Apostila 01 - Básico do Espiritismo

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GRUPO DE ESTUDO
Allan Kardec
APOSTILA 01
grupoallankardec.blogspot.com
APOSTILA 1 (básico do Espiritismo)
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Deus na visão espírita
Jesus na visão espírita
O básico do Espiritismo
A casa de Deus é o Universo
Fluido cósmico universal e perispírito
O Espírito na visão espírita
A diferença entre ressurreição e reencarnação
Onde fica nossa inteligência?
Kardecista ou espírita?
Como nasceram os livros espíritas?
Os espíritas são contra a Bíblia?
Devemos seguir o novo ou o velho testamento?
O Evangelho dos espíritas
Como Deus renova os mundos?
Jesus não é Deus
Como acontece nossa evolução?
Deus distribuiu mediunidade
Por que Moisés proibiu a necromancia?
Jesus evocou mortos
Jesus foi criado puro e perfeito?
O Sol é um mundo habitado por seres corpóreos?
Salvação segundo o Espiritismo
Para ser espírita precisa ser perfeito?
Qual a melhor religião?
A caridade espírita é a esmola?
As 3 revelações de Deus
Objetivo e missão do Espiritismo
Moradas espirituais
Podemos reencarnar como um animal?
Filho de peixe, peixinho é?
Os profetas
Quem é o Espírito Santo?
Podemos buscar cartas do além?
Diabo existe?
Reencarnação
Desencarnação
Obsessão e Obsessores
Dúvidas sobre o Espiritismo e a Bíblia
Por que os espíritas não seguem o antigo testamento?
1- DEUS NA VISÃO ESPÍRITA
QUE É DEUS?
“Deus é a inteligência suprema, a causa primária de todas as coisas”, ou seja, Deus é
a inteligência maior do Universo e o causador de todas as coisas que há e acontece
nele.
A IGREJA É A CASA DE DEUS?
Não. Jesus disse: “Há muitas moradas na casa de meu pai”, então entendemos que a
casa de Deus é o Universo.
ONDE DEVEMOS ADORAR DEUS?
Jesus respondeu esta pergunta para a samaritana dizendo: “(...) Virá a hora em que
não será nem neste templo (que ficava na cidade da Samaria), nem (no templo) em
Jerusalém que adorareis o Pai. Deus é espírito e em espírito e verdade é que o
devem adorar os que o adoram.” Em nosso relacionamento com Deus, julgamos que
haveremos de encontrá-lo nos templos religiosos. Mas, se Deus é espírito, Ele está em
todos os lugares, dentro e fora dos templos. E agradá-Lo, não é freqüentar templos
religiosos, em dias e horas certas, ou então, utilizando práticas exteriores, e esquecer o
fundamental, que é o combate às nossas imperfeições, no esforço de renovação íntima
que marca a verdadeira religiosidade. Temos que ser verdadeiros (diante dos
ensinamentos evangélicos) em todos os lugares, dentro e fora dos templos, no lar, no
trabalho, na rua, no trânsito, etc . . . Nos templos buscamos o entendimento e o
fortalecimento para enfrentarmos os problemas, as dores, as aflições que apareçam
em nossas vidas.
JESUS FOI DEUS ENCARNADO?
Não. Em vários momentos Jesus deixou claro que ele não era Deus. E um desses
momentos foi quando em seu momento final na Terra disse: “Pai, nas suas tuas mãos
entrego meu Espírito.” Mesmo após a sua morte e ressurgimento espiritual, Jesus
continua a demonstrar, com suas palavras, que permanece a dualidade e desigualdade
entre ele e Deus: "Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus." - (Jo
20:17)
DEUS CASTIGA?
Não. Deus não julga cada ato das pessoas. Deus faz leis que regem a vida universal e,
para cada ato há uma conseqüência que vem naturalmente e automático. Por
exemplo: As leis dos homens são elaboradas pelos deputados. Quando alguém
transgride alguma dessas leis e é condenado à prisão, ninguém diz: “Os deputados me
castigaram!” Assim acontece com a lei divina. Deus fez leis que devem ser seguidas,
mas quando transgredimos uma delas e sofremos as conseqüências não devemos
dizer: “Deus me castigou!” Na verdade estamos sendo julgados pela lei Dele, ou
melhor, colhendo o que plantamos.
O PAPA É REPRESENTANTE DE DEUS NA TERRA?
Não. Alguém auto-eleger-se como representante de Deus, estando na sua condição de
humanidade, sujeito às vicissitudes não deixa de ser um salto muito audacioso, porque
ao representar Deus, de alguma forma, assume-Lhe a postura. Nós o consideramos o
chefe da Igreja, o chefe político, o chefe ideológico, o chefe social, mas um cidadão,
embora nobre, igual a qualquer um de nós.
NÓS VEREMOS DEUS APÓS A DESENCARNAÇÃO?
"Ninguém jamais viu a Deus", afirma João em sua epístola (I 4:12). Por que não?
Porque "Deus é Espírito" (assim ensinou Jesus à mulher samaritana, em Jo 4:24) e,
como tal, não pode ser percebido pelos sentidos comuns, materiais. Não podemos ver
Deus com os olhos do corpo. Embora nos seja invisível, Deus não nos é totalmente
desconhecido. Se não se mostra aos olhos do corpo, Ele se faz evidente ante nossa
compreensão por todas as suas obras (a Criação) e podemos senti-Lo espiritualmente,
nas vibrações do seu infinito amor. Quanto mais desenvolvermos nosso conhecimento
e sensibilidade espiritual, mais "veremos" a Deus, percebendo, entendendo e sentindo
sua divina presença e ação em tudo o que existe, em tudo o que acontece. "Bemaventurados os puros de coração, porque verão a Deus." (Jesus -Mt 5:8)
ONDE PODEMOS ENCONTRAR A PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS?
Nesta frase usada pelos cientistas: NÃO HÁ EFEITO SEM CAUSA. Procuremos a causa
de tudo o que não é obra do homem, e a nossa razão nos responderá. Para acreditar
em Deus, basta lançarmos os olhos sobre as obras da criação. O universo existe,
portanto ele tem uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito
tem uma causa e admitir que o nada possa fazer alguma coisa.
DÊ UM EXEMPLO DESSE EFEITO PARA QUE POSSAMOS ACREDITAR EM QUEM O
CAUSOU.
Explica o cientista dr. Cressey Morrison: se, por acaso, o fundo do mar fosse mais baixo
dois metros apenas não haveria a vida na superfície da Terra, pois a água do mar
absorveria o oxigênio e o gás carbônico e os seres vivos não poderiam respirar. Se, por
acaso, a atmosfera da Terra, que mede 60 quilômetros, fosse menor, a vida seria
totalmente impossível porque diariamente caem sobre a Terra milhões de aerólitos,
pedaços de planeta. Se a atmosfera da Terra não houvesse sido necessariamente
calculada, eles destruiriam a vida e provocariam milhões de incêndios diariamente.
Logo, alguém pensou sobre isso!
Compilação de Rudymara retirado dos livros: O livro dos Espíritos; Levanta-te!; e de
entrevistas de Divaldo Franco; Therezinha Oliveira e algumas observações de
Rudymara.
2 - JESUS NA VISÃO ESPÍRITA
Nós acreditamos que Jesus evoluiu como qualquer outra pessoa, mas em outro
planeta.
E, quando Ele alcançou o patamar de Espírito puro, Deus o incumbiu de ser o
Governador do nosso planeta. Ele, então, participou da formação de tudo. Como
explica Emmanuel: "(...) Jesus, já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução
de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes
no curso dos milênios conhecidos:
A primeira reunião, aconteceu quando nosso planeta estava sendo formado, quando o
orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançasse, no Tempo e
no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródomos da vida na matéria
em ignição, do planeta;
A segunda reunião, foi quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo
à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção."
Mas, muitos séculos antes de sua vinda, Jesus destinou outros Espíritos, embaixadores
de sua sabedoria e misericórdia para ensinar a Regra Áurea: “Amarás o teu próximo
como a ti mesmo.”
Diziam os gregos: “Não façais ao próximo o que se vos faça.”
Afirmavam os persas: “Fazei como quereis que se vos faça.”
Declaravam os chineses: “O que não desejais para vós, não façais a outrem.”
Recomendavam os egípcios: “Deixai passar aquele que fez aos outros o que desejava
para si.”
Doutrinavam os hebreus: “O que não quiserdes para vós, não desejeis para o
próximo.”
Insistiam os romanos: “A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da
sociedade como a si mesmo.”
Mas, apesar dos povos receberem a lei de ouro da magnanimidade do Cristo, os
profetas, administradores, juízes e filósofos procederam, muitas vezes, de maneira
diferente da que pregavam. Então, Jesus resolveu nascer entre nós. E, desde a infância
viveu indiferente à sua própria felicidade, pois seus sonhos e ideais só objetivavam a
felicidade alheia. Além de ensinar exemplificou, não com virtudes parciais, mas em
plenitude de trabalho, abnegação e amor, nas praças públicas, revelando-se aos olhos
da Humanidade inteira.
Ele veio nos mostrar o caminho da “salvação”. E só através da vivência de seus
ensinamentos estaremos "salvos" ou "livres" do mal que ainda se encontra dentro de
muitos de nós. E é assim, que Ele aguarda que surja o homem novo (citado por Paulo
de Tarso), a partir do homem velho (que somos nós).
Respeitamos os que escolheram outros iluminados como instrutores espirituais: Buda,
Maomé, Confúcio, Zoroastro, Moisés, etc., mas, acreditamos que todos eles foram
trabalhadores de Jesus enviados por Ele.
Por isso, Jesus é para o espírita “o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem,
para lhe servir de guia e de modelo.”
Compilação feita por Rudymara retirada dos livros: "A Caminho da Luz"; "O livro dos
Espíritos"; "Caminho, Verdade e Vida"; "O Evangelho segundo o Espiritismo"; "Em
busca do homem novo".
3 - BÁSICO DO ESPIRITISMO
QUEM SOMOS NÓS?
Espíritos imortais.
DE ONDE VIEMOS?
Do plano espiritual.
PARA ONDE VAMOS APÓS DESENCARNARMOS?
Retornaremos para o plano espiritual.
O QUE ESTAMOS FAZENDO AQUI OU POR QUE REENCARNAMOS?
Estamos aqui ou reencarnamos para evoluir.
O QUE DEVEMOS FAZER PARA EVOLUIR?
Devemos seguir o conselho de Jesus: “Amem a Deus sobre todas as coisas e ao
próximo como a nós mesmos”.
COMO AMAR DEUS E O PRÓXIMO COMO A NÓS MESMOS?
Jesus nos coloca como ponto de referência por que: Quem se ama preserva a saúde.
Quem se ama não bombardeia o seu corpo com elementos nocivos, nem o espírito
com a ira, a inveja, o ciúme, a vingança, o ódio, etc. Quem ama a Deus acima de
todas as coisas, respeita toda sua criação e suas leis. Respeita seus semelhantes
porque sabe que todos fomos criados por Ele e que Ele a todos nos ama.
MAS, COMO FAZER ISSO NUMA SÓ VIDA?
Não conseguiremos evoluir plenamente numa encarnação apenas. Por isso,
reencarnaremos quantas vezes forem necessários para alcançarmos a angelitude.
QUANTAS VEZES JÁ REENCARNAMOS?
Cada um de nós foi criado em data diferente. O número de encarnações não é
possível saber exatamente. A única certeza é que todos nós já reencarnamos
inúmeras vezes e reencarnaremos mais inúmeras vezes pela frente.
É POSSÍVEL DIMINUIR O NÚMERO DE REENCARNAÇÕES?
Sim. Dependerá do esforço que o Espírito fizer para vivenciar o bem e de não
continuar a vivenciar o mal.
PODEMOS REENCARNAR COMO ANIMAIS?
Não. Nossa tendência é evoluir. Se voltássemos como animais seria um retrocesso
evolutivo.
POR QUE A DOR E O SOFRIMENTO?
A dor e o sofrimento nos ajudam no aprendizado e na evolução.
A DOR E O SOFRIMENTO EXISTEM PARA APRENDERMOS E EVOLUIRMOS?
Não. A dor e o sofrimento só existem porque não exercitamos o amor, a lei de amor. A
dor não é uma lei, é uma consequência de nossa inconsequência.
ENTÃO, NÃO PRECISAMOS SOFRER PARA EVOLUIR?
Não. O apóstolo Pedro disse que “...o amor cobre multidões de erros...”, ou seja,
ao invés de pagar sofrendo, podemos pagar amando.
ESPÍRITA CASA-SE NO TEMPLO RELIGIOSO?
Não. O casamento espírita é só no civil.
ESPÍRITA BATIZA?
Não. O Espiritismo não adota ritual. João mergulhava as criaturas nas águas do
Jordão, num ato simbólico de batismo, para anunciar a vinda do Cristo e convidar o
povo a se arrepender dos seus pecados e, se propor a uma renovação moral.
Portanto, para os espíritas, o batismo, foi tão somente um divisor de águas, o marco
de uma vida nova. Há muitos batizados cometendo delitos, e há muitos que não são
batizados que vivem de maneira cristã. Acreditamos que seremos julgados pelos
nossos atos e não por sermos ou não batizados. É o que fica evidente, em passagens
como estas: “Arrependei-vos, fazei penitência, porque é chegado o reino dos
céus”; “Eu na verdade, vos batizo com água para vos trazer à penitência; mas
aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou
digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo”. Aqui, João
deixa claro que, Jesus batizaria as pessoas não mais com água, mas com o Espírito
Santo e com o Fogo.
MAS O QUE É O BATISMO COM FOGO E COM O ESPÍRITO SANTO?
Batismo de fogo é o esforço de vencermos nossos instintos e hábitos inferiores,
procurando praticarmos o bem. Este esforço é uma luta dentro de nós e em meio a
tudo e a todos. E o batismo com o Espírito Santo é a sintonia com os benfeitores do
plano invisível, através de manifestações mediúnicas ostensivas (ver, ouvir, etc., os
desencarnados) ou sutis (pressentir, intuir, etc.). Os discípulos, receberam um
magnífico Batismo do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, quando os Espíritos do
Senhor se manifestaram através deles, em diversos idiomas, aos habitantes e
visitantes de Jerusalém (Atos, cap.2).
ESPÍRITA É SUPERSTICIOSO?
Não. Como disse Luiz Sérgio no livro "Cascata de Luz": "O homem cultiva a
superstição quando o seu espírito está fraco de fé e de conhecimento."
ESPÍRITA ACENDE VELA?
Não. Vela não ajuda em nada os desencarnados, mas sim a prece.
O QUE O ESPIRITISMO NÃO ADOTA?
O Espiritismo não tem dogmas, não tem rituais, não adota em suas reuniões e em
suas práticas qualquer tipo de paramentos ou vestes especiais, cálice com vinho ou
bebidas alcoólica, incenso, mirra, fumo, altares, imagens, andores, velas, procissões,
trabalhos espirituais, talismãs, amuletos, sacrifício animal, santinhos, administração de
indulgências, confecção de horóscopos, exercício da cartomancia, quiromancia,
astrologia, numerologia, cromoterapia, pagamento de promessas, despachos, riscos
de cruzes e pontos, não tem curas espirituais com cortes, fórmulas mágicas para
resolver problemas sentimentais, financeiros, etc.
QUAIS OS PRINCÍPIOS DA DOUTRINA ESPÍRITA?
Os princípios da Doutrina Espírita são: A pluralidade das existências, a preexistência
do espírito antes do nascimento e a continuação da vida após a morte, a
intercomunicação entre encarnados e desencarnados, recompensas e penas, não
como premiação e castigo divino, mas conseqüência natural dos atos praticados (Lei
de Causa e Efeito).
O QUE O ESPIRITISMO PROIBE OU É CONTRA?
O Espiritismo não é contra nada e não proíbe nada. Costumamos dizer que não
somos a favor de certas coisa. Quando dizemos ser contra nos colocamos numa
posição de imposição. E como somos a favor do livre arbítrio, não devemos ser contra
ou proibir nada. O Espiritismo usa a fala de Paulo para nos orientar: “Podemos tudo,
mas nem tudo nos convém.” Portanto, a doutrina espírita nos mostra as
conseqüências de nossos atos, a cobrança deve vir de nossa consciência.
UMBANDA, QUIMBANDA E CANDOMBLÉ SÃO ESPIRITISMO?
Não. Muitos dizem ser “kardecista” para distinguir da Umbanda, etc. Mas, quando
respondemos "sou kardecista" estamos afirmando que o Espiritismo se divide com
várias denominações, o que não é verdade. Muitos dizem, por exemplo: “alto
espiritismo, espiritismo de mesa branca, linha Kardecista, Espiritismo do Bem, etc.”
Mas Espiritismo é um só. Centro Espírita só os que seguem a Doutrina dos Espíritos.
As outras religiões que usam o nome de "Centro Espírita" e divergem dos
ensinamentos dos Espíritos que estão nas obras básicas codificadas por Kardec, não
são Centros Espíritas, são Casas Espiritualistas.
POR QUE MUITOS ESPÍRITAS DIZEM: "EU AINDA NÃO SOU ESPÍRITA, PORQUE
NÃO SOU PERFEITO."?
Porque não entenderam que se esperarmos a perfeição para dizermos ser espíritas,
não seremos nunca. Pois, quando alcançarmos a perfeição, não seguiremos mais uma
religião, ou melhor, um rótulo religioso, porque nossa religião será a prática
do AMOR. Kardec disse que: “Reconhece-se o espírita pelo esforço que ele faz
para melhorar-se”, significa que, se temos algo a melhorar, é porque não somos
perfeito.
QUEM É O ESPÍRITO SANTO?
Paulo disse aos Coríntios (6: 19:20): “quem se entrega à imoralidade peca contra o
seu próprio corpo. Ou vocês não sabem que o seu corpo é templo do Espírito
Santo, que está em vocês e lhes foi dado por Deus?” Paulo pedia para que aquele
povo cuidasse do corpo físico, deixando claro que nele habita um Espírito Santo, ou
seja, todo Espírito é Santo, mesmo os que se encontram na imoralidade. Ele é santo,
porque foi criado por Deus para que dele façamos bom uso. E quando fora do corpo
(desencarnado), são eles que estão por aí dando comunicações sobre todos os pontos
da Terra, utilizando para isso, os intermediários, ou seja, os médiuns de todas as
religiões e fora delas também. Estes médiuns também são chamados de "profetas",
etc. Então, todos somos Espírito Santo, porque fomos criados por Deus, mas nós é
que santificaremos nossas atitudes ou não. Por exemplo: Eu posso dizer ser cristão,
mas posso não ter atitude cristã.
ESPÍRITA FAZ PROMESSA?
Promessa é troca, barganha, faça isso que eu faço aquilo. Tudo deve ser feito com
carinho, amor e sem interesse. Deus, Jesus, os socorristas que trabalham em nome
deles não estão interessados em pagamentos, mas sim em fazer o bem e melhorar
espiritualmente os encarnados. Os espíritas também pedem coisas em suas preces,
mas são orientados a dizer sempre em seus pedidos: “Seja feita a Sua vontade”,
porque só Deus sabe o que é melhor para nós.
KARDEC INVENTOU O ESPIRITISMO?
Não. Como ele mesmo disse, sua parte na obra, de revelar a Doutrina Espírita foi a de
haver coletado, coordenado e divulgado os ensinos trazidos pelos Espíritos
(desencarnados) através de vários médiuns.
POR QUE KARDEC É CHAMADO DE "O CODIFICADOR"?
Por organizar os ensinos revelados pelos espíritos formando uma coleção de leis (um
código) é que Allan Kardec foi chamado “O Codificador”.
ALLAN KARDEC É A TERCEIRA REVELAÇÃO DIVINA?
Não. A 3ª revelação divina são os ensinamentos trazidos pelos "Espíritos
Superiores", chamados de "Espírito Santo" por várias religiões. Através de
várias "médiuns", chamadas de "profetas" por várias religiões. Portanto, Kardec
apenas coletou e organizou tais ensinamentos para que pudesse nascer um código de
normas morais que se encontram nas obras básicas da doutrina espírita. Mas,
lembremos que, o Espiritismo, não foi trazido como uma doutrina já completa, sem
nada mais a acrescentar, os ensinamentos continuam e continuarão sendo trazidos do
mais Alto, conforme a nossa necessidade de progresso espiritual e, também, a serem
adquiridos pelo progresso científico.
QUEM É JESUS PARA O ESPÍRITA?
Jesus é para o espírita “o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem, para lhe
servir de guia e de modelo.”
ENTÃO, BUDA, MAOMÉ, ETC., SÃO MENOS ILUMINADOS QUE JESUS?
Para nós, espíritas, Jesus é o espírito de maior evolução que já encarnou na Terra.
Ele participou da formação de nosso planeta. Então, acreditamos que, todos estes
espíritos iluminados, foram mandados por ele à Terra para difundir as leis divinas.
Compilação de Rudymara
4 - A CASA DE DEUS É O UNIVERSO
"HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI" - disse Jesus
A Casa do Pai é o Universo.
As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito, oferecendo aos
Espíritos moradas apropriadas ao seu grau evolutivo.
Os diversos mundos possuem condições muito diferentes uns dos outros, dependerá
do grau de evolução dos seus habitantes.
Nos mundos superiores a forma dos corpos é sempre como por toda parte, a humana,
mas embelezada, aperfeiçoada e, sobretudo purificada. O corpo nada tem da
materialidade terrena e não está sujeito às necessidades, às doenças e às
deteriorizações decorrentes do predomínio da matéria. Os sentidos (visão, audição,
etc) têm mais percepções. A leveza dos corpos torna a locomoção rápida e fácil. Eles
deslizam ao invés de se arrastarem penosamente pelo solo como fazem nos mundos
inferiores.
Há os que são ainda inferiores à Terra, física e moralmente. Outros estão no mesmo
grau que o nosso. E outros são mais ou menos superiores, em todos os sentidos.
Embora não possamos classificar os mundos de maneira absoluta, para melhor
entendimento, Allan Kardec os dividiu de um modo geral:
MUNDOS PRIMITIVOS: onde se verifica as primeiras encarnações da alma humana; a
forma humana não tem beleza; o sentimento é sem delicadeza ou benevolência, sem
noção do justo ou injusto; a força bruta é a sua única lei; sem indústrias, sem
invenções, dedicam sua vida à conquista de alimentos. Alguns trazem mais aguçado a
intuição da existencia de um Ser Supremo. Esse instinto é suficiente para que uns se
tornem superiores aos outros, preparando-se para sua evolução.
MUNDOS DE EXPIAÇÃO E PROVAS: em que o mal predomina; mas o mal é uma
necessidade para seus habitantes darem valor ao bem, da noite para admirar a luz, da
doença para apreciar a saúde. Esses mundos (é o caso da Terra) servem de exílio para
os Espíritos rebeldes à lei de Deus. Neles os Espíritos lutam penosamente, ao mesmo
tempo, contra a perversidade dos homens que convivem com eles e a crueldade da
natureza (tsunami, terremoto, maremoto, etc), para que desenvolvam de uma só vez
as qualidades do coração e as da inteligência. Mas, não são todos os Espíritos
encarnados nestes mundos que se encontram em expiação. As raças que chamamos
de selvagens são Espíritos recém saídos da infância evolutiva, portanto, estão ainda
educando-se e desenvolvendo-se ao conviver com Espíritos mais avançados. Quando
evoluem um pouco, tornam-se raças semicivilizadas, são os que chamamos de raças
indígenas, que se desenvolveram pouco a pouco através de longos períodos seculares,
conseguindo algumas a atingir a perfeição intelectual dos povos mais esclarecidos.
MUNDOS DE REGENERAÇÃO: servem de transição entre os mundos de expiação e os
felizes. A alma que se arrepende, neles encontra a paz e o descanso, para continuar
expiando (pagando as faltas). Neles não há mais paixões desordenadas que
escravizam; não há mais o orgulho que emudece o coração; a inveja que tortura e o
ódio que asfixia. Todos se esforçam para seguir as leis divinas. Mas, nesses mundos o
homem ainda é falível e o Espírito do mal ainda não perdeu completamente o seu
domínio sobre ela. Se ele não estiver firme no caminho do bem, pode cair novamente
em mundos de expiação.
MUNDOS FELIZES: onde o bem supera o mal. As relações de povo para povo sempre
são amigáveis, jamais são perturbadas pelas ambições de dominação e pelas guerras.
