Caderno de Questões

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SPDM - Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina
OSS - SPDM/HOSPITAL REGIONAL DE ARARANGUÁ/EDITAL DE PROCESSO SELETIVO Nº 01/2013
NÍVEL SUPERIOR COMPLETO
• MÉDICO INFECTOLOGISTA
NOME DO CANDIDATO
ASSINATURA DO CANDIDATO
RG DO CANDIDATO
LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO
INSTRUÇÕES GERAIS
I. Nesta prova, você encontrará 05 (cinco) páginas numeradas sequencialmente, contendo 30 (trinta) questões
correspondentes à seguinte disciplina: Conhecimentos Específicos (30 questões).
II. Verifique se seu nome e número de inscrição estão corretos no cartão de respostas. Se houver erro, notifique o fiscal.
III. Assine e preencha o cartão de respostas nos locais indicados, com caneta azul ou preta.
IV. Verifique se a impressão, a paginação e a numeração das questões estão corretas. Caso observe qualquer erro, notifique
o fiscal.
V. Você dispõe de 3 (três) horas para fazer esta prova. Reserve os 20 (vinte) minutos finais para marcar o cartão de
respostas.
VI. O candidato só poderá retirar-se do setor de prova 1 (uma) hora após seu início.
VII.O candidato não poderá levar o caderno de questões. O caderno de questões será publicado no site do ibfc, no prazo
recursal contra gabarito.
VIII.Marque o cartão de respostas cobrindo fortemente o espaço correspondente à letra a ser assinalada, conforme o exemplo
no próprio cartão de respostas.
IX. A leitora óptica não registrará as respostas em que houver falta de nitidez e/ou marcação de mais de uma alternativa.
X. O cartão de respostas não pode ser dobrado, amassado, rasurado ou manchado. Exceto sua assinatura, nada deve ser
escrito ou registrado fora dos locais destinados às respostas.
XI. Ao terminar a prova, entregue ao fiscal o cartão de respostas e este caderno. As observações ou marcações registradas
no caderno não serão levadas em consideração.
XII.É terminantemente proibido o uso de telefone celular, pager ou similares.
Boa Prova!
DESTAQUE AQUI
GABARITO DO CANDIDATO - RASCUNHO
Assinatura do Candidato:
Nome:
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Inscrição:
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RASCUNHO
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
1) Segundo a Portaria do Ministério da Saúde Nº 104, de
25/ de Janeiro de 2011, são doenças de notificação
compulsória imediata:
a) Dengue com complicação, botulismo, rubéola e febre
amarela.
b) Meningite viral, doença meningocócica, varicela e
varíola.
c) Atendimento antirrábico, eventos adversos pós-vacinais,
peste e desastres de origem natural com comprometimento
da capacidade de funcionamento e infraestrutura das
unidades de saúde.
d) Febre tifóide, óbito por dengue, surto de caxumba,
poliomielite.
2) Em relação aos eventos adversos relacionados à vacina
contra influenza sazonal disponibilizada anualmente
na rede pública, os seguintes requerem notificação e
investigação:
I. Reações anafiláticas.
II. Dor, eritema e enduração no local da aplicação.
III.Agregado de casos de reações locais.
IV.Manifestações neurológicas compatíveis com Guillain
Barré.
V. Febre, mal estar e mialgia.
Estão corretas as afirmações:
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) III, IV e V.
d) I, III e IV.
3) No ano de 2013 o Ministério da Saúde incorporou o
uso de inibidores de protease (IP), como boceprevir
e telaprevir, ao tratamento de hepatite C (HVC). A
introdução destes medicamentos, compondo a terapia
tripla, está recomendada para o seguinte paciente:
a) Paciente portador de HIV e HCV, genótipo 1,
considerado recidivante.
b) Monoinfectado com HCV, genótipo 1, Metavir F3 ou
F4, sem uso prévio de terapia tripla e doença hepatica
compensada.
c) Monoinfectado com HCV, genótipo 1, doença hepática
descompensada e evidências de cirrose hepática.
d) Paciente portador de HIV e HCV, Metavir F3 ou F4,
independetemente do genótipo do HCV, sem uso prévio
de terapia tripla.
