Dr. Marco Demange Professor Doutor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Hipertireoidismo A doença decorre do excesso de hormônios (tiroxina -T4- e a triiodotironina -T3) produzidos pela tireoide. Esses hormônios são imprescindíveis para o metabolismo celular, funções cardíacas, gastrointestinais e neurológicas reprodutora e de crescimento celular. Os sintomas decorrem da hiperativação do metabolismo, o que gera tremores nas mãos, batimentos cardíacos acelerados (taquicardia), fadiga e cansaço fácil, perda de peso pela queima muscular, fome excessiva, diarreia ou aumento do número de evacuações, irritabilidade, agitação, ansiedade, insônia, olhos saltados (exoftalmia), irregularidade menstrual, bócio, suor excessivo e sensação de calor exagerado. As causas podem ser hereditária ou adquirida (bócio). A doença de graves é hereditária e se caracteriza pela produção de um anticorpo que estimula a produção hormonal. O bócio pode ter nódulos tireoideanos que produzem o hormônio tireoideano. Para diagnosticar o distúrbio, deve-se dosar os hormônios do sangue. O hormônio da hipófise que controla os hormônios tireoideanos estará baixo, enquanto T3 e T4 estarão elevados. O tratamento consiste em medicações que inibem a produção hormonal (metimazol e propiltiuracil), radioidoterapia (para destruir parte do tecido tireoideano) ou cirurgia para retirada da tireoide. Hipotireoidismo O hipotireoidismo decorre da baixa produção de hormônios pela glândula tireoide. A causa pode ser hereditária ( Tireoidite de Hashimoto) ou pela deficiência de iodo na dieta. Os sintomas decorrem do menor metabolismo e variam conforme o déficit. Nos quadros mais leves, o paciente pode ter poucos ou até nenhum sintoma, o que dificulta o diagnóstico. Se a disfunção é maior, os sintomas incluem cansaço, depressão, raciocínio lento, pele e cabelos ressecados, unhas quebradiças, prisão de ventre, fraqueza muscular, anemia, perda de apetite, aumento de peso (em torno de 3 a 5 Kg), intolerância ao frio, inchaço no rosto e nos membros inferiores, elevação do colesterol sanguíneo e, na mulher, irregularidades no ciclo menstrual e surgimento anormal de leite nas mamas. Nos recémnascidos o hipotiroidismo é mais grave, pois pode impedir o desenvolvimento do cérebro, além de provocar déficit de crescimento, deficiência mental irreversível e surdez, etc. O diagnóstico é feito dosagem sanguínea dos hormônios tireoideanos, que denota baixos níveis de T3 e T4. O hormônio da hipófise que controla os hormônios tireoideanos estará elevado. O tratamento é simples e requer a reposição hormonal (T4) de forma contínua. A Levotiroxina, hormônio de reposição, deve ser usada de preferência ao acordar, sempre no Unidade Einstein: End.1: Av. Albert Einstein, 627 - Bloco A1 - 3o andar - Morumbi - SP Hospital Israelita Albert Einstein - Unidade Morumbi, São Paulo - SP End.2: Rua Apiacás, 85 -3o andar - Perdizes, São Paulo - SP Hospital Israelita Albert Einstein - Unidade Perdizes Higianópolis - SP (011) 4117-7777 - (011) 999-74-6786 Unidade HCor: End.1: Av. Bernardino de Campos, 186 - 3 Andar Paraíso - São Paulo – SP End.2: Av. Cidade Jardim, 350 – 2º andar – Edifício Dacon – Jardim Paulistano - São Paulo – SP (011) 4117-7777 - (011) 999-74-6786 – (011) – 3053-6611 [email protected] · www.cirurgiadojoelho.com Dr. Marco Demange Professor Doutor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo mesmo horário e com água. O paciente deve permanecer em jejum por pelo menos 30 minutos. Dislipidemias Consistem no aumento de lipídeos no sangue, principalmente o triglicérides e o colesterol. O colesterol é essencial para o organismo, uma vez que compõe a membrana das células, é precursor de hormônios, vitamina D e ácidos biliares. O excesso de colesterol no sangue é um dos fatores de risco para aterosclerose. A maior parte do colesterol circulante no sangue provém do fígado, sendo somente 30% decorrente da dieta. As gorduras saturadas do alimento contribuem para elevar o colesterol ruim no sangue. A molécula chamada LDL transporta o colesterol do fígado para o sangue e tecidos, enquanto a HDL o devolve para o fígado, onde ele será eliminado do organismo. Quando há excesso de LDL, há lesão dos vasos e deposição de gordura (placas de ateroma). O triglicéride também é uma gordura do sangue, cujo aumento está relacionado ao infarto agudo do miocárdio, derrame e pancreatite. Quanto mais alto os níveis de triglicérides, maior a quantidade de