UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBA – UNIFEI – Laboratório de EEL702 Inversor de Freqüência Soft-Starter Retificadores não-controlados Retificadores semi-controlados e Totalmente Controlados Aluno: Jhonatan Maxwel Barreto dos Santos Número: 12867 Itajubá, 28 de junho de 2009 Inversores de Freqüência A eletrônica de potência, com o passar do tempo, vem tornando mais fácil (e mais barato) o acionamento em velocidade variável de motores elétricos. Com isto, sistemas que antes usavam motores CC, pela facilidade de controle, hoje podem usar motores CA de indução graças aos Inversores de Freqüência, também chamados de Conversores de Freqüência. Em paralelo ao avanço da eletrônica de potência, a microeletrônica, por meio de microprocessadores e microcontroladores, tem auxiliado muito o acionamento de máquinas CA, permitindo a implementação de funções complexas num tempo de processamento cada vez mais curto. Isto tem permitido a implementação de sofisticados algoritmos de controle que possibilitam o acionamemnto de alto desempenho com o emprego de motores de indução de série. Funcionamento do Inversor de Freqüência O funcionamento de um Inversor de Freqüência, é necessário, antes de tudo, saber a função de cada bloco que o constitui. Ele é ligado na rede elétrica, que pode ser monofásica ou trifásica, e em sua saída há uma carga que necessita de uma freqüência diferente daquela da rede. De acordo com a figura1, o inversor tem como primeiro estágio, um circuito retificador, responsável por transformar a tensão alternada em contínua. Após isso, existe um segundo estágio capaz de realizar o inverso, ou seja, a transformação de uma tensão CC para uma tensão CA (conversor), e com a freqüência desejada pela carga. Na rede de entrada a freqüência é fixa (60 Hz ou 50 Hz) e a tensão é transformada pelo retificador de entrada em contínua pulsada (retificação de onda completa). O Capacitor (filtro) transforma-a em tensão contínua pura de valor aproximado de Esta tensão contínua é conectada ciclicamente aos terminais de saída pelos dispositivos semicondutores do inversor, transistores ou tiristores, que funcionam como chaves estáticas. O controle desses dispositivos semicondutores é feito pelo circuito de comando, de modo a obter um sistema de tensão pulsada, cujas freqüências fundamentais estão defasadas de 120°. A tensão é escolhida de mo do que a relação tensão/freqüência seja constante, resultando em operação com fluxo constante e, por via de conseqüência, manutenção da máxima capacidade de sobrecarga momentânea do motor. Figura 1 – Estágios do inversor de Freqüência Seção Retificadora Os seis diodos retificadores situados no circuito de entrada do inversor, retificam a tensão trifásica da rede de entrada (L1, L2 e L3). A tensão DC resultante é filtrada pelo capacitor C e utilizada como entrada para a Seção Inversora Seção Inversora Na seção inversora, a tensão retificada DC é novamente convertida em Trifásica AC. Os transistores chaveiam várias vezes por ciclo, gerando um trem de pulsos com largura variável senoidalmente (PWM). Esta saída de tensão pulsada, sendo aplicada em um motor (carga indutiva), irá gerar uma forma de onda de corrente bem próxima da senoidal através do enrolamento do motor. Abaixo, a forma de onda na saída do inversor: Figura 2 - Onda na saída do inversor Tipos de Inversores de Frequência Inversor Escalar Em linhas gerais, podemos dizer que os inversores escalares baseiam-se em equações de regime permanente. A lógica de controle utilizada é a manutenção da relação V/F constante. Apresentam um desempenho dinâmico limitado e usualmente são empregados em tarefas simples, como o controle da partida e da parada e a manutenção da velocidade em um valor constante (regulação). Inversor Vetorial A lógica de controle empregada baseia-se em equações dinâmicas do motor; Assim, embora a programação de controle seja mais complexa do que aquela correspondente ao controle escalar, o desempenho dinâmico é bem superior a este. A idéia central é promover o desacoplamento entre o controle do fluxo e o controle da velocidade por meio de transformações de variáveis. Com esta técnica de controle, os inversores podem ser empregados em tarefas complexas, que exijam grande precisão e dinâmicas rápidas do ponto de vista de controle. Os inversores Vetoriais podem ser divididos em duas categorias: aqueles que utilizam a realimentação física da velocidade, obtida de dispositivos transdutores, e aqueles que não empregam a realimentação física da velocidade, fazendo uso de estimadores de velocidade. A realimentação ou "Feedback", permite "enxergar" o movimento do eixo do motor possibilitando controlar a velocidade e o torque com alta precisão mesmo em velocidades muito pequenas, próximas de zero. A realimentação da velocidade é realizada utilizando um gerador de pulsos, conhecido