Tecnologia ou Metodologia? - Faculdades Integradas de Nova

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Tecnologia ou metodologia? O grande desafio para o século XXI – Giani Peres
Pirozzi/SESI/CEUNSP
Tecnologia ou Metodologia?
O grande desafio para o século XXI
PIROZZI, Giani Peres1
RESUMO
O presente artigo tem como premissa explanar sobre o conceito de tecnologia, bem como
ressaltar as diferentes tecnologias que cercam o ambiente escolar, sejam elas físicas,
organizadoras e simbólicas. Além disso, por meio de uma pesquisa teórico-bibliográfica esse
artigo tem como objetivo central compreender a evolução dos nativos e dos imigrantes digitais
na sociedade, além de expor diferentes recursos que o professor pode se utilizar na sua prática
educativa, tendo como cerne que mais importante do que toda e qualquer tecnologia é o uso
que se faz da mesma, ou seja, a didática que o professor tem para utilizar essas ferramentas, a
fim de otimizar o aprendizado dos alunos.
Palavras-chave: tecnologia – didática – metodologia
ABSTRACT
This articleis premisedon the concept ofexplainingtechnologyandhighlightthe different
technologiesthat surround theschool environment, whether physical, symbolicandorganizers.
Additionally, through atheoretical andresearchliteraturethispaper aimsat understandingthe
evolution ofdigitalnativesand immigrantsin society, besides exposingdifferentresourcesthat
teacherscanuse in theireducational practice, with the coremoreimportant thananytechnology is
theuse madeof it,ie, the teachingthat the teacher hasto usethese toolsin order tooptimizestudent
learning.
keywords: technology-training-methodology
Tecnologia ou Metodologia?
O grande desafio para o século XXI
“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes
terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos
filhos serão incapazes de escrever –
inclusive a sua própria história”.
Bill Gates
O grande desafio para os profissionais da educação no século XXI está
na utilização da tecnologia no cotidiano da sala de aula, com o intuito de
aprimorar a prática docente e otimizar o processo de ensino e aprendizagem
1
Giani Peres Pirozzi – Pedagoga formada pela UNICAMP, pós-graduada em Educação Física,
Esporte e Lazer (UNICAMP) e pós-graduada em Educação Infantil e em Psicopedagogia.
Contadora de Histórias. Coordenadora Pedagógica do SESI – Itu e professora universitária CEUNSP.
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dos alunos. Contudo, sendo um desafio, torna-se relevante lembrar que é algo
difícil, porém possível de acontecer no âmbito escolar.
Perrenoud (2000) nos traz que as inovações tecnológicas estão cada
vez mais presentes e com mais intensidade em todos os âmbitos da sociedade
e a escola não pode ficar alheia a essas mudanças. Faz-se mister incorporar
no cotidiano escolar as modernizações, as inovações e o que se tem de mais
atual no mundo contemporâneo. Hoje, mais do que nunca, o profissional do
futuro necessita ter a competência de saber utilizar as novas tecnologias em
seu favor.
Desafiador, instigante, conflitante, inovador... Talvez sejam estas as
definições sobre o que pensa o educador ao fazer uso das novas T.I.C.s
(Tecnologias da Informação e da Comunicação) na Educação.
Como diria o educador norte-americano Marc Prensky, o mundo de hoje
conta com dois tipos de pessoas: os nativos digitais e os imigrantes digitais. Os
nativos são a “nova geração” que já nasceram num ambiente cercado de
tecnologia, podendo ser compreendida como uma geração que nasceu
“apertando botões e clicando”. Já os chamados imigrantes digitais são
compostos por pessoas que não nasceram na era digital, mas precisam
incorporar as novas tecnologias e fazer uso delas em seu dia-a-dia.
Pode-se dizer que grande parte dos professores do século XXI são
imigrantes digitais que estão aprendendo a utilizar as novas tecnologias com o
objetivo do aprimoramento da prática pedagógica. E os alunos, claro, são
nativos digitais, em grande parte, dominam a tecnologia dos controles-remoto,
dos I-pods, do celular, bluetooth, do msn, Orkut, facebook, twitter, entre outros,
dando um show de habilidade e agilidade no domínio das T.I.C.s.
E o que fazer para eliminar ou amenizar a distância entre esses nativos
e esses imigrantes digitais? Quais os problemas que podemos enfrentar em
educação relacionada com essa divergência de conhecimento? É possível tirar
proveito dessa situação no ambiente escolar? Em que está pautada a
Educação no século XXI? Esses são alguns questionamentos que podem tirar
o sono de muitos educadores preocupados em oferecer o que há de melhor
para seus alunos.
