Insuficiência Renal Aguda na Gravidez

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ATUAllZAÇAO
Insuficiência Renal Aguda na Gravidez
Álvaro Nagib Atallah
Wladimir Taborda
Anna Maria Bertini
Disciplina
de Obstetrícia
Universidade
Federal de São Paulo
São Paulo - SP
A
insuficiência
definida
renal aguda (IRA) pode ser
como uma redução
abrupta
no
ritmo da filtração glomelular. Na gravidez,
o ritmo de filtração
progressivamente
gestação,
glomelular
(RFG) eleva-se
a partir do segundo
culminando
mês de
com incremento
de até
co. O prognóstico
da necrose cortical renal bila-
teral vai depender
da porcentagem
de gloméru-
los lesados. O dano não é maior porque existe um
mecanismo
de proteção
dos néfrons mais pro-
fundo - justaglomerulares
fiam, substituindo
- que se hiperpertro-
parcialmente
a função
dos
50% no termo. Este fenômeno, associado à acen-
néfrons corticais
tuada elevação do volume plasmático
após o episódio, a paciente pode ter vida pratica-
determina
que os níveis fisiológicos
na durante a gestação
e 0,7 mg/dL.
decreatini-
normal variem entre 0,6
Deste modo, elevações
mente pequenas
materno,
na creatinina
gestantes correspondem
perdidos,
de forma que mesmo
mente normal, sem necessidade
de diálise por
longos períodos.
aparente-
plasmática
em
a quedas substanciais
A possibilidade
de insuficiência
renal aguda
surge sempre que o médico se depara com uma
na função renal. Uma grávida com 1,2 mg/dL de
gestante em oligúria «
creatinina,
redução de
então, o diagnóstico
de filtração
volume urinário e da queda do ritmo de filtração
por exemplo,
aproximadamente
apresenta
50% no ritmo
glomelular.
glomelular
No primeiro trimestre, a IRA é mais freqüentemente associada
a sangramento
pontâneo ou ao abortamento
gravidez,
decorre
e eclâmpsia
séptico. No final da
principalmente
de hemorra-
também constituem
A incidência
outros fatores
da superfície de filtra-
ção glomelular, com conseqüente
de insuficiência
queda do RFG.
renal aguda é
estimada em cerca de um caso para cada 10000
ou 20.000
gestações
em países
dos.v" Os índices de mortalidade
da redução
que pode ser do tipo pré-renal,
do
renal
ou pós-renal.
Etiologia, Diagnóstico Diferencial
e Tratamento
pre-
Os casos de pré-eclâmpsia
causais para a diminuição
diferencial
por aborto es-
gias por placenta prévia e por descolamento
maturo de placenta
600 ml /24 h). Impõe-se,
O diagnóstico
diferencial
da insuficiência
re-
nal aguda deve ser amplo, tanto durante a gestação como na mulher não grávida-. As causas prérenais têm como denominador
comum a redução
do fluxo plasmático
renal após a redução volêmi-
ca por hemorragia,
hiperemese
insuficiência
, diarréia, ou por
cardíaca e choque (Quadro 1)
desenvolvi-
materna asso-
Entre as causas de insuficiência
aguda tipo
ciados atingem 15 a 20%, sendo que, exceto para
renal deve considerar-se
a necrose cortical renal bilateral, as lesões renais
cial, particularmente
da pré-eclâmpsia
/ eclâmp-
são geralmente
sia e síndrome HELLP, apresentações
variadas
reversíveis
FEMINA novembro-dezembro/97
e de bom prognósti-
vol25 nº 10
o diagnóstico
diferen-
893
Insuficiência Renal Aguda na Gravidez
da mesma doença, que reduz o fluxo plasmático
renal, por endoteliose
capilar glomerular
e dimi-
Em alguns países como a índia, 60% dos casos de insuficiência
renal aguda são associados
nuição da filtração. Ocorre elevação da creatinina
ao abortamento
plasmática,
febre, vômitos, diarréias e dores musculares
sobrecarga
ventricular
esquerda,
proteinúria e edema, mas que raramente
rem tratamento
reque-
neralizadas
séptico."
que geralmente
dias após a tentativa
dialítico.
