Diário Oficial 94 (SUPLEMENTO) O cianeto complexo da prata e de potássio (KAg(CN)1) ou de prata e de sódio (NaAg(CN) 2 ) são sais brancos solúveis, que se utilizam em galvanoplastia. O flilminato de prata apresenta-se em cristais brancos, detona ao mais insignificante choque e é, portanto, perigoso de manipular. Entra na fabricação de fulminantes. clorodatos, um sulfato, alúmenes ou fosfatos, nitratos e nitritos complexos. Conhecem-se, ainda, rodocianetos (cianorroditos) e derivados amônicos ou oxálicos muito complexos. 5) Composto de palÁdio. Entre os óxidos de paládio o mais estável o óxido paladioso (PdO), que é o único básico. É um pó negro, que se decompõe pelo calor. O dicromato de prata (Ag 2Cr2 0 7), pó cristalino vermelhorubi, pouco solúvel em água, tem aplicações em pintura artística de miniaturas (vermelho de prata, vermelhopúrpura). 0 cloreto de paladio bivalente (PdC1 2 ), é um pó castanhoescuro, deliqüescente, solúvel em água, que se cristaliza com 2 1120; emprega-se em cerâmica, em fotografia ou em eletrólise. Também está aqui incluído o paladocloreto de potássio (PdC1 2 .2KCI), sal castanho, bastante solúvel, detetor de óxido de carbono. Existem paladicloretos, aminocomplexos (paladodiaminas), paladossulfetos, paladonitritos, paladocianetos, paladoxalatos e um sulfato de paládio bivalente. O permanganato de prata, pó cristalino, violeta-escuro, solúvel em água, emprega-se em máscaras contra gases. A azida de prata é um produto explosivo. f) Compostos orgânicos. Citam-se: lO) O lactato de prata (pó branco) e o citrato de prata (pó amarelado) que se empregam em fotografia e como antiséptico. 6) 2°) O oxalato de prata, que se decompõe pelo calor, com explosão. 35 O acetato, benzoato, butirato, cinamato, picrato, salicilato, tartrato e valeríanato, de prata. 40) a) 7) Óxidos. O óxido auroso (Au 2 0), é um pó insolúvel, de cor roxo-escuro. Ao óxido aúrico (anidrido áurico) (Au 2 0 3 ), pó castanho, corresponde o hidróxido áurico (Au(OH) 3 ), produto negro que se decompõe à luz e do qual derivam os auratos alcalinos. Compostos de ósmio. O dióxido de ósmio (0s02) é um pó castanho-escuro. O tetróxido (0s0 4 ) é um sólido volátil que ataca os olhos e os órgãos respiratórios, cristaliza-se em agulhas brancas; emprega-se em histologia e micrografia. Deste último Óxido derivam os osmiatos, tais como, o osmiato de potássio, em cristais vermelhos e, combinado com amônia e hidróxidos alcalinos, os osmiamatos, tais como o osmiasnato duplo de potássio e sódio, em cristais amarelos. Do tetracloreto de ósmio (OsCl 4 ) e do tricloreto (OsCl 3 ) derivam os cloro-osmiatos eos cloro-osmiitos alcalinos. Os proteinatos, nucleatos, nucleinatos, albuminatos, peptonatos, vitelinatos e tanatos, de prata. 2) Compostos de ouro. 8) Compostos de irídio. Além do óxido indico, existem um tetraidróxido de irídio (lr(OH) 4 ) sólido, azul, um cloreto, cloroirdatos e cloroiriditos, sulfatos duplos e aminocompostos. Compostos de platina. a) Fim da página 324 Seção VI VI- 28.43 b) Halogenetos. O cloreto de ouro (cloreto auroso) (AuCl) é um pó cristalino, amarelado ou avermelhado. O tricloreto de ouro (cloreto áurico, cloreto castanho) (AuCl 3 ) é um pó castanhoavermelhado ou em massa cristalizável, muito higroscópico; conserva-se, freqüentemente, em frascos selados ou em tubos. Também se incluem aqui o ácido tetracloroáurico (III) (AuCl 3 .HCI 4 HO) (cloreto-amarelo, ácido cloroáurico), em cristais amarelos, quando hidratado, e os auricloretos alcalinos (cloroauratos, cloretos duplos de ouro e de um metal alcalino), em cristais amarelo-avermelhados. Estes diversos produtos empregam-se em fotografia (preparação de banhos de viragem), nas indústrias cerâmica e do vidro, em medicina. O produto chamado 'púrpura de Cassius", que é uma mistura de hidróxido estânico e de ouro coloidai, inclui-se no Capítulo 32; emprega-se na preparação de tintas e vernizes e principalmente