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Todavia, a questão central está em questionar o que é tecnologia? E a
resposta é bem simples: tudo é tecnologia. Tudo aquilo que serve para auxiliar
o ser humano em seu trabalho e em sua vida faz parte da tecnologia. Na
educação temos algumas tecnologias que permeiam o trabalho pedagógico
como: o livro, a lápis, o giz, a lousa, o retroprojetor, o projetor de slides, as
enciclopédias... Numa evolução e numa perspectiva mais recente: os
computadores, e-books, as esferográficas, a lousa digital, o notebook, os
projetores multimídia, os sites da internet, etc...
Antes de considerar o conceito de tecnologia, faz-se necessário
dissociar: técnica de tecnologia. Segundo Zawislak apud Perini (2009): "técnica
é a ação ou conjunto de procedimentos e de objetos que constituem uma
atividade, não incluindo, porém, o estudo das razões de funcionamento da
suposta ação". Nesta mesma perspectiva tem-se Freitas apud Perini (2009)
que menciona que: "tecnologia é a técnica evoluída, fruto de ideias surgidas no
passado e que ao longo dos anos foram modificadas, atualizadas e
aprimoradas".
Nesta visão tem-se que tecnologia é a técnica mais aprimorada,
envolvendo um conjunto organizado de conhecimentos que visem a facilitação
e o uso de incrementos na vida do ser humano.
Pode-se dizer que tudo que está a nossa volta é tecnologia. Num sentido
mais amplo (BRITO e PURIFICAÇÃO, 2006) conceituam a tecnologia como
"um conjunto de conhecimentos especializados, com princípios científicos que
se aplicam a um determinado ramo de atividade, modificando, melhorando,
aprimorando os "produtos" oriundos do processo de interação dos seres
humanos com a natureza e destes entre si."
Segundo (SANCHO apud BRITO, PURIFICAÇÃO, 2006, p.19). Pode-se
classificar a tecnologia em três tipos: Físicas, Organizadoras e Simbólicas.
Com esta classificação, entende-se que as tecnologias físicas são os
instrumentos materiais utilizados diariamente, como por exemplo: uma caneta,
um livro, um telefone, um computador, o quadro-negro, o satélite... Assim,
considera-se que todo objeto é uma tecnologia física utilizada cotidianamente
com o intuito de aprimoramento, sendo um recurso prático aos seus usuários.
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As tecnologias simbólicas, por sua vez, compreendem toda linguagem
humana, como por exemplo: os signos e símbolos, a linguagem, a escrita, a
representação
icônica,
vocabulário...
Também
com
o
objetivo
de
aperfeiçoamento da comunicação humana.
E as tecnologias organizadorassão aquelas que compreendem os
modos de como nos relacionamos com o mundo, sempre buscando agilidade e
rapidez nos processos.
Diante desse prisma, tudo que está ao nosso alcance envolve a
tecnologia. Desde a nossa fala até os últimos aparatos tecnológicos. Assim,
com o intuito de resgatar o histórico das tecnologias, constatou-se que a
tecnologia é tão antiga quanto ao próprio homem, ou seja, desde que a
antiguidade, quando os primeiros hominídeos já se utilizam de uma pedra para
caçar, para cortar... ele já estava fazendo uso da tecnologia, pois aprimorava a
técnica e facilitava o seu trabalho, trazendo-lhe melhorias.
Assim, pode-se observar que a tecnologia, muitas vezes, acaba sendo
confundida com a “informática” o que vem a ser um equívoco, sendo esse
pensamento reforçado por muitos professores.
Uma grande inquietação dessa pesquisa consiste em questionar como a
tecnologia pode estar presente no âmbito educacional auxiliando o trabalho
pedagógico de toda equipe escolar.
Desse modo, ao buscarmos na história as primeiras salas de aulas, por
mais simples e arcaicas que fossem já eram dotadas de tecnologia. Quando se
fala em educação, mais especificamente a escola, muitas vezes, tem-se ainda
a imagem de uma sala de aula com um quadro-negro, uma mesa para o
professor e várias carteiras para os alunos, dispostas em fileiras. Algumas
escolas, mais tradicionais, ainda adotam um tablado elevado no qual o
professor (detentor do conhecimento) fica sobre este e ensina / transmite
conhecimento a seus alunos. Infelizmente, essa imagem é bem comum ainda
no século XXI. Pode ser que o tablado tenha desaparecido (embora em
algumas escolas ainda predomine seu uso), mas no geral, muitas vezes, ainda
encontramos um professor, a lousa e o giz e os alunos em filas.
Por mais que tenhamos sido abarrotados com tanto aparato tecnológico
(aparelhos multimídia, celulares, computadores, i-pods, i-pads, notebooks,
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lousa digital, pen-drive, retroprojetor, projetor de slides, entre outros), ainda há
pouca inovação na sala de aula. O professor, mantém sua didática e acaba
fazendo uso em sua aula do velho giz e lousa e da sua própria sala.
