AVALIAÇÃO PRELIMINAR DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE BACTÉRIAS ASSOCIADAS A ESPONJAS Giselle K. Kimura1,3; João Kléber N. Pereira1; Cláudia B. A. Menezes1,3; Cristina K. Mantovani1,3; Marta Cristina Teixeira Duarte2 e Fabiana Fantinatti-Garboggini1 1 Divisão de Recursos Microbianos (DRM) e 2 Divisão de Microbiologia (DM), CPQBA/UNICAMP, Campinas-SP, CP 6171, CEP 13081-970, Brasil 3 IB/UNICAMP; Instituto de Biologia; Rua Monteiro Lobato, 255 - CEP 13083-970 - Campinas, SP-Brasil e-mail: [email protected] Palavras-chave: atividade antimicrobiana - bactérias associadas a espojas - método do bloco de gelose INTRODUÇÃO RESULTADOS O intenso aumento da resistência bacteriana a antibióticos atualmente Das 151 linhagens de bactérias testadas, 29 apresentaram formação de halos, disponíveis tem sido uma grande alavanca na busca por novos compostos indicando um possível potencial antimicrobiano dessas bactérias. Os halos metabólitos. As esponjas têm sido consideradas agentes potencias para este foram medidos e analisados segundo a escala sugerida por Matsuura (2004) propósito, visto que estes organismos formam uma estreita associação com (Tabela 1). uma grande variedade de micro-organismos os quais são uma rica fonte de metabólitos secundários biologicamente ativos. Visando a descoberta de novos metabólitos secundários, bactérias isoladas de esponjas coletadas no litoral do Tabela 1: Escala de classificação de halos de inibição sugeridas por Matsuura (2004). estado de São Paulo foram avaliadas quanto a atividade antimicrobiana pelo Tipo de inibição1 Tamanho do halo de inibição Intensidade da inibição Ausente 0 - Baixa 7,0 – 10,0 mm + Moderada 11,0 – 14,0 mm ++ Alta > 14,0 mm +++ método do Bloco de Gelose. A atividade antimicrobiana foi testada contra as bactérias Pseudomonas aeruginosa, Micrococcus luteus, Bacillus thurigiensis, Staphylococcus aureus e contra a levedura Candida albicans. METODOLOGIA O teste foi realizado com todas as bactérias descritas, porém, a formação de Método do Bloco de Gelose halos foi observada apenas para a bactéria Micrococcus luteus. A figura 1 Bactérias indicadoras mostra o número de bactérias formadoras de halos de inibição frente a indicadora Micrococcus luteus, conforme a escala de Matsuura (2004). Bactérias isoladas de esponjas Padronização da concentração de acordo com a escala de McFarland 121 Halo de inibição x Número de bactérias 140 120 100 80 Repique em meio sólido 60 11 40 7 8 20 Incubação a 28 oC Repique em meio sólido 0 Ausente: 0 mm Baixa: 7,0 - 10,0 mm Moderada: 11,0 14,0 mm Alta: > 14 mm Figura 1: Distribuição do número de bactérias com atividade antimicrobiana em função do tamanho do halo de inibição. Placas contendo bactérias isoladas de esponjas Blocos de ágar circulares de Placas contendo 6 mm bactérias indicadoras Incubação a 28 oC CONCLUSÕES Das 151 bactérias analisadas, 29 apresentaram resultado positivo, demonstrando a capacidade dos micro-organismos de produzirem compostos com possível potencial antimicrobiano. Dentre as positivas, o gênero Bacillus foi o que mais se destacou, com Formação de halos de inibição 17 representantes, seguido pelo gênero Pseudovibrio com 3 representantes. Os resultados demonstram que as esponjas marinhas apresentam um grande potencial para abrigar bactérias produtoras de metabólitos secundários biologicamente Apoio: ativos.