4) As seguintes vacinas abaixo estão incluídas no
calendário de vacina atual do estado de São Paulo para
crianças menores de 6 anos:
a) BCG, febre amarela, hepatite B, dT.
b) Varicela, pneumocócica 10-valente, meningocócica C,
hepatite B.
c) Meningocócica C, rotavírus, pentavalente, Hepatite B.
d) Tríplice
viral
(sarampo,caxumba
e
rubéola),
pentavalente, pneumocócica 23-valente.
5) Gestante apresentou VDRL 1:128 no primeiro trimestre
da gestação e foi confirmado o diagnóstico de sífilis
gestacional com teste treponêmico reagente. A
paciente foi tratada com 6 doses de penicilina benzatina
e seu parceiro foi tratado concomitantemente. Durante
o pré- natal, foram realizados controles mensais do
tratamento por meio de VDRL, mantendo VDRL 1:8.
No momento do parto, foi coletado VDRL da mãe
com resultado 1:16 e do recém nascido (RN) VDRL
1:8. O RN apresentava-se assintomático. A conduta
mais adequada a ser tomada com o RN em relação ao
diagnóstico e tratamento de sífilis congênita é:
a) Não realizar nenhum outro exame, uma vez que a
mãe e parceiro foram tratados adequadamente e o RN
estava assintomático.
b) Realizar raio X de ossos longos, punção lombar e
hemograma como triagem de sífilis congênita, uma vez
que o RN apresenta VDRL reagente.
c) Realizar raio X de ossos longos e hemograma, uma vez
que RN apresenta VDRL reagente.
d) Não realizar nenhum exame e tratar com penicilina
benzatina intramuscular em dose única, uma vez que
RN apresenta VDRL reagente em títulos menores do
que a mãe, a qual foi adequadamente tratada.
6) Paciente portadora de hepatite C crônica, genótipo 1b,
Metavir A2F1, em tratamento da doença há 16 semanas com
ribavirina (RBV) 1.250 gramas/dia associado à interferon
peguilado alfa 2A (PegINF) 180 microgramas sub cutâneo
(SC) uma vez por semana. Exames de controle evidenciam
hemoglobina de 10,8 g/dL (queda de hemoglobina de 3,0g/
dL em relação ao nível de pré tratamento) e neutrófilos de
490/mm3. A paciente não apresenta queixa clínica. Em
relação ao manejo dos eventos adversos apresentados, a
melhor alternativa para este caso é:
a) Suspender o tratamento pela neutropenia severa.
b) Introduzir filgrastima e eritropoietina, para tratamento
da neutropenia e anemia (queda de 3,0g/dL em relação
ao nível de pré tratamento).
c) Reduzir a dose da medicação e introduzir filgrastima.
d) Reduzir a dose da medicação e introduzir filgrastima e
eritropoietina.
7) Paciente com diagnóstico recente de HIV e Hepatite
B (HBV) apresenta-se assintomático. Os exames
solicitados apresentam os seguintes resultados: CD4:
520 células/mm3, carga viral de HIV: 80.000 cópias /mL,
HBeAg: não reagente e carga viral de HBV-DNA: 3.000
UI/mL, sem alteração de transaminases. Em relação à
abordagem terapêutica da coinfecção, é recomendado:
a) Não iniciar o tratamento da coinfecção pelas baixas cargas
virais do HIV e do HBV e pela alta contagem de CD4.
b) O tratamento pode ser adiado porque o paciente está
assintomático e a história natural da infecção pelo HBV
não é alterada pelo HIV.
c) Não iniciar o tratamento com antiretrovirais porque
o paciente apresenta-se assintomático e com alta
contagem de CD4.
d) Iniciar o tratamento da coinfecção com tenofovir +
lamivudina + inibidor não nucleosídeo da transcriptase
reversa ou inibidor de protease/ritonavir.
