experiência de uma prática acadêmica para criação de um horto de

Propaganda
Anais do IV Simpósio sobre Formação de Professores – SIMFOP
Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus de Tubarão
Tubarão, de 7 a 11 de maio de 2012
EXPERIÊNCIA DE UMA PRÁTICA ACADÊMICA
PARA CRIAÇÃO DE UM HORTO DE PLANTAS MEDICINAIS
NA UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
Daniella Koch de Carvalho¹
Aline Gonçalves Pereira²
RESUMO: O presente trabalho consiste em um relato de experiência referente a uma prática acadêmica da
disciplina de fitoterapia do curso de graduação em Enfermagem da Universidade do Sul de Santa Catarina, no
campus de Tubarão/SC. O objetivo é a construção de um horto didático de plantas medicinais para a disciplina.
As atividades iniciaram a partir do primeiro semestre de 2008, durante as aulas de campo da disciplina
supracitada. Com o envolvimento de cento e trinta e quatro (134) acadêmicos do curso de Enfermagem e dos
funcionários do setor de manutenção da Universidade. A atividade de construção do horto didático iniciou-se
com oficinas de educação em saúde junto aos funcionários. Foram realizadas dezoito (18) oficinas de educação
em saúde com a utilização de dezesseis (16) espécies de plantas medicinais. Estas oficinas ocorreram em
horário extraclasse, sendo ministradas por oito (8) acadêmicos e com a participação de uma média de dezesseis
(16) funcionários participantes por oficinas.
PALAVRAS-CHAVES: Enfermagem; plantas medicinais; educação em saúde.
1. Introdução:
O presente trabalho consiste em um relato de experiência referente a uma prática
acadêmica da disciplina de Fitoterapia do curso de graduação em Enfermagem da
Universidade do Sul de Santa Catarina, no campus de Tubarão/SC.
O curso de Enfermagem implantou no seu Projeto Pedagógico de 1996 as disciplinas
de Praticas Naturais em Saúde e Vivencias I, II e III. Com a reformulação do Projeto
Pedagógico em 2004, a disciplina de Fitoterapia passou a fazer parte da grade curricular e as
disciplinas de Praticas Naturais em Saúde e Vivencias I, II e III foram readequadas para
Praticas Naturais e Vivenciais em Saúde I e II.
As plantas medicinais estão diretamente vinculada a trajetória profissional como
enfermeira, docente da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) nas disciplinas de
Fitoterapia, Práticas Naturais e Vivenciais em Saúde I e II e Praticas Integrativas e
Complementares em Saúde do Curso de Enfermagem - Campus Tubarão, bem como na
atuação como enfermeira assistencial no Serviço de Assistência Integrada à Saúde – SAIS
Este Serviço, desde 1992, como ambulatório escola, vem desenvolvendo atividades de
atenção-cuidado à saúde dos trabalhadores e alunos da UNISUL e Colégio Dehon e
proporcionando campo de estágio para os cursos da área da saúde. Além disso, é um
importante ambiente para pesquisa, posto que é fonte de dados para as investigações
científicas dos docentes, alunos e professores da área saúde e afins - o que o caracteriza
como centro de ensino, pesquisa e extensão (DELFINO et al.,2005.)
A temática proposta tornou-se mais evidente a partir da vivência construída através de
oficinas com trocas de saberes, acerca da utilização das plantas medicinais com os
funcionários do setor de manutenção da Unisul – campus Tubarão, onde identificamos
algumas incongruências relacionadas com a utilização de plantas medicinais e sua indicação
na literatura.
Brasil (2007) relata que no final da década de 70, a OMS criou o Programa de
Medicina Tradicional, objetivando a formulação de políticas na área. Desde então, em vários
comunicados e resoluções, a OMS expressa o seu compromisso em incentivar os Estados
1
Anais do IV Simpósio sobre Formação de Professores – SIMFOP
Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus de Tubarão
Tubarão, de 7 a 11 de maio de 2012
membros a formularem e implementarem políticas para o uso racional e integrado da
Medicina Tradicional/Medicina Complementar Alternativa nos sistemas nacionais de atenção
à saúde bem como para o desenvolvimento de estudos científicos para o melhor conhecimento
de sua segurança, eficácia e qualidade.
Conforme Azevedo e Silva (2006), recentemente o Ministério da Saúde divulgou a
Portaria N° 971 de 3 de maio de 2006 que dispõe sobre a Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde. A desarticulação de políticas
públicas relativas ao atendimento das necessidades básicas de saúde das populações
periféricas vem levando a uma crescente procura de alternativas economicamente viáveis, o
que gera um aumento do consumo de plantas medicinais.
Dentro deste contexto estabeleceu-se como objetivo deste: Implantação de um horto
didático de plantas medicinais para o curso de Enfermagem da Unisul – campus Tubarão.
Através da conscientização acredita-se que o direito à saúde pode ser conquistado
passo a passo, num processo de construção coletiva. É urgente provocar, incentivar, animar os
grupos a prosseguir na sua luta pela universalização da saúde.
