20% dos pacientes submetidos à Cirurgia bariátrica podem voltar a

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20% dos pacientes submetidos à Cirurgia bariátrica
podem voltar a ganhar peso
Por Dr.Marchesini | Publicado dia 18/07/2014 às 04h48
Mais de 500 mil cirurgias bariátricas, de redução de gordura, são realizadas todos os anos no mundo. No Brasil
foram 80 mil cirurgias apenas em 2013. Estudos revelam que, deste total de pacientes, 20% voltam a ganhar
peso após a cirurgia e dois fatores têm contribuído para que isso aconteça: a dilatação do estômago operado e o
retorno da compulsão alimentar (ansiedade).
Isto significa que milhares de obesos operados voltam a engordar e a apresentar doenças associadas à obesidade,
como diabetes, hipertensão arterial, apneia do sono, sem falar na baixa autoestima e problemas psicológicos e
psiquiátricos relacionados.
“O aumento na ingestão de carboidratos (doces e massas) é muito comum neste grupo de pacientes e a
explicação para este comportamento é simples: o carboidrato estimula nosso cérebro a produzir substâncias que
nos dão bem estar”, afirma o cirurgião paranaense Caetano Marchesini, que é membro da Federação
Internacional de Cirurgia para Obesidade (IFSO).
Importância do acompanhamento – O reganho de peso acontece geralmente com pessoas que não seguem as
recomendações médicas, após serem submetidas ao by-pass gástrico ou cirurgia de Fobi-Capella – tipo de
cirurgia mais realizada no mundo. Neste processo cirúrgico o tamanho e o volume do estômago são reduzidos,
diminuindo o aporte calórico diário e resultando na perda de peso.
Caetano Marchesini conta que o reganho de peso acontece muitas vezes devido ao aumento da autoconfiança,
associada aos maus hábitos alimentares do paciente, como o consumo abusivo de doces e álcool, falta de
atividade física e até mesmo pela compulsão alimentar mal tratada. “Com isso ocorre a perda da sensação de
saciedade, o estômago operado aumenta seu volume e o paciente começa a ganhar peso novamente”, explica
Marchesini.
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Caetano
Marchesini é especialista em obesidade. Ele é precursor
no tratamento para pessoas que voltam a engordar após
Caetano Marchesini é especialista em obesidade. Ele é precursor no tratamento para pessoas que voltam a
engordar após a cirurgia bariátrica.
Outro fator que influencia nos resultados da cirurgia é o psicológico. O psiquiatra e pesquisador, Hélio Tonelli,
mestre em farmacologia e especialista em obesidade, recomenda a avaliação psiquiátrica para todos os pacientes
que desejam fazer a redução de estômago. O objetivo da consulta é detectar qualquer distúrbio que possa
prejudicar a boa evolução do paciente no período pré-operatório e pós-operatório.
“O paciente passará por uma mudança importante na sua maneira de viver e o acompanhamento psiquiátrico
auxilia na sua motivação e engajamento neste processo de mudança”, informa Tonelli.
TRATAMENTO – E o que fazer para resolver este reganho de peso, que compromete a saúde e o bem-estar
das pessoas?
Já existe tratamento para pacientes que voltaram a ganhar peso após a cirurgia bariátrica. A nova modalidade de
procedimento endoscópico diminui o diâmetro da saída do estômago, tornando-o novamente apto à perda de
peso, com um controle e acompanhamento mais intensos. “Somos pioneiros no Brasil neste tratamento feito
com plasma de argônio”, conta Caetano Marchesini.
Trata-se de uma cauterização da costura entre o estômago reduzido e o intestino delgado, levando ao
estreitamento da região e dificultando o esvaziamento do estômago operado. Com isso, o paciente volta a
apresentar a saciedade alimentar com baixa ingestão de alimentos, já que o organismo volta a apresentar
restrição para a comida.
O método é indicado para pacientes que voltaram a ganhar peso, ou que interromperam a perda de peso ainda
apresentando índices de obesidade. O Plasma de Argônio começa a ser indicado, em média, com tempo mínimo
de 12 a 24 meses após a cirurgia inicial.
RESULTADOS - A técnica de enfermagem Angélica Oliveira, 40 anos, fez a cirurgia bariátrica aos 32 anos
com o doutor Caetano Marchesini. “Além de obesa, eu estava com vários problemas como, diabetes, pressão
alta e gordura no fígado”, lembra. Ela perdeu 50 quilos em sete meses, tornou-se uma pessoa saudável e então,
teve que mudar de cidade. Angélica não deu continuidade ao tratamento e voltou a ganhar 17 quilos.
Com isso, ela retornou à Curitiba, procurou o doutor Caetano Marchesini e conheceu a alternativa do plasma de
argônio. Em janeiro deste ano ela fez a última sessão do tratamento e perdeu 20 quilos.
“A pessoa tem que ter a consciência de que a cirurgia é apenas uma parte do tratamento e que o
acompanhamento multidisciplinar, a disciplina e a força de vontade do paciente são fatores fundamentais para
bons resultados”, reforça Angélica.
Angelica Oliveira fez o tratamento com o plasma de argônio e peassou de 136kg para 79kg e nunca mais engordou.
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Angelica Oliveira fez o tratamento com o plasma de argônio e peassou de 136kg para 79kg e nunca mais
engordou.
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