TÍTULO: RECONSTRUÇÃO E COMPARAÇÃO DE VOLUMES 3D DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DO ENCÉFALO DE INDIVÍDUOS ATIVOS E SEDENTÁRIOS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: FACULDADE ANHANGUERA DE GUARULHOS AUTOR(ES): GLEICE MAGALHÃES SILVA ORIENTADOR(ES): DRA. ANA TEREZA DI LOURENZO ALHO COLABORADOR(ES): EDSON AMARO JUNIOR, GLAUCIA BENTO DOS SANTOS, HELMUNT HEINSEN, RAFAEL EMÍDIO DA SILVA, RICARDO CAIRES NEVES, WESLEY DE PAULO SILVERIO 1. RESUMO A prática de atividades físicas de forma assídua pode reduzir o progresso de doenças associadas ao envelhecimento, pois auxiliam no controle da postura ortostática. Sabe-se que o tronco encefálico e a substância negra (SN), têm funções motoras e estão ligadas a algumas doenças neurodegenerativas (DNs) como a Doença de Parkinson (DP). O presente estudo tem como objetivo comparar o volume do encéfalo e do tronco encefálico de indivíduos ativos e sedentários,usando como método imagens de RM post mortem e reconstrução 3D. Resultados preliminares da amostra sugerem que indivíduos sedentários podem ter o volume encefálico reduzido em 12,22%. 2. INTRODUÇÃO O perfil etário da população Brasileira está em processo de 1 transformação . A expectativa média apresenta um aumento escalonado, resultado de fatores importantes na dinâmica populacional: redução na taxa de natalidade e mortalidade1. Por isso, o processo de envelhecimento e suas características vêm sendo discutidos, e as maneiras de melhorar o bem estar do indivíduo nesta fase da vida também2. Estudos vêm correlacionando o envelhecimento saudável com diversos fatores, sendo um deles a prática de atividades físicas2. O sistema nervoso central (SNC), é o responsável pelo processamento de informações que visam manter uma interação do indivíduo com o ambiente, portanto, é alvo de múltiplas pesquisas1,2.Alguns estudos indicam que a prática assídua de atividade física reduz o progresso de doenças associadas ao envelhecimento e auxiliam no controle da postura ortostática, manutenção da estrutura músculo-esquelética, redução de quedas e preservação das funções básicas2. Sabe-se que o tronco encefálico e a substância negra (SN), fazem parte do SNC, possui funções motoras e está ligado a neurodegenerativas (DNs) com a Doença de Parkinson (DP)3,4. 3. OBJETIVO algumas doenças Comparar volume do encéfalo e do tronco encefálico entre indivíduos ativos e sedentários, a partir de reconstruções tridimensionais obtidas por RM post mortem. 4. METODOLOGIA Presente trabalho é um estudo retrospectivo, que utiliza material coletado em colaboração entre diversos grupos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) é previamente assinado antes do início da aquisição de imagens5. Todos os sujeitos estudados foram oriundos do Serviço de Verificação de Óbitos da Capital (SVOC), submetidos a RM, aparelho de 3 Tesla, bobina de 32 canais (Intera, Achieva, Philips Healthcare, Holanda), sequências ponderadas em T1. As reconstruções volumétricas, foram realizadas pelos softwares Amira 4.1® (Mercury Computer Systems Inc., Chelmsford). Foram realizadas aferições volumétricas pelo método de Arquimedes, no momento da coleta do encéfalo, utilizando a balança digital de precisão, da marca Toledo do Brasil (Modelo 90940/3). Os encéfalos foram fixados por imersão em formaldeído 8%, armazenados por 120 dias em recipiente individual, devidamente fechado. Incluímos 50 indivíduos com idade igual ou superior a 50 anos, com causa do óbito de origem não neuropatológica, sem declínio cognitivo e escala de Parkinsonismo de Tanner inferior a 56,7. Separados, em dois grupos: Indivíduos ativos (grupo A) (n=25) (média de idade = 61 anos) e indivíduos sedentários (grupo B) (n=25) (média de idade = 67 anos). Intervalo de óbito de ambos os grupos, realização da RM e captação do órgão foi inferior 24 horas. 5. DESENVOLVIMENTO O estudo volumétrico por imagens de ressonância magnética (RM) tem ganhando relevância, pois possibilita a avaliação morfométrica de regiões encefálicas, tornando compreensíveis as modificações morfológicas e neuropatológicas, sendo possível avaliar alterações, como a atrofia cerebral, contribuindo com novas perspectivas de diagnóstico precoce8. 6. RESULTADOS PRELIMINARES A volumetria encefálica tridimensional reconstruída até o presente representa n=14. Os volumes observados no grupo A foram de 737.356± 1098.102mL e no grupo B 712.478±1095.811mL, uma diferença volumétrica de 12,22%. Resultados da amostra sugerem que indivíduos sedentários podem ter o volume encefálico reduzido. Acredita-se que o estudo volumétrico por RM, possibilite a avaliação de alterações patológicas, permitindo diagnóstico de algumas DNs que podem causar atrofia de determinadas regiões do encéfalo. Concluir a reconstrução volumétrica do objetivo proposto é necessário para confirmação dos resultados obtidos. 7. FONTES CONSULTADAS 1. Souza CFM, Almeida HCP, Sousa JB, Costa PH, Silveira YSS, Bezerra JCL. A Doença de Parkinson e o Processo de Envelhecimento Motor: Uma Revisão de Literatura. Revista Neurociência 2011;19(4):718-723. 2. Cristian Civinski c, André Montibeller A, Oliveira Braz ALO. The importance of physical exercise in the aging. Revista da Unifebe (Online) 2011; 9(jan/jun):163-175 3. Alho, A.T.D.L. (2011). Caracterização da substância negra humana durante o envelhecimento. In Programa de Fisiopatologia Experimental (São Paulo, Universidade de São Paulo). [Tese de Doutorado]. 4. Bruen, P. D. et al. Neuroanatomical correlates of neuropsychiatric symptoms in Alzheimer's disease. Brain, v. 131, n. Pt 9, p. 2455-63, Sep 2008. ISSN 1460-2156. Disponível em: < http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18669506 >. 5. Grinberg LT, Ferreti RE, Farfel JM, Leite R, Pasqualucci CA, Rosemberg S et al. Brain bank of the Brazilian aging brain study group – a milestone reached and more than 1,600 collected brains. Cell Tissue Bank 2007; 8(2):151-162. 6. Morris JC. The Clinical Dementia Rating (CDR): current version and scoring rules. Neurology 1993; 43(11):2412-2414. 7. Tanner C, Gilley D. Goetz C. A brief screening questionnaire for Parkinsonism. Ann Neurol. 1990;28:267-268. 8. Ferreti REL, Jacob-filho W. Fatores associados às alterações morfométricas crânio-encefálicas durante o envelhecimento. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 2008.