Confira aqui o Informe Técnico sobre a Influenza AH1N1.

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Informe Técnico XXXI
Influenza A/H1N1
Atualizado em 25 de julho de 2012
PRÁTICAS DE BIOSSEGURANÇA EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Atendimento do paciente com Influenza em Unidades Básicas de Saúde, Pronto
Atendimentos, Prontos Socorros, Hospitais e demais unidades
unidades de assistência à saúde.
A influenza sazonal é uma doença infecciosa febril (temperatura >= 37,8C) aguda, das
vias aéreas, com a curva térmica usualmente declinando após o período de 2 a 3 dias, e
normalizando em torno do sexto dia de evolução. Em grupos vulneráveis e com maior
risco para complicações, a doença pode evoluir para formas mais graves como a
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e até óbito.
A influenza sazonal pode ser causada pelos vírus da influenza A/H1N1 (vírus da influenza
pandêmica 2009 A/H1N1), que continua a circular no mundo, em vários países, sendo
considerado atualmente pela Organização Mundial da Saúde mais um vírus de circulação
sazonal, junto aos vírus H3N2 e B, e com dinâmica de transmissão semelhante.
O aumento de casos de Influenza A/H1N1 diagnosticados no sul do país neste ano, em
relação a 2011, propicia o alerta para a ênfase nas medidas de prevenção e controle de
disseminação do vírus influenza em estabelecimentos de assistência à saúde.
O vírus da influenza se dissemina de pessoa a pessoa principalmente através de
gotículas (partículas > 5 micra), que são expelidas pela tosse ou espirro. A transmissão
do vírus via gotículas, requer contato próximo entre a fonte e as pessoas suscetíveis,
Gerência do Centro de Controle de Doenças
DAT – Núcleo Municipal de Controle de Infecção Hospitalar
Rua Santa Isabel, 181 - 4º Andar – fone 3397-8317 –fax. 3397-8355
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porque as partículas não permanecem em suspensão no ar e não alcançam grandes
distâncias (geralmente menos de 1 metro) através do ar.
O contato com superfícies contaminadas é outra possível fonte de transmissão, sendo o
vírus propagado pelas mãos contaminadas. A transmissão por aerossóis (partículas < 5
micra), a partir de gotículas evaporadas que podem permanecer no ar por maior período
de tempo, não está comprovada, mas sabe-se que há maior probabilidade de ocorrência,
quando são realizados procedimentos geradores de aerossóis.
As principais medidas para a prevenção e controle da influenza são as seguintes:
administração da vacina contra influenza; implementação da higiene respiratória e
etiqueta da tosse; higienização das mãos; diagnóstico e tratamento precoce das pessoas
doentes; aderência às práticas de controle de infecção em todas as atividades de
atendimento ao paciente; medidas de engenharia para controle de infecção.
A vacinação dos grupos mais vulneráveis a contraírem a doença ou terem manifestações
clínicas mais graves ou complicações, é a principal medida para a prevenção de óbitos e
de formas graves da doença. A campanha de vacinação contra a Influenza foi realizada
de 25 de mão a 15 de junho, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde, com
aplicação da vacina trivalente (fragmentada e inativada), com a seguinte composição:
vírus similar ao vírus influenza A /Califórnia/7/2009 (H1N1); vírus similar ao vírus influenza
A/Perth/16/2009 (H3N2); vírus similar ao vírus influenza B/Brisbane/60/2008. Foram
disponibilizadas as vacinas do Instituto Butantan, fabricadas nos Estados Unidos
(Fluzone®) e na França (Vaxigrip®) e a vacina da GlaxoSmithKline (Fluarix®).
Os grupos elegidos para vacinação foram: crianças de 6 meses a menores de 2 anos de
idade; gestantes em qualquer fase da gestação; população indígena; idosos (pessoas
com idade igual ou maior a 60 anos); profissionais de serviços de saúde que prestam
atendimento a pacientes com síndrome gripal/SRAG; pessoas portadoras de patologias
crônicas com risco aumentado para complicação de influenza (cardiopatias,
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pneumopatias, asma, diabetes mellitus, imunossupressão, doença renal e/ou hepática
crônica, asplenia anatômica e funcionais (hemoglobinopatias), trissomias, fibrose cística,
implante coclear, doenças neurológicas e musculoesqueléticas com prejuízo da
capacidade respiratória, obesidade mórbida) e usuários crônicos de aspirina;
doadores de órgão sólidos ou de medula cadastrados no programa de doação;
comunicantes domiciliares de imunodeprimidos; população prisional.
http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/imuni/pdf/IF12_VAC_INFLUENZA.pdf
É fundamental que as Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e
responsáveis pelo controle de infecção incentivem os profissionais de saúde a se
vacinarem, caso não o tenham feito durante o período de campanha.
