sua aparência despretensiosa. Mentes vivificadas pelo Espírito Santo discernirão
a preciosidade dessas palavras. Discernirão as preciosas gemas da verdade, embora sejam tesouros encobertos” (Parábolas de Jesus, p. 110). Peça aos alunos exemplos pessoais que possam partilhar.
24
Ilustração
Partilhe esta ilustração com palavras suas:
Em 1514, o matemático e astrónomo polaco Nicolaus Copernicus (1473-1543) apresentou um modelo
matemático em que a Terra rodava à volta do Sol. A sua teoria heliocêntrica (Grego para “com o Sol ao
centro”) ia contra o que fora estabelecido pela IgrejaCatólica Romana de que a Terra era o centro do
Universo. A publicação da sua visão, em 1543, marcou o início da Revolução Científica. Ele faleceu pouco
depois da publicação, evitando, assim, a ira da Igrejapor se ter afastado da sua forma de ver as coisas. Foi a
base providenciada para o estudo científico feito, mais tarde, por Johannes Kepler, Galileu e Isaac Newton.
O matemático e astrónomo italiano Galileu (1564-1642) melhorou o telescópio e foi o primeiro a voltar o
seu poder ótico de objetos da Terra para o céu, fazendo numerosas observações que o levaram a advogar
o ponto de vista de Copernicus sobre a Terra e o Sol. Isso pô-lo sob o olhar da Igreja quando um frade
Dominicano lhe chamou herege em 1614. Em 1616, a pedido do Papa Paulo V, ele foi formalmente advertido contra defender a teoria Copérnica. Depois de anos a focarem-se nos seus ensinos, Galileu foi interrogado perante a Inquisição em 1633, abrandou alguns dos seus pontos de vista e, por ordem do Papa Urbano
VII, foi posto em prisão domiciliária indefinidamente. Ele morreu na sua vila em 1642.
Galileu sofreu as consequências da sua opinião sobre o Sol ser o centro.
II. ENSINANDO A HISTÓRIA
Ponte para a História
Partilhe o seguinte com palavras suas:
A maioria das vezes, quando alguém lê uma parte das Escrituras em voz alta, os ouvintes normalmente
respondem com o silêncio, com assentimentos de cabeça, talvez com alguns ámens, ou, por vezes, até
com exultações ressonantes. Um dia, há muito tempo, em Nazaré, quando Jesus leu os textos desse dia na
sinagoga, os ouvintes viraram-se contra Ele com vingança, querendo matá-l’O, por terem ouvido o que Ele
disse. As Suas palavras poderosas fizeram surgir uma poderosa resposta.
Tal como Galileu, Jesus sofreu as consequências de proporcionar uma nova maneira de ver as coisas que
era contra a Igreja do Seu tempo (os líderes judeus).
Estás disposto a passar por dificuldades por te agarrares à tua visão centrada no Filho?
A Partir da História para Moderadores
Depois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desenvolver com eles.
Faça perguntas aos seus alunos sobre as dificuldades especiais que Jesus enfrentou ao regressar a casa em
Nazaré para interagir com aqueles que O conheciam há mais tempo. Se alguém, na sua classe, se converteu ao Adventismo do Sétimo Dia depois de ter deixado o lar onde passou a infância, peça-lhe que partilhe
qualquer incidente desagradável ou difícil que tenham tido ao regressarem a casa.
A perspetiva que nos dá Ellen White explica que foi o facto de Jesus ler as suas mentes e falar sobre os
seus pensamentos não expressos que os fez virarem-se contra Ele. A forma como se viam a eles próprios,
como povo escolhido por Deus, estava em perigo.
Podem os seus alunos lembrar-se de outra altura qualquer em que Jesus foi salvo do perigo, porque o Seu
tempo não tinha chegado?
Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje:
João 4:21-30; 12:31-33; Mateus 15:30-32.
Partilhando o Contexto e o Pano de Fundo
Use a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.
No seu Evangelho, Lucas enfatiza o lado humano da natureza de Jesus, apresentando-O como o Amigo da
Humanidade. Na história desta semana, a reação que Jesus recebeu foi longe de ser amigável. Foi a Sua
primeira visita à Sua terra natal terrena, desde que começara o Seu ministério público. Maria e os Seus
irmãos e irmãs ainda viviam ali e é provável que estivessem na sinagoga e tenham visto os seus vizinhos
virarem-se contra Ele.
25
De pé, Jesus leu Isaías 6:1 e 2 de um rolo – um costume que mostrava reverência pela Palavra escrita.
Propositadamente, não leu a última frase do versículo 2, sobre vingança, porque os Judeus acreditavam,
erradamente, que a sua salvação era automática por serem Judeus, não por alguma entrega pessoal a
Deus. Da mesma maneira, de acordo com o costume, Jesus apresentou o Seu sermão sentado. Aquele
lugar especial, localizado numa plataforma elevada perto da estante para leitura, era, por vezes, chamado
“a cadeira de Moisés”.
Eles clamavam por sinais da Sua divindade, mas foi a sua falta de fé que impediu Jesus de fazer milagres
em Nazaré. Não foi porque Ele não foi capaz de o fazer, mas porque eles não estavam preparados para
receber as bênçãos que Ele desejava dar-lhes.
“Cientes de que as palavras de Jesus os descreviam perfeitamente, não estavam dispostos a ouvir mais.
Para O aceitarem tinham de admitir que não eram melhores do que os pagãos, que eles consideravam
como cães” (O Comentário Bíblico ASD, vol. 5, p. 731).
“Ao abrirem a porta à dúvida, o seu coração endureceu-se tanto quanto se tinha abrandado antes. Satanás
decidira que os olhos cegos não se abririam naquele dia, e que os cativos não seriam postos em liberdade.
Com intensa energia, fez tudo para os confirmar na incredulidade. Não fizeram caso do sinal já dado, quando ficaram comovidos pela convicção de que era o seu Redentor que estivera a dirigir-Se-lhes” (O Desejado
de Todas as Nações, pp. 188 e 189, ed. P. SerVir).
As suas consciências culpadas levantaram-se para silenciar as Suas palavras de verdade. Com corações
assassinos, embora fosse Sábado, eles levaram-n’O a um monte e estavam preparados para O atirarem
dali. É provável que o sítio tradicionalmente aceite, referido como “Monte da Precipitação”, não seja o local
deste incidente, porque fica a mais do que a viagem de um sábado de Nazaré. É provável que seja um
íngreme penhasco calcário com cerca de 12m no canto sudeste de Nazaré. Os anjos protegeram-n’O e
levaram-n’O para um local seguro. A Sua hora ainda não tinha chegado.
Sugestões para um Ensino de Excelência
Aponte as Analogias
Há muitas analogias para serem notadas quando se leem as histórias
bíblicas, e fazê-las notar aos seus alunos, ou pedir-lhes que as procurem,
vai ajudá-los a compreenderem melhor a Bíblia. Na história encontrada
em Lucas 4:16-30 há algumas para anotar:
A sinagoga como ponto central usado por Jesus quando tinha 12 anos,
quando expulsou os cambistas, e quando falou aos habitantes de
Nazaré.
Jesus a citar as Escrituras para ajudar as pessoas a ver que Ele é o cumprimento daquilo que tinha sido profetizado há muito tempo.
As alturas em que Jesus foi miraculosamente resgatado por não ser
ainda o Seu tempo para morrer.
III. FECHANDO
Atividade
Feche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.
Procure imagens do “Monte da Precipitação,” o local tradicional a que Jesus foi levado pela multidão de
Nazaré, e depois foi protegido pelos anjos. Assumindo que o local está correto, pode indicá-lo com certeza,
como um local por onde Jesus andou, onde os anjos se juntaram, e onde aconteceu um resgate sobre26
natural. Enquanto os seus alunos olham para as imagens, peça-lhes que pensem nisso e partilhem ideias
sobre locais no mundo de hoje onde os anjos andaram.
Ensinando…
Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.
3 Perspetiva!
Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição
3 Holofote
Leia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do
comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual
é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.
3 Frases-chave
Chame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta
semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais diretamente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.
Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem
o que é mais importante para eles.
Resumo
Partilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:
Na lição desta semana, quando Jesus falou às pessoas na sinagoga, as Suas palavras foram, ao princípio,
recebidas com admiração. No entanto, muitos pensaram: Não é este o filho de José? e alimentaram dúvidas sobre Ele. Então, Ele fez com que a mensagem chegasse, realmente, a cada um dos Seus ouvintes, e
isso não foi fácil de engolir. Era como se se vissem a um espelho e não estivessem a gostar do que viam.
Ficaram tão furiosos que o povo da Sua terra natal procurou matá-l’O, atirando-o de um penhasco.
Qual é a tua reação ao ouvires as palavras de Jesus dirigidas a ti?
Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a
Série O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulos 23 e
24, ed. P. SerVir.
27
CORNERSTONE CONNECTIONS
LIÇÃO 6
Sou um Seguidor
História das Escrituras: Mateus 4:18-22; Marcos 1:16-20; Lucas 5:1-11 (ARC).
Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 25, ed. P. SerVir.
Texto-chave: Lucas 5:8-11 (ARC).
PREPARANDO-SE PARA ENSINAR
I – SINOPSE
Pedro e os outros pescadores – o seu irmão, André, e, os seus amigos e sócios, Tiago e João – tinham trabalhado arduamente, durante toda a noite, sem nada pescarem, quando Jesus lhes pediu que voltassem
a lançar as suas redes. Pedro estava cético, mas, confiando em Jesus, estava disposto a tentar. Quando o
conselho de Jesus teve como resultado uma enorme pescaria, Pedro ficou convencido de que tinha visto
um milagre. Certo de que esse Jesus era mais do que apenas outro grande mestre, Pedro sentiu-se oprimido pela sensação da sua própria pecaminosidade e caiu de joelhos aos pés de Jesus. Pediu a Jesus que
Se afastasse dele, sentindo que era indigno de estar na presença de Alguém que poderia ser o Messias.
Mas a resposta de Jesus foi pedir a Pedro e aos outros para O seguirem – e eles fizeram-no imediatamente,
deixando tudo para trás.
Jesus ainda pede às pessoas – incluindo aos jovens – para deixarem tudo para trás e O seguirem. Mas o
que temos de deixar para trás? As nossas famílias, o trabalho, o meio de vida, tal como Jesus pediu aos
pescadores que fizessem? O que quer esse chamado dizer para os jovens que ainda estão a viver com os
seus pais, a frequentar a escola, a planear uma carreira no futuro? O que significa uma entrega total a Jesus
no século XXI? A lição desta semana explora algumas dessas questões.
II. ALVO
Os alunos irão:
3 Saber que Deus pede às pessoas que deixem as suas vidas do dia-a-dia e O sigam. (Saber)
3 Sentir a presença de Deus e o Seu chamado na sua vida. (Sentir)
3 Decidir responder ao chamado de Deus e seguir Jesus até ao fim. (Responder)
III. EXPLORAR
3 Propósito
3 Discipulado
3 Obediência
Encontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em www.cornerstoneconnections.net.
ENSINANDO
I. A COMEÇAR
Atividade
Dirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.
Escreva as respostas a O que Achas? num quadro negro, num quadro branco ou num bloco grande e peça
a cada aluno que partilhe as respostas que escolheu. Registe as respostas no quadro, acrescentando algumas que eles próprios possam ter escrito, para ver quais as respostas mais populares.
Para cada resposta, pergunte: “Porque pensas que alguém possa dizer isto? O que há na ideia de seguir
Jesus que poderá causar esta reação por parte de algumas pessoas?
28
Pergunte: “Que coisas existem na nossa vida que possam estar a impedir que sigamos Jesus?” Faça com
que os alunos brainstorm ideias e as escrevam no quadro. Depois, ao lado dessa lista, peça-lhes que sugiram os benefícios de seguir Jesus – o que eles obtêm por obedecer ao Seu chamado. Seriam os benefícios
superiores àquilo de que teriam de abdicar?
Ilustração
Partilhe esta ilustração com palavras suas:
Em jovem, William Wilberforce tinha uma carreira política brilhante à sua frente. Entrou para o Parlamento
Inglês com 21 anos, um dos mais jovens que já tinha ali entrado. Era rico, com uma boa formação, discursava bem, e parecia que seria um enorme sucesso.
Mas, pouco depois de a sua carreira política começar, William Wilberforce converteu-se e decidiu dedicar
a sua vida completamente a Deus. Ainda na casa dos 20, ele considerou abandonar a política, talvez entrar
para o ministério ou seguir alguma outra carreira em que pudesse dedicar-se a fazer o trabalho de Deus.
Foi pedir conselho a várias pessoas em quem confiava, incluindo ao seu velho pastor John Newton, autor
do hino “Amazing Grace”. Newton, que tinha sido comandante de um navio negreiro antes de se converter,
aconselhou Wilberforce, como já tinha feito com outras pessoas, de que ele podia continuar a servir Deus
ao ficar no governo e a trabalhar ali para que a vontade de Deus se fizesse naquele local.
Em vez de abdicar da sua carreira política para seguir Deus, Wilberforce dedicou a sua carreira política a
Deus. Ele trabalhou incansavelmente durante mais de 20 anos para acabar com a venda de escravos, que
ele considerava como um dos piores males do seu tempo. Não obstante vários entraves e uma saúde
debilitada, Wilberforce continuou a ser uma voz no Parlamento para aqueles que trabalhavam para acabar
com a escravatura. Por fim, viu os seus esforços serem bem-sucedidos – primeiro com a abolição da venda
de escravos e depois com a libertação de todos os escravos do Império Britânico (isto foi mais de 30 anos
antes de os escravos americanos serem libertados durante a Guerra Civil Americana). Wilberforce foi um
exemplo de um jovem adulto que obedeceu ao chamado “Vem e segue-me.” Fê-lo, não ao deixar a carreira
que tinha começado, mas ao transformar os seus objetivos e planos para que incluíssem aquilo que ele
acreditava que Deus queria que ele fizesse.
II. ENSINANDO A HISTÓRIA
Ponte para a História
Partilhe o seguinte com palavras suas:
Numa manhã solarenga, perto do Mar da Galileia, Jesus encontrou um grupo de pescadores. Ele já Se tinha
encontrado com eles e tinha falado com eles anteriormente; estavam interessados naquilo que Ele tinha
para dizer, mas nenhum deles tinha ainda feito um compromisso completo com Ele. Agora, ao ver que
eles tinham pescado toda a noite sem terem apanhado nada, Ele desafiou-os a voltarem a tentar. Quando
viram que tinham mais peixes do que o que podiam carregar, Jesus mudou de estratégia. Ele convidou-os
a fazerem um tipo de pesca diferente – a saírem para o mundo e a salvarem pessoas para o Seu Reino. Mas,
para o fazerem, teriam de deixar para trás tudo aquilo que lhes era familiar, incluindo os seus barcos de pesca.