para corar a porcelana. c) Outros compostos. O sulfeto de ouro (Au 2 S 3) é uma substância negrusca que, com os sulfetos alcalinos, dá os tioauratos. Os sulfitos duplos de ouro e de sódio (NaAu(S0 3 )) e os sulfitos duplos de ouro e de amônio (NH4Au(SO 3)), comercializada em soluções incolores, utilizam-se em galvanoplastia. O tiosoulfato duplo de ouro e de sódio utiliza-se em medicina. O cianeto de ouro (AuCN) é um pó cristalino, amarelo, que se decompõe quando exposto ao calor; emprega-se em douradura eletrolítica e em medicina. Reage com os cianetos alcalinos para formar aurocianetos, tais como o tetracianoaureto de potássio (KAu(CN) 4 ), que é um sal solúvel branco, que se utiliza em galvanoplastia. O aurotiocianato de sódio, que se cristaliza em agulhas alaranjadas, utiliza-se em medicina e em fotografia (banhos de viragem). 3) 4) Compostos de rutnio. O dióxido de rutênio (RuO 2) é um produto azul; o tetraóxido de ruténio (RuO4 ) é alaranjado. O tricloreto (RuC1 3 ) e o tetracloreto (RuCI 4 ) originam cloretos duplos cristalizados com os alcalinos e os clorossais ou outros derivados de amônia ou nitrosados. Também existem os nitritos duplos de rutênio e de metais alcalinos. Compostos de ródio. Ao óxido de ródio (Rh2O3), pó negro, corresponde o triidróxido (Rh(OH) 3 ). Existem um tricloreto de ródio (RhC1 3), que reage com os cloretos alcalinos formando NOVEMBRO 98 Óxidos. O óxido platinoso (PtO) é um pó violeta ou negrusco. Ao óxido platínico (Pt02) correspondem vários hidróxidos de platina, dos quais um, o tetraidrato (Pt(OH)6 H 2 ), é um ácido complexo (ácido hexaidroxoplatínico) ao qual correspondam sais como os platihexaidroxidos alcalinos e os complexos platiamoniais. Fim da página 325 Seção VI VI - 28.43144 b) Outros compostos. O cloreto platínico (P(Cl 4 ) apresenta-se em pó castanho ou em solução amarela. Usa-se como reagente. O cloreto de platina comercial é o tetracloreto (PtCI 4 . 2 HCI), ácido cloroplatínico solúvel em água, apresenta-se em pnismas deliqüescentes, vermelhoalaranjados ou acastanhados; emprega-se em fotografia (viragem de platina), galvanoplastia (platinagem), vidrados cerâmicos e na preparação de espuma de platina. A este ácido correspondem os aminocomplexos de platina. Ao ácido tetracloroplatinico (H 2 PtCI 4 ), sólido, vermelho, correspondem os aminocomplexos de platina. Os platinocianetos de potássio e de bário empregam-se para obter telas (écrans) fluorescentes para radiografia. C.- AMÁLGAMAS DE METAIS PRECIOSOS São ligas de metais preciosos com mercúrio. Os amálgamas de ouro ou de prata, que são os mais correntes, são produtos intermediários para obtenção destes metais preciosos. Os amálgamas de outros metais incluem-se na posição 2831. Porém, os amálgamas que contenham cumulativamente metais preciosos e butros metais continuam aqui compreendidos; é o caso de certos amálgamas que se empregam em odontologia. 2844.30 - Uránio empobrecido em U 235 e seus compostos; tório e seus compostos; ligas, dispersões (incluídos os ceramais (cermeis)), produtos cerAmicos e misturas contendo urânio empobrecido em U 235, tório ou compostos destes produtos 2844.40 - Elementos, isótopos e compostos, radioativos, exceto os das subposiçôes 2844.10, 2844.20 ou 2844.30; ligas, dispersões (incluídos os ceramais (cermea's)), produtos cerâmicos e misturas, contendo estes elementos, isótopos ou compostos; resíduos radioativos 2844.50 - Elementos combustíveis (cartuchos) usados (irradiados) de reatores nucleares 1.