I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte USO DE ADITIVOS EM FORRAGENS CONSERVADAS Daniel de Paula Sousa1, Joelson Antonio Silva2, Isis Scatolin de Oliveira3 1 Professor da Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia – UFMT, Cuiabá–MT 2 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da FAMEV/UFMT, Cuiabá–MT 3 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia do DZO/UFV, Viçosa-MG INTRODUÇÃO Quando se considera a adoção de determinada tecnologia, capaz de interferir em um processo produtivo, com objetivos de reduzir perdas e aumentar a eficiência de utilização dos recursos disponíveis, é imprescindível examinar resultados alcançados, os avanços em desenvolvimento ao longo dos anos e as perspectivas e desafios a serem pesquisados, para que se tenha maior probabilidade de sucesso e de uso real na prática. O uso de aditivos microbianos e enzimáticos, tecnologia em questão, data o início de seu desenvolvimento de longo tempo. O princípio do uso de culturas de microrganismos produtores de ácido lático data de mais de 100 anos, sendo utilizado inicialmente para melhorar a fermentação de resíduos de polpa de beterraba (WATSON e NASH, 1960). O uso de inoculantes microbianos a partir de então se tornou comum na França (DAVIES, 2010) e sucessivamente foram desenvolvidas metodologias para crescimento de culturas puras e seleção de bactérias benéficas produtoras de ácido lático. Os estudos, na maioria das vezes, provavam efeitos benéficos da aplicação destes inoculantes nas silagens de beterraba quando comparadas a silagens sem a adição do aditivo. Estudos posteriores realizados por Völtz (1918) citado por Watson e Nash (1960) inocularam grama estrela com Bacillus cucumeris fermentati e produziram silagens com relação ácido lático em comparação aos demais ácidos voláteis de 3,5: 1; relação considerada ideal quando se preconiza menores perdas no processo fermentativo e melhor qualidade da silagem final produzida. I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte Apesar dos trabalhos pioneiros com objetivos de desenvolver e demonstrar os potenciais benefícios do uso de inoculantes microbianos, aditivos para silagens continuam, bom tempo depois a serem vistos por fazendeiros e empresários rurais como de pouco valor. Em países de maior desenvolvimento na área de aditivos, e com maior tempo em estudo desta tecnologia, este descrédito permaneceu até principalmente meados da década de 80. No Brasil, a aceitação ainda é pouco comum, apesar do aumento de utilização dos inoculantes. O aumento da aceitação se deve em parte, pelo aumento no número de estudos realizados e de linhas de pesquisa específicas nos centros de estudo, do aumento no número de pesquisadores em formação e que trabalham no tema, bem como dos avanços mundiais ocorridos nos últimos 25 anos. Quanto ao desenvolvimento de enzimas, os trabalhos iniciais também datam do início do século XX, em que foram feitos os primeiros isolamentos e utilização. O trabalho desenvolvido pelo japonês Takamine foi uma das primeiras vezes em que foram isoladas carboidrases e proteases de fungos e demonstrado suas utilidades para melhorar o tradicional “koji” (arroz fermentado). Desde então, a tecnologia para identificar, extrair e produzir enzimas em escala comercial tem progredido dramaticamente e atualmente são utilizados nos mais diversos processos industriais como indústria têxtil, papel e celulose, processamento de peles, química, tratamento de poluentes, dentre outras (DANIEL et al., 2010). A forma mais racional do uso de enzimas está na melhoria do valor nutritivo dos alimentos. Todos os animais utilizam enzimas no processo de digestão, os quais podem ser produzidas pelo próprio animal, pelos microrganismos presentes no trato digestório, ou mesmo por fontes exógenas. O uso de fontes exógenas tem como função: degradar fatores anti-nutricionais dos alimentos, melhorar digestão de alimentos por animais jovens, com trato digestório imaturo ou com produção endógena insuficiente, aumentar a disponibilidade de nutrientes dos alimentos e como conseqüência aumentar desempenho dos animais. Pode-se também associar os efeitos benéficos no processo digestivo à menor excreção de nutrientes provenientes da criação de animais e reduzir a poluição ambiental relacionada à criação de animais e promover a produção de alimentos mais seguros. I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte A utilização de enzimas para ruminantes se dividiu em duas vertentes. A primeira, do uso de enzimas para aumentar a capacidade de digestão dos carboidratos presentes na parede celular dos alimentos, sendo adicionada diretamente a dieta. E a segunda utilização, tecnologia em grande crescimento, o uso de enzimas na ensilagem de forrageiras. Enzimas que degradam a parede celular de plantas têm sido adicionadas a forragens no momento da ensilagem para melhorar o processo fermentativo e a produção animal. Estas enzimas podem possibilitar a quebra e solubilização de polissacarídeos estruturais (celulose e hemicelulose) da parede e disponibilizar açúcares (SHEPERD e KUNG JÚNIOR., 1994). Durante a ensilagem, bactérias ácido láticas podem converter açúcares solúveis e disponibilizados pela degradação dos carboidratos da parede celular a ácido lático. Principalmente quando o substrato para a fermentação é limitado, a adição de enzimas pode prover maior teor de açúcares, melhorar o processo de fermentação, resultar em silagens de menor pH e maior teor de ácido lático. Caso a adição de enzimas promova a hidrólise de porções consideráveis de parede celular, espera-se redução do teor de fibra e conseqüentemente maior digestibilidade e desempenho dos animais alimentados. LIMITAÇÕES DAS FORRAGEIRAS PROCESSO DE ENSILAGEM E PERDAS ASSOCIADAS AO O objetivo principal na preservação de forragens pela fermentação natural é obter condições anaeróbicas. Na produção de silos convencionais, a eficiência com que a anaerobiose é obtida depende do grau de compactação e da eficiência de vedação do material. A vedação do material previne a reentrada e circulação de ar durante o período de estocagem. Quando o oxigênio entra em contato com a massa, há atividade de microrganismos aeróbicos, perda de valor nutritivo do material, formação de produtos tóxicos e consequente diminuição do desempenho esperado dos animais. Outro objetivo pela ensilagem é diminuir a atividade de microrganismos indesejáveis, como clostrídios e enterobactérias. Clostrídios estão normalmente I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte presentes na forma de esporos nas forragens colhidas. No entanto, multiplicam-se, assim, que as condições se tornam anaeróbicas. O crescimento desses microrganismos é indesejável, por produzirem ácido butírico e degradarem aminoácidos a uma grande variedade de produtos de baixo valor nutricional. As enterobactérias, microrganismos anaeróbicos facultativos (crescem tanto em presença ou ausência de oxigênio), não são formadores de esporos, fermentam açúcares a ácido acético e outros produtos e, da mesma forma, tem a habilidade de degradar aminoácidos. O modo comum de inibir o crescimento desses microrganismos é pela redução do pH do meio por intermédio da fermentação lática. As bactérias láticas, normalmente presentes em pequeno número na forragem colhida (101 UFC/g MS), assim como as enterobactérias, são anaeróbicos facultativos. Esses microrganismos fermentam o açúcar de ocorrência natural (principalmente glicose e frutose) a uma mistura de ácidos, predominantemente o ácido lático. O ácido lático produzido, tanto na forma dissociada ou não, aumenta a concentração de íon hidrogênio, diminui o pH do meio e inibe o desenvolvimento das bactérias indesejadas (MCDONALD et al., 1991). Dessa forma, as características químicas e microbiológicas de uma silagem estável, de qualidade, inclui altos teores de ácido lático relativo a ácido acético e ácido butírico, baixo pH, baixos teores de amônia e nitrogênio volátil e baixa contagem de microrganismos anaeróbicos formadores de esporos, que garantem que a massa estocada se mantenha estável sem maiores perdas advindas do processo de fermentação (VIEIRA et al., 2004) (Tabela 1). I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte Tabela 1 – Classificação qualitativa de silagens segundo diversos critérios Excelente 30-35 Boa Satisfatória Ruim PAIVA (1976) MCDONALD ET AL. (1991) MEESKE ET AL. (1993) >25 20-29 MS (%) <3,8 pH Fonte 3,8-4,2 3,8-4,2 4,2-4,6 >4,6 PAIVA (1976) VILELA (1998) Ácido lático (%MS) 4-6 >5 5-3 3-2 <2 ROTH E UNDERSANDER (1995) RODRIGUEZ ET AL. (1999) Ácido acético (%MS) <2 <2,5 >2,5 >2,5 >2,5 ROTH E UNDERSANDER (1995) RODRIGUEZ ET AL. (1999) Ácido propiônico <0,5 ROTH E UNDERSANDER (1995) Ácido butírico <0,1 ROTH E UNDERSANDER (1995) N-amoniacal (% do N total) 0-10 <5 Carboidratos solúveis (% MS material original) >2,5 PETTERSON E LINDGREN (1989) FDN (% da MS) <41 MCDONALD ET AL. (1991) DIVMS (%) >65 Bactérias ácidolácticas (UFC/g de silagem) >10 Leveduras (UFC/g silagem) <10 Fungos (UFC/g silagem) <10 Aeróbios totais (UFC/g silagem) <10 10-15 15-20 >20 <12 65-55 55-40 <40 AFRC (1987) ROTH E UNDERSANDER (1995) MOLINA ET AL. (2002) PAIVA (1976) 8 MUCK (1988) 5 ROTH E UNDERSANDER (1995) 5 ROTH E UNDERSANDER (1995) 5 ROTH E UNDERSANDER (1995) Fonte: Adaptado de Vieira et al. (2004). Para que seja possível atingir situações ideais na estocagem de forragem, vários fatores foram identificados como de grande influência no processo de ensilagem e incluem o número inicial de bactérias, capacidade tampão e teores de matéria seca (MS), carboidratos solúveis (CS), proteína bruta (PB) e hemicelulose da forrageira ensilada (WOOLFORD, 1984; MUCK, 1988). Capacidade tampão simplificadamente é a resistência intrínseca da forrageira em sofrer alterações nos valores de pH pela adição de ácido ao meio. Diferentes culturas e variedades têm exigências distintas de ácido lático I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte para atingir os mesmos valores de pH e inibir microrganismos indesejados. Em geral, leguminosas são mais tamponadas do que gramíneas (MUCK e WALGENBACH, 1985) e milho (MCDONALD et al., 1991), em parte devido ao maior teor de nitrogênio, que auxilia em manter o pH alto nessas forrageiras. O teor de MS da forrageira ensilada, da mesma forma, tem grande influência na taxa de fermentação, no desenvolvimento de bactérias e na quantidade de carboidratos necessários para a completa fermentação da massa ensilada. Em silagens úmidas, o pH crítico para preservação e estabilização das silagens é menor, já que bactérias indesejáveis, como clostrídios e enterobactérias, têm bom crescimento em silagens com teores menores que 30% de MS (CRANSHAW, 1977). Existem evidências que comprovam que podem ocorrer silagens deterioradas a partir da fermentação secundária por clostrídios