A Partir da História para Moderadores
Depois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desenvolver com eles.
Divida a classe em quatro grupos e dê a cada grupo uma das seguintes passagens bíblicas:
3 Lucas 5:1-11
3 Mateus 8:18-22
3 Mateus 9:9
3 Mateus 19:16-22
Depois de cada grupo ler o seu texto, peça-lhes que preparem uma curta peça em que dramatizem a história da passagem para o resto do grupo. Quando cada uma das quatro cenas tiverem sido apresentadas,
pergunte: “O que é que estas histórias têm em comum? O que é que Jesus pede às pessoas que façam
antes de O seguirem? Como é que elas respondem?”
Depois, arranje alguns voluntários entre o grupo (provavelmente aqueles que ficaram mais entusiasmados
29
em fazer a dramatização na última atividade). Peça a este grupo para, nessa altura, improvisar uma cena
em que Jesus Se aproxime de um adolescente moderno, pedindo-lhe que deixe algo para trás e O siga.
Enquanto se preparam para levar à cena, pergunte-lhes: “Que tipo de coisas Jesus nos pede que deixemos
para trás por Ele, hoje? Como respondemos?”
Depois de ter sido apresentada a cena, discuta que tipo de coisas Jesus nos pede que deixemos, se O quisermos seguir. À primeira vista, parece óbvio que Ele pediria que deixássemos os nossos pecados – mas
que pecados? É isso tão fácil como parece?
Vai Jesus pedir-nos que deixemos outras coisas para trás, algo que não é pecado, mas que, mesmo assim,
talvez estejam a interferir com a nossa entrega? (Veja a secção Partilhando o Contexto e o Pano de Fundo,
para mais ideias sobre isto.) Pergunte aos alunos o que pensam que significa, no mundo de hoje “compromisso total” a Jesus. Poderá um jovem que está completamente comprometido com Jesus ainda assim:
3 Namorar?
3 Ir à escola?
3 Sair com os amigos?
3 Fazer planos para a faculdade e uma carreira para o futuro?
3 Comprar um carro?
3 Vestir a última moda?
3 Ter um emprego em part-time?
Como é que um comprometimento total para seguir Jesus afeta as tuas decisões em qualquer destas
áreas da tua vida? De que forma está Jesus a pedir-te que deixes as tuas redes e O sigas?
Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje. Veja
a secção Frases-chave da lição do Aluno.
Partilhando o Contexto e o Pano de Fundo
Use a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.
Quando pensamos em deixar tudo para trás para seguir Jesus, é típico pensarmos em deixar para trás
uma vida de pecado. O criminoso deixa a sua vida de crime, o toxicodependente deixa as suas drogas; as
pessoas começam uma nova vida quando seguem Jesus.
Mas os pescadores da história de hoje, e outras pessoas cujas experiências foram exploradas nas passagens de A Partir da História, não estavam a viver vidas particularmente pecadoras. Mesmo Mateus, o cobrador de impostos, só estava a fazer o seu trabalho – embora fosse um trabalho que muitos consideravam
pecador e infame. Os pescadores estavam a trabalhar para terem meios de sustentar as suas famílias. O
discípulo que queria ir enterrar o seu pai estava a cuidar das suas responsabilidades familiares. E o jovem
rico era um bom homem que guardava os mandamentos.
Ao longo dos últimos 2000 anos, os Cristãos têm lutado com o que significa deixar, realmente, tudo para
trás, para seguir Jesus. Para os primeiros discípulos, era muito claro. Muitos deles, como Pedro e os seus
amigos, fizeram um corte completo com a sua vida anterior e deixaram as suas casas, as suas famílias e o
seu trabalho para poderem viajar pela Galileia com Jesus. Mesmo depois de Jesus voltar para o Céu, eles
entregaram-se a tempo inteiro ao trabalho missionário. Uma dedicação total nos primeiros tempos do
Cristianismo significava arriscar a vida, uma vez que a perseguição era frequentemente uma realidade (tal
como o é em muitas partes do mundo, hoje).
A partir da altura em que o Império Romano se “converteu” ao Cristianismo e se tornou seguro e confortável ser Cristão, os Pais e as Mães do Deserto começaram a viver vidas de isolamento e de privação no
deserto, deixando o conforto dos seus lares, para se concentrarem completamente na oração e na adoração de Deus. Do seu movimento saíram os movimentos monásticos dentro do Cristianismo medieval.
Embora alguns monges e freiras estivessem verdadeiramente dedicados a uma vida passada a procurar
Deus (e Reformadores, tais como: Francisco de Assis, Teresa de Ávila, e outros aparecessem dentro de algumas gerações para nos recordarem dos seus objetivos), a preguiça e a corrupção também se infiltraram na
vida monástica. Para muitos dos grupos Protestantes pioneiros, seguir Jesus totalmente significava, uma
vez mais, arriscarem-se a serem castigados e até a morrerem. Para alguns, também significava abdicar das
suas posses, vivendo em comunidade com outros crentes, e ir para os campos missionários do ultramar.
Mas, a maioria de nós não faz esse tipo de sacrifícios – especialmente na América do Norte do século XXI.
Para a maior parte de nós, seguir Jesus significa o que tem significado para a maioria dos Cristãos ao longo
30
da História – viver uma vida “normal” com os mesmos confortos e objetivos que o resto da sociedade;
vivendo um falso “compromisso” com Jesus sem deixar que faça uma grande diferença na nossa vida.
Ao debater a lição desta semana, desafie os seus alunos com algumas destas perguntas: “Pode um Cristão
comprometido viver uma vida “normal”? De que formas nos pede Deus para nos separarmos da sociedade? O que é que Ele quer que nós deixemos para O podermos seguir?”
Sugestões para um Ensino de Excelência
Fazer e Não Fazer
Quando estiver a ensinar um tópico em particular, embora seja importante dar aos seus alunos um exemplo que ilustre o tema, também
poderá ser útil dar um exemplo daquilo que não o ilustra.
Verá na sua lição do moderador que a Ilustração é sobre um senhor que
pensava que deveria deixar a sua carreira política para “se dedicar a fazer
o trabalho de Deus.” Felizmente, ele teve alguns conselheiros sábios à
sua volta que o ajudaram a tomar consciência de que fazer o trabalho
para Deus pode envolver mais do que o ministério “oficial”; ele podia
servir Deus ao fazer a vontade de Deus mediante a sua carreira política.
Para revelar o que constitui “fazer o trabalho de Deus”, é muito útil banir
o mito e mostrar que o ministério oficial não é a única maneira de servir
Deus.
III. FECHANDO
Atividade
Feche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.
Peça aos alunos que voltem a pensar no papel que desempenharam com Jesus a convidar um adolescente
moderno para deixar tudo e O seguir. Permita que reflitam durante alguns momentos, em silêncio, e de
olhos fechados, sobre o que Jesus poderia pedir-lhes para fazer, se Ele chegasse e dissesse “Segue-Me”.
Enquanto estão sentados a pensar em silêncio, recorde-lhes que Ele está, de facto, a chamar cada um de
nós para O seguirmos. A total entrega a Jesus irá significar coisas diferentes para pessoas diferentes; mas,
para todos, significa viver uma vida estruturada à volta dos valores de Deus, não do mundo. Enquanto ora,
convide cada aluno a refletir sobre o que isso significa para ele.
Resumo
Partilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:
Pedro, André, Tiago e João testemunharam uma fantástica manifestação do poder de Jesus – e também
da Sua capacidade para cuidar deles. Depois de verem uma pesca incrível, eles sabiam que Ele era Alguém
para além do normal. Mas também sabiam que Ele tinha capacidade para providenciar para as suas necessidades. Podiam confiar n’Ele. Talvez por isso estivessem tão dispostos a deixar tudo para trás e a segui-l’O
– deixar, pura e simplesmente, as suas redes e os seus barcos de pesca e começar uma nova vida.
Jesus ainda nos pede para fazermos o mesmo. Talvez não peça que saias da tua casa neste momento, mas
Ele está a pedir-te que ponhas de lado um compromisso com uma vida planeada à volta dos teus valores
e a começar uma vida centrada nos Seus valores – completa dedicação a Deus, ao serviço para Ele e para
os outros. Terás de resolver sozinho o que isso quererá dizer na tua vida – nem todos os discípulos foram
chamados para fazer a mesma espécie de trabalho ou ter a mesma vida. Mas todos foram chamados para
mudarem a sua vida, terem uma vida 100 por cento entregue a Jesus. E é para isso que Ele nos chama.
31
Ensinando…
Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.
3 Perspetiva!
Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.
3 Holofote
Leia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do
comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual
é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.
3 Frases-chave
Chame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta
semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais diretamente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.
Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem
o que é mais importante para eles.
Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série
O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulo 25, ed. P. SerVir.
32
CORNERSTONE CONNECTIONS
LIÇÃO 7
O Dia em que o Diabo Foi à Igreja
História das Escrituras: Marcos 1:21-28 (ARC).
Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 26, ed. P. SerVir.
Texto-chave: Marcos 1:27 (ARC).
PREPARANDO-SE PARA ENSINAR
I – SINOPSE
Esta história do endemoninhado está repleta de oportunidades para ensinar. Pode usar esta lição para
ensinar uma série de verdades espirituais. Ore para que o Espírito o guie para acentuar a perspetiva espiritual que possa ter maior poder transformador na vida dos alunos.
Uma opção de ênfase poderia ser explorar o oculto e o culto satânico. (A lição do aluno neste trimestre foi
pensada nessa direção.) Hoje, muitos jovens estão expostos ao mundo sobrenatural através de escolhas
de entretenimento, tais como filmes (Underworld, O Sexto Sentido, O Exorcismo de Emily Rose), de programas de televisão (Em Contacto, Crepúsculo, etc.), livros (Harry Potter), e jogos de vídeo (Doom, The Darkness).
Outro ensino que poderá explorar tem a ver com o papel de Jesus como Mestre. A passagem realça a
admiração das pessoas por Jesus ensinar como Alguém com grande autoridade. Um caminho válido que
poderá seguir seria desafiar os jovens a aceitar Jesus como Mestre. Falamos muitas vezes em aceitar Jesus
como Salvador (ex.: confiar n’Ele para a minha salvação depois de eu morrer); mas o Cristianismo torna-se
mesmo prático quando aceitamos Jesus como Mestre (ex.: estar certo de que o que Ele ensinou determina
como eu vivo cada dia). Salientar a ideia da autoridade dos ensinos de Jesus como a melhor maneira de
viver hoje poderia ser um debate muito útil.
Por fim, poderá querer explorar, com os alunos, o tema da tentação e realçar que a cura e a libertação se
deram por se estar na presença de Jesus. Demasiadas vezes tentamos ser bons por nossa vontade – apenas para cairmos vez após vez no mesmo velho pecado. A chave, como flui naturalmente desta história,
é não tentarmos mais esforçadamente para sermos bons; antes, é estarmos na presença de Jesus. Ellen
White observa que o homem endemoninhado só tinha poder espiritual suficiente para ir a Jesus – e isso
era tudo aquilo de que necessitava; afinal de contas, a inteireza acontece quando vivemos em Cristo.
II. ALVO
Os alunos irão:
3 Pensar sobre a batalha cósmica entre o bem e o mal. (Saber)
3 Dar-se conta de quão elevados são, realmente, os riscos nesta batalha espiritual. (Sentir)
3 Confiar, plenamente, em Jesus como Salvador e Mestre. (Responder)
III. EXPLORAR
3 Oculto/astrologia
3 Caráter
3 Autoridade/respeito
Encontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em www.cornerstoneconnections.net.
ENSINANDO
I. A COMEÇAR
Atividade
Dirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.
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Peça aos seus alunos para mencionarem os nomes de filmes, programas de televisão e jogos de vídeo
que contenham temas demoníacos. Mantenha a lista num bloco grande. Discuta a tendência para o crescimento, na nossa cultura, na direção do satanismo. Perguntas para discussão:
3 Como deveriam os Cristãos responder a esta tendência?
3 Porque haverá tanto interesse no demoníaco?
3 Estas opções dos media serão boas para os Cristãos verem? Porquê ou porque não?
3 E os não-Cristãos? Como é que eles retratam esta dimensão espiritual?
Ilustração
Partilhe esta ilustração com palavras suas:
Ela era conhecida como a Rainha do Oculto. Vendia milhões de livros sobre vampiros e feiticeiras. Muitas das
suas novelas foram produzidas em filmes, em que entraram artistas importantes como Tom Cruise e Brad Pitt.
Mas, agora as coisas são diferentes para Anne Rice. Em 1998, entrou em coma e quase morreu. Foi nessa
altura que Anne mudou – ela voltou-se para Cristo.
Em 2005, ela chocou o mundo ao declarar: “Juro que, daqui em diante, apenas escreverei para o Senhor.”
A sua publicação de novembro de 2005, Cristo, o Senhor: A Saída do Egito (NT: tradução livre) retrata Jesus
aos sete anos. Rice esforçou-se muito para evitar contradizer as Escrituras na sua interpretação da vida de
Jesus.
O livro foi publicado em novembro de 2005 e entrou imediatamente na lista de best-sellers do Times de
Nova Iorque. No epílogo de Christ the Lord (Cristo, o Senhor), Rice resume o que encontrou em Jesus, chamando-Lhe “o supremo herói sobrenatural” e “o supremo imortal deles todos.”1 Mais recentemente, Rice
fez seguir, ao seu primeiro livro sobre Cristo, outra novela histórica intitulada Christ the Lord: The Road to
Cana (Cristo, o Senhor: A Estrada para Caná).
Numa entrevista com a revista Time, Rice disse: “Depois de 38 anos como ateia, a fé voltou para mim. Eu
tinha de deixar de escrever sobre vampiros, porque eles eram uma metáfora para almas perdidas. Em vez
disso, resolvi concentrar-me em Jesus Cristo.”2
II. ENSINANDO A HISTÓRIA
Ponte para a História
Partilhe o seguinte com palavras suas:
Quantos de vocês já leram alguma coisa escrita por Anne Rice? Quantos já viram um filme baseado nos
seus livros (Interview With the Vampire, Exit to Eden, The Feast of All Saints, etc.)? O que pensaram sobre o
seu trabalho antes da sua conversão? Como reagem ao seu testemunho? Que comparações encontram
entre o testemunho de Anne Rice e a história do endemoninhado em Marcos 1?