Considerando que nos últimos anos, as plantas medicinais vêm sendo resgatadas pela
população como recurso terapêutico, acreditamos que tais plantas tenham um papel
importante na melhoria da qualidade de vida das pessoas.
2. Fundamentação teórica:
Fitoterapia:
Em sentido etimológico, segundo Sallé (1996, p. 16), “fitoterapia vem do grego
phytos, que significa plantas, e terapia que significa cuidado ou tratamento. A fitoterapia é
o tratamento do estado geral do organismo e do sintoma por meio das plantas”.
Segundo Bontempo (1994, p. 101),
A fitoterapia é o maior método de tratamento feito através de ervas especiais. Não é
necessário dizer que a fitoterapia consiste no mais antigo método de medicina
natural que se conhece, pois o homem sempre fez uso das ervas na tentativa de
curar os seus mais diversos males.
Reforçando o conceito, encontramos Oliveira e Akisue (1997, p. 157), que diz
“fitoterapia é o método de tratamento de enfermidades que emprega vegetais frescos, drogas
vegetais ou ainda, extratos vegetais preparados com esses tipos de matérias-prima.
Etimologicamente, fitoterapia significa tratamento por meio das plantas”.
A natureza é provida de rica e variada flora medicinal, que de acordo com Kniess
(2000), pode e é utilizada como elemento para a solução e prevenção de parte de nossas
necessidades.
Conforme Biazzi (1994, p. 19),
O homem simples do campo e os índios geralmente usavam as plantas de maneira
bem natural. Se você vê a plantinha, colhe e a macera com as próprias mãos, vai
sentir-se mais ligado a ela, vai simpatizar com ela. Com a folhinha verde nas mãos,
você vai se sentir “tocado” pela natureza e descobrir o grande segredo do amor
criador e mantenedor de todas as coisas. Isso é muito mais que vitaminas e sais
minerais, muito mais que flavonas, hormônios e óleos essenciais.
Gonsalves (1989, p. 81), relata que:
2
Anais do IV Simpósio sobre Formação de Professores – SIMFOP
Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus de Tubarão
Tubarão, de 7 a 11 de maio de 2012
A utilização das plantas medicinais pelo povo faz parte da cultura, como resultado
das experiências de gerações passadas que foram transmitidas por meio de
aprendizagem consciente e inconsciente. O resultado empírico das virtudes
curativas dos vegetais remonta a épocas antigas, quando o homem primitivo
escolhia nos prados e selvas, guiado pelo instinto ou outra sugestão, a erva para
aclamar a dor e curar o próprio mal. Portanto, a fitoterapia é contemporânea ao
início da humanidade.
Entre os anos de 500 e 2800 a.C., refere Gaio e Farias (1998) que investigações
científicas demonstram que o homem, já amansava e domesticava animais, cultivava cereais e
utilizava algumas plantas medicinais. Por instinto, observando pássaros e outros animais
(também instintivamente, o animal irracional toma precaução contra doença e, quando doente
recorre às plantas curativas) selecionou e usou, nele mesmo, vegetais com finalidade
terapêutica. O homem, dotado de inteligência, desde cedo notou este gesto dos animais e,
orientado por observações próprias, verificou que nas ervas há poder curativo. Este
conhecimento, eventualmente, favorecia outras pessoas.
Desde que começaram a aparecer às doenças, segundo Kniess (2000), os homens
trataram de combatê-las como sabiam. A natureza foi, sem dúvida, o primeiro remédio,
farmácia e hospital a que o homem recorreu. Assim, o primeiro ou um dos primeiros métodos
de cura que se ofereceu, foi o tratamento pelas plantas. No reino das plantas há abundância de
virtudes curadoras próprias para as necessidades do homem.
Relembrando a história Gaio e Farias (1998) referem que na China, na época de Shen
Nung (ao redor de 2000 a.C.) já se investigava o valor medicinal de centenas de ervas. Entre
as 365 drogas mais usadas estavam: podófilo, ruibarbo, ginseng, estramônio, cinamono e
efedra. No célebre papiro de Eberds (1500 a.C.), uma coleção de 800 fórmulas, encontramos
as indicações sobre 700 drogas locais e exóticas (papoula, ginseng, rícino, romã, mandrágora,
mirra, incensom, aipo, coentro, azeite) usadas no tratamento de doenças da patologia interna,
de afecções oculares, ginecológicas e dermatológicas. As drogas eram piladas, cozidas na
cerveja, no vinho ou no leite.