- ISÓTOPOS Os núcleos dos átomos de um elemento, definido pelo seu número atômico, contém sempre o mesmo número de prótons, mas podem diferir quanto ao número de nêutrons e, portanto, podem apresentar massas diferentes (números de massas diferentes). Os nuclídeos, que apenas diferem quanto ao número de massa e não quanto ao número atômico, denominam-se isótopos do elemento. Por exemplo, existem vários nuclídeos que têm o mesmo número atômico 92, que são chamados urânio, mas cujo número de massa pode oscilar de 227 a 240 e que, de fato, se distinguem por urânio 233, urânio 235, urânio 238, etc. Do mesmo modo, o hidrogénio 1, o hidrogênio 2 ou deutério (classificado na posição 28.45) e o hidrogênio 3 ou tritio, são isótopos de hidrogênio. Fim da página 326 Seção VI VI- 28.44 O fator essencial do comportamento químico de um elemento está ligado à quantidade de carga elétrica positiva acumulada no núcleo (número de prótons); ela determina o número de elétrons orbitais que, de fato, condicionam as propriedades químicas. Por isso, os diferentes isótopos de um mesmo elemento, cujos núcleos apresentam uma carga elétrica nuclear idêntica, mas possuem massas diferentes, apresentam as mesmas propriedades químicas, embora suas propriedades fisicas variem de um isótopo para outro. Os elementos químicos são constituídos quer por um só isótopo (elementos monoisotópico), quer por uma mistura de dois ou mais isótopos em proporções geralmente bem determinadas e fixas (por exemplo, o cloro natural, tanto no estado livre como combinado, apresenta-se sempre numa mistura de 75,4% de Cloro 35 para 24,6% de Cloro 37, resultando num peso atômico de 35,457). Quando um eleniento é constituído por uma mistura de isótopos, as suas partes constituintes podem ser separadas, por exemplo, por difusão através íle tubos porosos, por seleção eletromagnética ou por eletrólise fraccionada. Isótopos também podem ser produzidos por bombardeamento de elementos naturais com nêutrons ou com partículas carregadas de alta energia cinética. Para os fins da Nota 6 deste Capítulo e das posições 28.44 e 28.45, o termo isótopos abrange, não só isótopos em seu estado puro, mas também elementos químicos cuja composição isotópica natural tenha sido artificialmente modificada pelo enriquecimento de tais elementos em alguns de seus isótopos (o que é o mesmo que empobrecê-los em alguns outros), ou ainda transformando, através de uma reação nuclear, alguns isótopos em outros, isótopos artificiais; por exemplo, o cloro de peso atômico 35,30, obtido pelo seu enriquecimento de forma a fazê-lo conter 85% de Cloro 35 (e, consequentemente, reduzindo a proporção de Cloro 37 a 15%) é considerado um isÓtopo. 28.44 - ELEMENTOS QUÍMICOS RADIOATIVOS E ISÓTOPOS RADIOATIVOS (INCLUÍDOS OS ELEMENTOS QUÍMICOS E ISÓTOPOS FISSEIS (CINDÍVEIS*) OU FÉRTEIS), E SEUS COMPOSTOS; MISTURAS E RESÍDUOS CONTENDO ESSES PRODUTOS. Deve-se notar que elementos presentes na natureza no estado monoisotópico (tais como, o Berílio 9, o Flúor 19, b Alumínio 27, o Fósforo 31, o Manganês 55), não devem ser considerados isótopos, classificamdo-se, quer livres, quer combinados, conforme o caso, nas posições mais específicas relativas aos elementos químicos ou aos seus compostos. 2844.10 - Urânio natural e seus compostos; ligas, dispersões (incluídos os ceramais (cermeis)), produtos cerimicos e misturas contendo urânio natural ou compostos de urânio natural Todavia, os isótopos radioativos desses mesmos elementos, obtidos artificialmente (por exemplo: Be 10, F 18, AI 29, P 32, Mn 54) devem ser considerados como isótopos. 2844.20 - Urânio enriquecido em U 235 e seus compostos; plutônio e seus compostos; ligas, dispersões (incluídos os ceramais (cernsets)), produtos cerAmicos e misturas contendo , urânio enriquecido em U 235, plutônio ou compostos destes produtos Visto que os elementos químicos artificiais (geralmente de número atômico superior a 92 ou elementos transuranianos) não têm uma composição isotópica fixa, mas variável segundo o 1 processo de obtenção, é impossível, nestas condições, fazer uma distinção entre o elemento químico e seus isótopos, na acepção da Nota 6. Incluem-se nesta posição unicamente os isótopos que apresentem o fenômeno da radioatividade (abaixo descrito); pelo contrário, os isótopos estáveis incluem-se na posição 2845.