A Partir da História para Moderadores
Depois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desenvolver com eles. Depois, peça à classe que leia a história como um drama da tradução Boa-Nova. Incentive
cada leitor a pôr emoção no que lê. Por exemplo, quando o narrador diz que o homem estava “aos gritos”, quem
fizer essa parte deverá ler as suas linhas de acordo com isso. Nomeie alunos para lerem as seguintes partes:
3 O Narrador lê todas as partes que não sejam em discurso direto (aqui mostradas em letra normal).
3 Alguém para ler o que o endemoninhado disse (aqui sublinhado).
3 Um aluno para ler o que Jesus disse (aqui a bold).
3 Uma quarta pessoa para ler o que as restantes pessoas disseram (aqui em itálico).
Leitura:
(21-23) Jesus e os discípulos foram depois para Cafarnaum. No sábado Jesus entrou na casa de oração dos
judeus e começou a ensinar. Os que o ouviam ficaram muito admirados com o modo como ele ensinava,
porque falava como quem tem autoridade e não como os doutores da lei. Nisto, apareceu na casa de oração um homem possuído dum espírito mau, o qual, aos gritos, disse a Jesus:
(24) “Que é que tu queres de nós, Jesus de Nazaré? Vieste aqui para dar cabo de nós? Eu bem sei que tu
és o Santo que Deus mandou!”
(25) Jesus repreendeu-o: “Cala-te, e sai desse homem.”
34
(26) O espírito mau sacudiu fortemente o homem, deu um grande grito e saiu dele.
(27 e 28) Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: “Que é isto?” Outros diziam: “Isto
é doutrina nova, mas apresentada com autoridade! Pois ele até dá ordens aos espíritos maus, e eles obedecem-lhe!” E a fama de Jesus espalhou-se rapidamente por toda a Galileia.
Perguntas para discussão
3 Há alguma coisa na história que te toque mais, quando a escutas lida como um drama? Se sim, o quê?
3 O que tem esta história para nos ensinar sobre Satanás? Jesus? A multidão?
3 Que lições podemos aprender com esta passagem?
Partilhando o Contexto e o Pano de Fundo
Use a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.
1. Note o contexto. Marcos, o mais curto dos quatro Evangelhos, começa com o batismo de Jesus, passa
à tentação no deserto e, depois, transita rapidamente para o chamado dos discípulos para poder ir para a
proclamação pública do Evangelho. “Veio Jesus para a Galileia, pregando o evangelho do reino de Deus, e
dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho.”
Jesus lança o Seu ministério ao ensinar na sinagoga. Tão logo se acaba de ler a história de Satanás a atacar
Jesus no deserto durante 40 dias, e agora está Jesus a ser confrontado novamente pelo diabo (só que,
desta vez, é na igreja!) através deste homem endemoninhado.
2. Note a cultura. William Barclay explica a prevalência da crença nas figuras satânicas e demoníacas no
mundo antigo. Pondere no seu comentário: “O Dr. A. Rendle Short cita um facto que mostra a intensidade
com que o mundo antigo acreditava nos demónios. Em muitos cemitérios antigos foram encontrados
crânios que tinham sido furados. Quer dizer, tinha sido feito um furo no crânio. Num cemitério, de 120
crânios, seis tinham sido furados. Com as limitadas técnicas cirúrgicas disponíveis, não era uma operação
pequena. Além disso, era claro pelo crescimento ósseo, que esses furos tinham sido feitos durante a vida.
Também era claro que o furo no crânio era demasiado pequeno para ser de algum valor físico ou cirúrgico;
e é sabido que o disco retirado do osso era muitas vezes usado como um amuleto à volta do pescoço. A
razão para o furo era para permitir que o demónio escapasse do corpo da pessoa. Se os cirurgiões primitivos estavam preparados para fazer essa operação, e se as pessoas estavam preparadas para se sujeitarem
a ela, a crença na possessão demoníaca deve ter sido intensamente real.”3
3. Note a cidade. Jesus tinha-Se mudado recentemente de Nazaré para Cafarnaum (ver Mateus 4:12 e 13).
Cafarnaum era conhecida como uma cidade de riqueza. A sua reputação de pecado e decadência era bem
merecida. Sendo o quartel-general de muitas tropas romanas, eram comuns as influências pagãs vindas
de todo o Império Romano. Este era o local ideal para Jesus confrontar tanto os céticos como os crentes
no Evangelho (Marcos 1:14 e 15).
Ensinando…
Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.
3 Perspetiva!
Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.
3 Holofote
Leia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do
comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual
é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.
3 Frases-chave
Chame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta
semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais diretamente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.
Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem
o que é mais importante para eles.
35
Sugestões para um Ensino de Excelência
Quem se Preocupa?
De acordo com a página da Web dedicada a sugestões de ensino para instrutores, a preocupação com os alunos é dada como “o mais importante ingrediente
para um ensino eficaz”. Aqui estão as suas sugestões para a forma de mostrar aos
alunos que eles têm valor:
Leve a sério as suas perguntas e preocupações. Se não souber responder a
uma pergunta, prometa tentar informar-se e partilhe a resposta durante a aula
seguinte.
Organize-se e prepare-se bem para cada aula, usando panfletos, resumos, materiais audiovisuais, ou outros materiais de ensino que vão para além das leituras
marcadas.
Esteja disponível para os alunos depois das aulas e entre sessões, passe tempo
a aprender os seus nomes e a tentar conhecê-los pessoalmente. Ao demonstrar
que respeita e se preocupa com os seus alunos, aumenta a possibilidade de eles
se envolverem nas aulas, e abre a porta a relacionamentos em que vai aprender
com os alunos, tal como eles aprendem consigo.4
III. FECHANDO
Atividade
Feche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.
Diga aos seus alunos que quer que eles saiam com uma caixa de ferramentas que os ajude a resistir ao
diabo. Divida a classe em pequenos grupos e peça-lhes que brainstorm uma lista de ferramentas (tais
como, ler a Bíblia, memorizar versículos, fazer amizade com pessoas que amem Deus, comunicar com
Deus através da oração, etc.). Compile uma caixa de ferramentas, pedindo aos pequenos grupos que partilhem as suas ideias com a classe toda. Termine sublinhando que a melhor maneira de resistir ao diabo é
viver na presença de Jesus, porque Satanás e Deus não podem coexistir no mesmo coração.
Resumo
Partilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:
No seu livro The Heat: Steelworkers’ Lives and Legends, Joe Gutierrez partilha cinco histórias dos seus 42
anos como trabalhador do aço. A sua história intitulada “Snow Dance in August” (Dança da Neve em
Agosto) descreve uma cena de flocos de pó prateado que frequentemente flutuavam até ao chão numa
área da fábrica em que barras de aço rolavam sobre almofadas numa alta torre de arrefecimento. Durante
anos, tanto os trabalhadores como as visitas afluíam ao local, que era especialmente pitoresco durante a
noite.
O pó era amianto. “Todos o inalavam”, escreveu Gutierrez. Ele sofre, agora, de uma lenta asfixia de asbestose, tal como acontece com muitos trabalhadores da fábrica.
“Quem sou eu? Sou toda a gente. Agora, não consigo andar muito. Fico muito cansado e, por vezes, dói
quando respiro. E pensar que costumávamos lutar por este trabalho.”
Quantas coisas no nosso mundo são como os flocos prateados dessa fábrica de aço? Encantadores, mas mortais.5
1. Jennie Yabroff, “Anne Rice Has Gone From Goth to God”, Newsday.com (11-21-05); Cindy Crosby,
“Interview With a Penitent”, Christianity Today.
2. Conforme citado em www.time.com/time/magazine/article/0,9171,1720092,00.html.
3. William Barclay, The Daily Study Bible Series: The Gospel of Mark (Philadelphia: The Westminister Press,
1975), pp 37 e 38.
4. Conforme citado em www.understandingprejudice.org/teach/hightips.htm.
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5. “Steelworkers Break the Mold”, Chicago Tribune (6-27-01).
Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série
O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulo 26, ed. P. SerVir.
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CORNERSTONE CONNECTIONS
LIÇÃO 8
Disponível e Capaz
História das Escrituras: Mateus 8:1-4; Marcos 1:40-45; Lucas 5:12-28 (ARC).
Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 27, ed. P. SerVir.
Texto-chave: Marcos 1:41 e 42 (ARC).
PREPARANDO-SE PARA ENSINAR
I – SINOPSE
A lição da semana concentra-se no atordoante evento do leproso que foi ter com Jesus para ser curado. A
terrível doença era comum nos tempos do Novo Testamento, e todos os que contraíam a infeciosa doença de pele eram considerados mortos e eram isolados da comunidade. Se o facto de ser excomungado
não imprimisse o desespero na mente da pobre vítima, a terrível doença, por si só, seria uma lembrança
constante da morte iminente. E ainda por cima, a lepra era vista como um julgamento de Deus. Nenhuma
doença representava o trabalho do pecado como o fazia a lepra num ser humano. Nesta história, o homem
moribundo atreve-se a entrar na sociedade, porque ouve dizer que Cristo Se está a aproximar e nunca
mandou ninguém embora. O seu apelo e a resposta de Cristo são a mensagem central desta história: Deus
está disposto e é capaz de salvar.
N’O Desejado de Todas as Nações, Ellen White comenta: “Quando pedimos bênçãos terrestres, a resposta à nossa
oração talvez seja retardada, ou talvez Deus nos dê outra coisa diferente da que pedimos; mas não é assim,
quando pedimos libertação do pecado. É da Sua vontade limpar-nos dele, tornar-nos Seus filhos e habilitar-nos
a viver uma vida santa.” As palavras de Cristo: “Quero, sê limpo” e o toque da Sua mão declaram o que Deus
quer mais do que qualquer outra coisa – salvar os Seus filhos. Ao longo desta história há vários ângulos para
apelar aos jovens para responderem ao dom da salvação de Deus. Uma das maneiras é a abordagem do ponto
de vista do leproso – aquele que procura e pede. Outra abordagem é do ponto de vista de Deus que nunca
manda embora alguém que O procure honestamente. E, por fim, poderá considerar afastar-se um pouco e ver
o quadro mais abrangente através do ritual do Velho Testamento para a purificação de um leproso, conforme
é discutido na secção Contexto e Pano de Fundo.
II. ALVO
Os alunos irão:
3 Observar elementos-chave do Plano da Salvação. (Saber)
3 Sentir o desejo urgente de Deus de perdoar e salvar as pessoas. (Sentir)
3 Decidir pedir o inigualável dom da salvação dado por Deus. (Responder)
III. EXPLORAR
3 Perdão de Deus
3 Experiência da salvação
3 Pecado
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ENSINANDO
I. A COMEÇAR
Atividade
Dirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.
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Convide os alunos a partilhar as suas respostas à atividade de avaliação da secção O Que Achas? É provável
que a maior parte dos alunos indique “receber o dom da salvação” como sendo a escolha número um. Mas
é possível que outros respondam de modo diferente. De qualquer maneira, é crucial convidar os alunos
a explicar porque responderam da forma como fizeram. Alguns poderão escolher “servir os outros com
coração humilde” ou “viver em harmonia com os Seus Mandamentos”. A razão por que pensam que isso é
importante para Deus providencia uma discussão enriquecedora.
Ilustração
Partilhe esta ilustração com palavras suas:
Em janeiro de 2008, uma história sobre uma fantástica transformação foi notícia de primeira página. Uma
jovem de 15 anos, da Austrália, chamada Demi-Lee Brennan tornou-se na primeira pessoa do mundo a
mudar de tipo de sangue. Demi-Lee foi uma paciente transplantada, com sangue tipo O negativo, mas isso
mudou quando o transplante fez com que ela absorvesse o sistema imunitário do seu dador de órgão,
mudando o seu tipo de sangue para O positivo. Inicialmente, os médicos pensaram que tinha havido
um erro, porque isso nunca acontecera antes, e uma transformação desse tipo no sistema humano era,
simplesmente, impossível. Aparentemente, as células estaminais do sangue no novo fígado desta jovem
invadiram a sua medula e, por fim, tomaram posse de todo o seu sistema imunitário. Agora, ela tem um
tipo de sangue totalmente diferente. O seu novo sangue levou-lhe vida e cura e ela está restaurada até
hoje. Brennan diz: “É uma segunda oportunidade para viver.”
É o que acontece connosco, quando convidamos Cristo a salvar-nos do pecado. Há mudanças que vão
acontecendo durante a vida: desenvolvemos hábitos bons, saudáveis na nossa viagem. As qualidades
de caráter que nos marcam são construídas ao longo do tempo, mas o teu convite ao perdão e um novo
caminhar com Cristo estão à distância de um simples e sincero pedido.
II. ENSINANDO A HISTÓRIA
Ponte para a História
Partilhe o seguinte com palavras suas:
A espécie de transformação maciça que Demi-Lee Brannan experimentou foi uma mudança interna, que,
por seu lado, se manifestou na sua nova vida. Esta semana vamos encontrar-nos com uma mente que foi
transformada de dentro para fora. Como alguém a morrer de lepra, sabe-se que as mudanças que estão a
ocorrer no nosso corpo começam, não na pele, mas bem dentro dela. À medida que Cristo restaura este
homem, presta bem atenção à história e vê se esta mudança começa interna ou externamente.
A Partir da História para Moderadores
Depois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desenvolver com eles.
3 Compare as três perspetivas do mesmo evento e veja as diferenças e as semelhanças das histórias.
3 Que palavras e frases usam Marcos e Lucas que Mateus não usa?
3 Que palavras e frases usa Lucas que Marcos e Mateus não usam?
3 Que palavras e frases só Marcos usa?
3 Como é que a doença da lepra se parece com o pecado?
3 O leproso faz um interessante apelo ao dizer: “Se quiseres, bem podes limpar-me.” Há alguma dúvida,
da perspetiva do leproso de Jesus ser capaz de o limpar ou não? Qual é a questão principal? Porque achas
que alguém com lepra pudesse pensar assim? (Lê João 9:1-3; 5:13 e 14; Marcos 2:3-5; Isaías 59:1 e 2.)
3 Porque achas que esta história está na Bíblia? Qual é a mensagem que Deus tem nela para ti, hoje?
3 Explica o conselho de Jesus de que o homem devia ir imediatamente mostrar-se ao sacerdote e oferecer
o sacrifício que Moisés determinou. Porque pensas que Jesus pediu ao leproso para o fazer?
