Grupo NATA – Núcleo Afro brasileiro de Teatro de Alagoinhas

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Grupo NATA – Núcleo Afro brasileiro de Teatro de Alagoinhas
O Grupo NATA nasceu no ano de 1998 no interior da Bahia, mais precisamente na cidade de
Alagoinhas. Foi no Colégio Estadual Polivalente de Alagoinhas onde tudo começou, quando,
após serem realizadas peças de teatro em cada turma, foram escolhidos os alunos que mais
se destacavam para formar um grupo que iria participar do I Festival Teatro em Destaque,
realizado pela professora Fátima Salles. Porém, para participar do evento eles precisariam de
um nome, surgindo então o NATA - Núcleo Amador de Teatro e Artes, o embrião do que viria a
ser o grupo.
A participação rende aos estudantes os prêmios de Melhor Espetáculo, Melhor Cenário, e um
prêmio especial, por ser o único representante de um colégio que levou mais espectadores ao
Centro de Cultura de Alagoinhas, fincando o início da trajetória do grupo. Entre os anos de
1998 e 2002, o Núcleo fez os espetáculos O Seco da Seca (1998), Tá na cor (1999),
Guarda-roupa íntimo (1999) – que levou 5 prêmios dentre eles o de melhor espetáculo júri
oficial e júri popular na segunda edição do festival de teatro local - e Senzalas (2002), todos
escritos por Fernanda Júlia, única integrante da formação original.
O reconhecimento do NATA veio em 2004. Nesse ano o Teatro Vila Velha criou o projeto
"Teatro de Cabo a Rabo", o qual selecionou grupos do interior do estado para se apresentar no
mesmo. O grupo trouxe para Salvador a peça Perfil, e no ano seguinte, foi convidado a fazer o
mesmo com A Eleição.
Interessada em crescer como artista, Fernanda Júlia ingressa no curso de Direção Teatral da
Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia em 2006, porém nunca deixou o NATA. Se
dividindo entre Alagoinhas e Salvador, a necessidade de maior visibilidade fez com que alguns
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dos integrantes também migrassem para estudar na capital, fazendo com que o grupo não
desse uma continuidade linear a seus projetos. Embora as escolhas acadêmicas forem
variadas, os integrantes decidiram não abandonar o grupo.
No ano de 2009, o NATA retoma suas atividades e montam o espetáculo Siré Obá – A Festa
do Rei, que aborda o universo dos orixás, e que foi de grande importância para a carreira do
grupo, pois neste momento a sigla muda para Núcleo Afro Brasileiro de Teatro de Alagoinhas e
o NATA é indicado em três categorias do Prêmio Braskem de Teatro sendo elas melhor
espetáculo adulto, direção revelação para Fernanda Júlia e vencendo na categoria especial
para Jarbas Bittencourt pela direção musical do espetáculo .
Apesar de alguns espetáculos do grupo não terem a temática Afro, o grupo tem essa temática
como norteadora do discurso estético e político com foco de colaborar na luta contra o racismo
e na desmistificação da imagem negativa que a mídia reproduz das religiões e costumes afro
brasileiros.
Nesse sentido, o grupo NATA também ministrou oficinas de preparação de atores e seminários
nas cidades de Alagoinhas, Salvador, e Rio de Janeiro, voltadas para a cena negra brasileira,
aumentando seu valor neste cenário. A nescessidade de parceiros fez com que o Núcleo
estreitasse vínculos com outros artistas, como Thiago Romero, Susan Kalik, Thiago Gomes,
Marcelo Jardim, Zebrinha, Jarbas Bittencourt, Márcio Meirelles, Chica Carelli, Luiz Marfuz,
Hilton Cobra, Ângelo Flávio, Marilza Oliveira, Gustavo Mello, Sanara Rocha, Deilton José, Luiz
Guimarães, Fernando Santana, Cosme Lucian, artistas que inspiram o grupo e também
trabalharam como parceiros em espetáculos como Siré Obá "A festa do Rei" e Ogum "Deus e
Homem", além do Babalorixá Márgio Luiz e a Yalorixá Roselina Barbosa que juntos são os
orientadores litúrgico-antropológicos do grupo nas questões sobre candomblé, valorizando
sempre as alianças e afinidades também com outros grupos como O Bando de Teatro Olodum,
Cia dos Comuns, CAN e participando também de eventos relevantes na luta contra o racismo e
na valorização da arte e do artista negro como as três edições do Fórum Nacional de
Performance Negra realizados pela Cia dos Comuns e o Bando de Teatro Olodum, I Festival
de Teatro do Subúrbio e em duas edições do Festival A Cena Tá Preta realizado pelo Bando
de Teatro Olodum.
Outros espetáculos da lista do NATA são Perfil "Só vendo pra crer" - Coletâneas de textos
(Nelson Rodrigues, Ariano Suassuna, Cia de Comédia Os Melhores do mundo – 2004), A
Eleição (2005), e Ogum "Deus e Homem" (2010).
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Composto pelos artistas Daniel Arcades, Fabíola Júlia, Fernanda Júlia, Marcelo Oliveira, Vânia
Santana e Nando Zâmbia este está em turnê na Itália com o solo Irumalé Ayê representando o
NATA a Bahia e o Brasil no festival Ylê Brasil que acontece na cidade de Trento, o NATA no
ano de 2011 retornou aos palcos com Siré Obá numa belíssima temporada no palco do Teatro
Vila Velha, e em 2012 realizaram apresentações desse mesmo espetáculo em Comunidades
de Axé de Salvador e na abertura da MOSTRA UNIVERSITÁRIA SALVADOR DE TEATRO –
MUST realizado e produzido por Susan Kalik além de fazerem novas pesquisas para os
próximos espetáculos do grupo um infanto-juvenil chamado Eremim e um adulto sobre Exu.
A certeza de que a transição de Alagoinhas para Salvador abriu novas portas, fez o grupo
repensar a necessidade de ter outra postura com relação à fixação na capital ou na cidade
natal. Contudo, fez com que o grupo continuasse levando teatro para o estado da Bahia, num
profícuo processo de intercâmbio entre o interior e a capital prova disso foi o convite do Teatro
Vila Velha para que o NATA fosse residente do teatro sendo o NATA o primeiro grupo do
interior da Bahia a realizar residência artística num teatro em Salvador dessa forma o NATA é
considerado um dos grupos mais importantes surgidos no interior do estado da Bahia.
Clique aqui e visite o blog do grupo.
Veja abaixo vídeos do grupo.
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