IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO CORDAPTIVE™ (ácido

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IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
CORDAPTIVE™
(ácido nicotínico/laropipranto), MSD
FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES
CORDAPTIVE™ (ácido nicotínico/laropipranto), MSD é apresentado em comprimidos de 1 g/20 mg
em caixas com 14, 28 ou 56 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
Ingredientes ativos
CORDAPTIVE™ está disponível para administração oral na forma de um comprimido de camada
dupla contendo 1 g de ácido nicotínico de liberação prolongada (LP) e 20 mg de laropipranto de
liberação imediata.
Ingredientes inativos
Cada comprimido de camada dupla de CORDAPTIVE™ contém os seguintes ingredientes inativos:
hipromelose, dióxido de silício coloidal, estearil fumarato de sódio, hiprolose, celulose microcristalina,
croscarmelose sódica, lactose monoidratada e estearato de magnésio.
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MERCK SHARP & DOHME
CORDAPTIVE™ (ácido nicotínico/laropipranto), MSD
WPC012008
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
CORDAPTIVE™ é um medicamento para:
• reduzir os níveis de LDL (mau) colesterol no sangue.
• aumentar os níveis de HDL (bom) colesterol.
• reduzir os níveis de substâncias gordurosas chamadas de triglicérides.
O ácido nicotínico:
• quando tomado junto com outros medicamentos que atuam nos lípides , reduz o entupimento
ou o endurecimento das artérias.
• quando utilizado por pessoas que já sofreram um ataque cardíaco, reduz o risco de um novo
ataque (infarto do miocárdio).
O laropipranto reduz os sintomas de flushing (vermelhidão da pele, sensação de calor, coceira ou
formigamento), um efeito adverso comum do ácido nicotínico (veja QUAIS OS EFEITOS ADVERSOS
QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?).
CORDAPTIVE™ é receitado para pacientes que não conseguem controlar seus níveis de colesterol
apenas com dieta, e pode ser tomado isoladamente ou em combinação com outros medicamentos
para controlar o colesterol. Você deve manter uma dieta redutora de colesterol enquanto estiver
tomando esse medicamento.
POR QUE ESTE MEDICAMENTO FOI INDICADO?
Seu médico lhe prescreveu CORDAPTIVE™ para ajudar a reduzir as taxas de LDL (mau) colesterol,
triglicérides e apo B e aumentar a HDL (bom) colesterol e a apo A-I no seu sangue. CORDAPTIVE™
pode ser utilizado isoladamente ou em combinação com outros medicamentos para controlar o
colesterol, associado à dieta e à prática de exercícios físicos.
Informações sobre a doença
O colesterol alto resulta de muitos fatores, incluindo a alimentação rica em gordura saturada, certas
doenças ou afecções genéticas e sedentarismo. A redução dos níveis altos do mau colesterol
(colesterol LDL) pode ajudar a diminuir o risco de doença coronariana. Níveis mais altos do bom
colesterol (colesterol HDL) estão relacionados a risco mais baixo de doença coronariana.
A doença coronariana pode ter muitas causas. Vários fatores podem aumentar o risco de doença
coronariana, entre os quais:
•
•
•
•
•
•
•
pressão arterial alta;
tabagismo;
diabetes;
excesso de peso;
histórico familiar de doença coronariana;
sexo masculino;
pós-menopausa.
Você pode ajudar a controlar os quatro primeiros fatores de risco de doença coronariana.
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O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA PERMANECER SAUDÁVEL E REDUZIR O
RISCO DE DOENÇA CORONARIANA.
PARE DE FUMAR
PRATIQUE EXERCÍCIOS
Fumar aumenta suas chances de sofrer
um ataque cardíaco.
A prática de exercícios pode aumentar seus
níveis de "bom" colesterol e reduzir seu risco
de ter doença coronariana. Peça orientações
ao seu médico antes de começar a praticar
exercícios.
VISITE SEU MÉDICO
REGULARMENTE
TOME SEUS MEDICAMENTOS
Seu médico verificará seu colesterol.
Siga seu tratamento
colesterol sob controle.
para
manter
seu
SIGA A DIETA RECOMENDADA POR SEU MÉDICO
A dieta, além de lhe ajudar a controlar o colesterol, também lhe ajudará a perder peso (se for o
caso).
O colesterol é uma das várias substâncias gordurosas que podem ser encontradas na corrente
sangüínea. O colesterol total é composto, principalmente, de LDL-colesterol (mau) e HDL-colesterol
(bom).
O LDL-colesterol é comumente chamado de “mau” colesterol porque pode se acumular nas paredes das
artérias e formar uma placa, que pode causar um estreitamento da artéria, e desse modo, retardar ou
bloquear o fluxo sangüíneo para órgãos vitais como o coração e o cérebro, o que pode resultar em um
ataque cardíaco (infarto) ou em um acidente vascular cerebral (derrame).
O HDL-colesterol é comumente chamado de “bom” colesterol porque ajuda a evitar que o mau colesterol
(LDL) se acumule nas artérias e, desse modo, protege contra a doença coronariana.
Os triglicérides são outro tipo de gordura existente no sangue que pode aumentar o risco de doença nas
artérias.
Na maioria das pessoas, não há sintomas imediatos dos problemas com o colesterol. Seu médico
poderá pedir um exame de sangue para conhecer as suas taxas de colesterol. Visite seu médico
regularmente e estabeleça com ele as metas para o seu tratamento.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
CONTRA-INDICAÇÕES
Você não deve tomar CORDAPTIVE™ se:
•
for alérgico ao ácido nicotínico, ao laropipranto ou a qualquer um dos ingredientes de
CORDAPTIVE™;
•
tiver problemas hepáticos;
•
tiver úlcera no aparelho digestivo;
•
apresentar hemorragias.
ADVERTÊNCIAS
Uso na gravidez e amamentação
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Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Mulheres grávidas ou que planejem engravidar devem conversar com seu médico antes de tomar
CORDAPTIVE™. Não se sabe se CORDAPTIVE™ será prejudicial ao feto. Seu médico decidirá se
CORDAPTIVE™ é indicado para você.
Mulheres que estiverem amamentando ou planejarem amamentar devem conversar com seu médico
antes de tomar CORDAPTIVE™. Não se sabe se CORDAPTIVE™ passa para o leite materno.
Entretanto, o ácido nicotínico passa para o leite materno. Seu médico irá decidir se CORDAPTIVE™
é indicado para você. Se estiver amamentando, você não deve tomar este medicamento sem antes
conversar com seu médico.
Uso pediátrico
CORDAPTIVE™ não foi estudado em crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade.
Uso em idosos
Nos estudos, CORDAPTIVE™ foi eficaz e bem tolerado por pacientes idosos. Não são necessários
ajustes da dose com base na idade.
PRECAUÇÕES
O que devo dizer para o meu médico antes e durante o tratamento com
CORDAPTIVE™?
Informe ao médico todos os detalhes sobre sua saúde. Certifique-se de informar seu médico caso
você:
• tenha qualquer alergia;
• tenha problemas hepáticos ou renais;
• tome bebidas alcoólicas em grandes quantidades
• sinta dor, sensibilidade ou fraqueza muscular sem uma causa evidente. Se apresentar esses
sintomas, informe imediatamente ao seu médico;
• apresente níveis altos de açúcar no sangue ou diabetes;
• tenha problemas cardíacos;
• esteja planejando submeter-se a alguma cirurgia;
• tenha gota.
Posso dirigir ou operar máquinas enquanto estiver tomando CORDAPTIVE™?
Não se espera que CORDAPTIVE™ interfira na sua capacidade de dirigir veículos ou operar
máquinas. Entretanto, ao dirigir ou operar máquinas, deve-se levar em consideração que foram
relatados casos de tontura com CORDAPTIVE™.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Posso tomar CORDAPTIVE™ com outros medicamentos?
CORDAPTIVE™ pode ser tomado junto com a maioria dos medicamentos.
Informe a seu médico todos os medicamentos que você está tomando.
Informe todos os medicamentos que estiver tomando, vendidos com prescrição médica ou de venda
livre, inclusive vitaminas e fitoterápicos.
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É importante conhecer os medicamentos que você toma. Faça uma lista deles e mostre-a para seu
médico. Inclua os medicamentos novos na lista.
É particularmente importante informar ao seu médico se você estiver tomando algum dos
medicamentos a seguir:
• medicamentos para reduzir a pressão arterial;
• vastatinas (uma classe de medicamentos que age no fígado para diminuir o colesterol);
• seqüestrantes de ácidos biliares (como colestiramina, medicamento utilizado para diminuir o
colesterol);
• AZT (azidotimidina, um medicamento para HIV);
• midazolam (medicamento utilizado para induzir o sono antes de alguns procedimentos
médicos);
• vitaminas ou suplementos que contêm ácido nicotínico ou niacina;
• clopidogrel (medicamento para ajudar a evitar a formação de coágulos sangüíneos nocivos).
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua
saúde.
Informe ao médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro
medicamento.
Esse medicamento não é recomendado para menores de 18 anos de idade (veja Uso
pediátrico).
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
ASPECTO FÍSICO
CORDAPTIVE™ é um comprimido de camada dupla, em forma de cápsula modificada, branco a
esbranquiçado, com o número 552 gravado em um lado do comprimido.
CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS
Veja aspecto físico.
DOSAGEM
•
Você deve iniciar o tratamento com um comprimido de 1 g/20 mg. Após 4 semanas, seu
médico pode aumentar a dose para dois comprimidos de 1 g/20 mg de CORDAPTIVE™.
COMO USAR
•
•
•
•
•
tome CORDAPTIVE™ exatamente conforme a prescrição médica.
tome CORDAPTIVE™ uma vez ao dia, à noite ou antes de se deitar, junto com alimento.
Engula o comprimido inteiro. Não divida, quebre, triture ou mastigue o comprimido antes de
engoli-lo.
para reduzir a possibilidade de flushing (vermelhidão da pele, sensação de calor, coceira, ou
formigamento, particularmente na cabeça, pescoço, tórax e parte superior das costas), evite
tomar bebidas alcoólicas ou quentes perto do horário de tomar a dose de CORDAPTIVE™.
continue tomando CORDAPTIVE™ a menos que seu médico lhe diga para parar. É
importante saber que o tratamento do colesterol elevado deve ser contínuo. Se um paciente
parar de tomar CORDAPTIVE™, os níveis de colesterol poderão aumentar novamente.