A tarefa do professor diante dessas grandes mudanças não é nada fácil.
Sendo um imigrante digital sofre aos buscar novas formas para dar aquela aula
que já conhece, já domina o conteúdo, mas precisa inovar em suas estratégias.
Por que precisa inovar? Por que, os professores do mundo moderno
concorrem, deslealmente, com a televisão, com os DVDs, com o cinema 3D,
com os programas de computadores, com a internet, com os chats, MSN,
redes sociais... e necessitam compreender as classificações dessa tecnologia
para melhorar sua prática educativa.
Reforçando esse pensamento tem-se Tiba (2006) que:
Atualmente o professor não é a única fonte de aprendizagem.
(...) O professor deixou de ser o responsável único e exclusivo
de informações, porque os alunos estão conectados a
televisão, canais a cabo, internet, multimídia. Aos poucos
jovens que ainda não estão globalizados, falta mais
oportunidade do que desejo [pelo aprender]. (TIBA, 2006, p.
28).
O professor, numa perspectiva de pesquisador, é o profissional que
como exemplo para seus alunos, não pode deixar de estudar, se aprimorar e
conhecer e dominar as novas tecnologias, objetivando tornar suas aulas mais
atrativas e motivadoras, resgatando a atenção dos alunos e fazendo com que
os mesmos se interessem pelo conteúdo de sua matéria.
Numa perspectiva dialógica, o professor ensina e aprende e o aluno
também aprende e ensina. Hoje, mais do que ter acesso à informação é
preciso selecionar a informação que deseja, transformá-la em conhecimento e
aplicá-la no cotidiano de modo a tomar decisões e agir com propriedade.
Sendo assim, o professor necessita estar atualizado sempre e ter a humildade
de dizer quando não sabe e também estar à disposição para uma busca
constante. Com esta postura esse profissional reforçaria o que Tiba (op.cit.)
retrata: “O professor estaria passando (ensinando) ao aluno o prazer de
aprender – com o professor aprendendo – e o prazer de ensinar – com o aluno
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ensinando”. Uma troca constante entre “nativos” e “imigrantes” digitais, em
busca de um trabalho de maior qualidade para todos.
Numa postura reflexiva, o professor é o profissional que tem que fazer
uso do tripé: Ação – Reflexão – Ação. Isto implica em preparar uma aula,
ministrá-la (ação) e depois, ao chegar em casa, refletir sobre seu feito,
repensar sua forma de ministrar o conteúdo, rever suas estratégias de ensino,
reorganizar sua prática (reflexão) e replanejá-la para uma nova aula, ou
melhor, uma nova (ação).
O profissional da educação que não se atualiza está obsoleto no mundo
moderno, podendo até virar artefato de museu, pois o mercado necessita de
pessoas cada vez mais integradas na tecnologia e que consigam fazer um link
entre o passado e o futuro. Aquele profissional que segue seu caderninho com
anotações do tempo da faculdade está com os dias contados.
Uma grande queixa dos professores é que os alunos não se interessam
pela aula, pela matéria ou conteúdo. E aqui cabe uma nova reflexão: Será que
as aulas que estes professores ministram são interessantes e estão de acordo
com o perfil desse novo público, desses nativos digitais?
Nosso mundo está em constante processo de modernização. As
informações se multiplicam a todo instante, gerando angústia, se pensarmos
que não daremos “conta” de dominar tudo aquilo que surge a cada dia como
sendo algo mais atual, inusitado e que necessita ser aprendido e incorporado.
O pior é que, sendo de gerações diferentes, estamos representando
formas de aprender diferente também. Em sua grande maioria, os imigrantes
digitais aprenderam de modo linear, o que representa que o professor ensinava
e o aluno aprendia. O ensino era transmissivo e contava com o professor que
dava suas aulas expositivas, ensinando seus alunos.
Nos dias atuais, os alunos não são mais passivos. Eles querem construir
junto com os professores, tem iniciativas e, com o advento da internet, facilitou
o modo de conhecer não-linear. Os alunos, acostumados com a linguagem da
internet, por meio dos hipertextos e hiperlinks, começam a fazer várias coisas
ao mesmo tempo, começam leituras que não terminam e seguem outros links
que mais lhe agradam e que convergem em conhecer tudo mais rápido,
individualizando o processo educativo e informativo.
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Se a forma de aprender mudou, com certeza o perfil do aluno também
se modificou. Os alunos não esperam mais do professor. Como diria Augusto
Cury2, temos cada vez mais alunos com a denominada SPA – Síndrome do
Pensamento Acelerado, que fazem várias coisas ao mesmo tempo e que
apresentam dificuldade de se concentrar num único aspecto. E aí surge mais
um desafio para o professor, profissional polivalente, que deve encarar seu
trabalho como algo em constante processo de mudança, antenado às
novidades, primando pela máxima do “aprender a aprender”, para poder
ensinar mais e melhor.