Não existem senhores nem escravos nem privilegiados de nascimento; só a
superioridade moral e intelectual determina as diferentes condições e confere a
supremacia; a autoridade é sempre respeitada porque decorre unicamente do mérito
e se exerce sempre com justiça.
MUNDOS CELESTES OU DIVINOS: morada dos Espíritos purificados, onde o Bem reina
sem mistura.
O progresso é uma das leis da natureza. Todos os seres da criação, animados e
inanimados, estão submetidos a ela, pela bondade de Deus, que deseja que tudo se
engrandeça e prospere. Até a destruição, que pode parecer o fim das coisas, é apenas
um meio de transformação, a um estado mais perfeito.
Ao mesmo tempo que os seres vivos progridem moralmente, os mundos que eles
habitam progridem materialmente. Assim evoluem paralelamente os animais (nossos
auxiliares), os vegetais, porque nada fica estacionário na natureza.
A Terra esteve material e moralmente num estado inferior ao de hoje, e atingirá, sob
esses dois aspectos, um grau mais avançado. Ela chegou a um de seus períodos de
transformação, e vai passar de mundo expiatório a mundo regenerador. Então, os
homens encontrarão nela a felicidade, porque a lei de Deus a governará.
(Resumo de Rudymara retirado do O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III)
Observação: Moramos numa Galáxia (conjunto de estrelas) chamada Via Láctea. No
Universo há bilhões de Galáxias, se não for trilhões, ou outros “ões” . . . Mas, nesta
galáxia (Via Láctea) está situado o Sistema Solar que é constituído pelo Sol e corpos
que orbitam ao seu redor, como os 8 planetas (Mercúrio, Venus, Terra, Marte, Júpiter,
Saturno, Urano e Netuno). Em pesquisas atuais, já foram constatados que há mais sóis
e mais planetas somente na nossa galáxia.
5 - FLUIDO CÓSMICO UNIVERSAL E PERISPÍRITO
QUAL A RELAÇÃO DO PERISPÍRITO E O FLUIDO CÓSMICO UNIVERSAL?
O FCU (Fluido Cósmico Universal) é um elemento no qual todo o
Universo está mergulhado: os planetas, constelações, sóis, mundos e
seres.
O FCU é composto por elementos químicos. Por ex.: quando respiramos,
estamos retirando do FCU um desses elementos químicos, o OXIGÊNIO.
Então, quando se mistura alguns elementos que há neste FCU, ocorre uma
reação. Por ex.: para formar a água, são necessárias uma parte de oxigênio
com duas de hidrogênio (H2O). Se duas partes de oxigênio forem
combinadas com duas partes de hidrogênio (H2O2), em vez de água teremos
a água oxigenada, líquido corrosivo, formado, no entanto, dos mesmos
elementos que entram na composição da água, porém noutra proporção.
Em poucas palavras, a formação de todos os corpos da Natureza (vegetal,
animal e mineral), resulta de princípios elementares combinados em
proporções diferentes no grande laboratório de Deus. E com o perispírito
não é diferente. Cada vez que reencarnamos, nós espíritos, utilizamos um
corpo espiritual que é o perispírito. E o material que é utilizado para formar
este perispírito é retirado do FCU daquele planeta que reencarnaremos. Se
o planeta for inferior, o perispírito será mais grosseiro, se o planeta for mais
evoluido, o perispírito será mais sutil, mais fino. É como se no início de
nossa evolução usássemos muitas blusas, conforme vamos evoluindo
vamos retirando uma peça de roupa. E assim vamos ficando mais leve, até
o dia que não precisaremos mais utilizar um perispírito. Mas, enquanto o
utilizarmos, este será formado com elementos do FCU.
Pergunta de um seguidor do blog e resposta de Rudymara
6 – O ESPÍRITO NA VISÃO ESPÍRITA
Que é Espírito?
Espírito é o princípio inteligente do Universo. É nele que fica armazenado todo
conhecimento que adquirimos através das inúmeras encarnações. O Espírito se utiliza
da matéria (corpo físico) para expor sua inteligência aos que não tem mediunidade
para vê-los, ou seja, a matéria não tem inteligência.
Onde moram os Espíritos?
Estes seres inteligentes, quando estão desencarnados, povoam o mundo invisível.
Muitos ficam em colônias, outros em regiões umbralinas, há quem continue
convivendo com os encarnados para obsediar, por apego aos bens materiais, aos
familiares e por outros tantos motivos, depende do grau de entendimento,
desprendimento e evolução de cada um. Mas, quando estão encarnados, ou seja,
quando revestem temporariamente um corpo carnal aproveitam para se purificar,
esclarecer e evoluir.
Espírito tem sexo?
Não, tanto podem encarnar em um corpo masculino como feminino. Quando estão
encarnados, interpretam papéis, como artistas num filme ou novela. Um homem, por
exemplo, não É homem, ele ESTÁ interpretando o papel de homem, porque veste um
corpo masculino. Assim ocorre também em relação à mulher.
Qual a diferença de Espírito e alma?
Ambos são a mesma coisa. Só utilizamos o termo ESPÍRITO quando este está
desencarnado e ALMA quando o Espírito está encarnado.
Há outra coisa no homem além do corpo carnal e do Espírito?
Sim. Há outro corpo que liga o Espírito ao corpo físico que chamamos de Perispírito.
Como o Espírito não tem uma forma definida, é o perispírito que lhe dá esta forma. Ele
é a roupagem do Espírito. O perispírito é semimaterial, ou seja, ele não tem tanta
matéria como o corpo físico, mas não é desmaterializado como o Espírito. É ele que
possibilita a comunicação entre o corpo físico e o Espírito e vice-versa.
Numa comunicação espiritual quem aparece ao médium é o Espírito ou o
perispírito?
É o Espírito utilizando o perispírito. Como foi dito anteriormente, o Espírito não tem
uma forma definida, ele é como uma chama, um clarão, ou uma centelha etérea.
Então, geralmente, ele aparece ao médium com a aparência que tinha na última
encarnação, mas ele pode modificar a aparência e aparecer mais jovem, com
aparência de outras encarnações, etc. E quem proporciona esta moldagem e
modificação é o perispírito.
O Espírito pode ficar visível e palpável aos encarnados?
Na questão 95 do O Livro dos Espíritos os Espíritos disseram à Allan Kardec que o
Espírito pode ficar visível e até palpável aos encarnados na forma, como já dissemos,
que lhe convém usando o envoltório semi material chamado perispírito. Exemplo:
Emmanuel não se apresentava com a aparência de sua última encarnação (Manoel da
Nóbrega), mas sim com a da encarnação que lhe marcou mais que foi como o senador
Públio Lentulus, que viveu na época de Jesus, confirmada no livro "HÁ 2000 MIL
ANOS".
O que seria o corpo físico sem alma?
Seria um corpo de carne sem inteligência. Exemplo: O corpo físico é como uma roupa.
Quando vestimo-la tem movimento. Quando a tiramos ela fica inerte, não se mexe,
não tem movimento. Com o corpo físico é a mesma coisa. O que dá movimento ao
corpo físico é o Espírito ou alma juntamente com o fluido vital.
Então, o corpo físico não existe sem alma?
Existe. Por exemplo: durante o sono ou o coma, a alma sai, mas o corpo físico, apesar
de inerte, continua vivo. O corpo físico e a alma estão separados, mas há um cordão
fluídico que os mantém ligados. Mas, quando este cordão se rompe, ou seja, quando a
vida orgânica se esgota, a alma não poderá habitar mais este corpo. E um corpo sem
alma é uma massa de carne sem inteligência.
E o que é fluido vital?
Quando o Espírito encarna, recebe uma carga de fluido vital (fluido da vida), que
chamamos de princípio vital, porque é ele que dá princípio á vida. Este fluido é a
energia que o Espírito necessitará para sua experiência reencarnatória. Por exemplo:
o Espírito que reencarna para viver em torno de 20 anos não receberá a mesma
quantidade de fluido de quem reencarna para viver em torno de 60 anos. A quantidade
de fluido recebido não é a mesma em todos os seres orgânicos.
O Espírito pode viver no corpo físico além do tempo marcado?
Sim. A vida bem vivida pela causa do Bem pode dar “moratória”,ou seja, uma
sobrevida, uma dilatação do tempo de permanência do Espírito no corpo de carne.
Qual a função do fluido vital no organismo físico?
Os órgãos se impregnam do fluido vital e este tem a função de dar a todas as partes
dos organismos uma atividade. Mas, quando os elementos essenciais ao
funcionamento dos órgãos estão destruídos, ou muito profundamente alterados, o
fluido vital se torna impotente para lhes transmitir o movimento da vida, e o ser morre.
O fluido vital é para o Espírito encarnado o que a pilha é para um aparelho elétrico
que, com o tempo vai descarregando. E assim como há pilha que pode ser
recarregada, há corpos que também podem. Então, o Espírito encarnado poderá
adquirir este fluido vital, no decorrer da vida, para sua manutenção quando absorve
automaticamente e inconscientemente por várias portas de entrada, destacando-se a
respiração, a alimentação e os centros de força vital, os chamados chacras, através,
por exemplo, do passe e da prece. Há pessoas que possuem o fluido em quantidade
apenas suficiente e outras em abundância. Quem tem mais pode transmitir a quem
tem menos.
Os animais e plantas tem alma?
Os animais, o homem e as plantas são seres orgânicos, ou seja, eles nascem,
crescem, se reproduzem por si mesmos e morrem. São providos de órgãos especiais
para a realização dos diferentes atos da vida, apropriados às suas necessidades de
conservação. Mas, apesar de serem seres orgânicos, as plantas não têm alma, já o
homem e animais têm. As plantas não pensam, não sentem dor, só tem vida orgânica.
Já os animais têm alma, mas esta é inferior à do homem.
E os seres inorgânicos?
Os seres orgânicos são todos os que não tem nem vitalidade, nem movimentos
próprios e são formados apenas pela agregação da matéria; são os minerais, a água,
etc. Estes também não tem alma.
Compilação, observações e exemplos de Rudymara
7- QUAL A DIFERENÇA DE RESSURREIÇÃO E REENCARNAÇÃO?
Reencarnação é uma palavra criada por Allan Kardec que significa a volta do espírito “NA”
carne, “NUMA NOVA CARNE”. E ressurreição significa “RESSURGIR”. Muitos entendem a
ressurreição como o ressurgimento do espírito na carne, mas “NA MESMA CARNE”, ou seja,
no mesmo corpo que morreu. Mas, como pode um espírito ressuscitar (ressurgir), por
exemplo, num corpo carbonizado, ou que foi comido pelos peixes, etc.? Então, reencarnação
significa o retorno do espírito em um novo corpo carnal; e ressurreição significa o retorno do
espírito no mesmo corpo carnal, o que cientificamente é impossível. As aparições de
desencarnados (mortos) acontecem graças ao corpo espiritual, também conhecido como
perispírito ou corpo astral, já que o corpo material está morto. Foi o que aconteceu, por
exemplo, com Jesus quando este se materializou ante os discípulos (Mc 16:4/18; Lc 24:36/49 e
Jo 20:19/23). As portas da casa onde os apóstolos encontravam-se estavam trancadas, porque
eles tinham medo da perseguição dos judeus. E estavam eles ainda falando dessas coisas,
quando Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz seja convosco!” Como teria Jesus
entrado, se as portas estavam trancadas? Sendo fluídico o corpo com o qual ressurgira, não
encontrou nenhum obstáculo nas paredes ou portas trancadas.
Se Kardec não houvesse criado a palavra REENCARNAÇÃO, nós espíritas poderíamos usar a
palavra RESSURREIÇÃO para dizer que RESSUSCITAREMOS, ou seja, RESSURGIREMOS em UM
NOVO CORPO CARNAL, o sentido seria o mesmo que damos ao significado da palavra
REENCARNAÇÃO. Algumas religiões cristãs anunciam a ressurreição dos mortos e o retorno de
Jesus para separar o "joio" do "trigo", os "bodes" das "ovelhas", os bons dos maus,
transformando a Terra em paraíso pelos "eleitos". Parece filme de horror imaginar corpos
decompostos reorganizando-se, reestruturando células e órgãos, com o aproveitamento de
átomos que se dispersaram e que, no desdobrar do tempo, formaram incontáveis organismos
nos reinos vegetais e animais. Ainda que isso ocorresse, por mágica divina, haveria uma
multidão tão grande de ressuscitados que, literalmente, ocuparia todos os espaços, tornando
impossível a vida na Terra, já que o homem surgiu há pelo menos um milhão de anos. Essas
fantasias, extremamente ingênuas à luz do conhecimento atual, nasceram de interpretações
equivocadas, por má fé ou descuido, de textos evangélicos. O "juízo final" é incompatível com
a Justiça, pois nenhum crime, por mais tenebroso, nenhum comportamento, por mais vicioso,
nenhuma existência, por mais comprometida com o mal, justifica uma destinação definitiva,
um sofrimento sem fim. Não há crime que justifique um castigo eterno. Toda sentença deve
ser compatível com as necessidades evolutivas de cada um.
Reencarnação não é punição é oportunidade de repararmos os erros que cometemos. Deus é
misericordioso, bondoso e justo, ele não castiga ninguém. Ele nos mandou as leis que devemos
seguir, através de Jesus. Se nós não seguirmos direitinho estas leis, teremos que nascer de
novo, quantas vezes forem necessárias, para que aprendamos a segui-las. "Se nossa esperança
em Cristo se limita a essa vida somos os mais infelizes de todos os homens." - Coríntios 15:19
Compilação de Rudymara
8 - ONDE FICA NOSSA INTELIGÊNCIA?
Para responder esta pergunta, primeiro precisamos saber QUEM SOMOS.
Segundo explicação dos Espíritos a Kardec em O Livro dos Espíritos, SOMOS ESPÍRITOS,
e os Espíritos são o princípio inteligente do universo e sua forma, para que possamos
entender, é como se fosse “uma chama, um clarão ou uma centelha etérea.” Então,
podemos concluir que não temos uma forma definida. Nós adquirimos uma forma a
cada encarnação. E esta forma só é possível graças ao PERISPÍRITO. Quanto mais
evoluído for o Espírito, mais sutil (fino) será o perispírito. Os elementos que formam o
perispírito é retirado do fluido existente no planeta que o Espírito irá encarnar.
Quando o Espírito se tornar um Espírito puro, através das muitas encarnações, ele não
precisará mais do perispírito, este então não existirá mais. Mas, um Espírito puro pode
escolher encarnar (mesmo sem precisar) para ajudar na evolução de um povo ou de
um planeta, como foi o caso de Jesus. Neste caso, ele utilizará um perispírito
novamente, no tempo que estiver encarnado e poderão também utilizar o perispírito
para serem reconhecidos onde fizerem aparições. Portanto, chegará um dia que não
utilizaremos um corpo físico porque não precisaremos encarnar mais e nem corpo
espiritual ou corpo astral (perispírito) porque seremos um Espírito puro, seremos
apenas uma chama, um clarão ou uma centelha etérea.
Estas informações nos faz pensar que: Jesus e Deus não tem um corpo definido ao
nosso limitado conhecimento. Portanto, não ficam sentados em tronos; se o Espírito
não tem forma também não tem sexo, ou seja, ser do sexo masculino e feminino só
quando estamos encarnados; que os Espíritos não retrocedem na evolução, portanto,
quando alcançam a perfeição não se rebelam, porque não abrigam mais sentimentos
de orgulho ou revolta.
Onde fica nossa inteligência?
No ESPÍRITO. Se fosse no corpo físico tudo que adquiríssemos de conhecimento e
aprendizado se perderia com a morte do corpo físico. Se ficasse no perispírito, todo
conhecimento e aprendizado se perderiam quando não precisarmos mais do
perispírito. Então, a inteligência, conhecimento e aprendizado ficam armazenados no
ESPÍRITO. Só ele é eterno.
Onde fica a inteligencia dos deficientes mentais?
Geralmente são Espíritos que usaram a inteligência para prejudicar o próximo ou
foram suicidas. A Providência Divina permite que determinados espíritos reencarnem
nesta condição, para aprenderem uma grande lição através do constrangimento a que
ficam sujeitos, totalmente impossibilitados de se manifestarem normalmente. Neste
caso, o corpo físico é planejado (antes de encarnar) para aquele Espírito. Ele (corpo
físico) terá limitações para dificultar a manifestação do Espírito preso a ele. Mas, o
conhecimento, o aprendizado que adquiriram anteriormente continua guardado no
ESPÍRITO, mas naquela encarnação não poderá se manifestar. Não pensemos que a
existência como excepcional seja perdida em termos de aprendizado. O espírito sofre
não poder manifestar-se, contudo mantém todas as suas faculdades e gradativamente
aprenderá a não utilizá-las mal. O deficiente mental é como um motorista de fórmula 1
que tem um carro inferior com motor ruim. Ele sabe dirigir, mas o carro (corpo físico)
não corresponde a altura de seu conhecimento e vontade.
TEXTO DE RUDYMARA
9 - ESPÍRITA OU KARDECISTA?
Espiritismo é uma doutrina filosófica, científica e religiosa.
Espiritualismo é a crença em algo além da matéria. Muitas crenças crêem na
comunicação com os espíritos (espírito santo, caboclos, etc. ), mas não são espíritas.
Podemos concluir que todo espírita é espiritualista (porque crê em algo além da
matéria), mas nem todo espiritualista é espírita (porque não segue os ensinamentos
trazidos pelos espíritos através de Allan Kardec) .
AFINAL, NÓS SOMOS ESPÍRITAS OU KARDECISTAS?
Nós espíritas não podemos relutar em responder quando somos inquiridos qual é a
nossa religião, e jamais dizer: “EU SOU KARDECISTA.” Devemos responder: “EU SOU
ESPÍRITA”. Quando respondemos "SOU KARDECISTA" estamos afirmando que o
Espiritismo se divide com várias denominações, o que não é verdade. Muitos dizem,
por exemplo: “alto espiritismo, espiritismo de mesa branca, linha Kardecista,
Espiritismo do Bem, etc.” Mas Espiritismo é um só. Centro Espírita só os que seguem a
Doutrina dos Espíritos. As outras religiões que usam o nome de "Centro Espírita" e
divergem dos ensinamentos dos Espíritos que estão nas obras básicas codificadas por
Kardec, não são Centros Espíritas, são Casas Espiritialistas. Eis alguns exemplos de
casas espiritualistas: "Centro Espírita Tenda Fraterna", "Centro Espírita de Umbanda
Cobra Coral", etc. Tais casas deveriam mudar para "Casa Espiritualista Tenda fraterna";
"Casa Espiritualista de Umbanda Cobra Coral". Mas lembrando sempre que, todas
devem ser respeitadas, principalmente quando acreditamos na nossa.
Além de tudo isso, quando dizemos "SOU KARDECISTA", estamos dizendo também
que seguimos os ensinamentos de Kardec, quando na verdade seguimos os
ensinamentos dos espíritos. Kardec apenas organizou os ensinamentos dos espíritos.
O Espiritismo é uma doutrina sem sacerdotes, sem dogmas, sem rituais, não adota em
suas reuniões e em suas práticas qualquer tipo de paramentos ou vestes especiais (as
vestes brancas devem ser as que nos cobrem o espírito e o nosso perispírito); não
utilizamos sal grosso, plantas, amuletos, etc. (porque o nosso coração é nosso escudo,
quando nele mora o amor); não adotamos cálice com vinho ou bebidas alcoólica (os
espíritas não devem alimentar o vício do álcool nem do fumo, porque precisamos estar
lúcidos para apreciar a beleza da vida); não utilizamos incenso, mirra, velas (porque
são coisas materiais e nós usamos a prece para nos sustentar o espírito); não temos
altares, imagens, andores, procissões, pagamento pelos trabalhos espirituais, talismãs,
sacrifício animal, santinhos, administração de indulgências, confecção de horóscopos,
exercício da cartomancia, quiromancia, astrologia, numerologia, cromoterapia,
pagamento de promessas, despachos, riscos de cruzes e pontos, não temos curas
espirituais com cortes, orações milagrosas para resolver problemas sentimentais,
financeiros, etc.
Compilação de Rudymara
Por que no Brasil se confunde Espiritismo com cultos africanistas, com terreiros e
coisas assim?
Raul Teixeira responde: Isso se deve ao fato de termos um grande contingente de
pessoas que desconhecem o que seja o Espiritismo e que não se interessam, nem
desejam saber o que realmente ele é. Muitos espalham informações sobre o
Espiritismo de acordo com o que supõem que seja, demonstrando grande dose de
leviandade ou de má intenção. Ainda que o Espiritismo e, por sua vez, os espíritas, não
tenham nada contra as práticas e crenças africanistas, é importante que cada coisa
esteja no seu lugar, facilitando até a busca e o enquadramento das criaturas que estão
procurando novas propostas de vida. Somente por meio das leituras sérias e dos
estudos metódicos se conseguirá desfazer a confusão que gera tantos mal entendidos
entre os espiritualismo.
(Do livro: Ante o vigor do Espiritismo)
10 - COMO NASCERAM OS LIVROS DA CODIFICAÇÃO?
O primeiro livro espírita a ser codificado por Allan Kardec foi “O Livro dos Espíritos”. Ele
apresenta-se na forma de perguntas e respostas. As perguntas foram feitas por Kardec e as
respostas foram dadas pelos Espíritos, totalizando 1.019 tópicos. Foi o primeiro de uma série
de cinco livros editados pelo pedagogo sobre o mesmo tema. As médiuns que serviram a esse
trabalho foram inicialmente Caroline e Julie Boudin (respectivamente, 16 e 14 anos à época),
às quais mais tarde se juntou Celine Japhet (18 anos à época) no processo de revisão do livro.
Após o primeiro esboço, o método das perguntas e respostas foi submetido a comparação com
as comunicações obtidas por mais de dez médiuns franceses, cujos textos psicografados
contribuíram para a estruturação de O Livro dos Espíritos, publicado em 18 de Abril de 1857,
no Palais Royal, na capital francesa, contendo 550 itens. Só a partir da segunda edição, lançada
em 16 de março de 1860, com ampla revisão de Kardec mediante o contato com grupos
espíritas de cerca de 15 países da Europa e das Américas, aparecem as atuais 1019 perguntas e
respostas. Este livro está dividido em quatro (4) partes, e de cada parte nasceram os demais
livros da codificação.
1ª PARTE : DAS CAUSAS PRIMÁRIAS: deu origem ao 5º livro "A GÊNESE" (1868). Este livro,
além de representar a maturidade do pensamento kardequiano em torno da Doutrina Espírita,
traz de forma lógica e reveladora, considerações acerca da origem do planeta Terra; explica a
questão dos milagres, a natureza dos fluidos, os fatos extraordinários e as predições contidas
no Evangelho;
2ª PARTE: DO MUNDO ESPÍRITA OU MUNDO DOS ESPÍRITOS: deu origem ao 2º livro "O LIVRO
DOS MÉDIUNS" (1861). Também conhecido como guia dos médiuns e dos evocadores, o livro
dá seqüência ao “O Livro dos Espíritos”. Ele trata do tema central da Doutrina: a atuação dos
médiuns e o relacionamento deles com os Espíritos desencarnados. Trata também da Ciência
espírita e apresenta uma série de definições para as atuações e tipos de médiuns, bem como
para os Espíritos que podem apresentar imperfeições, uma vez que nada mais são do que
humanos sem corpo físico;
3ª PARTE: DAS CAUSAS MORAIS: deu origem ao 3º livro "O EVANGELHO SEGUNDO O
ESPIRITISMO” (1864). Kardec entendia que as seitas, cultos e religiões se preocupam mais com
a parte mística do que com a parte moral. Explica ele que, apesar da moral evangélica ter sido
sempre admirada, trata-se mais de um ato de fé do que compreensão verdadeira, uma vez que
o novo testamento é de difícil entendimento para a maioria dos leitores. Os preceitos morais
contidos no Evangelho foram escritos repletos de parábolas e metáforas, dificultando o
entendimento. Assim, para tornar as “passagens obscuras” do texto, mais claras, o Evangelho
Segundo o Espiritismo traz explicações sobre como aplicar os ensinamentos de Cristo na vida.