Aspectos clínicos e epidemiológicos da influenza
Os vírus da influenza A/H1N1, A/H3N2 e B podem se apresentar clinicamente como
síndrome gripal (maioria dos casos) ou síndrome respiratória aguda grave (mais frequente
em presença de fatores de risco ou comorbidades).
O período de incubação da influenza dura de um a quatro dias.
O período de transmissibilidade em adultos ocorre principalmente 24 horas antes do
início dos sintomas, até 3 dias após o final da febre, o que corresponde mais ou menos a
7 dias após o estabelecimento da doença. Nas crianças pode durar mais tempo, em torno
de 14dias, e nos pacientes imunossuprimidos a disseminação do vírus pode se prolongar
por semanas a meses.
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/protocolo_tratamento_influenza2012
_25jul2012_ok.pdf
Definição de Síndrome Gripal (SG)
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No período de maior circulação viral, considerando as especificidades das diferentes
regiões do país:
• Maiores de 6 meses de idade – indivíduo apresentando febre de início súbito, mesmo
que referida, acompanhado de tosse ou dor de garganta e pelo menos UM dos sintomas:
cefaléia, mialgia ou artralgia.
• Menores de 6 meses de idade – lactente apresentando febre de início súbito, mesmo
que referida, E sintomas respiratórios.
Definição de caso de
de síndrome respiratória aguda grave (SRAG)
Individuo de qualquer idade, que atenda a definição de caso de síndrome gripal E que
apresente dispnéia OU saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente, OU sinais de
desconforto respiratório E/OU:
Aumento da freqüência respiratória de acordo com a idade, OU piora nas
Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente
condições clínicas de base em cardiopatias e pneumopatias crônicas
Em crianças, além dos itens acima, também observar: batimentos de asa de nariz,
cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência.
O quadro clínico pode ou não ser acompanhado das alterações laboratoriais e
radiológicas listadas abaixo:
•Alterações laboratoriais: leucocitose, leucopenia ou neutrofilia
• Radiografia de tórax: infiltrado intersticial localizado ou difuso ou presença de área de
condensação
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Medidas de precaução e controle a serem adotadas em
serviços de saúde na assistência
Como as evidências sugerem que o vírus da influenza A(H1N1) está apresentando uma
dinâmica de transmissão semelhante à da influenza sazonal,
sazonal recomenda-se que sejam
instituídas medidas de precaução para gotícula e precaução padrão na assistência a
casos suspeitos e confirmados de infecção pelo vírus da influenza nos serviços de saúde.
Entretanto, para procedimentos com risco de geração de aerossol (intubação, aspiração
nasoorotraqueal, inalação, coleta de secreções respiratórias), enfatiza-se que devem ser
incluidas as precauções para aerossóis.
Nos serviços de saúde que prestam atendimento ambulatorial , pronto atendimento e
internação de pessoas com suspeita ou com diagnóstico de SG/SRAG pelo vírus da
influenza (A/H1N1, A/H3N2 e B) estão recomendadas as medidas a seguir.
1. Estabelecimento de condiçõ
condições
ções para triagem rá
rápida e eficaz de pacientes com quadro
de doença respiratória febril aguda de início súbito.
SINALIZAÇÃO À ENTRADA DA UNIDADE – APONTANDO PARA O FLUXO DE
CARTAZES COM ORIENTAÇÕES AOS PACIENTES SOBRE HIGIENE
FORNECIMENTO DE MÁSCARA CIRÚRGICA AO PACIENTE SINTOMÁTICO E
ATENDIMENTO DESSES PACIENTES.
RESPIRATÓRIA E ETIQUETA DA TOSSE.
OU IDENTIFICADO COMO SUSPEITO DE INFLUENZA
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2. Instituição de precauções padrão e para gotículas,
gotículas no atendimento aos pacientes.
Quando forem realizados procedimentos geradores de aerossóis, utilizar máscara N95 ou
PFF2 (proteção para aerossóis). Os procedimentos geradores de aerossóis deverão ser
restringidos ao mínimo possível, e quando absolutamente indicados.
3. São medidas fundamentais:
• Orientar os profissionais do serviço quanto às medidas de precaução a serem adotadas
(precaução para gotículas + precaução padrão).