8)Gestante em acompanhamento de pré-natal é
encaminhada ao infectologista na 14ª semana de
gestação, por sorologia de toxoplasmose IgG reagente,
IgM reagente e teste de avidez de IgG realizado na
10ª semana de gestação evidenciando alta avidez. A
melhor conduta a ser tomada neste caso é:
a) Repetir a sorologia e o teste de avidez para IgM para
confirmar o diagnóstico.
b) Iniciar espiramicina para tratamento de toxoplasmose
gestacional, uma vez que os exames evidenciam IgM
reagente e teste de avidez de IgG revelando alta avidez.
c) Orientar a gestante que esta infecção foi prévia
à gestação, não sendo necessários exames
complementares ou tratamento específico.
d) Indicar pesquisa de PCR para toxoplasmose em líquido
amniótico para confirmar a infecção fetal e orientar
terapêutica.
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9) De acordo com o Manual de Recomendações para o
Controle da Tuberculose (TB) no Brasil (Ministério da
Saúde, 2011) há indicação de coleta de material para
cultura de micobactérias nas seguintes situações:
I. Contatos de casos com TB resistente
II. Suspeita de TB extrapulmonar
III.Suspeita de TB com amostras paucibacilares
IV.Pacientes imunodeprimidos, principalmente portadores
de HIV
V. Falência de tratamento anterior
VI.Abandono de tratamento anterior
VII.Bacterioscopia mantendo-se positiva após 2º mês de
tratamento
VIII.Pacientes de populações com maior risco de albergar
TB resistente (ex: profissionais de saúde, moradores de
rua, pacientes institucionalizados)
É correto afirmar:
a) Coleta de cultura para identificação e teste de
sensibilidade apenas nas situações I, IV, V e VIII.
b) Coleta de cultura para identificação e teste de
sensibilidade apenas nas situações I, II, IV e V.
c) Coleta de material para identificação apenas nas
situações II, IV, V e VII.
d) Coleta de cultura para identificação em todas as
alternativas, com teste de sensibilidade nas situações IV,
V, VI e VII.
10) As doenças infecciosas listadas abaixo requerem
precauções especiais em ambiente hospitalar,
conforme descrito:
I. Tuberculose: precaução respiratória para aerossóis.
II. Sarampo: precaução respiratória para aerossóis.
III.Rubéola: precaução respiratória para aerossóis.
IV.Varicela: precaução respiratória para gotículas e
contato.
V. Escarlatina: precaução respiratória para gotículas.
Estão corretas as seguintes indicações de precaução:
a) I, II e V.
b) I, II, IV e V.
c) I, III e IV.
d) Todos os itens.
11)A Portaria de Ministério da Saúde Nº 104, de 25 de
Janeiro de 2011, em seu Anexo II, define as doenças de
notificação compulsória imediata no Brasil, em que as
Secretarias Municipal ou Estadual de Saúde têm até 24
horas para enviar a informação ao Ministério da Saúde.
Esta lista incorpora as doenças, agravos e eventos
constantes no Regulamento Sanitário Internacional
(RSI, 2005), o qual estabelece as doenças de notificação
internacional imediata de acordo com os seguintes
critérios:
I. Um caso incomum ou inesperado de alguma das
doenças a seguir e que pode ter grave impacto sobre
a saúde pública: varíola, poliomielite por poliovírus
selvagem, síndrome respiratória aguda grave (SARS) e
influenza humana por novo subtipo viral.
II. Casos de cólera, peste pneumônica, febre amarela,
febres hemorrágicas virais (Ebola, Lassa, Marburg),
Febre do Nilo Ocidental, outras doenças de particular
interesse nacional ou regional (ex: dengue, Febre
do Vale de Rift e doença meningocócica) que sejam
classificados como Emergência de Saúde Pública de
Importância Nacional ou Internacional.
III.Qualquer evento com potencial importância para a
saúde pública internacional, incluindo aqueles de
causas ou origens desconhecidas, bem como aqueles
envolvendo eventos ou doenças outras que não os
listados nos itens I e II que sejam classificados como
Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional
ou Internacional.
Estão corretas as afirmações:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) I, II e III.