Na época dos grandes filósofos gregos, Hipócrates (460 – 361 a.C.) e seus discípulos
ensinavam que a doença não é um fatal desígnio dos deuses e pode ser identificada pela arte
médica e tratada com remédios naturais. Teofrasto (370 – 286 a.C.), chamado “o pai da
botânica” poderia mais apropriadamente ser o “pai da farmacognosia”. Filósofo e cientista,
sucessor de Aristóteles (384 – 322 a.C.) na direção da escola de Atenas, realizou importantes
trabalhos botânicos sobre as drogas da época. Determinou peculiaridades e qualidades
médicas das ervas, observando acuradamente, aspectos farmacêuticos e farmacológicos da
mirra, do incenso, da cássia, mentrasto, da beladona, do timo, etc... Seus trabalhos,
independente de considerações metafísicas, até hoje, influenciam na atividade farmacêutica
(GAIO; FARIAS, 1998, p. 2).
A história da relação dos seres humanos com as plantas segundo Kniess (2000), para
fins curativos perde-se no tempo. Por volta do ano 3000 a.C. os chineses já possuíam uma
sofisticada farmacopéia, assim como os povos assírios e egípcios em 2500 a.C.
A descoberta de novos medicamentos e o estudo da sua utilização judiciosa ganhou
formidável impulso com Mitrídades VI, rei do ponto (132 – 63 a.C.) que, em conjunto com
seu médico particular, confeccionou um antídoto – o mitrídato – composto de 54 substâncias
e que seria eficaz contra os mais variados venenos. No século I, Dioscórido, famoso médico
de Roma (oriundo da Grécia), descreveu perto de 500 plantas medicinais, bem como
substâncias medicamentosas de origem animal ou mineral, no seu tratado da matéria médica.
A sua obra é a fonte mais importante de ensinamentos de que dispomos sobre os vegetais
utilizados na antiguidade (GAIO; FARIAS, 1998, p. 2)
3
Anais do IV Simpósio sobre Formação de Professores – SIMFOP
Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus de Tubarão
Tubarão, de 7 a 11 de maio de 2012
Conforme Gaio e Farias (1998), os árabes dominavam grande parte do mundo
civilizado, no século VII, mandavam vir médicos e fundaram hospitais e bibliotecas. Como a
medicina Árabe era altamente especializada, os médicos e os preparadores de medicamentos
não tardaram a dissociar os seus mistérios. Um dos motivos desta separação fundamentava-se
na existência dos polifármacos (certas fórmulas chegavam a ter mais de 100 substâncias).
A farmácia – a Botica – é uma das criações dos árabes e acredita-se que a primeira de
todas existiu em Bagdá. Entre os farmacêuticos, Avicena (980 – 1037) era o mais conhecido e
famoso. Influenciado pela obra de Galeno produziu o seu cânone da medicina – cinco
volumes sobre a medicina grega e romana (GAIO; FARIAS, 1998, p. 3).
A medicina chinesa, como a indiana, refere Kniess (2000), tem na fitoterapia um dos
pilares que a sustentam, acumulando até hoje mais de cinco mil espécies de todo mundo com
as quais trabalha. Os assírios, da mesma forma, utilizavam cerca de duzentas e cinqüenta
espécies vegetais na terapêutica. Os egípcios, que desenvolveram a prática de embalsamar os
corpos para preservá-los de deterioração, eram muito adiantados em seu tempo na arte de
curar com plantas.
Em pleno século XXI, pode parecer para muitos, inconcebível, falar sobre magia,
misticismo, feiticeiros e curandeiros e relacionar tais temas à ciência. Segundo Di Stasi
(1996), os magos, as bruxas, os feiticeiros, interpretavam os acontecimentos da natureza e
suas conseqüências, e expressavam uma determinada compreensão do universo e do
relacionamento deste com o homem, muito próximo da compreensão que os pesquisadores
hoje possuem.
Gaio e Farias (1998), comentam que várias drogas ou plantas medicinais eram
utilizadas nos exorcismos que se praticavam para repelir os espíritos da doença. Eram
consideradas ervas mágicas entre outras, a mandrágora, o visgo do castanheiro, o meimendro,
a arruda e o alho.
Reforçando Di Stasi (1996, p. 17) relata:
A importância da magia, feitiçaria e alquimia não se caracteriza apenas na gênese
da ciência moderna – o que já representa um grande momento na história da
civilização – caracteriza-se também pela enorme contribuição que estes
procedimentos de estudo e interpretação da natureza trouxeram para muitas áreas
do conhecimento científico, com destaque para as ciências biomédicas.
A arte dos benzedores, curandeiros e xamãs, herdada dos magos e feiticeiros de
outrora, pode ser vista hoje, em teste, nos laboratórios científicos, os quais
passaram a avaliar experimentalmente a veracidade destas informações, tendo em
vista a descoberta de novos medicamentos, com base justamente nos
conhecimentos que foram adquiridos durante milhares de anos e repassados de
geração em geração por aqueles que são os ancestrais da ciência moderna.
A partir de 1820, conforme Gaio e Farias (1998), na América do Norte, começam a
serem instaladas as primeiras industrias de ervas medicinais. A terapêutica se fundamentava
cada vez menos em teorias e especulações, por se radicar, cada vez mais, na experimentação e
nas observações sistematizadas, feitas à cabeceira do doente. Assim, em 1804, o farmacêutico
Friedrich W. Sertürner isolou a morfina. Esta descoberta conduziu outras e logo a seguir,
Pelletier e Caventou descobriram a estricnina (1818). A fabricação de medicamentos,
mediante a extração e o isolamento dos princípios ativos das drogas vegetais, abriu uma nova
era à farmacologia.
