ATUAllZAÇAO Insuficiência Renal Aguda na Gravidez Álvaro Nagib Atallah Wladimir Taborda Anna Maria Bertini Disciplina de Obstetrícia Universidade Federal de São Paulo São Paulo - SP A insuficiência definida renal aguda (IRA) pode ser como uma redução abrupta no ritmo da filtração glomelular. Na gravidez, o ritmo de filtração progressivamente gestação, glomelular (RFG) eleva-se a partir do segundo culminando mês de com incremento de até co. O prognóstico da necrose cortical renal bila- teral vai depender da porcentagem de gloméru- los lesados. O dano não é maior porque existe um mecanismo de proteção dos néfrons mais pro- fundo - justaglomerulares fiam, substituindo - que se hiperpertro- parcialmente a função dos 50% no termo. Este fenômeno, associado à acen- néfrons corticais tuada elevação do volume plasmático após o episódio, a paciente pode ter vida pratica- determina que os níveis fisiológicos na durante a gestação e 0,7 mg/dL. decreatini- normal variem entre 0,6 Deste modo, elevações mente pequenas materno, na creatinina gestantes correspondem perdidos, de forma que mesmo mente normal, sem necessidade de diálise por longos períodos. aparente- plasmática em a quedas substanciais A possibilidade de insuficiência renal aguda surge sempre que o médico se depara com uma na função renal. Uma grávida com 1,2 mg/dL de gestante em oligúria « creatinina, redução de então, o diagnóstico de filtração volume urinário e da queda do ritmo de filtração por exemplo, aproximadamente apresenta 50% no ritmo glomelular. glomelular No primeiro trimestre, a IRA é mais freqüentemente associada a sangramento pontâneo ou ao abortamento gravidez, decorre e eclâmpsia séptico. No final da principalmente de hemorra- também constituem A incidência outros fatores da superfície de filtra- ção glomelular, com conseqüente de insuficiência queda do RFG. renal aguda é estimada em cerca de um caso para cada 10000 ou 20.000 gestações em países dos.v" Os índices de mortalidade da redução que pode ser do tipo pré-renal, do renal ou pós-renal. Etiologia, Diagnóstico Diferencial e Tratamento pre- Os casos de pré-eclâmpsia causais para a diminuição diferencial por aborto es- gias por placenta prévia e por descolamento maturo de placenta 600 ml /24 h). Impõe-se, O diagnóstico diferencial da insuficiência re- nal aguda deve ser amplo, tanto durante a gestação como na mulher não grávida-. As causas prérenais têm como denominador comum a redução do fluxo plasmático renal após a redução volêmi- ca por hemorragia, hiperemese insuficiência , diarréia, ou por cardíaca e choque (Quadro 1) desenvolvi- materna asso- Entre as causas de insuficiência aguda tipo ciados atingem 15 a 20%, sendo que, exceto para renal deve considerar-se a necrose cortical renal bilateral, as lesões renais cial, particularmente da pré-eclâmpsia / eclâmp- são geralmente sia e síndrome HELLP, apresentações variadas reversíveis FEMINA novembro-dezembro/97 e de bom prognósti- vol25 nº 10 o diagnóstico diferen- 893 Insuficiência Renal Aguda na Gravidez da mesma doença, que reduz o fluxo plasmático renal, por endoteliose capilar glomerular e dimi- Em alguns países como a índia, 60% dos casos de insuficiência renal aguda são associados nuição da filtração. Ocorre elevação da creatinina ao abortamento plasmática, febre, vômitos, diarréias e dores musculares sobrecarga ventricular esquerda, proteinúria e edema, mas que raramente rem tratamento reque- neralizadas séptico." que geralmente dias após a tentativa dialítico. O quadro clínico inclui aparecem de aborto, e acabam evo- luindo para choque séptico complicado, A glomenulonefrite cia rara na gestação, ção intravascular com freqüência renal aguda. Deve-se ressaltar a importância menor que infecção Cumpre assinalar que o abortamento uma relevante renal aguda. coagula- difusa aguda é de ocorrên- 1:20.000 gestações. constitui ge- em dois séptico causa de insuficiência Embora essa entidade esteja em