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FUNDAÇÃO SÃO PAULO
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA SAÚDE
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
GUSTAVO BORGES FERRO
PROF. DR. HEITOR ZOCHIO FISCHER
ENTOMOFAUNA NECRÓFAGA ASSOCIADA À DECOMPOSIÇÃO DE CARNE
BOVINA EM UMA LOCALIDADE DE SOROCABA-SP
Sorocaba
2011
GUSTAVO BORGES FERRO
PROF. DR. HEITOR ZOCHIO FISCHER
ENTOMOFAUNA NECRÓFAGA ASSOCIADA À DECOMPOSIÇÃO DE CARNE
BOVINA EM UMA LOCALIDADE DE SOROCABA-SP.
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Faculdade Ciências
Médicas e da Saúde da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, sob
a orientação do Prof. Dr. Heitor Zochio
Fischer, requisito para obtenção do título
de Bacharel em Ciências Biológicas.
Sorocaba
2011
RESUMO
Este trabalho verifica a diversidade da entomofauna no processo de sucessão
ecológica de restos de carne bovina em um trecho de Mata Atlântica na cidade de
Sorocaba-SP. O estudo foi feito a partir da captura dos insetos através de uma
armadilha fototrópica de garrafas PET. Foram implantadas dez armadilhas, sendo
que a cada três dias se retirava uma, totalizando trinta dias de coleta. Esse
procedimento foi repetido outras duas vezes. Observou-se a predominância de
indivíduos da ordem Diptera em relação a outras ordens. O gênero Crhysomya
(Diptera: Calliphoridae) destacou-se durante todos as coletas devido sua relativa
abundância e ocorrência. Os indivíduos da ordem Coleoptera surgiram somente
após o aparecimento de larvas de dípteros. As demais ordens tiveram aparições
relativamente esporádicas.
Palavras chaves: Entomofauna, necrófaga; carne bovina.
ABSTRACT
NECROPHAGOUS INSECT ASSOCIATED WITH DECOMPOSITION OF BEEF IN A
LOCALITY OF SOROCABA-SP
This study verifies the diversity of necrophagous insects in the ecological succession
of leftover bovine meat in Atlantic Forest area of Sorocaba-SP. The study was made
from the capture of these insects by a phototropic PET bottles trap. Ten traps were
deployed, and every three days one of them was removed, totaling thirty days of
collection. This procedure was repeated twice. It was observed Diptera species
predominance in relation to the other orders. The genus Crhysomya (Diptera:
Calliphoridae) stood out over all the collections because of its relative abundance
and occurrence. Individuals of Coleoptera order arose only after the appearance of
Diptera larvae. The other orders were relatively sporadic appearances.
Key-words: Insect fauna, necrophagous; bovine meat.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5
2 OBJETIVO ............................................................................................................... 8
3 MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................... 9
3.1 Área de estudo ................................................................................................... 9
3.2 Metodologia ........................................................................................................ 9
3.2.1 Instrumento de coleta dos insetos ................................................................ 9
3.2.2 Coleta dos insetos ...................................................................................... 10
3.2.3 Identificação da fauna associada à matéria em decomposição ................. 11
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 12
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 22
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 23
5
1 INTRODUÇÃO
A Biologia Forense pode prestar diversas contribuições na elucidação de
crimes, e dentre as várias áreas existentes, a Entomologia Forense é a que usa a
aplicação dos estudos dos insetos e outros artrópodes para esse fim (OLIVEIRACOSTA, 2003).
Os insetos têm a capacidade de detectar os odores exalados pelos cadáveres
muito antes de qualquer ser humano (OLIVEIRA-COSTA, 2003), por isso, são um
dos primeiros a chegar ao local onde a matéria orgânica está presente, mesmo que
a decomposição de vertebrados seja dominada por microorganismos como bactérias
ou fungos (GOFF, 2000).
A prática da entomologia forense está diretamente ligada a qualquer inseto
que se relacione com cadáveres (VIANNA, 2004), seja apenas para a ovoposição,
sítio de cópula ou mesmo como fonte protéica (OLIVEIRA-COSTA, 2003).
Para a determinação do intervalo pós-morte (IPM), que é uma das principais
aplicações da Entomologia Forense, os peritos podem se valer da rigidez
cadavérica, do resfriamento do corpo, dos livores cadavéricos, das diferentes fases
de decomposição e, por fim, da fauna cadavérica na qual se utiliza dados dos
hábitos e biologia das espécies necrófagas (BENECKE, 2001).