O que fazer se eu esquecer de tomar uma dose?
Se esquecer de tomar uma dose, não tome uma dose extra do medicamento. Continue tomando a
dose diária recomendada pelo médico. Se você tiver interrompido o tratamento com CORDAPTIVE™
durante 7 dias seguidos ou mais, converse com seu médico antes de reiniciar o tratamento com
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CORDAPTIVE™.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do
tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto
do medicamento.
Este medicamento não pode ser partido ou mastigado.
QUAIS OS EFEITOS ADVERSOS QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?
Como todos os medicamentos que requerem prescrição médica, CORDAPTIVE™ pode causar
reações adversas. Nos estudos clínicos, CORDAPTIVE™ foi, em geral, bem tolerado. As reações
adversas foram geralmente leves e transitórias.
A reação adversa mais comum de CORDAPTIVE™ é o flushing que, em geral, inclui vermelhidão da
pele, sensação de calor, coceira ou formigamento, particularmente na cabeça, pescoço, tórax e parte
superior das costas. Se ocorrer flushing, os sintomas em geral são mais perceptíveis no início do
tratamento e diminuem com o tempo.
Outras reações adversas comuns de CORDAPTIVE™ incluem:
•
•
•
•
•
diarréia
náuseas
tontura
erupção cutânea
urticária
•
•
•
•
desconforto estomacal ou azia
vômitos
cefaléia
formigamento ou dormência das mãos ou pés
Além disso, as seguintes reações adversas foram relatadas raramente com CORDAPTIVE™:
inchaço de face, lábios, língua, e/ou garganta que podem causar dificuldade para respirar ou engolir
(podendo exigir tratamento imediato), desmaio, falta de ar, perda de controle da urina e fezes, suores
frios, tremores, calafrios, aumento da pressão arterial, inchaço dos lábios, sensação de queimação,
erupção cutânea generalizada, dor nas articulações, inchaço das pernas e aceleração dos
batimentos cardíacos.
Informe a seu médico se tiver alguma reação adversa que lhe incomode, que piore, ou que não
desapareça. Outras reações adversas podem ocorrer com o uso de CORDAPTIVE™. Peça mais
informações ao seu médico.
Visite seu médico regularmente para verificar seus níveis de LDL (mau) e HDL (bom) colesterol e de
triglicérides e se há alguma reação adversa. Antes de iniciar o tratamento com CORDAPTIVE™ e
durante o tratamento, seu médico poderá pedir exames de sangue para verificar o funcionamento do
seu fígado.
ATENÇÃO: este é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e
segurança aceitáveis para comercialização, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem
ocorrer. Neste caso informe seu médico.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR
MEDICAMENTO DE UMA SÓ VEZ?
UMA
GRANDE
QUANTIDADE
DESTE
Se tomar uma quantidade excessiva de CORDAPTIVE™, informe seu médico imediatamente.
ONDE E COMO DEVO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Conserve em temperatura entre 15°C e 30°C. Armazene CORDAPTIVE™ na embalagem original até
o momento em que precisar tomá-lo. Mantenha-o protegido da luz e umidade.
Não tome este medicamento após a expiração da data de validade impressa na embalagem.
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TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
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INFORMAÇÕES TÉCNICAS AO PROFISSIONAL DE SAÚDE
CORDAPTIVE™
Os comprimidos de CORDAPTIVE™ contêm ácido nicotínico (niacina) de liberação prolongada (LP)
e laropipranto.
Ácido nicotínico
O ácido nicotínico LP em doses terapêuticas é um agente hipolipemiante.
Laropipranto
O laropipranto é um antagonista potente e seletivo do receptor DP1 da PGD2 (prostaglandina D2). O
laropipranto suprime o flushing mediado pela PGD2 associado à administração de ácido nicotínico.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
FARMACOLOGIA CLÍNICA
Mecanismo de ação
CORDAPTIVE™
CORDAPTIVE™ contém ácido nicotínico (niacina) LP e laropipranto. O componente ácido nicotínico
de CORDAPTIVE™ diminui os níveis plasmáticos de LDL-C, colesterol total (CT), colesterol da
lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL-C), apo B (principal componente protéico da LDL e da
VLDL), triglicérides e lipoproteína(a) (Lp[a]) e aumenta os níveis de HDL-C e de apo A-I (importante
componente protéico da HDL). O laropipranto suprime o flushing associado à administração de ácido
nicotínico.
Ácido nicotínico
Os mecanismos pelos quais o ácido nicotínico modifica o perfil lipídico plasmático não são totalmente
compreendidos. O ácido nicotínico inibe a liberação de ácidos graxos livres do tecido adiposo e reduz
transitoriamente suas concentrações plasmáticas. A disponibilidade reduzida dos ácidos graxos livres
pode diminuir sua captação pelo fígado e sua incorporação nos triglicérides transportados na VLDL, o
que se acompanha de níveis reduzidos de VLDL-C e apo B. Uma vez que a LDL é formada a partir
do catabolismo da VLDL, a produção hepática reduzida de VLDL-C pode contribuir para a redução
dos níveis plasmáticos de LDL-C e de colesterol total. Outras explicações que não atribuem à
redução dos níveis plasmáticos de ácidos graxos livres um papel central na redução dos triglicérides
incluem a inibição mediada pelo ácido nicotínico tanto da lipogênese de novo como da esterificação
dos ácidos graxos em triglicérides no fígado.
Laropipranto
O flushing associado ao ácido nicotínico é mediado pela liberação de prostaglandina D2 (PGD2) na
pele. Existem dois subtipos de receptores acoplados à proteína G para PGD2, o DP1 e o DP2.
Estudos genéticos e farmacológicos em modelos animais demonstraram que o DP1, mas não o DP2,
desempenha papel-chave na vasodilatação induzida por ácido nicotínico. Ao contrário do ácido
acetilsalicílico e dos antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs), conhecidos por inibir a produção de
múltiplas prostaglandinas, o laropipranto é um antagonista potente e seletivo do DP1 que inibe o
flushing induzido pelo ácido nicotínico ao bloquear especificamente a ação da PGD2 no DP1.
Absorção
Ácido nicotínico
Após uma dose de 2 g de ácido nicotínico LP administrada por via oral na forma de dois comprimidos
de CORDAPTIVE™ com alimentos, o tempo mediano para o pico da concentração plasmática (Tmáx)
de ácido nicotínico foi de 4 horas, a área sob a curva de concentração plasmática-tempo (AUC0-final)
média foi de aproximadamente 58,0 μM•h e o pico de concentração plasmática (Cmáx) médio foi de
aproximadamente 20,2 μM. A biodisponibilidade (com ou sem alimentos) é de pelo menos 72%, com
base na recuperação da dose de ácido nicotínico na urina. A biodisponibilidade oral do ácido
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nicotínico não sofre alterações quando ele é administrado com uma refeição com alto teor de
gorduras.
Laropipranto
Após uma dose de 40 mg de laropipranto administrada por via oral na forma de dois comprimidos de
CORDAPTIVE™ com alimentos, o laropipranto foi rapidamente absorvido, com Tmáx mediano de
1 hora, AUC0-∞ média de aproximadamente 13 μM•h e Cmáx média de aproximadamente 1,6 μM. A
velocidade e o grau de absorção não são alterados com uma refeição com alto teor de gorduras. A
farmacocinética do laropipranto é linear, apresentando aumentos aproximadamente proporcionais à
dose na AUC e na Cmáx e nenhuma evidência de clearance dependente do tempo.
A biodisponibilidade absoluta média do laropipranto é de aproximadamente 71% após uma dose de
40 mg quando administrado na forma de dois comprimidos de CORDAPTIVE™ após jejum noturno.
Distribuição
Ácido nicotínico
O ácido nicotínico apresenta taxa de ligação às proteínas plasmáticas menor que 20%.
Laropipranto
O volume médio de distribuição no estado de equilíbrio após uma dose intravenosa única de 40 mg
de laropipranto a indivíduos saudáveis é de aproximadamente 70 litros. O laropipranto apresenta alta
taxa de ligação às proteínas plasmáticas (>99%) e sua ligação não depende da concentração. O
laropipranto atravessa a placenta de ratas e coelhas.
Metabolismo
Ácido nicotínico
O ácido nicotínico (niacina) sofre amplo metabolismo de primeira passagem por meio de 2 vias
dependentes da dose e da velocidade de administração. A primeira via resulta na formação de
nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD) e nicotinamida. Em humanos, a nicotinamida é depois
metabolizada predominantemente à N-metilnicotinamida e à N-metil-2-piridona-5-carboxamida. Na
segunda via, a glicina é conjugada ao ácido nicotínico para formar o ácido nicotinúrico. Com doses
baixas de ácido nicotínico ou velocidades de absorção mais baixas, a primeira via predomina; com
doses mais altas ou velocidades de absorção mais altas, a via NAD é saturável e uma fração
crescente da dose oral alcança a corrente sangüínea inalterada na forma de ácido nicotínico. A via
de conjugação da glicina não é saturada na faixa de doses clinicamente relevante, com base no
aumento proporcional à dose das concentrações plasmáticas de ácido nicotinúrico de 1 g para 2 g.
Laropipranto
O laropipranto é metabolizado principalmente via acil glicuronidação, com um componente menor do
metabolismo oxidativo, seguido de excreção da glicuronida nas fezes (via bile) e na urina. O
laropipranto e seu conjugado acil glicuronida são os principais componentes circulantes no plasma
humano. Estudos in vitro demonstraram que a afinidade do conjugado acil glicuronida do laropipranto
pelo DP1 foi reduzida em pelo menos 65 vezes em comparação com o laropipranto; portanto, não se
espera que contribua para a atividade total no DP1 do laropipranto. O principal componente (73% da
radioatividade) nas fezes é o laropipranto (compreendendo o fármaco não-absorvido e/ou o
conjugado do ácido glicurônico hidrolisado). Na urina, o principal componente relacionado ao fármaco
é o conjugado acil glicuronida (64% da radioatividade) com contribuições menores do composto-mãe
(5%). O metabolismo oxidativo do laropipranto é catalisado principalmente pela CYP3A4, ao passo
que várias isoformas das uridina difosfato-glicuronosiltransferases (UGT) - 1A1, 1A3, 1A9 e 2B7 catalisaram a acil glicuronidação.