Carece ao professor levar em conta a realidade da escola onde se dá
aula. Muitas vezes, não é o profissional que não quer inovar, mas as condições
de trabalho que lhe são oferecidas não possibilitam que o mesmo apresente
mudanças.
O que se pretende esclarecer é que, como já foi abordado, tudo é
tecnologia, desde uma simples folha de papel, um jogo, uma calculadora,
enfim, todos são recursos que possibilitam a viabilização de um trabalho de
mais qualidade, inovando e primando por uma aprendizagem significativa, ou
seja, aprendizagem que o aluno apreenda o que está sendo desenvolvido e
saiba fazer uso em seu cotidiano.
Muitas vezes, o professor fica preocupado em inovar, em seus aparelhos
e recursos tecnológicos e, apresentando muitas dificuldades, ocorre um efeito
contrário. A aula que seria muito boa, sem a utilização de tais recursos, acaba
por se tornar não muito proveitosa em virtude de não se saber explorar o que a
tecnologia pode oferecer.
Outras vezes, a escola dispõe de diferentes recursos que acabam por
ocupar espaços em armários, ficando empoeirados, não sendo utilizados pelo
corpo docente, ou por falta de conhecimento do recurso, ou pelo simples medo
de danificar o aparelho.
Ao professor, cabe, como diria o educador francês Freinet fazer uso da
“Pedagogia do Bom-senso”, não fazendo apologia às tecnologias, mas também
2
Cury, em sua obra: “Pais brilhantes, professores fascinantes”, descreve esse fenômeno
conhecido com SPA – Síndrome do Pensamento Acelerado, como sendo um mal da nossa
época.
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reconhecendo que a simplicidade, bem desenvolvida, pode trazer frutos muito
proveitosos para o andamento escolar dos alunos.
O ensino precisa ser modificado. Para isso, faz-se necessário discernir
duas palavras que, corriqueiramente, são utilizadas como sinônimos, mas que
envolvem conceitos e implicações de grande diferenciação: INFORMAÇÃO x
CONHECIMENTO.
Na escola, mais especificamente, em sala de aula trabalha-se com
dados, informações, conhecimentos... Entretanto, alguns autores esmiúçam
tais itens, retratando que os dados são registros, fatos, soltos que estão
aleatoriamente dispostos em nosso meio. Para Côrtes (2008) apud Perini
(2009): “A informação é gerada quando os dados passam por algum tipo de
relacionamento, avaliação, interpretação e organização”. Isto é a informação
que é composta por um conjunto de dados, organizados entre si, que passam a
dar sentido / significado diante da compreensão de fatos.
Assim, a escola de ontem, tinha na função do professor, o foco de
transmissor do conhecimento, isto é, indo além da informação. Rememorando
Côrtes (op.cit.) o conhecimento é mais amplo. O autor faz a seguinte analogia:
“... o dado é um tijolo, a informação é uma parede construída por vários tijolos e
o conhecimento é um cômodo construído a partir da organização e correto
relacionamento de várias paredes”. O professor que transmite conhecimento é
aquele que trabalha com informações organizadas e que permite utilizá-las de
modo significativo no cotidiano por meio de uma aprendizagem.
A escola, tendo como essência o trabalho com conhecimento, avança
também. No século XXI a transmissão do conhecimento já não dá mais conta
do trabalho escolar. O professor necessita propor a construção do
conhecimento em que o aluno é co-autor do processo educativo, ou seja, a
aprendizagem torna-se interativa e o aluno também constrói conhecimento com
as intervenções de seus professores.
Nesse prisma os recursos tecnológicos são essenciais para que a aula
dos
professores possa
ser
atualizada.
O
professor
(transmissor
de
conhecimento) fazia uso da lousa e do giz e os alunos em filas, absorviam toda
informação/conhecimento do professor. Essa metodologia está ficando
defasada, pois por mais recursos que os alunos se deparam fora da escola, o
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educando acaba concebendo a sala de aula como um local antiquado, sem
atrativos, e não consegue mais ficar passivo.
Diante da mudança de perfil de aluno (que como já foi dito, não é mais
passivo, mas que necessita ser ativo no processo educativo), o professor
necessita atualizar sua aula. O papel do professor deixa de ser transmissor
para ser co-construtor de conhecimento junto com seus alunos. As tecnologias,
entretanto, amparam a sociedade do conhecimento, dinamizando a aula e
modificando a dinâmica escolar. O professor, buscando inovar, pode fazer uso
do computador (informática), dos recursos multimídia (datashow), do rádio, da
TV, utilizar fragmentos de filmes de DVD, retroprojetor, livros variados etc,
sempre com o intuito de enfatizar que a aula produz conhecimento, ou seja,
organiza os dados, atraindo os alunos, e proporcionando aos mesmos a
utilização destes na vida.