O quadro clínico inclui
aparecem
de aborto, e acabam evo-
luindo para choque séptico complicado,
A glomenulonefrite
cia rara na gestação,
ção intravascular
com freqüência
renal aguda. Deve-se ressaltar a importância
menor que
infecção
Cumpre assinalar que o abortamento
uma relevante
renal aguda.
coagula-
difusa aguda é de ocorrên-
1:20.000 gestações.
constitui
ge-
em dois
séptico
causa de insuficiência
Embora essa entidade
esteja em
disseminada
porC/ostridium
e insuficiência
we/chii ,anaeróbio
da
que
provoca necrose uterina com grande liberação de
citoquinas
séptico,
e com instalação
rápida
icterícia, coagulação
do quadro
intravascular
dis-
seminada,
síndrome do desconforto
processo de extinção em países desenvolvidos,
do adulto,
insuficiência
devido à prática
aborto séptico também pode ser causado pelaE.
ocorre
legal do aborto, o mesmo não
nos países
em desenvolvimento,
quais a sepse secundária
causa freqüente
nos
dramáticos
que
com insuficiência
nal aguda.
Co/i e outros Gram negativos.
re-
A pielonefrite
aguda é uma das complicações
mais comuns da gravidez
renais pré-existentes.
instalação
tencialmente
Pré-renais
funcionais
das endotoxinas,
zadas e criteriosamente
prévia, atonia uterina
Insuficiência
cardíaca
renal prolongado
Pré-eclãmpsia
/ eclãmpsia
Descolamento
pramaturo da placenta
aguda da gestação
séptico
urêmico
Colagenoses
Glomerulonefrite
Aminoglicosídeos,
liberação
Ligadura
difusa aguda
antiinflamatórios
ureteral
Cálculo ureteral de rim único
das endotoxinas.
clinica
e laboratorialmente,
visando à
da
Após a cura do pro-
devem
ser reavaliadas
com o objetivo
de
evitar recidivas.
das gestantes
acomete
cerca de 5 a 10%
e tem como substrato
anátomo-
patológico
renal a presença de endoteliose,
deposição
de fatores de coagulação
membrana
basal,
aumento
glomerular e diminuição
riável,
e mesmo
grave,
com
e fibrina na
de volume
celular
da luz e da superfície de
Conseqüentemente,
da do ritmo de filtração
embora raramente
894
monitoradas,
tais pacientes
filtração glomerular.
Pós-renais
aguda devem ser hospitali-
cesso,
A pré-eclâmpsia
Síndrome HELLP
Síndrome hemolítico
redu-
As pacien-
profilaxia do choque e demais conseqüências
gravídica
Esteatose hepática
à ação
levando a significativas
DPP, placenta
Abortamento
da infecção são po-
renal tem maior sensibilidade
tes com pielonefrite
Hipofluxo
em 2% das qrávidas.>
graves, já que durante a gravidez a
Perdas sangüíneas
Hiperemese
à
predispõe
ções no ritmo de filtração glomerular.
CAUSAS
Choque
Renais
vasculatura
A gestação
aguda
As repercussões
Quadro 1
renal aguda na gestação.
e pode agravar lesões
da infecção urinária que pode evoluir
para pielonefrite
TIPOS
renal aguda e morte. O
ao aborto é ainda uma
de quadros
acabam se complicando
Insuficiência
respiratório
glomerular
pode ser va-
nos diferentes
requeira tratamento
FEMINA novembro-dezembro/97
a quecasos,
dialítico.
vol25 nº 10
Insuficiência Renal Aguda na Gravidez
A pré-eclâmpsia
nhar
de intensa
também
grave costuma
hipovolemia,
insuficiência
têm uma extrema
grave em decúbito
venoso,
plasmático
ritmo
postural.