em silagens úmidas, após a fermentação primária lática, o que propicia aumento da temperatura da massa, maiores valores de pH, altos teores de nitrogênio solúvel e volátil e baixos teores de ácido lático nestes casos (MUCK e BOLSEN, 1991). Silagens deterioradas por fermentação clostrídica apresentam cheiro forte, reduzida ingestão e baixo desempenho pelos animais (SMITH et al., 1986). Para que haja produção rápida e manutenção de altos teores de ácido lático, com consequente redução das perdas fermentativas, é essencial inibir o crescimento dessas bactérias indesejadas. Fatores, como contagem inicial de bactérias homofermentativas, além de maiores teores de carboidratos solúveis da planta ensilada, têm papel fundamental na fermentação e desenvolvimento de silagens a partir de forragens com maiores teores de umidade. Os fatores que influenciam no conteúdo de CS nas forrageiras são a espécie, o cultivar, o estágio de crescimento, as variações diurnas, climáticas e as advindas do nível de fertilização. Leguminosas e gramíneas apresentam teores menores de CS fermentáveis que o milho e, consequentemente, maiores dificuldades de serem ensiladas (SMITH et al., 1986). A hidrólise de carboidratos estruturais, como celulose, hemicelulose e pectina, do mesmo modo, é sugerida como fornecedor de parte do açúcar necessário para a fermentação lática. Em silagens úmidas, 10 a 20% da hemicelulose são aparentemente hidrolisadas durante a ensilagem I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte (MORRISON, 1979). No entanto, apesar de ser constatada hidrólise da celulose, estas ocorrem a taxas bem menores, comparada à hidrólise da hemicelulose, o que demonstra claramente a maior facilidade e uso da hemicelulose como fonte de açucares (PITT et al., 1985). Como a hemicelulose é um carboidrato heterogêneo, formado a partir de diferentes compostos, diferentes espécies e variedades, do mesmo modo, apresentam hemiceluloses de diferentes solubilidades e potenciais distintos de fornecer açúcares durante a fermentação. Para Muck e Bolsen (1991), as leguminosas apresentam menor solubilidade da hemicelulose comparada a gramíneas. Por serem utilizadas inúmeras culturas e forrageiras, de variedades e maturidades distintas para a produção de silagens, inúmeras são as situações e fatores associados. É quase impossível que todos os fatores relacionados à maior eficiência de fermentação estejam em níveis ideais, ou pelo menos adequados, para auxiliar na obtenção de silagens estáveis, de melhor qualidade. Como pode ser observado a partir de dados da Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (VALADARES FILHO et al., 2002), trabalhos de McDonald et al. (1991) e Martinsson (1992) sobre poder tampão das forrageiras (Tabela 2), o milho e o sorgo são as culturas mais adequadas a serem ensiladas em nossas condições. Essas culturas apresentam maiores teores de CS, baixos teores de nitrogênio e são ensiladas normalmente com teores de MS acima de 30%. Nesse caso, os maiores problemas estão relacionados à fase após a abertura dos silos. Como a ensilagem dessas culturas leva à rápida fermentação e estabilização da massa, caso haja compactação e vedação bem feitos, há grande preservação dos CS, prontamente disponíveis a microrganismos aeróbicos oportunistas na abertura do silo, que podem ocasionar grandes perdas nessa fase final (MCDONALD et al., 1991). Leguminosas e gramíneas, diferentemente, não apresentam todos os fatores para obtenção de silagens estáveis em condições ideais, além de alguns inconvenientes que dificultam a obtenção de silagens de melhor qualidade. Tanto gramíneas como leguminosas contém baixos teores de CS, e as leguminosas, pelo alto teor de nitrogênio, apresentam alto poder tampão, o que dificulta a queda do pH a valores críticos necessários para inibir o I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte desenvolvimento de clostrídios. Gramíneas, produzidas na maior parte do território, apresentam maiores digestibilidades e maiores teores de nitrogênios com baixos teores de umidade (<20% MS). Além disso, de forma contrária a países de clima temperado e frio, o momento da colheita, na estação de verão, é o período quando se concentram as maiores chuvas, ocasionando, muitas vezes, perdas, caso se faça a pré-secagem da forrageira a campo antes da ensilagem. Tabela 2 – Variações na composição químico-bromatológica e poder tampão de algumas das principais forrageiras ensiladas no Brasil Cultura CS (% MS) PB (% MS) NNP (% PB) Poder Tampão (mEq kg-1 MS) Milho 17,5 8,1 – 10,1 42,4 150 – 250 Sorgo 5,7 – 23,1 3,0 – 13,3 - 150 – 250 Capim elefante 7,1 – 11,5 4,3 – 19,3 13,3 – 46,1 150 – 600 Fonte: Adaptado de McDonald et al. (1991) e Martinsson (1992). Deve ser destacado que a fermentação é apenas uma das fases relacionada a varias outras etapas do processo de ensilagem. Embora possa parecer simples, este processo inclui várias fases como o corte da forrageira, o enchimento e a compactação do silo, a fermentação e a própria abertura do silo compreendendo o manejo de retirada e o fornecimento da silagem aos animais. Durante todas estas etapas, outros fatores influenciam e determinam perdas em quantidade de MS, qualidade e segurança do uso do alimento para os animais. Na revisão de 800 experimentos sobre silagens de gramíneas entre os anos de 1938 e 1960 por Watson e Nash (1960) foram apresentados valores de perdas de MS em torno de 16,1%. Bastiman e Altman (1985) publicaram resultados de 205 experimentos sobre silagens em que o valor de perdas de MS médio observado foi de 24,7% para silagens não emurchecidas e 31,9% para silagens emurchecidas. Trabalhos realizados por Wilkinson (1981) e mais recentemente por Buckmaster et al. (1990) apresentam valores de perdas de MS entre 14 a 24%. Zimmer (1980), a partir de 23 experimentos, separou e classificou as perdas durante as várias fases do processo de ensilagem, distinguindo-as e I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte classificando-as em inevitáveis e evitáveis (Tabela 3). Segundo este autor, as perdas inevitáveis não deveriam ultrapassar 7% e, como observado, as perdas totais podem atingir valores maiores do que 40%, o que é frequentemente negligenciado e raramente quantificado a campo. Tabela 3 – Perdas de MS e fatores de causa Perdas Fases Classificação aproximadas Fatores de MS (%) Respiração Inevitável 1–2 Enzimas da planta. residual Clima, técnicas de Perdas a campo Evitáveis 2–5 colheita e forrageira utilizada. Fermentação Inevitável 2–4 Micro-organismos. Conteúdo de MS da Efluentes Evitáveis 1–7 forragem e tipo de silo. Conteúdo de MS da forragem, Fermentação Evitável 0 - >5 susceptibilidade da secundária forrageira, ambiente e tipo de silo. Susceptibilidade da Deterioração forrageira, tempo de aeróbica durante Evitável 0->10 enchimento, densidade e estocagem vedação. Deterioração Conteúdo de MS da aeróbica pósEvitável 0 - >15 forragem e técnicas de abertura do silo retirada do material. Total 7 - >40 Fonte: Zimmer (1980). As dificuldades para alcançar padrões, tanto da forrageira utilizada quanto do manejo a campo ideais, abrem possibilidades de uso de tecnologias desenvolvidas a cada fase na ensilagem, com objetivos claros de minimização das perdas. Assim, a inoculação das silagens com culturas bacterianas homoláticas e o uso de enzimas fibrolíticas podem auxiliar na rapidez com que se tenha a fermentação lática. O uso de bactérias heteroláticas pode reduzir a respiração da massa e as perdas após a abertura do silo. O que deve estar claro é o desafio enfrentado e o objetivo claro que se busca com o uso do aditivo. Somente com uso de tecnologias específicas a cada um dos desafios no I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte processo de ensilagem será possível obter sucesso e recomendar o uso da utilização de aditivos. UTILIZAÇÃO DE ADITIVOS MICROBIANOS NA ENSILAGEM DE FORRAGEIRAS Os microrganismos naturalmente presentes nas plantas forrageiras chamados de microflora epífita são responsáveis pela fermentação das silagens. O número de cepas de microrganismos epifíticos é variável, sendo afetado pelo tipo de forragem, pelo estádio de maturidade das plantas, pelo clima, pelos tratos agronômicos dispensados na condução da cultura, pelo corte e condicionamento da forrageira (LIN et al., 1992), bem como pela ocorrência de incêndio prévio, no caso da cana-de-açúcar (BERNARDES et al., 2002). Geralmente, os microrganismos presentes em maior número nas plantas forrageiras são as enterobactérias, as leveduras e os fungos, que competem com os lactobacilos pelos açúcares solúveis (BOLSEN et al., 1992) durante a etapa fermentativa do silo. A quantificação e descrição das espécies de bactérias epifíticas na parte aérea das plantas a serem ensiladas mostraram que, em sua grande maioria, eram bactérias aeróbias estritas (Bacillus e Clostridium), de pouca contribuição ao processo de fermentação da silagem, e um pequeno número de bactérias ácido láticas. Embora bactérias indesejáveis, como enterobactérias e clostrídios possam representar importante fonte de perdas qualitativas e riscos toxicológicos em silagens de baixa fermentação, seu desenvolvimento é inibido em condições de baixo pH (BRAVO-MARTINS, 2004). A adição de culturas microbianas tem como objetivo atingir quantidades suficientes de bactérias homo fermentativas o mais rápido possível, para reduzir o tempo em que quantidades suficientes de ácido lático sejam produzidas e a silagem se estabilize. Em muitos experimentos em que foram adicionadas culturas de bactérias ácido láticas no momento da ensilagem os I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte resultados não foram positivos, em grande parte, causados pela falta de adequadas práticas de ensilagem, e não pelo microrganismo utilizado (WATSON e NASH, 1960). Muck (1989) quantificou as bactérias láticas presentes na planta de alfafa nos tempos 0, 24, 48 e 72 horas de secagem e observou pequeno número de bactérias ácido láticas na forragem cortada (<101 UFC/g). Entretanto, durante a secagem, houve aumento na população de bactérias láticas, principalmente nas partes próximas ao corte atingindo valores de 105 UFC/g na forragem. Esses estudos constataram que o crescimento de bactérias, durante o processamento de ensilagem é intensificado pela liberação do conteúdo celular da forragem durante o corte e, à medida que se aumenta a intensidade de picagem da forragem, têm-se aumentos significativos na população de bactérias láticas (MCDONALD et al., 1991). Além disso, demonstram que a pequena quantidade de bactérias láticas presentes na forragem, quando em condições ideais de ensilagem, se multiplica e promove um padrão ideal de fermentação (MORAIS, 1999). Whittenbury (1961) citado por Jaster (1995) definiu as exigências para que uma determinada espécie ou cepa seja considerada um