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12) Ainda em relação às notificações imediatas de doenças
e agravos, a Portaria do Ministério da Saúde Nº 104,
de 25 de Janeiro de 2011, define em seu Artigo 4º,
Parágrafo 2º, que deve-se aplicar a avaliação de risco de
acordo com o Anexo 2 do RSI 2005 para classificação
da situação como uma potencial Emergência de Saúde
Pública Nacional ou Internacional.
Os critérios definidos para classificação na referida
avaliação de risco são:
I. Há um risco significativo de restrições ao comércio ou
viagens internacionais.
II. Há risco significativo de propagação internacional.
III.O Evento é incomum ou inesperado.
IV.O impacto do evento sobre a saúde pública é grave.
A ordem correta de aplicação dos critérios é:
a) I, II, III e IV
b) II, IV, I e III
c) IV, III, II e I
d) III, IV, I e II
13)São doenças de notificação compulsória, conforme
a Portaria do Ministério da Saúde Nº 104, de 25/ de
Janeiro de 2011:
a) Sífilis adquirida, sífilis congênita, sífilis em gestante e
síndrome do corrimento uretral masculino.
b) Leptospirose, dengue, esquistossomose, varicela e varíola.
c) Acidentes por animais peçonhentos, atendimento
antirrábico, leishmaniose visceral e paracoccidioidomicose.
d) Violência doméstica e sexual, dengue, toxoplasmose
congênita, hepatites virais.
14)Em relação às meningites, indica-se:
I. Meningite viral é de notificação imediata e requer
precaução respiratória para gotículas por 24h.
II. Meningite bacteriana relacionada à infecão de sítio
cirúrgico é de notificação compulsória e requer
precaução respiratória para gotículas, a qual deve ser
suspensa após 24h de terapia antimicrobiana adequada.
III. Doença meningocóccica é de notificação compulsória e
requer precaução respiratória para gotículas, a qual deve
ser suspensa após 24h de terapia antimicrobiana adequada.
IV.Meningite viral não requer precaução para gotículas.
Estão corretas as seguintes afirmações:
a) III e IV.
b) II, III e IV
c) Todos os itens estão errados.
d) Todos os itens estão corretos.
15)Paciente de 45 anos, peso 50 kg, sem doença hepática
prévia, está recebendo tratamento para tuberculose
pulmonar internado por estado geral comprometido. Está
no 15º dia de tratamento da fase intensiva do esquema,
recebendo 3 comprimidos de RHZE (1 comprimido =
rifampicina 150mg + isoniazida 75 mg + pirazinamida 400mg
+ etambutol 275mg). Evolui com intolerância gástrica, urina
de cor avermelhada, dor articular e neuropatia periférica.
Os exames de controle de função hepática revelam
aumento dos valores das enzimas hepáticas (2 vezes o
valor máximo de referência). Em relação à conduta a ser
tomada neste caso, está correto afirmar:
a) Deve-se suspender a pirazinamida, droga mais provável
causadora da hepatotoxicidade, efeito adverso mais
relevante no caso descrito. Substituir por esquema
alternativo.
b) Deve-se suspender o tratamento; aguardar melhora dos
sintomas e redução das enzimas hepáticas. Reintroduzir
droga a droga, após normalização da função hepática,
iniciando pela rifampicina+etambutol, seguida pela
isoniazida e por ultimo a pirazinamida, com intervalo de
3 a 7 dias entre elas.
c) Deve-se administrar a medicação duas horas após o
café da manhã, medicar com anti-eméticos e protetor
gástrico; analgésicos ou anti-inflamatórios para reduzir
a dor articular; piridoxina 50mg/dia e solicitar dosagem
de ácido úrico.
d) Não modificar a prescrição e solicitar exames
complementares (ultrasonografia abdominal superior
e endoscopia digestiva alta), mantendo monitorização
das enzimas hepáticas a cada 3 dias.