A atividade dos insetos necrófagos, por sua vez, acelera o processo de
decomposição e acaba favorecendo o aparecimento de outras espécies (OLIVEIRACOSTA, 2003). Muitas dessas espécies não são necessariamente necrófagas, são
predadoras, alimentando-se das espécies necrófagas, ou onívoras, visitantes da
carcaça em busca de abrigo (SMITH, 1986).
É possível obter também, por meio da fauna forense, sangue e outros tecidos
do cadáver, que se encontram dentro do trato digestivo dos insetos e, dessa forma,
possibilitar a realização de exame para a identificação através do DNA (OLIVEIRACOSTA, 2003). Alguns estudos ainda demonstram a possibilidade da extração de
DNA humano obtidos de fêmeas de mosquito para o uso forense (HAWLEY &
BUDOWLE, 2000).
6
Como fatores influentes na ovoposição e atração dos insetos à carcaça,
temos o clima, especialmente a temperatura e a umidade, que também apresentam
grandes influências no processo de sucessão dos insetos, bem como na
decomposição dos corpos (OLIVEIRA-COSTA, 2003). Por isso, de acordo com
Roquete (1908 apud OLIVEIRA-COSTA, 2003, p. 125), é impossível aplicar
metodologias de intervalo pós-morte (IPM) desenvolvidas em países com climas
diferentes, pois além das variações de temperatura, existe a diversidade da fauna e
da ecologia, as quais interferem diretamente no processo de sucessão cronológica.
Outro fator que influencia na obtenção do IPM em alguns casos, é o tempo de
ovoposição (OLIVEIRA-COSTA, 2003). Isso ocorre, por exemplo, quando alguma
barreira ou mesmo o local onde se encontra a carcaça impedem a atração imediata
de dípteros, o que poderia interferir no tempo estimado do intervalo pós-morte em
horas ou até mesmo dias. Nesse contexto, Nuorteva (1977) afirma que um corpo
intacto não atrai moscas para ovoposição imediatamente, mas quando há a
presença de vômito, sangue e feridas abertas, a ovoposição pode ser estabelecida
minutos após a morte.
Há também, casos de ovoposição noturna de algumas espécies de
califorídeos (Diptera: Calliphoridae) de importância forense, na qual podem ocorrer
alterações usuais na estimativa do intervalo pós-morte (GREENBERG, 1990).
Existem grupos de insetos que são mais comumente estudados na
entomologia forense, dentre eles, destacam-se os dípteros das famílias Muscidae,
Calliphoridae e Sarcophagidae (NUORTEVA, 1974), justamente por serem os
principais invertebrados consumidores de carcaças e pela sua grande participação
no processo de decomposição de cadáveres (REED, 1958 apud MARQUES et.al.
2009).
Considerada a segunda ordem de maior interesse forense, os coleópteros das
famílias Dermestidae, Silphilidae e Cleridae (SMITH, 1986). Esses ocorrem
geralmente nos estágios mais secos de decomposição, por terem normalmente
hábito de predadores, chegando antes das larvas de moscas abandonarem os
restos, isso devido a uma estratégia para evitar a competição com os dípteros, que
são mais ágeis e chegam à carcaça mais rapidamente (OLIVEIRA-COSTA, 2003).
7
Em geral, o padrão de sucessão dos artrópodes no processo de
decomposição tem sido muito estudado, principalmente em países de clima
temperado, nos quais a lista de espécies que ocorrem nesse tipo de ecossistema já
está praticamente elucidada. Mais raros são os trabalhos publicados na região da
América Latina.
Por esse motivo há a necessidade da realização de mais pesquisas nessa
área, levando em consideração a grande dimensão territorial, a diversidade
climática, faunística e vegetacional do Brasil (OLIVEIRA-COSTA, 2003).
8
2 OBJETIVO
O objetivo deste trabalho foi verificar o processo de sucessão ecológica em
carne bovina, identificar a entomofauna e relacioná-la aos diferentes estágios de
decomposição.
9
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Área de estudo
A área de estudo situou-se em um trecho de Mata Atlântica localizado na
Zona Leste da cidade de Sorocaba, coordenadas Latitude 23°30'11.71"S e
Longitude 47°25'21.78"O.
. Fig. 1- Área de estudo
Fonte: Google Earth.