potencial inoculante para silagem. Dentre as exigências, de forma simplificada, a bactéria deveria fermentar os principais açúcares, como glicose e frutose, e não ácidos advindos da fermentação, crescer em materiais de baixa umidade, em diferentes amplitudes de temperatura, ser ácido tolerante e capaz de determinar pH menores do que 4,0. Dentre as espécies, o Lactobacillus plantarum foi considerado um dos mais promissores, com bons resultados de diminuição do pH, dos teores de amônia e ácido acético e maiores produções de ácido lático nas silagens inoculadas (GIBSON et al., 1988). Atualmente, faz-se a inoculação das silagens com diferentes espécies, como Streptcoccus e Pediococcus dentre outras, em que se buscam, em cada amplitude de pH, microrganismos mais adaptados e de maior ação fermentativa. Inoculantes desenvolvidos a partir da metade da década de 90 focaram nas espécies de bactérias homo láticas, sendo a maioria dos aditivos contendo um ou mais cepas de Lactobacillus plantarum, Lactobacillus paracasei, Lactococcus lactis, pentosaceus, Pediococcus acidilactici e Enterococcus faecium. Pediococcus I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte Muck e Bolsen (1991) analisaram experimentos utilizando silagens inoculadas e constataram que, em 2/3 dos estudos com gramíneas e em mais da metade dos estudos com milho, foi obtido sucesso com o uso de inoculantes, obtendo em média 2,5% unidades percentuais de aumento na recuperação de MS. Além disso, foi observada redução na proteólise e nos teores de amônia. Segundo os autores, a falta de resultados positivos ou nulos pode ser atribuída a alguns fatores. Em muitos casos, a ineficiência do inoculante pode ser resultado do uso de uma espécie ou cepa não apropriada ou incapaz de competir eficientemente com a flora epifítica da forragem ensilada. Além disso, o uso de baixas taxas de aplicação pode comprometer o sucesso do uso do inoculante (PITT, 1990). Rooke (1990) quantificou bactérias homo fermentativas de silagens e observou uma variação entre 101 a 105. Muck (1989) revisou trabalhos encontrados na literatura e observou quantidades de bactérias láticas de 10 3 a 107 UFC/g de MS, dependendo do clima e da forrageira. Segundo Jaster (1995), a inoculação com bactérias homo fermentativas pode proporcionar efeitos benéficos, como aumento na velocidade da fermentação e redução na proteólise, se forem aplicadas em quantidades que determinem pelo menos 106 UFC/g de forragem fresca. Outras hipóteses relacionadas ao insucesso na utilização de inoculantes em silagens se destacam como o baixo teor de açúcares da forragem, os efeitos do antecedente histórico da cultura agrícola utilizada como fonte de forragem, excesso de oxigênio, extremos de atividade de água na massa ensilada, problemas na aplicação do produto (MUCK e KUNG JÚNIOR, 1997; KUNG JÚNIOR. et al, 2003). Outras espécies pesquisadas e em uso atualmente como inoculantes bacterianos são as bactérias heterofermentativas. A inabilidade de bactérias ácido láticas homofermentativas em promover a estabilidade aeróbia despertou o interesse da pesquisa pelo uso de bactérias heteroláticas, capazes de produzir ácidos com efeito antifúngico e ao mesmo tempo estáveis em meio aeróbio. Assim, outras espécies como a Propionibacteria sp., Bacillus sp. e a mais controversa, a espécie Lactobacillus buchneri tem tido seu uso intensificado. I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte O Lactobacillus buchneri se tornou uma opção como aditivo, pois além de produzir ácido acético, que é comprovadamente um agente antifúngico (DANNER, 2002), não produz etanol, graças à ausência da enzima acetaldeído desidrogenasse. A incapacidade de síntese de etanol pelo L. buchneri é extremamente desejável, já que muitas bactérias heteroláticas produzem álcool quando fermentam glicose e frutose até gliceraldeído-3-fosfato e acetilfosfato pela via 6-fosfogluconato. O uso destas bactérias como aditivos para silagens está baseado em estudos em que se buscou melhorar a estabilidade aeróbica de silagens de milho, trigo e cevada (RANJIT e KUNG, 2000; TAYLOR et al., 2002, ADESOGAN, et al., 2003). A estabilidade aeróbica é o tempo após abertura do silo em que a temperatura da silagem permanece até no máximo 2ºC acima da temperatura ambiente (KUNG JÚNIOR. et al., 1998). A perda da estabilidade aeróbica reflete a presença de microrganismos oportunistas, como as leveduras Sacharomyces, Candidas, Cryptococcus e Pichia, assimiladoras de ácido lático, e, em menor grau, fungos e bactérias assimiladoras de ácido acético e lático. Esses microrganismos consomem tanto os ácidos orgânicos produzidos durante o período de ensilagem quanto os açúcares remanescentes, provocam a deterioração e diminuição do valor nutritivo da silagem (WOOLFORD, 1990). Neste caso, em vários estudos realizados por Muck (1996); Driehuis et al. (1999); Ranit e Kung (2000), a bactéria heterolática Lactobacillus buchneri mostrou-se altamente eficiente em aumentar a estabilidade aeróbica das silagens, devido à produção de ácido acético. Apesar da fermentação realizada por bactérias heteroláticas ser considerada desvantajosa, devido a maiores perdas de MS, o alto potencial antimicótico do ácido acético mostra-se altamente eficiente no controle do crescimento de leveduras (RANJIT e KUNG, 2000). Os efeitos do ácido acético e propiônico em inibir o crescimento das leveduras foram observados no trabalho realizado por Moon (1993), com culturas in vitro. A partir do estudo de sinergismo entre os compostos, o autor verificou que altas concentrações de ácido lático e baixas concentrações de ácido acético aumentaram dramaticamente o crescimento das leveduras. Além disso, a mistura do ácido acético e propiônico (concentração acima de 10 mM) I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte foi, dentre as misturas estudadas, a mais eficiente em reduzir a taxa de crescimento das leveduras (50% de inibição). Atualmente o aumento no interesse envolvendo grupos distintos de microrganismos pauta-se na melhoria dos processos fermentativos, papel desempenhado pelas bactérias homo fermentativas e no aumento da estabilidade aeróbia verificada pelo incremento de ácidos produzidos por bactérias hétero fermentativas. Dessa forma, busca-se através do uso da combinação de bactérias homo e heteroláticas aumentar as taxas de queda do pH, reduzir o pH final, concomitantemente com aumentos nos teores de ácido acético e aumento da estabilidade aeróbica do material pelo controle do desenvolvimento de leveduras (NISHINO et al., 2003; DRIEHUIS et al., 2001). Driehuis et al. (2001), em três experimentos estudando o efeito do uso de bactérias homo e heteroláticas em combinação ou não, em silagens de gramíneas, verificaram em um dos ensaios, menores perdas de carboidratos solúveis e menores perdas de MS em relação à silagem controle. Os autores concluíram que parte das vantagens da inoculação conjunta com bactérias homoláticas foi frear um pouco a atividade do L. buchneri, verificado pela maior relação ácido lático:acético, o que reduziu as perdas de MS. Filya (2003a) ao utilizar a combinação do L. buchneri com bactérias ácido láticas homo fermentativas constatou que houve um aumento significativo de ácido acético em silagens contendo L. buchneri e L. buchneri associado com L. plantarum quando comparado às silagens controle, não aditivadas, e inoculadas exclusivamente com L. plantarum. A combinação dos diferentes tipos de bactérias propiciou a diminuição do pH, do nitrogênio amoniacal e das perdas fermentativas. Filya et al. (2004) observaram melhoras na estabilidade aeróbia e redução na produção de CO2 quando associaram bactérias homo fermentativas (L. plantarum) com bactérias hétero fermentativas produtoras de ácido acético e propiônico (P. acidipropionici). UTILIZAÇÃO DE FORRAGEIRAS ENZIMAS FIBROLÍTICAS NA ENSILAGEM DE I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte Enzimas são proteínas que catalizam processos metabólicos. As variedades de enzimas, particularmente as que digerem fibra e amido são utilizadas atualmente como aditivos para ensilagem de forrageiras. Aditivos podem conter apenas uma enzima como um complexo ou uma combinação de complexos de enzimas, além da combinação de enzimas e inoculantes microbianos. As enzimas que degradam fibra (celulases e hemicelulases) são os aditivos enzimáticos mais comuns (Tabela 4) (WHITE et al., 1993). Existem muitas variáveis que podem afetar a eficácia da ação de aditivos enzimáticos na degradação dos polissacarídeos da parede celular. Assim como os inoculantes bacterianos que exigem determinadas condições para o máximo crescimento, enzimas exigem determinadas condições para máxima atividade. A maioria das enzimas celulases requer pH de 4,5 e temperatura de 50oC para a atividade ideal. Umidade, presença de proteases, dentre outros fatores, podem da mesma forma, interferir e reduzir a atividade da enzima. Deve ser destacado que, ainda hoje pouco se sabe da concentração e melhor complexo de enzimas destinadas à degradação de cada composto da parede celular. Por exemplo, as enzimas "celulase" são um complexo de várias endo e exo-β-glucanases, cellobiohidrolase e cellobiase. A completa quebra da celulose insolúvel em glicose requer ação sinérgica entre estas enzimas. Além disso, não existe um método universalmente aceito para medir a atividade enzimática. No caso de celulases, a atividade é geralmente expressa como a capacidade da preparação enzimática para degradar a celulose de papel de filtro sob condições definidas que não são equivalentes às condições que estão presentes no silo. Há duas razões principais para a adição de enzimas que degradam fibra ao processo de ensilagens. Primeiro as enzimas podem degradar parcialmente a parede celular da planta e fornecer açúcares solúveis. Assim, pode-se aumentar o processo de fermentação e a qualidade da silagem pelo aumento da taxa e extensão do decréscimo do pH, aumento da concentração de ácido lático, aumento na relação ácido lático:ácido acético (indicador de alta eficiência de fermentação) e consequentemente redução nas perdas de MS. Uma alta taxa de queda do pH também pode limitar e reduzir a degradação e I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte deaminação da proteína da forragem e reduzir a produção de amônia. Tabela 4 – Principais enzimas capazes de hidrolisar a parede celular de plantas Polímero Enzima Endogulcanase Celulose Exoglucanase β-glicosidase Hemiceluloses Endo- β-1,4 xilanases β-1,4 xilosidase α –L-arabinofuranosidase α-glicuronidase Acetil-xilana estearase Àcido ferúlico estearase Substrato Celulose Terminações reduzidas da celulose Celobiose Ligação hidrolisada β-1,4-glicose Produtos Celoligômeros β-1,4-glicose Celobiose β-1,4-glicose Glicose Xilana β-1,4-xilose Xiloligômeros Xilobiose β-1,4-xilose Xilose Arabinoxilana