AU: 194/14 Index: MDE 15/021/2014 Israel/Occupied Palestinian Territories Data: 4 de agosto de 2014 AÇÃO URGENTE MÉDICOS, PACIENTES E HOSPITAIS SOB ATAQUE Ao longo da operação militar israelita na Faixa de Gaza, que começou a 8 de julho, e especialmente desde que as forças terrestres Israelitas entraram em gaza a 17 de julho, ambulâncias e infraestruturas médicas ao longo da Faixa de Gaza têm sido atacadas. Um elevado número de pacientes gravemente feridos irão morrer caso não sejam urgentemente transferidos para hospitais fora de Gaza de modo a receberem tratamento especializado. A Amnistia Internacional recolheu testemunhos e relatórios de médicos, funcionários de ambulâncias e hospitalares e de chefes de serviços de ambulâncias na Faixa de Gaza, indicando que equipas médicas que tentam evacuar pessoas feridas em ataques Israelitas têm estado sob fogo em várias ocasiões, especialmente desde 17 de julho. Equipas médicas estão a ser impedidas de alcançar muitos feridos, possivelmente centenas, em várias áreas, especialmente nos distritos de Rafah e Khan Younis, bem como de remover os corpos dos falecidos. Hospitais e instalações médicas foram atacados recentemente, incluindo o Hospital Al-Najjar em Rafah, e o Hospital Al-Shifa na Cidade Gaza recebeu chamadas de alerta a 1 de agosto, presumivelmente do exército Israelita, dando indicações para evacuar um edifício que abrigava pacientes. Hospitais ao longo da Faixa de Gaza estão a sofrer de falhas de combustível e eletricidade (agravadas pelo ataque Israelita à única central elétrica de Gaza a 29 de julho), de abastecimento de água inapropriado, e de falta de medicamentos essenciais e equipamento médico, resultantes do bloqueio de sete anos por parte de Israel e que se foram agravando durante os atuais confrontos. O Ministério da Saúde Palestiniano apelou à transferência urgente de muitos pacientes para hospitais fora de Gaza para tratamento médico vital que não pode ser providenciado pelos hospitais na Faixa de Gaza. Por favor, escreva imediatamente em Hebraico ou na sua própria língua: Apelando às autoridades Israelitas para garantirem que instalações médicas, ambulâncias, médicos e funcionários de emergência médica sejam protegidos no decorrer dos confrontos, que sejam dadas ordens claras às tropas Israelitas, reafirmando que todos os médicos e instalações médicas têm de ser presumidos como tendo estatuto de civis e para que seja aberta uma investigação criminal a todos os incidentes de ataques Israelitas a médicos e instalações médicas; Instando a que assegurem acesso seguro às ambulâncias, médicos e a funcionários de emergência médica a todas as áreas da Faixa de Gaza de modo a facilitar a transferência de feridos e mortos para os hospitais, e a garantir a movimentação segura das ambulâncias entre hospitais ao longo da Faixa de Gaza; Instando a que facilitem a transferência urgente de feridos em estado crítico e doentes para hospitais fora da Faixa de Gaza para tratamento vital especializado POR FAVOR, ENIVE OS SEUS APELOS ANTES DE 15 DE SETEMBRO DE 2014 PARA: Ministro de Defesa Moshe Ya’alon Ministry of Defence 37 Kaplan Street, Hakirya Tel Aviv 61909, Israel Fax: +972 3 691 6940 +972 3 696 2757 Saudação: Exmo. Senhor Ministro Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu Office of the Prime Minister 3 Kaplan St. PO Box 187 Kiryat Ben-Gurion Jerusalem 91950, Israel Email: [email protected] [email protected] Saudação: Excelentíssimo Senhor Primeiro Ministro E cópias para: Diretor General, Ministério da Saúde Professor Arnon Afek Ministry of Health 2 Ben Tabai Street Jerusalem 93591, Israel Email: [email protected] Fax: +972 2 565 5966 Saudação: Exmo. Senhor DiretorGeral AU: 194/14 Index: MDE 15/021/2014 Israel/Occupied Palestinian Territories Data: 4 de agosto de 2014 Envie também cópias para os representantes diplomáticos creditados no seu país: Embassy of Israel Rua António Enes, nº 16 – 4º Email: [email protected] 1050-025 