3.2 Metodologia
3.2.1 Instrumento de coleta dos insetos
Para a coleta dos insetos, foram utilizadas armadilhas montadas a partir de
duas garrafas PET de 2,0L. Essa armadilha é constituída por duas partes, sendo a
primeira, a antecâmara (ou câmara inferior) com a isca, onde serão depositados os
ovos e coletadas as larvas. Essa antecâmara foi escurecida com fita isolante preta,
que proporcionou a captura dos dípteros, fototrópicos positivos, a subirem para a
segunda parte da armadilha que é mais iluminada. As aberturas na antecâmara
escurecida foram feitas a partir de cortes de 3 cm comprimento e largura, sendo que
cada armadilha contava com três aberturas para a entrada dos insetos.
Na segunda parte da armadilha, a câmara superior, onde foram coletados os
insetos adultos que ficaram presos.
10
Fig. 2 – Modelo de armadilha para a coleta de insetos com fototropia
positiva.
Fonte:
http://tilz.tearfund.org/Portugues/PILARES/Incentivando+a+boa+higiene+e+o+saneamento/P
ILARES+Higiene+W14.htm
3.2.2 Coleta dos insetos
Foram montadas 10 armadilhas com 100g de carne bovina moída, depositada
na antecâmara do recipiente. As armadilhas foram distribuídas pelo local com cerca
de 2m de distância uma da outra e permaneceram suspensas à aproximadamente
1,5m do solo em galhos de árvores ou mesmo em arames de cercas presentes no
local.
As coletas foram realizadas a cada três dias, sendo assim uma armadilha
retirada do local a cada coleta para a verificação da entomofauna encontrada,
totalizando 30 dias. Duas repetições desse procedimento foram feitas totalizando a
realização da pesquisa em cerca de 90 dias, abrangendo os meses de Junho, Julho,
Agosto e Setembro. Essas três repetições foram denominadas como ciclos de
coletas.
O acompanhamento da temperatura, umidade relativa do ar e o índice
pluviosidade também foram realizados, a fim de constatar as possíveis interferências
que esses fenômenos abióticos causam na atração e diversidade de insetos
encontrados na armadilha.
Os indivíduos adultos, assim como as larvas coletadas foram colocados
separadamente em um recipiente com álcool 70%, e posteriormente levados a
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba para a identificação.
11
3.2.3 Identificação da fauna associada à matéria em decomposição
A identificação dos indivíduos foi realizada por meio de chaves específicas.
Em geral, para a identificação dos insetos foram utilizadas as chaves de
identificação de famílias propostas por Triplehorn & Johnson (2011), para a
identificação de alguns dípteros adultos, foi utilizada a chave proposta por Carvalho
et. al. (2002) e para os coleópteros, a chave de Mise (2007). No caso das larvas, as
chaves de Florez et. al. (2009) e Skidmore (1985). Os indivíduos foram separados no
mínimo na categoria taxonômica de família, através da morfoespécie e suas devidas
características na chave de identificação.
Quanto à estimativa da freqüência de cada espécie de insetos associados à
isca, foram estabelecidos alguns valores para a determinação da constância dos
grupos encontrados. No caso de uma espécie ocorrer em até 29% das coletas,
durante um ciclo de coleta, esta foi considerada de constância Rara, se ocorreu
entre 30 e 40%, de constância Ocasional e se ocorreu acima dos 50% foi
considerada uma espécie de ocorrência Constante.
12
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram coletados um total de 1127 indivíduos adultos de 81 espécies
diferentes (Figura 3) e mais 891 larvas de Diptera. De todas as espécies
encontradas, houve a predominância de indivíduos das ordens Diptera e Coleoptera,
sendo que as demais ordens (Hemiptera, Hymenoptera e Lepidoptera) tiveram uma
menor participação no processo de decomposição da carne.
Fig. 3 – Representantes dos indivíduos coletados separados por
morfoespécie.
13
Fig. 4 – Quantidade de insetos atraídos pela isca de carne bovina, no período
de junho a setembro de 2011.
Como evidenciado na figura acima (Figura 4), indivíduos da ordem Diptera
possuem um número muito maior em relação às outras ordens. Oliveira-Costa
(2003) afirma que os dípteros chegam mais cedo à carcaça por serem mais ágeis, e
por conseqüência acabam tendo um maior domínio na atividade de sucessão
ecológica da carne.
Pelo fato do número de indivíduos coletados da ordem Diptera ter sido
significantemente maior do que os outros, a freqüência destes está apresentada em
famílias (Figura 5), a fim de se verificar quais são as principais associadas à
decomposição da carne.
14
Fig. 5 – Freqüência de ocorrência das famílias de Diptera atraídos pela isca de
carne bovina, no período de junho a julho de 2011.
