Ciclo de Vida dos Poríferos Reprodução Sexuada: Os por´feros são hermafroditas, porém não possuem gônodas. Os gametas, que se formam a partir de amebócitos que sofrem meiose, são lançados no átrio, onde ocorre a fecundação. Cada indivíduo apresenta maturação de óvulos e espermatozóides em épocas diferentes, o que evita a auto-fecundação. O desenvolvimento é indireto: Após a fecundação o zigoto se desenvolve em uma larva livre-natante, que sai pelo ósculo, fixa-se em um substrato e cresce, originando novo indivíduo. Reprodução Sexuada: No brotamento forma-se pequenos brotos laterais que se desenvolve em um novo indivíduo, originando as formas coloniais. Na gemulação forma-se agregados de células amebóides indiferenciadas, envoltas por dura camada de espículas justapostas. As gêmulas constituem formas de resistência, pois sobrevivem a condições desfavoráveis de seca e/ou frio. Merece destaque a grande capacidade de regeneração de partes danificadas da esponja. Ciclo de Vida dos Cnidários Os cnidários reproduzem-se sexual e assexuadamente. A reprodução sexual dá-se na fase medusa (com exceção dos antozoários, os corais e as anêmonas do mar fêmeas libertam os produtos sexuais na água e ali se conjugam, dando origem aos zigotos) Dos ovos saem larvas pelágicas chamadas plânulas, em forma de pêra e completamente ciliadas que, quando encontram um substrato apropriado, se fixam e se transformam em pólipos. Em alguns celenterados, como os corais, a fase de pólipo é a fase definitiva. Os pólipos reproduzem-se assexuadamente formando pequenas réplicas de si mesmo por evaginação da sua parede, chamados gomos. No caso dos corais, estes novos pólipos constroem o seu esqueleto e e continuam fixos, contribuindo para o crescimento da colônia. No entanto, em certos casos, os gomos começam a dividir-se em discos sobrepostos, num processo conhecido por estrobilação. Estes discos libertam-se, dando origem a pequenas medusas chamadas éfiras que eventualmente crescem e se podem reproduzir sexualmente. Platelmintos Cestoidea Popurlamente conhecidas por solitárias, as tênias fazem parte de um grupo de platelmintos chamados cestóides. Podendo atingir até oito metros de comprimento, as tênias são vermes parasitas, que vivem na carne do porco ou do boi e no intestino do homem. Considere uma pessoa que tenha uma tênia no intestino. Esse animal é hermafrodita e se autofecunda. As proglotes que amadurecem possuem órgãos de reprodução masculinos e femeninos. Após a fecundação, as proglotes grávidas se desprendem do corpo da tênia e são elçiminadas junto com as fezes da pessoa que está sendo parasitada. Se essas fezes forem lançadas no solo ou na água, elas poderão contaminar os alimentos que serão comidos pelos porcos ou pelos bois. Echinococcus granulosus é um parasita pertencente á Classe Cestoda, tendo um ciclo de vida envolvendo dois hospedeiros. O verme adulto vive no intestino delgado do cão e de outros canídeos, e a forma (metacestóide) desenvolve-se principalmente no fígado e pulmão dos hospedeiros intermediários, que podem ser ovinos, bovinos e humanos. O metacestóide (cisto) ede E. granulosus é unilocular, de forma sub-esférica e repleto de líquido hidático. O cisto consiste de uma membrana germinativa suportada externamente por uma camada laminada acelular, a qual é, por sua vez, envolvida por uma camada adventícia produzida pelo hospedeiro. Na membrana germinativa formam-se as cápsulas prolígenas, onde se originam os protoescólices. Estes podem se desenvolver no verme adulto quando ingeridos pelo hospedeiro definitivo. Quando atingem a maturidade, os vermes adultos liberam a última proglote repleta de ovos, os quais são eliminados com as fezes e podem, então, ser ingeridos pelo hospedeiro intermediário. No estõmago e intestino delgado eles eclodem dando origem ás oncosfera que penetram na parede intestinal e atingem o fígado ou pulmão através da circulação. Nestes órgãos inicia-se o desenvolvimento que levará á formação do metacestóide. Platelminto Turbelário A planária faz parte de um grupo de platelmintos chamados turbelários. Tem o corpo achatado, semelhante a uma folha alongada. Podemos encontra-la vivendo em córregos, lagos e lugares úmidos. Apresenta cílios no ventre que auxiliam a locomoção. Alimenta-se de moluscos, de outros vermes e de cadáveres de animais maiores. A planária adulta é hermafrodita, isto é, apresenta tanto o sistema reprodutor masculino quanto o feminino. Quando duas planárias estão sexualmente maduras e se encontram, elas coplam. Após a troca de espermatozóides, os animais e os ovos formados são eliminados para o meio externo. No interior de cada ovo encerrado em cápsulas desenvolve-se um embrião, que se transforma numa jovem planária. As planárias podem também se reproduzir assexuadamente, simplesmente dividindo-se em duas partes. Cada uma das partes se desenvolve e dará origem a uma nova planária. Platelminto Trematoda Ciclo de vida da fasciola Hepatica. Os adultos presentes nos canais biliares do homem e animais herbívoros põem ovos que são carregados através do canal colédoco e são eliminados com as fezes. Em ambiente aquático os ovos libertam o miracídio entre 9 a 25 dias. Este nada livre na água procurando um caracol ou caramujo de água doce, do gênero Lymnaea, no qual penetra, alojando-se nos seus tecidos e transformando-se em esporocitos, no interior dos quais são formadas ás rédias, que realizam um processo de multiplicação assexuada neste hospedeiro intermediário. N interior das rédias são formadas as larvas cercarias que abandonam o hospedeiro intermediário e, na água, vão-se encistar sobre a superfície de plantas aquáticas, sendo então conhecidas como metacercárias. Essas metacercárias são ingeridas pelos animais herbívoros juntos com as plantas. No caso do homem, ovegetal ingerido é o agrião. No tubo digestivo as metacercárias se desencistam e perfuram a mucosa do intestino e migram pelo líquido peritoneal para o fígado, perfuram a cápsula hepática, migram através do parênquima hepático onde permanecem por cerca de dois meses, crescendo. Após este período alojan-se nos canais biliares, onde atingem a maturidade sexual, tornando-se adultos. Como são hermafroditas, podem fazer autofecundação, iniciando-se novo ciclo, com a postura de ovos, que são eliminados com as fezes. O esquistossomo vive geralmente nas veias que ligam o intestino ao fígado das pessoas. A presença desses vermes, e de uma grande quantidade de ovos, podem provocar um rompimento dessas veias. Além disso, ocorre um aumento no volume do abdome devido ao crescimento desproporcional do fígado e do baço. Por isso, a esquistossomose é também conhecida como barriga d’água. Entre outros sintomas, além do aumento do volume do abdome, podem ocorrer dores abdominais, cólicas, náuseas, inflamação do fígado e enfraquecimento do organismo. Inicialmente o esquistossomo põe seus ovos nas veias do intestino do hospedeiro. Esses ovos atravessam as paaredes das veias e do intestino e são eliminados juntamente com as fezes. Os ovos que caem na água transformam-se em larvas, os miracídios. Estes penetram no corpo de um caramujo do gênero Biomphalaria e ali transformam em larvas com cauda, chamadas cercarias. Depois de formadas, as cercarias saem do caramujo e passam novamente para a água. As cercarias, então, podem penetrar a pele humana, atingindo a corrente sanguínea e, finalmente as veias que ligam o intestino ao fígado, onde desenvolvem e se transformam em vermes adultos, fechando o ciclo.