Do século XVII até as portas do século XIX, a ciência conforme Kniess (2000)
progrediu espontaneamente. Todavia, os estudos de plantas medicinais brasileiras limitaramse, na maior parte das vezes, a iniciativas isoladas de alguns cientistas e a elaboração de
publicações em que se aproveitaram principalmente os ensinamentos populares sobre plantas.
4
Anais do IV Simpósio sobre Formação de Professores – SIMFOP
Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus de Tubarão
Tubarão, de 7 a 11 de maio de 2012
A tendência da medicina de se voltar para os medicamentos sintéticos, que se fortaleceu
depois da Segunda Guerra, contribuiu ainda mais para o abandono do estudo das plantas.
A este respeito Di Stasi (1996, p. 18) comenta que:
Essas informações sobre os usos das plantas medicinais e suas virtudes terapêuticas
foram sendo acumuladas durante séculos, e muito desse conhecimento empírico se
encontra disponível atualmente. De domínio público, o conhecimento sobre as
plantas medicinais representou e ainda representa o único recurso terapêutico de
muitas comunidades e grupos étnicos. Essa prática, que se caracteriza pela
utilização dos recursos naturais como forma de tratamento e cura de doenças, é tão
antiga quanto a espécie humana.
A partir de 1879, segundo Gaio & Farias (1998), Albert Brow Lyon começa a
desenvolver métodos e processos (físicos, químicos, biológicos, farmacológicos) visando a
padronização de medicamentos de origem vegetal. As vitaminas (A, B, C) os alcalóides
(morfina, codeína, papaverina, quinina, emetina, ergotoxina, ergotinina, peserpina,
tubocurarina, cocaína) os heterosídeos (digotoxina, gotoxina, gitalina) e vários outros grupos
de produtos naturais vegetais foram descobertos, extraídos, isolados e incorporados à bases
medicamentosas.
Outras formas de descoberta dos efeitos terapêuticos das plantas se encontram em
inúmeras práticas, tais como: os amuletos, a cura por meio de orações que, muitas vezes,
utilizam plantas para o benzimento, em rituais africanos, indígenas e outros.
Di Stasi (1996, p. 20), comenta que:
Todas essas manifestações contribuíram, graças ao seu componente empírico, com
a seleção e a incorporação de espécies vegetais como plantas medicinais eficazes.
Estes exemplos mostram-se suficientes para caracterizar a importância e a
relevância, não apenas dos magos, bruxos, feiticeiros e alquimistas, mas também do
conhecimento disseminado por toda a população, os quais contribuem amplamente
para o conhecimento da natureza e servem como subsídio básico, e de extremo
valor, para a seleção de plantas medicinais para estudos detalhados voltados para a
obtenção de novos medicamentos.
Desta forma, segundo Gaio e Farias (1998), no Brasil e em todo o mundo, a fitoterapia
foi peça essencial do arsenal terapêutica até meados do século XIX. Desde então foi cedendo
lugar a produtos biológicos de origem animal e a preparados feitos com moléculas puras de
elementos ativos, isolados de plantas medicinais dotadas de ação farmacológica mais
específica.
O homem, conforme Sallé (1996), maravilhado a princípio por todas essas descobertas
fantásticas, isolou os princípios ativos das plantas, depois os sintetizou, a fim de obter
produtos novos (descoberta das sulfaminas, dos antibióticos, dos antiinflamatórios). As
Universidades se voltaram para o estudo das novas moléculas sintéticas. A medicina alopática
tornou-se oficial, em detrimento de todas as outras medicinas ancestrais (acupuntura,
fitoterapia,). O ensino da fitoterapia foi então abandonado. Os Farmacêuticos não tendo mais
preparações galênicas a efetuar, o número de pessoas competentes diminuiu e originou a
falência dos laboratórios de fitoterapia.
Os fitoterápicos caíram no esquecimento e foram substituídos por terapêuticas
baseadas no uso de produtos animais e de substâncias químicas.
Os fitoterápicos segundo Denez et al. (1999, p. 63),
São produtos que tecnicamente empregam matérias-primas vegetais com finalidade
profilática, curativa ou de diagnóstico para benefício do usuário, reconhecida
através do grau de reprodutibilidade e constância na qualidade.
5
Anais do IV Simpósio sobre Formação de Professores – SIMFOP
Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus de Tubarão
Tubarão, de 7 a 11 de maio de 2012
As plantas medicinais conforme Gaio e Farias (1998) perderam a importância e
passaram a ser utilizada somente como terapia alternativa no Brasil, e em outros países do
terceiro mundo, onde cerca de 70 – 80% da população não tem acesso à assistência
farmacêutica.