Desta maneira, com a ajuda dos Espíritos, Kardec introduz o que ele chama de “chave” para
decifrar o conteúdo do Evangelho;
4ª PARTE: DAS ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES: deu origem ao 4º livro "O CÉU E O INFERNO”
(1865). Este livro trata das causas do temor da morte; fala obviamente sobre Céu e Inferno, e
traça paralelos entre as crenças cristãs existentes e a espírita (uma nova crença cristã) a
respeito do limbo, das penas eternas, dos anjos e origem dos demônios. Na parte em que
apresenta depoimentos, surgem narrações de desencarnados em condições razoáveis de
evolução, bem como Espíritos infelizes, sofredores e suicidas. Traz um exame comparando
sobre a passagem da vida material para a espiritual, falando sobre as penalidades e
recompensas, anjos e demônios.
Portanto, O Livro dos Espíritos é uma obra monumental, antídoto do materialismo, bússola
que nos orienta à viagem para nosso interior.
Compilação de Rudymara
11 - OS ESPÍRITAS SÃO CONTRA A BÍBLIA?
O estudo da Bíblia é importante e interessa a todos os cristãos (inclusive, portanto, aos
espíritas), porque é na Bíblia que encontramos os relatos sobre a vida de Jesus (que era judeu,
da casa de Judá, (uma das tribos dos hebreus) e a história do povo em que ele nasceu e viveu.
Conhecendo o povo, a época, os lugares e as circunstâncias em que Jesus viveu, poderemos
entender melhor seus atos e sua mensagem. Mas, não podemos ignorar que o Velho
Testamento há uma parte humana e uma parte divina. A parte humana é constituída pelas
idéias que os hebreus faziam quanto à origem do Universo, a criação da Terra e dos seres que
a habitam; pela legislação civil, disciplinar, estatuída por Moisés e outros dirigentes do povo
hebreu. Dessa parte humana da Bíblia, muita coisa ficou ultrapassada pelo progresso do
conhecimento humano e mudança dos costumes sociais. Exemplo: O dever de os pais
apresentarem o filho rebelde e contumaz para ser apedrejado e morto (Deut. 21: 18 a 21). E a
parte divina é constituída pelas revelações feitas por Bons Espíritos em nome de Deus e
através de Moisés e outros profetas (médiuns), transmitindo ensinamentos sublimes sobre as
leis divinas. Como tudo que é divino, essa parte dos ensinamentos bíblicos não mudou nem
perdeu seu valor, permanecendo atual sempre. Exemplo: O Decálogo (os dez mandamentos).
Não basta, pois, ler a Bíblia e decorar suas passagens. É preciso entender, discernir e
interpretar o que ela contém. E muito nos ajudará, no entendimento das passagens bíblicas, o
conhecimento de usos e costumes do povo hebreu, caráter dos israelitas, o modo de se
expressar em imagens fortes e simbólicas, etc. Exemplo: Eliseu, a caminho de Betel, encontra
um bando de crianças que, em infantil folia, o chamam de careca. Tomado de irritação ele
evoca sobre elas a cólera divina. Logo após, duas ursas saem de um bosque próximo e
dilaceram 42 crianças; Salomão, proclamado sábio dos sábios, iniciou seu reinado mandando
eliminar seu irmão Adonias. Consta que castigava impiedosamente seus adversários e que
tinha 700 mulheres e 300 concubinas; Ezequiel, supostamente inspirado por Deus, fez-se
amarrar, comeu um pergaminho e deitou-se 390 dias sobre o lado direito, mais 40 sobre o
esquerdo, depois banqueteou-se comendo bolos assados sobre excrementos humanos . . .
Então, embora estudemos também o Velho Testamento, é o Novo Testamento que os espíritas
dão maior importância e valor, porque nele está o cerne doutrinário do Cristianismo, o
ensinamento espiritual do Cristo, revelação mais avançada e aperfeiçoada que a de Moisés.
Lembrando que um doutor da lei (conhecedor das leis mosaica) testou Jesus perguntando qual
era o maior mandamento da Lei, e Jesus respondeu: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo
coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, este é o maior e o primeiro
mandamento (Deuteronômio 6:5). E o segundo, semelhante a este é: Amarás ao teu próximo
como a ti mesmo (Levítico 19:18). Estes dois mandamentos contém toda A LEI E OS
PROFETAS."
Mas, o que é A LEI e quem são OS PROFETAS?
A Lei são as regras contidas nos 5 primeiros livros do Antigo Testamento (Torah) atribuídos a
Moisés: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Uma parte são leis civis,
disciplinares, e humanas; a outra parte são revelações feitas por Bons Espíritos em nome de
Deus e através de Moisés (os 10 Mandamentos).
Os Profetas são os demais livros do Velho Testamento (Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, etc.).
Como podemos observar, Jesus demonstrou como sempre, perfeito conhecimento das
escrituras, retirou dois mandamentos da legislação mosaica e usou para resumir o Velho
Testamento (A Lei e os Profetas). É como se Ele dissesse: “ESTAS DUAS LEIS RESUMEM O
ANTIGO TESTAMENTO.” Agora perguntemos: “QUEM CONSEGUE SEGUIR ESTAS DUAS LEIS?”
Afinal, para amarmos Deus, teremos que aprender a amar, respeitar toda Sua criação (a flora,
a fauna, enfim a Natureza em geral, o próximo e inclusive a nós mesmos). Perguntemos
novamente: “QUEM JÁ CONSEGUE PRATICAR ESTE AMOR”. Consultemos nossa consciência.
Compilação de Rudymara
12 - DEVEMOS SEGUIR O NOVO OU O VELHO TESTAMENTO?
COMPAREMOS OS DOIS E TIREMOS NOSSAS CONCLUSÕES:
Antigo Testamento - Moisés recomendou: "NÃO RECORRAIS AOS PROFETAS, NEM
CONSULTEIS OS ESPÍRITOS PARA NÃO VOS TORNARDES IMPUROS. " (Lv 19,31). Mas, o mesmo
Moisés disse: "QUEM DERA TODA ISRAEL PROFETIZASSE ASSIM." Ele se referia a Eldade e
Medade que usavam sua mediunidade para curar, orientar e ajudar. Então, Moisés não era
contra o profetismo e sim contra o mal profetismo, ou seja, a exploração do profetismo (Num.
11. 16, 17:24-29) . Novo Testamento – (Atos 2:17 a 18) – “(...) DERRAMAREI DO MEU ESPÍRITO
SOBRE TODA CARNE VOSSOS FILHO SE VOSSAS FILHAS PROFETIZARÃO, VOSSOS JOVENS TERÃO
VISÕES, E VOSSOS VELHOS, SONHOS. NAQUELES DIAS, DERRAMAREI MEU ESPÍRITO SOBRE
MEUS SERVOS E SOBRE MINHAS SERVAS, E ELES PROFETIZARÃO. - Por que nos fazer profetas
se no Antigo Testamento a lei proíbe que os procuremos?
Antigo Testamento - OS FILHOS DEVEM PAGAR PELOS PECADOS DOS PAIS (Exôdo, 20:5). Novo
Testamento - Em Rom. 14:12 diz: "CADA UM DE NÓS DARÁ CONTAS DE SI MESMO PARA
DEUS." Se prestaremos contas de nossos erros, como pagaremos pelos erros (pecados) dos
outros?
Antigo Testamento - QUEM TRABALHAR NO SÁBADO SERÁ MORTO(Exôdo, 35:2) –Devemos
matarosmédicos, enfermeiros,bombeiros, e tantos outros profissionais que trabalham nesse
dia? Novo Testamento - Jesus disse aos que o perguntaram se era lícito curar no sábado:
"QUAL DE VOCÊS NÃO SOCORRERÁ UMA OVELHA QUE CAIR NUMA COVA NO SÁBADO?"
(Mateus, 12: 9 a 14)
Antigo Testamento - OS FILHOS DESOBEDIENTES E REBELDES, QUE NÃO OUÇAM SEUS PAIS E
SE COMPROMETAM NO VÍCIO, SERÃO APEDREJADOS ATÉ A MORTE (Deuteronômio, 21:18-21)
– Quantas igrejas, templos, estariam vazios, pois a maior parte foram, ou são,filhos
desobedientes e rebeldes. Devemos seguir o perdão que Jesus ensinou ou devemos sair
matando e transgredindo a lei de Deus que diz: “NÃO MATARÁS” .
Antigo Testamento - O HOMOSSEXUALISMO SERÁ PUNIDO ATÉ A MORTE (Levítico, 20:13)
Hoje, até representante religiosos seriam mortos se levássemos esta lei ao pé da letra.
Antigo Testamento - DEFICIENTES FÍSICOS ESTÃO PROIBIDOS DE APROXIMAR-SE DO ALTAR DO
CULTO, PARA NÃO PROFANÁ-LO COM SEU DEFEITO (Levítico, 21: 17-23) – E os deficientes
“morais” podem profanar? Chega de inclusão social? Os deficientes físicos não são filhos de
Deus? Novo Testamento - "TUDO QUE FIZERDES AO MENOR DE MEUS IRMÃOS, A MIM QUE
FAZEIS" (Mat. 25:40)
Antigo Testamento - OS ADÚLTEROS SERÃO APEDREJADOS ATÉ A MORTE (Deuteronômio,
22:22) – E no mesmo Antigo Testamento diz: “NÃO MATARÁS” Novo Testamento: - PERDOAI A
QUEM LHE TENHA OFENDIDO (Mateus 6:12)
Antigo Testamento: "DEUS CONDENA À MORTE À TODO AQUELE QUE INVOCAR OUTRO
ESPÍRITO QUE NÃO ELE." - (Deut. 13:1-18). Novo Testamento: Jesus evocou os "mortos" Elias e
Moisés (o dono da proibição) na passagem da transfiguração (Luc. 9:29-36). Jesus transgrediu
a lei de Moisés? Este puxou a orelha de Jesus? Claro que não. Ali Jesus mostrou que é possível
a comunicação com os mortos e liberou assim esta prática, desde que para fins sérios e úteis.
As leis do antigo testamento foram feitas por Moisés para conter aquele povo ignorante. Ele
precisava dizer que eram leis de Deus para serem respeitadas. As únicas leis que vieram de
Deus foram os 10 mandamentos, por isso era contraditório perante às leis de Moisés.
Lembremos que um doutor da lei testou Jesus perguntando qual era o maior mandamento da
Lei (Mosaica), e Jesus respondeu: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo coração, e de toda a
tua alma, e de todo o teu entendimento, este é o maior e o primeiro mandamento
(Deuteronômio 6:5). E o segundo, semelhante a este é: Amarás ao teu próximo como a ti
mesmo (Levítico 19:18). Estes dois mandamentos contém toda a lei e os profetas.
A Lei são as regras contidas nos 5 primeiros livros da Bíblia atribuídos a Moisés: Gênesis,
Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Uma parte são leis civis, disciplinares, e humanas; a
outra parte são revelações feitas por Bons Espíritos em nome de Deus e através de Moisés (os
10 Mandamentos).
Os Profetas são os demais livros do Velho Testamento (Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, etc.).
Jesus demonstrou como sempre, perfeito conhecimento das escrituras e retirou delas dois
mandamentos da legislação mosaica e usou para resumir o Velho Testamento.
Portanto, embora estudem também o Velho Testamento, é o Novo Testamento que os
espíritas dão maior importância e valor, porque nele está o cerne doutrinário do Cristianismo,
o ensinamento espiritual do Cristo, revelação mais avançada e aperfeiçoada que a de Moisés.
OBSERVEMOS: O Velho Testamento é seguido pelos judeus, seguidores da religião chamada
Judaismo, onde há leis escritas por Moisés. Os judeus não aceitam Jesus como o Messias
prometido porque acham que Ele não preencheu as profecias messiânicas; porque o
Cristianismo contradiz a teologia judaica e porque os versículos bíblicos "referindo-se" a Jesus
são traduções incorretas. Então, o Novo Testamento deveria ser as únicas escrituras seguidas
pelas religiões cristãs: Espiritismo, Catolicismo, Protestantismo, etc., onde há os ensinamentos
do Cristo.
Compilação de Rudymara
13 - O EVANGELHO DOS ESPÍRITAS
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO nada mais é que o
Novo Testamento com explicações segundo a visão espírita e organizado
por Allan Kardec.
Ele trata com atenção especial a aplicação dos princípios da moral cristã e
de questões de ordem religiosa como a da prece e da caridade.
Entre as cinco obras do espiritismo compiladas por Allan Kardec, é a que
dá maior enfoque a questões éticas e comportamentais do ser humano.
Na introdução da obra, Allan Kardec divide didaticamente os relatos
contidos nos Evangelhos canônicos em cinco partes: os atos ordinários
da vida de Jesus; os milagres; as predições; as palavras que
serviram de base aos dogmas; e os ensinamentos morais.
Segundo Kardec, se as quatro primeiras foram, ao longo da história,
objeto de grandes controvérsias, a última tem sido ponto pacífico para a
maior parte dos estudiosos.
Assim, é especificamente sobre essa parte (os ensinamentos morais)
que Kardec lança o olhar espírita. Longe de pretender criar um
"Evangelho espírita" ou mesmo de objetivar uma reinterpretação
espírita desse livro sagrado, Kardec se empenha em extrair dos
Evangelhos princípios de ordem ético-moral universais e em demonstrar
sua consonância com aqueles defendidos pelo Espiritismo. Utiliza-se, na
maior parte da obra, da célebre tradução francesa de Sacy.
Eventualmente, para solucionar divergências, ele recorre ao grego e ao
hebraico.
Traz, ainda, um estudo sobre o papel de precursores do cristianismo e do
espiritismo que teria sido desempenhado por Sócrates e Platão,
analisando diversas passagens legadas por estes filósofos que
demonstrariam claramente essa condição.
Esperamos ter tirado a dúvida de muitos que afirmam que os
espíritas seguem um evangelho criado por Allan Kardec.
“...o Espiritismo não traz moral diferente da de Jesus.” (O Livro
dos Médiuns, “Conclusão” VIII)
“A moral que os Espíritos ensinam é a do Cristo, pela razão de
que não há outra melhor.” (A Gênese, cap. I, 56)
Rudymara
14 - COMO DEUS RENOVA OS MUNDOS?
Na pergunta 41 de O Livro dos Espíritos Kardec perguntou:
- Pode um mundo completamente formado desaparecer e disseminar-se de novo no
Espaço a matéria que o compõe?
Resposta dos espíritos:
- Sim, Deus renova os mundos, como renova os seres vivos.
No livro “A Gênese”, cap. XI item 15 diz que: Os planetas são formados de fluido
cósmico universal. Com o tempo, estes planetas se esgotam pelo envelhecimento, por
isso, dissolvem-se pouco a pouco devolvendo ao espaço o fluido cósmico que
utilizaram para formar-se. Este fluido que é devolvido ao espaço será utilizado na
formação de outros mundos.
Como aprendemos nas obras básicas, um planeta novo chama-se mundo primitivo
(onde habita seres maldosos e ignorantes ou maldosos por serem ignorantes); quando
evolui um pouco mais passa a chamar-se mundo de provas e expiação (onde habita
seres que terão de passar por provas e/ou expiar (pagar) pelos seu erros); depois de
evoluir um pouco mais passa a ser um mundo de regeneração (onde habita espíritos
regenerados, mas que terão que provar se estão realmente regenerados); depois
passa a chamar-se ditosos ou felizes (onde o bem predomina, mas ainda não domina,
por isso os habitantes são quase perfeitos)e por fim o mundo divino ou celeste (onde
habita espíritos puros).
Cada vez que os habitantes evoluem ESPIRITUALMENTE, o planeta sofre um
decréscimo junto, ele se modifica, sofre perdas, não só em conseqüência do atrito,
mas também pela desagregação das moléculas, como uma pedra dura que, corroída
pelo tempo, acaba reduzida a poeira. Em seu duplo movimento de rotação e
translação, ele entrega ao espaço parcelas fluidificadas da sua substância, até ao
momento em que se completa a sua dissolução.
E seus habitantes?
Então vejamos, cada vez que evoluímos, nosso perispírito fica mais etéreo, mais sutil,
até o dia que não precisaremos mais dele, ou seja, o perispírito modifica-se também,
fica mais transparente, sua espessura ficará mais fina até desaparecer. Seremos então,
apenas espíritos, uma centelha divina, ou seja, não precisaremos do corpo carnal, nem
do perispírito, habitaremos determinados mundos, mas não estaremos presos a eles
como acontece aos que estão na Terra; poderemos estar em todos os lugares. E,
quando visitarmos mundos inferiores, nos revestiremos com um perispírito cuja
matéria será retirada do mundo que visitarmos, com a rapidez de um relâmpago.
Rudymara
15 - JESUS NÃO É DEUS
Nos primeiros 3 séculos de Cristianismo, não se fala de Jesus como Deus. A idéia de
divinização de Jesus firma-se sob o século IV, ao tempo do Imperador Constantino,
após a célebre controvérsia entre Alexandre e Arrius.
Alexandre, patriarca da Alexandria, pregava um Jesus igual a Deus. Arrius, presbítero
de uma das igrejas, procurava demonstrar Jesus como filho de Deus, mas não igual a
Ele. Entretanto, Arrius é que foi considerado herético e a divindade de Jesus foi
proclamada pela Igreja Católica.
No século VII, se aprovaria o dogma da Santíssima Trindade.
Imposta à cristandade, a divinização de Jesus não foi aceita sempre e nem por todos.
De vez em quando, aqui e ali, surgem tentativas de reapresentar Jesus como um ser
humano. Tentativas que, às vezes, resvalam para o erro de ir ao extremo oposto e
querer fazer de Jesus não apenas um ser humano, mas um homem comum demais,
com as fraquezas e inferioridade dos humanos pouco evoluídos. Podemos citar a
fantasiosa estória do livro Código Da Vinci. É mais fácil tentar justificar nosso erro do
que corrigi-lo. É mais fácil tentar trazer Jesus para nosso nível evolutivo, buscando
erros em Sua conduta, do que buscarmos alcançar o nível Dele. É mais fácil copiar
erros, que supomos ter Ele cometido, do que copiarmos os acertos . . .
Entretanto, no que se refere à natureza de Jesus, os Evangelhos são absolutamente
concordantes e coerentes, não dando lugar a qualquer equívoco.
Kardec examina exaustivamente o assunto em "Um Estudo sobre a Natureza de Jesus"
(em "Obras Póstumas"). As palavras do próprio Jesus são o maior argumento contra a
pretensa natureza divina, que lhe quiseram atribuir posteriormente; elas evidenciam
dualidade e desigualdade entre Jesus e Deus, que não há entre eles quaisquer
identidade nem de natureza nem de poder, pois: um é o Criador, outro a criatura; um
é o Senhor, outro o seu enviado e submisso executor de sua vontade. Eis algumas
dessas afirmativas:
"que te conheçam a ti, O ÚNICO DEUS VERDADEIRO, e a Jesus Cristo, A QUEM
ENVIASTE" - (Jo 17:3)
"meu Pai, que me enviou, foi quem me prescreveu, POR MANDAMENTO SEU, O QUE
DEVO DIZER E COMO DEVO FALAR" - (Jo 12:49/50)
" . . .as obras que meu Pai ME DEU O PODER DE FAZER (...) dão testemunho de mim" (Jo 5:36)
"NADA FAÇO DE MIM MESMO; MAS DIGO O QUE MEU PAI ME ENSINOU" - (Jo 8:28)
"se me amásseis, rejubilaríeis, pois que vou para meu Pai, porque MEU PAI É MAIOR
DO QUE EU" - (Jo 14:28)
"Pai, tudo TE É POSSÍVEL (Mc 14:26)
"Se QUERES, afasta de mim este cálice" - (Lc 22:42) "Todavia, não seja como eu quero
e, sim COMO TU QUERES" - (Mt 26:39)
"Pai, NAS TUAS MÃOS ENTREGO O MEU ESPÍRITO" - (Lc 23:46)
Mesmo após a sua morte e ressurgimento espiritual, Jesus continua a demonstrar,
com suas palavras, que permanece a dualidade e desigualdade entre ele e Deus: "Subo
para MEU PAI e vosso Pai, para MEU DEUS e vosso DEUS." - (Jo 20:17)
Compilação de Rudymara
16 - COMO ACONTECE NOSSA EVOLUÇÃO
Nosso planeta teve sua origem há mais ou menos 4,5 bilhões de anos e tudo era uma
massa incandescente não possibilitando haver vida.
No decorrer de milhões de anos, a massa incandescente foi esfriando e foram se
formando os elementos que existem hoje em nosso planeta: o ar, a água, as rochas, o
solo, as plantas, os animais e o homem.
A vida apareceu há mais ou menos 3,5 bilhões de anos, portanto, um bilhão de anos
após o início da formação da Terra. Afirma-se que a primeira forma de vida surgiu na
água sob forma de seres minúsculos extremamente simples. Estes foram se tornando
cada vez mais complexos e deram origem às células, depois às plantas e aos animais
invertebrados que habitavam o mar. Mais tarde, a vida se fixou sobre a terra firme e
depois no ar.
É fantástica a marcha de surgimento de diferentes formas de vida sobre a Terra:
microrganismos, plantas, peixes, répteis, aves, mamíferos.
Ao longo de muito tempo, os seres sofreram transformações sucessivas, dando origem
a várias espécies. Esse processo chama-se EVOLUÇÃO.
Mas, após os répteis, surgem os animais horrendos das eras primitivas, os
dinossauros. Emmanuel, no livro A Caminho da Luz disse que a Natureza tornou-se
uma grande oficina de ensaios monstruosos. Os trabalhadores do Cristo analisaram a
combinação prodigiosa dos complexos celulares, cuja formação eles próprios haviam
delineado, então, aperfeiçoaram a máquina celular no limite possível em face das leis
físicas do globo. Foi então que eles desapareceram para sempre da fauna terrestre.
Os primeiros seres humanos surgiram sobre a Terra há aproximadamente 3 milhões de
anos. Parece muito, mas não é, se considerarmos que a vida no planeta tem mais de 3
bilhões de anos.
Nós espíritas concordamos com a teoria de Charles Darwin, mas ele deteve-se na
evolução da forma física e Kardec deu continuidade mostrando que o corpo evolui
conforme a evolução espiritual através da reencarnação.
De acordo com o Gênesis (o primeiro livro bíblico), o mundo, os animais e o homem
foram criados diretamente por Deus durante uma semana.
Essa descrição é de uns 3 mil anos atrás, época em que o homem não tinha os
conhecimentos científicos de hoje.
Atualmente, a narrativa da criação do mundo seria bem diferente. Mas num ponto ela
continuará igual: Deus é o criador de tudo o que existe.
Tudo começa pelo átomo; do átomo passamos a ser um mineral; do mineral passamos
a ser um vegetal; do vegetal passamos a ser um animal; do animal passamos a seres
humanos; e enfim, de seres humanos passaremos a arcanjos. Por milênios e milênios
de evolução experimentamos graus inferiores até conquistarmos a inteligência. Entre o
irracional e o homem, há longos caminhos a percorrer.
Não fomos criados todos ao mesmo tempo, porque Deus cria incessantemente, por
isso é natural que encontremos Espíritos, encarnados e desencarnados em graus de
evolução diferentes.
Quando um cachorro, por exemplo, der sinal de inteligência, não continuará mais aqui
na Terra, que não lhe oferecerá condições; ao desencarnar o Espírito desse cachorro
irá para mundos em começo de evolução. Após cachorro, reencarnará no corpo de um
primata aprendendo a andar de pé, a usar as mãos. Depois reencarnará num planeta
primitivo, cujos moradores são espíritos que moram em cavernas. E assim, evoluirá
com o planeta, assim como ocorreu com nós. Fomos moradores das cavernas,
desencarnamos e aprendemos no plano espiritual alguma coisa; reencarnamos e
voltamos melhor, com mais conhecimento; desencarnamos e encarnamos várias vezes
até sairmos da caverna e nos tornarmos seres mais evoluídos, buscando cada vez mais
o crescimento espiritual. Nosso planeta já foi um mundo primitivo e está passando de
provas e expiações para regeneração. Enquanto isso, outros mundos estão sendo
criados e com ele passando por todo processo de evolução deles e dos seres que nele
aparecerem.
Cada planeta é habitado por Espíritos com grau evolutivo correspondente ao planeta.
Allan Kardec classifica os planetas em:
1) Primitivos: onde os espíritos realizam suas primeiras encarnações.
2) De provas e de Expiações: onde predomina o mal, porque há muita ignorância; aí,
as pessoas sofrem as conseqüências dos erros praticados (expiação) ou passa por
experiências, testes, testemunhos (provas). A Terra é um mundo assim.
3) De Regeneração: neles não há mais a expiação, mas ainda há provas pelas quais o
espírito tem de passar para consolidar as conquistas evolutivas que fez e desenvolverse mais. São mundos de transição entre os mundos de expiação e os que vêm a seguir.