com "Encoder". Alguns equipamentos permitem a utilização dos dois modos, sendo necessário uma placa opcional para a operação de malha fechada. A operação sem a realimentação da velocidade é também conhecida como "Sensorless". Nesse caso, o algoritmo de controle torna-se mais complexo pois o inversor deve calcular através de artifícios matemáticos a velocidade do motor. A operação sem realimentação possui performance inferior à operação com realimentação. Os Inversores Vetoriais necessitam da programação de todos os parâmetros do motor como, resistências elétricas, indutâncias, correntes nominais do rotor e estator, dados esses normalmente não encontrados com facilidade. Para facilitar o set-up, alguns inversores dispõem de sistemas de ajustes automáticos também conhecidos como "Auto-tunning", não sendo necessário a pesquisa de dados sobre o motor. Diferenças entre Inversores Escalares e Vetoriais A principal diferença entre os inversores Escalares e os Vetoriais deve-se a capacidade dos inversores vetoriais imporem o torque necessário ao motor, de forma precisa e rápida permitindo uma elevada velocidade de resposta dinâmica a variações bruscas de carga. Os Invesores Escalares apresentam uma resposta dinâmica bem mais lenta, demorando mais para reagir a qualquer alteração de velocidade ocorrida ou solicitada. Cuidados que devemos ter ao instalar um inversor 1. Não há inversor no mundo que resista à ligação invertida de entrada da rede elétrica (trifásica ou monofásica), com a saída trifásica para o motor. 2. O aterramento elétrico deve estar bem conectado, tanto ao inversor como ao motor. O valor do aterramento nunca deve ser maior que 5. (norma IEC536), e isso pode ser facilmente comprovado com um terrômetro, antes da instalação. 3. Caso o inversor possua uma interface de comunicação( RS 232, ou RS 485) para o PC, o tamanho do cabo deve ser o menor possível. 4. Devemos evitar ao máximo, misturar (em um mesmo eletroduto ou canaleta), cabos de potência (rede elétrica, ou saída para o motor) com cabos de comando (sinais analógicos, digitais, RS 232, etc...). 5. O inversor deve estar alojado próximo a “orifícios” de ventilação, ou, caso a potência seja muito alta, deve estar submetido a uma ventilação (ou exaustão). Alguns inversores já possuem um pequeno exaustor interno. 6. A rede elétrica deve ser confiável, isto é, jamais ultrapassar variações de +ou- 10% em sua amplitude. 7. Sempre que possível, utilizar os cabos de comando devidamente blindados. 8. Os equipamentos de controle (PLC, CNC, PC, etc...), que funcionarem em conjunto com o inversor, devem possuir o "terra" em comum. Normalmente, esse terminal vem indicado pela referência “PE” ( proteção elétrica), e sua cor é amarela e verde (ou apenas verde ). 9. Utilizar sempre parafusos e arruelas adequadas para garantir uma boa fixação ao painel. Isso evitará vibrações mecânicas. Além disso, muitos inversores utilizam o próprio painel em que são fixados como dissipador de calor. Uma fixação pobre, nesse caso, causará um aquecimento excessivo ( e possivelmente sua queima ). Soft-starter Nos processos modernos de partida do motor de indução, são usados soft-starters que, através de comando microprocessado, controlam tiristores que ajustam a tensão enviada ao estator do motor. Desta forma, consegue-se, de um lado, aliviar o acionamento dos altos conjugados de aceleração do motor de indução e, de outro, proteger a rede elétrica das correntes de partida elevadas. As chaves de partida estática são chaves microprocessadas, projetadas para acelerar (ou desacelerar) e proteger motores elétricos de indução trifásicos. Através do ajuste do ângulo de disparo de tiristores, controla-se a tensão aplicada ao motor. Com o ajuste correto das variáveis, o torque e a corrente são ajustados às necessidades da carga, ou seja, a corrente exigida será a mínima necessária para acelerar a carga, sem mudanças de freqüência. Algumas características e vantagens das chaves soft-starters - Ajuste da tensão de partida por um tempo pré-definido; - Pulso de tensão na partida para cargas com alto conjugado de partida; - Redução rápida de tensão a um nível ajustável, (redução de choques hidráulicos em sistemas de bombeamento); - Proteção contra falta de fase, sobre-corrente e subcorrente, etc. Os motores assíncronos trifásicos de rotor em gaiola apresentam picos de corrente e de conjugados indesejáveis quando em partida direta. Para facilitar a partida são usados vários métodos, como chave estrela-triângulo, chave compensadora, etc. Estes métodos conseguem uma redução na corrente de partida, porém a comutação é por degraus de tensão. Entretanto, nenhum se compara com o método de partida suave (que utiliza o soft-starter). A figura 3 a seguir mostra o comparativo de corrente entre os métodos mais usuais de partida: Figura 3 – Comparativo entre métodos