com pré-eclâmpsia
do débito
cardíaco
glomelular..
redução
Como
existe intensa sensibilidade
ao se diminuir o débito cardíaco
RFG e a paciente
de decúbito
na propedêutica
cai ainda mais o
O tipo
é muito importante
glomelular
aumenta
50"10 quando tais pacientes
tanto
renal. O
cerca
glomelular
pode
evoluir
Geralmente
bem e subitamente
a lesão renal
tubular
dor no hipocôndrio
hipocôndrio
deve-se
pático, que pode culminar
dor epigástrica
da gestação
e eclâmpsia
descolamento
prematuro
da placenta
está
de CIO,
ao feto morto
retido,
ruptura hepática
e morte. Cumpre
típica, ocorre redução
maior reatividade
diminuição
da superfície
produção
de progesterona
ficiência
de outras
e prostaciclinas
do relaxamento
A hipovolemia
variável,
hídricos
de
e de-
envolvidas
na
a redução
do débito car-
de sangramento
também colaboram
conjunto de fatores determinantes
para o
de insuficiên-
diferencial
é o de síndrome
mo para hemólise
que não deve ser
HELLP; é um acrôni-
(esquizocitose),
FEMINA novembro-dezembro/97
gerais,
de fato-
de plaquetas,
congelado
e cerceamento
para melho-
de hemorragias.
também
ser úteis nos casos mais graves.
podem
A indicação
do grau de disfunção
das condições
hemodinâmicas
hidroeletrolítico
que obedecem
térios utilizados
fora da gestação.
A esteatose
(EHA) é descrita
enzimas
vol25 nº 10
he-
hepática
de
renal,
e do balanço
aos mesmos cri-
partos,
aguda
como doença
mente fatal. A incidência
confunde
esquecido
aos critérios
fornecimento
e prostaciclinas
sendo o índice
de 10 a 20"108
cia renal aguda nestas gestantes.
Um diagnóstico
renal aguda na
concentrados
diálise vai depender
do par-
O diagnósti-
vascular adequado.
díaco e a maior probabilidade
ou seqüestro
e
renal, redução
substâncias
Plasmaferese
de filtração,
vascular com vasoconstrição
do fluxo plasmático
manutenção
da volemia,
rar a coagulação
Além da endoteliose
que
HELLP, o
para os prognósticos
HELLP obedece
res de coagulação,
renal tem causas múltiplas.
assinalar
é a realização
da insuficiência
fator VII I, plasma fresco
a insuficiência
renal aguda,
excessivas.
é fundamental
com reposição
da moléstia,
grave e na síndrome
mais importante
O tratamento
síndrome
e aborta-
mento séptico.
Em resumo, na pré-eclâmpsia
aguda
tardio, elevando
de insuficiência
tanto materno quanto fetal.
relacionados
A
diferencial
hepática
é frequentemente
co precoce
geralmente
he-
insidiosa
com necrose não só tubular aguda como necrose
mais intensos
he-
iminente.
cortical bilateral.
aos processos
da cápsula
as probabilidades
to sem procrastinações
associada
edema,
A dor no
no parênquima
e exige diagnóstico
HELLP, esteatose
na pré-eclâmpsia
(CIO),
bilateral
direito,
a
tem um valor clínico
de síndrome
tratamento
A necrose cortical
que
em ruptura hepática.
na gestante
muito importante
da
começam
à expansão
de coagulação
disseminada
são multíparas
com aumento ou não da pressão arterial.
aguda típica, ou ainda pode haver um processo
intravascular
e perinatal
pré-eclâmpsia.
o diagnóstico
para necrose
materno
vêm evoluindo
apresentar
Constitui
da forma grave da pré-eclâmpsia
que piora o prognóstico
Em função da natureza
passam do decúbito
casos mais graves,
100000/mm3)
«
de
dorsal para o lateral esquerdo."