Eliminação
Ácido nicotínico
O ácido nicotínico é excretado predominantemente na urina na forma de metabólitos.
Laropipranto
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O laropipranto é eliminado principalmente via acil glicuronidação, seguido pela excreção da
glicuronida nas fezes (via bile) e urina. Após a administração oral de 14C-laropipranto em humanos,
aproximadamente 68% da dose foram recuperados nas fezes (principalmente como composto-mãe,
compreendendo o fármaco não-absorvido e/ou o conjugado hidrolisado do ácido glicurônico) e 22%
foram recuperados na urina (principalmente na forma de metabólitos). A maior parte da dose foi
excretada em 96 horas. A meia-vida terminal aparente (t1/2) após uma dose de 40 mg de laropipranto
administrada na forma de dois comprimidos de CORDAPTIVE™ com alimentos foi de
aproximadamente 17 horas. A farmacocinética de estado de equilíbrio é atingida 2 dias após a
administração de laropipranto uma vez ao dia, com acúmulo mínimo na AUC (aproximadamente 1,3
vez) e na Cmáx (aproximadamente 1,1 vez).
Insuficiência renal
CORDAPTIVE™: o uso de CORDAPTIVE™ em pacientes com insuficiência renal não foi estudado.
Ácido nicotínico: veja ADVERTÊNCIAS.
Laropipranto: a administração de 40 mg de laropipranto para pacientes não dialisados com
insuficiência renal grave não resultou em alteração clinicamente significativa da AUC e da Cmáx do
laropipranto, em comparação com os controles saudáveis. Uma vez que não foi observado efeito na
insuficiência renal grave, não se espera nenhum efeito em pacientes com insuficiência renal leve e
moderada; entretanto, os efeitos da insuficiência renal em estágio terminal e da diálise sobre a
farmacocinética do laropipranto não podem ser inferidos a partir deste estudo.
Insuficiência hepática
CORDAPTIVE™: o uso de CORDAPTIVE™ em pacientes com insuficiência hepática não foi
estudado.
Ácido nicotínico: veja CONTRA-INDICAÇÕES e ADVERTÊNCIAS, Efeitos hepáticos.
Laropipranto: em conformidade com as características de um fármaco depurado principalmente pelo
metabolismo, a doença hepática moderada exerce impacto significativo na farmacocinética do
laropipranto e aumenta a AUC e a Cmáx em aproximadamente 2,8 e 2,2 vezes, respectivamente.
Sexo
Ácido nicotínico: não é necessário ajuste posológico com base no sexo. O sexo não exerce efeito
clinicamente significativo na farmacocinética do ácido nicotínico LP. Não existe diferença na
biodisponibilidade oral do ácido nicotínico entre homens e mulheres que recebem CORDAPTIVE™.
As mulheres apresentam modesto aumento nas concentrações plasmáticas do ácido nicotinúrico e
do ácido nicotínico em comparação com os homens.
Laropipranto: não é necessário ajuste posológico com base no sexo. O sexo não exerceu efeito
clinicamente significativo na farmacocinética do laropipranto.
Pacientes idosos
Ácido nicotínico: não existem dados farmacocinéticos em idosos (≥65 anos). Com base em uma
análise composta, de indivíduos na faixa etária de 18-65 anos, a idade não exerce efeito clinicamente
significativo na farmacocinética do ácido nicotínico LP. Não ocorre alteração da biodisponibilidade
oral do ácido nicotínico com a idade.
Laropipranto: não é necessário ajuste posológico para idosos. A idade não exerceu efeito
clinicamente significativo na farmacocinética do laropipranto.
Pacientes pediátricos
CORDAPTIVE™: não foram realizados estudos com CORDAPTIVE™ em pacientes pediátricos.
Raça
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Ácido nicotínico: não é necessário ajuste posológico com base na raça. A raça não exerceu efeito
clinicamente significativo na farmacocinética do ácido nicotínico LP com base nos dados de
farmacocinética que incluíram indivíduos de grupos raciais brancos, hispânicos, negros e indígenas.
Laropipranto: não é necessário nenhum ajuste de dose com base na raça. A raça não apresentou
nenhum efeito clinicamente significativo sobre a farmacocinética do laropipranto com base em uma
análise composta dos dados de farmacocinética incluindo indivíduos de grupos raciais hispânicos,
brancos, negros, asiáticos e indígenas.
Farmacodinâmica
Ácido nicotínico
Efeitos nos lípides
Estudos clínicos e epidemiológicos demonstram que níveis elevados de colesterol total (CT), LDL-C,
apo B e triglicérides promovem aterosclerose em humanos e são fatores de risco para doença
cardiovascular. Em contrapartida, níveis mais altos de HDL-C e de apo A-I estão associados a risco
cardiovascular mais baixo. Estudos clínicos demonstraram que a redução do LDL-C diminuiu o risco
cardiovascular. Uma razão HDL2:HDL3 mais alta está associada à redução do risco de doença
cardiovascular. Hipoteticamente, a HDL participa do transporte reverso de colesterol dos tecidos de
volta para o fígado, suprime a inflamação vascular associada à aterosclerose e apresenta efeitos
antioxidativos e antitrombóticos.
Assim como a LDL, as lipoproteínas ricas em triglicérides e colesterol, incluindo a VLDL, as
lipoproteínas de densidade intermediária (IDL) e os remanescentes, também podem promover
aterosclerose. A Lp(a) é uma partícula de LDL modificada também associada a risco aumentado de
doença cardiovascular. Níveis plasmáticos elevados de triglicérides são freqüentemente encontrados
em uma tríade composta de níveis baixos de HDL-C e partículas pequenas de LDL e também em
associação com fatores de risco metabólico não-lipídicos de doença coronariana (DAC). Assim, os
níveis plasmáticos totais de triglicérides não mostraram de forma consistente ser um fator de risco de
DAC independente. Acredita-se que partículas de LDL pequenas e densas sejam as mais
aterogênicas.
O ácido nicotínico (niacina) diminui os níveis de LDL-C, colesterol total, triglicérides, VLDL-C, apo B
(a principal proteína da LDL) e Lp(a). O ácido nicotínico também aumenta os níveis de HDL-C e de
seu principal componente proteico, a apo A-I. O ácido nicotínico eleva a subfração HDL2 a um grau
mais alto que o da subfração HDL3, aumentando conseqüentemente a razão HDL2:HDL3. Além disso,
o ácido nicotínico demonstrou causar uma mudança relativa na distribuição das subclasses de
partículas de LDL pequenas e densas para partículas maiores de LDL. A importância clínica desse
efeito requer pesquisas adicionais.
Laropipranto
Supressão do flushing induzido pelo ácido nicotínico
O flushing associado ao ácido nicotínico é decorrente da vasodilatação da pele e é caracterizado por
vermelhidão da pele, sensação de calor, prurido ou formigamento, particularmente na cabeça,
pescoço, e parte superior do tronco. O flushing induzido pelo ácido nicotínico é mediado
principalmente pela PGD2 liberada pelas células da pele. Após uma dose única de ácido nicotínico
por via oral, um aumento substancial dos níveis plasmáticos de 9α, 11β-PGF2, um metabólito da
PGD2, coincidiu com o início do flushing. O ácido nicotínico não aumenta os metabólitos da histamina
ou o principal metabólito urinário da prostaglandina E2 (PGE2).
O laropipranto é um antagonista potente e seletivo do receptor subtipo 1 de PGD2, DP1 que, em
estudos animais, demonstrou ser a principal via para o flushing induzido pelo ácido nicotínico. O
laropipranto demonstrou ser eficaz para diminuir os sintomas de flushing induzidos pelo ácido
nicotínico; essa redução avaliada por questionário preenchido pelos pacientes se correlacionou com
a redução da vasodilatação induzida pelo ácido nicotínico (avaliada por medidas do fluxo sangüíneo
na pele). Em indivíduos sadios que receberam CORDAPTIVE™, o pré-tratamento com ácido
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acetilsalicílico 325 mg não causou efeitos benéficos adicionais na redução dos sintomas de flushing
induzido pelo ácido nicotínico em comparação com o CORDAPTIVE™ isoladamente (veja
REAÇÕES ADVERSAS).
Efeitos na função plaquetária
O laropipranto é um antagonista potente e seletivo do receptor DP1 da PGD2. Entretanto, também
apresenta afinidade pelo receptor de tromboxano A2 (TP), embora seja aproximadamente 190 vezes
menos potente sobre o TP em comparação com o DP1.
A função plaquetária foi avaliada em vários estudos com o laropipranto. Em doses terapêuticas, o
laropipranto não causou efeito clinicamente importante nas medidas de função plaquetária, incluindo
tempo de sangramento e agregação plaquetária induzida por colágeno. Um estudo demonstrou que o
laropipranto não alterou o efeito antiplaquetário do ácido acetilsalicílico e não afetou o tempo de
sangramento associado ao ácido acetilsalicílico (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS,
Laropipranto).
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Estudos clínicos com ácido nicotínico
O tratamento com ácido nicotínico demonstrou reduzir o risco de morte e de eventos
cardiovasculares e retardar a progressão ou promover regressão das lesões ateroscleróticas. O
Coronary Drug Project, finalizado em 1975, foi planejado para avaliar a segurança e a eficácia do
ácido nicotínico e de outros fármacos redutores de lípides em homens com 30 a 64 anos de idade e
histórico de infarto do miocárdio (IM). Ao longo de um período de acompanhamento de cinco anos, o
ácido nicotínico apresentou benefício estatisticamente significativo na redução da recorrência de
infarto do miocárdio não-fatal. A incidência de IMs não fatais definidos foi de 8,9% entre os 1.119
pacientes distribuídos de modo randômico para receber ácido nicotínico versus 12,2% entre os 2.789
pacientes que receberam placebo (p< 0,004). Embora a mortalidade total tenha sido semelhante nos
dois grupos após cinco anos (24,4% com ácido nicotínico versus 25,4% com placebo; p= NS), em um
acompanhamento cumulativo de quinze anos, houve 11% (69) menos mortes no grupo que recebeu
ácido nicotínico em comparação com a coorte que recebeu placebo (52,0% versus 58,2%; p=
0,0004).
