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CAPES / UFF/ PIBID-1 (LETRAS)
Coordenadora: Profa. Dra. SIGRID GAVAZZI
Licencianda-Autora: Flavia Valadares
DESENVOLVENDO HABILIDADES COGNITIVAS....
Estudos indicam que o ser humano é dotado de uma inteligência muito pouco usada. Acredito que todo mundo já ouviu a
expressão: “O ser humano só usa 70% do seu cérebro”. E, cá entre nós, acho que destes 70%, 65% são com desperdiçados com
coisas inúteis.
Certa vez, na sala de aula, um aluno do último ano do ensino médio me perguntou: “Professora, se é verdade que o ser
humano só usa pouca parte do seu cérebro e isso acaba impedindo alguma evolução na inteligência, existe algum exercício que
podemos fazer para desenvolver a inteligência? Ou, melhor ainda, dar inteligência a alguém que não tem? No momento da pergunta,
não houve quem não caísse na risada em sala de aula, mas eu lhe respondi: “Tem, sim! Para desenvolver inteligência. Trarei
algumas coisinhas na próxima aula!”.
Abaixo, temos algumas das imagens que trabalhei em sala e podem ser exploradas para desenvolver as partes
cognitivas do cérebro que ficam esquecidas, devido a tantas facilidades que temos no nosso dia a dia. Todas se apóiam nas
HABILIDADES COGNITIVAS postuladas por Bloom et alii (1977, ver Bibliografia), psicopedagogo que, com sua equipe, desenvolveu
uma categoria de habilidades cognitivas por ordem de dificuldade, da mais simples à mais complexa. São elas: conhecimento,
compreensão, aplicação, avaliação e síntese.
Vamos lá?
1. Este primeiro quadrinho apresenta uma substituição de números por letras, e mostra que, mesmo com essa alteração,
nosso cérebro tem a capacidade de reverter os números em grafemas que tenham desenhos similares a eles.
OBJETIVO: ADAPTAÇÃO A OUTRA FORAM DE TEXTO PARA LEITURA
HABILIDADES COGNITIVAS REQUERIDAS
“CONHECIMENTO” E A “COMPREENSÃO” (NÍVEIS I e II)
2. O segundo quadrinho traz o conhecido troca-letra.
OBJETIVO: DESENVOLVER O PODER DE CONCENTRAÇÃO e a HABILIDADE DE LEITURA HOLÍTISCA (aquela em que
a própria mente “preenche” lacunas, como a psicologia comportamental apregoa).
HABILIDADE COGNITIVA REQUERIDA: “APLICAÇÃO” (nível III)
3. O terceiro exercício, mais complexo, traz um quadrinho com nomes de cores. O exercício consiste em dizer o nome das
cores, e não lê-las. Exemplo, se a palavra é preto e está grafada como verde, deverá ser dito: VERDE! Este é o exercício mais difícil,
pois, nos outros, o grau de dificuldade vai diminuindo conforme sua visão e a adaptação mental.
OBJETIVO: EXERCITAR A TRANSPOSIÇÃO DE PENSAMENTO (DE UM PONTO A PARA UM PONTO B)
HABILIDADE COGNITIVA REQUERIDA: “AVALIAÇÃO” (nível IV)
4. Este é o último exemplo de atividade para desenvolvimento do cérebro. É conhecido há muito tempo, o trava-língua,
espécie de jogo verbal que consiste em dizer, com clareza e rapidez, versos ou frases com grande concentração de sílabas difíceis
de pronunciar, ou de sílabas formadas com os mesmos sons, mas em ordem diferente. Os trava-línguas são oriundos da cultura
popular, são modalidades de parlendas (rimas infantis), podendo aparecer sob a forma de prosa, versos ou frases.
Os trava-línguas recebem essa denominação devido à dificuldade que as pessoas enfrentam ao tentar pronunciá-los sem tropeços,
ou, como o próprio nome diz, sem "travar a língua". Além de aperfeiçoarem a pronúncia e servir de diversão entre amigos, é uma
ótima pedida para ser trabalhado em sala de aula.
HABILIDADES COGNITIVAS REQUERIDAS : “AVALIAÇÃO” e “SÍNTESE” (NÍVEIS IV E V)
MATERIAL PARA O PROFESSOR:
Abaixo seguem alguns exemplos de trava-língua que podem ser utilizados. Lembramos que, além do exercício de leitura
do trava-língua, o professor pode solicitar aos alunos que criem novos trava-línguas a partir das ideias apresentadas.
A lontra prendeu a
Tromba do monstro de pedra
E a prenda de prata
De Pedro, o pedreiro.
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O doce perguntou pro doce
Qual é o doce mais doce
Que o doce de batata-doce.
O doce respondeu pro doce
Que o doce mais doce que
O doce de batata-doce
É o doce de doce de batata-doce.
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Lá de trás de minha casa
Tem um pé de umbu butando
Umbu verde, umbu maduro,
Umbu seco, umbu secando.
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Como estes exercícios podem ser apresentados?
Em slides, cartazes ou, até mesmo, em pequenas placas, passando de mão em mão na classe.
Para qual faixa etária podemos trabalhar esses exercícios?
A partir de alunos do 6º ano (antiga 5ª série) já podemos ver interesse e desenvolvimento. No
entanto, melhores resultados são notados em alunos a partir do Ensino Médio.
Por que trabalhar esse conteúdo em Língua Portuguesa, já que é um assunto genérico?
É interessante apresentar esse conteúdo em Língua Portuguesa pois, dentre os exercícios de
desenvolvimento cognitivo, está o trava-línguas que é um jogo de rimas, palavras, versos e pode abranger
outros conteúdos do cronograma escolar da turma.
*Professor:
Explore a capacidade mental dos seus alunos!
Atividades lúdicas auxiliam, e muito, no interesse e desenvolvimento. BOA AULA!
BIBLIOGRAFIA
BLOOM, Benjamin S. et al. Taxionomia de objetivos educacionais: domínio cognitivo. Porto Alegre;
Globo Editora, 1977.
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