doenças negligenciadas

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DOENÇAS NEGLIGENCIADAS
Profa. Maria Lucia Penna
Disciplina de Epidemiologia IV
A Organização Mundial da Saúde considera como
negligenciadas as seguintes doenças tropicais:
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Úlcera de Buruli
Doença de Chagas
Cisticercose
Dengue e dengue hemorrágica
Dracunculíase (doença do vermeda-guiné)
Equinococose
Fasciolíase
Tripanossomíase africana (doença
do sono)
Leishmaniose
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•
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Lepra
Filaríase linfática
Oncocercíase
Raiva
Esquistossomose
Parasitoses (helmintíases) transmitidas
pelo solo
• Tracoma
• Bouba
Resolutions of the World Health Assembly (WHA) on
elimination and eradication of selected neglected tropical
diseases
Trachoma
Endemic treponematoses (yaws)
Leprosy
Chagas disease
Human African trypanosomiasis
Leishmaniasis
Dracunculiasis
Lymphatic filariasis
Onchocerciasis
Schistosomiasis and soil-transmitted helminthiasis
Doenças Negligenciadas no Brasil
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Dengue
Doença de Chagas
Esquistossomose
Hanseníase
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•
•
Leishmanioses
Malária
Tracoma
Tuberculose
Doença de Chagas
Antecendentes
• 1975 : estruturação do programa nacional de controle;
• 1975 - 1980: Realização do inquérito de soroprevalência da
infecção na população humana (4,2%) e do inquérito
entomológico que resultou na definição das áreas de risco de
transmissão da doença de Chagas;
• Mais de 2.000 municípios em 18 UF com risco de transmissão
da DC Área equivalente a 36% do território nacional.
• Triatoma infestans estava em 711 municípios de 13 Estados.
Distribuição do Triatoma infestans - 1983
Soroprevalência da Infecção Chagásica por UF
Inquérito Sorológico Nacional. Brasil, 1975 - 80.
Prevalência (%)
Média nacional (4,2%)
Modificado de CAMARGO ME, SILVA GR, CASTILHO EA, SILVEIRA AC, 1984
Evolução da área de distribuição do T.infestans
no Brasil. 1989/92, 1996, 1999 e 2005.
1989/92
Fonte: MS/SVS
1996
1999
2008
2005
Impacto das ações de controle sobre a
Doença de Chagas no Brasil
• A partir do ano de 1998 – início das avaliações por estados
• 2000 - interrupção da transmissão em seis estados (GO, MT, MS, PB, RJ e SP)
• 2005 : interrupção da transmissão no RS, MG e BA (resíduos)
• 2006: Certificação do Brasil como área livre da transmissão vetorial da doença de
Chagas pelo Triatoma infestans;
• 2001/2008: Inquérito Nacional de Soroprevalência em crianças de 0-5 anos:
prevalência de 0,01%
Cenário epidemiológico atual
TRANSMISSÃO:
• Vetorial
• Transfusional
• Vertical
• Acidental
• Oral
Municípios com casos registrados de
Doença de Chagas Aguda. Brasil, 2000 a 2009
Fonte: Sinan/SVS/MS
IEC/SVS/MS
Esquistossomose
Epidemiologia
 Ocorre em 54 países - 3 a 6 milhões de pessoas
 Brasil - 2,5 milhões de infectados
 Endêmica em 19 UF
 Número expressivo de formas graves - média
anual de ~1.000 internações e ~500 óbitos
(período 1998 a 2008)
Distribuição por faixa de prevalência dos municípios aos inquéritos
coproscópicos. Brasil, 2010.
Fonte:CDTV/SVS/MS
Taxas de Internação e Mortalidade por
Esquistossomose. Brasil, 1990 a 2008
Fonte: SIH/SUS e SIM/Ministério da Saúde
Fonte: SVS/DVE/CGDT/COVEV
Leishmaniose Tegumentar
Americana
Atualmente...
Leishmaniose Tegumentar Americana
2003 – 2009*
 27 UF com notificação de casos
 25.000 casos/ano
 17 óbitos por LTA/ano
 102 óbitos por outras causas/ano
 Regiões N e NE
Série Histórica de Casos de LTA, Brasil, 1980 – 2009*
Fonte: Sinan/SVS/MS
* Dados sujeitos a revisão.
Casos por Municípios
Casos 2008
Média casos 2005-2007
Fonte: Fiocruz e SVS/MS
1 ponto = 5 casos
Leishmaniose
Visceral
LV
2003 – 2009*
 21 UF com casos autóctones - 5 regiões brasileiras
 3.532 casos/ano - incidência média de 2/100.000 hab.
 Letalidade de 6,8% por ano
 46% casos - Região Nordeste
 Expansão - Regiões N, SE e CO (17% dos casos em
2000 para 46% em 2009)
LV - Brasil: Série Histórica de Casos Registrados - 1980 a 2009*
Fonte: Sinan/SVS/MS
Casos de LV Notificados por Região 2001 a 2009*
* Dados preliminares
Fonte: SINAN/SVS-MS
Estratificação dos Municípios Segundo Perfil de
Transmissão de LV - Brasil, 2006 - 2008
Concentração
ESTRATIFICAÇÃO
Sem transmissão (4308)
Transmissão esporádica (1040)
Transmissão moderada (88)
Transmissão intensa (129)
Fonte: Sinan-SVS-MS
de casos em 3,9%
dos municípios
LV Distribuição dos Óbitos – Brasil, 2008
Fonte: Sinan-SVS-MS
TRACOMA
Principal causa de cegueira evitável do mundo
Ceratoconjuntivite recidivante crônica
Chlamydia trachomatis (soro A, B, Ba e C)
Fonte de Infecção e reservatório
O homem com infecção ativa na
conjuntiva ou outras mucosas.
Crianças com até 10 anos de idade,
com infecção ativa (TF e/ ou TI ) são
o principal reservatório do agente
etiológico.
Definição de Caso: Classificação da OMS
TF - Tracoma Inflamatório Folicular
TI - Tracoma Inflamatório Intensa
TS - Tracoma Cicatricial
TT - Triquíase Tracomatosa
CO - Opacidade de Córnea
Situação Epidemiológica
Inquérito de Prevalência de Tracoma em Escolares
Brasil 2002-2008
Examinados 166.138 alunos
1.514 municípios
8.420 casos positivos
Prevalência média 5,07%
Situação Epidemiológica
Inquérito de Prevalência de Tracoma em Escolares. Brasil, 2002-2008.
Dos 1514 municípios amostrados :
• 15% (234) com alta prevalência (>10%)
• 23% (335) com média prevalência (5% a <10%)
• 42% (640) com baixa prevalência (>0 a <5%)
• 38% dos municípios com prevalência ≥ 5%
Fonte: MS/SVS-DEVEP/CGDT/CDT
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