Observa-se que os califorídeos apresentaram uma maior quantidade de
indivíduos em relação às outras familias (Figura 5), essa predominância pode ser
explicada pelo fato destas espécies serem as primeiras a atingir as armadilhas; esse
fato foi observado por Carvalho & Linhares (2001), tanto em ambiente urbano quanto
em ambiente de floresta, o que pode favorecer o seu predominio sobre as demais
espécies.
A quantidade de insetos atraídos pelas armadilhas nesse trabalho parece não
estar relacionada com as variações nas condições ambientais (Figura 6). Carreira et.
al. (2008) afirmam que as condições da isca, como estágio de decomposição ou
mesmo o efeito do dessecamento da carne, são os fatores que mais interferem na
capacidade de atração, podendo assim, explicar a variação na quantidade de
insetos encontrados nesse estudo.
15
Fig. 6 – Condições ambientais e freqüência de ocorrência dos insetos atraídos
pela isca de carne bovina, no período de junho a julho de 2011.
16
A ocorrência dos insetos, assim como seus hábitos alimentares e sua
constância foram estudados durante os ciclos de coletas (Figuras 7, 8 e 9), onde
destacam-se, em número de espécies, as famílias Calliphoridae, Drosophilidae,
Muscidae, Phoridae e Sarcophagidae, todos pertencentes à ordem Diptera.
De acordo com Oliveira-Costa (2003) grande parte dos indíviduos da família
Calliphoridae preferem os estágios iniciais de decomposição, o que pode ser visto
nas moscas do gênero Chrysomya sp1 e sp2 que tem suas respectivas ocorrências
nas coletas consideradas constantes. Já os indivíduos da família Sarcophagidae tem
preferência pelos estágios mais avançados de decomposição (CARVALHO &
LINHARES, 2001), surgindo apenas no segundo ciclo de coletas em iscas que já
estavam expostas logo nos primeiros três dias, nos demais ciclos de coletas a
família surgiu em iscas epostas à nove dias em diante. Como já esperado, a família
Muscidae ocorreu em todos os três ciclos de coleta, tendo apenas duas espécies de
constância ocasional em cada ciclo.
Segundo Greenberg & Weels (1998) indivíduos da família Phoridae tem
preferência pelos últimos estágios de decomposição, mesmo assim houve a
ocorrência desses indivíduos em armadilhas com apenas seis dias de exposição.
Na ordem Coleoptera, pode-se destacar o surgimento de indivíduos da família
Anthibridae e Crhysomelidae no primeiro ciclo, que são fitófagos, sendo suas
ocorrências consideradas raras, porém acidentais. Já os demais coleópteros que
estão associados à isca em decoposição, tem preferência pelos estágios mais
avançados de putrefação por terem hábitos predadores, e chegarem mais
freqüentemente quando a atividade de larvas de Diptera estão no ápice (OLIVEIRACOSTA, 2003). Como no caso de besouros da família Histeridae que além de
necrófagos tem hábito predador (CARVALHO & LINHARES, 2001). Silphidae
também é considerada predadora por alguns autores, Carvalho & Linhares (2001) os
classificam como necrófagos e predadores. Os Staphylinidae são estritamente
predadores, preferindo as larvas de Diptera, mas podendo também predar outras
espécies presentes na carne (OLIVEIRA-COSTA, 2003).
Foram encontrados também indivíduos adultos de lepidópteros nas amostras,
como representantes da família Geometridae, Arctiidae e Noctuidae, todas elas de
constância rara. De acordo com Oliveira-Costa (2003), apenas indivíduos da família
Tineidae e Pyralidae tem participação no processo de sucessão na matéria em
17
decomposição, os demais representantes apenas visitam a isca para sugar os
exudatos.
Quanto a ordem Hymenoptera, destacam-se as famílias Formicidae e
Cynipidae, onde essa primeira possue hábito predador ou mesmo necrófago e
Cynipidae de hábito parasita (OLIVEIRA-COSTA, 2003), ambas tiveram rara
ocorrência em todos os ciclos de coleta.
Houve também, um crescimento na quantidade de indivíduos da ordem
Hemíptera no segundo e terceiro ciclo de coletas. Esses indivíduos foram
identificados como sendo pertencentes a família Coreidae, todos eles de hábito
fitófago.
18
Tabela 1 – Frequência e hábito das espécies coletadas.