α-1,3 Arabinoxilanas e arabinose Glicuronoxilana Ácido ferúlico acetilxilana α-1,3 ou α-1,2 Ácido glicurônico e xilana Acetil éster Acetato e xilana Ligações cruzadas Feruloil éster Ácido ferúlico e xilana Endo-1,3(4)βglucanase Laminarina, β-D-glucana Lichenase Lichenase, β-D-glucana Oligômeros de laminarina, oligômeros de β-Dglucanas β-1,4 hexose em β-D- Oligômeros de licheran, glucanas contendo oligômeros de β-Dligações 1,3 e 1,4 glucanas β-1,3 e β-1,4 hexose em β-D- glucanas Fonte: White et al. (1993). Em segundo plano, a digestão parcial da parede celular pode aumentar a taxa e a extensão da digestibilibilidade da silagem produzida. Para que ocorram os eventos a taxa de hidrólise da celulose deve coincidir com o crescimento inicial das bactérias ácido láticas. Para que ocorra aumento na digestibilidade, devem ocorrer mudanças nos componentes da parede celular. Enzimas digestivas têm sido mais eficazes na redução dos teores de fibra de forrageiras tropicais na faixa de umidade 60 a 70%. Melhorias no processo de ensilagem e diminuição dos teores de fibras parecem mais acentuadas em gramíneas imaturas do que em gramíneas maduras, em que a hidrólise da parede celular é dificultada pelo aumento da lignificação. Ensaios tem evidenciado melhoras na fermentação, estimulação da produção de ácido lático, diminuindo o pH, amônia, porém resultados quanto ao aumento na digestão da MS ou FDN são controversos e devem ser melhor analisados (MUCK E KUNG, 1997). I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte ANÁLISE DE TRABALHOS SOBRE ADITIVOS BACTERIANOS E ENZIMÁTICOS EM SILAGENS DE MILHO, SORGO E CAPINS TROPICAIS Objetivou-se com o presente trabalho realizar levantamento dos artigos publicados em periódicos científicos nacionais e internacionais, à saber: a Acta Scientiarum, Animal Feed Science and Technology, Arquivos Brasileiros de Medicina Veterinária e Zootecnia, Ciência Animal Brasileira, Journal of Agricultural and Food Chemistry, Journal of Animal Science, Journal of Applied Microbiology, Journal of Dairy Science, Journal of Industrial and Microbiological Biotechnology, Pesquisa Agropecuária Brasileira, Revista Brasileira de Zootecnia, Scientia Agricola, Small Ruminant Research, South African Journal of Animal Science e Turkey Journal of Veterinary & Animal Sciences. Foram compilados dados de trabalhos publicados desde a década de 90, referentes às culturas de milho, sorgo e forrageiras tropicais. Para a realização do levantamento adotou-se o critério de selecionar os artigos contendo as forragens supracitadas, desde que essas referências contivessem obrigatoriamente um tratamento controle (sem aditivo) para permitir a comparação e o cálculo do diferencial de resposta em relação ao tratamento contendo aditivos microbiológicos, enzimáticos e sua combinação. O diferencial de resposta foi calculado de acordo com fórmula apresentada logo a baixo, e considerou apenas resultados onde a comparação foi declarada como estatisticamente significativa (ZOPOLLATO et al. 2009). Nos casos onde não foi detectada diferença significativa para a presença do inoculante adotou-se como 0 o valor de diferencial de resposta: Diferencial de resposta “∆” (%) = [ ] Assim, foram selecionados 39 trabalhos que atenderam os requisitos especificados, possibilitando a realização de um número superior de contrates contra o tratamento controle, visto que, alguns trabalhos avaliaram o efeito da adição de mais de um aditivo, o efeito de diferentes concentrações do aditivo aplicado, ou mesmo o efeito de diferentes maturidade ou teores de matéria seca da forragem ensilada. Foram analisados 31 trabalhos com 87 contrastes I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte para os aditivos microbianos, 6 trabalhos com 30 contrastes para os aditivos enzimáticos e 13 trabalhos com 19 contrastes para o uso da combinação de aditivos enzimáticos e microbianos. Para análise dos efeitos dos aditivos microbiológicos enzimáticos e sua combinação, primeiro foi divido em 5 grandes grupos os parâmetros analisados. Os parâmetros agrupados foram os que possuem relação e maior correlação com o resultado obtido e são eles: Grupo 1 – Parâmetros bromatológicos (% MS, % PB, % FDN, % CS); Grupo 2 – Parâmetros químicos (pH, %N-NH3 do N total, Ác. lático, Ác. acético); Grupo 3 – Parâmetros microbiológicos (leveduras, fungos e bactérias láticas em Log UFC/g de silagem); Grupo 4 – Parâmetros de qualidade e perdas (digestibilidade e recuperação de matéria seca); Grupo 5 – Parâmetros de estabilidade pós abertura do silo. Da mesma forma que realizado por Zopollato et al. (2009), primeiramente foi estabelecido um valor de diferencial de resposta (tratado versus controle), cuja descrição segue na Tabela 5, onde são apresentados critérios de interpretação e sugestão de valores desejáveis. As Tabelas 6, 7, 8, 9 e 10 apresentam, respectivamente, as variações encontradas nos artigos (valores médio, máximos e míninos) para cada tipo de silagem, relacionando as variáveis a cada um dos grandes grupos. Nos trabalhos avaliados observou-se grande diversidade de microrganismos utilizados na inoculação, dentre eles bactérias homo fermentativas (Lactobacillus plantarum, Lactobacillus curvatus, Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus spp., Streptococcus faecium, Pediococcus pentosaceus e Pediococcus acidilactici), bactérias hétero fermentativas (Lactobacillus buchneri, Lactobacillus brevis e Propionibacterium) ou a mistura de hetero e homofermentativas. No caso dos artigos contendo aditivos enzimáticos foram observados uma variação enorme de enzimas, complexos, concentrações além de alguns produtos conterem a inclusão de bactérias com enzimas (amilase, celulase, hemicelulases). Tabela 5 – Valores de diferencial de resposta (∆) considerados como favoráveis nos artigos avaliados I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte Parâmetros Delta (∆) Parâmetros Grupo 1 Delta (∆) Parâmetros Grupo 2 Delta (∆) Grupo 3 Leveduras, MS, % >0 N-NH3 (%NT) <0 PB, (%MS) >0 pH <0 Fungos, UFC/g <0 FDN, (%MS) <0 Lático, (%MS) >0 BAL, UFC/g >0 CHOs, (%MS) >0 Ácético, (%MS) UFC/g <0 > 0 hetero e < 0 homo Butiríco, (%MS) <0 Propiônico, (%MS) >0 Grupo 4 Grupo 5 DIVMS, (%MS) >0 RMS, % >0 EA, horas >0 Tabela 6 - Variações nos parâmetros nutritivos de silagens de milho, sorgo e capim tratadas com aditivos microbianos, enzimáticos e sua associação nos artigos avaliados Silagem de sorgo Silagem de capim Parâmetros Silagem de milho (%) n Média Mín Máx n Média Mín Máx n Média Mín Máx MS 53 30,9 23,3 39,8 2 27,6 20,7 40,3 37 25,9 19,5 29,2 PB 24 8,6 7,9 9,7 9 9,7 8,0 14,0 30 7,0 4,7 8,9 FDN 33 44,5 37,7 54,1 11 56,2 51,7 60,9 42 72,4 63,8 78,2 CS 24 1,5 0,2 3,6 13 1,9 0,6 6,1 20 1,0 0,4 1,7 Tabela 7 - Variações nos parâmetros químicos de silagens de milho, sorgo e capim tratadas com aditivos microbianos, enzimáticos e sua associação nos artigos avaliados Silagem de sorgo Silagem de capim Parâmetros Silagem de milho (%) n Média Mín Máx n Média Mín Máx n Média Mín Máx pH 59 3,7 3,5 4,2 21 3,8 3,5 4,2 38 4,4 3,8 5,2 N-NH3(%NT) 16 3,2 0,2 8,8 15 4,9 0,5 13,7 20 10,6 6,4 17,2 Lático 54 5,0 1,3 11,7 22 5,8 0,9 11,9 21 5,0 2,9 7,3 Acético 54 1,9 0,2 5,6 17 1,2 0,1 2,1 21 0,8 1,1 3,7 Butírico 5 0,5 0,4 1,4 Propiônico 15 0,3 0,1 1,4 4 3,0 2,9 3,1 I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte Tabela 8 - Variações nos parâmetros microbiológicos de silagens de milho, sorgo e capim tratadas com aditivos microbianos, enzimáticos e sua associação nos artigos avaliados Silagem de sorgo Silagem de capim Parâmetros Silagem de milho (Log UFC/g) n Média Mín Máx n Média Mín Máx n Média Mín Máx Leveduras 36 3,4 0,7 7,1 13 3,8 1,0 7,0 14 1,8 0,9 3,4 Fungos 30 2,7 0,5 5,3 12 3,5 2,0 2,6 BAL 28 7,0 4,0 10,4 12 7,3 6,1 8,2 Tabela 9 - Variações nos parâmetros de digestibilidade in vitro da matéria seca e recuperação da matéria seca de silagens de milho, sorgo e capim tratadas com aditivos microbianos, enzimáticos e sua associação nos artigos avaliados Silagem de sorgo Silagem de capim Parâmetros Silagem de milho (%) n Média Mín Máx n Média Mín Máx n Média Mín Máx DIVMS 20 61,9 53 72,4 11 59,4 58,4 61,5 20 54,4 50,1 58,8 RMS 30 90,3 61,3 99,5 9 96,1 86,9 99,5 18 93,6 90,4 97,1 Tabela 10 - Variações na estabilidade aeróbica de silagens de milho, sorgo e capim tratadas com aditivos microbianos, enzimáticos e sua associação nos artigos avaliados Silagem de milho Silagem de sorgo Silagem de capim Parâmetros (%) n Média Mín Máx n Média Mín Máx n Média Mín Máx EA1 17 202,66 33,53 750,0 - 14 416,5 166 667 1 o horas para elevar 2 C em relação a temperatura ambiente. ADITIVOS MICROBIANOS Para análise do diferencial de resposta observado pelo uso de aditivos microbianos foram utilizados 30 estudos e 87 contrastes contra o controle sendo 3 contrastes com silagens de Brachiaria brizantha cv. Marandu, 1 utilizando bactérias homoláticas (RIBEIRO et al., 2009) e 2 utilizando bactérias heteroláticas (BERNARDES et al., 2008); 10 contrastes com silagens de Panicum maximum, cv Mombaça, sendo 6 com bactérias homoláticas (PENTEADO et al., 2007; RIBEIRO et al., 2008, OLIVEIRA et al., 2007) e 4 com bactérias heteroláticas (RIBEIRO et al., 2008; ÁVILA et al., 2009), 3 contrastes com silagens de Panicum maximum cv.Tanzânia, todos utilizando bactérias homoláticas (PAZIANI et al., 2006a; PAZIANI et al., 2006b; ZANINE et al., 2009); 53 contrastes com silagens de milho, 21 utilizando bactérias I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte homoláticas, (RANJIT e KUNG JÚNIOR.,2000; FILYA, 2003b; FILYA et al., 2004; KLEINSCHMIT et al., 2005, SILVA et al., 2005; FILYA et al., 2006a; FILYA et al., 2006b; GIMENES et al., 2006; SUCU e FILYA et al., 2006; SALIMEI et al., 2007; PARVIN et al., 2010; YAMAGUCHI et al., 2011), 20 utilizando bactérias heteroláticas (DRIEHUIS et al., 1999; RANJIT e KUNG JÚNIOR, 2000; FILYA, 2003; NISHINO et al., 2003; FILYA et al., 2004; KLEINSCHMIT et al., 2005, FILYA et al., 2006a; FILYA et al., 2006b; YAMAGUCHI et al., 2011) e 12 utilizando a combinação de bactérias (MEESKE et al., 2002; FILYA, 2003; FILYA et al., 2004; FILYA et al., 2006a; KLEINSCHMIT e KUNG JÚNIOR., 2006; KANG et al., 2009; REICH e KUNG JÚNIOR, 2010; YAMAGUCHI et al., 2011); 19 contrastes com silagens de sorgo sendo que 11 utilizaram bactérias homoláticas (PEDROSO et al., 2000; RODRIGUES et al., 2002; FILYA, 2003a; FILYA et al., 2004; VIEIRA et al., 2004; SILVA et al., 2005; FILYA et al. 2006a; SALIMEI et al., 2007), 4 com bactérias heteroláticas (FILYA, 2003b; FILYA et al., 2004; FILYA et al. 2006a) e 4 com a combinação de bactérias (FILYA, 2003a; FILYA et al., 2004; FILYA et al. 2006a). Para a análise da influência da adição dos aditivos microbianos na ensilagem das diferentes forrageiras, inicialmente foi feita uma análise com cada um dos grandes grupos de parâmetros