Resumos do 56º Congresso Nacional de Botânica. Estrutura e desenvolvimento da semente e embrião em espécies de Myrtaceae da Serra do Cipó – MG ROSALI CONSTANTINO STRASSBURG [email protected] Este trabalho tem objetivo de descrever aspectos estruturais da gametogênese, embriogênese e formação de sementes maduras em três espécies de Myrtaceae, para uma melhor caracterização das subtribos Myrciinae (Myrcia fallax (Rich) DC), Myrtinae (Campomanesia pubescens (DC) O. Berg) e Eugeniinae (Eugenia punicifolia (Kunt) DC). O trabalho foi realizado a partir de material botânico da Serra do Cipó, tendo sido coletados estágios desde botões florais até sementes maduras, incluídos em historresina e seccionados em lamina de m e corados em azul de Toluidina. Astungstênio, com espessura de 7 características encontradas nessas espécies foram antera tetrasporangiada, endotécio com espessamentos de celulose, duas camadas parietais efêmeras, tapete glandular, deiscência longitudinal, o grão de pólen é liberado da antera no estado bicelular. Na espécie Campomanesia pubescens ocorre grande quantidade de grãos de pólen estéreis, sem conteúdo e exina colapsada. Quanto à estrutura feminina em Myrcia fallax, os óvulos são anátropos, crassinucelados e bitegumentados e micrópila em Ziz- zag. O gametófito maduro, apresenta 7 células com sinérgides em formato de ganchos, evidente aparelho fibrilar e coloração escura. A embriogênese é do tipo Onagraceo, com um curto suspensor. As divisões do núcleo endospérmico ocorrem concomitantemente com o desenvolvimento do embrião. O nucelo sofre lise (morte celular programada) durante a embriogênese. No fruto maduro são vistas1 ou 2 sementes. As sementes maduras são exalbuminosas, formadas pela testa e embrião. O embrião em Myrcia fallax apresenta cotilédones foliáceos e eixo hipocótilo-radicula longo. Em Campomanesia pubescens o embrião apresenta forma espiralada, os cotilédones são pequenos e o eixo hipocótilo-radicula volumoso. Foram observados, frutos maduros de C. pubescens afetados por insetos, os quais, possivelmente, se alimentam das sementes, visto que muitas foram encontradas perfuradas. Em Eugenia punicifolia o embrião jovem apresenta cotilédones pequenos e eixo volumoso levemente curvado, numa relação de 1:3. O embrião adulto apresenta cotilédones volumosos separados, um dos cotilédones menor, sendo o eixo hipocótilo- radícula reduzido acentuadamente curvado, tendo uma relação comprimento cotilédone- eixo 3:1.