Lisboa Fax: 213553658 Por favor, verifique com a sua Secção caso necessite de enviar os seus apelos após a data mencionada. AÇÃO URGENTE MÉDICOS, PACIENTES E HOSPITAIS SOB ATAQUE INFORMAÇÃO ADICIONAL Desde que Israel lançou a Operação “Protective Edge”, a 8 de julho, a Faixa de Gaza tem estado sob intensivo bombardeamento por ar, terra e mar. De acordo com a monitorização inicial da ONU, desde 4 de agosto mais de 1800 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza, na sua maioria civis, incluindo mais de 440 crianças e mais de 230 mulheres. Mais de 9400 pessoas ficaram feridas muitas das quais gravemente. O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas relatou a 2 de Agosto que, pelo menos 5 hospitais e 34 clínicas foram forçados a encerrar devido a estragos ou confrontos contínuos nas suas imediações. Pelo menos 15 médicos e funcionários de emergência médica foram mortos durante o exercício das suas funções e dezenas ficaram feridos. Estima-se que 485.000 pessoas ao longo da Faixa de Gaza foram desalojadas devido aos confrontos e muitas delas estão a refugiar-se nos hospitais, apesar das instalações médicas também estarem a ser alvo de ataques, causando maior pressão nestas instalações. Todas as 1,8 milhões de pessoas na Faixa de Gaza estão a viver com o mínimo de provisões e água imprópria para consumo; em algumas áreas, a água foi cortada durante dias ou semanas devido aos ataques. A 29 de julho, as forças israelitas atingiram a única central elétrica de Gaza, interrompendo o seu funcionamento. Isto destruiu a principal fonte de eletricidade de Gaza ,num ataque que muito provavelmente constitui um crime de guerra e uma punição coletiva de toda a população de Gaza. Os serviços de saneamento básico também foram drasticamente afetados devido à falta de combustível e eletricidade e aos ataques contínuos. Surtos de doenças já foram relatados em alguns locais e a ONU e a Organização Mundial de Saúde (OMS) já alertaram que toda a Faixa de Gaza está a enfrentar um desastre de saúde pública. A Amnistia Internacional tem conhecimento da existência de relatos que indicam que grupos armados palestinianos dispararam indiscriminadamente rockets de locais próximos de hospitais ou instalações médicas, ou que de outro modo usaram estas instalações ou áreas para fins militares. A Amnistia Internacional não conseguiu confirmar nenhum destes relatos. Se bem que a utilização de instalações médicas para fins militares constitui uma violação grave do direito humanitário internacional, os hospitais, ambulâncias e instalações médicas estão protegidas e os seus estatuto civil deve ser respeitado . Os ataques israelitas próximos de tais instalações – tal como todos os outros ataques durante os confrontos – devem obedecer a todas as regras relevantes do direito humanitário internacional, incluindo a obrigação da proporcionalidade dos ataques e a obrigação de providenciar avisos eficazes. Hospitais e instalações médicas nunca devem ser forçados a evacuar pacientes sob ataque; a Amnistia Internacional recebeu relatos deste tipo de acontecimentos durante os atuais confrontos. Grupos armados palestinianos dispararam mais de 3000 rockets indiscriminadamente contra Israel desde que começaram os confrontos a 8 de julho, matando três civis em Israel, ferindo outros e danificando propriedades de civis. A Amnistia Internacional tem condenado repetidamente os disparos indiscriminados de rockets como crimes de guerra, mas tal não absolve Israel da sua responsabilidade de cumprir com o direito humanitário internacional, incluindo a proteção de hospitais, de instalações médicas, médicos e funcionários de emergência médica, ambulâncias e pacientes. Para documentos da Amnistia Internacional sobre os atuais confrontos, consultar: http://www.amnesty.org/en/region/israeloccupied-palestinian-territories. Nome: Equipa médica e pacientes Género m/f: ambos UA: 194/14 Index: MDE 15/021/2014 Issue Date: 4 August 2014