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16)Em relação às diretrizes e normas para o Controle de
Infecção Hospitalar descritas na Portaria nº. 2616 de 12
de maio de 1998, é errado afirmar:
a) O Programa de Controle de Infecções Hospitalares
(PCIH) é um conjunto de ações desenvolvidas
deliberada e sistematicamente, com vistas à redução
máxima possível da incidência e da gravidade das
infecções hospitalares.
b) Os membros da Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH) serão de dois tipos: consultores
e executores. Os membros executores da CCIH
representam o Serviço de Controle de Infecção
Hospitalar e, portanto, são encarregados da execução
das ações programadas de controle de infecção
hospitalar.
c) Os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois)
técnicos de nível superior da área de saúde para cada
200 (duzentos) leitos ou fração deste número com um
dos membros executores sendo, preferencialmente, um
médico.
d) Em relação à vigilância de infecções de sítio cirúrgico,
é desejável que cada cirurgião receba, anualmente,
relatório com as taxas de infecção em cirurgias limpas
referentes às suas atividades, e a taxa média de
infecção de cirurgias limpas entre pacientes de outros
cirurgiões de mesma especialidade ou equivalente.
17) Paciente masculino, 22 anos, com história de febre alta,
cefaléia, dor retro-orbital e mialgia discreta há 3 dias,
sem comorbidades. Ao exame físico não apresentava
sinais e sintomas de gravidade, sem alterações dos
sinais vitais e prova do laço negativa. Foi levantada
hipótese diagnóstica de dengue sem complicações.
O médico do Pronto Socorro que atende o referido
paciente realiza os seguintes procedimentos:
I. Coleta sorologia para a dengue.
II. Orienta acompanhamento ambulatorial e retorno se
sinais de alarme.
III.Orienta hidratação oral de 80mL/kg, sendo 1/3 com
solução salina (soro de reposição oral) e 2/3 com líquidos
caseiros (água, suco de frutas, chás, água de coco, etc)
e analgésicos se necessários (contra indicando o uso
de salicilatos).
IV.Notifica o caso para o núcleo de epidemiologia do
hospital.
Estão corretas as seguintes condutas:
a) Todas as condutas estão erradas.
b) Todas as condutas estão corretas.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.
18) Em relação à confirmação laboratorial de meningites
bacterianas seguindo os critérios do Guia de Vigilância
Epidemiológica do Ministério da Saúde 7ª Edição, 2009,
avalie as seguintes afirmações:
I. Pode ser realizado através do estudo do líquido
cefalorraquidiano
(exame
quimiocitológico,
bacterioscopia direta e cultura), contra-imuneletroforese
cruzada (líquor e soro), aglutinação pelo látex (líquor e
soro) e hemocultura.
II. Em casos suspeitos de doença meningocócica
podem ser utilizados cultura de sangue e cultura e
bacterioscopia de raspado de lesões petequiais.
III.A bacterioscopia do liquor revelando a presença
de diplococos gram negativos não confirma
laboratorialmente doença meningocócica.
IV.A bacterioscopia do liquor revelando a presença de
bacilos gram negativos não confirma laboratorialmente
meningite por hemófilos.
V. O exame quimiocitológico do liquor permite a
classificação do caso como meningite bacteriana.
Estão corretas as alternativas:
a) Todos os itens estão corretos.
b) I, II, III e IV.
c) II, III, IV e V.
d) I, II, IV e V
19) Em um paciente infectado pelo vírus do HIV, em relação
à tuberculose, não está correto afirmar:
a) A infecção pelo HIV eleva o risco de tuberculose ativa
em indivíduos com tuberculose latente.
b) Pacientes infectados pelo HIV com prova tuberculínica
(PPD) ≥ 5mm tem indicação de iniciar quimioprofilaxia
com isoniazida, sendo efetiva para prevenir a
tuberculose.
c) Não é indicada a realização de PPD em pacientes
infectados pelo HIV assintomáticos.
d) A não utilização da profilaxia com isoniazida, quando
indicada, está associada com o risco de 7 a 80 vezes
maior de desenvolver tuberculose.
20)No estado de São Paulo, os Serviços de Controle
de Infecção Hospitalar devem enviar mensalmente
planilhas de notificação de infecção hospitalar à
Vigilância Epidemiológica Municipal, que as repassa
para a Vigilância Epidemiológica Estadual. Estas
planilhas incluem informações sobre:
I. Infecções de Sítio Cirúrgico por especialidade em
cirurgias limpas.