O Cholesterol-Lowering Atherosclerosis Study (CLAS) foi um estudo angiográfico randômico,
controlado com placebo que avaliou o tratamento combinado de colestipol com ácido nicotínico em
162 homens não-fumantes com histórico de cirurgia de revascularização coronariana. O endpoint
cardíaco primário por indivíduo foi o escore de alteração global na artéria coronária. Após dois anos,
61% dos pacientes da coorte que recebeu placebo apresentaram progressão da doença pelo escore
de alteração global (N= 82), em comparação com apenas 38,8% dos indivíduos que receberam a
substância ativa (N= 80), quando se considerou tanto as artérias nativas como os enxertos (p<
0,005). Além disso, em relação ao placebo, um número mais alto de pacientes que recebeu colestipol
e ácido nicotínico apresentou regressão da doença (p= 0,002). O acompanhamento de um subgrupo
de 103 pacientes desse estudo durante quatro anos voltou a mostrar que um número
significativamente mais baixo de pacientes no grupo que recebeu tratamento medicamentoso
apresentou progressão, em comparação com a coorte que recebeu placebo (48% versus 85%,
respectivamente; p< 0,0001).
O Familial Atherosclerosis Treatment Study (FATS), que envolveu 146 homens com até 62 anos de
idade, níveis de apolipoproteína B ≥125 mg/dL, doença coronariana estabelecida e histórico familiar
de doença vascular, avaliou a alteração na gravidade da doença nas artérias coronárias proximais
por arteriografia quantitativa. Os pacientes receberam orientação nutricional e foram distribuídos de
modo randômico para tratamento convencional e placebo duplo (ou placebo mais colestipol, se o
LDL-colesterol estivesse elevado), lovastatina mais colestipol ou ácido nicotínico mais colestipol. O
grupo que recebeu ácido nicotínico + colestipol apresentou redução dos níveis de LDL-C e de
triglicérides de 32% e 29%, respectivamente, e aumento de 43% dos níveis de HDL-C. As alterações
correspondentes para o grupo que recebeu lovastatina + colestipol foram de 46%, 9%, e 15%. Os
pacientes que receberam ácido nicotínico + colestipol apresentaram as taxas mais altas de regressão
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da placa coronariana (39%), em comparação com 32% e 11% nos grupos que receberam lovastatina
+ colestipol e placebo, respectivamente, e as taxas mais baixas de progressão da placa (25%, 31%,
e 46%, respectivamente). Embora não fosse um endpoint original do estudo, os eventos clínicos
(morte, IM ou revascularização em razão de piora da angina) ocorreram em 10 de 52 pacientes que
receberam tratamento convencional, em comparação com 2 de 48 que receberam ácido nicotínico
mais colestipol.
No HDL-Atherosclerosis Treatment Study (HATS), 160 pacientes com doença coronariana (DAC),
níveis baixos de HDL-C e normais de LDL-C foram distribuídos de modo randômico para um de
quatro tratamentos durante 3 anos: sinvastatina + ácido nicotínico de liberação prolongada, vitaminas
antioxidantes, sinvastatina + ácido nicotínico + antioxidantes, ou placebo. As doses médias diárias de
sinvastatina e ácido nicotínico foram 13 mg e 2,4 g, respectivamente. No grupo que recebeu
sinvastatina + ácido nicotínico, houve redução de 42% dos níveis de LDL-C e de 36% dos
triglicérides e aumento de 26% dos níveis de HDL-C. A estenose coronariana progrediu 3,9%, em
média, com o placebo e regrediu 0,4% com sinvastatina + ácido nicotínico (p< 0,001). Os eventos
clínicos (composto pré-especificado de morte coronariana, IM, acidente vascular cerebral ou
revascularização em razão de piora da isquemia) foram em menor número no grupo que recebeu
sinvastatina + ácido nicotínico do que no grupo placebo no fim do estudo (1/38 versus 9/38,
respectivamente).
Estudos clínicos com CORDAPTIVE™
CORDAPTIVE™ é eficaz em uma ampla gama de populações de pacientes adultos com
hipercolesterolemia primária ou dislipidemia mista, independentemente de raça, sexo, níveis basais
de LDL-C, HDL-C e triglicérides, ou idade e em populações especiais, como pacientes com diabetes.
O laropipranto não tem efeito nos níveis lipídicos nem interfere nos efeitos do ácido nicotínico nos
lípides.
Um estudo multicêntrico, duplo-cego, controlado com placebo, com 24 semanas de duração foi
conduzido para avaliar a eficácia modificadora dos níveis lipídicos de CORDAPTIVE™ 2 g/40 mg em
relação ao placebo (veja Tabela 1) e o perfil de flushing de CORDAPTIVE™ em comparação com o
ácido nicotínico LP (veja REAÇÕES ADVERSAS). Um total de 1.613 pacientes com
hipercolesterolemia primária ou dislipidemia mista foram distribuídos de modo randômico para
CORDAPTIVE™ 1 g/20 mg, ácido nicotínico LP 1 g ou placebo durante 4 semanas e, a seguir,
passaram a receber diretamente CORDAPTIVE™ 2 g/40 mg, ácido nicotínico LP 2 g e placebo,
respectivamente, durante um período total de tratamento de 24 semanas. Aproximadamente 66% da
população do estudo estava recebendo vastatinas, em monoterapia ou associada a outros
tratamentos hipolipemiantes (exceto fibratos) durante o estudo. Os outros pacientes não estavam
recebendo tratamento hipolipemiante de base durante o estudo. Além disso, aproximadamente 35%
dos pacientes incluídos apresentavam DAC ou equivalentes de risco de DAC, incluindo diabetes.
CORDAPTIVE™ 2 g/40 mg, com ou sem vastatina, diminuiu significativamente os níveis de LDL-C,
triglicérides, LDL-C:HDL-C, colesterol não-HDL, apo B, colesterol total, Lp(a) e colesterol total:HDL-C
e aumentou significativamente os níveis de HDL-C e de apo A-I em comparação com o placebo (veja
Tabela 1). As respostas de LDL-C, HDL-C e triglicérides ajustadas para o placebo pareceram
maiores entre as mulheres do que entre os homens (-22,0%, 24,1%, -31,5% versus -16,2%, 17,2%,
-21,8%, respectivamente). As respostas de LDL-C, HDL-C e triglicérides ajustadas para o placebo
pareceram maiores entre os pacientes idosos (≥ 65 anos) em comparação com os pacientes mais
jovens (< 65 anos) (-22,5%, 24,9%, -29,4% versus -16,8%, 17,9%, -23,8%, respectivamente). Os
resultados de eficácia de CORDAPTIVE™ nos lípides ajustados para o placebo foram independentes
dos valores basais de triglicérides e HDL-C (veja Tabela 2) e de LDL-C.
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Tabela 1. Resposta à Adição de CORDAPTIVE™ em Pacientes com
Hipercolesterolemia Primária ou Dislipidemia Mista
Tratamento
Alteração Percentual Média em Relação ao Período Basal*
LDL-C
HDL-C
Triglicérides†
LDL-C:
HDL-C
C- não HDL
apo B
apo A-I
Lp(a)†
CT
CT:
HDL-C
Coorte Total‡
Semana 4
CORDAPTIVE™ 1 g/20 mg (n=
757)
-8,9
11,0
-13,8
-16,4
-10,0
-10,1
4,9
-16,7
-4,0
-12,2
Placebo (n= 265)
2,7
-0,6
0,0
4,5
1,9
0,9
2,0
-4,8
0,4
2,0
CORDAPTIVE™ 2 g/40 mg¶
(n= 696)
-18,9
18,8
-21,7
-28,9
-19,0
-16,4
11,2
-17,6
-9,2
-21,2
Placebo (n= 257)
-0,5
-1,2
3,6
2,3
0,8
2,5
4,3
1,1
-0,6
1,9
§
Semanas 12-24
#
Pacientes em tratamento com vastatina
Semana 4
CORDAPTIVE™ 1 g/20 mg (n=
506)
-8,7
12,0
-13,2
-17,3
-10,0
-10,1
5,0
-14,9
-2,9
-12,3
Placebo (n= 175)
3,6
-0,3
-3,6
5,1
2,5
1,3
1,3
-5,9
0,9
2,2
-17,6
19,4
-21,0
-27,3
-18,0
-15,3
11,1
-16,7
-7,1
-19,4
1,3
-0,9
2,4
4,3
2,0
3,1
3,9
3,0
0,4
2,8
Semanas 12-24§
CORDAPTIVE™ 2 g/40 mg¶
(n= 469)
Placebo (n= 172)
Pacientes sem vastatina
Semana 4
CORDAPTIVE™ 1 g/20 mg (n=
251)
-10,3
10,4
-15,1
-16,9
-10,4
-10,8
4,7
-18,3
-5,4
-12,8
Placebo (n= 90)
-0,1
0,1
1,4
1,3
0,1
-0,7
3,4
-2,9
-0,1
1,0
CORDAPTIVE™ 2 g/40 mg¶
(n= 227)
-20,8
18,8
-21,8
-31,1
-20,8
-18,4
11,1
-20,0
-11,8
-23,9
Placebo (n= 85)
-3,5
-0,6
7,7
-1,1
-1,5
1,2
4,7
0,0
-1,4
0,6
Semanas 12-24§
* Média dos quadrados mínimos para todos os parâmetros com exceção de triglicérides e Lp(a)
†
Alteração % mediana em relação ao período basal para triglicérides e Lp(a)
‡
LDL-C médio no período basal de 113,5 mg/dL, HDL-C médio no período basal de 50,8 mg/dL e triglicérides medianos no período basal de 127,0 mg/dL
§
Média dos valores das semanas 12-24 (endpoint do estudo)
¶
Diferenças significativas entre CORDAPTIVE™ 2 g/40 mg e placebo (p<0,001) para todos os parâmetros lipídicos mostrados.