• Prover lenço descartável para higiene nasal na sala de espera.
• Prover lixeira, preferencialmente, com acionamento por pedal para o descarte de lenços
e lixo.
• Prover dispensadores com preparações alcoólicas para as mãos (sob as formas gel ou
solução) nas salas de espera e estimular a higienização das mãos após contato com
secreções respiratórias.
• Lavar as mãos freqüentemente, principalmente após tossir ou espirrar.
• Realizar a limpeza e desinfecção das superfícies do consultório e de outros ambientes
utilizados pelo paciente
• Evitar tocar olhos, nariz e boca.
• Evitar tocar em superfícies como maçanetas, interruptores de luz, mesas, pias,
computadores, telefones e outras superfícies próximas aos pacientes;
• Manter os ambientes ventilados
• Não circular dentro do hospital, Unidade Básica de Saúde, AMA usando os EPI; estes
devem ser imediatamente removidos após a saída do quarto, enfermaria ou área de
isolamento;
• Restringir a atuação de profissionais de saúde com doença respiratória aguda na
assistência ao paciente. Trabalhadora de saúde grávida deve ser afastada de prestação
de assistência direta a pacientes com SG/SRAG.
• Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
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• Realizar a limpeza e desinfecção de equipamentos e produtos para saúde que tenha
sido utilizado na atenção ao paciente;
• Se houver necessidade de encaminhamento do paciente para outro serviço de saúde,
fazer contato com a central de regulação e notificar previamente o serviço referenciado.
• Notificar o caso de SRAG à Secretaria Municipal de Saúde (SUVIS da área de
abrangência do serviço).
4. Quem deve adotar as medidas de precaução?
• Todos os profissionais de saúde que prestem assistência direta ao paciente (ex.:
médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, equipe de
radiologia, dentistas, entre outros), que tenham contato com casos suspeitos ou
confirmados de influenza;
• Toda a equipe de suporte, que tenha contato a uma distância menor que 1 metro de
pacientes com infecção por influenza, incluindo pessoal de limpeza, nutrição
e responsáveis pela retirada de produtos e roupas sujas da unidade de isolamento; porém
recomenda-se que o mínimo de pessoas entre no isolamento;
• Todos os profissionais de laboratório, durante coleta, transporte e manipulação de
amostras de pacientes com infecção por influenza;
• Familiares e visitantes que tenham contato com pacientes com infecção por influenza;
• Os profissionais de saúde que executem o procedimento de verificação de óbito; e
• Outros profissionais que entrem em contato com pacientes com infecção por influenza.
Nota: Ressalta-se a necessidade do uso racional de EPI nos serviços de saúde.
5. Higienização das mãos
As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas
utilizando-se: água e sabão liquido, preparação alcoólica (álcool gel 70%) ou anti-séptico
degermante. É preciso ter disponível papel toalha.
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Os profissionais de saúde, pacientes e visitantes devem ser devidamente instruídos e
monitorados quanto à importância da higienização das mãos, conforme as técnicas
recomendadas no Manual de Higienização das Mãos em Serviços de Saúde,2009.
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/index.htm
6. Equipamentos de Proteção Individual – EPI
Máscara cirúrgica
Deve ser utilizada para evitar a contaminação do profissional por gotículas respiratórias,
quando o mesmo atuar a uma distancia inferior a 1 metro do paciente suspeito ou
confirmado de infecção pelo vírus da influenza.
Máscara de proteção respiratória (Respirador Particulado)
Quando o profissional atuar em procedimentos com risco de geração de aerossol nos
pacientes com infecção por influenza deve utilizar a máscara de proteção respiratória
(respirador particulado) com eficácia mínima na filtração de 95% de partículas de até 0,3μ
(tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3).
São exemplos de procedimentos com risco de geração de aerossóis: intubação
traqueal;
i
aspiração nasofaríngea e nasotraqueal; broncoscopia; autópsia envolvendo tecido
pulmonar; coleta de espécime clínico para diagnóstico etiológico da influenza, dentre
outros.
A máscara de proteção respiratória deverá estar apropriadamente ajustada à face. A
forma de uso, manipulação e armazenamento devem seguir as recomendações do
fabricante. Descartar a máscara sempre que apresentar sujidade ou umidade visível.