Em 1998, foi constituída pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVS)
conforme Sacramento (1999, p. 18),
A subcomissão de assessoramento em Fitoterápicos – CONAFIT com as seguintes
atribuições: - assessorar a ANVS nos assuntos científicos, técnicos e normativos
envolvidos na apreciação da eficácia e segurança do uso de produtos fitoterápicos; manifestar-se sobre questões relacionadas a farmacovigilância e ao
desenvolvimento de pesquisas clínicas na área de fitoterápicos “in vitro” e subsidiar
a ANVS na realização de eventos técnicos-científicos de interesse dos trabalhos da
Comissão e que concorram para a ampla divulgação de conhecimento e
informações pertinentes ao controle sanitário.
A Constituição Federal, segundo o Estado de Santa Catarina (2001, p. 12),
Prevê o acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde, com
regionalização e hierarquização, descentralização com direção única em cada esfera
de governo, participação da comunidade e atendimento integral, com prioridade
para as atividades preventivas, sem prejuízos dos serviços assistenciais.
Búrigo (1998, p. 69) refere que a “Organização Mundial da Saúde (OMS) os
determinantes da saúde dependem em 5% da constituição de cada indivíduo, em 15% dos
serviços de saúde, em 30% do meio ambiente, e em 50% dos estilos de vida”.
A sociedade brasileira atualmente passa por profundas transformações, Nascimento
(1999, p. 20), refere que:
Na área da saúde convivemos com adoção de “pacotes” mínimos, cuja assistência é
limitada à atenção básica para as populações marginais e aos pobres. Cortes
promovidos nos orçamentos das diferentes esferas de governo, particularmente na
saúde, aliados aos acréscimos nos preços dos medicamentos ofertados no mercado,
decorrentes de estratégias de competição desvinculadas das políticas sociais,
comprometendo de maneira radical os programas de assistência farmacêutica.
Grande parte da população brasileira não tem acesso aos serviços de saúde nem a
utilização de medicamentos essenciais, necessários à recuperação da saúde.
O Reino Vegetal sempre representou fonte de recursos para a humanidade,
promovendo e preservando a saúde. Accorsi (1998) refere que atualmente há um interesse
mundial sobre a fitoterapia. Tanto assim que a Organização Mundial de Saúde, na reunião de
1978, em Alma Ata, reconheceu a importância das plantas medicinais como alternativa no
tratamento de algumas doenças, e recomendou a difusão dos conhecimentos necessários para
seu uso.
Na Saúde Pública é possível a utilização da planta medicinal como recurso terapêutico
de apoio. Segundo Rockembach e Gaio (1998), depende apenas da vontade política dos
governantes, da vontade dos profissionais da área aprofundarem seus estudos e da insistência
da população na divulgação dos benefícios e facilidades na utilização das plantas medicinais.
O Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito municipal e estadual, de acordo com
Sacramento (1999), vem há dez anos, implantando a fitoterapia nos Programas Municipais e
Estaduais de Assistência Farmacêutica visando reduzir os custos com medicamentos
sintéticos e atender a uma expectativa dos técnicos e da comunidade.
6
Anais do IV Simpósio sobre Formação de Professores – SIMFOP
Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus de Tubarão
Tubarão, de 7 a 11 de maio de 2012
No Brasil, comenta Sacramento (2001, p. 4)
20% da população é responsável por 63% do consumo dos medicamentos
disponíveis, e o restante 80%, encontra nos produtos de origem natural,
especialmente as plantas medicinais, a única fonte de recursos terapêuticos. Os
fitoterápicos brasileiros e de muitos países, têm sido o suporte da indústria
farmacêutica nacional de pequeno e médio porte.
Sacramento (2001, p.4) ainda relata que
Há uma necessidade permanente de formação de recursos humanos capacitados,
com vistas ao desenvolvimento de ações nas áreas afins. O respeito ao meio
ambiente, bem como ao estilo tradicional de vida das comunidades tradicionais, são
essenciais ao desenvolvimento sustentável e manutenção da biodiversidade do
planeta.
Ainda conforme Sacramento (2001, p.4) que destaca outros pontos importantes como;
A pesquisa de novos fármacos originários de produtos naturais será expandida e o
percentual de novos produtos de plantas consumidos na forma de fitoterápicos ou
suplementos alimentares aumentará ano após ano, principalmente com o objetivo
de tratar doenças que na atualidade, estão desenvolvendo resistência ao arsenal de
fármacos existentes, tais como AIDS, malária, tuberculose.
Sabe-se que embora muitas pessoas ignorem a importância das plantas medicinais,
toda a farmacologia tem como base exatamente os princípios ativos das plantas. Na verdade, a
farmacologia moderna não existiria sem a botânica, a toxicologia e a herança de
conhecimentos adquiridos através de séculos de prática médica ligada ao emprego das plantas.
Para utilizar uma erva medicinal, é necessário extrair dela sua força curativa, ou princípio
ativo. Existem várias maneiras de manipular as plantas para obter o que a fitoterapia
denomina o “produto oficinal”, ou seja, a erva em sua forma mais adequada ao uso desejado.