de partida Funcionamento do Soft-starter O soft-starter é um equipamento eletrônico capaz de controlar a potência do motor no instante da partida, bem como sua frenagem. Ao contrário dos sistemas elétricos convencionais utilizados para essa função (partida com autotransformador, chave estrelatriângulo, etc.). Seu princípio de funcionamento baseia-se em componentes estáticos: tiristores. O esquema genérico de um soft-starter é mostrado na figura 4 abaixo Figura 4 – Esquema de um soft-starter implementado com 6 tiristores para acionar um motor de indução trifásico (MIT) Através do ângulo de condução dos tiristores, a tensão na partida é reduzida, diminuindo os picos de corrente gerados pela inércia da carga mecânica. Um dos requisitos do soft-starter é controlar a potência do motor, sem entretanto alterar sua freqüência (velocidade de rotação). Para que isso ocorra, o controle de disparo dos SCRs (tiristores) atua em dois pontos: controle por tensão zero e controle de corrente zero. O circuito de controle deve temporizar os pulsos de disparo a partir do último valor de zero da forma de onda, tanto da tensão como da corrente. O sensor pode ser um transformador de corrente que pode ser instalado em uma única fase (nesse caso, o sistema mede somente o ponto de cruzamento de uma fase), ou um para cada fase. RECURSOS DE UM SOFT-STARTER Os soft-starters existentes no mercado (fabricados pela WEG, SIEMENS e outras) são equipados com interfaces homem-máquina, ou painel de LEDs para informar o status do sistema. Quanto aos recursos que um soft-starter deve ter, os mais importantes são: 1. proteção do motor; 2. sensibilidade à seqüência de fase; 3. plug-in; 4. circuitos de economia de energia. Proteção do Motor A figura 5 apresenta a curva típica de sobre-corrente de um soft-starter: Figura 5 – Curva típica de sobre-corrente de um soft-starter Podemos notar que ela determina interrupções e bloqueios em caso de falta de fase ou falha do tiristor. Normalmente, esses equipamentos também possuem relés eletrônicos de sobrecarga. Durante o tempo de operação (tr), um relé eletrônico de carga entra em operação quando necessário. O dispositivo pode ser configurado para dar proteção tanto para sobre-correntes (Ioc) quanto para sub-correntes (Iuc). Quando possível, utilizar para partidas de motores chaves soft-starter que possibilitem o ajuste do torque do motor às necessidades do torque da carga, de modo que a corrente absorvida será a mínima necessária para acelerar a carga. Sensibilidade à seqüência de fase Os soft-starters podem ser configurados para operarem somente se a seqüência de fase estiver correta. Esse recurso assegura a proteção, principalmente mecânica, para cargas que não podem girar em sentido contrário (bombas, por exemplo). Quando há a necessidade de reversão, podemos fazê-los com contatores externos ao soft-starter. Plug-in O plug-in é um conjunto de facilidades que podem ser disponibilizadas no softstarter através de um módulo extra, ou através de parâmetros, como relé eletrônico, frenagem CC ou AC, dupla rampa de aceleração para motores de duas velocidades e realimentação de velocidade para aceleração independente das flutuações de carga. Economia de energia A maioria dos soft-starters modernos tem um circuito de economia de energia. Essa facilidade reduz a tensão aplicada para motores a vazio, diminuindo as perdas no entreferro, que são a maior parcela de perda nos motores com baixas cargas. Uma economia significante pode ser experimentada para motores que operam com cargas de até 50% da potência do motor. Entretanto, essa função gera correntes harmônicas indesejáveis na rede, devido a abertura do ângulo de condução para diminuição da tensão. A figura a seguir ilustra isso: Figura 6 – Economia de energia usando um soft-starter Cabe lembrar, entretanto, que o soft-starter não melhora o fator de potência, e também gera harmônicos, como qualquer outro dispositivo de acionamento estático. Aplicações Os soft-starters podem ser utilizados nas mais diversas aplicações. Suas principais são em: • Bombas centrífugas (saneamento, irrigação, petróleo); • Ventiladores, exaustores e sopradores; • Compressores de ar e refrigeração; • Misturadores e aeradores; • Britadores e moedores; • Picadores de madeira; • Refinadores de papel; • Fornos rotativos; • Serras e plainas (madeira); • Moinhos (bolas e martelo); • Transportadores de carga Retificadores não-controlados com entrada trifásica Quando a potência da carga alimentada se eleva, via de regra são utilizados retificadores trifásicos, como mostra a figura 7, a fim de, distribuindo a corrente entre as 3 fases, evitar desequilíbrios que poderiam ocorrer caso a corrente fosse consumida de apenas 1 ou 2 fases. Neste caso a corrente é fornecida, a cada intervalo de 60 graus, por apenas 2 das 3 fases. Poderão conduzir aquelas fases que