avaliados. Para isso, primeiro foram observadas diferenças estatisticamente significativas em cada um dos parâmetros analisados. Posteriormente, caso houvesse diferença significativa no parâmetro avaliado, computava-se a diferença significativa ao grande grupo a que o parâmetro pertencia. Assim, na Figura 1 estão apresentados os valores de porcentagem do total de contrastes analisados, em que pelo menos um parâmetro de cada grande grupo possui diferença estatística significativa, não possui diferença ou não possui avaliação em nenhum parâmetro do grupo. Como pode ser observado ainda existem poucos trabalhos que analisaram a influência de aditivos microbianos na contagem de microrganismos, na recuperação e na digestibilidade da matéria seca e na estabilidade após abertura do silo. Na grande maioria dos estudos os contrastes apenas analisaram parâmetros bromatológicos e químicos. Isto indica a necessidade de estudos mais complexos e em maior número do uso de inoculantes bacterianos, que agreguem, além das análises corriqueiras, I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte análises microbiológicas e principalmente o efeito do uso de aditivos em silagens no desempenho de animais (ZAPOLLATO et al., 2010). Houve maior número de diferenças devido ao uso de aditivos microbianos nos parâmetros bromatológicos e químicos. A semelhança entre a porcentagem de contrastes com diferenças significativas e não significativas entre os parâmetros do grupo 4 e 5, nos mostram o pouco efeito dos aditivos microbianos sobre a digestibilidade, recuperação de MS e estabilidade aeróbica, como também a necessidade de maior número de estudos. 80,0% 63,3% 60,0% 60,0% 60,0% 60,0% 40,0% 53,3% 36,7% 40,0% 40,0% 26,7% 20,0% 20,0% 0,0% 0,0% 23,3% 16,7% 0,0% 0,0% Figura 1 – Frequência de contrastes significativos, não significativos e sem análise pelo uso de aditivos microbianos em cada um dos grandes grupos de parâmetros avaliados. Posteriormente foram desmembradas as análises para cada grupo de forrageiras analisadas. Foram separadas as silagens em dois grandes grupos, baseados nas forrageiras utilizadas, sendo as silagens produzidas com capins tropicais e silagens produzidas com milho e/ou sorgo. Nas Figuras 2 e 3 são apresentados a porcentagem de contrastes com diferenças significativas positivas, negativas, sem diferenças significativas e o diferencial de resposta para os parâmetros MS (%), recuperação de matéria seca (RMS, %); N-NH3 (% N Total), pH e ácido lático (% da MS) nas silagens produzidas com capins I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte tropicais. Valores de porcentagens com diferenças significativas positivas implicavam na porcentagem de contrastes em que houve melhora na qualidade da silagem, mesmo que para isso ocorresse redução do valor avaliado (Ex. pH em que se busca menores valores). Os demais parâmetros avaliados nesta revisão apresentaram maiores proporções de contrastes sem diferença estatística significativa em relação ao controle e, por isso não foram apresentados graficamente. A análise demonstrou que o uso dos inoculantes microbianos alterou positivamente, em no mínimo 50%, os parâmetros apresentados nas Tabelas 2 e 3. Além disso, evidencia que em silagens de capins tropicais, principalmente o uso de bactérias homoláticas promove aumentos na produção de ácido lático, redução no pH, redução no N-NH3 e redução nas perdas de matéria seca durante o processo de estocagem do silo, como tradicionalmente é aceito e citado na maior parte da literatura específica da área. Apesar de não estarem apresentados na Figura 2, os contrastes com diferenças significativas em que há redução na recuperação da MS, foram observadas apenas pelo uso de bactérias heteroláticas ou a combinação de bactéria homo e heteroláticas. Devido aos microrganismos heteroláticos consumirem tanto os ácidos orgânicos produzidos durante o período de ensilagem quanto os açúcares remanescentes, acabam por reduzir a taxa de queda do pH, retardar a estabilização da massa ensilada e podem provocar maiores perdas, deterioração e diminuição do valor nutritivo da silagem (WOOLFORD, 1990). Como as perdas aeróbicas, pós abertura, no caso das silagens de capins tropicais são menores do que as perdas pós abertura observadas no caso do milho ou sorgo, o uso de inoculantes contendo bactérias heteroláticas deve ser melhor avaliado para o caso das forrageiras tropicais. I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte 80,0% 75,0% 60,0% 60,0% 50,0% 50,0% 40,0% 33,3% 33,3% 33,3% 25,0% 20,0% 20,0% 20,0% 4,4% 0,0% 0,0% 3,9% 0,0% %MS % RMS Figura 2 – Frequência de resultados favoráveis, desfavoráveis e sem resposta relacionada ao uso em combinação ou não de bactérias homo e heteroláticas e o diferencial de resposta para os parâmetros MS e RMS em silagens de capins tropicais 175,0% 155,0% 164,0% 135,0% 115,0% 95,0% 100,0% 100,0% 100,0% 83,3% 75,0% 75,0% 55,0% 50,0% 50,0% 25,0% 35,0% 15,0% -5,0% 0% -22,7% 0% 0% 0% -6,6% 0% 0% 16,7% 0,0% 0% 0% -25,0% N-NH3 (%N Total) pH Ác. lático (%MS) Figura 3 – Frequência de resultados favoráveis, desfavoráveis e sem resposta relacionada ao uso em combinação ou não de bactérias homo e heteroláticas e o diferencial de resposta para os parâmetros NNH3, pH e Ác. lático em silagens de capins tropicais Nas Figuras 4, 5, 6 e 7 são apresentados a porcentagem de contrastes favoráveis, desfavoráveis, sem diferenças significativas e o diferencial de resposta para os parâmetros ácido lático (% da MS), ácido acético (% da MS), ácido propiônico (% da MS), contagem de fungos, leveduras e , contagem de I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte bactérias ácido láticas (Log UFC/g silagem) e estabilidade aeróbica (horas para que a massa aumente a temperatura em 2°C em relação à temperatura ambiente), recuperação de MS (%) e digestibilidade (% MS) de silagens de milho e/ou sorgo. Da mesma forma à análise anterior, os demais parâmetros não foram apresentados graficamente, pois apresentaram maiores proporções de contrastes sem diferença estatística significativa em relação ao controle. Pode ser observado que nos dois Gráficos 4 e 5, são apresentados as freqüências de resultados para o parâmetro ácido lático. De forma interessante a análise dos trabalhos com milho e sorgo demonstrou semelhança na freqüência de contrastes favoráveis (com respostas positivas), e desfavoráveis (com respostas negativas) com o uso do inoculante microbiano. No entanto, o detalhamento nas observações indica que quase exclusivamente o uso de bactérias homoláticas aumentou a produção de ácido lático e o uso de bactérias heteroláticas de forma isolada, por degradarem o ácido lático, promoveram a redução nos teores deste ácido na massa ensilada. 100,0% 80,0% 76,3% 68,8% 59,7% 55,6% 60,0% 40,0% 39,7% 32,8% 27,6% 39,9% 33,3% 31,3% 23,7% 20,0% 11,1% 0,0% 0,0% 0,0% Ácido lático (% MS) Bactérias ácido láticas (UFC/g MV) Figura 4 – Frequência de resultados favoráveis, desfavoráveis e sem resposta relacionada ao uso em combinação ou não de bactérias homo e I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte heteroláticas e o diferencial de resposta para os parâmetros ácido lático e contagem de bactérias ácido láticas em silagens de milho e sorgo 200,0% 161,3% 160,0% 120,0% 73,7% 80,0% 39,7% 32,8% 40,0% 27,6% 43,4% 45,3% 5,3% -32,4% 0,0% 80,0% 69,6% 21,1% 11,3% 37,5% 30,4% 29,4% 0% 20,0% 0% 0% 0% -40,0% Ác. lático (%MS) Ác. acético (%MS) Ác. propiônico (%MS) Figura 5 – Frequência de resultados favoráveis, desfavoráveis e sem resposta relacionada ao uso em combinação ou não de bactérias homo e heteroláticas e o diferencial de resposta para os parâmetros ácido lático, ácido acético, ácido propiônico em silagens de milho e sorgo 180,0% 157,4% 150,0% 120,0% 90,0% 60,0% 46,9% 34,8% 4,3% 0,0% 58,3% 49,0% 30,0% 4,1% 71,4% 69,0% 60,9% -54% 33,3% 28,6% 2,4% 50,0% 50,0% 28,6% 8,3% -38% 0% 0% -30,0% -60,0% Leveduras (UFC/g MV) 2°C Fungos (UFC/g MV) Horas para elevar I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte Figura 6 – Frequência de resultados favoráveis, desfavoráveis e sem resposta relacionada ao uso em combinação ou não de bactérias homo e heteroláticas e o diferencial de resposta para os parâmetros contagem de leveduras e fungos e estabilidade aeróbica em silagens de milho e sorgo 100,0% 93,1% 80,0% 60,0% 48,7% 40,0% 38,5% 40,0% 38,2% 40,0% 40,0% 20,0% 20,0% 12,8% 13,0% 6,9% 0% 0% 0% 0,0% %RMS %DMS Figura 7 – Frequência de resultados favoráveis, desfavoráveis e sem resposta relacionada ao uso em combinação ou não de bactérias homo e heteroláticas e o diferencial de resposta para os parâmetros Recuperação de MS e Digestibilidade da MS em silagens de milho e sorgo O uso da combinação de bactérias homo e heteroláticas, no entanto, apresentou porcentagem semelhante na freqüência com que favoreceu ou desfavoreceu o aumento nos teores de ácido lático. Como bem colocado por Driehuis et al. (2001), a combinação de bactérias somente traz respostas positivas quando a inoculação de bactérias homoláticas consegue frear a atividade de bactérias heteroláticas como o L. buchneri. Nos casos em que o uso da combinação de bactérias obteve sucesso, houve menores perdas de MS associado à manutenção nos teores de ácido lático da silagem. Apesar do uso de inoculantes contendo bactérias homoláticas ter favorecido o aumento na contagem de bactérias ácido láticas e o aumento nos teores de ácido lático, somente o uso de bactérias heteroláticas em combinação ou não com bactérias homoláticas proporcionou aumento nos I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte teores dos ácidos acético e propiônico e como conseqüência, reduziram as contagens de leveduras, fungos e aumentaram a estabilidade aeróbica em até 157% a mais de horas para que a massa esquentasse. A perda da estabilidade aeróbica reflete a presença de microrganismos oportunistas, como as leveduras Sacharomyces, Candidas, Cryptococcus e Pichia, assimiladoras de ácido lático, e, em menor grau, fungos e bactérias assimiladoras de ácido acético e lático. Esses microrganismos consomem tanto os ácidos orgânicos produzidos durante o período de ensilagem quanto os açúcares remanescentes, provocam a deterioração e diminuição do valor nutritivo da silagem (WOOLFORD, 1990). Neste caso, em vários estudos realizados por Muck (1996); Driehuis et al. (1999); Ranit e Kung (2000), bactérias heteroláticas como o Lactobacillus buchneri mostrou-se altamente eficiente em aumentar a estabilidade aeróbica das silagens, devido à produção de ácido acético e propiônico. Apesar da fermentação realizada por bactérias heteroláticas ser considerada desvantajosa, devido a maiores perdas de MS (Tabela 7), o alto potencial antimicótico do ácido acético mostra-se altamente eficiente no controle do crescimento de leveduras (RANJIT e KUNG, 2000). ADITIVOS ENZIMÁTICOS Para análise do diferencial de resposta observado pelo uso aditivos enzimáticos foram utilizados 6 estudos e 30 contrastes contra o controle sendo 3 contrastes com silagens de Brachiaria brizantha cv. Marandu (CYSNEIROS et al., 2006), 12 contrastes com silagens de Cynodon dactilon cv. Tifton (DEAN et al., 2005), 5 contrastes com Panicum maximum cv Tanzânia (LOURES et al., 2005a; LOURES et al., 2005b; CYSNEIROS et al., 2006) e 10 contrastes com silagens de milho (SHEPERD e KUNG, 1996a ; SHEPERD e KUNG, 1996b). A análise da freqüência com que os grandes grupos apresentaram contrastes com diferenças significativas em relação ao controle (Figura 8) corrobora com diversas revisões e trabalhos apresentados na literatura. Parece I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte haver maior probabilidade de resposta nos parâmetros bromatológicos como o teor de FDN e pH, pelo uso de enzimas fibrolíticas na ensilagem de forrageiras. 