Em alguns
(TGO > 70 U/L) e baixa conta-
pática por micro-hemorragias
vascular,
quanto na terapêutica
ritmo de filtração
do
na pré-
pode entrar em anúria.
na gestação
do
e do fluxo
renal, com conseqüente
elevadas
gem de plaquetas
uma variante
Assim,
dorsal ocorre uma redução
de filtração
eclâmpsia
haver
Tais pacientes
sensibilidade
quando se coloca a paciente
retorno
podendo
cardíaca.
páticas
se acompa-
rial, seguida
é de 1.13.000
de mortalidade
com pré-eclâmpsia.
discreta
de manifestações
terícia, hipoglicemia
rara e freqüente-
estimada
É uma doença
senta edema, elevação
na gestação
materna
que às vezes
A gestante
se
apre-
da pressão artehemorrágicas,
e insuficiência
ic-
renal
895
Insuficiência Renal Aguda na Gravidez
A EHA da gestação
ciente com gestação
é mais freqüente
da no pâncreas
na pa-
e no epíploon.
variável e inicia-se com náuseas, vômitos, fadiga
rante três semanas,
e dor abdominal.
Seguem-se
alta após quatro semanas
podendo
encefalopatia
ocorrer
complicação
aguda
freqüente
na gravidez
portanto,
febre
da esteatose
é a hipoglicemia.
monitorizar
a glicemia
com soro glicosado
hipoglicemia
prolongada.
co duvidoso
Uma
As grávidas
hepática
Deve-se,
gestantes
hipoglicemiaou
hiponatremia).
centária.'
decorrente
ção para pancreatite
aguda.
observamos
evoluiu com insuficiência
insuficiência
uma paciente
hepática,
renal e respiratória.
cial, essa paciente apresentava
aumento
discreto
aumentada.
se evidências
No quadro
compatíveis
renal aguda
hepática
com dor abdominal
também icterícia,
à insuficiência
biópsia
de fígado,
aguda
médicas
em todas
no hipocôndrio
quando
diagnóstico,
com auxílio da ultra-sonografia
que pode
direito, vômitos
renal (Quadro 2)A
possível,
com pancreatite
Dor no HO
Proteinúria
Plaquetas
>
Pr é-ectámpsra
I ectámp sia
Leucocitose
100.000
Transaminase
Bitir r ubina
elevada
elevadas
s Anemia
rnícr o anqropática
também
Amilase
Encefalo-
alta
palia
hepática
e de-
as pacientes
confirma
o
ser analisado
pós-parto.
Quadro 2
DiagDóstico diferencial entre pré-eclâmpsia
grave, síndrome HELLP, este atos e hepática aguda da gestação
fulminante. Note que a dor epigástrica ou no hipocôndrio
direito está presente em todas as situações.Atallah,
lepigástrica
renal
e a síndrome
emergências
do parto observaramagu-
acomete
à infusão de volu-
e com algum grau de disfunção
e amilase
pla-
pode ser indicada.
vem ser consideradas
ini-
à redução
Quando a insuficiência
HELLP constituem
pancreatite,
das transaminases
Na realização
que
é fre-
com pré-eclâmp-
respondendo
é mais grave, a diálise
A esteatose
Recentemente
conseqüente
me e aos diuréticos.
da CIO e evolu-
apresen-
e anemia he-
A hiperuricemia
A insuficiência
50% dos casos,
Em alguns casos,
ocorre sangramento
hepática
ao menos parcialmente,
de progesterona
(pode ser hemorragia,
bem e teve
trombocitopenia
qüente e, como nas pacientes
sia, deve-se,
quando, então, se faz o diagnóstide eclâmpsia
evoluiu
du-
de internação.
molítica microangiopática.
para evitar a
Algumas
porém
apre-
de consumo
com esteatose
tam, comumente,
das pacientes,
mantendo-as
convulsionam,
e icterícia,
hepática.
A paciente
sentou sinais de coagulopatia
gemelar. O quadro clínico é
Bb+
FA
elevada
+
e hepatite
AN, 1997.