3 De que outra história na Bíblia é que este evento te recorda?
Perguntas extra para Moderadores:
3 Porque pensa que Jesus insistiu para que o homem curado da lepra se fosse mostrar ao sacerdote? Leia
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Levítico 14:1-9 e veja se consegue imaginar para o que o ritual estaria a apontar e a imagem perdurável
que seria impressa na mente da pessoa curada.
3 Como seria este evento hoje em dia? Alguns poderão comparar este milagre a alguém a ser curado de sida
ou cancro. A sida é, provavelmente, a doença mais comparável, pois também não tem cura, e os que a contraem
estão, basicamente, a preparar-se para morrer. Inicialmente, as pessoas com vírus do HIV eram tratadas com
um isolamento semelhante, com receio de que fosse contagioso. Todos estes elementos internos só compõem o impacto físico da doença.
Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje:
Êxodo 4:6 e 7; Números 12:10; II Reis 5:1-10; Lucas 17:11-15.
Partilhando o Contexto e o Pano de Fundo
Use a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.
Nas Escrituras, não há outra doença que retrate o trabalho do pecado como o faz a lepra. Na verdade, o
termo “morte em vida” capta a perceção comum da doença. Quando as pessoas eram diagnosticadas com
lepra, eram virtualmente excomungadas da sociedade. Em alguns casos, os seus nomes eram retirados dos
registos públicos de cidadão com vida, pois era apenas uma questão de tempo. Mas há quem não saiba
que a lepra ataca o sistema nervoso central antes de afetar a pele. Jerry Vines resume assim a forma como
a lepra destrói uma pessoa:
“Por nenhuma razão, ela teria uma sensação de fadiga. Depois, as suas articulações começariam a doer. Um
dia notaria pequenas manchas brancas em toda a sua pele. Mais tarde, essas pequenas manchas endureceriam, formando nódulos. Mudariam de branco para rosa e depois para castanho, e tornavam-se escamosas. A aparência do seu rosto mudaria até que se pareceria com um leão. Por todo o corpo, os nódulos
ulceravam, produzindo um cheiro desagradável. Eles cobririam as suas cordas vocais, fazendo com que,
ao respirar, fizesse um chiado. Ao falar, a sua voz seria rouca. Caíam-lhe as sobrancelhas. O seu cabelo tornar-se-ia branco. Centímetro a centímetro, o corpo da pessoa apodreceria. À medida que andava, deixaria
manchas pútridas onde o pus escorria dos seus pés. Os dedos das mãos e dos pés começariam a cair”
(Jerry Vines, Exploring the Gospels – Mark [Neptune, New Jersey: Loizeaux Brothers, 1990], p. 29).
Mas, nesta história, Jesus pede a este homem que tinha sido curado para se ir mostrar ao sacerdote e oferecer os sacrifícios que Moisés ordenara. Porquê, e para que serve esta cerimónia?
O Ritual da Purificação e a Lei do Leproso: Havia várias razões para visitar o sacerdote logo depois de um
indivíduo ser curado. Em primeiro lugar, para ser novamente inserido na sociedade, o sacerdote tinha de o
examinar e de o pronunciar limpo. Mas há mais na ordem de Jesus do que tratar da papelada. A cerimónia
da purificação do leproso tinha, embebida no ritual, uma profunda e duradoura experiência espiritual. Em
Levítico14:2-7, este ritual é descrito. A ave que é sacrificada é claramente Cristo, e a ave viva que é libertada
sobre o campo aberto é indubitavelmente qualquer pecador que recebe a misericórdia de Deus.
Imagine a cena: Um leproso vai ao sacerdote e este tem de fazer a cerimónia fora da cidade. Onde foi Cristo
crucificado? Fora da cidade. Depois, o leproso observa enquanto duas aves vivas são apresentadas e uma
é morta sobre água corrente (ou como dizem os Hebreus, água viva). O sangue da ave é misturado com
a água viva e posto num vaso de barro. Quem foi curado observa cuidadosamente a ave morta e a taça
de sangue e água. No que é que essa pessoa estaria a pensar? Porquê o sangue? Porquê uma ave – uma
criatura viva? O que significa isto? O significado torna-se claro quando aquele que foi curado vê a ave viva
ser molhada no sangue e na água e libertada em campo aberto. Imagine o homem ali em pé a olhar para o
céu enquanto a ave viva bate as asas e o sangue e a água se desprendem e a ave voa livremente. Se a lepra
retrata o pecado, então ir e experimentar este ritual torna-se no ritual mais importante de todos, porque
simboliza a redenção. Não é ignorado por ninguém que esta cerimónia se refere ao Salvador e ao pecador.
Não é para admirar que Jesus quisesse que fossem ao sacerdote, porque Ele sabia que, se tivessem de
passar pelo ritual, o significado da sua salvação seria profundamente embebido no seu coração e na sua
mente.
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Ensinando…
Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.
3 Perspetiva!
Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.
3 Holofote
Leia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do
comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual
é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.
3 Frases-chave
Chame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta
semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais diretamente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.
Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem
o que é mais importante para eles.
III. FECHANDO
Atividade
Feche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.
Divida a classe em grupos de dois ou três e peça-lhes para responderem às seguintes perguntas:
Diga: “Pensa em alguns exemplos de pessoas de hoje que são postas de lado ou mesmo ignoradas por
alguma coisa que tenham feito ou algo que lhes aconteceu.” Certifique-se de que faz duas listas: uma para
as escolhas que causam impacto negativo, e outra para coisas que acontecem às pessoas fora do seu controlo. (Alguém a contrair HIV devido a promiscuidade sexual é um exemplo de uma escolha que traz resultados sérios. Contudo, contraí-lo devido a uma transfusão de sangue é um exemplo de algo que acontece.)
Partilhe os resultados com a classe e faça esta pergunta como forma de resumir a lição: “Há algum cenário em que possamos pensar do qual Cristo não nos possa salvar, se pedirmos?” A resposta é, claramente,
“Não!”. Deus está disposto e é capaz.
Sugestões para um Ensino de Excelência
Rituais Redentores
Os símbolos e os rituais são a chave desta lição, mas eles também são um
valor essencial no ministério de ensino que Deus estabeleceu há muito
tempo. Símbolos tais como a Cruz, o pão e o vinho, um ramo de oliveira,
e uma pomba podem ser de grande valor para ensinar ou podem tornar-se figuras vazias sem significado, dependendo da maneira como os integramos na nossa vida. É importante explicar os símbolos na Bíblia com
histórias vívidas, prestando atenção ao significado maior. O serviço do
santuário está cheio de significado sobre a história da redenção. Muitos
podem aprender o que representa o candelabro ou o altar das ofertas
queimadas ou a mesa dos pães da proposição sem ouvirem a história. O
comentário na lição desta semana capta os detalhes de um ritual através
das lentes da história da redenção. Mantenha os símbolos e as histórias
perante os jovens e ajude-os a fazer ligações reais da história antiga à
sua vida de hoje.
41
Resumo
Partilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:
Por vezes a vida de pessoas, contadas como história, tal como a do leproso pode parecer um conto de
fadas, uma coisa tão irreal que é posta na categoria de uma historieta. Mas o evento foi real, e a experiência
é real ainda hoje. Aos milhares, as pessoas irão a Cristo e pedirão uma nova vida. Algumas duvidarão e pensarão: “É bom de mais para ser verdade”, mas, ainda assim, pedirão, tal como o leproso fez há tanto tempo:
“Se quiseres, bem podes limpar-me.” O que quer que esteja a impedir-te de pedir a Deus para te salvar
deve ser posto de lado, porque a voz de Deus não dá essa mensagem. A verdade avassaladora, inegável, é
que Deus está disposto e é mais do que capaz de te cobrir e de restaurar a tua vida completamente. Está
disposto a fazê-lo, sempre que Lhe pedires.
Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série
O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulo 27, ed. P. SerVir.
42
CORNERSTONE CONNECTIONS
LIÇÃO 9
Não Foi Amor à Primeira Vista
História das Escrituras: Mateus 9:9-17; Marcos 2:14-22; Lucas 5:27-39 (ARC).
Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 28, ed. P. SerVir.
Texto-chave: Mateus 9:10-13 (ARC).
PREPARANDO-SE PARA ENSINAR
I – SINOPSE
Nesta história vamos aprender sobre como aceitar outros, mesmo que, no princípio, não gostemos daquilo que vemos neles. No tempo de Jesus, os cobradores de impostos eram odiados. Eram considerados
desonestos e pecadores, porque eram, frequentemente, corruptos. No entanto, Jesus esforçou-Se para
estar na sua companhia. Ele preferia estar no meio de pecadores do que numa sala cheia de homens chamados “justos e nobres”. Sabia que eram os pecadores que precisavam da Sua ajuda, não os justos. Como
Ele disse: “Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos” (Mat. 9:12).
Deus quer que aceitemos todas as pessoas. Não quer que olhemos para a sua aparência, a sua reputação
ou o seu passado. Deixe que os alunos fiquem a saber que, se Deus – que é o Senhor do Universo e que
criou todas as coisas – pode perdoar os nossos pecados, então, certamente nós podemos aceitar outros e
procurar ajudá-los a encontrar a salvação.
Embora devamos orientar os nossos alunos para que escolham os amigos com sabedoria, também devemos partilhar com eles a importância de procurar os “doentes”. Se travamos sempre amizade com aqueles
que são obviamente “saudáveis”, como poderemos fazer a diferença no mundo? Jesus veio a este mundo,
não como Rei, mas como um Homem sem casa. Ele veio a este mundo como um Homem que comia com
cobradores de impostos e encontrava companhia entre os pecadores. O Senhor ensina-nos a aceitar todos
os que vêm em necessidade. Jesus disse: “Em verdade vos digo que, quando o fizeste a um destes meus
pequeninos irmãos, a mim o fizeste” (Mat. 25:40).
II. ALVO
Os alunos irão:
3 Tomar consciência da importância de aceitar os outros, não obstante a sua aparência ou o seu passado.
(Saber)
3 Sentir desejo de contactar e dar testemunho àqueles que mais precisam dele. (Sentir)
3 Procurar mais oportunidades para mostrar a todas as pessoas o amor de Deus. (Responder)
III. EXPLORAR
3 Aceitação (dos outros)
3 Autoimagem
3 Propósito (saber o seu)
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ENSINANDO
I. A COMEÇAR
Atividade
Dirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.
Peça à classe que imagine o seguinte cenário. Estás na igreja e os seguintes tipos de pessoas entram.
Pergunte à classe como pensam que agiriam, se estas pessoas viessem à igreja:
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1. Um sem-abrigo bêbado, cujo cheiro inunda a sala toda.
2. Uma estrela de rock famosa.
3. O Presidente da República.
4. Bill Gates.
5. Alguém vestido com um traje de uma religião não-Cristã, como um Judeu Ortodoxo, um Muçulmano
ou um Hindu.
Fale sobre as várias respostas e o que elas nos dizem sobre nós próprios e as nossas atitudes para com os
outros. Como estamos a refletir o caráter de Jesus?
Ilustração
Partilhe esta ilustração com palavras suas:
Nos Estados Unidos, um grupo de senhoras cristãs tomou como sua a missão de testemunhar às prostitutas de Las Vegas, convidá-las para irem à igreja, e ajudá-las a saber mais sobre o amor de Deus. Estas
senhoras têm sido mal-tratadas constantemente por pessoas que dizem que “as prostitutas não têm lugar
na Igreja”. Têm sido desprezadas por causa do seu ministério. Há pessoas que pensam que o que elas estão
a fazer é errado. Uma dessas missionárias, Annie Lobert, diz sobre Las Vegas: “Este é um mundo que tem
sido largamente rejeitado pela Igreja, mas o Senhor, nosso Deus, está a pôr um fim a isso de uma forma
FANTÁSTICA!” Ela é uma ex-prostituta que conhece, em primeira mão, o que estas raparigas passam. Tem
levado muitas delas para longe do horrível modo de vida e a aceitarem Jesus. O seu objetivo é salvar
tantas pessoas quantas for possível. Embora tenham sido atacadas de todos os lados por Cristãos que
pensam que elas se estão a imergir entre pessoas pecadoras, não pararam. Elas sabem que o Senhor quer
que levem a Ele tantas pessoas quantas for possível.
II. ENSINANDO A HISTÓRIA
Ponte para a História
Partilhe o seguinte com palavras suas:
Muitas vezes, quando vemos pessoas que têm uma má reputação, tentamos manter a distância. Não
queremos manchar a nossa reputação, ao associarmo-nos com elas, ou sentimos como se elas fossem
inferiores a nós. Contudo, em vez de olhar para todo o mal, devemos olhar para o seu potencial e tentar
ver para além das faltas, ver a pessoa em si e ajudá-la a procurar o seu verdadeiro propósito na vida. Jesus
viu Levi e, em vez de o julgar e às suas faltas, Ele viu que aquele homem tinha potencial. Reconheceu que
este homem também podia estar no Seu Reino.
Jeremias 31:3 (ARC) diz: “Pois com amor eterno te amei, também com amorável benignidade te atraí.”
A Partir da História para Moderadores
Depois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte por palavras suas para a desenvolver com eles.
· O que é que achas que, no início, fez com que os Fariseus ficassem tão zangados nesta história?
· Dá algumas razões por que pensas que as pessoas odiavam tanto os cobradores de impostos.
· Como achas que Levi se sentiu quando Jesus disse: “Segue-Me?”
· Nesta história, Jesus disse: “Ninguém tira um pedaço dum vestido novo para o coser em vestido velho,
pois que romperá o novo e o remendo não condiz com o velho” (Mat. 9:16). Na tua opinião, o que queria
Ele dizer com isso?
· O que pensas que Jesus viu quando Se encontrou pela primeira vez com Levi? O que pensas que os Seus
discípulos viram?
Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje: I
Timóteo 1:15; Efésios 1:3-6; Génesis 4:7; João 15:16; 1:12; Mateus 11:28; Atos 10:35.
Partilhando o Contexto e o Pano de Fundo
Use a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.
Durante o tempo de Jesus, o antigo Israel estava sob o domínio do poderoso Império Romano, que
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cobrava impostos de todas as províncias sob o seu controlo. No antigo Israel, um grupo de cobradores de
impostos foi retirado do próprio povo, e contratado por Roma para cobrar os impostos para os Romanos.
O seu pagamento era o poderem reter para si uma “fração” ou percentagem dos impostos que cobravam.
Claro que isso levou a um potencial para grande abuso, pois quanto mais cobravam, mais podiam obter.
