VÍRUS HIV VÍRUS HIV

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VÍRUS HIV
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da AIDS, ataca o sistema
imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T
CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os
linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar
sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais
desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a
amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
Biologia – HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham
algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença,
infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.
Sinais e sintomas
Infecção aguda inicial
Assim que se adquire o HIV, o sistema imunológico
reage na tentativa de eliminar o vírus. Cerca de 15 a
60 dias depois, pode surgir um conjunto de sinais e
sintomas semelhantes ao estado gripal, o que é
conhecido como síndrome da soroconversão aguda.
A infecção aguda pelo HIV é uma síndrome
inespecífica, que não é facilmente percebida devido à
sua semelhança com a infecção por outros agentes
virais como amononucleose, gripe, até mesmo dengue
ou muitas outras infecções virais. Mas os sintomas mais
comuns da infecção aguda são:
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Febre persistente
Cansaço e Fadiga
Erupção cutânea
Perda de peso rápida
Diarréia que dure mais de uma semana
Dores musculares
Dor de cabeça
Tosse seca prolongada
Lesões roxas ou brancas na pele ou na boca
Além disso, muitos desenvolvem linfadenopatia. Faringite, mialgia e muitos outros sintomas também ocorrem.
Em geral esta fase é auto-limitada e não há sequelas. Por ser muito semelhante a outras viroses, dificilmente os
pacientes procuram atendimento médico e raramente há suspeita da contaminação pelo HIV, a não ser que o
paciente relate ocorrência de sexo desprotegido ou compartilhamento de seringas, por exemplo. Entretanto, na
fase aguda inicial, mesmo sem tratamento adequado, os sintomas são temporários.
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Progressão
Os pacientes poderão ficar assintomáticos por um período variável entre 3 e 20 anos e alguns nunca
desenvolverão doença relacionada ao HIV. Este fato relaciona-se com a quantidade e qualidade dos
receptores de superfície dos linfócitos e outras células do sistema imune. Tais receptores (os principais são o CD4,
CCR5 e CXCR4) funcionam como fechaduras que permitem a entrada do vírus no interior das células: quanto
maior a quantidade e afinidade dos receptores com o vírus,maior será a sua penetração nas células, maior a
replicação viral e maior velocidade de progressão para doença.
Foi criada então uma classificação não muito rígida:
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Rápido progressor (adoece em até 3 anos)
Médio progressor (adoece entre 4 e 7 anos)
Longo progressor (entre 8 e mais anos)
Estas características são determinadas por fatores genéticos e outros fatores desconhecidos. Não obstante, os
hábitos e a qualidade de vida podem ser determinantes da velocidade de progressão da doença, tendo em
conta o impacto de fatores como tabagismo, alcoolismo, toxicodependência, estresse, alimentação irregular e
outros.
A velocidade de progressão está relacionada com a queda da contagem de linfócitos T CD4 no sangue (a
contagem normal dos linfócitos varia de 1.000 a 2.500 células/ml de sangue) e com a contagem da carga viral
do HIV (a contagem da carga viral é considerada alta acima de 100.000 cópias/ml de sangue. A escala para
carga viral é habitualmente logarítmica. Com o tratamento adequado, a carga viral tende a ficar abaixo de
50 cópias/ml.
O HIV destrói os linfócitos CD4 gradativamente (em média a contagem declina 80-100 células/ml/ano). A
contagem relaciona-se inversamente com a gravidade da doença. Para fins de tratamento com as drogas
anti-retrovirais consideram-se os seguintes parâmetros:
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Abaixo de 200 células/ml: Muito vulnerável, tratar imediatamente;
Entre 200 e 350 células/ml: Vulnerável, deve ser iniciado o tratamento para evitar riscos;
Entre 350 e 500 células/ml: Pouco vulnerável, pode começar a critério médico;
Acima de 500: Saudável, não precisa começar o tratamento.
Porém todos os pacientes com doença oportunista relacionada ao HIV devem ser tratados mesmo com CD4
alto.
AIDS
A AIDS é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. A Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada, é causada pelo HIV. Como esse vírus ataca as células
de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a
infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado.
Há alguns anos, receber o diagnóstico de AIDS era uma sentença de morte. Mas, hoje em dia, é possível ser
soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as
recomendações médicas.
Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa. Por isso,
o Ministério da Saúde recomenda fazer o teste sempre que passar por alguma situação de risco e usar sempre o
preservativo.
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Fatores de proteção
Alguns dos fatores que diminuem a probabilidade da transmissão são:
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Usar sempre preservativo masculino ou preservativo feminino
corretamente;
Usar lubrificante (pois resulta em menos microferimentos);
Baixa quantidade de vírus no portador;
Tomar os medicamentos antirretrovirais corretamente;[13]
Circuncisão masculina. [14] (porém há estudos com resultados controversos)
Em um estudo longitudinal de 20 meses de duração com casais heterossexuais sorodiferentes, de 124 casais que
usaram sempre camisinha nenhum contaminou seu parceiro, enquanto 12 dos 121 que usavam camisinha
inconsistentemente foram infectados.
Também são raros os casos de transmissão por ferimentos, pois apesar de haver relatos esporádicos, o vírus não
resiste muito tempo fora do corpo e é necessário que haja contato com o sangue tanto por parte do portador
como do receptor. É pouco provável que o sangue contaminado em contato com uma pele saudável (sem
ferimentos) contamine outra pessoa, apesar de ser possível, pois existem muitos fatores envolvidos.
O uso da terapia antirretroviral diminui em 96% o risco de transmissão do HIV. Por isso os remédios podem
receitados aos parceiros não infectados de soropositivos.
No caso de profissionais de saúde, é possível tomar os medicamentos anti-retrovirais para prevenir a infecção
por 28 dias caso o contágio tenha ocorrido em menos de 72h. O risco estimado de contaminação por contato
com uma agulha contaminada é de 0,3%. [16] [17]
No Brasil, pacientes que tenham experienciado situação com alto nível de contágio (como sexo anal sem
camisinha com pessoa de sorologia desconhecida) há menos de 72h podem solicitar ao médico que prescreva
anti-retrovirais para prevenir a contaminação.[18]
Doenças oportunistas
Os sinais e sintomas das doenças relacionadas ao HIV são extremamente variáveis. Uma característica
importante é a contagem de linfócitos T CD4. As doenças oportunistas mais comuns que podem sinalizar a
contaminação por HIV são:
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Tuberculose
Neurotoxoplasmose
Candidíase
Pneumocistose recorrente
Sarcoma de Kaposi
Linfoma
Câncer cervical
Infecções bacterianas severas
Os sintomas destas doenças são muito parecidos e somente um médico com experiência e em local com apoio
laboratorial poderá fazer o diagnóstico e tratamento de cada uma delas. EM CASO DE SUSPEITA SEMPRE
DEVEMOS PROCURAR UM MÉDICO. Não é possível predizer que doença acometerá o paciente.
Pessoas que desconhecem que estão com o vírus são as que mais adoecem e só assim descobrem que estão
contaminadas.
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