Conforme Aleixo (1992) costuma-se dizer “No início tudo são flores”. Ao contrário do
dito popular, no início tudo era mato. Temos como tarefa inicial à limpeza do terreno para a
plantação das ervas medicinais. As plantas estão presentes em nossa vida desde o momento
em que nascemos até a hora de nossa morte física, acompanhando-nos durante toda essa
jornada, ajudando-nos a evoluir em todos os níveis de vibração. Estudá-las é muito mais que
aprender sobre elas, é compartilhar a essência que move o universo.
O trabalho com as plantas requer dedicação e zelo. Desde a preparação da terra, do
instante da colheita até a preparação das essências, é necessário analisar o momento
oportuno para o início do trabalho, pois, como sabemos, temos que respeitar as leis
que regem a natureza e as fases da Lua, que têm grande influência sobre esse reino.
É sabido que, apesar do grande avanço dos métodos de plantio e colheita, o homem
ainda tem que seguir as fases da Lua, caso contrário, se não plantar na Lua certa,
tenderá ao fracasso ou então sua colheita não terá o sucesso almejado. (ALEIXO,
1992, p. 25).
Um ponto importante quando se trabalha com plantas medicinais diz respeito ao
reconhecimento botânico da planta que segundo Silva et al. (1995, p. 8),
Baseia-se na sistemática, na morfologia e na anatomia vegetal. Deve ser realizado
por pessoas especializadas (botânicos). Os nomes populares não devem ser tomados
como referência, pois um mesmo nome pode ser empregado para espécies
diferentes. Em virtude das dificuldades de reconhecimento, recomenda-se que, para
7
Anais do IV Simpósio sobre Formação de Professores – SIMFOP
Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus de Tubarão
Tubarão, de 7 a 11 de maio de 2012
iniciar-se o cultivo, as mudas ou sementes sejam adquiridas de fonte confiável,
onde já estejam previa e seguramente identificadas.
Reforçando a importância da identificação correta Gonsalves (1989, p.83) relata que,
Para uma identificação correta precisamos das estruturas reprodutoras,
principalmente das flores e das inflorescências, frutos, quando existirem, e o
formato das folhas. No caso de existirem plantas masculinas e femininas temos que
tomar muito cuidado, pois às vezes elas são diferentes em sua composição química.
Além da correta identificação botânica, vale ressaltar outros pontos importantes,
Lorenzi et. al. (2002) descreve que toda planta medicinal é medicamento somente quando
usada corretamente, ou seja, é necessário que a planta medicinal seja validada e incluída na
farmacopéia requer, numa condição ideal, ter identificado seu princípio ativo ou tê-lo
evidenciado farmacologicamente.
Ao longo da história podemos observar que em diversas épocas e culturas, o homem
conviveu com os recursos naturais locais e especialmente com as plantas, onde encontrou um
recurso terapêutico, utilizado como fonte necessária para aumentar sua sobrevivência.
Constatou-se também que, na maioria dos casos, a divulgação do uso das plantas com
finalidade terapêutica é feita de maneira informal, sendo estes conhecimentos, muitas vezes,
transmitidos de geração a geração.
É importante analisar as implicações que o uso indiscriminado de plantas medicinais
pode ter na assistência à saúde e como os profissionais de saúde poderiam empregar este
recurso terapêutico de forma eficaz. Contribuindo com a troca de saberes entre o popular e o
cientifico.
3. Caminhos metodológicos:
Relato de experiência das aulas de campo da disciplina de Fitoterapia do Curso de
Graduação em Enfermagem da Universidade do Sul de Santa Catarina- campus Tubarão.
As atividades iniciaram a partir do primeiro semestre de 2008, durante as aulas de
campo da disciplina supracitada. Com o envolvimento de acadêmicos do curso de
Enfermagem e dos funcionários do setor de manutenção da Universidade.
A atividade de construção do horto didático iniciou-se com oficinas de educação em
saúde junto aos funcionários, acerca da utilização da plantas medicinais. Estas oficinas
ocorreram em horário extraclasse, sendo ministradas por acadêmicos e com a participação de
funcionários.
Estas atividades resultaram na construção de um projeto de extensão instituído pela
Universidade no primeiro semestre de 2010, com a inclusão dos cursos de graduação em
Agronomia e Farmácia.
4. Resultados e discussões:
No período entre o primeiro semestre de 2008 e o segundo semestre de 2009,
contamos com o envolvimento de cento e trinta e quatro (134) acadêmicos do curso de
Enfermagem na implantação do horto.
Foram realizadas dezoito (18) oficinas de educação em saúde com a utilização de
dezesseis (16) espécies de plantas medicinais. Estas oficinas ocorreram em horário
extraclasse, sendo ministradas por oito (8) acadêmicos e com a participação de uma média de
dezesseis (16) funcionários participantes por oficinas.