4) Ditosos ou Felizes: nestes mundos predomina o bem, porque seus moradores são
espíritos mais evoluídos; há muito bem-estar e progresso geral.
5) Divinos ou Celestes: onde o bem sem qualquer mistura e a felicidade é absoluta,
como obra sublime dos seus moradores: os puros espíritos.
Compilação de Rudymara retirados dos livros "A Gênese" de Kardec; "O Evangelho
segundo o Espiritismo"; "A Caminho da luz" de Emmanuel; "Espiritismo, uma nova
era" de Richard Simonetti.
17 - DEUS DISTRIBUIU MEDIUNIDADE
O apóstolo Pedro, vendo os apóstolos recebendo o “Espírito Santo”, no
dia de Pentecostes (50 dias depois da ressurreição de Jesus) lembrou-se
da profecia de Joel e disse: “Estes homens não estão embriagados, mas o
que acontece aqui é o que foi dito (profetizado) por Joel (profeta ou
médium do antigo testamento): Que o Senhor, nos últimos tempos,
derramaria do Seu Espírito sobre toda a carne; que seus filhos e suas
filhas profetizariam, os jovens teriam visões (foi o caso de Maria), e os
velhos sonhos (foi o caso de José). E naqueles dias, ele derramaria de Seu
Espírito sobre Seus servos e sobre Suas servas, e eles profetizariam.”
(Atos, 2: 17 e 18)
Este Espírito, que o profeta (médium) Joel disse que seria derramado
sobre toda a carne são Espíritos desencarnados (mortos) que uns chamam
de anjo, outros chamam de Espírito, outros de Espírito Santo. Analisemos
este conselho de Paulo aos Coríntios (6: 19:20): “quem se entrega à
imoralidade peca contra o seu próprio corpo. Ou vocês não sabem que o
seu corpo é templo do Espírito Santo, que está em vocês e lhes foi dado
por Deus?” Paulo explica que todo corpo físico merece respeito e
cuidados, carinho e zelo contínuos, por ser a sede do Espírito, o
"santuário" da vida em evolução. Portanto, todo corpo abriga um Espírito
Santo, mesmo os que ainda se encontram na imoralidade. Então,
podemos concluir que são os "desencarnados" (mortos) que estão se
comunicando através da mediunidade de vários médiuns, espíritas ou não.
E, estes desencarnados podem ter evolução ou não. Por isso, sigamos a
recomendação de João, quando disse para que: “Não acreditemos em
todos os Espíritos, mas que examinássemos se eles são de Deus.” Ou
seja, que examinemos se suas comunicações são baseadas na moral cristã.
Há muitos Espíritos usando nomes respeitáveis da história, brincando com
a fé das pessoas, pedindo e aconselhando coisas absurdas.
OBSERVAÇÃO: Por que Deus distribuiria o dom de profetizar
(mediunidade) se isso fosse errado e contra Sua lei?
Rudymara
18 - POR QUE MOISÉS PROIBIU A NECROMANCIA?
Quando abrimos o 5º livro da Bíblia (Deuteronômio), livro atribuído à
Moisés, lá no capítulo 12 ele está proibindo que as pessoas busquem o
conhecimento da verdade através da pratica da necromancia (prática de
buscar conhecimento através dos mortos). Por que? Porque as pessoas
não faziam outra coisa. As criaturas não pensavam mais. E isso estava
acarretando um prejuízo social. Porque meia dúzia manipulava o povo
como se manipulava marionetes. Isso é confirmado quando lemos o livro
de Números onde Moisés recebe queixas de Josué que dizia haver dois
homens profetizando (usando a mediunidade) nos arredores de Israel. Era
Eldade e Medade. Moisés quis saber o que ambos faziam e ele foi
informado que estavam curando, orientando, ajudando, etc.. Então,
Moisés disse:
-Quem dera todo o povo do Senhor fosse profeta (médium) e que o
Senhor pusesse o Seu Espírito sobre ele.
Então, o problema com Moisés não era com o profetismo e sim com o
mau profetismo. A exploração do profetismo. Isso vai gerando a
ignorância cada vez maior nas pessoas.
Resposta de José Raul Teixeira
OBSERVAÇÃO DE RUDYMARA: Ainda hoje vemos muitas pessoas
buscando a Casa Espírita para “consultas espirituais”. E as perguntas são
em torno de interesses materialistas sem nenhum fundo espiritual.
19 - JESUS EVOCOU MORTOS?
Muitos, que não conhecem a Doutrina Espírita, dizem que os espíritas transgridem a lei divina
porque evocam os mortos. Na verdade, a evocação dos mortos, está no Antigo Testamento,
conforme se lê em Moisés. Se este proibiu é porque tal prática era possível, e além de ser
possível dela se abusava. Ainda hoje há abusos, porque muitos procuram um(a) médium (não
espírita e sim espiritualista) para pedir aos espíritos favores materiais como: destruir
casamento, pessoas, etc.; buscar solução para problemas familiares, financeiro, sentimental,
etc. E para alcançar o desejado, muitos usam rituais que sacrificam animais, e até crianças . .
.
Como poderíamos falar de Jesus, que pregou o "amor" pedindo para que "fizéssemos aos
outros o que queremos que os outros nos façam", e semear a discórdia, a desunião, a morte, a
vingança, enfim, a infelicidade do próximo? Seria incoerente.
Os espíritas, evocam os "MORTOS" quando há uma intenção útil, como fez Allan Kardec para
trazer ensinamentos úteis ao nosso crescimento espiritual ou quando fazem preces à eles. Pois
a prece nos liga, pelo pensamento, com os desencarnados.E quando eles querem (e podem) se
comunicar, são eles que nos evocam. Como disse Chico Xavier “o telefone toca de lá para cá e
não daqui para lá”. Aliás, este telefone não chama só pelos espíritas, mas por todos aqueles
com sensibilidade mediúnica. Já que a mediunidade não foi inventada pelos espíritas, e nem é
de nossa propriedade. Na Bíblia, por exemplo, há várias comunicações mediúnicas, e o
Espiritismo nem existia. Um exemplo é o rei Saul buscando uma médium para aconselhar-se
com Samuel que já estava “MORTO”. Essa passagem está em I Samuel, cap. 28: vv 8 á 15. O rei
Saul proibiu a evocação de mortos, mas ele mesmo a transgrediu.
Agora perguntemos: Na transfiguração (Mateus, 17:2) Jesus transgrediu a lei de Moisés,
quando evocou os Espíritos do próprio Moisés e de Elias no monte Tabor? Será que Moisés
deu um puxão de orelha em Jesus dizendo: “Você transgrediu a minha lei?” Claro que não.
Jesus apenas mostrou aos apóstolos que a vida é eterna, que ninguém morre. Sua evocação foi
para algo útil. Ali Ele liberou a comunicação com os "MORTOS". Afinal, se os espíritas
transgridem a lei de Moisés que está em Deuteronômio 18:11, as religiões que nos condenam,
seguem todas as outras leis? Por exemplo: A lei de Moisés que está em Deuteronômio 21-18 à
21 e diz: "Os filhos desobedientes e rebeldes, que não ouçam seus pais e se comprometam
no vício, serão apedrejados até a morte." Quem segue esta lei? Graças a Deus, não vemos
pais apedrejando filhos por aí. mas, se esta lei fosse aplicada muitas igrejas, templos, casas
religiosas estariam vazios, pois a maior parte dos "convertidos" foram, ou são, filhos
desobedientes e rebeldes. Em seus depoimentos, muitos dizem "eu sou ex-viciado", "sou exdetento", "dei muito desgosto para minha família", etc. Portanto, se a lei de Moisés fosse
aplicada, não daria tempo de “aceitar Jesus” ou se "converter" a qualquer religião, porque
estaríamos mortos.
Kardec nos adverte no cap. XVIII, item 51 dizendo: “Lançar reprovação contra os que não
pensam como nós, é reclamar essa liberdade para nós e recusá-la aos outros . . ."
Compilação de Rudymara
20 - JESUS FOI CRIADO PURO E PERFEITO?
HOUVE REENCARNAÇÕES ANTERIORES DE JESUS?
Jesus, para alcançar sua evolução, reencarnou muitas vezes como qualquer outro Espírito,
mas, isso ocorreu em outro planeta. Quando estava em grau elevado de evolução, recebeu a
incumbência de ser o governador de nosso planeta. Ele participou da formação da Terra e aqui
viveu uma única encarnação.
NÃO ERA, ENTÃO, VINCULADO À HUMANIDADE?
Ninguém mais vinculado que ele. É, conforme revela Emmanuel, em A Caminho da Luz,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ele é o governador de nosso planeta. Tem a tarefa de
conduzir as coletividades que aqui evoluem.
DESDE QUANDO?
Segundo Emmanuel, desde que a Terra desprendeu-se do Sol, massa de fogo incandescente,
há aproximadamente 4 bilhões e quinhentos milhões de anos. Preposto de Deus, Jesus foi
convocado pelo Criador para essa elevada missão.
ENTÃO ELE NÃO FOI CRIADO PURO E PERFEITO?
Seria injustiça Deus criar Espíritos puros e perfeitos, enquanto nós outros, na Terra, vimos
labutando (trabalhando) há milênios. Jesus está onde chegaremos um dia, mas esteve, um dia,
onde estagiamos hoje. Viveu seu aprendizado alhures, em outros mundos.
HÁ QUEM DIGA QUE JESUS EVOLUIU EM LINHA RETA, SEM OS DESVIOS QUE CARACTERIZAM
O COMPORTAMENTO HUMANO. NÃO ESTARIA AÍ A ORIGEM DE SUA ELEVADA POSIÇÃO
JUNTO AO CRIADOR?
Os desacertos fazem parte de nosso aprendizado. Aprendemos com os próprios erros,
observada a lei de causa e efeito. Um Espírito a “subir em linha reta” sugere que não foi criado
simples e ignorante, como está em O Livro dos Espíritos; pressupõe que há algo que o
distingue dos demais. Isso é tão absurdo quanto a teoria das graças, da teologia ortodoxia,
segundo a qual Deus teria seus eleitos.
SE JESUS É O NOSSO GOVERNADOR, ESPÍRITO PURO E PERFEITO, PREPOSTO DE DEUS, POR
QUE DEIXOU SUAS ELEVADAS ATRIBUIÇÕES E SUBMETEU-SE ÀS LIMITAÇÕES IMPOSTAS PELA
ENCARNAÇÃO? NÃO PODERIA ENVIAR MENSAGEIROS QUE ORIENTASSEM A HUMANIDADE
EM SEU NOME?
Isso ele tem feito sempre. Os Espíritos iluminados que vêm à Terra, vanguardeiros do Bem e da
Verdade, são enviados seus, a pontificarem no seio de todas as culturas e de todas as religiões.
POR QUE ELE VEIO?
A mensagem cristã sintetiza-se no Amor, lei suprema de deus. Foi o momento culminante na
história humana. Natural, portanto, que o governador do planeta decidisse trazê-la
pessoalmente, a fim de apresentá-la e exemplificá-la em plenitude.
NÃO SERIA OPORTUNO JESUS ENCARNAR JUNTO AOS QUE DETINHAM OS PODERES DO
MUNDO? COMO FILHO DE CÉSAR POR EXEMPLO, NÃO HAVERIA MAIOR FACILIDADE PARA
FAZER ECOAR SUA MENSAGEM NA ALMA DOS POVOS?
É inútil fazer propaganda do amor ou pretender impô-lo de cima para baixo, a partir das
cátedras e dos palácios. Para ser disseminado ele pede a força do exemplo e infinita
capacidade de doar-se em favor do bem comum. Foi junto ao povo, vivendo seus dramas,
condoendo-se de suas limitações, que Jesus pôde demonstrar a força redentora do amor. Por
isso, será lembrado para sempre como a figura maior da Humanidade, alguém muito grande
que se fez pequeno para ensinar que amar é sinônimo de servir.
Richard Simonetti
21 - O SOL É UM MUNDO HABITADO POR SERES
CORPÓREOS?
Nosso Sol, segundo os Espíritos, não é
um mundo habitado por seres
corpóreos, é simplesmente um lugar de
reunião dos Espíritos superiores, os
quais de lá irradiam seus pensamentos
para os outros mundos, que eles dirigem
por intermédio de Espíritos menos
elevados, transmitindo-os a estes por
meio do fluido universal.
(observação da questão 118, de O Livro
dos Espíritos)
22 - SALVAÇÃO SEGUNDO O ESPIRITISMO
FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO?
Se a máxima fosse “Fora da igreja não há salvação”, cada religião “puxaria sardinha
para sua brasa”, haveria muito mais orgulho e briga do que já tem. Se a salvação fosse
através de uma determinada religião, Deus seria injusto com aqueles que fazem ou
fizeram Sua vontade, mas são de religiões diferentes como Madre Teresa, Chico Xavier,
Buda, Gandhi, etc. Afinal, muitos dizem “Senhor, Senhor...", mas não fazem a Sua
vontade.
A SALVAÇÃO É INDIVIDUAL?
Sim. “Deus retribuirá a cada um segundo suas obras” (Rom. 2:6), “cada um de nós
prestará contas de si mesmo a Deus” (Rom. 14:12). Portanto, não será por religião,
será pelas nossas obras, baseadas no amor ao próximo, como fez o samaritano da
parábola que socorreu um homem que estava todo machucado (porque havia sido
assaltado), sem perguntar se ele era um judeu que eles (samaritanos) tanto odiavam.
Sendo que, havia passado pelo homem ferido um sacerdote e logo após um levita
(ambos trabalhadores do templo e conhecedores da Lei), que apenas olharam e
passaram reto. Aqui confirmamos que não é por igreja a salvação, não basta conhecer
as leis divinas ou freqüentar uma casa religiosa, tem que colocar em prática.
PARA SER SALVO BASTA ACEITAR JESUS?
Não. Lembremos de Zaqueu. Ele aceitou Jesus, mas somente quando declarou que iria
modificar sua atitude Jesus disse que ele estava salvo. Muitos chegam à religião,
submetem-se aos rituais, cultos, dogmas, etc, mas não se transformam, não buscam
saber o que Deus ou Jesus esperam delas. Fora do templo religioso tornam-se tiranos,
corruptos, desonestos, infiéis, exploradores, etc. Esquecem ou não buscam aprender
que, “a fé sem obras (úteis) é morta”, ou seja, acreditar ou aceitar e não praticar o
que Eles pedem não terá valor.
O SANGUE DE JESUS NOS REDIME (SALVA)?
Não. Jesus Cristo é o nosso Redentor, no sentido de que Ele foi o Enviado do Pai para
nos trazer a mensagem do Evangelho. Mas, se fosse o sangue de Jesus que nos remisse
(salvasse), não precisaríamos fazer nada. Poderíamos nos esbaldar! E o próprio Jesus
disse: “Ninguém deixará de pagar até o último centavo”. Se fosse, pois, o sangue Dele
que nos redimisse, não teríamos que pagar nem o primeiro nem o último centavo do
preço de nossas faltas! E esse ensino do Mestre nos deixa claro, também, que pago o
último centavo, estaremos quites com a Justiça Divina, não tendo nós que pagar mais
nada, porquanto, a justiça divina é perfeita. E isso derruba por completo as chamadas
penas eternas.
FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO?
Sim. Mas, primeiro precisamos aprender o significado da palavra caridade. Caridade
não é somente dar esmolas. Caridade é “fazer ao próximo o que gostaríamos que o
próximo nos fizesse”, ou seja, não enganar, não roubar, não adulterar, não
desrespeitar, não ser violento, é matar a fome de alguém, é vestir alguém, é calçar
alguém, é evangelizar alguém, é retirar alguém do vício, é não julgar, é levar uma
palavra de consolo, é um sorriso sincero, é um abraço afetuoso, é cuidar do idoso, dos
animais, da Natureza, do planeta, enfim, é respeitar e cuidar de tudo o que Deus criou,
inclusive nós mesmos que também somos criação Dele.
ENTÃO, O QUE É SALVAÇÃO PARA OS ESPÍRITAS?
Como disse Emmanuel “salvação” não é ganhar o reino dos céus; não é o encontro
com o paraíso após a morte; salvação é libertação de compromisso; é regularização de
débitos. E, fora da prática do amor (caridade) de uns pelos outros, não seremos salvos
do resgate das complicações criados por nós mesmos, através de brigas, violência,
exploração, desequilíbrios, frustrações e muitos outros problemas que fazem a nossa
infelicidade.
Quando fizermos da caridade a nossa lei, e da solidariedade nossa norma de conduta,
nos converteremos em agentes do Bem na Terra, a mesma luz que acendermos para
os outros purificará a nossa alma. Em I Pedro, 4:8 diz: “O amor cobre a multidão dos
pecados”, quer dizer que todo o Bem que estendermos ao próximo diminuiremos a
multidão de erros que cometemos no passado e no presente. Só assim estaremos
salvos, livres de resgates, muitas vezes dolorosos, aflitivos através das reencarnações.
Reencarnaremos quantas vezes for preciso até que paguemos o último centavo de
nossos débitos com a lei divina.
Por isso a bandeira do Espiritismo é FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.
OBSERVAÇÃO: Numa entrevista feita pela TV gaúcha, uma pessoa, perguntou para o
médium espírita Divaldo P. Franco: “Porque, sendo espírita, sofro tanto a muito
tempo?” E Divaldo respondeu que o Espiritismo não nos torna salvos da dor. A função
do Espiritismo é a de nos fortalecer para a dor e não a de nos libertar dela sem o
necessário mérito do sofrimento; a função do Espiritismo é nos dar uma visão ampla
da vida, nos oferecendo recursos para superarmos as limitações. E acrescentou, que
graças a Deus, ela sendo espírita, estava sofrendo, porque é sempre bem-aventurado
aquele que resgata perante os Bancos da Misericórdia Divina. Porque a dor, ao invés
de ser punição, é benção, é crédito perante a vida.
Portanto, como vemos, até entre nós espíritas, que temos o esclarecimento espiritual
da lei de causa e efeito, há pessoas que querem ter o privilégio de se “salvar”, ou seja,
de escapar do sofrimento, causado por nós mesmos quando transgredimos as leis
divinas, só porque somos dessa ou daquela religião. Isso só acontece, porque nosso
orgulho nos faz achar que somos melhores do que os outros, e principalmente por não
buscarmos o conhecimento, ou esclarecimento da Doutrina dos Espíritos.
Compilação e observação de Rudymara
23 - PARA SER ESPÍRITA PRECISA SER PERFEITO?
Divaldo Franco: Ouvimos pessoas dizerem: “- Bem, eu estou no
Espiritismo faz dez anos, mas ainda não sou espírita. Eu sou
neófito (aprendiz).”
É uma atitude desculpista porque, para ser espírita basta adotar os
postulados da Doutrina Espírita: a crença em Deus, na imortalidade
da alma, na comunicabilidade do Espírito, na reencarnação, na
pluralidade dos mundos habitados, aceitar o Evangelho de Jesus –
eis aí o código que define a criatura espírita.
Outros se utilizam de ardis para escamotear o desinteresse pela
transformação moral e pela realização de um mundo mais justo,
dizendo sempre que são espiritualistas. Mas é óbvio que sendo
espírita ele é espiritualista, mas sendo espiritualista não é,
necessariamente, espírita. Naturalmente pode ser católico,
protestante, budista, islamita; pode estar vinculado a qualquer
corrente religiosa que aceite a imortalidade da alma, mas se
moureja numa Casa Espírita e adota-lhe o conteúdo, torna-se-lhe
exigível a definição, porquanto, uma atitude de comodidade das
mais reprocháveis é a indefinição, que permite ao indivíduo
enganar-se, na suposição de que está enganando aos outros.
Muitos dizem também: “Eu ainda não sou espírita, mas gostaria
de ser, eu ainda não sou perfeito.” Mas, se Kardec disse que:
“Reconhece-se o espírita pelo esforço que ele faz para melhorarse”, significa que, se temos algo a melhorar, é porque não somos
perfeito, portanto nosso discurso deveria ser assim: “Eu sou
espírita imperfeito, mas estou tentando tornar-me melhor."
E, se esperarmos a perfeição para dizermos ser espíritas, não
seremos nunca. Pois, quando alcançarmos a perfeição, não
seguiremos mais uma religião, ou melhor, um rótulo religioso,
porque nossa religião, no plano espiritual, será a prática do AMOR.
Então: “Assuma-se espírita!”
24 - QUAL A MELHOR RELIGIÃO?
“TODA RELIGIÃO QUE NÃO MELHORAR O HOMEM NÃO
ATINGE SUA FINALIDADE.” (Kardec – O Evangelho segundo o
Espiritismo).
Todas ensinam coisas maravilhosas, portanto, "reconhece-se o
verdadeiro discípulo, pela sua transformação moral, e pelo
esforço que faz para domar as más inclinações."
A religião de Deus não é o Catolicismo, o Protestantismo, o Espiritismo,
etc.. A religião de Deus é o “AMOR”, ou seja, a paciência, a tolerância, o
respeito, a caridade, o perdão, a piedade, enfim, todo sentimento que
deriva da palavra “AMOR”. Pois, disse Jesus que “A cada um segundo
suas obras”, e não “a cada um segundo sua religião”.
Cada um deve vivenciar a religião de Deus em todos os lugares que
estiver: no lar, na rua, no trabalho, etc., e freqüentar a religião que se
achar com maior afinidade, mais feliz, e mais útil para auxiliar o seu
progresso espiritual e, consequentemente, o progresso do planeta.
É incoerente dizer-se dessa ou daquela religião e enganar, abusar,
maltratar um animal, um idoso, uma criança, um alcoólatra, um doente,
um morador de rua, um indígena, etc., enfim, fazer aos que convivem
conosco nessa vida o que não queremos que nos façam.
Ser religioso não é apenas frequentar o templo religioso, seguir seus
rituais e dogmas como o batismo, por exemplo, e fora do templo ter uma
conduta imoral, irresponsável, indisciplinada, desrespeitosa com sua vida
e com a dos outros. Podemos enganar todos e a nós mesmos, mas nunca
enganaremos as leis de Deus que estão dentro de todas as religiões. Então,
lembremos que, nossa conduta é o cartão de visita de nossa
religião. Seja ela qual for.
(Texto de Rudymara)
25 - A CARIDADE ESPÍRITA É A ESMOLA?
"Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade tal como a entendeu Jesus?
- Benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias e perdão das
ofensas". (pergunta 886, de “O Livro dos Espíritos”- Allan Kardec)
Muitos acham que nós espíritas fazemos apenas a caridade da esmola e que isso não
caracteriza a autêntica vida cristã. Respeitamos o ponto de vista daqueles que pensam assim,
mas acreditamos que estão enganados. Caridade para nós é mais abrangente, vejamos a
explicação: A caridade no nosso entendimento pode ser MATERIAL e MORAL.
A CARIDADE MATERIAL: é quando usamos dinheiro para comprar roupas ao nu, remédio ao
enfermo, alimento ao faminto, etc.
E A CARIDADE MORAL: é quando usamos nosso tempo, nosso amor para sermos úteis em
creches, hospitais, asilos, escolas, é uma boa palavra, um bom pensamento, um bom ato, um
bom exemplo, um sorriso, uma prece para quem sofre, é perdoar, aceitar as imperfeições
alheias, é usar a bondade com todos, etc.
Do ponto de vista espírita, pode haver: esmola sem caridade, esmola com caridade e caridade
sem esmola. E qualquer uma deve ser feita sem preconceito de raça, religião, posição social,
etc., assim como fez o bom samaritano da parábola.
A ESMOLA SEM CARIDADE: é quando damos a esmola para nos ver livre de quem nos pede; é
quando damos pensando em receber algo em troca, como em época de eleição; enfim, é a
doação arrancada contra nossa vontade. A esmola sem caridade é constrangedor para quem
dá, e humilhante para quem recebe (apesar de ser útil muitas vezes). Do ponto de vista do
beneficiário, a caridade pode ter efeitos desastrosos. Em muitos casos, ela desmotiva o
mendigo a sair de sua situação. Quanto ao doente, ele nem sequer tenta se tratar, pois a cura
significaria a perda dessa fonte de dinheiro.
Em todos os casos, a mendicância priva o homem de sua dignidade. Dispensando-o de prover
as suas necessidades, ela o incita à passividade. Não é suficiente ficar sentado e estender a
mão para ganhar a vida.