LDL pequeno, o qual penetra mais fácil na parede das artérias oxidando-a e provocando a placa de ateroma. As deslipidemias podem ter fator hereditário ou decorrer da dieta inadequada e do sedentarismo. O tratamento preventivo baseia-se na dieta equilibrada com muito antioxidante (vitamina E, C, betacarotenos e selênio). É essencial a prática de exercícios físicos, redução do peso e suspensão do fumo. Diabetes Mellitus Consiste na hiperglicemia (aumento dos níveis de glicose no sangue) decorrente da falta de produção ou da falta de ação (resistência) da insulina ( hormônio pancreático que permite a retirada da glicose do sangue para adentrar na célula). Existem dois tipos de diabetes: tipo 1 e tipo 2. O diabetes Tipo 1 (DM1) é uma doença auto-imune caracterizada pela destruição das células produtoras de insulina. O organismo não produz a insulina ou a produz em quantidades muito pequenas. É mais freqüente em pessoas com menos de 35 anos, mas pode surgir em qualquer idade. Os sintomas da hiperglicemia são: fome frequente, sede constante, vontade de urinar com frequência, perda de peso, fraqueza, fadiga, nervosismo, alteração de humor, náusea e vômitos. O tratamento baseia-se na administração da insulina continuamente. É necessária a aplicação diária da insulina para controlar os níveis de glicose no sangue. As altas taxas de Unidade Einstein: End.1: Av. Albert Einstein, 627 - Bloco A1 - 3o andar - Morumbi - SP Hospital Israelita Albert Einstein - Unidade Morumbi, São Paulo - SP End.2: Rua Apiacás, 85 -3o andar - Perdizes, São Paulo - SP Hospital Israelita Albert Einstein - Unidade Perdizes Higianópolis - SP (011) 4117-7777 - (011) 999-74-6786 Unidade HCor: End.1: Av. Bernardino de Campos, 186 - 3 Andar Paraíso - São Paulo – SP End.2: Av. Cidade Jardim, 350 – 2º andar – Edifício Dacon – Jardim Paulistano - São Paulo – SP (011) 4117-7777 - (011) 999-74-6786 – (011) – 3053-6611 [email protected] · www.cirurgiadojoelho.com Dr. Marco Demange Professor Doutor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração. A diabetes tipo 2 decorre da ineficácia na ação da insulina (resistência insulíncia), apesar de sua produção estar adequada. Isso pode ocorrer por falta de receptores para o hormônio, por exemplo. (resistência). A DM tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo, principalmente após os 40 anos. O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Porém, muitas vezes são necessários medicamentos orais hipoglicemiantes. Como muitos dos diabéticos tipo 2 podem evoluir para o tipo 1, pode ser necessária insulina no tratamento. Os sintomas são: infecções frequentes, visão embaçada, dificuldade na cicatrização de feridas, formigamento nos pés e furunculose. Na gestação pode ocorrer alterações nos níveis de glicose sanguíneo, caracterizando a diabetes gestacional. Ela pode persistir ou desaparecer depois do parto. As complicações da diabetes decorrem de problemas com a irrigação sanguínea aos tecidos e o alto nível glicêmico. Isso gera glaucoma, catarata, insuficiência renal crônica, redução da sensibilidade das mãos e pés (neuropatia diabética), aterosclerose (acúmulo de placas de gordura nos vasos), infarto agudo do miocárdio, isquemia nos pés com necrose (falta de irrigação e morte tecidual). Síndrome dos ovários policísticos Caracteriza-se pela presença de cistos no ovários e distúrbios hormonais nas mulheres em idade reprodutiva. A menstruação é irregular (intervalos de 35 dias e menos de 8 ciclos por ano) ou até mesmo ausente por 4 meses ou mais (amenorreia). Os dias de menstruação são numerosos e de fluxo intenso. . Pode ocorrer aumento dos níveis de hormônios masculinos na mulher, o que gera excesso de pelos, bem como acne severa e calvície no padrão masculino. Não se sabe a causa da síndrome. O diagnóstico precoce diminui os riscos de diabetes mellitus tipo 2 e doenças cardíacas. Nota-se a presença de cistos no ovário ao ultrassom. Alguns fatores de risco para o aparecimento da síndrome são: excesso de insulina, resistência a insulina, histórico familiar, baixo peso ao nascer, aparecimento dos pelos pubianos precocemente, no início da puberdade). O Tratamento é feito com anticoncepcionais para regular o ciclo menstrual. Em alguns pacientes pode ser necessário reduzir os níveis de insulina (com uso de metformina) e reduzir andrógenos (hormônios masculinos). Em alguns casos é necessário o estímulo da Unidade Einstein: End.1: Av. Albert Einstein, 627 - Bloco A1 - 3o andar - Morumbi - SP Hospital Israelita Albert Einstein - Unidade Morumbi, São Paulo - SP End.2: Rua Apiacás, 85 -3o andar - Perdizes, São Paulo - SP Hospital Israelita Albert Einstein - Unidade Perdizes Higianópolis - SP (011) 4117-7777 - (011) 999-74-6786 Unidade HCor: End.1: Av. Bernardino de Campos, 186 - 3 Andar Paraíso - São Paulo – SP End.2: Av. Cidade Jardim, 350 – 2º andar – Edifício Dacon – Jardim Paulistano - São Paulo – SP (011) 4117-7777 - (011) 999-74-6786 – (011) – 3053-6611 [email protected] · www.cirurgiadojoelho.com Dr. Marco Demange Professor Doutor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo ovulação (com clomifeno). É importante realizar uma dieta balanceada, atividades físicas e controlar o peso. Hiperadrenocorticismo (síndome de Cushing) Consiste em alterações provocadas pela exposição prolongada ao hormônio cortisol. Esse aumento pode ocorrer pela administração externa de cortisol (medicações para asma , doenças inflamatórias, artrite reumatoide, lúpus, etc) ou interna por disfunção glandular. A glândula hipófise produz um hormônio (ACTH) que estimula as glândulas adrenais a produzirem o cortisol. A disfunção glandular pode ocorrer por um tumor benigno (adenoma) na hipófise, que leva a elevada produção de ACTH, hiperestimulando a produção de cortisol pelas adrenais. Tumores nas adrenais são mais raros, mas também podem ocorrer. O aumento do cortisol leva a hiperglicemia, hipertensão, deposição de gordura na face e tronco, perda muscular principalmente nos braços e pernas, pele fina, irritabilidade, cansaço, insônia, aumento do apetite, aumento do volume urinário, sede, hirsutismo (nascem pêlos). O diagnóstico é feito através da sintomatologia associada a dosagem hormonal (cortisol basal e após aplicação de dexametasona) e tomografia/ressonância magnética). O tratamento dependerá da causa do hiperadrenocorticismo, se for medicamentosa, deve-se retirar gradativamente o fármaco que provocou o aumento do cortisol, caso seja pelo tumor na hipófise ou na adrenal, o tratamento é cirúrgico, associado ou não a medicações. Hipoadrenocorticismo (síndrome de Addison) Consiste em alterações provocadas pela deficiência o hormônio cortisol, hormônio produzido pelas adrenais. A deficiência pode ser primária, pela destruição auto-imune da adrenal ou secundária, pela destruição da adrenal por doenças (infecção viral, tuberculose, doença fúngica, auto-imune, trombose, tumor), hipoplasia da adrenal (doença congênita em que a adrenal é hipoplásica), alteração na síntese do hormônio ( medicamentos podem interferir, como: cetoconazol, mitotano, rifampicina, fenitoína, barbituratos). Os sintomas são: cansaço, fraqueza, perda de peso, anorexia, cólicas abdominais, náuseas, vômitos, diarreia e hipoglicemia em jejum. Pode ocorrer pressão baixa (hipotensão), diminuição da libido, amenorreia (ausência de menstruação), hiperpigmentação na pele e diminuição dos pelos pubianos e axilares. O diagnóstico depende da avaliação dos sintomas, exame físico, exames de sangue, testes hormonais, tomografia e ressonância magnética. O tratamento consiste na reposição Unidade Einstein: End.1: Av. Albert Einstein, 627 - Bloco A1 - 3o andar - Morumbi - SP Hospital Israelita Albert Einstein - Unidade Morumbi, São Paulo - SP End.2: Rua Apiacás, 85 -3o andar - Perdizes, São Paulo - SP Hospital Israelita Albert Einstein - Unidade Perdizes Higianópolis - SP (011) 4117-7777 - (011) 999-74-6786 Unidade HCor: End.1: Av. Bernardino de Campos, 186 - 3 Andar Paraíso - São Paulo – SP End.2: Av. Cidade Jardim, 350 – 2º andar – Edifício Dacon – Jardim Paulistano - São Paulo – SP (011) 4117-7777 - (011) 999-74-6786 – (011) – 3053-6611 [email protected] · www.cirurgiadojoelho.com Dr. Marco Demange Professor Doutor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo do cortisol (prednisona ou prednisolona ou dexametasona). Em alguns caosos pode ser necessária a reposição de hormônios sexuais, uma vez que o precursor deles é o cortisol. Unidade Einstein: End.1: Av. Albert Einstein, 627 - Bloco A1 - 3o andar - Morumbi - SP Hospital Israelita Albert Einstein - Unidade Morumbi, São Paulo - SP End.2: Rua Apiacás, 85 -3o andar - Perdizes, São Paulo - SP Hospital Israelita Albert Einstein - Unidade Perdizes Higianópolis - SP (011) 4117-7777 - (011) 999-74-6786 Unidade HCor: End.1: Av. Bernardino de Campos, 186 - 3 Andar Paraíso - São Paulo – SP End.2: Av. 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