8
Anais do IV Simpósio sobre Formação de Professores – SIMFOP
Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus de Tubarão
Tubarão, de 7 a 11 de maio de 2012
Implantação do horto didático
medicinal – limpeza da área.
Implantação do horto didático
medicinal – aula de campo da
disciplina de Fitoterapia do curso
de Enfermagem
Implantação do horto didático
medicinal – contribuição dos
funcionários
do
setor
de
manutenção da Unisul.
Oficinas de educação em saúde
acerca da utilização das plantas
medicinais com os funcionários
do setor de manutenção da
Unisul.
9
Anais do IV Simpósio sobre Formação de Professores – SIMFOP
Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus de Tubarão
Tubarão, de 7 a 11 de maio de 2012
Tabela 1 – Temas das oficinas de educação em saúde desenvolvidas com os funcionários do
setor de manutenção da Universidade do Sul de Santa Catarina. Tubarão, 2008/2009.
Ordem
1º
Temas
Conceito, cuidados com cultivo, secagem, armazenagem e identificação
botânica
Formas de preparo e utilização das plantas medicinais
2º
Jambolão - Syzygium jambolanum (Lam.) DC
3º
Babosa – Aloe Vera L.
4º
Alho e Berinjela – Allium sativum L. e Solarium melongena L.
5º
Carqueja – Baccharis trimera (Less) DC
6º
Pata de Vaca – Bauhinia forficata Link
7º
Picão – Bidens pilosa L
8º
Espinheira-santa – Maytenus ilicifolia Reissek
9º
Couve folha – Brassica oleracea L.
10º
Cenoura – Daucus carota L.
11º
Alecrim – Rosmarinus officinalis L.
12º
Hortelã – Mentha piperita L.
13º
Losna – Artemisia absinthium L.
14º
Arruda – Ruta graveolens L.
15º
Guaco – Mikania glomerata Spreng
16º
Mil folhas – Achillea millefolium
17º
Carambola – Averrhoa carambola L.
18º
Fonte: livro ata das oficinas desenvolvidas
Informativo distribuído aos funcionários que participavam das oficinas
CONTEÚDO ABORDADO NOS
INFORMATIVOS:
Nome científico e popular
Família
Aspectos botânicos
Aspectos agronômicos
Constituintes químicos
Propriedades medicinais
Ações/Indicações
Contra-indicações
Efeitos colaterais
Interações
Parte da planta utilizada
Dosagem
Modo de usar e curiosidades
5. Considerações finais:
Reconhecendo a Universidade como um espaço de construção do conhecimento cujo
encontro dos saberes científicos e populares podem colaborar com a qualificação profissional,
a fitoterapia oportunizou aos alunos da graduação em Enfermagem conviver e compartilhar
conhecimentos acadêmicos e exercitar a prática em saúde.
10
Anais do IV Simpósio sobre Formação de Professores – SIMFOP
Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus de Tubarão
Tubarão, de 7 a 11 de maio de 2012
Esta experiência vem confirmar que a aprendizagem em grupo traz resultados em seu
conjunto, mas, principalmente, um desenvolvimento individual surpreendente para cada
membro participante.
Assim como a relação da fitoterapia com as ações para a promoção da saúde,
investindo na qualidade de vida e na autonomia de cada cidadão no seu auto cuidado, com os
recursos disponíveis. Acreditamos ser este um modo de fazer enfermagem.
Referências
ACCORSI, W. Fitoterapia. . In: Anais da I Jornada Catarinense de Plantas Medicinais:
Saúde e Sustentabilidade para o 3º Milênio. Universidade do Sul de Santa Catarina –
UNISUL. Tubarão, 1998. p. 38-46
ALEIXO, J. As essências das Ervas e das Flores no Brasil: invocações poéticas. São Paulo:
Aquapiana, 1992. 169 p.
AZEVEDO, Sheila K. S.; SILVA, Inês M. Plantas medicinais e de uso religioso
comercializadas em mercados e feiras livres no Rio de Janeiro - RJ, Brasil. Acta botânica
brasileira, Rio de Janeiro, Vol. 20, n. 1, p. 185 – 194, 2006.
BIAZZI, E. S. Saúde pelas Plantas. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1994. 176 p.
BONTEMPO, M. Manual de Medicina Integral: o mais completo guia das terapias
alternativas já publicado no Brasil. 3º ed. São Paulo: Best Seller, 1994. p. 101 – 104.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Plantas medicinais. Disponível em:
<http://www.saude.df.gov.br/003/00301009.asp?ttCD_CHAVE=49011>. Acesso em 03 set.
2007
______ Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. A
fitoterapia no SUS e o Programa de Pesquisa de Plantas Medicinais da Central de
Medicamentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 148 p.
______ Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Boas Práticas Agrícolas de
plantas medicinais, aromáticas e condimentares. Brasília: MAPA/SDC, 2006. 48 p.