A ESMOLA COM CARIDADE: é quando doamos em silêncio; é não esperar nada em troca
daquele que está recebendo; é quando não nos identificamos ao beneficiário; e se nos
identificarmos, temos que doar com alegria, sem humilhar quem recebe; é dar o peixe, mas
ensinando o beneficiário a pescar, para não viciar quem pede. É conveniente oferecer o
primeiro peixe (sopa, cesta básica, roupa, etc.) e, depois, somente depois, ensinarmos os
companheiros a pescar. Devemos evitar acomodação, da qual teremos que dar contas à
própria consciência. Precisamos primar pelo trabalho da promoção humana, auxiliando o
indivíduo a libertar-se da necessidade, por meio dos estudos necessários, por meio do esforço
para buscar o próprio ganha-pão. ; enfim, a esmola será meritória aos olhos de Deus
dependendo do grau de pureza do conteúdo caritativo.
A CARIDADE SEM ESMOLA: é quando cultivamos as virtudes cristãs, que são “filhas do amor”,
como o perdão, a humildade, a indulgencia, a piedade, a solidariedade, é não abusar do
próximo, não roubar, não adulterar, fazendo aos outros o que gostamos que os outros nos
façam, etc.
Existe também a caridade para conosco. Quando descobrimos que estamos neste planeta para
evoluir, começamos a ter caridade para com nosso corpo físico. Pois, somos apenas inquilinos
dele. Daí, passamos a cuidar melhor da nossa saúde. Deixamos de tomar bebidas alcoólicas,
drogas ilícitas, exagero alimentar, sexo desregrado, etc. Afinal, como podemos dizer que
amamos Deus se não respeitamos sua criação: uma delas somos NÓS.
Então, para nós espíritas, não é tão simples praticar caridade, mas é fundamental. E se essa
caridade não é viver o autêntico cristianismo, aguardaremos uma explicação melhor. Por isso,
a bandeira do Espiritismo é: "Fora da caridade não há salvação."
"Muitas religiões se contentam com uma prece semanal, atos religiosos quinzenais, mas no
Espiritismo somos "alfinetados", e ninguém escapa desde que estejamos dentro dessa
"empresa", que é o Espiritismo, trabalhando . . . Não apenas glorificando o nome do Senhor,
mas trabalhando muito para que a nossa fé seja realmente uma fé ativa e criativa, ao mesmo
tempo." - frase de Chico Xavier
Observação de O Livro dos Espíritos questão 886: O amor e a caridade são o complemento da
lei de justiça, porque amar ao próximo é fazer todo o bem que está ao nosso alcance e que
gostaríamos que nos fosse feito. Esse é o sentido das palavras de Jesus: “Amai-vos uns aos
outros como irmãos”. A caridade, para Jesus, não se limita à esmola. Ela abrange todas as
relações com nossos semelhantes, sejam inferiores, iguais ou superiores. Ensina a indulgência,
porque temos necessidade dela, e não nos permite humilhar os outros, ao contrário do que
muitas vezes se faz. Se uma pessoa rica nos procura, temos por ela mil atenções, mil
amabilidades; se é pobre, parece não haver necessidade de nos incomodar. Porém, quanto
mais lastimável sua posição, mais se deve respeitar, sem nunca aumentar sua infelicidade pela
humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar o inferior aos seus próprios
olhos, diminuindo a distância entre ambos.
Compilação de Rudymara
26 - AS 3 REVELAÇÕES DE DEUS
Jesus dizia: “Eu não vim destruir a lei”, porque “A Lei” para os
judeus consistia nos mandamentos escritos por Moisés que estão
nos cinco primeiros livros da Bíblia: Gênese, Êxodo, Levíticos,
Deuteronômio e Números.
Tais leis serviram de freio para conter aquele povo ignorante. Elas
eram rígidas e seu lema era: “olho por olho dente por dente”.
Por exemplo: “Os filhos desobedientes e rebeldes, que não
ouçam seus pais e se comprometam no vício, serão
apedrejados até a morte”. (Deuteronômio, 21: 18-21). Quantas
igrejas, templos, estariam vazios, pois a maior parte foram, ou
são, filhos desobedientes e rebeldes. Em seus depoimentos eles
dizem: “Eu fui um ex-viciado, ex-presidiário, etc.” Se
aplicássemos a lei de Moisés, não daria tempo para muitos
“aceitar Jesus”, porque estariam mortos.
Mas, naquele tempo, as leis de Moisés eram respeitadas, apesar de
se confundir com as leis de Deus que ele recebeu no Monte Sinai:
Os dez mandamentos. Pois, muitas leis de Moisés pediam para
apedrejar até a morte, e uma das leis divina dizia: “Não
matarás.” Mas, de qualquer forma eram respeitadas.
Mais tarde, séculos depois, surge Jesus, falando de amor, perdão,
etc. O povo judeu, mais particularmente os doutores da lei (os
grandes conhecedores da lei de Moisés), acharam estranho,
porque para eles parecia que Jesus estava pregando contra a lei de
Moisés. Mas, na verdade, eles não entenderam que Jesus veio
cumprir, desenvolver, dar verdadeiro sentido a lei de Deus, ou
seja, aos dez mandamentos, e não ás leis de Moisés. Antes de
morrer, Jesus disse: "Muitas coisas tenho para vos dizer, mas
vós não as podeis suportar agora." (Jo 16:12). Era preciso
aguardar o amadurecimento da alma humana e o progresso da
ciência. E Jesus acrescentou: “Se me amais, guardai os meus
mandamentos, e eu rogarei ao Pai e Ele vos enviará outro
Consolador, a fim de que fique eternamente convosco. (...) O
Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque
não o vê e absolutamente não o conhece. Mas quanto a vós,
conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. (...)
Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai
enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará
recordar tudo o que vos tenho dito.” - (Jo 14:15/17 e 26).
Então, em meados do século XIX. O progresso científico e a
evolução das idéias modificaram a organização social (igualdade,
liberdade, fraternidade) deram tolerância maior para todas as
formas de pensamento, permitiram uma visão mais cosmopolita e
universal e levaram a uma busca do entendimento dos fatos pela
razão.
O ambiente humano está favorável a uma nova revelação e, no
centro cultural do mundo de então (a França), o Espiritismo vai
surgir.
A iniciativa é dos espíritos: manifestam-se e se comunicam em
fenômenos (efeitos físicos e intelectuais), chamando a atenção da
humanidade para a realidade espiritual, a fim de "salvá-la" do
materialismo e do egoísmo.
E, na parte de elaboração humana, Kardec codifica os ensinos, a
Doutrina dos Espíritos, denominando-a Espiritismo, sendo seus
princípios fundamentais: Deus, a Criação, existência e
sobrevivência do espírito, intercâmbio mediúnico, vidas
sucessivas (reencarnação), evolução, lei de causa e efeito,
pluralidade dos mundos habitados, unidade e solidariedade
universal.
O Espiritismo:
- não revoga a lei divina revelada por Moisés e por Jesus.
- recorda, explica, completa, desenvolve, fazendo aliança da
Ciência e da Fé.
- Atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola
pela fé e pela esperança. (O Evangelho segundo o Espiritismo,
cap. VI).
Caráter principal da revelação espírita: verdade consoladora.
Anúncio de uma sequência na revelação, futuramente: Está no
caráter progressivo do Espiritismo, que não foi trazido como uma
doutrina já completa, sem nada mais a acrescentar, os
ensinamentos continuam e continuarão sendo trazidos do mais
Alto, conforme a nossa necessidade de progresso espiritual e,
também, a serem adquiridos pelo progresso científico.
Então, as 3 revelações divinas são: 1ª) os 10 mandamentos
recebidos por Moisés, 2ª) a lei de amor trazidos por Jesus e a
3ª revelação divina é o Espiritismo, que são os ensinamentos
trazidos pelos "Espíritos Superiores", chamados de "Espírito
Santo" por várias religiões. Através de várias "médiuns",
chamadas de "profetas" por várias religiões. Portanto, Kardec
apenas coletou e organizou tais ensinamentos para que pudesse
nascer um código de normas morais que se encontram nas obras
básicas da doutrina espírita. Mas, lembremos que, o Espiritismo,
não foi trazido como uma doutrina já completa, sem nada mais a
acrescentar, os ensinamentos continuam e continuarão sendo
trazidos do mais Alto, conforme a nossa necessidade de progresso
espiritual e, também, a serem adquiridos pelo progresso
científico.
27 - OBJETIVO E MISSÃO DO ESPIRITISMO
Qual o principal objetivo do Espiritismo em relação
a nós encarnados, já que é uma Doutrina dos
Espíritos?
Divaldo responde: Ensinar que o estado de carne é
transitório e que retornaremos à erraticidade, ou seja, o
mundo espiritual. A nossa conduta de hoje é fruto do
comportamento no passado; a nova vida de amanhã será
conforme o procedimento no presente. Somos herdeiros dos
próprios atos.
Qual a missão fundamental do Espiritismo?
Divaldo responde: O Espiritismo tem por missão
fundamental, entre os homens, a reforma interior de cada
um, fornecendo explicações ao por que dos destinos, razão
pela qual muitos conceitos usuais são por ele restaurados ou
corrigidos, para que se faça luz nas consciências e consolo
nos corações. Assim como o Cristo não veio destruir a Lei,
porém cumpri-la, a Doutrina Espírita não veio desdizer os
ensinos do Senhor, mas desenvolvê-los, completá-los e
explicá-los “em termos claros e para toda a gente,
quando foram ditos sob formas alegóricas.” Como
recomendou Bezerra de Menezes: “Estude Kardec para
viver Jesus.”
28 - MORADAS ESPIRITUAIS
O que são moradas espirituais?
Divaldo responde: são as construções, as habitações, as cidades de
onde procedemos (viemos). André Luiz nos desvelou uma das
milhares de cidades espirituais, que é Nosso Lar. Da mesma forma
que iam sendo construídas as cidades físicas, aqueles mesmos
desbravadores espirituais quando se desligavam da Terra pela
desencarnação, começaram também a construir, no Mundo
Cósmico, conglomerados correspondentes. Nosso Lar, por exemplo,
é uma cidade com aproximadamente dois milhões de habitantes.
Situa-se numa faixa que corresponde à área de Campos dos
Goitacazes, passando por Cabo Frio e alcançando a cidade do Rio
de Janeiro, mais ou menos a sessenta quilômetros de altitude da
periferia da Terra. É uma cidade como outra qualquer, sendo que a
energia mental modela-a, qual um raio laser pode atuar em
transplantar uma imagem de um lugar para outro, em desbloquear
um rim que esteja obstruído, uma artéria que esteja com coágulos . .
. Ele os atravessa e logra a desobstrução desejada.
Desse modo, as moradas são as construções, são as nossas casas
onde vivemos antes da reencarnação e para onde retornaremos.
29 - PODEMOS REENCARNAR COMO UM ANIMAL?
Na antigüidade, povos da Ásia (como os hindus), da África (os
egípcios) e da Europa (gregos, romanos, celtas) acreditavam que o
espírito do homem poderia voltar a viver na Terra em uma nova
existência. Alguns deles acreditavam que pudesse vir a animar um
corpo de animal e vice-versa, teoria esta denominada de
metempsicose.
A doutrina Espírita esclarece que essa volta em corpo animal
é impossível, o espírito de um Homem não reencarna em reino
inferior. A cada reencarnação o Espírito está em melhores
condições do que na anterior - tal é a Lei Divina do Progresso
(evolução), podendo apenas estacionar temporariamente.
Observação: Por isso, não acreditamos que depois que um ser
alcançou a angelitude pode se rebelar contra Deus e se tornar
demônio. Seria regredir também. E o ser humano foi criado para
evoluir sempre.
30 - FILHO DE PEIXE, PEIXINHO É?
Freqüentemente, os pais transmitem aos filhos a parecença física. Transmitirão
também alguma parecença moral?
Resp.: Não, que diferentes são as almas ou Espíritos de uns e outros. O corpo deriva
do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito. Entre os descendentes das raças
apenas há consangüinidade.(questão 207).
Vários provérbios ressaltam a idéia de que os filhos reproduzem defeitos e qualidades
dos pais:
Tal pai, tal filho; Filho de peixe, peixinho é; Quem sai aos seus não regenera . . .
Bem, depende do ângulo em que observamos o assunto. Quanto à estrutura física é
notório que funciona a hereditariedade. Filha de pais obesos dificilmente será
manequim. Filho de pais magérrimos terá poucas chances de ser lutador de sumô.
É necessário recordar sempre, no estudo da reencarnação, que o Espírito subordina-se
às possibilidades do corpo que lhe serve às experiências humanas. Um gênio da
Espiritualidade terá imensas dificuldades em mobilizar seu potencial num corpo
subnutrido desde a gestação.
Isto é claramente demonstrado nas experiências com adoção. Filho de favelados
humildes, paupérrimos, é adotado por família rica, ainda recém-nascido. Recebe desde
logo o que há de melhor em nutrição e cuidados médicos. O confronto deste bebê, na
idade adulta, com um irmão que permaneceu na favela, revelará sensível diferença em
favor do primeiro.
O mesmo não se pode dizer quanto à moral.
Não herdamos a bondade ou a maldade, o altruísmo ou o egoísmo, o vício ou a virtude
de nossos pais. Estes valores não estão impressos nos genes, nem se condicionam à
estrutura ou desenvolvimento do corpo físico. Constituem patrimônio do Espírito. Os
pais geram um corpo físico, o espírito que irá vincular-se a este corpo tem sua história
á parte.
Há, sem dúvida, a influência do meio. A criança é sensível aos exemplos que recebem
ao pressionamento do ambiente em que vive. Mas é uma influência relativa, mesmo
porque a evolução moral opera-se de dentro para fora, a partir da disposição íntima do
indivíduo em lutar contra suas imperfeições e deficiências. Por isso os filhos revelam
suas próprias características, eminentemente pessoais, sua maneira de ser, não raro
em oposição ao lugar em que vivem e aos estímulos que recebem. A melhor
demonstração disso está no próprio lar. Numa família de cinco filhos, com os mesmos
pais, o mesmo ambiente, os mesmos cuidados, sob as mesmas condições, são todos
diferentes entre si, como os dedos da mão. Há um carinhoso; outro que é muito
agressivo; Há o que não gosta de mentir; outro que se destaca por ser amigo do
engodo; Há o fascinado por sons estridentes; outro que prefere música suave; Há o
ávido por aventuras amorosas; outro extremamente comedido no relacionamento
afetivo. A moral, portanto é a carteira de identidade do Espírito, dando-nos conta de
que ele é filho de si mesmo, de seus patrimônios íntimos, de suas experiências
pretéritas, revelando-nos o estágio de evolução em que se encontra.
Quando há uma família onde pais e filhos tem comportamento imoral, sempre
dispostos a lesar o semelhante, costumamos ouvir:
-É tudo farinha do mesmo saco.
Realmente, isto pode acontecer, não por herança moral ou mera influência ambiente,
mas por afinidade.Uma família de bandidos é constituída por Espíritos que tem essa
tendência. Uma família de gente honesta e digna integra Espíritos do mesmo porte.
Há, ainda, a “ovelha negra”, um filho degenerado, de comportamento inconseqüente e
vicioso, no seio de uma família ajustada. Espírito atrasado que foi acolhido com o
propósito de ser ajudado em seu aprendizado.
O inverso também acontece: “ovelha branca” entre marginais. Espírito evoluído numa
tarefa sacrificial em favor dos familiares.
Algo semelhante ocorre em relação à vocação, ponta visível de nosso universo íntimo,
sem subordinação a fatores hereditários ou ambientes. Desde a mais tenra infância a
criança revela tendências e habilidades relacionadas com determinada atividade que,
não raro, surpreendem os adultos. Se houvesse uma escola para os pais uma disciplina
seria indispensável: como ajudar os filhos a seguir suas inclinações, no indispensável
casamento entre vocação e profissão.
Quando isto não ocorre, temos verdadeiros desastres: Maus médicos que seriam
excelentes fazendeiros; Maus advogados que seriam ótimos músicos; Maus
administradores que se dariam bem melhor como operários.
Como vemos, os filhos trazem suas próprias aptidões e senso moral. Podemos e
devemos auxiliá-los a desenvolver para o Bem esses valores. Para isso estão junto de
nós.
Consideremos, contudo, que chegará o momento em que seguirão seus caminhos.
Então, aprenderão com seus próprios erros e crescerão com seus próprios acertos.
Richard Simonetti
31 - OS PROFETAS NA VISÃO ESPÍRITA
Não podemos falar da religião dos israelitas sem abordar os profetas, que vamos
encontrar atuando em paralelo ao sacerdócio organizado, em toda a história do povo
hebreu, e cujos escritos, conservados junto com os livros da Lei, eram lidos e
explicados ao povo, também.
Profeta - que fala por alguém, como intérprete ou anunciador; no caso, "em nome de
Deus".
Eram médiuns superiormente inspirados, chamados por Deus para transmitir ao povo
as instruções divinas, a fim de que entendessem a vontade de Deus e a cumprissem,
corrigindo desvios.
Para que o povo tivesse certeza de que Deus os autorizara a falar em seu nome, os
profetas não só explanavam os ensinamentos divinos; também, produziam sinais
(fenômenos de efeitos físicos ou intelectuais, inclusive predições, anúncio de
acontecimentos futuros).
Mesmo assim, muitas vezes foram rejeitados, incompreendidos e, até, perseguidos e
mortos.
Mas foi por intermédio deles que a orientação espiritual superior se manteve
constante e atuante entre os hebreus, sem cair no domínio e subjugação da
organização religiosa do templo ou do governo judaicos.
Em sentido lato, todos os israelitas que receberam de Deus "a palavra" (mensagem a
ser transmitida ao povo) foram seus profetas (anunciadores, porta-vozes). Assim,
Adão, Abraão e Moisés o teriam sido.
Em sentido restrito, o ministério profético começa com Samuel, passando por Elias,
Eliseu e Davi.
Entretanto, somente mais tarde as mensagens divinas começaram a ser registradas
por escrito.
Classificando, então, esses profetas conforme a extensão dos seus escritos, teremos:
Profetas maiores: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel; Profetas menores: Oséias, Joel,
Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
São, ao todo, 16 profetas. Se entre os maiores admitimos Baruc (que é livro
deuterocanônico) serão 17.
Vale a pena citar que houve também profetisas, porém, sem livros escritos: Maria
(irmã de Moisés); Débora; Ana (uma das primeiras pessoas a reconhecer Jesus como o
Messias).
624. Qual o caráter do verdadeiro profeta?
O verdadeiro profeta é um homem de bem, inspirado por Deus. Podeis reconhecê-lo
pelas suas palavras e pelos seus atos. Impossível é que Deus se sirva da boca de
mentiroso para ensinar a verdade. (O Livro dos Espíritos).
Compilação de Rudymara
32 - QUEM É O ESPÍRITO SANTO?
Jesus deixou João batizá-lo para cumprir as previsões feitas sobre o
Messias. Tais previsões diziam que João reconheceria o Messias quando
visse descer sobre Ele um Espírito, e que este ficaria sobre o mesmo.
João então mergulhou Jesus, e quando este saiu das águas e se pôs em
oração, o céu se abriu e João viu o Espírito de Deus descendo "como
pomba" e vindo sobre Jesus. Neste momento uma voz dos céus dizia:
"Este é o meu filho amado, em quem me comprazo".
Assim, o batismo do Espírito Santo nada mais é que a sintonia com os
benfeitores do plano invisível, através de manifestações mediúnicas
ostensivas ou sutis. E a igreja católica utiliza a figura da pomba para
simbolizar o Espírito Santo.
Corinto era uma cidade comercial, com mais de 500.000 habitantes, na
maioria escravos. Nesse porto marítimo se acotovelava gente de todas as
raças e religiões à procura de vida fácil e luxuosa, criando ambiente de
imoralidade e ganância. Por isso, Paulo disse aos Coríntios (6: 19:20):
“quem se entrega à imoralidade peca contra o seu próprio corpo. Ou
vocês não sabem que o seu corpo é templo do Espírito Santo, que está
em vocês e lhes foi dado por Deus?” Paulo pedia para que aquele povo
cuidasse do corpo físico, deixando claro que nele habita um Espírito Santo,
ou seja, todo Espírito é Santo, mesmo os que se encontram na
imoralidade. Ele é santo, porque foi criado por Deus para que dele
façamos bom uso. E quando fora do corpo (desencarnado), são eles que
estão por aí dando comunicações sobre todos os pontos da Terra,
utilizando para isso, os intermediários, ou seja, os médiuns de todas as
religiões e fora delas também, e que também são chamados de profetas.
Mas, para distinguir um bom Espírito de um menos bom, costumam
chamar os bons Espíritos de Espírito Santo ou Espírito de Luz. Então,
podemos dizer que, todo Espírito é santo, porque foi criado por Deus, mas
só é santificado aquele que vive de maneira santa, íntegra, moralizada.
Compilação de Rudymara
33 - PODEMOS BUSCAR CARTAS DO ALÉM?
Podemos, mas o médium Divaldo P. Franco explica no livro “Entrevistas e Lições” que,
nem sempre nos convém receber mensagens do além. Muitas vezes, o intercâmbio
pode produzir males a ambos: a quem ficou na Terra e àquele que desencarnou. Afinal
de contas, o amor, quando é legítimo, não necessita de intercâmbio tão constante.
Ideal seria que nós mantivéssemos viva a chama do amor e aguardássemos o tempo,
sem maior inquietação. Quando for oportuno, Deus nos concederá a bênção do
reencontro. QUANTO TEMPO LEVA PARA QUE OS DESENCARNADOS POSSAM SE
COMUNICAR? Há comunicação que ocorre logo após o instante da desencarnação e
outros não. No livro O Céu e o Inferno, Allan Kardec faz uma abordagem sobre a
questão, narrando fatos sobre pessoas que se comunicam poucos minutos depois da
morte. Temos também o exemplo de José Herculano Pires, que no momento que
sofreu um enfarte, estava acontecendo um trabalho mediúnico em seu lar. A família
que o socorreu não contou aos participantes para não atrapalhar o trabalho. No final
foram lidas duas mensagens psicografadas, sendo uma delas a de Herculano dirigida a
sua esposa. Os membros não acreditaram porque não sabiam de sua desencarnação. É
um fenômeno raro, mas possível. Outras comunicações, no entanto, sucedem após
meses, anos e até séculos. Tudo se encontra relacionado com o desprendimento, ou
não, do Espírito que desencarnou, está ligado á sua evolução. Exemplo: quando
chegamos a um país estrangeiro e não dominamos bem a língua temos dificuldades de
nos comunicar; se não sabemos fazer uma ligação telefônica, não conseguiremos
transmitir notícias. Da mesma forma, recém-chegados ao Além, em geral não dispõe,
ainda, de meios para enviar mensagens. Embora tenhamos capacidade, falta-nos a
possibilidade de fazê-lo. E a “morte” é uma cirurgia total. Há pessoas que despertam
de uma intervenção singela com grave distúrbio emocional, desequilibrando-se,
totalmente, sob efeito de determinados anestésicos. Outras voltam a si com
serenidade e lucidez, após operação mais complexa. Outras sofrem com a cobrança de
sua consciência nos umbrais. Além disso, não basta o desencarnado desejar transmitir
a mensagem. É necessário, principalmente, encontrar um intermediário (médium) fiel,
em condições de conduzi-la. Médiuns sérios atraem Espíritos sérios; médiuns levianos
atraem Espíritos levianos. O médium que não se ajusta aos princípios morais pode ser
vitimado pela ação do mundo espiritual inferior. Então, poderemos receber
mensagens falsas, escritas por espíritos zombeteiros, brincalhões. As comunicações
espontâneas são as mais belas, as mais convincentes. MAS O QUE É UMA
COMUNICAÇÃO ESPONTÂNEA? São as reuniões públicas, onde as pessoas chegam a
casa espírita, sentam, e não se falam. O médium chega, senta e espera “o telefone
tocar de lá para cá” e atende, ou seja, psicografa. As evocações não são recomendadas
pela Doutrina Espírita, porque são portas abertas para espíritos brincalhões,
zombeteiros que se metem em tudo e a tudo respondem sem se importarem com a
verdade. E quando termina a psicografia, o médium diz: FULANA DE TAL TEM AQUI
UMA MENSAGEM DE BELTRANO. Ele nem sabe se a pessoa está presente. Aí se lê a
mensagem. E as pessoas também lêem essas mensagens e verificam se os dados são
verdadeiros. O grande exemplo foi o venerendo apóstolo Chico Xavier pela nobreza,
pela limpidez, na maneira que era exercido. A pessoa perdia-se na multidão, sem
nenhum contato prévio com ele. Antes do labor, ele atendia alguns necessitados que o
buscavam para outros fins e anotava, às vezes, determinados tipos de pedidos, nunca,
porém, propunha qualquer interrogação em torno de familiares desencarnados, como
datas, nomes, ocorrências, como, infelizmente, vem sendo feito por alguns insensatos.