Bió osta
hepática
Deposição
de Iibrin a
perrcorta:
rara
Sindrome
HELLP
Esteatose
+
+
Deposição
gordurosa
no nep a tócito
+
hepática
aguda
Hepatite
fulminante
+
Deve-se,
diferencial
também,
estabelecer
com hepatites
virais pelos vírus A, B,
C, O, E, além de coledocolitíase.
fia é extremamente
diagnóstico
A ultra-sonogra-
útil. Entre os diagnósticos
dife-
renciais, deve ser lembrada a hepatite fulminante.
896
+
O exame anatomopatológico
cia infiltração
processo
gordurosa
inflamatório.
específicas,
podendo,
ções gordurosas
hepático
com discreta
eviden-
necrose e
O rim não exibe alterações
entretanto,
haver infiltra-
nas células tubulares
FEMINA novembro-dezembro/97
Embora
vol25 nº 10
Insuficiência
a patogênese
da este atos e hepática
seja bem definida,
nutricionais
admite-se
Renal Aguda na Gravidez
aguda não
que fatores virais e
possam ter algum papel na doença.
o tratamento
antecipação
não é específico,
do parto, controle
tratamento
das complicações
qüentemente
se associam
instituído o tratamento
e hipoglicemia,
coagulação.
além da reposição
que fre-
Considera-se
O prognóstico
idiopática
he-
que a realização
ime-
existem sinais de CID.
de insuficiência
renal aguda
ruim. Em es-
tudo de 49 pacientes
evidenciou-se
óbito de 61 %
dos casos,
do processo
e insu-
é considerado
ficiência
dos fatores de
desenvolvem
anemia hemolítica
pós-parto
hepática
de plasma fresco con-
gelado pode ser útil na correção
morrágico.
e
Estas pacientes
cardíaca,
renal. Raramente
Deve ser
da encefalopatia
A transfusão
à
hemodinâmico
sépticas
insuficiência
ficiência
e resume-se
ao quadro.
de hipertensão.
sendo que 12% evoluíram
renal terminal
A biópsia
renal deve ser cotejada
utilidade
ou não. Algumas
que a insuficiência
para insu-
que exigiu hernodiálise."
quanto
evidências
renal aguda
a sua
sugerem
idiopática
pós-
parto possa estar associada
à presença
diata do parto constitui um aspecto preponderan-
coagulante
mesmo em pacien-
te para o prognóstico
tes que não tenham
zir a mortalidade
da doença, capaz de redu-
materna.
Como causa pós-renal
deve-se
excluir
cesárea,
uma possibilidade
pena sempre
a ligadura
do ureter
durante
a
se mantém, e o
como a pionefrose,
dura do ureter é unilateral.
tante dilatação
a ligaultra-
que inicia-se
mês de gestação
em
e que só de-
dois a três meses após o parto, poden-
do confundir
manifestar
pós-parto,
mente progressiva.
clerose maligna
gulação
pode também
uma forma
e/ou heparina,
pós-parto
intravascular
e também
pós-parto,
com anemia hemolítica
tes aparentemente
um processo
suficiência
logo após a
semanas,
em pacien-
O tratamento
dialítico
deve ser particularmen-
te mais precoce
quando
indicado
tação. É sabido
que o feto está sob alto risco de
morte sempre
se inicia de forma similar
viral, com oligúria
evoluindo
FEMINA novembro-dezembro/97
durante a ges-
que os níveis de uréias estão aci-
ma de 60 mg%. Nos casos de prematuridade
com menos de 32 semanas),
dialítico
ser programado
sas pré-renais
Quando
visa proteger
dicação
o
o feto e deve
antes do parto, como nos casos
renal aguda por pielonefrite,
cau-
e por drogas.
a insuficiência
renal tem causa asso-
como na pré-eclâmpsia,
drome HELLP e na esteatose
realização
ex-
hepática
aguda,
do parto é o melhor tratamento
da diálise deverá ser avaliada,
sina
e a in-
como na
mulher não grávida.
progressiva,
renal e anúria. A pressão
va-se lentamente,
ou síndro-
Ocorre
normais.
clínico
a anti-
Indicações de Diálise na IRA
durante a Gestação
ciada à gestação,
insuficiência
pós-parto."