Assim, tornado a aprendizagem mais significativa, isto é, utilizando-a
além dos muros escolares, o professor pretende corroborar como que foi
pretendido por Côrtes numa pirâmide da hierarquia da informação. O trabalho
da escola deve ir além do trabalho com dados, informação e conhecimento. A
escola deve trabalhar com mais dois degraus da pirâmide que é a inteligência,
visando à sabedoria. A sociedade atual não necessita somente de pessoas
modernizadas que saibam apertar botões. A demanda maior está em formar
cidadãos que aprendam significativamente, ou seja, que saibam fazer uso no
dia a dia dos conhecimentos aprendidos em sala de aula.
Para Libâneo (1994):
A aprendizagem escolar é, assim, um processo de assimilação
de determinados conhecimentos e modos de ação física e
mental, organizados e orientados no processo de ensino. Os
resultados da aprendizagem se manifestam e modificações na
atividade externa e interna do sujeito, nas suas relações com o
ambiente físico e social.
Vale ressaltar que Libâneo especifica que a aprendizagem só acontece
de fato quando há uma assimilação ativa ou uma apropriação de
conhecimentos e demais habilidades.
A discussão inicial entre Informação x Conhecimento de nada cabe se
não for levado em conta o objetivo primordial que é a aprendizagem. Por mais
recursos tecnológicos a escola disponha, por mais inovações o professor
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procure fazer uso, tudo deve culminar na aprendizagem do educando. Assim, a
tecnologia, vem a ser, como em sua essência, somente um aparato que facilite
a aprendizagem na escola, tendo em vista o que propôs Libâneo no processo
de assimilação ativa:
O processo de assimilação ativa é um dos conceitos
fundamentais da teoria da instrução e do ensino. Permite-nos
entender que o ato de aprender é um ato de conhecimento pelo
qual assimilamos mentalmente os fatos, fenômenos e relações
do mundo, da natureza e da sociedade, através do estudo das
matérias de ensino. Nesse sentido, podemos dizer que a
aprendizagem é uma relação cognitiva entre o sujeito e os
objetos de conhecimento. (LIBÂNEO, 1994, P. 83).
Não se pretende com este artigo sobrecarregar o papel do professor,
nem retratar que o profissional da educação deva jogar fora tudo aquilo que
aprendeu e que domina e se engajar nos artefatos tecnológicos e dominar com
propriedade a informática. Ao profissional cabe, antes de jogar fora a velha
“camiseta surrada”, precisa de uma nova camiseta, que seja confortável e que
seja agradável, mas com um layout moderno. Isto significa que antes de
abraçar novos métodos, novas tecnologias, o professor também precisa de um
tempo para incorporar as mudanças, para digerir o número excessivo de
informações para só então, refletindo sobre sua prática, inovar buscando a
atenção do aluno, tornando suas aulas mais atrativas e, sobretudo, que haja
aprendizagem significativa.
Como diria Moran (2007):
As tecnologias são meio, apoio, mas com o avanço das redes,
da comunicação em tempo real e dos portais de pesquisa,
transformaram-se em instrumentos fundamentais para a
mudança na educação. Há uma primeira etapa, que é a
definição de quais tecnologias são adequadas para o projeto
de cada instituição. Depois, vem a aquisição delas. (...) Em
seguida, vem o domínio técnico-pedagógico, saber usar cada
ferramenta como ponto de vista gerencial e didático, isto é, na
melhoria de processos administrativos e financeiros e no
processo de ensino e aprendizagem.
Antes de qualquer coisa, torna-se necessário levar em conta a realidade
da escola onde se dá aula. Muitas vezes, não é o profissional que não quer
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inovar, mas as condições de trabalho que lhe são oferecidas não possibilitam
que o mesmo apresente mudanças.
Conforme expõe Silva e Vizim (2003):
As tecnologias remontam a tempos primitivos no campo
educacional, muito embora não reconheçamos, por força da
idéia de “novas” tecnologias, um velho “quadro-negro” como
uma ferramenta tecnológica, ou mesmo um pedaço de giz,
mas podemos dizer que os homens continuam recriando
aparelhos, ferramentas, técnicas e tecnologias instrumentais,
aperfeiçoando o que chamamos de tecnologias simbólicas,
como a linguagem, a escrita, as representações simbólicas e
icônicas, e muito mais. (SILVA; VIZIM, 2003 p. 203).
O que acontece frequentemente no ramo educacional é a confusão entre
tecnologia e informática. O professor, em grande parte das vezes, associa o
uso da tecnologia como atrelado ao mundo da informática e as questões
digitais, esquecendo, ou melhor, não distinguindo que todo instrumento a
serviço da melhoria da qualidade dos serviços e do aprimoramento da ação
humana é considerado uma tecnologia.