Estes cobradores de impostos eram conhecidos como sendo desonestos e burlões. Embora houvesse
algumas honradas exceções, a maioria não o era. Isso ajuda a compreender as palavras encontradas em
Lucas 3:12-14: “E chegaram, também, uns publicanos para serem batizados, e disseram-lhe: Mestre, que
devemos fazer? E ele [Jesus] lhes disse: Não peçais mais do que o que vos está ordenado.” É interessante;
Jesus não os estava a atacar por serem cobradores de impostos; Ele estava a adverti-los sobre enganarem
o povo de quem era suposto cobrarem os impostos.
Estes cobradores de impostos também se tornavam muito ricos. Alguns até faziam um requerimento
ao governo romano pelo direito a cobrar impostos e taxas ao seu próprio povo. Depois, tendo pago ao
governo por este requerimento, estavam livres de cobrar tanto quanto pudessem, tentando extorquir
cada “cêntimo” para si. Roma recebia uma certa quantia; o resto era deles para guardarem para si mesmos.
Os cobradores de impostos recebiam vários impostos. O Império Romano taxava os Judeus pela terra,
pelo comércio e até pelos serviços do Templo. Havia diferentes espécies de impostos para cada território.
Algumas províncias, tais como a Galileia, não tinham um governador romano; assim, os impostos ficavam
na província em vez de irem para Roma.
Isso ajuda-nos a compreender melhor quão insultados se sentiam alguns líderes e talvez até o povo por
Jesus Se associar com aqueles gananciosos cobradores de impostos – que, na verdade, estavam a trabalhar contra os interesses da sua própria nação. Quão baixo se podia cair! E, no entanto, Jesus amava-os e
queria salvá-los. Que mensagem para nós!
Sugestões para um Ensino de Excelência
Repetição
A repetição é um bom método de ensino. É bom que nos repitamos
mais do que uma vez para que o assunto seja aprendido. Contudo, não
o repita demasiadas vezes, pois pode tornar-se cansativo. Pense em
diversas formas como pode exprimir o mesmo ponto. Dessa forma, não
parecerá tão monótono. Pode usar analogias ou atividades como modos
diferentes de expressar esse ponto.
Por exemplo, pode mencionar como uma pessoa cometeu um pecado notório e, durante toda a sua vida, foi julgado por essa sua falha.
Pergunte-lhes se já sentiram preconceito contra si ou um comportamento condenatório dos outros por algo que tenham feito no passado.
Uma das coisas importantes que deve procurar gravar na mente dos
alunos é que eles têm de se abster de usar atributos condenatórios na
sua vida diária.
III. FECHANDO
Atividade
Faça download de imagens da Internet de toda a espécie de pessoas, das ricas e famosas às mais sensaboronas, feias e difíceis de amar. Tente imaginar as suas histórias. Como é que chegaram onde estão?
Agora, tente imaginar como Deus, que tudo sabe, as vê. Como é que a visão de Deus é diferente da nossa?
O que podemos aprender dessa diferença?
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Resumo
Partilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:
Todos nós já vimos pessoas que pareciam que não mereciam a nossa aceitação. Houve indivíduos cruéis,
sem coração, insensíveis, pecadores e arrogantes que é mais do que provável que tenhamos tentado
evitá-los a todo o custo. No entanto, antes de julgarmos alguém, temos de o tentar identificar primeiro.
Muitas pessoas que, por fora, parecem inaceitáveis, podem ter sofrido de formas que nós próprios nunca
poderíamos compreender. Mas Jesus apela a que aceitemos todos os indivíduos, mesmo que, ao princípio, não gostemos do que vemos. Ele quer que se dê a todas as pessoas a oportunidade de lhes ser
mostrado o caminho para a vida eterna. Quer que nós ajudemos as pessoas a saberem que, qualquer que
tenha sido o seu passado, ou não importando as coisas horríveis que possam ter feito, ainda têm a oportunidade de encontrar o seu verdadeiro propósito; ainda têm a oportunidade de ir à luz de Jesus. Nunca
devemos fechar a porta a ninguém, antes devemos demonstrar o amor e a aceitação de Jesus através do
nosso amor abnegado por elas.
Ensinando…
Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.
3 Perspetiva!
Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.
3 Holofote
Leia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do
comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual
é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.
3 Frases-chave
Chame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta
semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais diretamente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.
Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem
o que é mais importante para eles.
Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série
O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulo 28, ed. P. SerVir.
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CORNERSTONE CONNECTIONS
LIÇÃO 10
À Frente e no Centro
História das Escrituras: Mateus 12:9-14; Marcos 3:1-6; Lucas 6:6-11 (ARC).
Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 29, ed. P. SerVir.
Texto-chave: Marcos 3:3-5 (ARC).
PREPARANDO-SE PARA ENSINAR
I – SINOPSE
Pode saber-se muito sobre uma pessoa ao observarmos no que gasta o seu tempo e sobre o que a faz
ficar zangada. Ao misturar-Se Cristo com as pessoas e ao curá-las das suas doenças, Ele foi muitas vezes
criticado por “trabalhar” ao Sábado. Jesus não ficou “indignado” pela crítica, mas porque os líderes da fé
judaica não percebiam o alcance do Sábado e levavam outros consigo nesse caminho vazio. Esse foi o
caso na história do homem com a mão mirrada que foi curado por Jesus à frente e no palco da sinagoga
numa manhã de Sábado.
Em toda a lição desta semana há uma tensão entre pensar no que não devemos fazer versus estarmos
preocupados com as coisas que deveríamos fazer. Por vezes, quando discordamos de alguém, devíamos
simplesmente “deixar passar”. Mas, nesta história e sobre este assunto, Jesus não quis deixar passar. Ellen
White diz: “Jesus não deixou passar a questão só com uma simples repreensão aos Seus inimigos. Declarou
que, na sua cegueira, estavam enganados quanto ao objetivo do Sábado.” É essencial que revejamos, com
os jovens, o supremo objetivo do Sábado, não em termos vagos, mas com a mesma paixão com que Jesus
defendeu a sua santidade há muito tempo. O Sábado foi feito “por causa do homem” (Marcos 2:27 e 28). É
uma lembrança de que não é negociável Quem Deus é, e quem nós somos em relação com Ele (Génesis
2:1-3; Ezequiel 20:12, 20; Êxodo 20:8-11; Deuteronómio 5:12-15). Podemos guardar melhor o Sábado ao
termos paixão por “fazer o bem” e “salvar vidas”, conforme se vê na história desta semana. Pense em como
manter os alunos focados no principal propósito do Sábado e nas melhores coisas para viver nesse dia.
II. ALVO
Os alunos irão:
3 Ver as lembranças do propósito de Deus no Sábado. (Saber)
3 Sentir a importância da adoração genuína. (Sentir)
3 Encher as suas horas do Sábado com bondade. (Responder)
III. EXPLORAR
3 Sábado
3 Raiva
3 Serviço
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ENSINANDO
I. A COMEÇAR
Atividade
Dirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.
Convide os seus alunos a partilharem as suas respostas à atividade de votação na secção O Que Achas?.
Muitas vezes, os alunos colocam-se a meio de uma avaliação, mas o ponto é fazê-los mostrar a sua tendên47
cia. Aos alunos que tendem a remoer a raiva, poderá perguntar: “O que tens a tendência de fazer à medida
que a tua frustração vai aumentando? Ela diminui com o tempo? Se falares calmamente com as pessoas,
isso ajuda-te?” Aos que explodem, poderá pedir para partilharem o que poderá ser problemático nessas
erupções bem como o que há de positivo em “não esconder” o que sentem. Aquilo que nos faz ficar zangados e a maneira como respondemos mostram quais são os nossos valores. Na lição desta semana vemos
quão valiosa é a verdadeira guarda do Sábado para Jesus.
Ilustração
Partilhe esta ilustração com palavras suas:
Durante um estudo bíblico no Sábado um jovem frustrado desabafou: “Jesus diz-me o que é suposto eu
NÃO fazer no Sábado e ficarei bem!” Aparentemente, este jovem estava demasiado confuso por as pessoas
estarem a puxá-lo para um lado e para o outro com as suas críticas sobre o comportamento apropriado
para o Sábado. Ele estava a perder o objetivo. Porque é que nós nos focamos naquilo que não devemos
fazer? Dei-lhe uma garrafa de água e respondi: “Vou dar-te uma lista daquilo que NÃO podes fazer, mas,
primeiro, dá-me uma lista do que NÃO está na garrafa de água.” Vendo-o ali sentado, atordoado pelo pedido, repeti o desafio: “Vá lá, dá-me só uma lista das coisas que a garrafa de água contém. Lê os ingredientes
mencionados atrás e depois vai dizendo as coisas que não estão.” Como ainda estava atordoado, fiz algumas sugestões para o ajudar a começar: “Há picante na água? E guacamole? Rabanetes? E batatas fritas,
há? Papel de alumínio? Óleo para motor? Fita-cola? Gel de Aloé-Vera? Meias 100% algodão? Sementes de
maçã? Polyester? ...” “Está bem, está bem, já percebi!”, interrompeu ele. Começámos, então, a ver todas as
coisas que Jesus fez ao Sábado e formulámos a nossa abordagem à guarda do Sábado a partir daquilo que
devíamos fazer em vez do que não devíamos fazer.
Calvin Miller disse: “O nosso foco precisa de ser ter fome daquilo que Deus quer em vez de meramente
tentar deixar o que Ele não quer.”
Como é que este princípio é verdade na tua vida, e em que aspetos da vida, para além do Sábado?
II. ENSINANDO A HISTÓRIA
Ponte para a História
Partilhe o seguinte com palavras suas:
Este princípio funciona em muitas áreas da vida: procurar um emprego, encontrar um cônjuge, escolher
um par de sapatos. Mantém os olhos naquilo que deves fazer em vez de no que não deves fazer. Ao
estudares a história desta semana, vais notar três perspetivas da história de três autores diferentes dos
Evangelhos. Nota como são diferentes, mas observa a mensagem central da história enquanto as perguntas te orientam ao longo da passagem.
A Partir da História para Moderadores
Depois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desenvolver com eles.
· Compara as três perspetivas do mesmo evento e vê as diferenças e as semelhanças das histórias.
· Que palavras e frases usam Marcos e Lucas que Mateus não usa?
· Que palavras e frases usa Lucas que Marcos e Mateus não usam?
· Que palavras e frases só Marcos usa?
· Quando Jesus convida o homem com a mão mirrada a “levantar-se e ir para o meio”, qual achas que era
o Seu estado de ânimo? Porque o fez?
· Que critério usa Jesus para a guarda do Sábado? Como é que a pergunta de Jesus: “É lícito nos Sábados
fazer bem, ou fazer mal? Salvar a vida, ou matar?” (lê Lucas 6:9) muda a forma como vês o Sábado?
· Pondera na pergunta de Jesus: “Qual de entre vós será o homem que, tendo uma ovelha, se num Sábado
ela cair numa cova, não lançará mão dela, e a levantará? Pois quanto mais vale um homem do que uma
ovelha?” (Mateus 12:11 e 12.) Qual é o ponto central desta troca?
· Como descreverias tu a reação dos líderes judeus àquilo que Cristo fez na sinagoga?
· De acordo com esta história, qual dirias que é o objetivo principal do Sábado?
48
Mais Perguntas para os Moderadores:
3 Que outras experiências da fé cristã parecem um pouco vazias porque tendemos a não ver o verdadeiro
propósito da sua existência? (Cerimónia da comunhão/lava-pés. Devolver o dízimo e dar ofertas. Memorizar
as Escrituras. Ajoelhar para orar.)
3 Como vê a maneira de Jesus guardar o Sábado a alcançar pessoas que não conhecem Deus ou não têm
contacto com uma comunhão de fé? (Fazer o bem e salvar vidas são, realmente, o derradeiro testemunho ao
mundo. Estar certo e ter respostas não vai, necessariamente, impelir as pessoas a seguir Cristo.)
Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje:
Lucas 4; Génesis 2:1-3; Isaías 66; Lucas 13; Marcos 2; Atos 13; 16; 20.
Partilhando o Contexto e o Pano de Fundo
Use a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.
Para sermos justos para com os líderes religiosos, eram eles que estavam a tentar preservar a fé hebraica
durante tempos de falência moral, ética e intelectual. Os Fariseus e os escribas eram pessoas apaixonadas,
mas o que aconteceu é que se foram tornando mais devotados à Lei do que ao maior cenário da vontade
de Deus. Para preservar a rica beleza da Lei de Deus e da história do povo de Deus, fizeram regras e regulamentos, tentando abarcar todos os cenários possíveis que fizessem tropeçar um crente na sua caminhada
com Deus. Este comportamento, contudo, tornou-se num catálogo deformado de regras incrivelmente
monótonas – especialmente no que se refere à guarda do Sábado.
William Barclay comenta: “O mandamento diz que não deve haver trabalho ao Sábado. O escriba pergunta
imediatamente: ‘O que é trabalho?’ Então, o trabalho é definido sob trinta e nove títulos que são chamados
‘pais do trabalho’. Uma das coisas que é proibido é levar um peso. Imediatamente, o escriba pergunta: ‘O
que é um peso?’ Assim, no Mishnah há definição após definição do que constitui um peso – leite suficiente
para um trago, mel suficiente para pôr numa ferida, óleo suficiente para ungir o membro mais pequeno
(que é depois definido como o dedo mindinho do pé de uma criança de um dia), água suficiente para
retirar de um cisco dum olho, cabedal suficiente para fazer um amuleto, tinta suficiente para escrever duas
letras do alfabeto, areia suficiente para cobrir uma colher de pedreiro, junco suficiente para fazer uma
caneta, um seixo suficientemente grande para atirar a um pássaro, qualquer coisa que pese mais do que
dois figos secos” (William Barclay, The Mind of Christ, pp. 152 e 153).
Estas regras eram feitas para que as pessoas não tivessem de pensar no assunto. Mas a última coisa que Deus
queria era que nós não pensássemos n’Ele. Podia cuspir-se numa rocha, mas não no chão, porque juntar
humidade à terra faria parte do processo de tornar a terra mais propícia a deixar algo crescer – agricultura.
Quando Jesus cura um homem no Sábado, a única coisa que os líderes veem é uma regra a ser quebrada.
William Barclay comenta:
“Só podia ser dada atenção médica, se a vida estivesse em perigo. … Não se podia tratar uma fratura. Não
se podia deitar água fria sobre uma mão ou um pé torcidos. Um corte num dedo podia ser ligado com
uma ligadura simples, mas não com um unguento. Isso quer dizer, quando muito, podia evitar-se que um
ferimento ficasse pior; mas não se podia curá-lo” (William Barclay, The Gospel of Mark, p. 67).