______ ANVISA. RE n.º 89, de 16 de março de 2004. Determina a publicação da Lista de
Registro Simplificado de Fitoterápicos. Diário Oficial da União. Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/e-legis/. Acesso em 12 nov. 2008.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares no SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2008
_______. Portaria n.º 971, de 3 de maio de 2006. Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Ministério da Saúde. Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/PNPIC.pdf. Acesso em 10 ago.2007.
BÚRIGO, M. Fitoterapia em Saúde Pública. In: Anais da I Jornada Catarinense de Plantas
Medicinais: Saúde e Sustentabilidade para o 3º Milênio. Universidade do Sul de Santa
Catarina – UNISUL. Tubarão, 1998. p. 69 – 72.
CARVALHO, Daniella K.; et al. Projeto de extensão: programa de fitoterapia. Unisul –
Campus Tubarão, 2010.
DELFINO, Maria Regina Rufino, et a.l Projeto Serviço de Assistência Integrada à Saúde –
SAIS. Curso de Enfermagem – UNISUL Tubarão SC,2005
DENEZ, K. B., et al. A Busca de Qualidade em Homeopatia: controle de qualidade de tintura
mãe de Datura stamonium L. In: Anais da II Jornada Catarinense de Plantas Medicinais.
Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC Criciúma. 1999. p. 63.
DI STASI, L. C. Plantas Medicinais: arte e ciência. Um Guia de Estudo Interdisciplinar.
São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1996. 230 p.
11
Anais do IV Simpósio sobre Formação de Professores – SIMFOP
Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus de Tubarão
Tubarão, de 7 a 11 de maio de 2012
ESTADO DE SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Saúde. SUS – Sistema único de
Saúde Legislação Básica. Florianópolis: Secretaria de Estado da Saúde, 2001. 147 p.
GAIO, T. C.; FARIAS, F. T. Iniciação em Plantas Medicinais e Oficinas Fitoterápicas.
Associação Vida Verde. Pastoral da Saúde. Florianópolis. 1998. mimeo.
GONSALVES, P. E. (organizador), et al. Medicinas Alternativas: os tratamentos não
convencionais. São Paulo: IBRASA, 1989. p 81 – 96.
KNIESS, R. Uma Proposta para Implantação da Farmácia Viva no Programa de Saúde
da Família. Monografia do Curso de Especialização em Saúde da Família. Universidade do
Sul de Santa Catarina – UNISUL. Tubarão, 2000. 115 p.
MATOS, F. J.A. Farmácias Vivas: sistema de utilização de plantas medicinais projetado
para pequenas comunidades. 3º ed. Fortaleza: EUFC, 1998. p. 13-39.
NASCIMENTO, J. M. do. Avaliação da Assistência Farmacêutica na Rede Pública
municipal de Florianópolis/SC 1999. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de
Santa Catarina – UFSC. Centro de Ciências da Saúde. Departamento de Pós – Graduação em
Saúde Pública. Florianópolis, 1999. p. 14 – 20.
OLIVEIRA, F.; AKISUE, G. Fundamentos de Farmacobotânica. 2º ed. São Paulo:
ATHENEU, 1997. p. 157 – 163.
ROCKEMBACH, L.H.; GAIO, T.C. Fitoterapia e os Movimentos Populares. . In: Anais da I
Jornada Catarinense de Plantas Medicinais: Saúde e Sustentabilidade para o 3º Milênio.
Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. Tubarão, 1998. p. 117-122.
SACRAMENTO, H. T. A Fitoterapia no Serviço Público. In: Anais da II Jornada
Catarinense de Plantas Medicinais. Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC
Criciúma. 1999. p. 18 –20.
SACRAMENTO, H. T. Perspectivas da Fitoterapia Latinoamericana no novo Milênio –
apresentação do Brasil. In: boletim 002. Associação Catarinense de Plantas Medicinais.
Outono de 2001.
SALLÉ, J. L. O Totum em Fitoterapia: abordagem de fito-bioterapia. São Paulo: Robe,
1996. 239 p.
SANTOS, J.F.L.; AMOROZO, M.C.M.; MING, L.C.. Uso popular de plantas medicinais na
comunidade rural da Vargem Grande, Município de Natividade da Serra, SP. Revista
Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v. 10, n. 3, p. 67-81, 2008. Disponível em:
<http://www.ibb.unesp.br/servicos/publicacoes/rbpm/pdf_v10_n3_2008/artigo12_v10n3.pdf>
. Acesso em 28 mar. 2009.
SILVA, Jr. A. A. Essentia herba: plantas bioativas. vol. 2. Florianópolis: EPAGRI, 2006.
633 p.
SILVA, I., et al. Noções sobre o Organismo Humano e Utilização de Plantas Medicinais.
Cascavel: ASSOESTE, 1995. 203 p.
VELLOSO, Caroline C.; WERMANN, Afaf M.; FUSIGER, Teresinha B. Horto medicinal
relógio do corpo humano. EMATER/RS, 2005. Disponível em:
http://www.biodiversidade.rs.gov.br/arquivos/1159290630. Acesso: 22 fev. 2010.
12
Download