DIFERENTES RECURSOS TECNOLÓGICOS A SERVIÇO DO PROFESSOR
O professor pode fazer uso de diferentes tecnologias para inovar em
sala de aula, além de contar com diferentes tecnologias que facilitem o seu
trabalho, bem como possibilite uma maior acessibilidade do aluno com
necessidades educativas especiais. Existe uma infinidade de recursos à
disposição do professor, alguns deles serão expostos a seguir:
Usar um DVD ou um Vídeo – com propósito educativo – preparando a
turma para essa atividade, discutindo, analisando, explorando diferentes
habilidades e competências como (analisar, criticar, interpretar, aplicar...)
evitando, assim, como diria Moran (2007), a banalização do vídeo, ou seja, o
vídeo pelo vídeo ou o vídeo como tapa-buraco, sem finalidade pedagógica e
também o encantamento pelo vídeo, utilizando vídeos para substituir a
explicação do professor e a interação com seus alunos por meio da discussão.
Dessa forma, o recurso ao invés de auxiliar, acaba por comprometer a vivência
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e deixa de ser produtivo, sendo encarado pelos alunos como um mero
passatempo.
Utilização de Projetores Multimídia, conhecidos como datashow, que
reproduzem o que o computador traz na tela. Um recurso interessante,
queconta com aparato visual e auditivo, pode muito bem ser explorado pelo
professor, fornecendo informações, diferentes gêneros textuais, apresentações
de diferentes assuntos elaboradas em PowerPoint, elaboração de Quiz3 – jogo
de perguntas e respostas (virtuais), isto é, realizados no computador que
poderá ser um elemento mobilizador da aprendizagem para os alunos. Caso a
escola não possua tal recurso, o professor precisa ser criativo, podendo
explorar recursos que a escola disponibiliza como um projetor de slides, um
retroprojetor, um rádio, etc.
O Retroprojetor como o próprio nome já diz projeta na lousa ou na
própria parede as transparências elaboradas pelo professor (o professor pode
scannear um livro e lê-lo para os alunos, projetando as ilustrações na tela; O
professor pode contar histórias utilizando esse recurso; Pode trabalhar com
aspectos matemáticos, mostrando na tela operações no concreto com material
dourado, por exemplo; Pode também utilizar a mesma a apresentação feita em
PowerPoint e imprimir em transparências e apresentar para a turma; Além
disso, pode também fazer um teatrinho de sombras; Enfim o que não falta são
maneiras inusitadas de se utilizar o mesmo recurso em classe).
Se a escola possui um Laboratório de Informática ou uma sala com
alguns computadores pode-se explorar esse recurso ensinando o aluno a
pesquisar online. Oferecer diferentes bases de dados e sites interessantes que
tenham credibilidade científica, explorando a leitura por meio dos diferentes
hiperlinks apresentados nestes sites. Além de enfatizar o uso consciente do
computador (Internet) para a pesquisa, diferenciando a pesquisa da cópia ou
pescópia (cópia da Internet), sem reflexão e também abolindo e alertando
sobre o plágio que é, antes de tudo, um crime moral.
A tecnologia está a disposição de todos, contudo o mais importante, é
saber fazer uso dessa tecnologia para o bem da Educação. Além disso, os
Computadores podem ser utilizados em matemática com tabelas, gráficos,
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Expressão de origem norte-americana que implica num jogo de perguntas e respostas.
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porcentagem... como editor de textos, em arte, enfim, tudo vai de “como” se
pensa essa tecnologia e como a explora.
Ainda utilizando os computadores contando com o apoio ou suporte
pedagógico, as WebQuests são uma forma inteligente de instigar à pesquisa
no universo escolar. Bernie Dodge4, em 1995, foi o criador do conceito de
WebQuest. Conforme o exposto pelo Portal Educared, a WebQuest é uma
proposta metodológica para usar a Internet de modo criativo. Desse modo, o
Portal Educared traz que:
A WebQuest é uma atividade didática para os ensinos Fundamental,
Médio e Superior para incluir nas aulas a Internet, em especial a
busca de informação na Rede. Pode desenvolver o pensamento
reflexivo e crítico dos alunos, como também estimular a sua
criatividade. (EDUCARED, 2006).
Em se tratando de pesquisa, a premissa de Dodge era que “o principal
objetivo da WebQuest é desenvolver a pesquisa dos alunos em sites da
Internet com critérios e perguntas especificadas pelos professores”.