#
Pacientes em tratamento com vastatinas: 29% atorvastatina, 54% sinvastatina, 17% outras vastatinas (pravastatina, fluvastatina, rosuvastatina, lovastatina); desses,
9% estavam tomando ezetimiba.
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Tabela 2. Resposta a CORDAPTIVE™ em Pacientes com Níveis de Triglicérides <150 mg/dL e ≥150 mg/dL e
com Níveis Baixos de HDL-C no Período Basal
Alteração Percentual Média em Relação ao Período Basal
Tratamento
LDL-C
HDL-C
Triglicérides*
LDL:HDL
C- não HDL
apo B
apo A-I
Lp(a)*
CT
CT:HDL
Pacientes com Níveis de Triglicérides no Período Basal <150 mg/dL (níveis medianos de triglicérides no período basal de
103 mg/dL)
Semanas 12-24†
CORDAPTIVE™ 2 g/40 mg (n=
431)
-19,2
17,4
-15,4
-29,1
-18,0
-14,7
10,6
-19,3
-7,8
-19,9
Placebo (n= 166)
-1,4
-1,4
10,1
1,1
0,5
2,6
3,6
2,6
-0,4
1,9
Pacientes com Níveis de Triglicérides no Período Basal ≥150 mg/dL (níveis medianos de triglicérides no período basal de
199 mg/dL)
Semanas 12-24†
CORDAPTIVE™ 2 g/40 mg
(n=265)
Placebo (n=91)
-16,1
21,4
-35,2
-28,4
-21,2
-19,3
8,6
-16,7
-10,0
-23,6
3,7
-0,8
-5,6
5,1
1,1
2,4
1,6
0,0
0,3
1,9
Pacientes com Níveis Baixos de HDL-C no Período Basal (homens <40 mg/dL; mulheres <50 mg/dL) (níveis médios de HDL-C no
período basal de 37,6 mg/dL)
Semanas 12-24†
-22,9
CORDAPTIVE™ 2 g/40 mg (n=
202)
Placebo (n= 74)
-13,1
23,6
-26,5
-28,5
-17,7
-14,9
11,9
-12,0
-6,4
3,5
2,8
3,9
1,7
2,7
4,4
3,4
5,8
2,5
* Alteração % mediana em relação ao período basal para triglicérides e Lp(a)
Média dos valores das semanas 12-24 (endpoint do estudo)
†
Um estudo multicêntrico, duplo-cego, fatorial de 12 semanas foi conduzido para avaliar a eficácia
hipolipemiante de CORDAPTIVE™ 2 g/40 mg co-administrado com sinvastatina em relação à
monoterapia com CORDAPTIVE™ 2 g/40 mg ou sinvastatina. Os pacientes (N= 1.398) com
hipercolesterolemia primária ou dislipidemia mista descontinuaram os tratamentos anteriores e foram
subseqüentemente distribuídos de modo randômico igualmente para um de 7 braços de tratamento:
CORDAPTIVE™ 1 g/20 mg co-administrado com sinvastatina 10, 20 ou 40 mg, CORDAPTIVE™
1 g/20 mg em monoterapia ou sinvastatina 10, 20 ou 40 mg em monoterapia, durante 4 semanas. As
doses dos medicamentos foram então duplicadas em todos os braços de tratamento por mais 8
semanas (exceto no braço da sinvastatina 40 mg que não foi alterado e no braço de CORDAPTIVE™
1 g/20 mg + sinvastatina 40 mg no qual foi feita a titulação para CORDAPTIVE™ 2 g/40 mg +
sinvastatina 40 mg) (veja Tabela 3).
CORDAPTIVE™ 2 g/40 mg co-administrado com sinvastatina reduziu significativamente os níveis de
LDL-C, triglicérides, LDL-C:HDL-C, colesterol não-HDL, apo B, colesterol total, e colesterol total:HDLC e aumentou significativamente os níveis de HDL-C em comparação com CORDAPTIVE™
2 g/40 mg ou sinvastatina (todas as doses). Uma análise adicional mostrou que CORDAPTIVE™
2 g/40 mg co-administrado com sinvastatina aumentou significativamente os níveis de apo A-I e
diminuiu significativamente os de Lp(a) em comparação com a sinvastatina em monoterapia (veja
Tabela 3).
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0,9
Tabela 3. Estudo Fatorial
Resposta a CORDAPTIVE™ + Sinvastatina vs. Sinvastatina ou CORDAPTIVE™ em Pacientes com
Hipercolesterolemia Primária ou Dislipidemia Mista
Alteração Percentual Média em Relação ao Período Basal*
N
LDL-C
HDL-C
Triglicérides†
LDL-C:
HDL-C
C- não
HDL
apo B
apo A-I
Lp(a)†
CT
CT:
HDL-C
CORDAPTIVE™
1 g/20 mg + sinvastatina
(Todas as doses
10/20/40 mg)
583
-44,2‡
19,2‡
-25,8‡
-51,7‡
-41,3‡
-36,9‡
6,7‡
-12,2§
-27,9‡
-38,0‡
Sinvastatina
(Todas as doses
10/20/40 mg)
583
-37,4
4,2
-15,7
-39,5
-34,0
-29,9
1,2
0,0
-25,8
-28,0
CORDAPTIVE™
1 g/20 mg
190
-8,2
12,5
-18,7
-17,1
-9,5
-9,3
3,0
-14,3
-4,9
-14,1
CORDAPTIVE™
2 g/40 mg + sinvastatina
(Todas as doses
20/40 mg)
520
-47,9‡
27,5‡
-33,3‡
-57,1‡
-45,8‡
-41,0‡
8,6§
-19,8§
-29,6‡
-43,0‡
Sinvastatina
(Todas as doses
20/40 mg)
565
-37,0
6,0
-14,7
-39,8
-33,4
-28,8
2,3
0,0
-24,9
-28,0
CORDAPTIVE™
2 g/40 mg
160
-17,0
23,4
-21,6
-31,2
-18,1
-17,1
8,2
-25,0
-9,1
-24,9
Semana 4
Semana 12
CORDAPTIVE™ 2 g/40 mg + sinvastatina por dose
2 g/40 mg + 20 mg
168
-45,7
27,7
-30,9
-55,3
-43,9
-39,8
9,3
-22,9
-28,5
-42,0
2 g/40 mg + 40 mg
352
-48,9
27,4
-33,6
-58,0
-46,7
-41,5
8,2
-18,4
-30,2
-43,4
20 mg
188
-34,7
4,2
-13,4
-36,3
-31,2
-25,9
1,6
0,0
-23,4
-25,1
40 mg
377
-38,2
6,8
-15,1
-41,5
-34,6
-30,2
2,7
0,0
-25,6
-29,4
Sinvastatina por dose
* Média dos quadrados mínimos para todos os parâmetros com exceção de triglicérides e Lp(a)
†
Alteração % mediana em relação ao período basal para triglicérides e Lp(a)
‡
Significativo (p<0,05) em relação à monoterapia com CORDAPTIVE™ ou sinvastatina
§
Significativo (p<0,05) em relação à monoterapia com sinvastatina
INDICAÇÕES
•
•
1
CORDAPTIVE™ é indicado para ser utilizado em monoterapia ou em combinação com inibidores
da HMG-CoA redutase como adjuvante à dieta para reduzir os níveis de LDL-C, triglicérides
(TG), razão LDL-C:HDL-C, colesterol não-HDL, apolipoproteína B (apo B) e para aumentar os
níveis de HDL-C e apolipoproteína A-I (apo A-I) em pacientes com hipercolesterolemia primária
(Fredrickson tipo IIa1, heterozigótica familiar e não-familiar) ou dislipidemia mista (Fredrickson
tipo IIb1).
Em pacientes com histórico de infarto do miocárdio (IM) ou doença coronariana (DAC), o ácido
nicotínico é indicado para reduzir o risco de recorrência de IM não-fatal.
Classificação das Hiperlipoproteinemias
Tipo
I (rara)
IIa
IIb
III (rara)
IV
V (rara)
Lipoproteínas
elevadas
quilomícrons
LDL
LDL, VLDL
IDL
VLDL
quilomícrons, VLDL
Elevações
Lipídicas
maiores
menores
TG
↑→C
C
—
C
TG
C/TG
—
TG
↑→C
TG
↑→C
C= colesterol, TG= triglicérides, LDL= lipoproteína de baixa densidade, VLDL= lipoproteína de muito baixa densidade,
IDL= lipoproteína de densidade intermediária.
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•
•
•
Em pacientes com dislipidemia, o ácido nicotínico com um inibidor da HMG-CoA redutase ou um
seqüestrante de ácido biliar é indicado para retardar a progressão ou promover a regressão da
aterosclerose.
O ácido nicotínico, em monoterapia ou em combinação com um seqüestrante de ácido biliar, é
indicado como adjuvante à dieta para redução dos níveis elevados de colesterol total e de LDLcolesterol em pacientes com hipercolesterolemia (tipos IIa e IIb)1 quando a resposta a uma dieta
restritiva de gordura saturada e colesterol e outras medidas não-farmacológicas isoladamente
tenha sido inadequada.