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Sugestões para um Ensino de Excelência
Comparação e Contraste
A maneira como descrevemos a relação entre duas coisas ou ideias é
comparando e contrastando e demonstrando a causa e o efeito. Na
lição desta semana, pedimos aos alunos que comparassem três perspetivas diferentes da história para nos apercebermos de como vemos as
coisas de modo diferente. Uma maneira de o demonstrar visualmente
é usando um diagrama Venn. Desenhe dois círculos grandes um ao pé
do outro, mas cruzando-se no meio, deixando três espaços (à esquerda
do primeiro círculo, à direita do segundo círculo, e a meio, onde os dois
círculos se cruzam). Convide os alunos a compararem as histórias do
Evangelho, anotando os detalhes que são únicos, no lado de fora dos
círculos, e o que é comum dentro, onde os círculos se cruzam. O que é
que isso faz? Esta atividade fortalece a sua capacidade de ver detalhes,
bem como o cenário geral.
Ensinando…
Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.
3 Perspetiva!
Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.
3 Holofote
Leia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do
comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual
é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.
3 Frases-chave
Chame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta
semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais diretamente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.
Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem
o que é mais importante para eles.
III. FECHANDO
Atividade
Feche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.
Divida a classe em grupos de dois ou três e peça-lhes para responderem às seguintes perguntas:
Aos pares, façam uma lista de cinco coisas que pensam que podem ser feitas ao Sábado e que não fariam
normalmente. Peça aos alunos que partilhem as suas listas à volta da sala e que ouçam as respostas dos
outros. Depois pergunte: “Se tivesses de te concentrar nessas cinco coisas no próximo Sábado, ficarias
enfadado? Continuarias a ser tentado por algumas coisas que não fossem as melhores para fazer ao
Sábado? As tuas atividades seriam um testemunho positivo para os outros?”
Resumo
Partilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:
É apenas humano pegar numa bela experiência e repeti-la negligentemente até perder o seu significado. Isso acontece em tantas áreas da vida. Se não pensarmos porque nos foi dado o Sábado, e em qual
50
é o maior desejo de Deus para nós, perdemo-nos no meio de todas as regras e nuances, ao ponto de o
nosso comportamento se tornar sem significado. Ao vermos os animais num jardim zoológico, notamos
que alguns se movem vagarosamente e repetem o seu comportamento na pequena área, apenas porque
isso foi o que sempre fizeram. Isso é triste; mas Deus quer que nós vivamos, que nos recordemos de que
fomos criados para um propósito mais elevado do que andar por aí. Deus quer que façamos o bem e participemos na causa de salvar vidas para a eternidade, porque esse é o nosso derradeiro propósito como
seres criados – tornarmo-nos como o nosso Criador. Nunca experimentaremos isso, se nos esquecermos
de Quem é Deus, e lembrar-nos-emos, se participarmos no Seu trabalho no Sábado. O Seu trabalho? Isso
mesmo. O trabalho de Deus é servir, salvar, viver ao máximo e abundantemente para os outros.
Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série
O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulo 29, ed. P. SerVir.
51
CORNERSTONE CONNECTIONS
LIÇÃO 11
O Chamado de Jesus
História das Escrituras: Marcos 3:13-19; Lucas 6:12-16; Mateus 5-7 (ARC).
Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulos 30 e 31, ed. P. SerVir.
Texto-chave: Lucas 6:12 e 13 (ARC).
PREPARANDO-SE PARA ENSINAR
I – SINOPSE
A lição desta semana foca-se no chamado dos 12 discípulos e no Sermão da Montanha que se segue a este
chamado. Cinco discípulos estiveram com Jesus desde o início do Seu ministério, mas é bom ensinar que
Jesus fez o Seu ministério durante mais de um ano antes de escolher o resto do grupo. Jesus viveu uma vida
de discipulado para com o Seu Pai antes de pedir a alguém que O seguisse. Será isso uma lição para nós?
Embora Jesus fosse Deus em forma humana, Ele não dependia da Sua divindade para determinar quem
deveria escolher para ser Seu discípulo. Em vez disso, Ele passou a noite em oração, após o que escolheu
os Doze. Jesus estava prestes a lançar um movimento que iria mudar o mundo, por isso Ele queria certificar-Se de que tinha as pessoas certas. Esta é uma das partes importantes da história para ser acentuada.
Deus está à espera, ouvindo, e preparado para nos dar orientação – não interessando quão grande ou
pequena seja a decisão a tomar.
Depois do Seu chamado aos Doze, Jesus passou a explicar os princípios do Reino dos Céus pelos quais
deviam viver. A multidão que ouviu a Sua mensagem era formada, maioritariamente, por pessoas oprimidas e esquecidas – pessoas à margem da sociedade. A mensagem de Jesus era para elas. Esta semana,
faça questão de dizer que o nosso chamado ao discipulado é sempre seguido de um chamado para que
vivamos esse discipulado ao serviço da Humanidade. Como se faz isso? Seguindo os princípios delineados no Sermão da Montanha. Fazemos todos parte integral da família de Deus, mas o nosso estatuto de
membros da família de Deus é determinado pelo amor que mostramos uns aos outros.
II. ALVO
Os alunos irão:
3 Descobrir que Deus chama todos a segui-l’O, e alguns para um ministério especial. (Saber)
3 Procurar oportunidades para servir membros perdidos da família de Deus. (Sentir)
3 Aceitar viver vidas apaixonadas de discipulado. (Responder)
III. EXPLORAR
3 Reino de Deus
3 Conhecer Deus
3 Abnegação
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ENSINANDO
I. A COMEÇAR
Atividade
Dirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.
O objetivo desta atividade é comparar o lançamento de um novo produto com a forma como Jesus lançou
o Seu novo produto: o Reino de Deus e a sua justiça.
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Dê aos alunos uma oportunidade para partilharem os pontos altos das suas campanhas de mercado.
Depois peça-lhes que considerem a maneira como Jesus lançou a Sua campanha. Primeiro, Ele “viveu” o
produto – na verdade, tão bem que multidões O seguiram por aquilo que Ele tinha. Segundo, escolheu
pessoas que tinha treinado pessoalmente, para O ajudarem a “promover o produto e pô-lo no mercado” .
Finalmente, Ele passou a explicar os princípios pelos quais Ele queria que o Seu povo vivesse. Se eles iam
representar o Seu produto, Ele queria que a vida deles estivesse de acordo com a sua profissão.
Ilustração
Partilhe esta ilustração com palavras suas:
Em determinada altura, o Pastor Jimmy Chapman, de Washington, Georgia, relatou a interessante história
por detrás do chamado de um dos gigantes Cristãos da História.
“Em Yorkshire, Inglaterra, durante os primeiros anos de 1800, nasceram dois filhos a uma família chamada
Taylor. O mais velho fez nome ao entrar no Parlamento e ganhar prestígio público. Mas o mais novo escolheu dar a sua vida a Cristo. Mais tarde, recordaria: ‘Lembro-me bem de, em consagração sem reservas,
pôr o meu eu, a minha vida, os meus amigos, tudo sobre o altar. Senti que estava na presença de Deus,
entrando numa aliança com o Todo-Poderoso.’
“Com esse compromisso, Hudson Taylor voltou o seu rosto para a China e o desconhecido. Como resultado, é conhecido e honrado em cada Continente como um fiel missionário e fundador da Missão da China
Interior (agora conhecida como Overseas Missionary Fellowship). Para o outro filho, no entanto, não há
nenhum monumento que perdure. Quando se procura na Enciclopédia, para ver o que o outro filho fez,
encontram-se estas palavras: ‘O irmão de Hudson Taylor.’ ‘… aquele que faz a vontade de Deus permanece
para sempre’ (I João 2:17).”
II. ENSINANDO A HISTÓRIA
Ponte para a História
Partilhe o seguinte com palavras suas:
A partir do momento em que Deus andou pelo Jardim do Éden, na frescura do dia, à procura de Adão e
Eva, até ao dia de hoje, Deus tem estado a chamar os seres humanos caídos. O facto de Ele Se preocupar
connosco devia fazer-nos pensar.
Para dizer a verdade, Deus não precisa de nós para fazer o Seu trabalho. Jesus precisava mesmo das dúvidas de Tomás e da verbosidade de Pedro? É provável que não, mas eles precisavam d’Ele. O chamado dos
12 discípulos foi outra forma de demonstrar que os seres humanos caídos podiam ser recuperados e podia
ser-lhes dado um novo propósito para a causa de Deus. É um privilégio ouvir e aceitar o chamado de Deus
para o discipulado.
A Partir da História para Moderadores
Depois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desenvolver com eles.
3 A maior parte dos alunos e, provavelmente, dos adultos, nunca leu todo o Sermão da Montanha. Tire
uns momentos para ler o Sermão da Montanha completo (Mateus 5-7). Peça aos alunos que partilhem
partes do sermão que nunca tinham lido antes, ou com as quais não estavam familiarizados.
3 Entre os tópicos focados por Jesus, encontram-se: paz, bondade, calúnia, o povo de Deus como sal
do mundo, onde começa o assassínio, onde começa o adultério, casamento e divórcio, fazer juramentos,
andar a segunda milha, amar os inimigos, fazer o bem, jejuar, preocuparmo-nos, julgar, procurar Deus, o
caminho para o Céu, e como construir uma vida – entre outros. Escolha alguns destes tópicos e peça aos
alunos que partilhem o que Jesus disse sobre eles.
3 Neste Sermão, na encosta da montanha, Jesus estava a dirigir-Se aos Seus discípulos de forma a que
a multidão que O seguia pudesse ouvir. Os Judeus já deviam conhecer os princípios enunciados por Jesus
aqui. Porque não conheciam? Tinham os líderes religiosos daquela altura alguma coisa a ver com a situação?
3 Muito do que Jesus delineou nos princípios subjacentes ao Reino dos Céus hoje é considerado radical.
Por exemplo, a maioria das pessoas não acredita que é possível amar um inimigo. Se alguém lhe bater
numa face, oferecia-lhe a outra? Jesus estava a pedir aos Judeus – que estavam irritados sob a ocupação
romana – para se tornarem capachos?
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3 Pergunte aos alunos como podem viver os princípios do Sermão da Montanha na sua vida quotidiana.
Pergunte: “Pode alguém que não tenha sido chamado por Deus viver para Deus?”
Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje:
I Samuel 3; Êxodo 20; Mateus 4:1.
Partilhando o Contexto e o Pano de Fundo
Use a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.
1. O Melhor? Os 12 discípulos escolhidos por Jesus não eram o melhor que a Humanidade tinha para oferecer, concluiriam muitas pessoas. A maioria era da classe trabalhadora pobre. Isso é demonstrado, até certo
ponto, pelo desdém com que os líderes judeus os olhavam. Basicamente, Jesus pegou no pior do lote humano e mostrou o que uma pequena exposição ao Sol da Justiça podia fazer por eles.
Pense nos resultados: “Três deles tornaram-se hábeis escritores. João era um profundo estudioso” (Comentário
Bíblico ASD, vol. 5, p. 594). Pedro tornou-se pregador. Por intermédio destes homens simples, Jesus construiu
as fundações para uma nova Igreja que permaneceria até à Sua volta. A pergunta que temos de fazer a nós
próprios é esta: Se Jesus podia fazer tanto com tão pouco, o que poderia Ele fazer connosco?
2. Algo Melhor. Jesus tinha como objetivo uma barreira cheia do Espírito para os excessos do Seu tempo.
Esta era a mensagem de João Batista, que preparou o caminho para Jesus, e no Sermão da Montanha o
incentivo da mensagem de Jesus é o mesmo. Aqui está o que Ellen White escreveu sobre a maneira como
Jesus proferiu a Sua mensagem:
“Cristo desapontou a esperança de grandeza mundana. No Sermão do Monte, procurou desfazer o trabalho que tinha sido feito pela falsa educação, e dar aos Seus ouvintes o conceito exato do Seu Reino, bem
como do Seu próprio caráter. Todavia, não atacou diretamente os erros do povo. Via as misérias do mundo
como consequência do pecado, mas não lhes apresentou um quadro vivo da sua desgraça. Ensinou-lhes
alguma coisa infinitamente melhor do que aquilo que tinham conhecido” (O Desejado de Todas as Nações,
p. 246, ed. P. SerVir).
3. Um Reino de Graça – Não de Força. No Sermão da Montanha, Cristo está a falar não só sobre o futuro
Reino de glória mas também sobre o Reino da graça que vive no coração dos Seus seguidores. Os Judeus
tinham uma conceção popular do Reino construído pela força, capaz de subjugar os odiados Romanos.
Em parábolas tais como a dos pesos, a da semente de mostarda, a do fermento e a da rede, Jesus procurou
dar-lhes exemplos de como viver o Reino da graça. “O Reino que Cristo veio estabelecer foi um que começa no coração dos homens, permeia a sua vida, e transborda para o coração e a vida de outros homens
com a dinâmica do poder constrangedor do amor” (Comentário Bíblico ASD, vol. 5, p. 325).
Sugestões para um Ensino de Excelência
Formando Equipas 101
Muitas vezes, os professores esforçam-se muito para conseguir que os alunos trabalhem juntos.
Dado o tema da lição desta semana, poderá ser interessante examinar o que Jesus fez para conseguir que os Seus discípulos trabalhassem juntos.
Os discípulos eram um grupo diverso. A sua missão sagrada fê-los trabalhar juntos? E o que
dizer do próprio Jesus? Juntaram-se todos por estarem na presença da magnificência? A resposta a ambas estas perguntas é não.
Os discípulos aprenderam como ser uma equipa ao observarem como Jesus tratava cada um
deles, e viram-se forçados a permanecer juntos quando Ele foi crucificado. Exemplo e sacrifício
– estas ainda são as duas melhores maneiras de ensinar os seguidores a trabalharem juntos.
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Ensinando…
Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.
3 Perspetiva!
Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.
3 Holofote
Leia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do
comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual
é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.
3 Frases-chave
Chame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta
semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais diretamente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.
Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem
o que é mais importante para eles.
III. FECHANDO
Atividade
Feche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.
Peça aos alunos que façam, em silêncio, uma oração de apenas uma frase em resposta ao Seu chamado.
Peça aos alunos que terminem a seguinte afirmação com a sua oração silenciosa a Deus.