80,0% 63,3% 60,0% 60,0% 60,0% 40,0% 60,0% 53,3% 40,0% 36,7% 40,0% 26,7% 20,0% 20,0% 0,0% 0,0% 23,3% 16,7% 0,0% 0,0% Figura 8 – Frequência de contrastes significativos, não significativos e sem análise pelo uso de aditivos enzimáticos em cada um dos grandes grupos de parâmetros avaliados. Como bem colocado em revisão apresentada por (DANIEL et al., 2010), a hidrólise de componentes fibrosos pela adição de enzimas fibrolíticas nem sempre resulta em benefícios no aumento da digestibilidade e no desempenho dos animais, uma vez que o processo fermentativo pode consumir nutrientes advindos da ação enzimática prévia. Nas Figuras 9, 10 e 11 são apresentados a porcentagem de contrastes com diferenças favoráveis (positivas), desfavoráveis (negativas), sem diferenças significativas e o diferencial de resposta para os parâmetros FDN (%MS), recuperação de MS (%), N-NH3 (%N Total), pH e estabilidade aeróbica nas silagens produzidas com capins tropicais e FDN (% MS) e pH para silagens produzidas com milho e/ou sorgo. Como pode ser observado, apenas os parâmetros FDN e recuperação de MS, nas silagens de gramíneas obtiveram freqüência de contrastes com respostas favoráveis em relação ao I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte controle maiores que 50%. A maior parte dos estudos utilizando enzimas em silagens tanto de gramíneas quanto de milho e sorgo, demonstra poucos benefícios, sendo maior a freqüência de resultados semelhantes aos do tratamento controle. 60,0% 50,0% 50,0% 50,0% 50,0% 45,0% 30,0% 15,0% 0,0% -2,3% 4,0% 0,0% 0,0% -15,0% FDN (%MS) RMS (%) Figura 9 – Frequência de resultados favoráveis, desfavoráveis e sem resposta relacionada ao uso de enzimas fibrolíticas e o diferencial de resposta para os parâmetros FDN e recuperação da MS em silagens de capins tropicais A redução no pH e o aumento na recuperação da MS em silagens de gramíneas observado em alguns trabalhos, demonstra que, nos casos em que a enzima foi eficiente, favoreceu a solubilização da fibra e disponibilidade de maiores quantidades de açúcares a serem utilizados na fermentação para síntese dos ácidos orgânicos. Segundo DANIEL et al. (2010), estudos com respostas positivas a adição de enzimas fibrolíticas proporcionaram silagens com menores valores de pH, maior síntese dos ácidos orgânicos, o que pôde levar a redução na deaminação de proteínas da forrageira, nos teores de NNH3 e possibilitou aumento na estabilidade aeróbica após a abertura dos silos. I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte 150,0% 129,0% 120,0% 60,0% 30,0% 90,0% 75,0% 90,0% 25,0% 0,0% 0,0% -21,9% 58,3% 10,0% 0,0% 41,7% 0,0% -11,4% -30,0% N-NH3 (%N Total) pH Estabilidade aeróbica Figura 10 – Frequência de resultados favoráveis, desfavoráveis e sem resposta relacionada ao uso de enzimas fibrolíticas e o diferencial de resposta para os parâmetros N-NH3, pH e estabilidade aeróbica em silagens de capins tropicais 80,0% 70,0% 60,0% 60,0% 40,0% 40,0% 30,0% 20,0% 0,0% 0,0% -11,9% 0,0% -9,3% -20,0% FDN (%MS) pH Figura 11 – Frequência de resultados favoráveis, desfavoráveis e sem resposta relacionada ao uso de enzimas fibrolíticas e o diferencial de resposta para os parâmetros FDN e pH em silagens de milho e/ou sorgo COMBINAÇÃO DE ADITIVOS MICROBIANOS E ENZIMÁTICOS Para análise do diferencial de resposta observado pelo uso da combinação de aditivos microbianos e enzimáticos foram utilizados 13 estudos e 19 contrastes, sendo 1 contrastes com silagens de Brachiaria brizantha cv. I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte Marandu (BERGAMASCHINE et al., 2006), 6 contrastes com silagens de Cynodon dactilon cv. Tifton (ADESOGAN et al., 2004; CASTRO et al., 2006), 2 contrastes com Panicum maximum cv Tanzânia (LOURES et al., 2005b; SANTOS et al., 2008), 2 contrastes com sorgo (RODRIGUES et al., 2002; SILVA et al., 2005) e 8 contrastes com silagens de milho (CHEN et al., 1994; STOKES e CHEN, 1994; SILVA et al., 2005; BAYTOK et al., 2006; GIMENES et al., 2006; ROCHA et al., 2006; SUCU e FILYA et al., 2006). Em todos os contrastes as bactérias inoculadas em conjunto com as enzimas fibrolíticas foram bactérias homoláticas. A análise do percentual de contrastes totais dentro de cada grande grupo diferentes significativamente do controle está apresentada na Figura 12. Da mesma forma ao que foi observado pelo uso de bactérias homoláticas adicionadas isoladamente, houve maiores alterações nos parâmetros bromatológicos e químicos pelo uso da combinação dos dois aditivos. Interessante foi observar que, diferentemente do uso isolado de bactérias homoláticas, o uso em conjunto com enzimas fibrolíticas, tanto em silagens de capins tropicais quanto em silagens de milho e/ou sorgo, aumentou a estabilidade aeróbica (Figura 13), após a abertura dos silos. Este fato foi observado, do mesmo modo, por Daniel et al. (2010) em revisão sobre uso de enzimas fibrolíticas. Segundo o autor, a maior síntese de ácidos orgânicos, devido a maior disponibilidade de açúcares pode influenciar e aumentar o tempo que a massa aqueça após a abertura do silo. 100,0% 84,2% 78,9% 80,0% 60,0% 42,1% 36,8% 40,0% 20,0% 15,8% 0,0%0,0% 0,0% 21,1% 15,8% 5,3% 0,0% 42,1% 31,6% 26,3% 42,1% 47,4% 10,5% 0,0% 0,0% I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte Figura 12 – Frequência de contrastes significativos, não significativos e sem análise pelo uso da combinação de aditivos enzimáticos e bactérias homoláticas em cada um dos grandes grupos de parâmetros avaliados 1000,0% 837,0% 800,0% 600,0% 400,0% 200,0% 33,3% 33,3% 33,3% Significativo + Significativo - Não Significativo 0,0% Δ Médio Figura 13 – Frequência de resultados favoráveis, desfavoráveis e sem resposta relacionada ao uso de enzimas fibrolíticas e o diferencial de resposta para o parâmetro estabilidade aeróbica em silagens de capins tropicais Ao contrário do que se esperava, houve baixa freqüência de resultados favoráveis na redução nos teores de FDN e aumento nos valores de carboidratos solúveis pelo uso das enzimas fibrolíticas em conjunto com bactérias homoláticas em silagens de gramíneas. Além disso, observou-se grande porcentagem de trabalhos em que houve redução nos teores de ácido acético (Figura 14), apesar de serem observados trabalhos em que foi observado aumento na estabilidade aeróbica do silo após a abertura. Assim como observado na revisão de Muck e Bolsen (1991), em que mais de 2/3 dos trabalhos com silagens de gramíneas obtiveram sucesso na recuperação de MS, também foi evidenciado grande número de contrastes em que houve redução no valor final do pH e aumento nos teores de ácido lático (Figura 14) e consequentemente aumento na recuperação de MS (Figura 15). 80,0% 75,0% 66,7% 50,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0,0% -20,0% 50,0% 33,3% 0,0% 26,8% -8,5% 0,0% 25,0% 0,0% 0,0% I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte pH Ác. lático (% MS) Ác. acético (%) Figura 14 – Frequência de resultados favoráveis, desfavoráveis e sem resposta relacionada ao uso de enzimas fibrolíticas e o diferencial de resposta para os parâmetros pH, ácido lático e ácido acético em silagens de capinas tropicais 120,0% 100,0% 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 11,0% 0,0% 0,0% Significativo - Não Significativo 0,0% Significativo + Δ Médio Figura 15 – Frequência de resultados favoráveis, desfavoráveis e sem resposta relacionada ao uso de enzimas fibrolíticas e o diferencial de resposta para o parâmetro recuperação de MS em silagens de capins tropicais Apesar da baixa freqüência de resultados com diferenças significativas, no caso das silagens de milho e sorgo pôde ser observado grande diferencial de resposta na redução dos teores de FDN (-15,9%) e N-NH3 (-49,5%) (Figura 16), no aumento dos teores de ácido lático (186%) (Figura 17) e estabilidade aeróbica (150%) (Figura 18). Os valores foram bem superior aos valores de diferencial de resposta observados em silagens de capins tropicais. 100,0% 75,0% 66,7% 57,1% 50,0% 50,0% 25,0% 11,1% 28,6% 25,0%25,0% 22,2% 14,3% 9,7% -15,9% 0,0% -25,0% -50,0% -46,5% I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte MS(%) FDN (%) N-NH3 (%N Total) Figura 16 – Frequência de resultados favoráveis, desfavoráveis e sem resposta relacionada ao uso da combinação de enzimas fibrolíticas e bactérias homoláticas, e o diferencial de resposta para os parâmetros MS, FDN e N-NH3 em silagens de capins tropicais 200,0% 186,0% 160,0% 120,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 20,0% Significativo + Significativo - 0,0% Não Significativo Δ Médio Figura 17 – Frequência de resultados favoráveis, desfavoráveis e sem resposta relacionada ao uso da combinação de enzimas fibrolíticas e bactérias homoláticas, e o diferencial de resposta para o parâmetro ácido lático em silagens de milho e/ou sorgo 160,0% 150,0% 120,0% 80,0% 40,0% 66,7% 66,7% 33,3% 33,3% 0,0% 4,8% 0,0% 0,0% Digestibilidade (%MS) Estabilidade aeróbica Figura 18 – Frequência de resultados favoráveis, desfavoráveis e sem resposta relacionada ao uso da combinação de enzimas fibrolíticas e bactérias homoláticas, e o diferencial de resposta para os I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte parâmetros digestibilidade e estabilidade aeróbica em silagens de milho e/ou sorgo A análise dos contrastes pelo uso da combinação de aditivos microbianos e enzimáticos mostra baixa freqüência de resultados favoráveis em todos os contrastes analisados. Silos produzidos em laboratório, a partir do milho e do sorgo têm grande probabilidade de terem atendidas todas condições para uma fermentação ideal. Mesmo que não se use o aditivo, neste caso, podem ser produzidas silagens de excelente qualidade que, neste caso, não diferem das silagens tratadas. Como analisado por Muck e Kung Júnior (1997) enzimas digestivas têm sido mais eficazes na redução dos teores de fibra em forrageiras imaturas, em que a hidrólise da parede celular não é dificultada