O ácido nicotínico também é indicado como tratamento adjuvante para pacientes adultos com
níveis séricos muito elevados de triglicérides (hiperlipidemia tipos IV e V1) com risco de
pancreatite e que não respondem de forma adequada à dieta. Esses pacientes geralmente
apresentam níveis séricos de triglicérides acima de 2.000 mg/dL e elevações nos níveis de
lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL)-colesterol bem como quilomícrons de jejum
1
(hiperlipidemia tipo V ). É pouco provável que indivíduos que apresentem de forma contínua
níveis séricos totais ou plasmáticos de triglicérides abaixo de 1.000 mg/dL desenvolvam
pancreatite. O tratamento com ácido nicotínico pode ser considerado para indivíduos com níveis
de triglicérides entre 1.000 e 2.000 mg/dL com histórico de pancreatite ou de dor abdominal
recorrente típica de pancreatite. Alguns pacientes com hiperlipoproteinemia tipo IV e triglicérides
abaixo de 1.000 mg/dL podem, em razão de exagero nutricional ou alcoólico, passar para um
padrão tipo V, com elevações mássicas nos níveis de triglicérides e quilomicronemia de jejum,
porém a influência do tratamento com ácido nicotínico no risco de pancreatite nessas situações
não foi adequadamente estudada. O tratamento medicamentoso não é indicado para pacientes
com hiperlipoproteinemia tipo I, cujos níveis de quilomícrons e triglicérides plasmáticos são altos,
mas que apresentam níveis normais de VLDL. A inspeção do plasma refrigerado por 14 horas é
útil na diferenciação dos tipos I, IV e V de hiperlipoproteinemia.
CONTRA-INDICAÇÕES
•
•
•
•
Hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos excipientes.
Disfunção hepática significativa ou inexplicada.
Úlcera péptica ativa.
Sangramento arterial.
MODO DE USO E CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO APÓS A EMBALAGEM ABERTA
Conservar em temperatura entre 15°C e 30°C. Armazenar na embalagem original até o momento de
uso. Proteger da luz e umidade.
POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO
CORDAPTIVE™ deve ser tomado com alimentos à noite ou ao deitar. A dose inicial é de um
comprimido (1 g/20 mg) uma vez ao dia. Após quatro semanas, recomenda-se que os pacientes
passem a tomar a dose de manutenção de 2 g/40 mg, na forma de dois comprimidos de 1 g/20 mg
uma vez ao dia. Doses diárias maiores que 2 g/40 mg não foram estudadas e, portanto, não são
recomendadas.
CORDAPTIVE™ deve ser tomado inteiro. O comprimido não deve ser dividido, quebrado, triturado ou
mastigado antes de engolido. Para reduzir a possibilidade de flushing, deve-se evitar o consumo de
bebidas alcoólicas ou quentes no momento da ingestão do medicamento.
Se CORDAPTIVE™ não for tomado por <7 dias consecutivos, os pacientes poderão reiniciar o
tratamento com a última dose administrada. Se CORDAPTIVE™ não for tomado por ≥7 dias
consecutivos, o tratamento deve ser reinstituído com a dose de 1 g/20 mg durante 1 semana, antes
de avançar para a dose de manutenção de 2 g/40 mg.
Pacientes que estavam tomando 2 g ou mais de outro ácido nicotínico de liberação modificada
podem iniciar CORDAPTIVE™ na dose de 2 g/40 mg. Pacientes que estavam tomando menos de 2 g
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de outro ácido nicotínico de liberação modificada devem iniciar CORDAPTIVE™ na dose inicial de
1 g/20 mg. Pacientes que estavam tomando ácido nicotínico de liberação imediata devem iniciar o
tratamento com CORDAPTIVE™ na dose de 1 g/20 mg e passar para a dose de manutenção de
2 g/40 mg após quatro semanas.
Uso em pacientes idosos
Não é necessário ajuste posológico para pacientes idosos.
Uso em pacientes pediátricos
A segurança e a eficácia de CORDAPTIVE™ em pacientes pediátricos não foram estabelecidas.
Portanto, o tratamento com CORDAPTIVE™ não é recomendado.
Uso em pacientes com insuficiência hepática ou renal
O uso de CORDAPTIVE™ em pacientes com insuficiência hepática ou renal não foi estudado. A
exemplo de outros produtos a base de ácido nicotínico, CORDAPTIVE™ é contra-indicado para
pacientes com disfunção hepática significativa ou inexplicada. CORDAPTIVE™ deve ser utilizado
com cautela em pacientes com insuficiência renal, porque o ácido nicotínico e seus metabólitos são
excretados principalmente pelos rins (veja CONTRA-INDICAÇÕES; ADVERTÊNCIAS;
FARMACOLOGIA CLÍNICA).
Tratamento concomitante
CORDAPTIVE™ pode ser administrado com um inibidor da HMG-CoA redutase (vastatina) para
efeito hipolipemiante adicional (veja ADVERTÊNCIAS e RESULTADOS DE EFICÁCIA). Em um
estudo clínico, 1.072 pacientes que recebiam CORDAPTIVE™, ácido nicotínico LP ou placebo
também utilizavam vastatinas (29% atorvastatina, 54% sinvastatina, 17% outras vastatinas
[pravastatina, fluvastatina, rosuvastatina, lovastatina]); desses, 9% também estavam tomando
ezetimiba (veja RESULTADOS DE EFICÁCIA).
O ácido acetilsalicílico não proporciona redução adicional do flushing além da obtida por
CORDAPTIVE™. Portanto, o tratamento com ácido acetilsalicílico para aliviar os sintomas de flushing
não é necessário (veja FARMACOLOGIA CLÍNICA, Farmacodinâmica).
Uma vez que a co-administração de seqüestrantes de ácidos biliares pode reduzir a
biodisponibilidade de fármacos acídicos, como o ácido nicotínico, recomenda-se que
CORDAPTIVE™ seja administrado >1 hora antes ou >4 horas após a administração de um
seqüestrante de ácido biliar.
ADVERTÊNCIAS
Efeitos hepáticos
A troca de ácido nicotínico de liberação imediata (cristalino) para CORDAPTIVE™ não foi
estudada. No entanto, ocorreram casos de toxicidade hepática grave, incluindo necrose
hepática fulminante, em pacientes que passaram a utilizar ácido nicotínico de liberação
contínua (liberação modificada, liberação controlada) no lugar de ácido nicotínico de liberação
imediata em doses equivalentes. Portanto, os pacientes que passarem a utilizar CORDAPTIVE™
no lugar de ácido nicotínico de liberação imediata devem iniciar o tratamento com a dose de
1 g/20 mg (veja POSOLOGIA e ADMINISTRAÇÃO).
CORDAPTIVE™ deve ser utilizado com cautela em pacientes que consomem quantidades
substanciais de álcool e/ou tenham histórico de doença hepática. Disfunção hepática significativa ou
inexplicada é uma contra-indicação para o uso de CORDAPTIVE™.
A exemplo do que ocorre com outros medicamentos hipolipemiantes, os produtos que contêm ácido
nicotínico foram associados a testes de função hepática anormais. Nos estudos clínicos, que
envolveram 2.548 pacientes distribuídos de modo randômico para receber CORDAPTIVE™ durante
12 a 52 semanas (8 a 48 semanas com a dose de 2 g/40 mg), a incidência global de elevações
consecutivas (≥3X o limite superior da normalidade [LSN]) de ALT e/ou AST foi de 1,0% e não foi
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significativamente diferente do ácido nicotínico (formulações de liberação prolongada agrupadas) ou
de placebo/sinvastatina agrupados (0,5% e 0,9%, respectivamente). As elevações de transaminase
foram reversíveis com a descontinuação de CORDAPTIVE™.
Recomenda-se a realização de testes de função hepática antes do início do tratamento, a cada 6 a
12 semanas durante o primeiro ano e, a seguir, periodicamente (por exemplo, semestralmente). Os
pacientes que desenvolvem níveis elevados de transaminase devem ser monitorados até que as
anormalidades tenham cessado. Caso persista aumento dos níveis de ALT ou AST ≥3X LSN,
recomenda-se redução da dose ou descontinuação de CORDAPTIVE™.
Efeito na musculatura esquelética
Raros casos de rabdomiólise foram associados à administração concomitante de ácido nicotínico em
doses modificadoras de lípides (≥1 g/dia) e inibidores da HMG-CoA redutase (vastatinas). Nos
estudos clínicos, não houve excesso de casos de miopatia ou rabdomiólise associados a
CORDAPTIVE™ em comparação com o braço de controle correspondente (placebo ou vastatina
apenas). Nos estudos clínicos, que envolveram 2.548 pacientes distribuídos de modo randômico para
receber CORDAPTIVE™ durante 12 a 52 semanas (8 a 48 semanas com a dose de 2 g/40 mg; 1.601
pacientes também estavam tomando vastatinas), a incidência global de creatina quinase (CK) ≥10X
LSN foi de 0,3% e não foi significativamente diferente da observada nos grupos que receberam ácido
nicotínico (formulações de liberação prolongada agrupadas) ou placebo/sinvastatina agrupados
(0,2% e 0,2%, respectivamente).
Os médicos que estiverem considerando o tratamento combinado de vastatinas e CORDAPTIVE™
devem pesar cuidadosamente os benefícios e os riscos potenciais e monitorar cuidadosamente os
pacientes em relação a quaisquer sinais e sintomas de dor, sensibilidade ou fraqueza muscular,
particularmente durante os primeiros meses de tratamento e quando a dose de cada fármaco for
aumentada. Nessas situações devem ser consideradas avaliações periódicas de CK sérica, porém
não há garantia de que esse monitoramento evitará a ocorrência de miopatia grave.
Disfunção renal
Uma vez que o ácido nicotínico e seus metabólitos são excretados pelos rins, CORDAPTIVE™ deve
ser utilizado com cautela em pacientes com disfunção renal.
Efeito sobre a glicose
As preparações de ácido nicotínico foram associadas a aumentos da glicemia de jejum. Em um
estudo clínico de 24 semanas, o aumento mediano da glicemia no fim do tratamento foi de 4 mg/dL
em pacientes expostos a CORDAPTIVE™ (n= 798) ou ácido nicotínico LP (n= 541). Os aumentos
medianos de HbA1c observados em pacientes com diabetes que receberam CORDAPTIVE™ (n=
136) ou ácido nicotínico LP (n= 78) foram de 0,2% e 0,1%, respectivamente (a modificação do
tratamento antidiabético foi permitida). Os pacientes com diabetes ou com intolerância à glicose
devem ser observados com atenção. Pode ser necessário ajuste da dieta e/ou do tratamento
antidiabético.