O quadro
rapida-
como coa-
renal pós-parto
ou em algumas
anticardiolipina.
presentes,
estará ainda mais justificada.
de insuficiência
Ela já foi referida como nefre-
me hemolítica
gestação,
se
após o parto na forma deinsuficiência
renal idiopática
estão
do anti-
plena, com aspirina em baixas doses
tratamento
renal aguda
a presença
lúpico e anticorpos
estes fatores
trema (gestação
o médico menos experiente.
Insuficiência
se pesquisar
pode auxilar
normal existe uma impor-
pielo-ureteral,
torno do segundo
saparece
quando
Deve-se ter em mente, entre-
tanto, que na gestação
lúpus, de forma que vale a
da
Uma simples
de rins e vias urinárias
neste diagnóstico.
Quando
coagulação
real a ser investiga-
quadro clínico se manifesta por complicações
sonografia
coagulante
de IRA, em obstetrícia,
da. O volume urinário geralmente
hidronefrose,
lúpico circulante,
do anti-
a
in-
arterial ele-
para formas graves
vol25 nº 10
Indicamos
a diálise
acima de 3mg/dL
quando
a creatinina
e não há indícios
está
de melhora
a
curto prazo. O tipo de diálise pode ser peritoneal
intermitente
ou diálise
peritoneal
do tipo ambu-
897
Insuficiência Renal Aguda na Gravidez
latorial contínuo, com colocação cirúrgica do ca-
eletrolíticos.
teter, sob visão direta. A hemodiálise
so quando
também realizada,
de preferência
pode ser
sem uso de
heparina, com uso de banhos de bicarbonato
sódio, para prevenção
vos, com cuidados
na prevenção
abaixo de 3mg%.
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por germes sensiveis. Posologia: adultos e crianças acima de 12 anos: 2 comprimidos Bactrim ou 1 comprimido de Bactrim Fou 10 mlda suspensão Fou
20 ml da suspensão pediátrica a cada 12 hs; crianças abaixo de 12 anos: 6mg TMP e 30mg SMZII<g de peso diariamente administrados a cada 12 ns.
Tolerabilidade: são raras náuseas, vômitos e os exantemas rnedicarnentosos. Em administração prolongada e com posologia excessivamente alta observasulfametoxazol-trirnetoprirna
se em alguns casos isolados trombocitopenia, leucopenia, neutropenia e, muito raramente, púrpura e agranulocitose que são reversiveis com a retirada do
medicamento. O tratamento deve ser imediatamente interrompido se surgir "rash" cutãneo. Precauções: reduzir as doses ou aumentar o intervalo entre as
tomadas quando existir dêfict da função renal ou hepática deficiência de G6PD e em idosos. Exames hematológicos e de função renal regulares devem ser feitos nos tratamentos prolongados. Contra indicações: lesões graves do parênquima
hepático, discrasias sanguínea e insuficiência renal grave quando não se pode determinar a concentração plasmática; hipersensibilidade às sulfas e à trimetoprima, gravidez, prematuros e recêm nascidos durante as seis primeiras semanas de
vida. Interações medicamentosas: aumento da incidênéia trombocitopenia e púrpura em idosos que usam tiazidicos; aumento de tempo de protrombina; inibição do metabolismo da fenitoina; pode afetar a dose requerida de hipoglicemianles.
Apresentaç!::: Bactrim: 80mg TMP /400mg SMZ -cx 20cp; Bactrim F: 160mg TMP/800mg SMZ cx 10 cp: Uro Bactrim: 80mg TMP /400mg SMZ /SOmg fenazopiridina- cx 20 cp: Uro Bactrim F: 160mg TMP/BOOmg SMZI200mg fenazopiridina
cx 10 cp; Suspensão: 40mg TMP/200mg SMZ- cada S ml- fr 100ml; supensão F: 80mg TMP/400mg SMZ.-cada S ml- fr 1COmI. Informações completas para prescrição disponíveis à classe médica, mediante solicitação a Produtos Roch.