Sou testemunha, porque eu o conheci por mais de 40 anos, e recebi de minha genitora
uma mensagem através dele, dando-me dados que eu demorei mais de dois anos
pesquisando em cartórios para poder confirmar sua veracidade. O QUE DIZER DE
MÉDIUNS QUE SE REVOLTAM A QUALQUER DESCONFIANÇA? Este médium está
desequilibrado e equivocado. Fácil presa de obsessores. Se é um médium espírita
deveria saber que a escala espírita dos médiuns se resume em MÉDIUNS RUINS E
MÉDIUNS REGULARES. Não há MÉDIUNS PERFEITOS. E a recomendação é “MELHOR
REPELIR DEZ VERDADES QUE ACEITAR UMA MENTIRA”. Os bons espíritos não se
importam com a desconfiança, ao contrário dos vaidosos, dos mistificadores que
temem que descubram a farsa.Então, devemos tomar cuidado. Até médiuns de grande
respeitabilidade estão sujeitos a espíritos mistificadores. Por isso, a proposta do
Espiritismo é que estudemos para que possamos entender um pouco mais sobre o
assunto. DEIXANDO CLARO QUE A DOUTRINA ESPÍRITA NÃO É CONTRA, MAS PEDE
CAUTELA. Sanson, no item 21, capítulo V, do O Evangelho Segundo o Espiritismo nos
adverte em sua mensagem: “que os nossos mortos amados necessitam de nossos bons
pensamentos, de nossas preces, mas não do nosso desespero que só serve para fazêlos sofrer. Estamos todos na Terra para uma breve experiência de vida material, mas a
nossa vida verdadeira é a espiritual. Os que partem antes de nós concluíram sua tarefa
e estão livres dos tormentos da vida terrena. Mas como nos amam, continuam ligados
a nós pelo pensamento, pelo sentimento, pelo amor que nos dedicam.” Então, a
proposta Espírita é Consoladora: “ELES VIVEM.” Precisamos compreender isso para
não os perturbarmos na vida espiritual com o desespero do nosso amor egoísta.
Agradeçamos pelo período que convivemos com eles, e nos preparemos para o
reencontro.
Compilação de Rudymara
34 - O DIABO NA VISÃO ESPÍRITA
Sabemos que, nós somos espíritos, e levamos para o além túmulo a nossa
indisciplina e maldade, assim como levamos também todas as experiências boas
adquiridas. Nosso planeta ainda é muito inferior, por isso a predominância dos
espíritos inferiores é maior. Esses espíritos, deste e do outro mundo, constituem
a falange denominada no Evangelho pelo nome de SATANÁS, DIABO ou
DEMÔNIO. São os adversários, os inimigos da Justiça, do Bem, da Verdade.
Mas não podemos nos esquecer que, são filhos de Deus, consequentemente,
nossos irmãos. Deus, que é eternamente justo e bom, não pode ter criado seres
predispostos ao mal por sua própria natureza e condenados pela Eternidade. Se
Deus, que é bom, não é capaz de perdoar, como espera que exercitemos o
perdão ensinado por Jesus? Acreditar na pena eterna, seria negar Sua bondade.
E, como poderia existir um maligno lutando de igual para igual com a Divindade
e cuja única preocupação seria de contrariar Seus desígnios? Será que não
podemos confiar nos "anjos", já que estes seres perfeitos correm os riscos de
rebelarem-se? Os Espíritos não retrocedem na evolução, portanto, quando
alcançam a perfeição não se rebelam, porque não abrigam mais sentimentos de
orgulho ou revolta. Se acreditássemos nisso teríamos que acreditar que Deus
errou na Sua criação, consequentemente, que Ele não é perfeito. Seria um
absurdo acharmos isso.
Anjo e Demônio, segundo a Bíblia, é uma maneira simbólica de dizer que o
Bem e o Mal lutam constantemente dentro de nós. Entretanto, podemos
designar por anjos os Espíritos puros que já alcançaram a perfeição. Neles o
Bem já venceu o Mal; por demônios, os Espíritos atrasados, imperfeitos, que
ainda cedem às tentações do mal.
O "DIABO", nada mais é que espírito (ou espíritos), que viveu entre nós, e que
continua realizando o que realizava, quando estava encarnado, utilizando-se de
pessoas que pensam e agem como eles agiam. Estes espíritos não vão senão
onde acham com o que satisfazerem a sua perversidade; para afastá-los, não
basta pedir-lhes nem mesmo ordenar, é preciso despojar de nós o que os atrai.
Os maus espíritos farejam as chagas da alma, como as moscas farejam as chagas
do corpo; do mesmo modo que limpamos o corpo para evitar a bicheira,
limpemos também a alma de suas impurezas para evitar o ataque dos maus
espíritos. Jesus quando expulsava o “demônio” aconselhava dizendo: “Vá, e não
peques mais”; ou seja, “vá e não erre mais”, para não atrair novamente estes
"demônios". Em outra passagem (João, 6:70), Jesus profetizou dizendo: "Vocês
não são os doze que escolhi? Apesar disso, um de vocês é um diabo".
Jesus se referia à Judas. E este, como sabemos, não tinha capa vermelha, chifres
e tridente. O homem, por necessitar de imagens e figuras para impressionar sua
imaginação, pintou os seres incorpóreos com formas materiais dotadas de
atributos que lembram as suas qualidades ou seus defeitos.
Os anjos são representados numa figura radiosa, com asas brancas, símbolo da
pureza, e Satanás com chifres, garras e os atributos da bestialidade, símbolo das
baixas paixões. Mas o Mestre apenas quis dizer que um dos discípulos iria
cometer um ato diabólico. No conceito do Mestre o diabo não indicava um
gigante de perversidade, poderoso e eterno. Designa o próprio homem, quando
algemado às imoralidades do sentimento inferior. Daí concluímos que cada
criatura humana apresenta certa percentagem de expressão diabólica na parte
da personalidade. A Doutrina Espírita explica também que, existem sim as
zonas sombrias, terríveis e dolorosas, mas como vimos, o diabo partilhou dos
serviços apostólicos, ou seja, foi um apóstolo do Cristo. Assim como Jesus, nós
também nos deparamos diariamente com muitos diabos encarnados em nosso
dia-a-dia. São os que nos sugerem beber, fumar, usar drogas, abortar, roubar,
lesar o próximo; os que enganam inocentes para satisfazer seus desejos sexuais
desequilibrados; os que cometem crimes hediondos como torturar e matar uma
criança, um animal, um idoso, um doente, etc.; sem nos esquecermos daqueles
que matam indiretamente, como os que desviam o dinheiro público para
enriquecer enquanto milhares de pessoas morrem na miséria ou nas portas dos
hospitais; os que retiram vidas em desabamentos e acidentes ao construírem
casas, prédios, escolas, pontes, estradas, etc. com material inferior; os que se
vingam covardemente; os traficantes, que são vendedores de sonho que, cedo ou
tarde, vira pesadelo ao usuário, aos familiares e á sociedade que é roubada,
assaltada, assassinada para sustentar o vício destes sonhadores; os que
compram produtos roubados são incentivadores de crimes; os “Judas” da
atualidade ou Falsos Cristos, que enriquecem vendendo Jesus, ou seja, seus
ensinamentos, por bem mais que 30 moedas, iludindo miseráveis, ignorantes e
sofredores. Estes são alguns, dos muitos atos diabólicos. Mas lembremos que, a
condição de "DIABO" é transitória, passageira, porque Deus nos criou para a
perfeição e lá chegaremos quer queiramos ou não, porque essa é a Sua vontade.
O demônio de hoje será o anjo de amanhã, quando a vida lhe impuser penosas
experiências de reajuste, através da reencarnação, reconduzindo-o aos roteiros
do Bem. Então, podemos dizer que O DIABO EXISTE, encarnado e
desencarnado, não da maneira alegórica que muitos imaginam, mas no
comportamento diabólico de muitas pessoas.
Compilação de Rudymara
35 – REENCARNAÇÃO
O que é a Reencarnação? Para que serve?
Reencarnar é voltar a viver num novo corpo físico. É uma nova oportunidade de
aprendizado, como prova do amor de Deus para seus filhos. Só através da
reencarnação se prova a justiça e a bondade de Deus, pois é a única explicação
racional para as desigualdades sociais existentes no mundo. Como explicar o fato de
crianças que morrem em tenra idade, enquanto outras criaturas vivem quase 100
anos? Como explicar os que nascem com saúde perfeita, enquanto outros nascem com
deficiências físicas grosseiras? Somente a reencarnação nos dá a chave desse
"mistério". Com as múltiplas experiências na carne, temos a chance de adquirir e
aprimorar conhecimentos que ainda nos faltam nos campos do intelecto e da moral.
Além de reatar as amizades com nossos inimigos e reparar erros do passado. Quando
estivermos evoluídos moral e intelectualmente, não mais necessitaremos reencarnar.
Quantas reencarnações tivemos e teremos?
Não se pode precisar o número de reencarnações que uma pessoa já teve, pois isso
depende do estado evolutivo em se encontra o Espírito. Uns evoluem mais rápido por
seu maior esforço, portanto necessitam de passar menor número de vezes na carne,
outros são mais lentos permanecendo mais tempo no mundo de sofrimentos. Tudo
dependerá de nós. Quanto mais rápido progredirmos moral e intelectualmente, menos
encarnações teremos que sofrer. Quando nosso Espírito tiver alcançado todos os graus
de evolução moral e intelectual, seremos Espíritos puros. Um exemplo de Espírito puro
é o Mestre Jesus.
E quando chegarmos à perfeição, o que faremos?
Seremos encarregados de cumprir os desígnios de Deus, colaborando com a
manutenção da ordem universal e transformando-nos em Seus mensageiros nos mais
diversos mundos habitados. O trabalho nunca acabará, pois a criação divina é
incessante e há diversos mundos em faixa de evolução diferentes. Os Espíritos fazem
parte do conjunto de inteligências que governam o Universo, mas, em termos de
existência, estão ligados a Deus assim como as folhas em uma árvore.
O Espírito sempre reencarna no mesmo sexo?
Não, pois o Espírito necessita vivenciar as experiências específicas aos dois sexos,
como aprendizado para seu aprimoramento moral e intelectual. A escolha de cada
sexo, depende da prova ou expiação que se deve passar. Não é verdadeira a idéia de
que a cada encarnação o Espírito mude de sexo. Às vezes, vive diversas vidas com um
mesmo sexo, para só depois situar-se em outro campo da sexualidade. Também não é
correto o pensamento de que a homossexualidade é produto da mudança de sexo do
Espírito antes da sua encarnação. O homossexual é um ser em desequilíbrio moral ou
vivencia uma vida resgatando um passado delituoso.
Por que não nos lembramos das nossas vidas passadas?
O esquecimento temporário das vidas passadas é uma necessidade. Não devemos nos
lembrar das vidas passadas enquanto estamos encarnados, e nisso está a sabedoria de
Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos
inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos
condições de viver entre eles atualmente. Pois, muitas vezes, os inimigos do passado
hoje são nossos filhos, irmãos, pais e amigos, que, presentemente, se encontram junto
de nós para a reconciliação. Por isso a reencarnação é uma bênção de Deus para seus
filhos. As lembranças de erros passados certamente trariam desequilíbrios de toda
ordem, uma vez que estamos muito mais perto do ponto de partida do que do ponto
de chegada, em termos de caminhada evolutiva. Depois de desencarnado,
normalmente nos lembramos de parte desse passado, conforme o grau evolutivo em
que nos situamos.
Como posso saber das minhas outras encarnações?
Convém, por enquanto, não saber. Allan Kardec nos mostra com coerência e bom
senso, que não devemos buscar saber o que fomos noutras vidas. Os Espíritos estão
todos sujeitos à lei de evolução e, por isso, quando se remonta ao passado, depara-se
com situações morais bem piores do que aquela em que atualmente se encontra. Ao
recordarmos experiências infelizes de outras vidas, certamente ficaríamos perturbados
mentalmente. Seria muito difícil para alguém viver uma encarnação, sabendo que fora
noutras existências um assassino cruel, ou alguém que tivesse tirado a própria vida.
Assim, o esquecimento das vidas passadas ajudaria, por exemplo, um rei que agira com
irresponsabilidade no passado, e que foi condenado a viver encarnado numa favela.
Ele aproveitaria sua encarnação, sem que as lembranças da boa vida que tivera o
perturbasse. Do mesmo modo, um antigo inimigo poderia reencarnar como nosso
filho, facultando assim as condições de reparar erros e extinguir mágoas. A lembrança
de outras vidas seria um tormento para a vida de relação e impediria a ação inteligente
da Lei, contribuindo para a melhoria do Espírito. Mas, não podemos nos esquecer que
o esquecimento do passado é apenas momentâneo. Na vida espiritual as recordações
voltam à mente do Espírito com naturalidade, segundo as condições evolutivas de cada
um. Só em casos excepcionais Deus permite que durante a vida carnal, o homem saiba
de alguns fatos ligados ao seu passado.
Qual o tempo que separa as encarnações?
Não há tempo definido, pois depende da necessidade do Espírito em depurar-se,
expandindo seus conhecimentos intelectuais e morais, passando por provas e
expiações. Quanto mais endividado com a Lei de Deus, menos tempo permanece o
Espírito no mundo espiritual. Digamos que aqui seja o local onde se pagam as contas e
se conseguem novas oportunidades de crédito. Se tem muitas dívidas e deseja novos
créditos, ele vem mais freqüentemente e em menor espaço de tempo, pois quer se ver
livre dos débitos e abrir novas possibilidades para sua felicidade como filho do
Altíssimo. Portanto, o tempo que separa as encarnações depende da condição
evolutiva do Espírito.
Uma alma que atingiu a perfeição, não volta a reencarnar?
A reencarnação é uma necessidade da alma imperfeita que, através das experiências
na matéria, aprende o que necessita para sua definitiva libertação da ignorância e
conquista do direito de viver na Vida Eterna. Os Espíritos puros não necessitam mais
dessa experiência, pois já atingiram seu objetivo. Só reencarnam nos mundos materiais
para cumprirem missões de grande importância, nas regiões onde houver necessidade.
O maior exemplo de encarnações missionárias é Jesus.
A partir de qual momento é considerada o surgimento do ser humano: fecundação,
do surgimento do sistema nervoso, ou do nascimento?
A partir da fecundação já existe a ligação da alma com o corpo, embora a
concretização da reencarnação se dê apenas no nascimento. O Espírito se liga ao corpo
que lhe dará vida física desde o instante da concepção por um laço fluídico e entra em
uma fase que Allan Kardec chamou de "perturbação", ou seja, ele vai perdendo a
plenitude de sua consciência à medida que a gravidez avança, como se tivesse
adormecendo. Quando nasce as lembranças de sua vida anterior estão completamente
apagadas. Sobre as três últimas perguntas, sugerimos leitura das questões 344 a 360
do Livro dos Espíritos.
Compilação de Rudymara
36 – DESENCARNAÇÃO
DEFINIÇÃO: Desencarnação é o processo pelo qual o espírito se desprende do
corpo, em virtude da cessação da vida orgânica e, conservando o seu perispírito, volta à
vida espírita.
SEPARAÇÃO DA ALMA DO CORPO: O desprendimento do perispírito em relação
ao corpo:
a)Opera-se gradativamente, pois os laços fluídicos que o ligam ao corpo não se
quebram, mas se desatam.
b)O cérebro é o último ponto a se desligar.
No instante da agonia, quando esse desligamento está se processando, o desencarnante
costuma ter uma visão panorâmica, rápida e resumida, mas viva e fiel, dos pontos
principais da existência terrena que está findando (chegando ao fim).
Logo após a desencarnação, o espírito entra em um estado de perturbação espiritual.
Como estava acostumado às impressões dos órgãos dos sentidos físicos, fica confuso,
como quem desperta de um longo sono e ainda não se habituou, de novo, ao ambiente
onde se encontra. A lucidez das idéias e a lembrança do passado irão voltando, à medida
que se desfaz a influência da matéria.
O QUE INFLUI NO PROCESSO DE DESENCARNAÇÃO: O processo todo da
desencarnação e reintegração à vida espírita dependerá:
a)Das circunstâncias da morte do corpo. Nas mortes por velhice, a carga vital foi se
esgotando pouco a pouco e, por isso, o desligamento tende a ser natural e fácil e o
espírito poderá superar logo a fase de perturbação. Nas mortes por doença prolongada,
o processo de desligamento também é feito pouco a pouco, com o esgotamento
paulatino da vitalidade orgânica, e o espírito vai se preparando psicologicamente para a
desencarnação e se ambientando com o mundo espiritual que, às vezes, até começa a
entrever, porque percepções estão transcendendo ao corpo. Nas mortes repentinas ou
violentas (acidentes, desastres, assassinatos, suicídios, etc.) o desatar dos laços que
ligam o espírito ao corpo é brusco e o espírito pode sofrer com isso, e a perturbação
tende a ser maior. Em casos excepcionais (como o de alguns suicidas), o espírito poderá
(não é regra geral) sentir-se por algum tempo, "preso" ao corpo que se decompõe, o que
lhe causará dolorosas impressões.
b) Do grau de evolução do espírito desencarnante. De modo geral, quanto mais
espiritualizado o desencarnante, mais facilmente consegue desvencilhar-se do corpo
físico já sem vida. Quanto mais material e sensual, apegada aos sentidos físicos, tiver
sido sua existência, mais difícil e demorado é o desprendimento. Para o espírito
evoluído, a perturbação natural por se sentir desencarnado é menos demorada e causa
menos sofrimento. Quase que imediatamente ele reconhece sua situação, porque, de
certa forma, já vinha se libertando da matéria antes mesmo de cessar a vida orgânica
(vivia mais pelo e para o espírito). Logo retoma a consciência de si mesmo, percebe o
ambiente em que se encontra e vê os espíritos ao seu redor. Para o espírito pouco
evoluído, apegado à matéria, sem cultivo das suas faculdades espirituais, a perturbação
é difícil, demorada, sendo acompanhada de ansiedade, angústia, e podendo durar dias,
meses e até anos. O conhecimento do Espiritismo ajuda muito o espírito na
desencarnação, porque não desconhecerá o que se está passando e poderá favorecer o
processo, sem se angustiar desnecessariamente e procurando recuperar-semais rápido da
natural perturbação. Entretanto, a prática do bem e a consciência pura é que pode
assegurar um despertar pacífico no plano espiritual.
A AJUDA ESPIRITUAL: A bondade divina, que sempre prevê e provê o que
precisamos, também não nos falta na desencarnação. Por toda a parte, há Bons Espíritos
que, cumprindo os desígnios divinos, se dedicam à tarefa de auxiliar na desencarnação
os que estão retornando à vida espírita. Alguns amigos e familiares( desencarnados
antes) costumam vir receber e ajudar o desencarnante na sua passagem para o outro lado
da vida, o que lhe dá muita confiança, calma e, também, alegria pelo reencontro. Todos
receberão essa ajuda, normalmente, se não apresentarem problemas pessoais e
comprometimento com espíritos inferiores. Em caso contrário, o desencarnante às vezes
não percebe nem assimila a ajuda ou é privado dessa assistência, ficando à mercê de
espíritos adversários e inferiores, até que os limites da lei divina imponham um basta à
ação destes e o espírito rogue e possa receber e perceber a ajuda espiritual.
DEPOIS DA MORTE: Após desligar-se do corpo material, o espírito conserva sua
individualidade, continua sendo ele mesmo com seus defeitos e virtudes. Sua situação,
feliz ou não, na vida espírita, será conseqüência da sua existência terrena e de suas
obras. Os bons sentem-se felizes e no convívio de amigos; os maus sofrem a
conseqüência de seus atos; os medianos experimentam as situações de seu pouco
preparo espiritual. Através do perispírito, conserva a aparência da última encarnação, já
que assim se mentaliza. Mais tarde, se o puder e desejar, a modificará. Depois da fase de
transição, poderá estudar, trabalhar e preparar-se para nova existência, a fim de
continuar evoluído.
Therezinha Oliveira
37 -
OBSESSÃO E OBSESSORES
OBSESSORES
Quem são?
São espíritos maus que, consciente e voluntariamente, assediam encarnados (ou desencarnados),
procurando exercer sobre eles ação insistente, dominadora, que os pode prejudicar.
O que os leva a agir assim?
O desejo de vingança. Com a perturbação que causam, querem fazer sofrer quem os feriu,
pessoalmente ou a seus entes queridos, nesta ou em outra encarnação.
O agressor de hoje é aquele mesmo que foi traído, ofendido, arruinado, morto e que, desejando
fazer justiça com as próprias mãos, pretende submeter o desafeto a sofrimentos mil vezes
acentuados.
Vítima de ontem, verdugo de hoje.
Vítima de hoje, verdugo de ontem.
Para usufruir alguma situação, por meio do obsidiado. Apegados a sensações materiais mas
não dispondo mais de corpo físico para satisfaze-las, querem levar o encarnado a atos que lhes
permitam usufruí-las; aproveitam e estimulam as tendências que o encarnado apresentar.
Ligação que mantêm com o obsidiado. São ligações profundas e desequilibrantes, que vêm
desta ou de encarnações anteriores: paixões doentia, pacto, domínio de um e dependência de
outro. Ex.: espírito querendo que o obsidiado retorne ao grupo religioso de que ambos
participavam.
Por ser adversário do bem. Procuram agredir a pessoa ou grupo que se disponham a servir ao
bem, ajudar ao próximo, divulgar a verdade.
As falanges obsessoras
Constituem-se de espíritos inferiores e perversos que se organizam para revanche e domínio
sobre encarnados e desencarnados, de um modo mais amplo e geral.
Hermínio C. Miranda, no seu livro Diálogo com as Sombras, indica alguns de seus
participantes:
Dirigente das trevas. É aquele que comanda a ação de uma falange. Geralmente, fica oculto,
embora exercendo a direção de tudo. Quando comparece à reunião de desobsessão é porque o
trabalho do grupo desobsessivo está atingindo sua fase final. Então, como é de ação e comando,
não tem paciência para dialogar, exige, ordena, ameaça, quer intimidar.
Planejador. Só planeja. Não expede ordens mas, sem ele, as trevas não teriam coordenação
para as atividades.
Jurista. "Só" analisa o processo das vítimas e sentencia. Acha que distribui justiça.
Vingador. Não confia na justiça divina, ignora-a ou não tem paciência de esperar por ela; uniuse à falange para tomar em suas mãos os instrumentos da justiça do "olho por olho, dente por
dente".
Religioso. Apresenta-se falsamente como zeloso trabalhador de Cristo, empenhado na defesa da
"sua" Igreja mas o que quer é continuar mantendo, mesmo no mundo espiritual, a posição de
mando, destaque e privilégios, de que desfrutava na Terra, em nome da Igreja de Cristo. Às
vezes, são meros fanáticos e, nesse caso, estão enganados e dominados pelas trevas.
Auxiliares da falange. Agem a mando dela e levados por diferentes motivos, tais como:
a) Estão subjugados e ameaçados de punição se não obedecerem;
b) Recebem algo em troca do que fazem (gozos, domínios, favores, privilégios dentro da
falange e sobre os obsidiados);
c) Gostam do que fazem (maltratar, dominar), mesmo que não tenham nada de pessoal contra
a vítima;
d) Pura inveja do bem-estar e felicidade dos obsidiados.
Magnetizadores e hipnotizadores. Dizem-se magos e feiticeiros. Agem com técnicas e
recursos especiais, de sugestão e influenciação, de impregnação de substâncias e objetos.
Basicamente, porém, os efeitos que possam causar serão sempre pela ação do pensamento e da
vontade sobre os fluidos, efeitos que o pensamento e a vontade voltados para o bem podem
evitar ou superar.
Como são, em verdade
Rancores, gritarias, desafios, violência, agressividade . . . São infelizes, a despeito de tudo que
digam ou façam.
Querem o amor (que está sepultado em suas almas entre desesperanças e desenganos) mas
temem confiar e novamente sofrer, e defendem-se na couraça do ódio, da agressão, da dureza de
sentimentos.