disseminada porC/ostridium e insuficiência we/chii ,anaeróbio da que provoca necrose uterina com grande liberação de citoquinas séptico, e com instalação rápida icterícia, coagulação do quadro intravascular dis- seminada, síndrome do desconforto processo de extinção em países desenvolvidos, do adulto, insuficiência devido à prática aborto séptico também pode ser causado pelaE. ocorre legal do aborto, o mesmo não nos países em desenvolvimento, quais a sepse secundária causa freqüente nos dramáticos que com insuficiência nal aguda. Co/i e outros Gram negativos. re- A pielonefrite aguda é uma das complicações mais comuns da gravidez renais pré-existentes. instalação tencialmente Pré-renais funcionais das endotoxinas, zadas e criteriosamente prévia, atonia uterina Insuficiência cardíaca renal prolongado Pré-eclãmpsia / eclãmpsia Descolamento pramaturo da placenta aguda da gestação séptico urêmico Colagenoses Glomerulonefrite Aminoglicosídeos, liberação Ligadura difusa aguda antiinflamatórios ureteral Cálculo ureteral de rim único das endotoxinas. clinica e laboratorialmente, visando à da Após a cura do pro- devem ser reavaliadas com o objetivo de evitar recidivas. das gestantes acomete cerca de 5 a 10% e tem como substrato anátomo- patológico renal a presença de endoteliose, deposição de fatores de coagulação membrana basal, aumento glomerular e diminuição riável, e mesmo grave, com e fibrina na de volume celular da luz e da superfície de Conseqüentemente, da do ritmo de filtração embora raramente 894 monitoradas, tais pacientes filtração glomerular. Pós-renais aguda devem ser hospitali- cesso, A pré-eclâmpsia Síndrome HELLP Síndrome hemolítico redu- As pacien- profilaxia do choque e demais conseqüências gravídica Esteatose hepática à ação levando a significativas DPP, placenta Abortamento da infecção são po- renal tem maior sensibilidade tes com pielonefrite Hipofluxo em 2% das qrávidas.> graves, já que durante a gravidez a Perdas sangüíneas Hiperemese à predispõe ções no ritmo de filtração glomerular. CAUSAS Choque Renais vasculatura A gestação aguda As repercussões Quadro 1 renal aguda na gestação. e pode agravar lesões da infecção urinária que pode evoluir para pielonefrite TIPOS renal aguda e morte. O ao aborto é ainda uma de quadros acabam se complicando Insuficiência respiratório glomerular pode ser va- nos diferentes requeira tratamento FEMINA novembro-dezembro/97 a quecasos, dialítico. vol25 nº 10 Insuficiência Renal Aguda na Gravidez A pré-eclâmpsia nhar de intensa também grave costuma hipovolemia, insuficiência têm uma extrema grave em decúbito venoso, plasmático ritmo postural. com pré-eclâmpsia do débito cardíaco glomelular.. redução Como existe intensa sensibilidade ao se diminuir o débito cardíaco RFG e a paciente de decúbito na propedêutica cai ainda mais o O tipo é muito importante glomelular aumenta 50"10 quando tais pacientes tanto renal. O cerca glomelular pode evoluir Geralmente bem e subitamente a lesão renal tubular dor no hipocôndrio hipocôndrio deve-se pático, que pode culminar dor epigástrica da gestação e eclâmpsia descolamento prematuro da placenta está de CIO, ao feto morto retido, ruptura hepática e morte. Cumpre típica, ocorre redução maior reatividade diminuição da superfície produção de progesterona ficiência de outras e prostaciclinas do relaxamento A hipovolemia variável, hídricos de e de- envolvidas na a redução do débito car- de sangramento também colaboram conjunto de fatores determinantes para o de insuficiên- diferencial é o de síndrome mo para hemólise que não deve ser HELLP; é um acrôni- (esquizocitose), FEMINA novembro-dezembro/97 gerais, de fato- de plaquetas, congelado e cerceamento para melho- de hemorragias. também ser úteis nos casos mais graves. podem A indicação do grau de disfunção das condições hemodinâmicas hidroeletrolítico que obedecem térios utilizados fora da gestação. A esteatose (EHA) é descrita enzimas vol25 nº 10 