II. Infecções e resultados de hemoculturas em Unidades
de Terapia Intensiva (UTI).
III.Infecções de Sítio Cirúrgico segundo procedimento.
IV.Consumo de produto alcoólico em UTI.
V. Consumo mensal de antimicrobianos em UTI.
Estão corretas as afirmações:
a) I, II, V.
b) I, II, III, V.
c) I, II.
d) Todas estão corretas.
21)A vigilância epidemiológica ativa é um dos pilares do
controle das Infecções Hospitalares (IH), pois permite
a determinação do perfil endêmico das instituições,
a identificação de eventos inesperados (surtos) e o
direcionamento das ações de prevenção e controle.
Em relação aos indicadores de infecção hospitalar
selecionados pelo Centro de Vigilância Epidemiológica
(CVE) do estado de São Paulo, não é correto afirmar:
a) As taxas gerais de infecção (número de IH ou número
de pacientes com IH x 100 admissões ou saídas) têm
sido consideradas um indicador grosseiro, pois não
levam em conta os fatores de risco, como tempo de
permanência, utilização de procedimentos invasivos
ou gravidade, podendo indicar uma normalidade ou
excedentes de IH que não existem.
b) O conceito de densidade de incidência traz um cálculo
de taxa mais coerente, pois permite avaliar a intensidade
de exposição de um paciente a um determinado fator de
risco (por exemplo: ventiladores mecânicos, cateteres
centrais e sondas vesicais de demora) e a consequente
aquisição de infecções mais comumente associadas a
estes fatores de risco (tais como pneumonias, infecções
sanguíneas e infecções urinárias).
c) A avaliação combinada entre taxa de utilização de
dispositivos e densidade de infecção associada a estes
é importante para a compreensão do fenômeno da
infecção nos hospitais.
d) Os indicadores selecionados pelo CVE para
acompanhamento das IH no estado incluem a vigilância
global hospitalar.
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22)A Resolução Nº 5 da Comissão Intergestores Tripartite,
de 19 Junho de 2013, relacionada às Diretrizes,
Objetivos, Metas e Indicadores para os anos de 20132015, define 67 indicadores de Saúde agrupados e 11
Diretrizes (numeradas de 1-8 e 11-13).
Avalie as seguintes afirmações:
I. Ampliar acesso à Atenção Básica por meio do aumento
da cobertura populacional pelas Equipes de Atenção
Básica e de Saúde Bucal fazem parte da Diretriz
de Garantia do acesso da população a serviços de
qualidade.
II. Ampliar atendimento a acidentados e notificação contínua
de violência doméstica, sexual e outras violências estão
contemplados na Diretriz de Aprimoramento de Atenção
às Urgências.
III.Na diretriz de atenção integral à saúde da mulher
constam indicadores sobre prevenção, detecção
precoce e tratamento oportuno de câncer de mama e
colo de útero, aumento de percentual de parto normal e
realização de teste de sífilis na gestação.
IV.O fortalecimento da rede de saúde mental está
direcionado para o enfrentamento da dependência ao
“crack” e outras drogas.
V. Em relação à saúde indígena, a meta de cobertura
vacinal em crianças até 7 anos de idade é de 85%.
Estão corretas as afirmações:
a) I, III e V.
b) II, III e IV.
c) I, II, III e IV.
d) Todas estão corretas.
23)Ainda em relação à Resolução Nº 5 da Comissão
Intergestores Tripartite, de19 Junho de 2013, há uma
diretriz denominada “Redução dos riscos e agravos à
saúde da população, por meio das ações de promoção
e vigilância em saúde”. Nela, há indicadores para um
conjunto de agravos de interesse em saúde pública.
Assinale a alternativa incorreta:
a) Busca de casos e proporção de cura para tuberculose e
hanseníase.
b) Cobertura vacinal e óbitos em mulheres em idade fértil.
c) Acesso diagnóstico para hepatite C e incidência de HIV
em menores de 5 anos.
d) Vacinação antirrábica e óbitos por leishmaniose visceral.