“Pai, eu ouço-Te chamar-me. Pela Tua graça eu faço planos para...”
O objetivo desta oração é fazer com que os alunos saibam que Deus ainda está à procura de discípulos
para O ajudarem a construir o Seu Reino. Termine com uma oração de consagração e dedicação a Deus e
ao Seu serviço.
Resumo
Partilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:
Há mais de 2000 anos, na encosta de um monte, Jesus escolheu doze seres humanos para O ajudarem a
construir um Reino. Um Reino de graça, como mais tarde se veio a saber, foi inaugurado nesse dia, e, hoje,
nós somos os seus beneficiários.
O Sermão da Montanha que se seguiu à escolha dos Doze, delineou em tons claros a constituição do novo
Reino de Deus na Terra. O caminho que o mundo seguia foi mudado por Cristo – o Caminho. Este novo
Reino seria construído sobre o amor abnegado e a devoção a Deus e aos outros seres humanos. Na altura,
os discípulos não sabiam que acabavam de ser escolhidos para a maior missão alguma vez confiada aos
humanos, e essa missão transformou a vida deles.
Deus chama homens e mulheres para uma vida infinitamente mais significativa do que a que estavam a
viver. Ele dá a todos os que respondem ao chamado uma nova maneira de viver, uma nova maneira de
ser, no mundo.
Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a
Série O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulos 30 e
31, ed. P. SerVir.
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CORNERSTONE CONNECTIONS
LIÇÃO 12
Um Soldado Fiel e Cheio de Fé
História das Escrituras: Mateus 8:5-13; Lucas 7:1-17 (ARC).
Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulos 32 e 33, ed. P. SerVir.
Texto-chave: Mateus 8:10 (ARC).
PREPARANDO-SE PARA ENSINAR
I – SINOPSE
Jesus nunca perdia um momento em que pudesse ensinar. Estava sempre sensível às necessidades daqueles que iam a Si, e nunca perdia uma oportunidade para os ajudar a crescer. Na lição desta semana vemos
Jesus a alcançar pessoas necessitadas, e, no processo, a ensinar os Seus seguidores – e os Seus caluniadores – a como viver.
A história do centurião e do seu servo doente encontra-se no centro do estudo desta semana. Os líderes
judaicos tinham concluído que este comandante romano era merecedor da ajuda de Jesus, ao contrário
das pessoas comuns que Jesus ajudava dia-a-dia, porque ele lhes tinha construído a sinagoga. Jesus atrasou-Se na Sua viagem para a casa do centurião, mas depressa o centurião veio ao Seu encontro a meio
do caminho e expressou uma confiança no poder de Jesus que nenhum Judeu tinha exibido antes. Jesus
disse isso mesmo, acrescentando: “Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e sentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacob, no reino dos céus” (Mateus 8:11).
Há vários pontos para enfatizar aqui. A começar, a fé do centurião na autoridade de Jesus para falar simplesmente e curar o seu servo é o tipo de fé que o povo de Deus devia ter. Em resposta à fé do centurião,
Jesus deu uma importante sugestão sobre a composição do Reino dos Céus. Os que são crentes verão que
muitos outros do Oriente e do Ocidente virão para seguir Cristo. Ensine os alunos que a família de Deus
transcenderá todas as culturas e todos os credos.
Na história do endemoninhado levado a Jesus, voltamos a ver a atitude dos Fariseus ao acusarem Jesus
de ser um adorador do diabo. Aqui, uma vez mais, Jesus aproveitou a oportunidade para responder aos
Seus críticos com uma lógica que eles não podiam refutar. Em cada ato de misericórdia que Jesus fez, Ele
procurava oportunidades para tornar os do Seu povo melhores seguidores de Si mesmo.
II. ALVO
Os alunos irão:
3 Aprender que a verdadeira fé toma Deus à Sua Palavra e acredita que Ele pode fazer qualquer coisa.
(Saber)
3 Experimentar a bênção de fazer parte da família de Deus. (Sentir)
3 Colocar a sua confiança implícita em Deus ao procurarem ser usados por Ele para ajudar a salvar outros.
(Responder)
III. EXPLORAR
3 A Igreja como uma família (que cuida)
3 Autoridade/respeito
3 Unidade no corpo de Cristo*
Encontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em www.cornerstoneconnections.net.
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ENSINANDO
I. A COMEÇAR
Atividade
Dirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.
As respostas às afirmações de Verdadeiro ou Falso são como se segue: 1. Falso – o Congresso dos Estados
Unidos tem de aprovar as declarações de guerra. 2. Verdadeiro. 3. Falso – mesmo o Presidente ainda está
sujeito ao que resta das nossas leis de privacidade. 4. Falso – o Congresso pode anular os vetos presidenciais desde que tenham uma maioria de dois terços na Câmara dos Deputados, e um voto de bloqueio de
60% no Senado. 5. Falso – o Presidente tem de cumprir as leis do país tal como qualquer outro cidadão.
O objetivo deste exercício é fazer ver que tal como a Constituição dos Estados Unidos dá ao Presidente
certos poderes, Deus deu a Jesus o poder e a autoridade sobre todas as coisas na Terra e no Céu. O centurião reconheceu que o poder de Jesus não era deste mundo.
Ilustração
Partilhe esta ilustração com palavras suas:
Em abril de 1988, as notícias da noite tinham o relato de um fotógrafo que era paraquedista. Ele saltou de
um avião com numerosos outros paraquedistas e filmou o grupo à medida que caíam e abriam os seus
paraquedas. No filme mostrado no noticiário, quando o último paraquedista abriu o seu paraquedas, o
filme ficou frenético.
O repórter anunciou que o camaraman tinha morrido na queda porque tinha saltado do avião sem o seu
paraquedas. Só quando tentou puxar o cordão para abrir o paraquedas é que se deu conta de que estava
a cair sem o ter. Até àquela altura, o salto pareceu-lhe, provavelmente, excitante e divertido. Mas, tragicamente, tinha agido com uma pressa descuidada e uma insensatez mortal.
Nada o podia salvar pois a sua fé estava num paraquedas que nunca tinha sido posto. Fé seja no que for
para além de um Deus todo-suficiente pode ser assim tão espiritualmente trágica. Só com fé em Jesus
Cristo podemos dar um passo nas perigosas excitações da vida.
II. ENSINANDO A HISTÓRIA
Ponte para a História
Partilhe o seguinte com palavras suas:
A fé em Jesus é a chave para viver a vida cristã. Foi a fé no Seu Pai que permitiu que Jesus andasse a ajudar
as pessoas sem parecer preocupado sobre de onde Lhe viria a Sua próxima refeição ou onde encostaria
a Sua cabeça à noite.
Ocasionalmente, Jesus veria uma fé assim, como viu no centurião, e, onde a visse, ele fazia-a notar. Ao
explorarmos a história do centurião e do homem endemoninhado levado a Jesus, vemos a autoridade de
Jesus ao ir ao encontro das necessidades humanas, o cuidado com que no corpo de Cristo se deveriam
amar uns aos outros, e, infelizmente, algumas das atitudes a que teremos de renunciar se queremos ser
discípulos de Cristo.
A Partir da História para Moderadores
Depois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desenvolver com eles.
3 Tanto o episódio do centurião como a história do homem endemoninhado dão-nos uma visão do coração dos líderes judaicos. O que podemos aprender sobre os líderes e a forma como foram falar a Jesus
sobre o servo do centurião?
3 O que devemos perceber das afirmações dos Fariseus sobre Jesus depois de Ele ter expulsado o demónio do homem endemoninhado? Faça notar que Jesus não era universalmente amado. Frequentemente,
enfrentava fortes caluniadores, alguns dos quais O mataram.
3 Em cada episódio, as palavras de Jesus são cheias de poder. Depois de Ele falar, o servo do centurião
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ficou curado na hora. Quando comandou, os demónios deixaram o homem possuído, e não só isso, mas
o homem conseguia ver e falar novamente. O que nos diz isto sobre o poder das palavras de Jesus e da
Palavra de Deus – a Bíblia?
3 Os Fariseus eram crentes, no entanto, pareciam semear a separação entre o povo. O povo de Deus é
chamado para ser uma família, embora não concordemos uns com os outros? E se esses desacordos forem
teológicos? Ainda assim continuamos a ser uma família?
3 Vemos imagens de compaixão humana nestas duas histórias. O centurião preocupava-se com o seu
servo. Os amigos do endemoninhado preocupavam-se com ele. Como é que mostramos que nos preocupamos com pessoas que sofrem? Como podemos levá-las a Deus?
3 Faça notar que Jesus reconhecia as diferenças étnicas e sociais entre os diferentes grupos de pessoas,
mas nunca permitia que essas coisas O impedissem de ministrar às pessoas necessitadas.
Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje:
Mateus 12:1-8; Hebreus 11; Mateus 20:1-16; Salmo 33:8 e 9.
Partilhando o Contexto e o Pano de Fundo
Use a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.
1. Não é Merecedor. As sinagogas judaicas eram e são locais sagrados. No tempo de Jesus, um soldado
romano a ajudar a construir uma sinagoga judaica era um feito de peso. Primeiro, os Judeus não gostavam
dos seus invasores romanos. Ansiavam pelo dia em que os Romanos seriam vencidos, mas nem todos os
Romanos eram iguais. Talvez o centurião tenha decidido fazer um pouco de “relações comunitárias” ao
ajudar o povo a construir a sinagoga, mas, depois de estar terminada, não podia lá ir para adorar. Talvez
pudesse ficar de longe a ver as pessoas a reunirem-se ali, ansiando por ser incluído. Quem sabe?
Nos versículos 7-9, vemos algo da forma como este centurião via Jesus. Ele faz notar que não se acha merecedor de que Jesus entre em sua casa. A sua fé em Jesus é equiparada e ultrapassada pelo sentimento da
sua própria indignidade. Este centurião é uma pessoa intuitiva que sabe quem ele é e Quem Deus é. Por
vezes, há pessoas não crentes que têm um senso de humildade que muitos crentes não têm.
2. Cego pela Luz? Quando as bênçãos de Deus são tidas como certas, elas perdem-se para quem foi
abençoado. Pondere neste comentário de Ellen White sobre o conhecimento confiado aos Judeus durante
séculos:
“Os Judeus tinham sido instruídos desde a infância, quanto à obra do Messias. Conheciam as inspiradas
palavras dos patriarcas e profetas, bem como o ensino simbólico do serviço sacrifical. Mas tinham desprezado a luz; e agora não viam nada de desejável em Jesus. Mas o centurião, nascido no paganismo, educado
na idolatria de Roma imperial, instruído como soldado, aparentemente separado da vida espiritual pela
sua educação e ambiente, e ainda mais excluído pelo fanatismo dos Judeus, e pelo desprezo dos seus
compatriotas pelo povo de Israel – este homem distinguiu a verdade para a qual os filhos de Abraão eram
cegos” (O Desejado de Todas as Nações, p. 261, ed. P. SerVir).
3. Escolhendo o Engano. A vida que Jesus levava e as obras que Ele fazia espicaçavam os Fariseus.
Frequentemente, isso fazia-os atacá-l’O, mesmo quando os resultados do Seu ministério eram obviamente
ordenados por Deus. Isso aconteceu durante o episódio com o endemoninhado.
Jesus defendeu-Se das suas calúnias de que teria feito este milagre com a ajuda de Satanás. Ele também
disse: “Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfémia se perdoará aos homens; mas, a blasfémia contra
o Espírito Santo não será perdoada aos homens” (Mateus 12:31). O Espírito Santo tinha estado a trabalhar
com muitos dos Fariseus enquanto viam as ações de Jesus. Deus desejava salvá-los, mas com cada escolha
de atacar Jesus, de desdenhar das Suas ofertas de misericórdia, eles endureciam o seu coração.
Os líderes judeus sabiam que o poder de Jesus era divino, mas decidiram atribuí-lo a Satanás. Este é um
engano do mais elevado calibre, e a sua recusa de mudar condenou-os. Nunca devemos afastar a voz do
Espírito Santo quando nos é apresentada a verdade.
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Ensinando…
Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.
3 Perspetiva!
Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.
3 Holofote
Leia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do
comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual
é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.
3 Frases-chave
Chame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta
semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais diretamente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.
Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem
o que é mais importante para eles.
Sugestões para um Ensino de Excelência
Apoio dos Pais
Por esta altura já sabe que os ensinos espirituais que dá aos seus jovens
cada semana são essenciais ao seu crescimento em Cristo. Contudo, a
mais poderosa força que modela a caminhada dos adolescentes com
Deus é a que vem dos seus pais ou tutores. Uma vez por trimestre, reúna-se com os pais dos seus alunos. Partilhe com eles os pontos fortes ou
as preocupações que possa ter sobre os jovens.
Se agendar a reunião para o início do trimestre, dê-lhes uma vista geral
das lições do trimestre que começa. Os pais são poderosos aliados na
instrução espiritual que espera poder dar cada sábado. Eles devem
incentivar os seus adolescentes a completarem a secção de cada dia.
Precisamos da sua ajuda e do seu apoio.
III. FECHANDO
Atividade
Feche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.
Escolha dois cânticos cristãos para tocar para os seus alunos. Um deve centrar-se no poder de Deus e o
outro no amor e na compaixão de Deus. Dê aos alunos cartões e material de escrita.
Enquanto toca o primeiro cântico, peça aos alunos para escreverem sobre uma altura na sua vida em que
exerceram fé em Deus e O viram responder às suas orações. Quando o segundo cântico estiver a tocar,
peça-lhes que escrevam sobre uma altura em que ajudaram alguém que não era da sua família e da forma
como se sentiram ao ajudar essa pessoa.
Se tiver tempo, peça a um ou dois alunos que partilhem as suas experiências. Termine com uma oração de
gratidão a Deus por nos amar.
Resumo
Partilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:
“A oração é a chave na mão da fé para abrir o armazém do Céu, onde estão entesourados os ilimitados
recursos da Omnipotência”, escreveu Ellen G. White em O Caminho para a Esperança (p. 97, ed. P. SerVir). Esta
preciosa citação tem tido um significado muito profundo para ao longo dos anos, mas a ênfase é posta,
muitas vezes, no poder da oração. A oração é, na verdade, a chave, mas a fé é a mão que segura a chave.