he- hepática de renal, e do balanço aos mesmos cri- partos, aguda como doença mente fatal. A incidência confunde esquecido aos critérios fornecimento e prostaciclinas sendo o índice de 10 a 20"108 cia renal aguda nestas gestantes. Um diagnóstico renal aguda na concentrados diálise vai depender do par- O diagnósti- vascular adequado. díaco e a maior probabilidade ou seqüestro e renal, redução substâncias Plasmaferese de filtração, vascular com vasoconstrição do fluxo plasmático manutenção da volemia, rar a coagulação Além da endoteliose que HELLP, o para os prognósticos HELLP obedece res de coagulação, renal tem causas múltiplas. assinalar é a realização da insuficiência fator VII I, plasma fresco a insuficiência renal aguda, excessivas. é fundamental com reposição da moléstia, grave e na síndrome mais importante O tratamento síndrome e aborta- mento séptico. Em resumo, na pré-eclâmpsia aguda tardio, elevando de insuficiência tanto materno quanto fetal. relacionados A diferencial hepática é frequentemente co precoce geralmente he- insidiosa com necrose não só tubular aguda como necrose mais intensos he- iminente. cortical bilateral. aos processos da cápsula as probabilidades to sem procrastinações associada edema, A dor no no parênquima e exige diagnóstico HELLP, esteatose na pré-eclâmpsia (CIO), bilateral direito, a tem um valor clínico de síndrome tratamento A necrose cortical que em ruptura hepática. na gestante muito importante da começam à expansão de coagulação disseminada são multíparas com aumento ou não da pressão arterial. aguda típica, ou ainda pode haver um processo intravascular e perinatal pré-eclâmpsia. o diagnóstico para necrose materno vêm evoluindo apresentar Constitui da forma grave da pré-eclâmpsia que piora o prognóstico Em função da natureza passam do decúbito casos mais graves, 100000/mm3) « de dorsal para o lateral esquerdo." Em alguns (TGO > 70 U/L) e baixa conta- pática por micro-hemorragias vascular, quanto na terapêutica ritmo de filtração do na pré- pode entrar em anúria. na gestação do e do fluxo renal, com conseqüente elevadas gem de plaquetas uma variante Assim, dorsal ocorre uma redução de filtração eclâmpsia haver Tais pacientes sensibilidade quando se coloca a paciente retorno podendo cardíaca. páticas se acompa- rial, seguida é de 1.13.000 de mortalidade com pré-eclâmpsia. discreta de manifestações terícia, hipoglicemia rara e freqüente- estimada É uma doença senta edema, elevação na gestação materna que às vezes A gestante se apre- da pressão artehemorrágicas, e insuficiência ic- renal 895 Insuficiência Renal Aguda na Gravidez A EHA da gestação ciente com gestação é mais freqüente da no pâncreas na pa- e no epíploon. variável e inicia-se com náuseas, vômitos, fadiga rante três semanas, e dor abdominal. Seguem-se alta após quatro semanas podendo encefalopatia ocorrer complicação aguda freqüente na gravidez portanto, febre da esteatose é a hipoglicemia. monitorizar a glicemia com soro glicosado hipoglicemia prolongada. co duvidoso Uma As grávidas hepática Deve-se, gestantes hipoglicemiaou hiponatremia). centária.' decorrente ção para pancreatite aguda. observamos evoluiu com insuficiência insuficiência uma paciente hepática, renal e respiratória. cial, essa paciente apresentava aumento discreto aumentada. se evidências No quadro compatíveis renal aguda hepática com dor abdominal também icterícia, à insuficiência biópsia de fígado, aguda médicas em todas no hipocôndrio quando diagnóstico, com auxílio da ultra-sonografia que pode direito, vômitos renal (Quadro 2)A possível, com pancreatite Dor no HO Proteinúria Plaquetas > Pr é-ectámpsra I ectámp sia Leucocitose 100.000 Transaminase Bitir r ubina elevada elevadas s Anemia rnícr o anqropática também Amilase Encefalo- alta palia hepática e de- as pacientes confirma o ser analisado pós-parto. Quadro 2 DiagDóstico diferencial entre pré-eclâmpsia grave, síndrome HELLP, este atos e hepática