No fundo, querem ser convencidos de seus erros para retomarem o caminho evolutivo que
abandonaram há tempos, embora alguns receiem enfrentar as conseqüências do mal que já
fizeram, enquanto outros não acreditam que possam ser perdoados e recomeçar.
Os Espíritos podem ver tudo que fazemos, porque estão constantemente nos rodeando.
“Estamos cercados por uma nuvem de testemunha” como disse o apóstolo Paulo. Mas, só
vêem aquilo que lhes interessa. Eles conhecem nossos mais secretos pensamentos, chegam a
conhecer o que desejamos ocultar de nós mesmos. Os Espíritos levianos que nos rodeiam riem
das pequenas peças que nos pregam e zombam das nossas falhas. Os Espíritos sérios se
condoem dos nossos erros e procuram nos ajudar.
Os Espíritos influem em nossos pensamentos, de uma tal maneira, que, muitas vezes, são eles
que nos dirigem.
Os nossos pensamentos chegam a se misturar com o pensamento dos Espíritos, nos causando
uma incerteza, são duas idéias e se combaterem.
"Se um Espírito quiser agir sobre uma pessoa, dela se aproxima, envolve-a com o seu
perispírito, como num manto; os fluidos se penetram, os dois pensamentos e as duas vontades
se confundem e, então, o Espírito pode servir-se daquele corpo como se fora o seu próprio,
faze-lo agir à sua vontade, falar, escrever, desenhar, etc. assim são os médiuns. Se o Espírito
for bom, sua ação será suave e benéfica e só fará boas coisas; se for mau, fará maldades; se
for perverso e mau, ele o constrange, até paralisar a vontade e a razão, que abafa com seus
fluidos, como se apaga o fogo sob um lençol d'água. Fá-lo pensar, falar e agir por ele; leva-o
contra a vontade a atos extravagantes ou ridículos; numa palavra, o magnetiza e o cataleptiza
moralmente e o indivíduo se torna um instrumento cego de sua vontade. Tal é a causa da
obsessão, da fascinação e da subjugação, que se mostram em diversos graus de intensidade. O
paroxismo da subjugação é geralmente chamado "possessão". Deve notar-se que, neste estado,
muitas vezes, o indivíduo tem consciência do ridículo daquilo que faz, mas é constrangido a
faze-lo, como se um homem mais vigoroso que ele o fizesse, contra a vontade, mover os braços,
as pernas, a língua." A.K.
A influência ocorre também durante o sono.
Sem a proteção da armadura de carne que inibe as percepções espirituais das criaturas humanas,
os obsessores conversam, à vontade com elas.
“Dize-me como és e te direi com quem andas.”
OBSESSÃO
Allan Kardec classifica a obsessão em: obsessão simples, fascinação e subjugação.
Obsessão simples é a mais comum, freqüente, e que poucas pessoas estão livres. Nesse tipo de
obsessão o obsidiado permanece no pleno uso de suas faculdades mentais, conservando o
discernimento, ele sabe que está errado nos absurdos em que incorre. Reconhece que sua
conduta é irregular, não raro ridícula, como lavar repetidamente as mãos ou verificar à exaustão
se trancou a porta ou desligou um aparelho elétrico. Numa conta de 2+2 ele sabe que o resultado
é 4, mas ele debruça-se sobre a possibilidade de não ser esse o resultado. Diante de idéias
infelizes acabamos envolvidos por perseguidores invisíveis que acentuam nossa infelicidade.
A fascinação é mais envolvente. Ela é desenvolvida por hábeis obsessores, estes não se limitam
ao bombardeio de idéias infelizes. Atuando com sutileza e inteligência, tratam de convencer o
obsidiado das fantasias que lhe sugerem. É como se o obsessor colocasse no obsidiado óculos
com lentes desajustadas, confundindo-lhe a visão. O obsidiado numa conta de 2+2 ele não tem
dúvida que o resultado da operação é 5. A influência maior ocorre durante o sono.
A subjugação faz com que o obsidiado paralise a vontade e comece a agir segundo a vontade
do obsessor. Impondo-lhe muitas vezes gemer, gritar, agoniar, desmaiar e desvarios
absolutamente incontroláveis. Boa parcela dos alienados mentais que estagiam nos hospitais
psiquiátricos são vítimas da subjugação. No Evangelho (Lucas, 9) tem uma passagem de um pai
que roga a Jesus dizendo: “Mestre, suplico-te que vejas meu filho, porque é o único; um
Espírito se apodera dele e, de repente, grita, e o atira por terra, convulsiona-o até
espumar, e dificilmente o deixa, depois de o ter quebrantado.” Jesus afasta o espírito, e o
menino livra-se do problema. A subjugação pode ser moral ou corporal. Na subjugação
moral, o obsidiado é colocado muitas vezes em situações comprometedoras. Na subjugação
corporal, o espírito atua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários,
podendo levar aos mais ridículos atos.
Na obsessão simples o indivíduo é perturbado por idéias infelizes.
Na fascinação o indivíduo se vê convencido delas.
Na subjugação pouco importa o que pensa. O obsessor controla seus movimentos, como uma
marionete.
A obsessão pode ser de:
Encarnado para encarnado: que são as pessoas carismáticas, que podem usar este carisma
para o Bem, mas infelizmente podem também usar para o mau, como: Hitlher, casais ciumentos,
filhos que se submetem aos pais, pais que se submetem aos filhos, oradores religiosos, etc.
Encarnado para desencarnado: as vezes vemos uma pessoa que bebe e dizemos que ele é um
coitadinho porque ele é dominado pelo espírito, mas não é bem assim, ele atrai o espírito porque
ele bebe, portanto, é ele o obsessor do desencarnado; ou então, aqueles que evocam os
desencarnados quando falam neles com ódio, rancor, com saudades, etc.
Desencarnado para desencarnado: são os espíritos que dominam outros espíritos, obrigandoos a obsedar os encarnados, fazer favores constrangedores, etc.
Desencarnado para encarnado: ler página 66, item: "O que os leva a agir assim?"
Auto-Obsessão: o paciente apresenta estado mental doentio, idéia fixa em alguma coisa,
manias, cacoetes, atitudes estranhas, recalques, complexos diversos, delírios e alucinações.
Aqui, é o paciente o responsável por toda a sintomatologia e as causas residem nas dificuldades
da vida, na educação mal conduzida, nas influências do meio ambiente, nos estados de
desnutrição, nos distúrbios emocionais e, sobretudo, nas causas anteriores, de vidas passadas,
gravadas no arquétipo do paciente, que se acha lesado ou dessintonizado. O perispírito é o corpo
do espírito, o que lhe dá a forma humana e que grava indelevelmente todos os atos e
pensamentos do ser humano. Na união com o corpo, no processo da reencarnação, todas as
falhas do perispírito tendem a exercer influência mais ou menos acentuada, tanto na área
psíquica como física do paciente. Comumente agem como fatores desencadeantes o remorso ou
a falta de ambientação à nova vida e a não-aceitação da personalidade atual. Inconscientemente
há retorno ao passado, cujos acontecimentos se acham arquivados no perispírito e a vivência
deste passado, que se torna presente, leva com freqüência ao isolamento, ao autismo e a um tipo
de vida em desacordo com o habitual do paciente. Várias entidades nosológicas (que classificam
as doenças) da Psiquiatria atual se acham enquadradas nesse item.
"O homem não raramente é o obsessor de si mesmo" disse Allan Kardec - Obras Póstumas.
"Tal coisa, porém, bem poucos admitem. A grande maioria prefere lançar toda a culpa de seus
tormentos e aflições aos Espíritos, livrando-se segundo julgam, de maiores responsabilidades.
Kardec vai mais longe e explica: "Alguns estados doentios e certas aberrações que se
lançam à conta de uma causa oculta, derivam do Espírito do próprio indivíduo."
Tais pessoas estão ao nosso redor. São doentes da alma. Percorrem os consultórios médicos em
busca do diagnóstico impossível para a medicina terrena. São obsessores de si mesmos, vivendo
em passado do qual não conseguem fugir. No porão de suas recordações estão vivos os
fantasmas de suas vítimas, ou se reencontram com os a quem se acumpliciaram e que, quase
sempre, os requisitam para a manutenção do conúbio degradante de outrora.
Esses, os auto-obsidiados graves e que se apresentam também subjugados por obsessões
lamentáveis. São os inimigos, as vítimas ou os comparsas a lhes baterem às portas da alma.
Mas existe também aqueles que portam auto-obsessão sutil, mais difícil de ser detectada. É, no
entanto, moléstia que está grassando em larga escala atualmente.
Um médico espírita disse-nos, certa vez, que é incalculável o número de pessoas que
comparecem aos consultórios, queixando-se dos mais diversos males - para os quais não
existem medicamentos eficazes - e que são tipicamente portadores de auto-obsessão. São
cultivadores de "moléstias fantasmas". Vivem voltados para si mesmos, preocupando-se em
excesso com a própria saúde (ou se descuidando dela), descobrindo sintomas, dramatizando as
ocorrências mais corriqueiras do dia-a-dia, sofrendo por antecipação situações que jamais
chegarão a se realizar, flagelando-se com o ciúme, a inveja, o egoísmo, o orgulho, o despotismo
(prepotência, opressão) e transformando-se em doentes imaginários, vítimas de si próprios,
atormentados por si mesmos.
Esse estado mental abre campo para os desencarnados menos felizes, que dele se aproveitam
para se aproximarem, instalando-se aí sim, o desequilíbrio por obsessão."
(Do livro: Obsessão/Desobsessão, de Suely Caldas Schubert)
CONCLUSÃO:
Os maus espíritos não vão senão onde acham com o que satisfazerem a sua perversidade; para
afastá-los, não basta pedir-lhes nem mesmo ordenar: é preciso despojar de nós o que os atrai. Os
maus espíritos farejam as chagas da alma, como as moscas farejam as chagas do corpo; do
mesmo modo que limpamos o corpo para evitar a bicheira, limpemos também a alma de suas
impurezas para evitar os maus espíritos.
Jesus quando expulsava o “demônio” dizia: “Vá, e não peques mais”; ou seja, “vá e não erre
mais”, para não atrair novamente estes “demônios.”
Nas sessões de descarrego, nas casas “Evangélicas”, o Espírito é afastado porque as pessoas
erguem as mãos, dizendo: “sai demônio”. Não é pelo grito ou ordem que ele se afasta, mas sim
porque das mãos das pessoas saem magnetismo, e o Espírito não consegue ficar ali. Só que este
Espírito voltará, enquanto não limparmos a casa (mental) das coisas ruins.
Em Lucas cap. 11, v. 24 a 27 diz: “Quando um espírito mau sai de um homem, fica vagando
em lugares desertos à procura de repouso, e não encontra. Então diz: ‘Vou voltar para a casa
de onde saí.’ Quando ele chega, encontra a casa vazia, varrida e arrumada. Então ele vai, e
traz consigo outros sete espíritos piores do que ele. Eles entram e moram aí; no fim, esse
homem fica em condições pior do que antes. É o que vai acontecer com esta geração má.”
Se limparmos da nossa casa as coisas boas, certamente ficarão as ruins. Assim, a casa estará de
acordo com o gosto de certos Espíritos.
Um Espírito perverso, ignorante, numa sessão de descarrego, sendo xingado, imaginemos qual
será a reação dele . . . Geralmente ele irá querer revidar. Se nós discutirmos com o Espírito, nós
estaremos entrando na sintonia dele. A autoridade que devemos ter é a autoridade moral. Temos
que falar com energia, porém, com amor. Respeitando seus sentimentos. Quem nos garante que
não fomos, ou não somos obsessores?
Na verdade, o obsessor não é nosso inimigo, ele é nosso amigo. Porque pede reforma, boa
conduta, amor. Ele, indiretamente, nos leva a vigiar nossos pensamentos, sentimentos, palavras
e atos, “para não cairmos em tentação.” Ele é como o médico que nos pede um regime, para que
nos curemos ou controlemos uma doença. O regime é chato, duro, mas necessário para uma boa
saúde. Ele é uma pessoa que de alguma forma está reivindicando amor, coisa que faltou no
passado. Por isso, ele age como uma criança que bate o pé e quer ser amado.
O obsedado não é o coitadinho, ele é o culpado. O obsessor, evidentemente, é alguém que não
conseguiu perdoar, e que deve ter sofrido muito nas mãos dessa pessoa. Então, ele vem com o
propósito de se vingar. Emmanuel diz que não existem “coitados”, existem “culpados”.
Mas, este “demônio”, nada mais é que nosso irmão. Não é um arcanjo que se rebelou. Se fomos
criados simples e ignorantes, como dizem os Espíritos, prova que todos nós temos a mesma
criação. Allan Kardec fala que desde o átomo até o arcanjo, ou seja, todos nós passamos pela
mesma fieira evolucionista. Ninguém foi criado para o mal, e nem perfeito como os anjos.
Nós, durante a caminhada erramos, uns mais outros menos. Podemos ficar um longo período
dentro do erro, mas um dia teremos que sair dele.
Criar um Espírito com este poder tão grande que pode enfrentar Deus, será tirar todo poder de
Deus, seria pôr um igual a Ele. Seria um combate eterno entre Deus e o Diabo, o que seria um
absurdo.
Diabo é um símbolo, é uma luta entre o bem e o mal, simbolicamente falando.
Agora, “diabinho” somos todos, porque até alcançarmos uma evolução maior, temos uma ligeira
tendência, uns mais outros menos. E através da reencarnação vamos nos depurando, e
aprendendo que vale a pena ser Bom.
Em uma das palestras de Divaldo Pereira Franco, ele narra o caso de um obsessor que o
perseguiu anos a fio. Divaldo nos conta que tentou todas as formas de prece e de doutrinação
para tentar ajudar aquele irmão sofredor, mas nada surtia o efeito desejado. Até que um dia,
um dos membros da Mansão do Caminho (instituição modelo, criada e presidida por Divaldo
Franco, que abriga crianças órfãs), foi chamá-lo porque uma criança recém-nascida fora
encontrada na lata de lixo. Divaldo correu até o local e, no momento em que subia as escadas
com a criança nos braços, o irmão obsessor se fez visível no alto da escada e perguntou a ele:
Você ama essa criança feia e suja dessa jeito?
Divaldo respondeu:
-
Ainda não amo, mas pretendo aprender a amá-la.
Prosseguiu o irmão desencarnado:
-
-
Então, a partiu de agora, eu vou deixar você em paz, porque essa criança é minha mãe.
Os Espíritos amigos tiveram que atingir as fibras mais íntimas do obsessor para que ele se
comovesse e deixasse Divaldo em paz.
Que o Senhor nos fortaleça para nós não cairmos na tentação (de ouvir sugestões de espíritos
obsessores) e para que estejamos livres do mal (que esteja dentro de nós dando condições para
estes atuarem), agora e sempre. Assim seja!
A CURA DA OBSESSÃO
Você é um ser humano adulto e consciente, responsável pelo seu comportamento. Controle as
suas idéias, rejeite os pensamentos inferiores e perturbadores, estimule as suas tendências
boas e repila as más. Tome conta de si mesmo. Deus concedeu a jurisdição de si mesmo, é
você quem manda em você nos caminhos da vida. Não se faça de criança mimada. Aprenda a
se controlar em todos os instantes e em todas as circunstâncias. Experimente o seu poder e
verá que ele é maior do que você pensa.
A cura da obsessão é uma autocura. Ninguém pode livrar você da obsessão se você não quiser
livrar-se dela. Comece a livrar-se agora, dizendo a você mesmo: “sou uma criatura normal,
dotada do poder e do dever de dirigir a mim mesmo. Conheço os meus deveres e posso
cumpri-los. Deus me ampara.”
Repita isso sempre que se sentir perturbado. Repita e faça o que disse. Tome a decisão de se
portar como uma criatura normal que realmente é, confiante em Deus e no poder das forças
naturais que estão no seu corpo e no seu espírito, à espera do seu comando. Dirija o seu
barco.
Reformule o seu conceito de si mesmo. Você não é um pobrezinho abandonado no mundo. Os
próprios vermes são protegidos pelas leis naturais. Por que motivo só você não teria proteção?
Tire da mente a idéia de pecado e castigo. O que chamam de pecado é o erro, e o erro pode e
deve ser corrigido. Corrija-se. Estabeleça pouco a pouco o controle de si mesmo, com
paciência e confiança em si mesmo.
Você não depende dos outros, depende da sua mente. Mantenha a mente arejada, abra suas
janelas ao mundo, respire com segurança e ande com firmeza. Lembre-se dos cegos, dos
mudos e dos surdos, dos aleijados e deficientes que se recuperam confiando em si mesmos.
Desenvolva a sua fé. Fé é confiança. Existe a Fé Divina, que é a confiança em Deus e no Seu
Poder que controla o Universo. Você, racionalmente, pode duvidar disso? Existe a Fé Humana,
que é a confiança da criatura em si mesma. Você não confia na sua inteligência, no seu bom
senso, na sua capacidade de ação? Você se julga um incapaz e se entrega às circunstâncias
deixando-se levar por idéias degradantes a seu respeito? Mude esse modo de pensar, que é
falso.
Quando vier às reuniões de desobsessão, venha confiante. Os que o esperam estão dispostos a
auxiliá-lo. Seja grato a essas criaturas que se interessam por você e ajude-as com sua boa
vontade. Se você fizer isso, a sua obsessão já começou a ser vencida. Não se acovarde, seja
corajoso.
Do livro Obsessão – O Passe – A Doutrinação
De: J. Herculano Pires
Disse Chico Xavier: "Já presenciei alguns casos de obsessão com crianças, mas muito
raramente acontecem. No período da infância, o espírito conta com a proteção natural
que o imuniza contra os ataques de seus desafetos desencarnados . . . Mas, quando o
ódio é muito entranhado, quando o compromisso é recente , o espírito obsessor se
mostra implacável . . . Enquanto não consegue os seus objetivos de vingança, ele não
abandona a vítima. Por este motivo, vemos crianças morrerem barbaramente ou,
ainda, serem alvo de seqüestro, estupro, pancadaria por parte dos pais, com seqüelas
cerebrais irreversíveis."
Maiores detalhes sobre o assunto ler o livro Obsessão/Desobsessão de Suely Caldas
Schubert
38 – DÚVIDAS SOBRE O ESPIRITISMO E A BÍBLIA
A BÍBLIA CONDENA O ESPIRITISMO?
Não. Porque, quando a Bíblia foi elaborada, não havia o Espiritismo, havia fenômenos
mediúnicos. A Bíblia está cheia de comunicações com os "mortos" e de fenômenos
mediúnicos para mostrar que ambos não foram inventados pelos espíritas. Os vários
livros que formam a Bíblia foram escritos ao longo de 1571 anos (quase 16 séculos),
começou por Moisés em 1437 a.C., até João em 98 d.C.. O Espiritismo surgiu no ano de
1857.
A BÍBLIA PROÍBE A EVOCAÇÃO DOS MORTOS?
A Bíblia proíbe a evocação dos mortos, conforme se lê em Moisés. Este proibiu porque
tal prática era possível, e além de ser possível dela se abusava. Ainda hoje há abusos,
como procurar um(a) médium para pedir aos espíritos favores materiais como:
destruir casamento, pessoas, etc.; buscar solução para problemas familiares,
financeiro, sentimental, etc.; e para alcançar o desejado, muitos usam rituais que
sacrificam animais, e até crianças. Praticas não encontradas nas casas espíritas.
OS ESPÍRITAS EVOCAM MORTOS?
Nós espíritas, evocamos os "mortos" quando há uma intenção útil, como fez Allan
Kardec e, também através da prece aos desencarnados. Pois a prece nos liga, pelo
pensamento, a eles. E quando eles querem (e podem) se comunicar, são eles que nos
evocam. Aliás, não só nós espíritas, mas todos aqueles com sensibilidade mediúnica. Já
que a mediunidade não foi inventada pelos espíritas, e nem é de nossa propriedade. A
prece ao Espírito Santo ou para santos(as) também não é uma evocação? Estes não
são Espíritos? Estes não são desencarnados?
ENTÃO, NÃO É ERRADO TRANSGREDIR A LEI DE MOISÉS?
Em Números, Moisés recebeu queixas de Josué que dizia haver dois homens
profetizando (usando a mediunidade) nos arredores de Israel. Era Eldade e Medade.
Moisés quis saber o que ambos faziam e ele foi informado que estavam curando,
orientando, ajudando, etc.. Então, Moisés disse:
- Quem dera todo o povo do Senhor fosse profeta (médium) e que o Senhor pusesse
o Seu Espírito sobre ele.
Então, o problema com Moisés não era com o profetismo (mediunidade) e sim com o
mau profetismo. A exploração do profetismo. E mais tarde, na transfiguração
(Mateus, 17:2), Jesus evocou os Espíritos do próprio Moisés e de Elias no monte
Tabor. Será que Moisés deu um puxão de orelha em Jesus dizendo: “Você transgrediu
a minha lei?” Claro que não. Jesus apenas mostrou aos apóstolos que a vida é eterna,
que ninguém morre. Sua evocação foi para algo útil.
CHICO XAVIER PECOU PORQUE FALAVA COM OS MORTOS?
Não. O apóstolo Pedro, vendo os apóstolos recebendo o “Espírito Santo”, no dia de
Pentecostes (50 dias depois da ressurreição de Jesus) lembrou-se da profecia de Joel e
disse: “Estes homens não estão embriagados, mas o que acontece aqui é o que foi
dito (profetizado) por Joel (profeta ou médium do antigo testamento) : Que o Senhor,
nos últimos tempos, derramaria do Seu Espírito sobre toda a carne; que seus filhos e
suas filhas profetizariam, os jovens teriam visões (foi o caso de Maria), e os velhos
sonhos (foi o caso de José). E naqueles dias, ele derramaria de Seu Espírito sobre Seus
servos e sobre Suas servas, e eles profetizariam.” (Atos, 2: 17 e 18). Então, concluímos
que neste dia (dia de pentecostes) Deus distribuiu mediunidade. Se é errado, por que
Ele faria isso? Os apóstolos pecaram porque falaram com Jesus após sua morte? Jesus
pecou quando falou com Moisés e Elias no Monte Tabor? Usemos a razão.
NA BÍBLIA DIZ QUE “SÓ PODEMOS MORRER UMA SÓ VEZ”.
Primeiro que esta frase está no livro Hebreus, cuja autoria ninguém sabe ao certo.
Segundo que Jesus ressuscitou Lázaro. Este então teve duas mortes? Achamos que o
verdadeiro sentido da frase, baseado nos conhecimentos da Doutrina Espírita, é que só
podemos morrer uma só vez a cada encarnação, ou seja, o que não existe é a
"RESSURREIÇÃO" e não a "REENCARNAÇÃO". Porque "ressurreição" significa o Espírito
ressurgindo ou retornando ao mesmo corpo físico. O que é impossível, cientificamente
falando. O "ressurgimento" do Espírito é em um novo corpo carnal, por isso Allan
Kardec usou a palavra "reencarnação".
A REENCARNAÇÃO NÃO ESTÁ NA BÍBLIA?
Vejamos em Mateus 17:10: "Os discípulos de Jesus lhe perguntaram: “o que querem
dizer os doutores da Lei, quando falam que Elias (que já estava morto) deve vir? Jesus
lhes explicou: "Certamente Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas. Mas
digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que
quiseram.”Comenta Mateus em 17:13 "Então os discípulos compreenderam que
Jesus falara a respeito de João Batista.” Nesta passagem, Jesus deixa claro que Elias,
que muitos esperavam a volta (voltar de onde e como se ele estava morto?), já veio,
ou seja, já REENCARNOU, e já haviam feito com ele o que quiseram (cortaram sua
cabeça). Então, os discípulos entenderam que João Batista era a reencarnação de Elias.
Portanto, concluímos que Elias morreu 2 vezes, quando era Elias e quando retornou à
carne como João Batista.
KARDEC ESCREVEU UM EVANGELHO?
Não. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO nada mais é que o Novo Testamento
com explicações segundo a visão espírita ou dos Espíritos e organizado por Allan
Kardec.
PALAVRAS FINAIS AOS QUE DIZEM QUE ESPIRITISMO É CONTRA A BÍBLIA.
“Que atire a primeira pedra aquele que não tem pecado algum”, ou seja, se os
espíritas transgridem a lei de Moisés que está em Deuteronômio 18:11, as religiões
que nos condenam, seguem todas as outras leis dele? Por exemplo: A lei de Moisés
que está em Deuteronômio 21-18 à 21 e diz: "Os filhos desobedientes e rebeldes, que
não ouçam seus pais e se comprometam no vício, serão apedrejados até a morte."