Luvas
As luvas de procedimentos não cirúrgicos,, devem ser utilizadas, conforme recomendada
nas precauções padrão, quando houver risco de contato das mãos do profissional com
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sangue, fluidos corporais, secreções, excreções, mucosas, pele não íntegra e artigos ou
equipamentos contaminados, de forma a reduzir a possibilidade de transmissão do vírus
da influenza para o profissional, assim como, de paciente para paciente por meio das
mãos do profissional.
Importante: quando o procedimento a ser realizado no paciente exigir técnica asséptica,
deve ser utilizada luva estéril (de procedimento cirúrgico).
As recomendações quanto ao uso de luvas por profissionais de saúde são::
• Troque as luvas sempre que entrar em contato com outro paciente;
• Troque também durante o contato com o paciente se for mudar de um sítio corporal
contaminado para outro, limpo, ou quando esta estiver danificada;
• Nunca toque desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones,
computadores, maçanetas, portas) quando estiver com luvas para evitar a transferência
vírus para outros pacientes ou ambientes;
• Não lavar ou usar novamente o mesmo par de luvas (as luvas não devem ser
reutilizadas);
• O uso de luvas não substitui a higienização das mãos;
• Proceder à higienização das mãos imediatamente após a retirada das luvas, para evitar
a transferência do vírus para outros pacientes ou ambientes;
• Observar a técnica correta de remoção de luvas para evitar a contaminação das mãos,
abaixo descrita:
Retire as luvas puxando a primeira pelo lado externo do punho com os dedos da
Segure a luva removida com a outra mão enluvada.
mão oposta.
Toque a parte interna do punho da mão enluvada com o dedo indicador oposto
(sem luvas) e retire a outra luva.
Protetor Ocular ou Protetor de Face
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Os óculos de proteção (ou protetor de face) devem ser utilizados quando houver risco de
exposição do profissional a respingo de sangue, secreções corporais e excreções.
Os óculos devem ser exclusivos de cada profissional responsável pela assistência,
devendo, após o uso, sofrer processo de limpeza com água e sabão/detergente e
desinfecção. Sugere-se para a desinfecção álcool a 70%, hipoclorito de sódio a 1% ou
outro desinfetante recomendado pelo fabricante.
Gorro descartável
O gorro deve ser utilizado pelo profissional de saúde apenas em situações de risco
(ex:coleta e aspiração de secreções respiratórias, fisioterapia e procedimentos invasivos
do aparelho respiratório) de geração de aerossol em pacientes com suspeita ou
diagnóstico de infecção pelo vírus influenza A (H1N1).
Avental
O avental deve ser usado durante procedimentos onde há risco de respingos de sangue,
fluidos corpóreos, secreções e excreções, a fim de evitar a contaminação da pele e roupa
do profissional.
O avental deve ser de mangas longas, punho de malha ou elástico e abertura posterior.
Além disso, deve ser confeccionado de material de boa qualidade, não alergênico e
resistente; proporcionar barreira antimicrobiana efetiva, permitir a execução de atividades
com conforto e estar disponível em vários tamanhos.
O avental sujo deve ser removido após a realização do procedimento. Após a remoção do
avental deve-se proceder a higienização das mãos para evitar transferência do vírus
A/H1N1 para o profissional, pacientes e ambientes.
Sapatos fechados
Constituem parte das precauções padrão no atendimento no serviço de saúde.
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OBS: A equipe de limpeza deve usar os EPIs recomendados na rotina, e ao entrar no
quarto ou sala privativa da unidade onde há pacientes com diagnóstico ou suspeita de
influenza A/H1N1, deve usar a máscara cirúrgica.
7. Descarte dos EPIs
Máscara N 95: recomendado uso em período médio de 7 dias (uso intenso),
acondicionada em local limpo e seco. Descartar a máscara sempre que apresentar
sujidade ou umidade visível.
Luvas: devem ser descartadas após uso único, como resíduo infectante.
Avental: Preferencialmente descartável (uso único). Em caso de avental de tecido, este
deve ser re-processado em lavanderia hospitalar.
Óculos de proteção: Limpeza com água e sabão e se necessário desinfecção por fricção
com álcool 70% após cada uso.
Os EPIs devem ser descartados como resíduo infectante (RDC ANVISA 306/2004).
8. Reprocessamento de artigos utilizados pelo paciente
• Utilizar sempre que possível artigos descartáveis.
• Esterilizar ou desinfetar os artigos reprocessáveis, conforme a rotina já estabelecida pela
CME.
• Para os itens compartilhados por demais pacientes (ex: esfigmomanômetro, oxímetro de
pulso e outros), realizar a limpeza e desinfecção conforme rotina já estabelecida.
