Correlação de parâmetros intestinais de suínos com diferentes

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
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Correlação de parâmetros intestinais de suínos com diferentes doses de
extrato etanólico de própolis apícola
José Luiz Leonardo de Araujo Pimenta (bolsista do PIBIC/CNPq), Leonardo Atta Farias
(Orientador, Coordenação do curso de Bacharelado em Zootecnia– CPCE/ UFPI)
Resumo: Este presente estudo teve como objetivo de correlacionar parâmetros intestinais
de suínos na fase de creche com diferentes doses de extrato etanólico de própolis apícola por via
oral. Foram utilizados 24 suínos desmamados, machos, castrados, mestiços comerciais da linhagem
Agroceres PIC x Piau, com aproximadamente 35 dias de vida e 10 quilogramas de peso vivo,
alojados em quatro baias com seis suínos cada. Os resultados mostram que não existe correlação
estatística entre as doses de própolis apícola trabalhadas neste estudo com o desenvolvimento do
aparelho digestório de suínos na fase de creche. As análises foram realizadas por meio de testes de
homogeneidades de variância do resíduo, com posterior aplicação de testes estatísticos de
correlação de Pearson ente as variáveis coletadas. Todas as análises foram realizadas pelo
assistente estatístico BIOESTAT 5.0.
Palavras-chave: extrato, parâmetros intestinais, produção, suíno.
Introdução
O mercado consumidor está cada vez mais exigente quanto à qualidade da carne que
consome, isso pelo fato de substâncias residuais do processo produtivo poder estar presentes no
produto final, como é o caso de antibióticos promotores de crescimento utilizados como aditivo para
prevenir desordens diversas no animal e que podem ser residuais nas carcaças dos suínos, podendo
influenciar na resistência de microrganismos patogênicos no consumidor final.
Nesse sentido, o estudo da utilização de própolis ganha importância, uma vez que poderá
diagnosticar a possibilidade de avaliar a utilização de um produto natural que possa substituir o uso
de quimioterápicos como aditivo nutricional para suínos.
Mediante o exposto, este trabalho foi conduzido com o objetivo de correlacionar parâmetros
intestinais de suínos na fase de creche com diferentes doses de extrato etanólico de própolis apícola
por via oral.
Metodologia
O trabalho foi desenvolvido no setor de suínos do Colégio Técnico de Bom Jesus (CTBJ), da
Universidade Federal do Piauí (UFPI) Campus Professora Cinobelina Elvas (CPCE). O presente
trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em experimentação animal da UFPI, com o número de
protocolo 058/14.
Foram utilizados 24 suínos desmamados, machos, castrados, mestiços comerciais da
linhagem Agroceres PIC x Piau, com aproximadamente 35 dias de vida e 10 quilogramas de peso
vivo provenientes do módulo didático-produtivo de suinocultura do Colégio Técnico de Bom Jesus
(CTBJ). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com quatro tratamento e
seis repetições, as quais foram constituídas por seis animais, alojados em baias experimentais de 08
metros quadrados equipadas com bebedouros do tipo chupeta e comedouros de alvenaria. Os
tratamentos foram constituídos da seguinte forma: Tratamento 01 (controle) sem fornecimento do
extrato etanólico de própolis (EEP);Tratamento 02 com fornecimento de 2.000 ppm (2mg + 700mL de
álcool cereal + 300ml de água destilada) do (EEP); Tratamento 03 com fornecimento de 4.000 ppm
(4mg + 700mL de álcool cereal + 300mL de água destilada) do (EEP); Tratamento 04 com
fornecimento de 6.000 ppm (6mg + 700mL de álcool cereal + 300mL de água destilada) do (EEP).
A preparação da solução do Extrato Etanólico de Própolis (EEP) foi realizada de acordo com
ametodologia proposta por Sforcin (1996). O fornecimento do extrato aos animais foi diariamente em
um período de 35 dias, sendo uma vez ao dia, por meio de uma seringa de 3,0 ml por via oral. O
volume a ser administrado aos animais será de 2,0 ml.
Os estômagos e as porções intestinais do duodeno jejuno e íleo foram coletadas, medidas e
pesadas para as análises de correlação.
