Selma Rozane 10/Agosto/2016 SUMÁRIO Bandeiras do Brasil (1822 – atual) As Constelações presentes na Bandeira Brasil O Céu do Rio de Janeiro em 15/11/1889 (08h30) O Céu de Diamantina em 10/08/2016 (20h30) Bandeiras dos Estados Brasileiros Referências BANDEIRAS DO BRASIL Império do Brasil (1822 – 1889) (Set a Dez de 1822) A bandeira imperial do Brasil foi criada, originalmente, como pavilhão pessoal do Príncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, a pedido de D. Pedro de Alcântara, ainda como príncipe-regente. Autor JeanBaptiste Debret, coautor José Bonifácio de Andrada e Silva. Bandeira do Império do Brasil durante o Primeiro Reinado (19 estrelas). Bandeira do Império do Brasil durante o Segundo Reinado (20 estrelas). (a) (b) (a) A esfera celeste. A distância às estrelas é tão grande que perdemos a noção de profundidade. É como se todas elas estivessem cravadas em uma esfera. O movimento de rotação da Terra dá a impressão que esta esfera gira em torno de nós. Projeções do equador e polos terrestres no céu definem o equador e polos celestes. (b) Simplificação da esfera celeste: a esfera armilar. Nela estão representados o equador celeste, os trópicos, e a eclíptica. O modelo acima também contém os círculos ártico e antártico. A eclíptica é a projeção da órbita da Terra na esfera celeste. Do nosso ponto de vista, representa o percurso do Sol ao decorrer do ano. Bandeira da República (provisória) No dia 15 de novembro de 1889 o Brasil mudou de regime político: deixou de ser império e passou a ser uma república “Estados Unidos do Brasil” A bandeira do Clube Republicano Lopes Trovão, que se tentou usar como bandeira da república (15 a 19 de novembro de 1889). “Cópia servil do pavilhão norte-americano”, o desenho foi vetado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, primeiro Presidente a Republica. A Bandeira dos Estados Unidos consiste em 13 faixas horizontais, sendo 7 faixas na cor vermelhas e 6 na cor branca. Num retângulo aparecem 50 estrelas brancas, cada uma simbolizando um Estado do país. Decreto-Lei no. 4 de 19 de novembro de 1889 O Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, considerando que as cores da nossa antiga bandeira recordam as lutas e as vitórias gloriosas do exército e da armada na defesa da Pátria; Considerando, pois, que nossas cores, independentemente da forma de governo simbolizam a perpetuidade e a integridade da Pátria entre as nações; Decreta: a Bandeira adotada pela República mantém a tradição das antigas cores nacionais, verde-amarelo, do seguinte modo: um losango amarelo em campo verde, tendo no meio a esfera azul- celeste, atravessada por uma zona branca em sentido oblíquo e, descendo da esquerda para a direita com a legenda "Ordem e Progresso" e ponteada por 21 estrelas, entre as quais as da constelação do Cruzeiro, dispostas na sua situação ASTRONÔMICA quanto à distância e no tamanho relativos representando os 20 Estados da República e o Município Neutro. Primeira Bandeira da República (por 70 anos) As estrelas assumiram significado astronômico! 19 de novembro de 1889 – 1 de junho de 1960 São 21 estrelas, representando: Amazonas, Pará, Mato Grosso, Goiás, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Criticada por: Santos Dumont, Floriano Peixoto, Barão de Rio Branco... Segunda Bandeira da República (por 08 anos) 1 de junho de 1960 – 28 de maio de 1968 São 22 estrelas, representando: Amazonas, Pará, Mato Grosso, Goiás, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul + Guanabara e Distrito Federal. Terceira Bandeira da República (por 23 anos) 28 de maio de 1968 – 11 de maio de 1992 São 23 estrelas, representando: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Minas Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal. Amazonas, Pará, Mato Grosso, Goiás, do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, + Guanabara (extinto em 1975) + Acre e Quarta Bandeira da República (atual) 11 de maio de 1992 – Atual São 27 estrelas, representando: Amazonas, Pará, Mato Grosso, Goiás, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Acre, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Amapá, Roraima, Tocantins e o Distrito Federal. Os responsáveis pela criação da Bandeira da República A ideia da nova Bandeira do Brasil deve-se ao professor Raimundo Teixeira Mendes, em colaboração com o Dr. Miguel Lemos e o professor Manuel Pereira Reis, catedrático de astronomia da Escola Politécnica do Rio de Janeiro. O desenho foi executado pelo