Síndrome coronariana aguda
A exemplo de outros produtos que contêm ácido nicotínico, deve-se ter cuidado quando
CORDAPTIVE™ for utilizado em pacientes com angina instável ou na fase aguda de um IM,
particularmente quando esses pacientes também estiverem recebendo medicamentos vasoativos,
tais como nitratos, bloqueadores dos canais de cálcio ou bloqueadores adrenérgicos.
Efeitos hematológicos
A exemplo de outros produtos que contêm ácido nicotínico, CORDAPTIVE™ foi associado a
pequenas reduções na contagem de plaquetas. A alteração percentual média em relação ao período
basal relatada em um estudo clínico com CORDAPTIVE™ 2 g/40 mg foi de -14,0% na 24a semana.
CORDAPTIVE™ não foi associado a aumento do tempo de protrombina (veja FARMACOLOGIA
CLÍNICA, Farmacodinâmica). Contudo, os pacientes que tiverem de ser submetidos a cirurgia devem
ser cuidadosamente avaliados.
Efeito no ácido úrico
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A exemplo de outros produtos que contêm ácido nicotínico, CORDAPTIVE™ foi associado a
pequenos aumentos dos níveis de ácido úrico. A alteração percentual média em relação ao período
basal relatada em um estudo clínico com CORDAPTIVE™ 2 g/40 mg foi de +14,7% na 24a semana.
Portanto, CORDAPTIVE™ deve ser utilizado com cuidado em pacientes com gota ou predispostos a
gota.
Uso durante a gravidez e amamentação
Categoria de risco: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
CORDAPTIVE™
Não foram conduzidos estudos de reprodução animal com CORDAPTIVE™. Não se sabe se
CORDAPTIVE™ pode causar dano fetal quando administrado a mulheres grávidas ou se pode afetar
a capacidade reprodutiva. CORDAPTIVE™ deve ser administrado a mulheres grávidas apenas se
claramente necessário.
Ácido nicotínico
Não foram conduzidos estudos de reprodução e desenvolvimento animal com o ácido nicotínico.
Laropipranto
O laropipranto não foi teratogênico em ratas com doses de até 100 mg/kg/dia ou em coelhas com
doses de até 125 mg/kg/dia (153 e 438 vezes a exposição humana com base na AUC da dose diária
de laropipranto em dois comprimidos de CORDAPTIVE™ recomendada para humanos adultos).
Foram observadas discretas reduções no ganho de peso materno e no peso corporal fetal, discretos
aumentos na mortalidade da prole, aumento da incidência de costelas excedentes e ossificação
incompleta do esterno embrionário com doses orais de 400 mg/kg/dia em ratas (513 vezes a
exposição em humanos com base na AUC da dose diária de laropipranto em dois comprimidos de
CORDAPTIVE™ recomendada para humanos adultos).
Amamentação
Uma vez que muitos medicamentos são excretados no leite humano, deve-se ter cautela quando
CORDAPTIVE™ for administrado a nutrizes. Não foram conduzidos estudos com CORDAPTIVE™
em animais lactantes. Foi relatado que o ácido nicotínico é excretado no leite materno, porém não se
sabe se o laropipranto é excretado no leite humano. Estudos em ratas mostraram que o laropipranto
é secretado no leite.
USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO
Uso pediátrico
A segurança e a eficácia de CORDAPTIVE™ em pacientes pediátricos não foram estabelecidas.
Uso em idosos
Nos estudos clínicos que envolveram 2.548 pacientes, a segurança de CORDAPTIVE™ em idosos (≥
65 anos, n= 662) foi comparável à observada em pacientes mais jovens (< 65 anos, n= 1.886). Não é
necessário ajuste posológico para pacientes idosos. As respostas ajustadas para o placebo nos
níveis de LDL-C, HDL-C e triglicérides pareceram maiores em idosos (veja RESULTADOS DE
EFICÁCIA).
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Ácido nicotínico
Efeitos do ácido nicotínico sobre outros medicamentos
Terapia Anti-hipertensiva: o ácido nicotínico pode potencializar os efeitos de agentes bloqueadores
ganglionares e de medicamentos vasoativos, resultando em hipotensão postural.
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Inibidores da HMG-CoA Redutase: (veja ADVERTÊNCIAS, Efeito na musculatura esquelética).
Citocromo P450 (CIP): nos estudos in vitro, o ácido nicotínico e seus metabólitos (ácido nicotinúrico,
metil nicotinamida e 1-metil-2-piridona-5-carboxamida) não inibiram as reações mediadas pelas
isoenzimas do citocromo P450 CIP1A2, CIP2B6, CIP2C9, CIP2C19, CIP2D6, CIP2E1 ou CIP3A4 ou
a 3-glicuronidação do estradiol mediada pela UGT1A1.
Efeitos de outros medicamentos sobre o ácido nicotínico
Seqüestrantes de ácidos biliares: uma vez que a co-administração de seqüestrantes de ácidos
biliares pode reduzir a biodisponibilidade de compostos acídicos, como o ácido nicotínico,
recomenda-se que CORDAPTIVE™ seja administrado >1 hora antes ou >4 horas depois da
administração de um seqüestrante de ácidos biliares.
Suplementos que contenham ácido nicotínico: vitaminas ou outros suplementos nutricionais que
contenham grandes doses de ácido nicotínico (niacina ou nicotinamida) não foram estudados com
CORDAPTIVE™. Os médicos devem levar em consideração a ingestão de ácido nicotínico a partir
de suplementos vitamínicos e nutricionais ao prescreverem CORDAPTIVE™.
Interações fármaco/exame laboratorial: o ácido nicotínico pode dar reações falso-positivas para a
glicosúria com a solução de sulfato de cobre (reagente de Benedict).
Laropipranto
Efeitos do laropipranto sobre outros medicamentos
Midazolam: doses múltiplas de laropipranto não afetaram a farmacocinética do midazolam, um
substrato sensível da CIP3A4. Portanto, o laropipranto não é um indutor ou inibidor da CIP3A4.
Embora o laropipranto não tenha afetado a farmacocinética do midazolam por meio da CIP3A4, a
concentração plasmática de um metabólito do midazolam, 1'hidroximidazolam, aumentou
aproximadamente 2 vezes com doses múltiplas de laropipranto. Como esse metabólito é ativo, a
atividade farmacodinâmica do midazolam pode ser aumentada e deve-se ter cautela quando o
laropipranto for co-administrado com o midazolam.
Outros medicamentos: o 1'hidroximidazolam é metabolizado predominantemente pelas uridina
difosfato-glicuronosiltransferases (UGT) 2B4 e 2B7. Estudos clínicos e estudos in vitro sustentam que
o laropipranto é um inibidor leve a moderado das UGT2B4/UGT2B7. Essa via metabólica é utilizada
de forma predominante por muito poucos fármacos. Embora as interações com estes medicamentos
sejam geralmente de magnitude <2 vezes, deve-se ter cautela ao co-administrar CORDAPTIVE™ e
medicamentos metabolizados predominantemente pela UGT2B4 ou pela UGT2B7 (por exemplo,
azidotimidina [AZT]).
Nos estudos de interação medicamentosa, o laropipranto não exerceu efeitos clinicamente
significativos na farmacocinética dos seguintes fármacos: sinvastatina, varfarina, anticoncepcionais
orais, rosiglitazona e digoxina. Com base nestes dados, não se espera que o laropipranto cause
interações medicamentosas com substratos das isozimas CIP 3A4, 2C9, 2C8 e p-glicoproteína
humana. Nos estudos in vitro, o laropipranto não inibiu as reações mediadas pelas isoenzimas
CIP1A2, CIP2B6, CIP2C19, CIP2D6, ou CIP2E1.
Clopidogrel: em um estudo clínico, não houve efeito significativo do laropipranto na inibição da
agregação plaquetária induzida por ADP, mas houve modesto aumento da inibição da agregação
plaquetária induzida por colágeno pelo clopidogrel. A importância clínica dessas observações é
desconhecida. Não foi conduzido estudo clínico de laropipranto administrado com ácido
acetilsalicílico e clopidogrel. No entanto, o laropipranto não alterou o efeito antiagregante plaquetário
do ácido acetilsalicílico (veja FARMACOLOGIA CLÍNICA, Farmacodinâmica, Efeitos na função
plaquetária). Portanto, não se espera que o laropipranto exerça efeito aditivo nas plaquetas em
pacientes que estejam tomando ácido acetilsalicílico e clopidogrel.
Ácido acetilsalicílico: em um estudo clínico, a co-administração de laropipranto e ácido acetilsalicílico
não exerceu efeito na agregação plaquetária induzida pelo colágeno ou no tempo de sangramento
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em comparação com o tratamento com ácido acetilsalicílico isoladamente (veja FARMACOLOGIA
CLÍNICA, Farmacodinâmica, Efeitos na função plaquetária).
Efeitos de outros medicamentos sobre o laropipranto
Inibidores da CIP3A4: a claritromicina (potente inibidor da CIP3A4) não exerceu efeito clinicamente
significativo na farmacocinética do laropipranto. Portanto, não se espera que inibidores da CIP3A4
tenham impacto clinicamente significativo na farmacocinética do laropipranto.
REAÇÕES ADVERSAS
Experiência nos estudos clínicos
CORDAPTIVE™ é geralmente bem tolerado. As reações adversas foram, em geral, leves e
transitórias.
Flushing
Flushing, mais acentuado na cabeça, pescoço e parte superior do tronco, é a reação adversa mais
comum de CORDAPTIVE™.
Em uma análise combinada de quatro estudos clínicos controlados por agente ativo ou placebo (N=
2.548), os pesquisadores relataram flushing como uma reação adversa possível, provável ou
definitivamente relacionada ao medicamento em 12,3% dos pacientes que receberam
CORDAPTIVE™. Nesses estudos, a porcentagem de pacientes em uso de CORDAPTIVE™, ácido
nicotínico (formulações de liberação prolongada agrupadas) ou placebo/sinvastatina (agrupados) que
descontinuaram em razão de sintomas relacionados ao flushing (vermelhidão, calor, prurido e
formigamento) foi de 7,2%, 16,6% e 0,4%, respectivamente. As descontinuações por outras reações
adversas específicas entre os pacientes tomando CORDAPTIVE™ foram raras (<1%).