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9. Limpeza de superfícies ambientais – conforme rotina já estabelecida na Unidade pela
CCIH ou responsáveis pelo controle de infecção e Manual de Limpeza e Desinfecção de
Superfícies, Ministério da Saúde, 2010.
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/4ec6a200474592fa9b32df3fbc4c6735/Manual
+Limpeza+e+Desinfeccao+WEB.pdf?MOD=AJPERES
10. Processamento de roupas – conforme a rotina estabelecida no serviço, e
recomendações do Manual de Processamento de Roupas em Serviços de Saúde do
Ministério da Saúde, 2009.
11. Descarte de resíduos gerados na assistência a pacientes com diagnóstico ou suspeita
de influenza A/H1N1 – conforme RDC ANVISA 306/2004.
12. Transporte de paciente com diagnóstico ou suspeita de influenza A/H1N1
• O paciente deve ser transportado em veículo com compartimentos separados entre o
motorista e o paciente.
• O paciente deve usar máscara cirúrgica durante todo o transporte.
• Os profissionais de saúde que prestarem assistência ao paciente durante o transporte
deverão utilizar os EPIs recomendados (como se estivessem na unidade de saúde –
precaução para gotículas e precaução).
• Intensificar a higienização das mãos (álcool gela 70%).
• O veículo utilizado no transporte, deverá sofrer limpeza e desinfecção de todas as suas
superfícies, com álcool 70% ou hipoclorito de sódio 1%, antes do próximo uso.
• Os resíduos gerados deverão ser descartados conforme RDC 306/04.
13. Coleta de amostras para exames laboratoriais e microbiológicos no indivíduo doente
Diante de um caso suspeito de SRAG (apresentando ou não fator de risco para
complicações) poderão ser coletadas amostras clinicas de:
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• Secreção nasofaringeana:: para detecção de vírus influenza (A/H1N1, A/H3N2 e B)
• Sangue para hemocultura:: para realização de pesquisa de agentes microbianos e
avaliação da resistência antimicrobiana.
• Outras amostras clínicas:: serão utilizadas apenas para monitoramento da evolução
clínica do paciente e/ou para realização de diagnóstico diferencial, conforme hipóteses
elencadas pelo médico assistente e as evidências geradas pela investigação
epidemiológica.
Técnica da coleta de secreção nasofaríngea e de swabs para diagnóstico de influenza
pelo vírus
vírus A/H1N1, A/H3N2 e B
Técnica de swab combinado de nasofaringe e orofaringe, exclusivamente com swab de
rayon e acondicionado em tubo cônico de polipropileno de 15 ml, estéril, com tampa de
rosca, contendo 3 ml de de solução fisiológica estéril; as hastes dos swabs deverão ser
cortadas para permitir o fechamento adequado do tubo (este material será disponibilizado
pela SUVIS da região do hospital). Deverão ser coletados 3 swabs (narinas e orofaringe)
– o profissional de saúde deverá usar máscara N95 e luvas de procedimento. As mãos
deverão ser higienizadas após o descarte das luvas.
Observação: coleta de aspirados endotraqueais em pacientes intubados, lavados e
aspirados brônquicos e fragmentos de tecidos deverão ser realizadas com o uso de
máscara N95, luvas estéreis, óculos de proteção facial e avental.
As amostras de secreção respiratória coletadas devem ser mantidas em temperatura
adequada de refrigeração (4 a 8ºC) por no máximo até 72 horas e transportadas ao
Instituto Adolfo Lutz – IAL em isopor com gelo (adequadamente condicionado) ou gelox.
Se as amostras não forem transportadas em até 72 horas, deverão ser conservadas em
freezer a –70C ou em nitrogênio líquido, e transportadas até o IAL em nitrogênio líquido.
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14. Tratamento
Tratamento dos pacientes com SG/SRAG pelo vírus da influenza (A/H1N1, A/H3N2 e B)
O tratamento deverá ser prescrito pelo médico assistente do paciente em conformidade
com o Protocolo de tratamento de Influenza outubro – 2011, Ministério da Saúde 2a.
versão.
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/novo_2_versao_protocolo_influenza.pdf
15. Internação de pacientes com SRAG pelo vírus da influenza (A/H1N1,
(A/H1N1, A/H3N2 e B)
Os pacientes com SRAG pelo vírus da influenza (A/H1N1, A/H3N2 e B) deverão ser
internados preferencialmente em quarto privativo, com precauções padrão durante todo o
período de internação, e precauções para gotículas (mantidas por 7 dias a contar do início
dos sintomas, ou até 24 horas após a cessação da febre, o que acontecer por último). Em
unidades de pediatria, as precauções para gotículas deverão ser estendidas por 14 dias.