A pesquisa,
na
perspectiva
desse
autor,
assume
um caráter
construtivista, pautado em alguns passos essenciais como: introdução
(indicação da pesquisa); tarefa (problemática da pesquisa); processo (passos
necessários para a realização da tarefa); recursos (links e dispositivos que
podem direcionar o aluno a selecionar as informações necessárias para o
cumprimento da tarefa); avaliação e conclusão (demonstrando como esse
trabalho pode ser avaliado e melhor direcionado, bem como é um espaço de
reflexão sobre o processo de pesquisa da WebQuest). Assim, a ferramenta
“computador” pode ser utilizada para contribuir de modo eficiente na realização
de uma pesquisa em sala de aula, indo além da pescópia. Para tal, a
WebQuest é uma forma de gerenciar a pesquisa do aluno. Parafraseando um
ditado popular: “Não é dar o peixe, mas ensinar a pescar”. A orientação
implícita nas WebQuests facilitam o uso de fontes seguras, bem como
direcionam o “saber-fazer”, isto é, aplicar em situações concretas as
informações disponíveis na rede.
4
Bernie Dodge – desenvolveu a metodologia de trabalho da WebQuest em San Diego
StateUniversity (EUA), em 1995. Para este autor as WebQuests utilizam problemas ou
situações do mundo real e tarefas autênticas para despertar o interesse dos alunos.
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A Lousa – do simples Quadro Negro à Lousa Digital ou Quadro
Interativo. Que grande avanço. O professor necessita urgentemente dominar
tais recursos. Sendo um imigrante digital, não é preciso ter vergonha em dizer,
não conheço tal recurso, mas, sobretudo, é preciso ter humildade em querer
aprender e buscar sempre mais.
Muitas vezes, o problema não está na tecnologia, mas recai na forma ou
modo de como o profissional usa essa tecnologia. E aí, são encontradas
também muitas práticas extremamente tradicionais fazendo uso de tecnologias
de ponta. Desse modo, a tecnologia não deve ser vista como a panaceia para
as práticas educativas, mas é preciso atualizar a metodologia e complementála com os recursos tecnológicos, viabilizando, de fato, novas práticas
pedagógicas.
Enfim, essas são algumas formas de utilizar os recursos tecnológicos
com a preocupação central de almejar sucesso às práticas educativas e
aproximar os nativos e os imigrantes digitais, diminuindo a distância entre
ambos e fortalecendo o vínculo professor-aluno, sempre com o intuito de que
haja aprendizagem, que essa seja significativa e que traga melhores índices na
Educação.
A DIDÁTICA COMO GRANDE ALIADA AO PROCESSO EDUCACIONAL
O grande cerne para que o processo educativo dê certo, isto é, gere
aprendizagem efetiva, não está no quanto de tecnologia possui a escola, muito
menos, se estas tecnologias são de última geração. O diferencial está na ação
/
uso
damesma.
A
isso
está
atrelada
a
ação
do
professor
e,
consequentemente, sua didática. O professor que tem didática é aquele que
sabe dar aulas, sabe conduzir sua turma, questiona, desafia e utiliza-se de
diferentes estratégias para atingir seus objetivos, escolhendo diferentes
caminhos para que haja a aprendizagem significativa. Dessa forma, o professor
que tem didática sabe utilizar a tecnologia como um meio e não como um fim
no processo educacional.
Não almejo colocar a tecnologia como a solução para todos os males da
sociedade e da educação moderna, mas ela pode e deve contribuir com a ação
do professor, pois, como propriamente está em seu conceito, a tecnologia
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serve para aprimorar a ação humana, otimizando, no caso na educação, a
aprendizagem dos indivíduos.
Para Silva e Vizim (2003):
O ato de educar, como ação dialógica, é uma relação
privilegiada e insubstituível, que traz, em seu bojo, outras
formas não visíveis de tecnologias educacionais em ação,
aquelas que são instituídas com e pelas pessoas,
simbolicamente. Neste encontro e incorporação de novas
tecnologias aos educandos com necessidades educativas
especiais é que é necessário um exaustivo estudo das suas
características,
peculiaridades,
potencialidades
e,
principalmente, de suas limitações (203-204).
Perrenoud (2000) traz as dez novas competências para ensinar, como
sendo um guia para o educador do século XXI. Uma das competências exposta
por este autor suíço é “Utilizar novas tecnologias”. Assim, o diferencial está em
saber fazer uso com competência do aparato tecnológico à disposição do ser
humano.
Além disso, propõe estratégias de como utilizar a informática na escola,
explorar editores de textos (facilitando o trabalho do professor ao preparar sua
aula e ministrá-la), explorar as potencialidades didáticas dos programas que
estão no mercado, relacionando-os aos objetivos de ensino, comunicar-se à
distância por meio da telemática5 e saber utilizar as ferramentas multimídia no
ensino.
Perrenoud ainda expõe que:
Uma cultura tecnológica de base também é necessária para
pensar as relações entre a evolução dos instrumentos
(informática e hipermídia), as competências intelectuais e a
relação com o saber que a escola pretende formar. Pelo
menos sob esse ângulo, as tecnologias novas não poderiam
ser indiferentes a nenhum professor, por modificarem as
maneiras de viver, de se divertir, de se informar, de trabalhar e
de pensar. Tal evolução afeta, portanto, as situações que os
alunos enfrentam e enfrentarão, nas quais eles pretensamente
mobilizam e mobilizarão o que aprenderam na escola.