aguda da gestação fulminante. Note que a dor epigástrica ou no hipocôndrio direito está presente em todas as situações.Atallah, lepigástrica renal e a síndrome emergências do parto observaramagu- acomete à infusão de volu- e com algum grau de disfunção e amilase pla- pode ser indicada. vem ser consideradas ini- à redução Quando a insuficiência HELLP constituem pancreatite, das transaminases Na realização que é fre- com pré-eclâmp- respondendo é mais grave, a diálise A esteatose Recentemente conseqüente me e aos diuréticos. da CIO e evolu- apresen- e anemia he- A hiperuricemia A insuficiência 50% dos casos, Em alguns casos, ocorre sangramento hepática ao menos parcialmente, de progesterona (pode ser hemorragia, bem e teve trombocitopenia qüente e, como nas pacientes sia, deve-se, quando, então, se faz o diagnóstide eclâmpsia evoluiu du- de internação. molítica microangiopática. para evitar a Algumas porém apre- de consumo com esteatose tam, comumente, das pacientes, mantendo-as convulsionam, e icterícia, hepática. A paciente sentou sinais de coagulopatia gemelar. O quadro clínico é Bb+ FA elevada + e hepatite AN, 1997. Bió osta hepática Deposição de Iibrin a perrcorta: rara Sindrome HELLP Esteatose + + Deposição gordurosa no nep a tócito + hepática aguda Hepatite fulminante + Deve-se, diferencial também, estabelecer com hepatites virais pelos vírus A, B, C, O, E, além de coledocolitíase. fia é extremamente diagnóstico A ultra-sonogra- útil. Entre os diagnósticos dife- renciais, deve ser lembrada a hepatite fulminante. 896 + O exame anatomopatológico cia infiltração processo gordurosa inflamatório. específicas, podendo, ções gordurosas hepático com discreta eviden- necrose e O rim não exibe alterações entretanto, haver infiltra- nas células tubulares FEMINA novembro-dezembro/97 Embora vol25 nº 10 Insuficiência a patogênese da este atos e hepática seja bem definida, nutricionais admite-se Renal Aguda na Gravidez aguda não que fatores virais e possam ter algum papel na doença. o tratamento antecipação não é específico, do parto, controle tratamento das complicações qüentemente se associam instituído o tratamento e hipoglicemia, coagulação. além da reposição que fre- Considera-se O prognóstico idiopática he- que a realização ime- existem sinais de CID. de insuficiência renal aguda ruim. Em es- tudo de 49 pacientes evidenciou-se óbito de 61 % dos casos, do processo e insu- é considerado ficiência dos fatores de desenvolvem anemia hemolítica pós-parto hepática de plasma fresco con- gelado pode ser útil na correção morrágico. e Estas pacientes cardíaca, renal. Raramente Deve ser da encefalopatia A transfusão à hemodinâmico sépticas insuficiência ficiência e resume-se ao quadro. de hipertensão. sendo que 12% evoluíram renal terminal A biópsia renal deve ser cotejada utilidade ou não. Algumas que a insuficiência para insu- que exigiu hernodiálise." quanto evidências renal aguda a sua sugerem idiopática pós- parto possa estar associada à presença diata do parto constitui um aspecto preponderan- coagulante mesmo em pacien- te para o prognóstico tes que não tenham zir a mortalidade da doença, capaz de redu- materna. Como causa pós-renal deve-se excluir cesárea, uma possibilidade pena sempre a ligadura do ureter durante a se mantém, e o como a pionefrose, dura do ureter é unilateral. tante dilatação a ligaultra- que inicia-se mês de gestação em e que só de- dois a três meses após o parto, poden- do confundir manifestar pós-parto, mente progressiva. clerose maligna gulação pode também uma forma e/ou heparina, pós-parto intravascular e também pós-parto, com anemia hemolítica tes aparentemente um processo suficiência logo após a semanas, em pacien- O tratamento dialítico deve ser particularmen- te mais precoce quando indicado tação. É sabido que o feto está sob alto risco de morte sempre se inicia de forma similar viral, com oligúria evoluindo FEMINA novembro-dezembro/97 durante a ges- que