No caso de aumento do número de pacientes com influenza (A/H1N1, A/H3N2 e B) a
serem internados, poderá ser estabelecido o isolamento por coorte dos casos
confirmados, numa mesma enfermaria, com distância mínima de 1 metro entre os leitos.
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/protocolo_manejo_influenza_22_04.pdf
16. Vigilância epidemiológica da Influenza – deverão ser notificados todos os casos de
SRAG, conforme modelo do SINAN web. Os surtos de ocorrência intrahospitalar deverão
ser notificados ao Núcleo Municipal de Controle de Infecção Hospitalar:
[email protected]
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Prevenção e controle da disseminação da influenza
influenza em unidades de prépréparto, parto e póspós-parto
Antes do parto, a parturiente com diagnóstico ou suspeita de influenza A/H1N1, deverá
ser colocada em quarto privativo, em precauções para gotículas e deverá ser orientada a
proceder à higiene respiratória e etiqueta da tosse; no caso de precisar deixar o quarto
deverá usar uma máscara comum (cirúrgica).
As precauções para gotículas deverão ser mantidas por 7 dias após o início dos sintomas,
ou até 24 horas da resolução da febre e dos sintomas respiratórios, o que acontecer por
último. Os profissionais de saúde que adentrarem o quarto da paciente deverão utilizar
máscara comum (cirúrgica) e observar as práticas de precauções padrão, com ênfase na
higienização das mãos.
Familiares e outros visitantes da paciente deverão ser informados do risco de transmissão
do vírus da influenza e orientados a adesão às práticas de higienização das mãos, e
utilização de máscara comum conforme a recomendação da CCIH.
Durante o parto deverão ser mantidas as precauções padrão e para gotículas.
Após o parto, e de acordo com a política da instituição, e considerando caso a caso:
Separação temporária do RN de sua mãe, e a alimentação deverá ser fornecida por
profissional de saúde, ou outra pessoa disponível. A mãe deverá ser encorajada a
ordenhar o leite. O tempo de separação deverá ser determinado pelas seguintes
condições:
Mãe recebendo tratamento antiviral há mais de 48 horas, E
Mãe afebril há mais de 24 horas (sem uso de antipiréticos), E
Mãe capaz de controlar sua tosse e secreções respiratórias.
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Caso o RN seja mantido na mesma sala que a mãe, é preciso:
providenciar barreiras físicas (como cortinas, biombos), E
manter o RN afastado de sua mãe pelo menos 1 metro, E
garantir a presença de um adulto responsável para cuidar do RN.
Para o RN assintomático que necessitar ser colocado no berçário, deverão ser instituídas
as precauções padrão . Se o RN desenvolver sintomas, deverão ser acrescentadas as
precauções para gotículas e avaliação pelo neonatologista quanto ao diagnóstico de
influenza, para instituição de tratamento, conforme os protocolos oficiais. A mãe,
familiares e cuidadores com sintomas respiratórios não deverão entrar no berçário.
Referências:
www.cdc.gov/flu/professionals/infectioncontrol/peri-post-settings.htm
Algoritimos Avaliação Clínica e Orientação de Tratamento Influenza - Ministério da
Saúde –2011
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/algoritmo_menor_de_2_anos.pdf
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/adulto_e_maior_de_2_anos.pdf
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/avaliacao_obstetrica.pdf
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/algoritmo_gestantes_e_puerperas.pdf
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/algoritmo_atencao_primaria.pdf
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/info_tecn_influenza_31_01_2012_28novo_29.
pdf
Gerência do Centro de Controle de Doenças
DAT – Núcleo Municipal de Controle de Infecção Hospitalar
Rua Santa Isabel, 181 - 4º Andar – fone 3397-8317 –fax. 3397-8355
Vila Buarque - São Paulo - SP - CEP 01221-010
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – Grupo
de Controle de Infecção Hospitalar – Estratégia de Assistência e Vigilância
Epidemiológica da Influenza – 2012.
http://www.hcnet.usp.br/publicacoes/influenza2012_3.pdf
Gerência do Centro de Controle de Doenças
DAT – Núcleo Municipal de Controle de Infecção Hospitalar
Rua Santa Isabel, 181 - 4º Andar – fone 3397-8317 –fax. 3397-8355
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