Zen budista treinado no Japão passa ensinamentos em mosteiro no

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G1 - Portal de Notícias da Globo - SP
23/12/2013 - 06:51
Zen budista treinado no Japão passa ensinamentos em
mosteiro no ES
'O cerne do ensinamento do Buda é entender', afirma o abade Daiju Bitti. Programa
de educação ambiental já atendeu mais de 300 mil alunos.
Da Redação
Construído no Morro da Vargem, à beira da BR-101 Norte, em Ubiraçu, no Espírito Santo, o
mosteiro zen combina a Mata Atlântica local com a arquitetura japonesa. A obra foi discutida
com muitos arquitetos e se optou pela madeira como matéria básica e amplas vidraças,
estabelecendo um contato visual com a mata.
O zen é um dos ramos mais originais do budismo, mas praticamente desconhecido no Brasil.
Há 40 anos, um monge treinado no Japão resolveu criar o mosteiro no Espírito Santo, que
recebe centenas de visitantes aos domingos. “Primeiro, o zen ficou restrito à colônia japonesa.
Na década de 60, início dos anos 70, os brasileiros começaram a romper essa barreira”, diz o
abade do mosteiro, o monge Daiju Bitti. Ele conta que o lugar foi escolhido por estar bem
centrado na América do Sul.
O zen foi divulgado no Ocidente pelo tradutor D. T. Suzuki e impressionou gente como o músico
vanguardista John Cage. Outro artista influenciado foi o fotógrafo Henri Cartier-Bresson, para
quem o livro ‘A arte cavalheiresca do arqueiro zen’, de Eugen Herrigel, foi importante. O tema
principal da obra é o alerta total em relação ao mundo. “O cerne do ensinamento do Buda é
entender”, diz Bitti.
No início, o mosteiro Morro da Vargem lutou com problemas de adaptação, má vontade dos
políticos e até o projeto de construção de um motel nas imediações de sua entrada. Hoje, tudo
parece resolvido e os visitantes chegam em massa, sobretudo no domingo, talvez influenciados
pela presença de monges budistas na novela ‘Joia Rara’.
Você tem que ser um tanto irmão, um tanto amigo e um tanto mestre"
Daiju Bitti, abade do mosteiro Morro da Vargem
O abade conta que os grandes exemplos dos mestres zen são sempre lembrados. “Você tem
que ser um tanto irmão, um tanto amigo e um tanto mestre. Para nós, pioneiros, é muito difícil a
balança estar equilibrada. E para o discípulo também não é fácil”, destaca o monge.
O programa de educação ambiental do mosteiro já atendeu mais de 300 mil alunos, incluindo
crianças, policiais militares e professores, mas nunca converteu ninguém. “Nosso trabalho não
é o crescimento do budismo, é o crescimento do ser humano”, explica Daiju Bitti, ressaltando
que a intolerância religiosa é um motivo de preocupação.
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