os níveis de uréias estão aci- ma de 60 mg%. Nos casos de prematuridade com menos de 32 semanas), dialítico ser programado sas pré-renais Quando visa proteger dicação o o feto e deve antes do parto, como nos casos renal aguda por pielonefrite, cau- e por drogas. a insuficiência renal tem causa asso- como na pré-eclâmpsia, drome HELLP e na esteatose realização ex- hepática aguda, do parto é o melhor tratamento da diálise deverá ser avaliada, sina e a in- como na mulher não grávida. progressiva, renal e anúria. A pressão va-se lentamente, ou síndro- Ocorre normais. clínico a anti- Indicações de Diálise na IRA durante a Gestação ciada à gestação, insuficiência pós-parto." O quadro rapida- como coa- renal pós-parto ou em algumas anticardiolipina. presentes, estará ainda mais justificada. de insuficiência Ela já foi referida como nefre- me hemolítica gestação, se após o parto na forma deinsuficiência renal idiopática estão do anti- plena, com aspirina em baixas doses tratamento renal aguda a presença lúpico e anticorpos estes fatores trema (gestação o médico menos experiente. Insuficiência se pesquisar pode auxilar normal existe uma impor- pielo-ureteral, torno do segundo saparece quando Deve-se ter em mente, entre- tanto, que na gestação lúpus, de forma que vale a da Uma simples de rins e vias urinárias neste diagnóstico. Quando coagulação real a ser investiga- quadro clínico se manifesta por complicações sonografia coagulante de IRA, em obstetrícia, da. O volume urinário geralmente hidronefrose, lúpico circulante, do anti- a in- arterial ele- para formas graves vol25 nº 10 Indicamos a diálise acima de 3mg/dL quando a creatinina e não há indícios está de melhora a curto prazo. O tipo de diálise pode ser peritoneal intermitente ou diálise peritoneal do tipo ambu- 897 Insuficiência Renal Aguda na Gravidez latorial contínuo, com colocação cirúrgica do ca- eletrolíticos. teter, sob visão direta. A hemodiálise so quando também realizada, de preferência pode ser sem uso de heparina, com uso de banhos de bicarbonato sódio, para prevenção vos, com cuidados na prevenção abaixo de 3mg%. de distúrbios ATALLAH, A.N.; RAMOS, O.L.; DESLACIO, D.; PESTANA, J.O.A. & GUIMARÃES, J.A.: Estudo de parâmetro Hemodinâmico e Hormonais de Função Renal e de Excreção da Calicreína Urinária em Gestante Noramias e Toxêmicas nos Decúbitos Dorsal e Lateral Esquerdo. In DELASCIO, D. & GUARIENTO, A. (eds):Temas de Obstetrícia. São Paulo, Editora Savier, 1984. 3. 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Posologia: adultos e crianças acima de 12 anos: 2 comprimidos Bactrim ou 1 comprimido de Bactrim Fou 10 mlda suspensão Fou 20 ml da suspensão pediátrica a cada 12 hs; crianças abaixo de 12 anos: 6mg TMP e 30mg SMZII<g de peso diariamente administrados a cada 12 ns. Tolerabilidade: são raras náuseas, vômitos e os exantemas rnedicarnentosos. Em administração prolongada e com posologia excessivamente alta observasulfametoxazol-trirnetoprirna se em alguns casos isolados trombocitopenia, leucopenia, neutropenia e, muito raramente, púrpura e agranulocitose que são reversiveis com a retirada do medicamento. O tratamento deve ser imediatamente interrompido se surgir "rash" cutãneo. Precauções: reduzir as doses ou aumentar o intervalo entre as tomadas quando existir dêfict da função renal ou hepática deficiência de G6PD e em idosos. Exames hematológicos e de função renal regulares devem ser feitos nos tratamentos prolongados. Contra indicações: lesões graves do parênquima hepático, discrasias sanguínea e insuficiência renal grave quando não se pode determinar a concentração plasmática; hipersensibilidade às sulfas e à trimetoprima, gravidez, prematuros e recêm nascidos durante as seis primeiras semanas de vida. Interações medicamentosas: aumento da incidênéia trombocitopenia e púrpura em idosos que usam tiazidicos; aumento de tempo de protrombina; inibição do metabolismo da fenitoina; pode afetar a dose requerida de hipoglicemianles. Apresentaç!::: Bactrim: 80mg TMP /400mg SMZ -cx 20cp; Bactrim F: 160mg TMP/800mg SMZ cx 10 cp: Uro Bactrim: 80mg TMP /400mg SMZ /SOmg fenazopiridina- cx 20 cp: Uro Bactrim F: 160mg TMP/BOOmg SMZI200mg fenazopiridina cx 10 cp; Suspensão: 40mg TMP/200mg SMZ- cada S ml- fr 100ml; supensão F: 80mg TMP/400mg SMZ.