Químicos e Farmacêuticos S/A- Av Eng. Billings, 1729- Jaguaré CEP 05321·900 São Paulo -Brasil.
R ceh e
ücmpcslção:
Calcrtriotlndlcações:
csteoccrose.
osteooístrom renal em pacientes com msunclencra renal crõruca. prmcipalmente em nernoounse. mcocaraurcorsmo
cos-oceraé
ou idiopãtico. pseudohipoparatiroidismo, raquitismo dependente de vitamina D. raquitismo hipofosfatémir.o resistente à vitamina D. Posologla geral: Iniciar com doses baixJS..
Determinar a dose em função do nível sérico de cálcio. Se houver elevação de 1 mg/100 ml (250 mmoVl) acima do normal ou a creatinina sériea for> 120 mmoVl. reduzir ou interrompe!
o tratamento até a normocalcemia. A seguir, continuar com dose 0.:5 mo interior. Em caso de suplementação
de cálcio. recomenda-se 800 mg a 1000 mg/d. êsquemrs posolóOlcGS
especiais: Osteoporose: 0.25 mg duas vezes ao dia. C~.;:l:,!:3t~~fi;;,
renal (pacientes em clãtise): para os pacientes normocátcicos ou com hipercalcemia leve. são sufkentes 0.25 ~'
a cada dois dias. Se necessário. pode-sã c.!c'~arO.2:' ;;;~ a ca~;.;CU<:'S~ Quatro semanas. Em geral, há resposta com 0.5 a 1,0 mg diários. Hipoparatiroidismo e raquitismo. 25 mQld. pe~
manhã. Aumento de dose a cada 2 semanas. Não r .ccessánc :;juste posológico para idosos. Contra- lndlcações: todas as doenças associadas com hipercalcemia. hipe"Sensibilida~
aos componentes da fórmula ou a drogas da mesma classe terapêutica. Precauções: hiperlosfatemia com risco de calcificação ectõclca em pacientes com insuficiência renal. Raquitismo resistente à vitamina O (hipofosfatemia familiar): pode haver necessidade de soct.rnentacão ~
fosfil'Os. Pacientes com função renal normal devem ingerir quantidades adequadas de líquido para evitar a desidratação. tnterações medicamenlosas: pode ocorrer hipercalcemia. associada ou não ao maior aperte de cnco na dieta. imobilização prolongada. utilização. e diuretic05
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calcilriol. A;t. :...:·zliroLllir.apode reduzir a absorção intestinal de calcitriol. Gravidez e lactação: estudos em animais não indicam teratoçentcidace. Rocaltrol!só deve ser administrado a mulheres grãvidas se os beneficios potenciais superarem os nscos para o feto. Calcitriol passa pari
o leite matemo. Por esta motivo. a amamentaçâc deve ser suspensa quando do tratamento com gocattropem Iactantes. Reações adversas: sso raras e correspondem aos sintomas agudos
crônicos de bipercalcemia ou hipervitaminose O. Sintomas agudos ocasionais incluer.1 anoreXÍl
cetaléia. vômitos e constipação. Efeitos crônicos podem incluir distrofia. distúrbios sensoriais. por vezes febre COI •• sede. poliúria. desidratação. apatia. interrupção do crescimento e infec,:; t.': do trato uriná rio. Condula na superdosagem: tavaçern gãstriu. induzir vômitos. Admm,str'
óleo mineral para favorecer a eliminação tecer. Monitorar cálcio sérico e, caso persista. administrar tostares e corticosteróides e induzir diurese forçada adequada. Apresentação: cáp .•úas de 0.25 mg, fr1sCOScom 30 cápsulas. InformaçOes compleitas para prescrição disponíve6
rredcnte solicitação a Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos SÃ. - Av. Eng. Billings. 1729 - CEP 05321 - 900 - Jacuarê - São Paulo - Brasil.
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