Peso molecular: 435,5 Fórmula molecular: C24H29N5O3 CAS: 137862-53-4 DCB: 09085 Ação Terapêutica: anti-hipertensivo. Nome químico: N-(1-oxopentyl)-N-[[2?(1H-t etrazol-5-yl)[1,1biphenyl]- 4yl]methyl]-L-valine. 1. Propriedades: é um derivado dos chamados antagonistas da angiotensina II como a losartana, que desenvolve um gradual, efetivo e prolongado efeito anti-hipertensivo sistodiastólico com uma dose diária única. É indicado para o tratamento da hipertensão arterial nos casos em que o paciente não é adequadamente controlado com um único agente anti-hipertensivo. É um antagonista competitivo da angiotensina II (AT II) que compete ao nível do subtipo de receptor AT 1 localizado preferencialmente nas células musculares lisas vasculares, rim, cérebro, pulmão, córtex supra-renal e hipófise. Sabe-se que, via receptor AT 1, a angiotensina II estimula a abertura dos canais de cálcio e bloqueia os canais de potássio. A valsartana, por seu efeito específico e seletivo, não afeta a freqüência cardíaca, a adaptação ortostática após as mudanças posturais passivas ou as conseqüências hemodinâmicas do estímulo simpático pós-exercício. Após sua administração por via oral tem uma absorção rápida e uma farmacocinética linear que não se altera com as dose repetidas. Sua biodisponibilidade é de aproximadamente 23%, circula no plasma unido em uma elevada proporção com as proteínas séricas (94%-97%). O início da atividade anti-hipertensiva ocorre dentro de 2 horas e a máxima normalização tensional ocorre entre 2 e 4 semanas. Após sua administração oral aproximadamente 30% da valsartana disponível a nível sistêmico são excretados pela urina e cerca de 70% pela bile, principalmente na forma de composto inalterado. Um metabólito menor (valeril-hidroxi-valsartana) foi detectado na urina e fezes, e sua potência é 200 vezes inferior à da valsartana na união do receptor AT 1. Como este antagonista da angiotensina II não sofre uma metabolização intensa nem afeta a atividade das enzimas metabólicas, não foram registradas interações com fármacos clinicamente relevantes (atenolol, digoxina, anlodipino, furosemida). 2. Indicações: Insuficiência cardíaca (classes II-IV), Hipertensão arterial leve a moderada de diferentes etiologias. Pós-infarto do miocárdio. -1- IT_Valsartan_21/01/10 3. Posologia: a dose média recomendada é de 80mg em uma tomada única diária. Os indivíduos que não respondem ou cuja pressão arterial não é adequadamente controlada podem ser medicados com 160mg diários, associando o fármaco a um diurético tiazídico. Não se requer ajuste posológico em pacientes com alterações da função renal ou em pacientes com insuficiência hepática sem colestase. Na insuficiência cardíaca: a dose é de 40mg 2 vezes ao dia. Em pacientes que requeiram doses maiores pode-se alcançar 80-160mg 2 vezes ao dia. Em pós-infarto do miocárdio (IAM): recomenda-se iniciar precocemente o tratamento (12 horas após do IAM) com 20mg 2 vezes ao dia, podendo chegar até 40mg 2 vezes ao dia. 4. Reações Adversas: foram descritos enjôos, náuseas, artralgias, fadiga, astenia, diarréia, dor abdominal ou lombar, rinite, rash cutâneo. Em nível humoral observaram-se leves e ocasionais elevações séricas de creatinina, potássio e bilirrubina. Em raros casos a administração do fármaco pode associar-se com reduções da hemoglobina, do hematócrito e dos neutrófilos circulantes. 5. Precauções: em pacientes com depleção hidrossalina grave podem ocorrer casos de hipotensão sintomática após o início do tratamento, razão pela qual recomenda-se corrigir a depleção de volume ou de sódio, ou reduzir as dose dos diuréticos antes de iniciar a medicação. Caso ocorra hipotensão, o paciente deve ser colocado em posição supina e, caso necessário, deve-se instalar perfusão intravenosa hidrossalina. 6. Interações: o uso simultâneo de diuréticos poupadores de potássio (amilorida, triantereno, espironolatona) ou suplementos de potássio pode causar hiperpotassemia. 7. Contra-Indicações: hipersensibilidade ao fármaco. Crianças. Gravidez e amamentação. 8. Referências Bibliográficas: P.R. Vade-mécum. São Paulo DEF 2007-2008, Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. São Paulo. MARTINDALE – The Complete Drug reference. 33th Edition. London: Pharmaceutical Press, 2002. R.Fogari et al. Comparative efficacy of losartan and valsartan in mild to moderate hypertension:Results of 24 hour Ambulatory Pressure. -2- IT_Valsartan_21/01/10 Fuster V, Pearson TA. 27th Bethesda Conference: matching the intensity of risk factor management with the hazard for coronary disease events. JACC 1996. Whelton PK, He J, Appel LJ, et al. Primary prevention of hypertension: clinical and public health advisory from the Nacional High Blood Pressure Education Program. JAMA 2002. -3- IT_Valsartan_21/01/10