-cada S ml- fr 1COmI. Informações completas para prescrição disponíveis à classe médica, mediante solicitação a Produtos Roch. Químicos e Farmacêuticos S/A- Av Eng. Billings, 1729- Jaguaré CEP 05321·900 São Paulo -Brasil. R ceh e ücmpcslção: Calcrtriotlndlcações: csteoccrose. osteooístrom renal em pacientes com msunclencra renal crõruca. prmcipalmente em nernoounse. mcocaraurcorsmo cos-oceraé ou idiopãtico. pseudohipoparatiroidismo, raquitismo dependente de vitamina D. raquitismo hipofosfatémir.o resistente à vitamina D. Posologla geral: Iniciar com doses baixJS.. Determinar a dose em função do nível sérico de cálcio. Se houver elevação de 1 mg/100 ml (250 mmoVl) acima do normal ou a creatinina sériea for> 120 mmoVl. reduzir ou interrompe! o tratamento até a normocalcemia. A seguir, continuar com dose 0.:5 mo interior. Em caso de suplementação de cálcio. recomenda-se 800 mg a 1000 mg/d. êsquemrs posolóOlcGS especiais: Osteoporose: 0.25 mg duas vezes ao dia. C~.;:l:,!:3t~~fi;;, renal (pacientes em clãtise): para os pacientes normocátcicos ou com hipercalcemia leve. são sufkentes 0.25 ~' a cada dois dias. Se necessário. pode-sã c.!c'~arO.2:' ;;;~ a ca~;.;CU<:'S~ Quatro semanas. Em geral, há resposta com 0.5 a 1,0 mg diários. Hipoparatiroidismo e raquitismo. 25 mQld. pe~ manhã. Aumento de dose a cada 2 semanas. Não r .ccessánc :;juste posológico para idosos. Contra- lndlcações: todas as doenças associadas com hipercalcemia. hipe"Sensibilida~ aos componentes da fórmula ou a drogas da mesma classe terapêutica. Precauções: hiperlosfatemia com risco de calcificação ectõclca em pacientes com insuficiência renal. Raquitismo resistente à vitamina O (hipofosfatemia familiar): pode haver necessidade de soct.rnentacão ~ fosfil'Os. Pacientes com função renal normal devem ingerir quantidades adequadas de líquido para evitar a desidratação. tnterações medicamenlosas: pode ocorrer hipercalcemia. associada ou não ao maior aperte de cnco na dieta. imobilização prolongada. utilização. e diuretic05 ROCALTROI.:@ colcltrlol .~~!~~~~~~~~:~~~~~~~ ~~~~~~~s~~n:s~~:~o e~:i;~~~~~~~~~::~~;;~~~~~f:so s~~t~~~~~~lc~~~'i:aã~:~~~~;~t~~~~ev~~~~~ ~~~~~~~o(~;.~~~~~~~~~~·~a~cisa~i~~:I~~~'~~~: c~r~~acra~~~~1~~:~i~~a~~~~i~~s~~r~~~g~~t~~:~:~~~~a ~u:n~~~~:~Çsãé:; calcilriol. A;t. :...:·zliroLllir.apode reduzir a absorção intestinal de calcitriol. Gravidez e lactação: estudos em animais não indicam teratoçentcidace. Rocaltrol!só deve ser administrado a mulheres grãvidas se os beneficios potenciais superarem os nscos para o feto. Calcitriol passa pari o leite matemo. Por esta motivo. a amamentaçâc deve ser suspensa quando do tratamento com gocattropem Iactantes. Reações adversas: sso raras e correspondem aos sintomas agudos crônicos de bipercalcemia ou hipervitaminose O. Sintomas agudos ocasionais incluer.1 anoreXÍl cetaléia. vômitos e constipação. Efeitos crônicos podem incluir distrofia. distúrbios sensoriais. por vezes febre COI •• sede. poliúria. desidratação. apatia. interrupção do crescimento e infec,:; t.': do trato uriná rio. Condula na superdosagem: tavaçern gãstriu. induzir vômitos. Admm,str' óleo mineral para favorecer a eliminação tecer. Monitorar cálcio sérico e, caso persista. administrar tostares e corticosteróides e induzir diurese forçada adequada. Apresentação: cáp .•úas de 0.25 mg, fr1sCOScom 30 cápsulas. InformaçOes compleitas para prescrição disponíve6 rredcnte solicitação a Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos SÃ. - Av. Eng. Billings. 1729 - CEP 05321 - 900 - Jacuarê - São Paulo - Brasil. QI) 898 FEMINA navembra-dezembra/97 vai 25 nQ 10