tiverem, em módulo, as 2 maiores tensões. Ou seja, a fase que for mais positiva, poderá levar o diodo a ela conectado, na semi-ponte superior, à condução. Na semi-ponte inferior poderá conduzir o diodo conectado às fase com tensão mais negativa. Pela fase com tensão intermediária não haverá corrente. A figura 8 mostra formas de onda típicas considerando que o lado CC é composto, dominantemente, por uma carga resistiva, indutiva ou capacitiva. No primeiro caso a corrente segue a mesma forma da tensão sobre a carga, ou seja, uma retificação de 6 pulsos. Quando um filtro indutivo é utilizado, tem-se um alisamento da corrente, de modo que a onda apresenta-se praticamente retangular. Já com um filtro capacitivo (mantendo ainda uma pequena indutância série), tem-se os picos de corrente. Com o aumento da indutância tem-se uma redução dos picos e, eventualmente, a corrente não chega a se anular. Figura 7 - Retificador trifásico, onda completa, não controlado Figura 8 - Formas de onda no lado CA para retificador trifásico, onda-completa, não-controlado, alimentando diferentes tipos de carga Retificadores trifásicos Os circuitos retificadores controlados constituem a principal aplicação dos tiristores em conversores estáticos. Possuem vasta aplicação industrial, no acionamento de motores de corrente contínua, em estações retificadoras para alimentação de redes de transmissão CC, no acionamento de locomotivas, etc. Quando a operação como inversor não é necessária, emprega-se a ponte mista com as seguintes vantagens: - Circuito de comando mais simples; - Custo reduzido. A figura 9 mostra circuitos de retificadores trifásicos. No caso a) tem-se um retificador semicontrolado, enquanto em b) tem-se um retificador totalmente controlado. Diferentemente do caso monofásico, no circuito trifásico não há o circuito simétrico. Figura 9 - Retificador trifásico semicontrolado (a) e controlado (b) Também para estes retificadores, a versão semicontrolada não permite a inversão da tensão instantânea no barramento CC. É possível a colocação de um diodo de roda livre que entra em operação quando tal tensão se anula. Na ausência do diodo, a condução se dá pelo último tiristor acionado e pelo diodo do mesmo ramo. A figura 10 mostra formas de onda para diferentes ângulos de disparo, sendo desprezada a indutância de entrada. Este ângulo é definido a partir do ponto em que a tensão da respectiva fase se torna a maior em valor absoluto ou, o que é equivalente, quando a tensão de linha se torna positiva. Nestas simulações a carga é uma fonte de corrente constante, razão pela qual não há alteração na corrente com o ângulo de disparo. Para um ângulo nulo, as formas de onda são idênticas às do retificador a diodo. A faixa de controle vai de 0 a 60 graus. Note-se que a condução do diodo independe do ângulo de disparo (na ausência do diodo de livre-circulação). A forma de onda da corrente na rede é assimétrica, dando origem a componentes espectrais de ordem par, o que não é desejável. A figura 11 mostra resultados análogos, também sem indutâncias de entrada, para um retificador totalmente controlado. A carga é um circuito RL (4 Ω, 16 mH), de modo que a corrente se altera à medida que muda o ângulo de disparo e, conseqüentemente, a tensão média aplicada à carga. Para um ângulo de 0 grau a forma de onda é idêntica a do retificador a diodos. Na ausência de um diodo de roda-livre a tensão instantânea aplicada no barramento CC pode ser negativa, o que ocorre para um ângulo de disparo superior a 60 graus. Como não há possibilidade de inversão no sentido da corrente, uma tensão negativa leva à diminuição da corrente até sua extinção (em uma carga passiva). A corrente da rede é simétrica, apresentando apenas componentes espectrais de ordem ímpar, exceto os múltiplos da terceira, que não existem. A tensão média no barramento CC é dada por: Uma corrente no lado CC de baixa ondulação reflete para o lado CA uma onda quase quadrada, com condução de 120° a cada 180°, deslocada de um ângulo α em relação à tensão. Neste caso pode-se determinar o espectro da corrente em relação à corrente da carga, Io. A corrente eficaz no lado CA é 81,6% da corrente no lado CC. A componente fundamental é Ii1 = 0,78 Io , enquanto as harmônicas são dadas por: Isto permite determinar que a distorção harmônica total da corrente é de 31,08% . Figura 10 - Formas de onda de retificador trifásico semi-controlado. De cima para baixo: tensão instantânea no barramento CC (vo(t)); Corrente no diodo D1; Tensão da fase A (van(t)); Corrente na fase A. Figura 11- Formas de onda de retificador trifásico controlado. De cima para baixo: tensão instantânea no barramento CC (vo(t)); Corrente no tiristor T1; Tensão da fase A (van(t)); Corrente na fase A. BIBLIOGRAFIA: 1. RASHID, Muhammad Harunur. Power Electronics Circuits, devices and applications. 2ª ed. Prentice Hall,