24) Em relação ao diagnóstico e à vigilância de escarlatina,
é correto afirmar:
a) O período de incubação da escarlatina é de 02 a 05
dias, sendo o período de transmissibilidade iniciado
junto com os primeiros sintomas, perdurando até 24
horas após o início do tratamento e até dias nos casos
não tratados e sem complicações.
b) A notificação de caso individual é compulsória no estado
de São Paulo.
c) Deve ser realizada quimioprofilaxia nos comunicantes
assintomáticos se ocorrerem casos de febre reumática
ou glomerulonefrite.
d) Não se recomenda desinfecção concorrente das
secreções purulentas e de todo material contaminado
por elas.
25) O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE)
foi instituído 1975 por recomendação da 5ª Conferência
Nacional de Saúde. Em 1990, o SNVE foi incorporado
ao Sistema Único de Saúde por meio da Lei 8080/90,
no qual foi definido como “um conjunto de ações que
proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção
de qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com
a finalidade de recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças ou agravos”. O
referido sistema de vigilância se utiliza de um sistema
de informações cuja sigla é:
a) SIA-SUS
b) SINAN
c) SIM
d) SIH-SUS
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26) Em relação à varicela, é correto afirmar:
a) Surtos de varicela em ambiente hospitalar não são de
notificação compulsória.
b) Em surtos hospitalares, a imunoglobulina humana
antivaricela-zoster é indicada para as crianças
menores de 9 meses de idade, gestantes suscetíveis e
imunocomprometidos, até 96 horas após o contato com
o caso índice.
c) Profissionais de saúde imunocompetentes, suscetíveis
à varicela, que trabalham em setores hospitalares com
pacientes imunodeprimidos não precisam ser vacinados
contra varicela.
d) A vacinação de bloqueio é indicada somente em
creches, pelo maior risco de disseminação da doença
entre as crianças.
27)O tétano acidental é uma doença infecciosa aguda,
causada pela ação de exotoxinas produzidas pelo
Clostridium tetani. Seguem algumas afirmações em
relação a esta doença:
I. O agente etiológico é um bacilo gram positivo aeróbico,
produtor de esporos que sobrevivem no meio ambiente.
II. O diagnóstico é eminentemente clínico-epidemiológico,
não dependendo de confirmação laboratorial.
III.O tratamento inclui a imunoglobulina humana
antitetânica ou soro antitetânico, penicilina cristalina
como antimicrobiano de escolha.
IV.É doença de notificação compulsória e requer precaução
de contato.
Estão corretas as seguintes afirmações:
a) I e II.
b) II e III.
c) I, III e IV.
d) Todas as afirmações estão corretas.
28)O Ministério da Saúde estabeleceu em 2010 as “
Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde
de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e
Recuperação da Saúde”.Amedida é justificada pela maior
vulnerabilidade dos jovens aos agravos resultantes do
uso abusivo de álcool e de outras drogas, aos agravos
resultantes das violências, às doenças sexualmente
transmissíveis e Aids, à mortalidade materna, à saúde
sexual e reprodutiva, ao início ou ao estabelecimento
de doenças crônicas, todas elas ocasionadas pelas as
dificuldades de acesso à educação, a falta de emprego,
às desigualdades sociais, ao meio ambiente degradado
e à morbimortalidade por violências.
Para tanto estabeleceu estratégias para fortalecimento
da promoção da saúde e de reorientação dos serviços
de saúde para favorecer a capacidade de resposta nas
Ações para o Cuidado Integral à Saúde de Adolescentes
e de Jovens. Algumas delas são:
I. Ter sensibilidade para com as demandas e necessidades
desse segmento populacional em acordo com as
diversidades individuais, sociais, étnicas e territoriais.
II. Incorporar o planejamento das ações de promoção da
saúde.
III.Apoiar e valorizar iniciativas, governamentais ou não, que
fomentem a participação juvenil, convivência comunitária,
inserção social, atividades culturais e esportivas.