(PERRENOUD, 2000, p. 138-9).
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Telemática – corresponde à fusão dos termos telecomunicações com informática.
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A ação do professor é o aspecto essencial para a aprendizagem do
aluno. Esta deve vir acompanhada da tríade: Ação – Reflexão – Nova Ação,
sempre tendo como finalidade a busca de alternativas para a aprendizagem,
fazendo-se valer das novas tecnologias que estão à disposição no mundo
moderno.
Desse modo, retratando a importância da didática no processo
educativo, cabe ressaltar que todo educador para ser completo, deve ter em
suas ações a eficiência e eficácia.
Um bom professor precisa ser eficiente, isto é, necessita seguir os
passos adequados para uma boa ação educativa, pensando no processo. Deve
preparar a aula, ser organizado, fazer a chamada, atentar-se para quais
recursos e estratégia irá fazer uso, prevendo antecipadamente, de modo a
evitar imprevistos.
Atrelado a isso, o professor também necessita ser eficaz (atingir um fim
máximo), ou seja, carece trazer resultados à prática educativa e demonstrar
que, fez com que seus alunos apreendessem o conteúdo, ou melhor,
aprendessem
de
modo
significativo
e
que
os
mesmos
levem
tais
conhecimentos para o restante de suas vidas, incorporando-os em suas ações
cotidianas.
Assim, teremos uma educação de qualidade, com ações eficientes e
eficazes, que complementem o processo educativo e professores com didática,
primando pela práxis pedagógica, estabelecendo uma ponte entre a “teoria
praticante” e a “prática teorizante”, no qual o discurso seja substituído por
práticas educativas que façam a diferença.
Em suma, este trabalho buscou clarificar o que representa a expressão
tecnologia para os profissionais da Educação, procurando desmitificar que
tecnologia não necessariamente precisa estar associada à informática. Sendo
assim, tecnologia é tudo aquilo que o ser humano faz uso para se beneficiar e
melhorar sua qualidade de vida e suas ações.
Dessa forma, este trabalho busca compreender o ser humano como ser
humano integral (biopsicossocial), que aprende de diferentes modos,
priorizando a existência da diversidade, pois é na diferença que se cresce.
Assim, a tecnologia surge como recurso imprescindível para atingir a todos os
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educandos, inclusive os que apresentam problemas ou eventuais dificuldades
de aprendizagem.
O grande desafio, como bem frisou Moran é compreender que:
É importante humanizar as tecnologias: [estas] são meios,
caminhos para facilitar o processo de aprendizagem. É
importante também inserir as tecnologias nos valores, na
comunicação afetiva, na flexibilização do espaço e tempo do
ensino-aprendizagem. (MORAN, 2007. p. 38).
Sob esse prisma a tecnologia não é a “salvadora da educação do século
XXI”, mas, se bem empregada, com consciência do educador, ela pode ser
otimizada e pode também trazer sucesso no âmbito escolar, buscando sanar e
ou amenizar as dificuldades de aprendizagem, contribuindo com a educação
sendo um elemento mobilizador, isto é, um chamariz para a aprendizagem
significativa.
Enfim, em pleno século XXI, estamos em busca de uma sociedade que
prime pelo Conhecimento, que vá além do mero conjunto de Informações, e
que faça uso das diferentes tecnologias em favor da Educação, da Cultura e da
Aprendizagem. Assim, almeja-se uma sociedade que respeite o próprio em
suas potencialidades e suas limitações e que inclua a todos no processo
educacional.
Cabe, sobretudo, a todos os educadores, força de vontade, iniciativa
(para buscar aproximação dos alunos) já que grande parte dos educadores são
“imigrantes digitais” e criatividade, pois com muito pouco é possível fazer
acontecer uma aula que os alunos jamais se esquecerão.
Às vezes, nos deparamos com muita parafernália eletrônica e o
professor não capacitado para utilizar as mesmas. O que é preciso
urgentemente é saber como reconhecer essas tecnologias e adaptá-las as
nossas finalidades educacionais.
Como já foi dito, reforço a ideia de que tecnologia é tudo, desde uma
simples folha de papel, um quadro, um giz, uma TV, etc. E essa tecnologia
ligada à ação docente (didática), juntamente com “bom senso” fará o diferencial
no aprendizado das futuras gerações, que aprendem por diferentes canais
(auditivo, visual, cinestésico-corporal...), principalmente dos indivíduos que
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apresentam dificuldades de aprendizagem.
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Artigo recebido em 01/2013. Aprovado em 02/2013.
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