Sem uma fé semelhante à do centurião não podemos agradar Deus, porque todos os que vão a Ele têm de
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acreditar que Ele existe e que recompensa todos os que O procuram diligentemente (ver Hebreus 11:6). A
lição desta semana recorda-nos de que temos um Deus que tem prazer em fazer face às nossas necessidades. Jesus passou mais tempo a cuidar dos necessitados do que a pregar as boas-novas da salvação. Ele
era uma viva salvação que não requeria de púlpito para salvar vidas. Isso também nos ensina que, como
família de Deus, devemos amar todas as pessoas e procurar levá-las a Jesus, o “Local” onde eles podem
encontrar a salvação e a cura.
Por fim, também obtemos deste estudo uma advertência contra a tendência humana de tomar as bênçãos de Deus como garantidas. Aos Judeus tinham sido dadas as sagradas verdades, mas como eles não
as viveram, perderam-nas.
* Crença Fundamental Nº 14.
Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a
Série O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulos 32 e
33, ed. P. SerVir.
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CORNERSTONE CONNECTIONS
LIÇÃO 13
“Costumava Ser e Já Foi”
História das Escrituras: Lucas 8:26-39 (ARC).
Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulos 34 e 35, ed. P. SerVir.
Texto-chave: Lucas 8:38 e 39 (ARC).
PREPARANDO-SE PARA ENSINAR
I – SINOPSE
A lição desta semana centra-se na cura do homem endemoninhado na região dos Gadarenos. É um evento
contado como história em que um homem era tão possuído pelo mal que teve de ser acorrentado numa
caverna ou num cemitério longe das pessoas. A história revela que milhares de demónios ocupavam a sua
mente e torturavam a sua alma ao ponto de ele tentar cortar-se com pedras. Quando conseguiu escapar
da caverna e correu em direção a Cristo, a cena deve ter sido aterradora, mas Cristo viu a pequenina parte
do seu coração que os demónios não tinham ocupado e encontrou ali uma fé do tamanho de um grão de
mostarda, que era suficiente para libertar esse homem do seu sofrimento. Por vezes, Cristo chama-nos a
exibir fé no Seu poder, mas há outras alturas em que a nossa melhor e única resposta é como a do homem
cujas palavras apenas derramavam ódio e desespero, e Cristo libertou-o. Talvez esta seja a mensagem que
os jovens necessitam de ouvir esta semana.
Outro ponto central é o que acontece depois da miraculosa restauração do endemoninhado. Ele torna-se num “já foi”. Onde o seu já foi se torna na chave do seu testemunho da misericórdia de Cristo.
Frequentemente, os jovens perguntam-se porque não experimentam poder e alegria na sua caminhada
com Deus. Eles acreditam em todas as coisas certas e convidaram Deus para a sua vida, mas, mesmo assim,
continuam a procurar sentir que o seu relacionamento com Deus é real. Cristo diz a este homem: “Vai e
diz a todos o que Deus fez por ti e como teve misericórdia de ti.” Desafie os jovens a pensarem sobre a sua
caminhada com Deus e a formarem o seu testemunho sobre o que Deus fez por eles. Enquanto o partilham, uma nova parte da sua experiência com Deus tomará vida.
II. ALVO
Os alunos irão:
3 Experimentar pessoalmente o poder e a misericórdia de Cristo. (Saber)
3 Ser incentivados a receber e partilhar a sua história. (Sentir)
3 Decidir contar a sua história a outra pessoa. (Responder)
III. EXPLORAR
3 Testemunhar
3 Possessão demoníaca
3 Graça
Encontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em www.cornerstoneconnections.net.
ENSINANDO
I. A COMEÇAR
Atividade
Dirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.
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Convide os alunos a partilharem as suas respostas à atividade da secção O Que Achas?. Tantas vezes os
jovens pensam que não têm um “testemunho” porque não tiveram uma conversão dramática como a do
homem endemoninhado na lição desta semana. Esta atividade foi composta para os fazer pensar na sua
jornada e reconhecer que há aspetos positivos e negativos nos extremos do gráfico.
Alguns dos aspetos positivos de ser criado como Cristão poderão ser: Ter uma rica porção de informação
pela qual muitos anseiam. A sua aparência é esperançosa e saudável. Não é tão levado por extremos. A
sua visão do amor de Deus é real. Alguns aspetos positivos daqueles que se convertem de uma vida de
pecado é que tendem a sentir um profundo ódio pela velha vida (pecado). São apaixonados e entusiasmados porque a vida cristã é nova e tão diferente. São confiantes e audazes porque experimentaram tanto
o inferno como o céu. Na realidade, não importa de onde se venha, mas sabe-se que se pertence a Cristo.
Ilustração
Partilhe esta ilustração com palavras suas:
O chiar dos pneus e o som cavo de metal contra metal ainda assombram os meus sentidos sempre que
passo pelo local. O meu plano de Ano Novo consistia numa pizza grande e numa noite solitária a esvaziar
caixas e a mover mobílias para a nossa nova casa enquanto a minha mulher e as crianças visitavam familiares a várias horas de distância. O acidente ocorreu quando um carro em sentido contrário virou para a
minha travessa e esmagou o meu carro económico de frente, atirando-me para uns arbustos de zimbro.
Imagine uma criança do infantário a colidir com um lutador de 100kg a correr a toda a velocidade. Esse
lutador era uma senhora de 89 anos, tentando fazer uma curva à esquerda na altura em que eu, inconvenientemente, impedia a sua tentativa com a frente do meu carro. A história torna-se ainda mais surreal
quando a pequena senhora idosa que tinha acabado de me atirar para fora da estrada com o seu Dodge
Dart de 1974 saiu imediatamente da cena, a pé, e se dirigiu ao Banco para fazer um depósito antes do
Ano Novo. Incrível! Depois de me esgueirar para fora dos destroços, as luzes dos veículos de emergência
apareceram e encontraram-me a mim, ao meu carro desfeito, e um Dodge clássico intocado pelo acidente.
O polícia perguntou-me: “Onde está o outro condutor?” Quando lhe disse: “Acho que ela foi ao Banco”, ele
quase que me fez o teste de sobriedade. Depois de sair do Banco, ela submeteu-se a um exaustivo exame
pelos paramédicos e pela polícia. As suas palavras quase me fizeram descontrolar. “Eu estava só a virar
para ir ao Banco e de repente este carro bateu contra mim.” Incrível! O agente voltou a einterrogar-me
porque, claramente, as minhas palavras nada significavam contra o terno comportamento de uma doce
senhora de 89 anos. Na altura em que comecei a explicar o que realmente tinha acontecido, um jovem
veio ter connosco do veículo de emergência e explicou ao polícia: “Eu vi o acidente...” O seu testemunho
salvou-me. Ele tinha visto o acidente e decidido voltar atrás e relatar o que sabia sobre o estranho evento.
II. ENSINANDO A HISTÓRIA
Ponte para a História
Partilhe o seguinte com palavras suas:
De acordo com a história acima, como é que definiria uma testemunha? É claro que há os que ouvem e
acreditam, mas só os que estão dispostos a testemunhar é que são, realmente, testemunhas. Quando é
que viu um cenário como o que é mencionado acima?
A história fantástica do homem que tinha sido possuído pelo demónio é um poderoso exemplo do poder de
Cristo para salvar qualquer pessoa e como a experiência de alguém com Cristo é poderosa. Leia a história,
responda às perguntas na lição desta semana, e pense no que o seu testemunho contado poderá parecer.
A Partir da História para Moderadores
Depois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desenvolver com eles.
· Ao leres esta história sublinha as palavras-chave ou frases que pensas que moldam o significado deste
evento.
· Lê o contexto deste evento (os eventos que levam à história) e descreve as atitudes e experiências de
Cristo e dos discípulos ao enfrentarem outro momento aterrador.
· Faz um círculo à volta das palavras e frases-chave que descrevem o endemoninhado antes e depois do
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seu encontro com Cristo. O que dizem estes detalhes sobre a natureza do Reino de Cristo e a natureza do
mundo de Satanás?
· Baseado naquilo que observas nesta história, como respondem os demónios à presença de Jesus? Como
pensas que os discípulos e outras testemunhas de eventos como este se relacionam com o poder de
Jesus?
· Como explicas a reação dos aldeãos a este evento? Como comparas a sua reação para com Jesus com
outras histórias em que as pessoas recebem Jesus com adoração? O que é que isto diz sobre o seu conhecimento prévio de Cristo?
· Porque pensas que o homem curado dos demónios queria tão desesperadamente ficar com Jesus e
entrar com Ele no barco? Como respondeu Jesus, e porque pensas que Jesus o incentivou a partilhar o
que tinha experimentado?
Perguntas Extra para Moderadores:
3 Pense nos sermões mais motivadores que já ouviu. Qual é, na sua opinião, a parte mais motivadora do
sermão? É provável que sejam os testemunhos pessoais que realmente nos prendem o coração – histórias
pessoais de como Deus teve impacto na vida dos pregadores. Porque será que quando as pessoas descrevem de onde vieram e como estão agora, nos inspiram tanto?
3 É provável que o endemoninhado quisesse ficar perto de Cristo porque tinha medo de que os demónios voltassem. Porque é que ao contar às pessoas o que Deus nos fez nos fortalecemos e defendemos
como aconteceu nesta história?
3 Quanto é que o “costumava ser endemoninhado” sabia sobre Jesus antes de ir a 10 cidades espalhar as
notícias? Quando é que deixou de dar o seu testemunho porque pensava que “não sabia o suficiente”?
Como é que esta história muda a forma como pensa sobre o que poderá ter para contribuir?
Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje:
Salmo 126:2 e 3; Daniel 4; Marcos 1:45; Atos 7:58-8:3; Atos 9; Marcos 9:14-29.
Partilhando o Contexto e o Pano de Fundo
Use a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.
A moldura desta história é crucial porque Jesus está a lidar com questões sobre a Sua autoridade bem
como com as conceções erradas sobre a natureza do Seu ministério entre os Seus discípulos. Devido ao
trabalho exaustivo que tinham feito e à crescente popularidade de Jesus, atravessaram o lago à procura
de um pouco de paz. Mas os discípulos aprendem uma valiosa lição sobre paz em Marcos 4:35-41. Os discípulos e Jesus são apanhados por uma tempestade tão severa que estes pescadores experientes temem
pela sua vida. Mas Cristo fala ao vento e às ondas e o mar acalma-se. Uma vez mais, Jesus fala com o Céu
e o alimento para milhares aparece. Ele fala com os elementos e eles obedecem. E, nesta história, Ele fala
com poder a milhares de demónios e eles correm e escondem-se. O contexto desta história está fixado no
meio de várias lições de vida sobre o poder e a autoridade de Cristo.
A possessão demoníaca tem um vasto leque de comportamentos, desde pessoas que estão, constantemente, com a mente perturbada (Marcos 5) até a pessoas que demonstram ocasionalmente um comportamento errático (Marcos 9). Uma legião de demónios, conforme é relatado nesta história, é o equivalente
a seis mil tropas romanas. Uma legião de soldados podia ter – e tinha – uma ação de terrível destruição
indiscriminada sobre cidades naquela região. Combine isso com a ideia dos Judeus de que os demónios
estavam por todo o lado e de que, se o olho humano os pudesse ver, o mundo gelaria de medo. Todavia,
a forma como Jesus expulsa os demónios revela o poder supremo do Filho de Deus, bem como a Sua
compaixão.
Uma das razões plausíveis por que o homem tentou entrar no barco com Jesus foi o seu receio de que
os demónios regressassem logo que Jesus partisse. Mas Cristo incentiva-o a contar a sua história na sua
terra. É dito que o homem que tinha sido possuído contou ao povo de Decápolis o que Cristo tinha feito
por si. Decápolis significa Dez Cidades. Estas cidades não eram cidades galileias comuns; eram habitadas
essencialmente por Gregos, mas o território era predominantemente sírio. Mas ficavam isoladas pelas
estradas, por isso não recebiam proteção romana como as outras cidades ao longo das principais estradas. Portanto, as dez cidades coligaram-se e formaram a sua própria proteção e mantiveram a sua cultura,
religião e influência gregas de uma forma única. É surpreendente como a história deste homem abriu
caminho para, mais tarde, o Evangelho se espalhar.
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Ensinando…
Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.
3 Perspetiva!
Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.
3 Holofote
Leia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do
comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual
é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.
3 Frases-chave
Chame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta
semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais diretamente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.
Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem
o que é mais importante para eles.
Sugestões para um Ensino de Excelência
Preparando-se para Crescer
Um dos traços-chave de bons professores é a preparação – preparar o seu coração e a sua mente para ensinar, mas também
preparar os alunos para ensinar e aprender. A par desta lição
sobre o endemoninhado, o professor poderá chamar ou convidar
três ou quatro alunos para examinar as diferentes histórias sobre
possessão demoníaca e apresentar um curto resumo dos eventos
e salientar as perspetivas que emergem. À medida que os alunos
fazem a apresentação e contribuem, confirme as suas perspetivas
e peça ao resto da classe que comente. Esta preparação é muito
simples e, no entanto, veja como cresce a dinâmica da sua classe!
III. FECHANDO
Atividade
Feche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.
No Novo Testamento, há muitas pessoas que receberam o poder curador de Jesus. Em grupos de dois ou
três, façam uma lista de três pessoas das quais gostariam de ouvir o testemunho. Convide os grupos a
partilharem quem escolheram como candidatos a serem entrevistados, porque escolheram essas pessoas,
e o que pensam que elas diriam. Peça aos alunos que relatem.
Se o seu grupo tiver facilidade em falar livre e honestamente uns com os outros, poderá perguntar se o
grupo está disposto a partilhar o seu testemunho durante as próximas semanas.
Resumo
Partilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:
O endemoninhado, embora estivesse a gritar e estivesse perturbado pelos demónios, foi a Cristo com
uma fé do tamanho de um grão de mostarda. Gosto muito da maneira como O Desejado de Todas as
Nações mostra o coração deste homem que anseia por liberdade mas nem consegue dizer as palavras
certas para pedir ajuda. Mas Jesus conhecia o seu coração e expulsou dele os espíritos maus, fazendo com
que ficasse no seu juízo perfeito. Quando vamos a Jesus, mesmo que a nossa vida não esteja inteiramente
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bem ou mesmo que estejamos terrivelmente confusos, Cristo vê-nos, ouve o nosso coração, e pode atrair-nos para junto de Si. Aquilo que Cristo faz por nós será real, mas o que o tornará duradouro é a partilha
do nosso testemunho com outra pessoa. Da mesma maneira que o endemoninhado semeou as sementes
por toda a Decápolis, as nossas histórias, mesmo que sejam simples, podem ajudar a crescer e a dar nova
vida de formas que nem sequer imaginamos.
Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a
Série O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulos 34 e
35, ed. P. SerVir.
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