pelo aumento da lignificação. Como em muitos casos a gramínea ensilada apresenta maiores teores de lignina e FDN menos digestível que silagens de milho e sorgo, possivelmente houve nesse caso, maior facilidade de degradação por parte da enzima e disponibilidade de maiores quantidades de açúcares a fermentação. I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com o número de trabalhos analisados referentes à utilização de aditivos microbianos, enzimáticos e sua combinação na ensilagem de forragens, pode-se observar que o tema vem sendo explorado de forma crescente pelas instituições e órgãos de pesquisas, o que permite avanço no uso desta tecnologia, possibilitando a obtenção de silagens de qualidade superior. Todavia, ao compararmos o número de pesquisas realizadas no Brasil com as internacionais, observa-se grande diferença entre o número de trabalhos. Estes poucos resultados, são insuficientes para obtenção de posições conclusivas e recomendações mais precisas para utilização desses aditivos. A silagem de capim apresentou menor teor médio de MS em relação à silagem de milho e sorgo pela utilização dos aditivos, possivelmente esse menor teor esta relacionado ao seu menor teor de MS no momento da ensilagem, sendo este um fator limitante para a ensilagem dessa forrageira. Conforme classificação de silagem propostos por Vieira et al. (2004), esta silagem é classificada como boa, pelo baixo teor de MS, alto teor de FDN e alta concentração de NH3. Sendo a silagem de milho classificada como muito boa, com base nos mesmos critérios. Os valores desses compostos podem não condizer com as características verdadeiras das silagem, visto que, de acordo com os métodos utilizados para sua análise alguns parâmetros podem estar alterados, pela volatilização de determinados compostos. De forma geral, as pesquisas realizadas no Brasil com a utilização dos aditivos microbianos, enzimáticos e sua combinação não envolvem o estudo das respostas do desempenho animal, quando alimentado com essas silagens. Espera-se que os resultados positivos da utilização desses aditivos sobre os parâmetros bromatológicos, químicos, microbiológicos e de estabilidade aeróbica, tenham reflexo também no desempenho animal, indo além da conservação do valor nutritivo e contenção de perdas na conservação. I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADESOGAN, A.T.; SALAWU, M.B. Effect of applying formic acid, heterolactic bacteria or homolactic and heterolactic bacteria on the fermentation of bi-crops of peas and wheat. Journal of the Science of Food and Agriculture, v.84, n.9, p.983–992, 2004. ADESOGAN, A.T.; SALAWU, M.B.; ROSS, A.B.; DAVIES, D.R.; BROOKS, A.E. Effect of Lactobacillus buchneri, Lactobacillus fermentum, Leuconostoc mesenteriodes inoculants, or chemical additive on the fermentation, aerobic stability, and nutritive value of crimped wheat grains. Journal of Dairy Science, v.86, p.1789-1796, 2003. ÁVILA, C.L.S.; PINTO, J.C.; FIGUEIREDO, H.C.P.; MORAIS, A.R.; PEREIRA, O.G.; SCHWAN, R.F. Estabilidade aeróbia de silagens de capim-mombaça tratadas com Lactobacillus buchneri. Revista Brasileira de Zootecnia, v.38, n.5, p.779-787, 2009. BASTIMAN, B; ALTMAN, J.F.B. Losses at various stages in silage making. Research and Development in Agriculture, v.2, p.19-25, 1985. BAYTOK, E.; AKSU, T.; KARSLI, M.A.; MURUZ, H. The effects of formic acid, molasses and inoculant as silage additives on corn Silage composition and ruminal fermentation characteristics in sheep. Turkish Journal of Veterinary and Animal Sciences. v.29, p.469-474, 2005. BERGAMASCHINE, A.F.; PASSIPIÉRI, M.; VERIANO FILHO, W.V.; ISEPON, O.J.; CORREA, L.A. Qualidade e valor nutritivo de silagens de capim-marandu (B. brizantha cv. Marandu) produzidas com aditivos ou forragem emurchecida. Revista Brasileira de Zootecnia, v.35, n.4, p.1454-1462, 2006. BERNARDES, T.F.; SILVEIRA, R.N.; COAN, R.M; REIS, R.A.; MOREIRA, A.L.; SCHOCKEN, R.P.I. Características fermentativas e presença de levedura na cana-de-açúcar crua ou queimada ensilada com aditivo. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 39, 2002. Recife. Anais... Recife: SBZ, 2002, 1CD-ROM. I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte BERNARDES, T.F.; REIS, R.A.; AMARAL, R.C.; SIQUEIRA, G.R.; ROTH, A.P.T.P.; ROTH, M.T.P.; BERCHIELLI. Perfil fermentativo, estabilidade aeróbia e valor nutritivo de silagens de capim-marandu ensilado com aditivos. Revista Brasileira de Zootecnia, v.37, n.10, p.1728-1736, 2008. BOLSEN, K.K.; LIN, C.; BRENT, B.E; FEYERHERM, A.M.; URBAN, J.E.; AIMUTIS, W.R. Effect of silage additives on the microbial succession and fermentation process of alfalfa and corn silage. Journal of Dairy Science, v.75, n.11, p.381–389, 1992. BUCKMASTER, D.R.; ROTZ, C.A.; BLACK, J.R. Value of alfalfa losses on dairy farms. Trans. ASAE, v.33, p.351-360, 1990. BRAVO-MARTINS, C.E.C. Identificação de leveduras envolvidas no processo de esnilagem de cana-de-açúcare utilização de extratos vegetais como seus inibidores. 2004. 148p. Tese (Doutorado em Ciência dos Alimentos) – Universidade Federal de Lavras, 2004. CASTRO, F.G.F.; NUSSIO, L.G.; HADDAD, C.M.; CAMPOS, F.P.; COELHO, R.M.; MARI, L.J.; TOLEDO, P.A. Características de fermentação e composição químico-bromatológica de silagens de capim-tifton 85 confeccionadas com cinco teores de matéria seca. Revista Brasileira de Zootecnia, v.35, n.1, p.720, 2006. CHEN, J.; STOKES, M. R.; WALLACE, C. R. Effects of enzyme-inoculant systems on preservation and nutritive value of haycrop and corn silages. Journal of Dairy Science, v.77, n.2, p.501-512, 1994. CRANSHAW, R. An approach to evaluation of silage additives. ADAS Q. Review, Madson, v.24, p.1-7, 1977. CYSNEIROS, C.S.S.; FRANCO, G.L.; ULHOA, C.J.; DIOGO, J.M.S.; RAMOS, A.K.B. Efeito de enzimas fibrolíticas sobre a composição bromatológica de silagens de capins tropicais. Ciência Animal Brasileira, v.7, n.1, p.1-10, 2006. I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte DANIEL, J.P.; ZOPOLLATO, M.; NUSSIO, L.G Uso de enzimas fibrolíticas na nutrição de ruminantes. In: SIMPÓSIO SOBRE MANEJO ESTRATÉGICO DA PASTAGEM, 5, 2010, Viçosa. Anais... Viçosa, 2010, p.391-417. DANNER, H.; HOLZER, M.; MAYRHUBER, E.; BRAUN, R. Acetic acid increases stability of silage under aerobic conditions. Applied and Environmental Microbiology, v.69, n.1, p.562-567, 2002. DAVIES D.R. Silage Inoculants - Where Next?. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE FORRAGENS, 14, 2010, Brno. Anais... Brno, 2010, p,32-39. DEAN, D.B.; ADESOGAN, A.T.; KRUEGER, N.; LITTEL, R.C. Effect of fibrolytic enzymes on the fermentation characteristics, aerobic stability, and digestibility of bermudagrass silage. Journal of Dairy Science, v.88, n.3, p.994–1003, 2005. DRIEHUIS, F.; OUDE ELFERINK, S.J.W.H.; SPOELSTRA, S.F. Anaerobic lactic acid degradation during ensilage of whole crop maize inoculated with Lactobacillus buchneri inhibits yeast growth and improves aerobic stability. Journal of Applied Microbiology, v.87, p.583-594, 1999. DRIEHUIS, F.; OUDE ELFERINK, S.J.W.H.; VAN WIKSELAAR, P.G. Fermentation characteristics and aerobic stability of grass silage inoculated with Lactobacillus buchneri with or without homofermentative lactic acid bacteria. Grass and Forage Science, v.56, p.330–343, 2001. Crolbois, J. Academy of Science, v.149, p.411–414, 1909. FILYA, I. The effect of Lactobacillus buchneri, with or without homofermentative lactic acid bacteria, on the fermentation, aerobic stability and ruminal degradability of wheat, sorghum and maize silages. Journal of Applied Microbiology, v.95, p.1080-1086, 2003a. FILYA, I. The Effect of Lactobacillus buchneri and Lactobacillus plantarum on the fermentation, aerobic stability, and ruminal degradability of low dry matter I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte corn and sorghum silages. Journal of Dairy Science, v.86, n.11, p.3575-3581, 2003b. FILYA, I.; SUCU, E.; KARABULUT, A. The effect of Propionibacterium acidipropionici, with or without Lactobacillus plantarum, on the fermentation and aerobic stability of wheat, sorghum and maize silages. Journal of Applied Microbiology, v.97, p.818-826, 2004. FILYA, I.; SUCU, E.; KARABULUT, A. The effect of Lactobacillus buchneri on the fermentation, aerobic stability and ruminal degradability of maize silage. Journal of Applied Microbiology. v.101, p.1216–1223, 2006a. FILYA, I.; SUCU, E.; KARABULUT, A. The effects of Propionibacterium acidipropionici and Lactobacillus plantarum, applied at ensiling, on the fermentation and aerobic stability of low dry matter corn and sorghum silages. Journal of Industrial Microbiology and Biotechnology. v.33, p.353–358, 2006b. GIBSON, T.; STIRLING, A.C.; KEDDIE, R.M.; ROSENBERGER, R.F. Bacteriological changes in silage at controlled temperatures. Journal of general microbiology, v.19, p.112-129, 1988. GIMENES, A.L.G.; MIZUBUTI, I.Y.; MOREIRA, F.B.; PEREIRA, E.S.; RIBEIRO, E.L.A.; MORI, R.M. Composição química e estabilidade aeróbia em silagens de milho preparadas com inoculantes bacteriano e/ou enzimático. Acta Scientiarum. Animal Sciences. v.28, n.2, p.153-158, 2006. JASTER, E.H. Legume and grass silage preservation. In: POST HARVEST PHYSIOLOGY AND PRESERVATION OF FORAGES. CSSA, Special publication, Madson, n.22, Cap.5, ASAS, CSSA, p.91-115, 1995. KANG, T.W.; ADESOGAN, A.T.; KIM, S.C.; LEE, S.S. Effects of an esteraseproducing inoculant on fermentation, aerobic stability, and neutral detergent fiber digestibility of corn silage. Journal of Dairy Science, v.92, n.2, p.732-738, 2009. KLEINSCHMIT, D.H.; SCHMIDT, R.J.; KUNG JÚNIOR, L. The effects of various I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte antifungal additives on the fermentation and aerobic stability of corn silage. Journal of Dairy Science, v.88, n.6, p.2130-2139, 2005. KLEINSCHMIT, D.H.; KUNG JÚNIOR, L. The Effects of Lactobacillus buchneri 40788 and Pediococcus pentosaceus R1094 on the Fermentation of Corn Silage. Journal of Dairy Science, v. 89, n.10, p.3999-4004, 2006. KUNG JUNIOR., L.; SHEPERD, A.C.; SMAGALA, A.M.; ENDRES, K.M.; BESSET, C.A; RANJIT, N.K.; GLANCEY, J.L. The effect of preservatives based on propionic acid on the fermentation and aerobic stability of corn silage and a total mixed ration. Journal of Dairy Science, v.81, p.1322-1330, 1998. LIN, C.; BOLSEN, K.K.. HART, R.A. DICKERSON, J.T.; FEYERHERM, A.M.; AIMUTIS, W.R. Epiphytic microflora on alfalfa and whole-plant corn. Journal of Dairy Science, v.75, p.2484-2493, 1992. LOURES, D.R.S.; NUSSIO, L.G.; PAZIANI, S.F.; PEDROSO, A.F.; MARI, L.J.; RIBEIRO, J.L.; ZOPOLLATTO, M.; SCHMIDT, P.; JUNQUEIRA, M.C.; PACKER, I.U.; CAMPOS, F.P. Composição bromatológica e produção de efluente de silagens de capim-tanzânia sob efeitos do emurchecimento, do tamanho de partícula e do uso de aditivos biológicos. Revista Brasileira de Zootecnia, v.34, n.3, p.726-735, 2005a. LOURES, D.R.S.; NUSSIO, L.G.; PAZIANI, S.F.; PEDROSO, A.F.; MARI, L.J.; RIBEIRO, J.L.; ZOPOLLATTO, M.; SCHMIDT, P.; JUNQUEIRA, M.C.; PACKER, I.U.; CAMPOS, F.P. Efeito de enzimas fibrolíticas e do teor de matéria seca em silagens de capim-Tanzânia sobre os parâmetros ruminais, o comportamento ingestivo e a digestão de nutrientes, em bovinos. Revista Brasileira de Zootecnia, v.34, n.3, p.736-745, 2005b. MARTINSSON, K. A study of the efficacy of a bacterial inoculant and formic acid as additive for grass silage in terms of milk production. Grass Forage Science, v.47, n.1, p.189-198, 1992. McDONALD, P.; HENDERSON, A.R.; HERON, S.J.E. The biochemistry of silage. 