Repetir os Ensaios de Eletroquimioluminescência e

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REPETIR OS ENSAIOS DE ELETROQUIMIOLUMINESCÊNCIA E
QUIMIOLUMINESCÊNCIA PARA ANTICORPOS CONTRA O
VÍRUS DA HEPATITE C APÓS 30 DIAS É DE POUCA UTILIDADE
PARA RESOLUÇÃO DOS CASOS DISCORDANTES ENTRE AS
DUAS METODOLOGIAS EM UMA PRIMEIRA OCASIÃO.
Marcelo Braga Brandão Melo, Grazielle Rodrigues Castilho de Carvalho, Alessandra Teixeira Quadros Lopes,
Ticiane Raquel Costa Guerra, Alexandre Lima Rodrigues Cunha e Lídia Freire Abdalla Nery
Laboratório Sabin de Análises clínicas, Brasília-DF
Introdução
As principais metodologias para detecção de anticorpos anti-HCV são a eletroquimioluminescência
(ECMIA) e quimioluminescência (CMIA). Em nosso laboratório um resultado positivo para ECMIA é
confirmado por CMIA. Caso haja discordância entre os resultados é solicitado que uma nova amostra seja
colhida após 30 dias. Se a nova análise apresentar o mesmo perfil da primeira realiza-se o imunoensaio em
linhas (imunoblot) para resolução do caso.
Objetivo
Avaliar a utilidade do protocolo supracitado na resolução das discordâncias entre os resultados anti-HCV
por ECMIA e CMIA.
Material e métodos
Este é um estudo retrospectivo baseado em análise de banco de dados onde se pesquisou no sistema de
informação laboratorial os pacientes que apresentaram resultados anti-HCV positivos no ECMIA e negativo
no CMIA entre Março de 2013 e Março de 2014. Em seguida avaliou-se os resultados obtidos na
investigação para resolução da discordância. Duzentos e um pacientes foram incluídos e 50 (24,8%) não
voltaram para fazer a nova coleta.
Resultados e discussão
Dos 151 pacientes com ECMIA positivos e CMIA negativos e que voltaram para fazer uma nova coleta após
30 dias, 139 (92%) repetiram o mesmo padrão de resultado. Dentre estes, o imunoblot foi negativo para 135
(89.4%) e indeterminado para 4 (2,6%). O ECMIA foi negativo para 10 (6,6%) na segunda ocasião e nestes
casos não foram realizadas mais análises. Apenas 2 (1,3%) pacientes apresentaram ECMIA e CMIA
positivos, sendo que o imunoblot confirmou a infecção pelo HCV apenas em 1 (0,66%).
Figura 1: Distribuição dos resultados dos paciente com ECMIA positivo e CMIA negativo que voltaram para fazer uma nova coleta após 30 dias.
2,62%
0,67%
0,67%
6,05%
ECMIA positivos, CMIA negativos e Imunoblot negativo
ECMIA negaivo
ECMIA positivos, CMIA negativos e Imunoblot indeterminado
ECMIA positivos, CMIA Positivo e Imunoblot negativo
89,99%
ECMIA positivos, CMIA Positivo e Imunoblot positivo
Conclusão
O protocolo para resolução de discordância entre resultados anti-HCV por ECMIA e CMIA é de pouca
utilidade. Pois, 96% dos casos provaram ser ECMIA falso-positivos, a suspeita de infecção pelo HCV se
manteve em 0,032% e a infecção foi confirmada apenas em 0,0066%. Para resolução destes casos, talvez
seja mais útil a execução de um ensaio para o RNA do vírus após 30 dias.
Referência
Felicidade Mota Pereira; Leonardo Assis Bertollo; Maria Alice Sant'Anna Zarife. Comparação de dois
testes automatizados por quimioluminescência para a detecção de anticorpos contra o vírus da
hepatite C.
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