Foram aplicados testes de homogeneidades de variância do resíduo para avaliar se os dados
apresentam normalidade, com posterior aplicação de testes estatísticos de correlação de Pearson
ente as variáveis coletadas. Para toda a análise foi utilizado o programa computacional BIOESTAT
5.0.
Resultado e Discussão
Os Coeficientes de Correlação de Pearson (CCP) entre as doses do extrato etanólico de
própolis apícola e o rendimento do peso de porções do aparelho digestório em relação ao peso de
abate estão apresentados na tabela 01.
Tabela 01. Coeficientes de Correlação de Pearson entre as doses do extrato etanólico de própolis
apícola e o rendimento do peso de porções do aparelho digestório em relação ao peso de abate
Porção do aparelho digestório
1
CCP
2
Estômago
Duodeno
Jejuno
Íleo
Ceco
Cólon
-0,1917
-0,4606
0,1876
-0,1196
0,3775
-0,0510
0,456
0,636
0,149
0,862
p
0,461
0,072
Coeficiente de Correlação de Pearson
2
Probabilidade
1
Não existe correlação estatística entre as doses de própolis apícola trabalhadas neste
estudo com o desenvolvimento do aparelho digestório de suínos na fase de creche.
Todos os Coeficientes de Correção de Pearson, foram, inclusive maiores que -0,5 e
menores que 0,5. Apesar de probabilidade do CCP para o estômago ter sido baixa, ainda sim não
implicou em coeficiente de CCP significativo.
Em trabalho realizado por Junqueira et.al. (2009) não houve diferença nos parâmetros de
morfometria intestinal avaliados. Chiquieri et al. (2006) também não verificaram efeito do uso de
probiótico (Saccharomyces cerevisiae) e/ou prebiótico (MOS) sobre a altura de vilosidades do
duodeno de suínos aos 120 dias de idade.
Segundo Oetting et al. (2006) outros autores também avaliaram o efeito de extratos vegetais
e antimicrobianos sobre a morfometria intestinal de leitões aos 56 dias de idade e não observaram
efeito dos aditivos sobre a profundidade de cripta e altura de vilosidades do duodeno e do jejuno.
Em contrapartida Coloni et.al. (2007) em estudo realizado com extrato etanólico de própolis
sobre o ganho de peso, parâmetros de carcaça e pH cecal de coelhos em crescimento, observou que
existiu diferenças significativas (P < 0,05) para peso do aparelho gástrico, em que os animais
submetidos aos tratamentos que receberam o extrato de própolis com os que não receberam o
extrato, que se apresentaram menores pesos.
Conclusão
O extrato etanólico de própolis não influenciou o desenvolvimento do estômago e porções
intestinais de suínos na fase de creche.
Apoio
Colégio Técnico de Bom Jesus- CTBJ/UFPI
Referências
CHIQUIERI, J.M.S.; SOUSA, J.C.D.; VENTURA, B.G. Probiotico y prebiotico em la
alimentation de cerdos em crescimento y terminacyon. Archivo Zootecnico, v.55, p.305308, 2006.
COLONI, R.D.; LUI, J.F.; SANTOS, E.; NETO, A.C.; ZANATO, J.A.F.; SILVA, L.P.G.;
MALHEIROS, E.B. Extrato etanólico de própolis sobre o ganho de peso, parâmetros de
carcaça e pH cecal de coelhos em crescimento. Biotemas, v.20, n.2, p. 59-64, 2007.
JUNQUEIRA, O.M.; BARBOSA, L.C.G.S.; PEREIRA, A.A.; ARAÚJO, L.F.; GARCIA
NETO, M.; PINTO, M.F.Uso de aditivos em rações para suínos nas fases de creche,
crescimento e terminação. Revista Brasileira de Zootecnia, v.38, n.12, p.2394-2400,
2009.
OETTING, L.L.; UTIYAMA, C.E.; GIANI, P.A. et al. Efeitos de extratos vegetais e
antimicrobianos sobre a digestibilidade aparente, o desempenho, a morfometria dos órgãos
e a histologia intestinal de leitões recém- desmamados. Revista Brasileira de Zootecnia,
v.35, n.4, p.1389-1397, 2006.
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