pintor Décio Vilares. Cada estrela representa um estado da federação, todas representadas artisticamente por uma estrela com 5 pontas, correspondentes a 0,30; 0,25; 0,20; 0,14; e 0,10 vezes 1/14 da largura da bandeira. AS CONSTELAÇÕES PRESENTES BANDEIRA BRASIL Cru = Acrux (1) - São Paulo Cru = Mimosa (2) – Rio de Janeiro Cru = Gacrux (2) – Bahia Cru = Pálida (3) - Minas Gerais Cru = Intrometida (4) – Espírito Santo Cruzeiro do Sul - Constelação do hemisfério sul, foi utilizada pelos navegadores dos séculos XV e XVI para orientação. Na nossa bandeira, está associado ao fato de que a maior parte do território brasileiro encontra-se no hemisfério sul. Sco = Atares (1) – Piauí Sco = Graffias (3) – Maranhão Sco = Wei (2) – Ceará Sco = Sargas (2) – Alagoas Sco = Apollyon (3) – Sergipe Sco = Girtab (3) – Paraíba Sco = Shaula (2) – Rio Grande do Norte Sco = Denebakrap (3) - Pernambuco Escorpião - Extensa constelação zodiacal, reconhecida com facilidade pelo seu formato, que lembra o corpo do animal. TrA = Atria TrA TrA (2) – Rio Grande do Sul (3) – Maranhão (3) – Ceará Triângulo Austral - Catalogada por Bayer no século XVII, é uma das constelações características do hemisfério sul. Oct = Polaris Australis (5) – Distrito Federal Oitante - Criada em 1752, representa o instrumento oitante, utilizado nas descobertas marítimas. A estrela é visível nas proximidades do polo sul celeste, a estrela Polaris Australis marca o ponto do céu, no hemisfério sul, em torno do qual parecem girar as outras estrelas. Por este motivo, foi escolhida para representar o “Município Neutro da União” (Distrito Federal), em torno do qual gira, politicamente, a nação. Vir = Spica Virgem (1) – Pará - Constelação zodiacal que tem a figura de uma Mulher alada com uma espiga de trigo na mão. Vem daí o nome Spica, que simboliza a agricultura e a fertilidade. Segundo Teixeira Mendes, apesar de Spica estar no hemisfério sul celeste, por uma questão estética e pela sua importância na história da astronomia, foi a escolhida para ser colocada acima da faixa, na bandeira, de forma a “quebrar a monotonia do hemisfério boreal”. CMa = Sirius (1) – Mato Grosso CMa = Mirzan (2) – Amapá CMa = Muliphen (4) – Rondônia CMa = Wezen (2) – Roraima CMa = Adhara (3) – Tocantins Cão Maior - Constelação austral que, apesar de sua pequena extensão, possui uma grande densidade estelar. Sirius, sua principal estrela, é a mais brilhante do céu e a quinta mais próxima da Terra. Hya = Alphard (2) – Mato Grosso do Sul Hya = Dhanab al Shuja (3) – Acre Hidra Fêmea - A mais extensa das constelações, que se estende do céu austral ao boreal, e que tem a forma do monstro marinho morto por Hércules. Sua estrela mais brilhante é Alphard, que, em árabe, significa a solitária. CMi = Procyon (1) – Amazonas Cão Menor - A única constelação boreal presente na bandeira. Este asterismo foi escolhido para simbolizar que o território brasileiro está localizado não apenas no hemisfério sul, mas estende-se ao hemisfério norte. Car = Canopus Carina - (1) – Goiáis Constelação austral, ela é o casco do Navio Argos, com o qual viajaram os Argonautas, na mitologia grega. A estrela Canopus é a segunda mais brilhante do céu e serve de guia para os navegadores. Sua presença na bandeira está associada aos navegadores portugueses que chegaram ao Brasil. Dia 15/11/1889 08h30mim Rio de Janeiro/RJ 22º 53’ 00” S 43º 06’ 13” W Dia 10/08/2016 20h30mim Diamantina/MG 18º 14’ 58” S 43º 36’ 01” W Alt: 1113m Plutão Saturno Marte Lua Escorpião (Scorpius – Sco) Virgem (Virgo –Vir) Netuno Triangulo Austral (Triangulum – TrA) Oitante (Octans-Oct) Cruzeiro do Sul (Crux – Cru) Goiás – Azul representa o céu / estrelas representam Cruzeiro do Sul. Maranhão; Pernambuco; Piauí; Rondônia; Roraima – Azul representa o céu / estrela que simboliza o estado na bandeira do Brasil. Pará – Faixa branca representa o zodíaco / estrela que simboliza o estado na bandeira do Brasil. Paraná; São Paulo – As Estrelas representam o Cruzeiro do Sul. Tocantins – A estrela representa o Sol. Referências 1) http://www.on.br/pequeno_cientista/conteudo/revista/pdf/bandeiras.pdf 2) http://www.ufrgs.br/planetario/bandeirabrasilconstela%C3%A7%C3%B5es.html 3) http://www.zenite.nu/perguntas-e-respostas-sobre-a-bandeira/ 4) http://www2.planalto.gov.br/acervo/simbolos-nacionais 5) O céu como bandeira – A contribuição da Astronomia para o regime republicano, W. Lyra CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK Astronomia.ifba Contato [email protected]