Quem segue esta lei? Graças a Deus, não vemos pais apedrejando filhos por aí. Mas, se
esta lei fosse aplicada muitas igrejas, templos, casas religiosas estariam vazios, pois a
maior parte dos "convertidos" foram, ou são, filhos desobedientes e rebeldes. Em seus
depoimentos, muitos dizem "eu sou ex-viciado", "sou ex-detento", "dei muito
desgosto para minha família", etc. Portanto, se a lei de Moisés fosse aplicada, não
daria tempo de “aceitar Jesus” ou se "converter" a qualquer religião, porque
estaríamos mortos. Pensemos nisso!
Rudymara
39 - POR QUE OS ESPÍRITAS NÃO SEGUEM O ANTIGO TESTAMENTO?
Porque o Antigo Testamento há uma PARTE HUMANA e uma PARTE DIVINA.
A PARTE HUMANA expressa as ideias que os hebreus faziam quanto à origem do
Universo, a criação da Terra e dos seres que a habitam e contém leis civis e
disciplinares escritas por Moisés e outros dirigentes hebreus. A PARTE DIVINA são
os 10 mandamentos.
Tanto que, muitas leis de Moisés dizem para: “... apedrejar até a morte”, caso não
sejam seguidas. E uma das leis contidas nos 10 mandamentos diz: “ não matarás”.
Então, se todas as leis fossem de Moisés, este seria contraditório. Da parte humana da
Bíblia, muita coisa ficou ultrapassada pelo progresso do conhecimento humano e
mudança dos costumes sociais. Exemplo: O homem que se deitar com outro homem
(homossexualismo) será punido até a morte (Levítico, 20: 13); Deficientes físicos
estão proibidos de aproximar-se do altar do culto, para não profaná-lo com seu
defeito (Levítico, 21: 17-23); Os adúlteros serão apedrejados até a morte
(Deuteronômio, 22: 22); Quem trabalha no sábado será morto (Êxodo, 35:2); Os
filhos desobedientes e rebeldes, que não ouçam pais e se comprometam no vício,
serão apedrejados até a morte (Deuteronômio, 21: 18-21), dentre outros. Como
vemos, não são só os espíritas que não seguem o antigo testamento. Cremos que
ninguém segue tais leis.
Observemos o que Jesus disse: "Vocês ouviram o que foi dito (por Moisés no
passado): 'Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo.' Mas eu (Jesus) lhes digo:
"Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem (...)" Jesus deixou
claro que seus ensinamentos são diferentes dos de Moisés.
Sabemos que o estudo da Bíblia é importante e interessa a todos os cristãos (inclusive,
portanto, aos espíritas), porque é nela que encontramos os relatos sobre a vida de Jesus
(que era judeu, da casa de Judá, uma das tribos dos hebreus) e a história do povo em que
ele nasceu e viveu. Conhecendo o povo, a época, os lugares e as circunstâncias em que
Jesus viveu, poderemos entender melhor seus atos e sua mensagem. Então, embora
estudemos também o Velho Testamento, é o Novo Testamento que os espíritas dão
maior importância e valor, porque nele está o cerne doutrinário do Cristianismo, o
ensinamento espiritual do Cristo, revelação mais avançada e aperfeiçoada que a de
Moisés. Lembremos que foi o próprio Jesus que pediu que esquecêssemos o antigo
testamento para seguirmos o novo quando um doutor da lei o testou perguntando qual
era o maior mandamento da lei, e Jesus respondeu: “Amarás ao Senhor teu Deus de
todo coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, este é o maior e o
primeiro mandamento (Deuteronômio 6:5). E o segundo, semelhante a este é:
Amarás ao teu próximo como a ti mesmo (Levítico 19:18). Estes dois mandamentos
contém toda a lei e os profetas.”
O que é A LEI e quem são OS PROFETAS?
A Lei são as leis contidas nos 5 primeiros livros da Bíblia (chamado de Torah pelos
judeus) atribuídos a Moisés: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
Uma parte são leis civis, disciplinares, e humanas; a outra parte são revelações feitas por
Bons Espíritos em nome de Deus e através de Moisés (os 10 Mandamentos).
Os Profetas são os demais livros do Velho Testamento (Isaías, Jeremias, Ezequiel,
Daniel, etc.).
Como vemos, Jesus diz claramente que estes dois mandamentos resumem todo o
antigo testamento.
Então, entendemos que o Antigo Testamento é seguido pelos judeus, seguidores da
religião chamada Judaismo, onde há leis escritas por Moisés. Os judeus não aceitam
Jesus como o Messias prometido porque acham que Ele não preencheu as profecias
messiânicas; porque o Cristianismo contradiz a teologia judaica e porque os versículos
bíblicos "referindo-se" a Jesus são traduções incorretas. E, o Novo Testamento deveria,
portanto, ser as únicas escrituras seguidas pelas religiões cristãs: Espiritismo,
Catolicismo, Protestantismo, enfim, onde há os ensinamentos do Cristo.
Rudymara
40 - NO QUE O ESPIRITISMO ACREDITA E NÃO ACREDITA
Uma pessoa nos mandou este quadro abaixo pedindo para explicar cada item segundo a visão
espírita. Vamos lá:
1 - Não acreditamos mesmo. Pois, foi o próprio Jesus que deixou claro que Ele não era Deus.
Exemplo: "Pai, NAS TUAS MÃOS ENTREGO O MEU ESPÍRITO" - (Lc 23:46).
Mesmo após a sua morte e ressurgimento espiritual, Jesus continua a demonstrar, com
suas palavras, que permanece a dualidade e desigualdade entre Ele e Deus: "Subo
para MEU PAI e vosso Pai, para MEU DEUS e vosso DEUS." - (Jo 20:17)
2- Nós não acreditamos que “tudo” que esteja na Bíblia seja a palavra de Deus. Porque o Antigo
Testamento há uma PARTE HUMANA e uma PARTE DIVINA.
A PARTE HUMANA expressa as ideias que os hebreus faziam quanto à origem do Universo, a
criação da Terra e dos seres que a habitam e contém leis civis e disciplinares escritas por Moisés
e outros dirigentes hebreus. A PARTE DIVINA são os 10 mandamentos.
Tanto que, muitas leis de Moisés dizem para: “... apedrejar até a morte”, caso não sejam
seguidas. E uma das leis contidas nos 10 mandamentos diz: “ não matarás”. Então, se todas as
leis fossem de Moisés, este seria contraditório. Da parte humana da Bíblia, muita coisa ficou
ultrapassada pelo progresso do conhecimento humano e mudança dos costumes sociais.
Exemplo: O homem que se deitar com outro homem (homossexualismo) será punido até a
morte (Levítico, 20: 13); Deficientes físicos estão proibidos de aproximar-se do altar do
culto, para não profaná-lo com seu defeito (Levítico, 21: 17-23); Os adúlteros serão
apedrejados até a morte (Deuteronômio, 22: 22); Quem trabalha no sábado será morto
(Êxodo, 35:2); Os filhos desobedientes e rebeldes, que não ouçam pais e se comprometam
no vício, serão apedrejados até a morte (Deuteronômio, 21: 18-21), dentre outros. Como
vemos, não são só os espíritas que não seguem o antigo testamento. Cremos que ninguém segue
tais leis.
Observemos o que Jesus disse: "Vocês ouviram o que foi dito (por Moisés no passado):
'Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo.' Mas eu (Jesus) lhes digo: "Amem os seus
inimigos e orem por aqueles que os perseguem (...)" Jesus deixou claro que seus
ensinamentos, que são os mesmos de Deus, são diferentes dos de Moisés.
3- Se o Cristo tivesse levado o pecado do mundo o mundo não estaria cheio de pecadores e
pecados. Para nós espíritas Jesus não morreu para nos salvar; Jesus viveu para nos
mostrar o caminho da salvação. Para nos libertarmos dos “pecados”, ou seja, dos nossos erros,
das nossas falhas morais, devemos estar dispostos a contribuir, utilizando os ensinamentos Dele
como nosso guia. É cômodo pensar que estamos “salvos”, assim continuaremos a pecar, errar e
transgredir as leis de Deus e, consequentemente, a plantar dores e aflições.
4- Nós acreditamos na reencarnação e não na ressurreição. Reencarnação é uma palavra criada
por Allan Kardec que significa a volta do espírito “NA” carne, “NUMA NOVA CARNE”. E
ressurreição significa “RESSURGIR”. Muitos entendem a ressurreição como o ressurgimento
do espírito na carne, mas “NA MESMA CARNE”, ou seja, no mesmo corpo que morreu. Mas,
como pode um espírito ressuscitar (ressurgir), por exemplo, num corpo carbonizado, ou que foi
comido pelos peixes, etc.? Então, reencarnação significa o retorno do espírito em um novo
corpo carnal; e ressurreição significa o retorno do espírito no mesmo corpo carnal, o que
cientificamente é impossível.
5- Os sete sacramentos católico são 1- batismo, 2- confissão, 3- eucaristia, 4- confirmação
(ou crisma), 5- matrimônio, 6- ordens sagradas, 7- unção dos enfermos. Nós não batizamos
porque o Espiritismo não adota ritual. João mergulhava as criaturas nas águas do Jordão, num
ato simbólico de batismo, para anunciar a vinda do Cristo e convidar o povo a se arrepender dos
seus pecados e, se propor a uma renovação moral. Portanto, para os espíritas, o batismo, foi tão
somente um divisor de águas, o marco de uma vida nova. Há muitos batizados cometendo
delitos, e há muitos que não são batizados que vivem de maneira cristã. Acreditamos que
seremos julgados pelos nossos atos e não por sermos ou não batizados. É o que fica evidente,
em passagens como estas: “Arrependei-vos, fazei penitência, porque é chegado o reino dos
céus”; “Eu na verdade, vos batizo com água para vos trazer à penitência; mas aquele que
vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos
batizará com o Espírito Santo e com o fogo”. Aqui, João deixa claro que, Jesus batizaria as
pessoas não mais com água, mas com o Espírito Santo e com o Fogo. Confissão, eucaristia,
crisma, ordens, são criações do catolicismo, não está mencionado no Evangelho. O Espiritismo
não tem sacerdotes, não há hierarquia, há distribuição de funções que pode ser trocado de tempo
em tempo. Matrimônio espírita é só no civil, a cerimônia no templo também não está no
Evangelho. É só um ritual. Quem abençoa nosso casamento somos nós mesmos utilizando nele
os ensinamentos de respeito, fidelidade, amor, tolerância, etc., ensinadas pelo Cristo. E unção
dos enfermos é um ato que também não está no Evangelho. É o ato de ouvir o desabafo de um
enfermo, levar-lhe uma boa palavra, estimular sua fé, e dar-lhe o perdão de Deus. Nós espíritas
ouvimos, damos passe, tentamos passar boa palavra e estimulamos sua fé, sua resignação
porque é um ato de caridade, mas não achamos que temos o poder de perdoar os pecados da
pessoa. Acreditamos que ela terá que resgatar suas faltas. É muito fácil errarmos a vida toda e
no final dela nos arrependermos e recebermos o perdão. Assim, muitas pessoas viverão a vida
de maneira promiscua, ilegal, imoral, desrespeitosa com a sua vida e a do próximo porque
acreditam que no final da vida poderão ser perdoadas.
6 - Antigamente, havia coisas consideradas como maravilhoso ou sobrenatural. Algumas nem
eram fatos reais, mas apenas crendices ou superstições sem fundamento. Outras eram
fenômenos verdadeiros (fatos naturais) e foram consideradas milagres por estarem mal
explicadas ou serem desconhecidas as suas causas.
O círculo do maravilhoso ou do sobrenatural vem diminuindo ao longo dos tempos, pelo
progresso do conhecimento humano, através:
da Ciência, que revela as leis que regem os fenômenos do campo material;
do Espiritismo, que revela e demonstra a existência dos espíritos e como agem sobre os fluidos,
explicando certos fenômenos como efeitos dessa causa espiritual.
As curas realizadas por Jesus, por exemplo, foram consideradas pelo povo como milagres, no
sentido que a palavra tinha na época: o de coisa admirável, prodígio.
Atualmente, o Espiritismo esclarece que os fenômenos de curas se dão pela ação fluídica,
transmissão de energias, intervenção no perispírito, e permite examinar e compreender as curas
realizadas por médiuns (espíritas ou não) ou por pessoas dotadas de excelente magnetismo. Essa
explicação não diminui nem invalida as curas admiráveis, feitas por Jesus; pelo contrário, levanos a reconhecer que Jesus tinha alto grau de sabedoria e ação, para poder acionar assim as leis
divinas e produzir tais fenômenos.
7 - Segundo a doutrina da Igreja os demônios foram criados bons e tornaram-se maus por sua
desobediência: são anjos colocados primitivamente por Deus no ápice da escala, tendo dela
decaído. Segundo o Espiritismo os demônios são Espíritos imperfeitos, suscetíveis de
regeneração e que, um dia serão espíritos elevados (anjos). Os que por má-vontade persistem em
ficar, por mais tempo, nas classes inferiores, sofrem as conseqüências dessa atitude, o hábito do
mal dificulta-lhes a regeneração. Um dia, a fadiga dessa vida penosa e das suas respectivas
conseqüências os farão mudar; eles comparam a sua situação à dos bons Espíritos e
compreendem que o seu interesse está no bem. Deus fornece-lhes constantemente os meios,
porém, com a faculdade de aceitá-los ou recusá-los. Se o progresso fosse obrigatório não
haveria mérito, e Deus quer que todos tenhamos o mérito de nossas obras. Ninguém é colocado
em primeiro lugar por privilégio; mas o primeiro lugar a todos é franqueado à custa do esforço
próprio.
Os anjos mais elevados conquistaram a sua graduação, passando, como os demais, pela rota
comum.
Compilação de Rudymara
IRMÃS FOX
Em 1848, a aldeia de Hydesville, localizada no condado de Wayne, Estado de
New York, distante 30 km da cidade de Rochester, era um pequeno
aglomerado de casas de madeiras com uma típica população de agricultores.
Nesta aldeia, a família Fox, uma família de fazendeiros composta pelo Pai
(John Fox), a Mãe (Magaret Fox), e de suas filhas: Margareth Fox, de 10 anos
e Kate Fox, de 7 anos.
Havia, nesta aldeia, uma cabana onde ocorreu o assassinato de um vendedor
(alguns o chamam de mascate). O espírito do vendedor se comunicava com o
plano material (Terra) através de sons, barulhos, ruídos.
Após vários moradores passarem pela casa que fazia ruídos, nela foi morar a
família Fox.
No princípio, a família não foi incomodada por esses sons que pareciam
naturais à casa, mas depois de algum tempo, eis que tais barulhos, ruídos,
batidas e até arrastamento de móveis começaram a aparecer com muita força.
E estas coisas incomodavam tanto, mas tanto que as meninas viviam em
sobressalto, a ponto de se negarem a dormir sozinhas no quarto.
Em 31 março de 1848, deu-se o
primeiro lance do fantástico episódio. A menina de 7 anos de idade - Kate Fox na sua espontaneidade - teve a audácia de desafiar a "força invisível" a repetir,
com os golpes, as palmas que ela batia com as mãos:
-Aqui! Sr. Pé Rachado, faça o que eu faço! - Disse, corajosamente, Kate,
batendo palmas.
A resposta foi imediata, e a cada estalo, um golpe era ouvido logo a seguir!
Chegaram a conclusão que aquela força podia ver e ouvir, pois até quando se
dobrava o dedo, a força respondia. Vários vizinhos foram chamados, e por sua
vez, eles chamaram outras pessoas e formou-se então uma reunião, onde as
pessoas perguntavam muito.
Eles criaram um código tipo: uma batida seria a
letra A, duas batidas seria a letra B e assim por diante...
Ele (o dono dos ruídos) informou, por este código, ser um espírito e que tinha
sido assassinado naquela casa. Ele disse, também, o nome do antigo inquilino
que o matara e depois o enterrara na adega a 10 pés de profundidade. Seu
nome era Charles B. Rosma.
Os mais interessados em esclarecer o caso resolveram escavar a adega
visando encontrar o esqueleto do suposto assassinado. E encontraram mesmo.
E um jornal de Boston, cidade dos Estados Unidos, até noticiou o fato.
Vários outros fenômenos deste tipo passaram a ocorrer em outras cidades, em
outros países, em outras famílias.
As irmãs Fox cresceram, mas por inexperiência e imaturidade acabaram se
envolvendo com o vício do alcoolismo e acabaram sofrendo muitas
perseguições e difamações injustas.
A Kate Fox, foi à Europa onde pôde ser estudada por sábios de renome.
Porque lá havia desenvolvimento científico pelo qual os fenômenos poderiam
ser estudados com rigor e profundidade.
As irmãs Fox cresceram, mas por inexperiência e imaturidade acabaram se
envolvendo com o vício do alcoolismo e acabaram sofrendo muitas
perseguições e difamações injustas.
Texto baseado no artigo "A História do Espiritismo" de Sidney de Paula
Imagens - Fonte - Portal do Espírito
BIOGRAFIA DE ALLAN KARDEC
Allan Kardec nasceu às 19 horas, em 3/10/1804, em Lião, França,
de antiga família lionesa, católica, cujo nome era Hippolyte Léon
Denizard Rivail era seu nome (conforme livro de batismo).
Ao redor dos 11 anos de idade, seus pais o enviaram para estudar
em Yverdum, na Suíça, no Instituto de Educação do célebre
pedagogo Pestalozzi.
Possuía vasta cultura humanística e conhecia o alemão, o inglês, o
italiano, o grego, o latim, todavia não foi médico, como às vezes se
ouve dizer.
De 1824 a 1848, além de lecionar, Rivail escreveu inúmeras e
importantes obras pedagógicas.
Em meados de 1825, fundou e dirigiu uma “Escola de Primeiro
Grau”, que funcionou até 1834, quando foi fechada por dificuldades
financeiras que um seu tio causara.
Casou-se em 6/2/1832, com a professora Amélia Gabriele Boudet,
que lhe foi companheira dedicada e valiosa colaboradora. Não
tiveram filhos.
Convidado por um amigo, participou de reuniões onde reunindo-se
em torno de mesa de três pés, as pessoas faziam perguntas a que os
espíritos respondiam por meio de pancadas. Essa prática tornara-se
moda na Europa, ao redor de 1850-52, e alcançara os salões de
Paris, onde morava o Prof. Rivail.
Homem de cultura geral, Rivail já se interessara pelos estudos do
magnetismo animal, mas foi somente a partir de 1855 que começou
a ter contato com os fenômenos das "mesas girantes" e
"comunicações do além-túmulo."
Revisou 50 cadernos de escritos mediúnicos, formulando
indagações aos espíritos. Serviu-se, para tanto, de mais de dez
médiuns, especialmente as Srtas. Baudin e Japhet, que recebiam
mensagens com o auxílio da cesta-de-bico e da cesta-pião.
Com o tempo a cesta foi substituída por uma espécie de mesa em
miniatura, com três pés, sendo um deles o suporte do lápis.
Diversos outros dispositivos foram desenvolvidos.
Finalmente, chegou-se à conclusão de que os Espíritos poderiam
agir diretamente na mão do médium (como geralmente
escrevemos), e esse método é usado até os dias de hoje.
Kardec formou a sua convicção “sobre a imortalidade da alma, a
natureza dos espíritos e suas relações com os homens, as leis
morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da
Humanidade – segundo os ensinos dados por espíritos
superiores” constituindo a Doutrina dos Espíritos, que ele
denominou de Espiritismo.
No livro “O que é o Espiritismo”, escreveu: “Essa crença apóiase em raciocínios e fatos. Eu próprio não a adotei antes de tê-la
examinado demoradamente. Tendo adquirido, no estudo das
ciências exatas, hábitos positivistas, sondei, esquadrinhei essa
nova ciência em seus mais íntimos refolhos; quis dar-me conta
de tudo, porque nunca aceito uma idéia sem conhecer o porque
e o como.”
O primeiro livro espírita a ser codificado por Allan Kardec foi “O
Livro dos Espíritos”, que apresenta-se na forma de perguntas e
respostas, totalizando 1.019 tópicos. Foi o primeiro de uma série de
cinco livros editados pelo pedagogo sobre o mesmo tema.
As médiuns que serviram a esse trabalho foram inicialmente
Caroline e Julie Boudin (respectivamente, 16 e 14 anos à época),
às quais mais tarde se juntou Celine Japhet (18 anos à época) no
processo de revisão do livro. Após o primeiro esboço, o método das
perguntas e respostas foi submetido a comparação com as
comunicações obtidas por mais de dez médiuns franceses, cujos
textos psicografados contribuíram para a estruturação de O Livro
dos Espíritos, publicado em 18 de Abril de 1857, no Palais Royal,
na capital francesa, contendo 550 itens. Só a partir da segunda
edição, lançada em 16 de março de 1860, com ampla revisão de
Kardec mediante o contato com grupos espíritas de cerca de 15
países da Europa e das Américas, aparecem as atuais 1019
perguntas e respostas. Este livro está dividido em quatro (4) partes,
e de cada parte nasceram os demais livros da codificação.
Editou, a partir de janeiro de 1858, a Revista Espírita (mais antiga
do mundo), que circulou até recentemente, sofreu interrupção, mas
voltou a ser editada.
Fundou também a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, em 1º
de abril de 1858, que foi modelo de organização espírita, quanto à
parte mediúnica e de estudos.
Para a publicação das obras espíritas, objetivando distingui-las das
que produzira pelo seu próprio saber, como pedagogo, adotou o
pseudônimo de Allan Kardec, nome que, conforme revelação feita
(pelo espírito Zéfiro), usara em encarnação anterior, ainda em solo
francês (Gálias, hoje, França), ao tempo dos druidas.
Como ele mesmo disse, sua parte na obra, de revelar a Doutrina
Espírita foi a de haver coletado, coordenado e divulgado os ensinos.
E, por organizar os ensinos revelados pelos espíritos formando uma
coleção de leis (um código) é que Allan Kardec foi chamado “O
Codificador”.
A missão que desempenhou na Terra, com tanto devotamento,
inaugurou, a Era do Espírito.
Kardec temia pela direção do movimento espírita, se viesse a
falecer, mas os Espíritos o tranqüilizaram dizendo que: outros
trabalhadores continuariam a tarefa interrompida.
Em 1861, a Inquisição espanhola faz queimar (em praça pública),
em Barcelona, 300 livros espíritas, apesar dos protestos de Kardec.
Numa sessão mediúnica, o Bispo de Barcelona, autor do auto-de-fé,
transmite, através de um médium, a seguinte declaração: “Está
escrito: tu queimaste as idéias e as idéias te queimarão.”
Foi em 31/3/1869, em Paris, com 64 anos, entre 11 e 12 horas, pelo
rompimento de um aneurisma, em pleno labor de estudo e
organização de novas tarefas espíritas e assistenciais que Kardec
desencarna, cumprindo, e muito bem, a missão.
Agradecemos a Kardec o trabalho e dedicação de sua vida à
codificação dos ensinos dos espíritos, a fim de que também
pudéssemos entender melhor as leis divinas, recebendo com isso
conforto, bom ânimo e esperança para nossas vidas.
O lema de Kardec era: Trabalho, Solidariedade e Tolerância.
Para honrar-lhe a memória, procuremos nos aperfeiçoar e servir,
para que todos reconheçam no Espiritismo a doutrina capaz de
modificar o homem para melhor e influir benéfica e poderosamente
na sociedade.
O corpo de Kardec foi sepultado no Cemitério do Père-Lachaise,
com a frase esculpida no frontispício do dólmen de Allan Kardec:
“Nascer, viver, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é
a Lei.
ALLAN KARDEC CRIOU O ESPIRITISMO?
Não. Allan Kardec apenas formulou e
organizou as perguntas, mas as respostas
foram dadas pelos Espíritos através da
mediunidade de várias jovens médiuns. O
primeiro livro da doutrina espírita é “O
livro dos Espíritos”, e ele tem este nome
porque o conteúdo pertence aos “Espíritos”
e não à Kardec.
POR QUE CHAMAM ALLAN KARDEC DE "O CODIFICADOR"?
Porque ele coletou e organizou os
ensinos "dos Espíritos", as leis e os
princípios revelados. E para distinguila
das
demais
doutrinas
espiritualistas, Rivail a denominou
Espiritismo e, aos adeptos, chamou de
espíritas ou espiritistas.
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