IV.Enxergar a pessoa jovem na integralidade de seu ser e
de sua vida, buscando identificar outras necessidades
para seu bem-estar, e envidar esforços para engajála em outras ações e outros serviços locais, além dos
serviços de saúde, independentemente da demanda
inicial que a levou à unidade de saúde
V. Abordar a ética e a cidadania na promoção da saúde.
VI.Aprimorar
acolhimento
possível
em
espaços
humanizados para formação de vínculos como um recurso
terapêutico, aliados a projetos terapêuticos formulados,
implementados e avaliados pelos profissionais da equipe
de saúde.
Em relação às estratégias acima, é correto afirmar:
a) I, II e IV são estratégias para fortalecimento da promoção
da saúde.
b) III, IV e V são estratégias reorientação dos serviços de
saúde.
c) IV, V e VI são estratégias para fortalecimento da
promoção da saúde.
d) I, IV e VI são estratégias reorientação dos serviços de
saúde.
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29) As intervenções já implantadas no país tem reduzido
significativamente os casos de infecção pelo HIV em
crianças menores de 05 anos; porém, o crescimento
do número de gestantes soropositivas para o HIV
ou parceiras sexuais de homens de grupos mais
vulneráveis, aumenta a possibilidade de transmissão
vertical do HIV, principalmente por estas mulheres
não comparecerem disciplinadamente às consultas de
pré-natal. Em relação à prevenção de transmissão
vertical, é correto afirmar:
a) Para os recém-nascidos de mães infectadas pelo HIV,
deve-se iniciar zidovudina nas primeiras duas horas de
vida, por via oral, e manter por 6 semanas, associado
à três doses de nevirapina nos recém-nascidos ≥
35 semanas de mães infectadas pelo HIV que não
receberam antiretroviral na gestação, mesmo que a
mãe tenha recebido AZT injetável no momento do parto.
b) A solicitação de pesquisa de sífilis e de HIV deve ser
realizada em dois momentos: na primeira consulta do
pré-natal e no início do terceiro trimestre de gestação.
Se negativos, não precisam ser repetidos.
c) O teste rápido de triagem de sífilis não pode ser utilizado
em gestantes.
d) Instituir o mais precocemente possível para a
gestante o tratamento para sífilis, ressaltando que na
impossibilidade de determinação do tempo de infecção,
os casos devem ser encarados como sífilis primária.
30)A circulação mundial recente do sarampo e rubéola em
2013 tem merecido atenção por parte da vigilância dos
agravos no Brasil. Houve surtos recentes de sarampo
países como o Reino Unido, Alemanha, Itália e Holanda
bem como ocorrência de casos de sarampo na Síria,
registrados mais de 5.000 casos de rubéola no Japão,
129 casos de sarampo e sete casos de rubéola nos
Estados Unidos e 28 casos de sarampo e dois de casos
de rubéola no Canadá.
No período de janeiro a julho de 2013, o Brasil registrou
72 casos de sarampo, quase o dobro do número de
casos ocorridos no último surto em território nacional
no ano de 2011, quando 42 casos foram confirmados.
Além disso, em julho ocorreu a Jornada Mundial da
Juventude (com peregrinos oriundos de pelo menos 66
países de diferentes continentes do mundo), coincidindo
com o mês de férias, onde há maior circulação interna e
externa de cidadãos brasileiros.
Em vista do exposto, considere as seguintes medidas
de prevenção e controle:
I. Ampliar na rede pública e privada a detecção precoce,
notificação oportuna e resposta rápida a suspeita de
sarampo, de maneira a assegurar a interrupção da
circulação do vírus.
II. Proceder a notificação imediata em até 24h à Secretaria
de Estado da Saúde.
III.Proceder a coleta de espécimes clínicos (sangue,
secreção nasofaríngea e urina) para a realização do
diagnóstico laboratorial.
IV.Adotar as medidas de controle (bloqueio vacinal seletivo
frente aos casos suspeitos e sua ampliação na presença
de sorologia reagente).
V. Orientar isolamento social.
Foram preconizadas pela Secretaria Estadual de Saúde
de São Paulo:
a) I, II, III, IV e V.
b) III, IV e V.
c) II, III e V.
d) I, II, IV e VI.
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