2 ed. Marlow: Chalcomb, 1991. 340p. I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte MEESKE, R.; VAN DER MERWE, G.D. ; GREYLING, J.F.; CRUYWAGEN, C.W. The effect of the addition of a lactic acid bacterial inoculant to maize at ensiling on silage composition, silage intake, milk production and milk composition. South African Journal of Animal Science. v.32, n.4, 2002. MOON, N.J. Inhibition of the growth of acid tolerant yeasts by acetate, lactate and propionate and their synergistic mixtures. Journal of Applied Bacteriology, v.55, p.453-460, 1983. MORRISON, I.M. Changes in the cell wall components of laboratory silages and the effect of various additions on these changes. Journal of Agricultural Science, v.93, p.581-586, 1979. MUCK, R.E.; KUNG JR., L. Effects of silage additives on ensiling. In: SILAGE: FIELD TO FEEDBUNK NORTH AMERICA CONFERENCE, 1997, Hershey. Proceedings... Hershey: NRAES, p.187-199, 1997. MUCK, R.E.; WALGENBACH, R.P. Variations in alfalfa buffering capacity. ASAE Paper, American Society of Agricultural Engineering, Madson, n.85, 1985. MUCK, R.E. Factors influencing silage quality and their implications for management. Journal of Dairy Science, v.71, n.11, p.2992-3002, 1988. MUCK, R.E. Initial bacterial numbers on Lucerne prior to ensiling. Grass Forage Science, Oxford, v. 44, p. 19-25, 1989. MUCK, R.E.; BOLSEN, K.K. Silage preservation and additive products. In: BOLSEN, K.K.; BAYLOR, J.E.; McCULLOUGH, M.E. Field guide and silage management in North America. West Des Moines: National Feed Ingredients Association, p.105-126, 1991. MUCK, R.E. A lactic acid bacteria strain to improve aerobic stability of silages. Madison: U.S. Dairy forage Research Center: Summaries, p.42-43, 1996. NISHINO, N; YOSHIDA, M; SHIOTA, H; SAKAGUCHI, E. Accumulation of 1,2- I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte propanediol and enhancement of aerobic stability in whole maize silage inoculated with Lactobacillus buchneri. Journal of Applied Microbiology, v.94, p.800-807, 2003. OLIVEIRA, J.S.; SANTOS , E.M.; ZANINE, A.M.; MANTOVANI , H.C.; PEREIRA,O.G.; ROSA, L.O. Populações microbianas e composição química de silagem de capim-mombaça (Panicum maximum) inoculado com Streptococcus bovis isolado de rúmen. Archives of Veterinary Science, v.12, n.2. p.35-40, 2007. PARVIN, S.; WANG, C.; LI, Y.; NISHINO, N. Effects of inoculation with lactic acid bacteria on the bacterial communities of Italian ryegrass, whole crop maize, guinea grass and rhodes grass silages. Animal Feed Science and Technology, v.160, p.160–166, 2010. PAZIANI, S.F.; NUSSIO, L.G.; PIRES, A.V.; RIBEIRO, J.L.; ZOPOLLATTO, M.; SCHMIDT, P. Efeito do emurchecimento e do inoculante bacteriano sobre a qualidade da silagem de capim Tanzânia e o desempenho de novilhas. Acta Scientiarum. Animal Sciences. v.28, n.4, p.393-400, 2006a. PAZIANI, S.F.; NUSSIO, L.G.; LOURES, D.R.S.; IGARASI, M.S.; PEDROSO, A.F.; MARI, L.J. Influência do teor de matéria seca e do inoculante bacteriano nas características físicas e químicas da silagem de capim Tanzânia. Acta Scientiarum. Animal Sciences. v.28, n.3, p.265-271, 2006b. PEDROSO, A.F.; FREITAS, A.R.; SOUZA, G.B. Efeito de inoculante bacteriano sobre a qualidade da silagem e perda de matéria seca durante a ensilagem de sorgo. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 29, n.1, p.48-52, 2000. PENTEADO, D.C.S.; SANTOS, E.M; CARVALHO, G.G.P.; OLIVEIRA, J.S.; ZANINE, A.M.; PEREIRA, O.G.; FERREIRA, C.L.L.F. Inoculação com Lactobacillus plantarum da microbiota em silagem de capim-mombaça. Archivos de Zootecnia, n.56, v.214, p.191-202. 2007. PITT, R.E.; MUCK, R.E.; LEIBENSPERGER, R.Y. A quantitative model of the ensilage process in lactate silages. Grass Forage Science, v.40, p.279-285, 1985. I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte RANJIT, N.K.; KUNG JUNIOR, L. The effect of Lactobacillus buchneri, Lactobacillus plantarum, or a chemical preservative on the fermentation and aerobic stability of corn silage. Journal of Dairy Science, v.83, p.526-535, 2000. REICH, L.J.; KUNG JÚNIOR, L. Effects of combining Lactobacillus buchneri 40788 with various lactic acid bacteria on the fermentation and aerobic stability of corn silage. Animal Feed Science and Technology. v.159, p.105–109, 2010. RIBEIRO, J.L.; NUSSIO, L.G.; MOURÃO, G.B.; ZOPOLLATO, M.; PAZIANI, S.F. Valor nutritivo de silagens de capim-marandu submetidas aos efeitos de umidade, inoculação bacteriana e estação do ano. Revista Brasileira de Zootecnia, v.37, n.7, p.1176-1184, 2008. RIBEIRO, J.L.; NUSSIO, L.G.; MOURÃO, G.B.; QUEIROZ, O.C.M.;M..; SCHMIDT, P. Efeitos de absorventes de umidade e de aditivos químicos e microbianos sobre o valor nutritivo, o perfil fermentativo e as perdas em silagens de capim-marandu. Revista Brasileira de Zootecnia, v.38, n.2, p.230-239, 2009. ROCHA, K.D.; PEREIRA, O.G.; VALADARES FILHO, S.C.; OLIVEIRA, A.P.; PACHECO, L.B.B.; CHIZZOTTI, F.H.M. Valor nutritivo de silagens de milho (Zea mays L.) produzidas com inoculantes enzimo-bacterianos. Revista Brasileira de Zootecnia, v.35, n.2, p.389-395, 2006. RODRIGUES, P.H.M.; SENATORE, A.L.; ANDRADE, S.J.T.; RUZANTE, J.M.; LUCCI, C.S.; LIMA, F.R. Efeitos da adição de inoculantes microbianos sobre a composição bromatológica e perfil fermentativo da silagem de sorgo produzida em silos experimentais. Revista Brasileira de Zootecnia, v.31, n.6, p.23732379, 2002. ROOKE, J.A. The numbers of epiphytic bacteria on grass at ensilage on commercial farms. Journal of Science Food and Agriculture, v.51, p.525– 533, 1990. SALIMEI, E.; CAPILONGO, V.; SIMONI, A.; PEIRETTI, P.G.; MAGLIERI, C.; I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte ROMANO, C.A.; MANNINA, L.; COPPOLA, R.; SORRENTINO, E.. Lactobacillus rhamnosus as additive for maize and sorghum ensiling. Journal of Agricultural and Food Chemistry. v.55, n.23, p.9600-9607, 2007. SANTOS, E.M.; ZANINE, A.M.; FERREIRA, D.J.; OLIVEIRA, J.S.; PENTEADO, D.C.S.; PEREIRA, O.G. Inoculante ativado melhora a silagem de capimTanzânia (Panicum maximum). Archivos de Zootecnia, n.57, v.217, p.35-42, 2008. SHEPERD, A.C.; KUNG JÚNIOR, L. An enzyme additive for corn silage: effects on silage composition and animal performance. Journal of Dairy Science, v.79, p.1760-1766, 1996a. SHEPERD, A.C.; KUNG JÚNIOR, L. Effects of an enzyme additive on composition of corn silage ensiled at various stages of maturity. Journal of Dairy Science, v.79, n.10, p.1767-1773, 1996b. SILVA, A.V.; PEREIRA, O.G.; GARCIA, R.; VALADARES FILHO, S.C.; CECON, P.R.; FERREIRA, C.L.L.F. Composição bromatológica e digestibilidade in vitro da matéria seca de silagens de milho e sorgo tratadas com inoculantes microbianos. Revista Brasileira de Zootecnia, v.34, n.6, p.1881-1890, 2005. SMITH, D.; BULA, R.J.; WALGENBACH, R.P. Legume and grass silage. In: SMITH D. Forage management. 5, Kendall/Hunt, Dubuque, IA, p.231-238, 1986. STOKES, M. R.; CHEN, J. Effects of an enzyme-inoculant mixture on the course of fermentation of corn silage. Journal of Dairy Science, v.77, n.11, p.3401-3409, 1994. SUCU. E.; FILYA, I. Effects of homofermentative lactic acid bacterial inoculants on the fermentation and aerobic stability characteristics of low dry matter corn silages. Turkish Journal of Veterinary and Animal Sciences. v.30,p.83-88, 2006. TAYLOR, C.C.; RANJIT, N.J.; MILLS, J.A.; NEYLON, J.M.; KUNG JR, L. The I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte effect of treating whole-plant barley with Lactobacillus buchneri 40788 on silage fermentation, aerobic stability, and nutritive value for dairy cows. Journal of Dairy Science, v.85, p.1793-1800, 2002. UHLIG, H. Industrial Enzymes and their Applications. New York: John Wiley, 1998. VALADARES FILHO, S.C.; ROCHA JR., V.R.; CAPPELLE, E.R. Tabelas brasileiras de composição de alimentos para bovinos. CQBAL 2.0, Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 2002. VIEIRA, F.A.P.; BORGES, I.; STEHLING, C.A.V.; GONÇALVES, L.C.; COELHO, S.G.; FERREIRA, M.I.C; RODRIGUES, J.A.S. Qualidade de silagens de sorgo com aditivos. Arquivos Brasileiros de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.56, n.6, p.764-772, 2004. VILELA, D. Aditivos para silagens de plantas de clima tropical. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA., 35., 1998. Botucatu. Anais… Botucatu: SBZ, 1998. 1 CD ROM. WATSON, S.J.; NASH, M.J. The conservation of grass and forage crops. 2 ed., Edinburgh: Publicado por Oliver e Boyd, 1960. 758p. WHITE, B.A.; MACKIE, R.I.; DOERNER, K.C.; Enzymatic hydrolysis of forage cell walls. In: JUNG, H.G.; BUXTON, D.R.; HATFIELD, R.D.; RALPH, J. Forage cell wall structura and digestiblity, ASA, CSSA, Madison, p.455-498, 1993. WILKINSON, J. M. Losses in the conservation and utilization of grass and forage crops. Annals of Applied Biology, Hurley, v. 98, p. 365–375, 1981. WOOLFORD M.K. The chemistry of silage. In: The silage fermentation. Microbiological Series, 4ed., New York: Marcel Dekker, p.71-133, 1984. WOOLFORD, M.K. The detrimental effects of air on silage. Journal of Applied Bacteriology, v.68, p.101-116, 1990. YAMAGUCHI, J.V.; BASSO, F.C.; LARA, E.C.; MORELLI, M.; GRIGOLETTO, L.; SALVO, P.A.R.; KAMADA, F.H.; REIS, R.A. Valor energético de silagem de I SIMBOV – I Simpósio Matogrossense de bovinocultura de corte milho inoculada com aditivos microbianos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA, 21, 2011. Maceió. Anais… Maceió: ABZ, 2010. ZANINE, A.M.; FERREIRA, D.J.; LANA, R.P.; SANTOS, E.M.; MONTOVANI, H.C.; BONELLI, E.A.; LIMA, L.R. Características fermentativas de silagens de capim-tanzânia inoculadas com Streptococcus bovis isolado do rúmen com ou sem farelo de trigo. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 46, 2009. Maringá. Anais… Maringá: SBZ, 2009. ZIMMER, E. Efficiency of silage systems. In: BRITISH GRASSLAND SOCIETY OCCASIONAL SYMPOSIUM, 11, 1980, Brighton. Proceedings… Brighton, 1980. p.186-197. ZOPOLLATTO, M.; DANIEL, J.L.P; NUSSIO, L.G. Aditivos microbiológicos em silagens no Brasil: revisão dos aspectos da ensilagem e do desempenho de animais. Revista Brasileira de Zootecnia, v.38, n.38, p.170-189, 2009.