O flushing foi um endpoint primário em dois estudos clínicos de grande porte. Um estudo avaliou um
composto de sintomas de flushing (vermelhidão, calor, prurido e formigamento) relatados pelos
pacientes com a utilização de um diário eletrônico. Nesse estudo de 24 semanas, controlado com
placebo, os pacientes registraram a gravidade dos sintomas de flushing associados a
CORDAPTIVE™ (1 g/20 mg ao dia da 1a a 4ª semana; 2 g/40 mg ao dia da 5a a 24a semana), ácido
nicotínico LP (1 g ao dia da 1a a 4ª semana; 2 g ao dia da 5a a 24a semana) ou placebo (1a a 24a
semana). Os pacientes que receberam CORDAPTIVE™ apresentaram significativamente menos
flushing em comparação com o ácido nicotínico LP na primeira semana de tratamento (veja Tabela 4)
e durante o estudo de 24 semanas (veja Figura 1). Com a titulação da dose de CORDAPTIVE™ para
2 g/40 mg e do ácido nicotínico LP para a dose de 2 g na 5a semana, houve aumento transitório na
incidência (Figura 1, painel A) e freqüência (Figura 1, painel B) de flushing de gravidade moderada ou
maior. Entre os pacientes que continuaram no estudo, a incidência e a freqüência de flushing
moderado ou mais intenso entre os pacientes que recebiam CORDAPTIVE™ declinou e se
aproximou da observada entre os pacientes que recebiam placebo, ao passo que entre os pacientes
que recebiam ácido nicotínico LP, a incidência e a freqüência de flushing permaneceram constantes
a
(após a 6 semana) (veja Figura 1).
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Tabela 4. Porcentagem de Pacientes Com Sintomas de Flushing com
CORDAPTIVE™ vs. Ácido Nicotínico LP no Início (1a Semana)
Sintomas Máximos de Flushing no Início (1a Semana)
Grupo de Tratamento
Ácido nicotínico LP* 1 g
(N= 529)
CORDAPTIVE™
1 g/20 mg (N= 781)
Placebo (N= 262)
Nenhum ou
Leve
%
44,0
Moderado
Intenso
Extremo
%
22,7
%
25,5
%
7,8
68,9
17,4
10,2
3,5
93,9
5,7
0,4
0,0
* componente ácido nicotínico LP de CORDAPTIVE™
Figura 1
Painel A. Porcentagem de Pacientes com Sintomas de Flushing
Moderado ou Mais Intenso* Durante as Semanas 1-24
Painel B. Número Médio de Dias por Semana com Sintomas de
Flushing Moderado ou Mais Intenso* Durante as Semanas 1-24
60
2
40
30
20
10
Number of Days per Week
Número de dias por semana
Porcentagem de pacientes
Percentage of Patients
50
1
0
0
0 1 2 3 4 5† 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
0 1 2 3 4 5† 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Semanas
deon
tratamento
Weeks
Treatment
Weeks de
on tratamento
Treatment
Semanas
● CORDAPTIVE™ ▲ ácido nicotínico LP ○ Placebo
* Inclui pacientes com sintomas de flushing moderado, intenso ou extremo
†
Aumento da Dose na 5a Semana
O flushing também foi um endpoint primário em um estudo de 16 semanas que comparou
CORDAPTIVE™ (esquema posológico de uma etapa de 1 g/20 mg durante 4 semanas titulado para
2 g/40 mg durante 12 semanas) e ácido nicotínico de liberação prolongada (produto de outro
fabricante) (titulação de 12 semanas em várias etapas, partindo de 0,5 g durante 4 semanas com
incrementos de 0,5 g a cada 4 semanas até atingir 2 g nas últimas 4 semanas). Foi permitido aos
dois grupos optar pelo uso de ácido acetilsalicílico para diminuir o flushing. Os pacientes em uso de
CORDAPTIVE™ apresentaram número significativamente menor de dias por semana com flushing
moderado ou maior ao longo de todo o estudo de 16 semanas (p< 0,001).
Reações adversas globais com CORDAPTIVE™
Nos estudos clínicos controlados, além de flushing, foram observadas as seguintes reações adversas
(possível, provável ou definitivamente relacionadas ao medicamento de acordo com o pesquisador)
em ≥1% dos pacientes que receberam CORDAPTIVE™ durante até um ano (com ou sem vastatina):
Distúrbios gastrintestinais: diarréia, dispepsia, náuseas, vômitos
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Distúrbios gerais e reações no local da administração: sensação de calor
Distúrbios do sistema nervoso: tontura, cefaléia, parestesia
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: eritema, prurido, erupção cutânea, urticária
Reações de hipersensibilidade: foi relatada uma reação de hipersensibilidade aparente (<1%)
caracterizada por sintomas múltiplos que podem incluir: angioedema, prurido, eritema, parestesia,
perda da consciência, vômitos, urticária, flushing, dispnéia, náuseas, incontinência urinária e fecal,
suores frios, tremores, calafrios, aumento da pressão arterial, inchaço dos lábios, sensação de
queimação, erupção medicamentosa, artralgia, inchaço das pernas e taquicardia.
Exames laboratoriais
Aumentos acentuados e persistentes das transaminases séricas foram relatados raramente (veja
ADVERTÊNCIAS, Efeitos hepáticos). Nos estudos clínicos controlados, a incidência de elevações
clinicamente importantes das transaminases séricas (alanina aminotransferase (ALT) e/ou aspartato
aminotransferase (AST) ≥3X LSN, consecutivas) foi de 1,0% para os pacientes que receberam
CORDAPTIVE™ com ou sem vastatina. Essas elevações foram geralmente assintomáticas e
retornaram aos níveis basais após a descontinuação do tratamento ou com a sua continuidade.
Elevações clinicamente importantes de CK (≥10X LSN) foram observadas em 0,3% dos pacientes
que receberam CORDAPTIVE™ com ou sem vastatina (veja ADVERTÊNCIAS, Efeito na
musculatura esquelética).
Outros exames laboratoriais anormais relatados foram elevações dos níveis de desidrogenase
láctica, ácido úrico, bilirrubina total, amilase e glicemia de jejum e reduções do fósforo e da contagem
plaquetária (veja ADVERTÊNCIAS).
Experiência após a comercialização
Reações adversas relacionadas ao ácido nicotínico
As reações adversas a seguir, relacionadas ao ácido nicotínico, foram observadas nos estudos
clínicos ou após a comercialização com outros produtos contendo ácido nicotínico ou em <1% dos
pacientes que receberam CORDAPTIVE™ (ou o componente ácido nicotínico de CORDAPTIVE™)
nos estudos clínicos:
Distúrbios cardíacos: fibrilação atrial e outras arritmias cardíacas, palpitações, taquicardia
Distúrbios oculares: edema macular cistóide, ambliopia tóxica
Distúrbios gastrintestinais: dor abdominal, edema de boca, eructação, úlcera péptica
Distúrbios gerais e no local da administração: astenia, calafrios, edema de face, edema
generalizado, dor, edema periférico
Distúrbios hepatobiliares: icterícia
Distúrbios do sistema imunológico: angioedema, hipersensibilidade tipo I
Infecções e infestações: rinite
Distúrbios metabólicos e nutricionais: tolerância à glicose diminuída, gota
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo: fraqueza muscular, mialgia
Distúrbios do sistema nervoso: enxaqueca, síncope
Distúrbios psiquiátricos: ansiedade, insônia
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: dispnéia
Distúrbios do tecido cutâneo e subcutâneo: acantose nigricans, pele seca, hiperpigmentação,
erupção cutânea macular, sudorese (noturna ou suor frio), erupção cutânea vesicular
Distúrbios vasculares: hipotensão, hipotensão ortostática
ATENÇÃO: este é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e
segurança aceitáveis para comercialização, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem
ocorrer. Neste caso informe seu médico.
SUPERDOSE
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CORDAPTIVE™
No caso de superdose, é razoável empregar as medidas sintomáticas e de suporte usuais. Foram
relatados casos de superdose; a dose máxima de CORDAPTIVE™ tomada foi de 5 g/100 mg. Todos
os pacientes se recuperaram sem seqüelas.
Ácido nicotínico
No caso de superdose de ácido nicotínico, devem ser empregadas medidas de suporte.
Laropipranto
Nos estudos clínicos controlados que envolveram indivíduos saudáveis, doses únicas de até 900 mg
de laropipranto e doses múltiplas de até 450 mg 1x/dia durante 10 dias foram, em geral, bem
toleradas. Não há experiência com doses de laropipranto acima de 900 mg em humanos. Observouse prolongamento da agregação plaquetária induzida por colágeno em indivíduos que tomaram
doses múltiplas de 300 mg ou mais (veja FARMACOLOGIA CLÍNICA, Farmacodinâmica, Efeitos na
função plaquetária).
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de dirigir e operar máquinas. No
entanto, ao dirigir ou operar máquinas, deve-se levar em consideração que houve relato de tontura
(veja REAÇÕES ADVERSAS).
ARMAZENAMENTO
Conservar em temperatura entre 15°C e 30°C. Armazenar na embalagem original até o momento de
ser utilizado. Proteger da luz e umidade.
Não tome este medicamento após a expiração da data de validade impressa na embalagem.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
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DIZERES LEGAIS
Registro M.S.: 1.0029.0179
Farmacêutico Responsável: Fernando C. Lemos - CRF-SP no 16.243
Fabricado por:
MSD Technology Singapore Pte. Ltd.
21 Tuas South Avenue 6
637766 Singapore
Embalado por:
Merck Sharp & Dohme de México S.A. de C.V.
Av. División del Norte 3377 - Colonia Xotepingo, México, DF
Importado por:
Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda.
Rua 13 de Maio, 815 - Sousas, Campinas/SP
CNPJ: 45.987.013/0001-34 – Brasil
™
Marca depositada no INPI em novembro de 2006 por Merck & Co., Inc., Whitehouse Station, NJ,
EUA.
Número do lote, data de fabricação e data de validade: veja cartucho.
WPC 012008
MSD on line 0800-0122232
e-mail: [email protected]
www.msdonline.com.br
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
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