Classe
Ordem
Família
Anthibridae
Chrysomelidae
Histeridae
Coleoptera
Silphidae
Staphylinidae
Insecta
Diptera
Calliphoridae
Calliphoridae
Calliphoridae
Calliphoridae
Calliphoridae
Calliphoridae
Calliphoridae
Calliphoridae
Calliphoridae
Calliphoridae
Drosophilidae
Drosophilidae
Drosophilidae
Drosophilidae
Drosophilidae
Drosophilidae
Drosophilidae
Drosophilidae
Drosophilidae
Drosophilidae
Drosophilidae
Drosophilidae
Phoridae
Phoridae
Muscidae
Muscidae
Muscidae
Muscidae
Muscidae
Muscidae
Muscidae
Muscidae
Gênero / Espécie
sp.
sp.
Omalodes sp1.
Omalodes sp2.
Oxilytrum discicolle
Xanthopygus sp.
Philontus sp.
Atheta sp.
Chrysomia sp1.
Chrysomia sp2.
Chrysomia sp3.
sp4.
sp5.
sp6.
sp7.
sp8.
sp9.
sp10.
sp1.
sp2.
sp3.
sp4.
sp5.
sp6.
sp7.
sp8.
sp9.
sp10.
sp11.
sp12.
sp1.
sp2.
sp1.
sp2.
sp3.
sp4.
sp5.
sp6.
sp7.
sp8.
1ª
2ª
3ª
4ª
5ª
6ª
7ª
8ª
9ª
Coletas
10ª 11ª 12ª 13ª 14ª 15ª 16ª 17ª 18ª 19ª 20ª 21ª 22ª 23ª 24ª 25ª 26ª 27ª 28ª 29ª 30ª
Hábito Constância
Fitófago
Rara
Fitófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago Ocasional
Necrófago Ocasional
Predador Ocasional
Predador
Rara
Predador
Rara
Necrófago Constante
Necrófago Constante
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago Ocasional
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago Ocasional
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
Necrófago
Rara
19
Muscidae
Muscidae
Muscidae
Muscidae
Muscidae
Sciomyzidae
Sciomyzidae
Sciomyzidae
Sarcophagidae
Sarcophagidae
Sarcophagidae
Sarcophagidae
Conopidae
Conopidae
Neriidae
Tephritidae
Tephritidae
Tephritidae
Tephritidae
Tephritidae
Tephritidae
Sepsidae
Ceratopogonidae
Ceratopogonidae
Ceratopogonidae
Syrphidae
Larvas de Diptera
Pupas de Diptera
Coreidae
Hemíptera
Coreidae
Coreidae
Cynipidae
Formicidae
Ichneumonidae
Hymenoptera
Sphecidae
Vespidae
Colletidae
Hallictidae
Geometridae
Lepidoptera
Arctiidae
Noctuiidae
Orthoptera
Acrididae
Arachnida
Salticidae
sp9.
sp10.
sp11.
sp12.
sp13.
sp1.
sp2.
sp3.
sp1.
sp2.
sp3.
sp4.
sp1.
sp2.
sp1.
sp1.
sp2.
sp3.
sp4.
sp5.
sp6.
sp1.
sp1.
sp2.
sp3.
sp1.
sp1.
sp2.
sp3.
sp.
sp.
sp.
sp.
sp.
sp.
sp.
sp.
sp.
sp.
sp.
sp.
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Fitófago
Fitófago
Fitófago
Predador
Predador
Predador
Predador
Predador
Predador
Predador
Necrófago
Necrófago
Necrófago
Fitófago
Predador
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Ocasional
Ocasional
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Ocasional
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Constante
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
Rara
20
Figura 7 – Estrutura da comunidade.
A comunidade de insetos deste trabalho apresentou uma estrutura tradicional,
onde existem poucas espécies que possuem muitos indivíduos e muitas espécies
que apresentam um número reduzido de indivíduos, sugerindo portanto a
dominância de algumas poucas espécies nessa comunidade (Figura 7), assim como
o descrito por Silveira Neto et. al. (1976).
Vale ressaltar que a quantidade de espécies que podem ocorrer num estudo
como esse é bastante grande e que as espécies coletadas até o momento está
longe de estar completamente conhecida, pois observa-se que o número de
espécies novas ainda continua aumentando conforme o número de coletas que são
feitas aumentam também (Figura 8).
21
Figura 8 - Curva do coletor.
22
5 CONCLUSÃO
Indivíduos da ordem Diptera tiveram maior ocorrência em relação a outras
ordens. A ocorrência dos insetos pareceu não estar relacionada às condições físicas
do ambiente. Crhysomya (Diptera: Calliphoridae) destacou-se durante todos os
ciclos de coleta devido sua relativa abundância e ocorrência,
sugerindo uma
possível maior influência desse gênero na comunidade necrófaga da região, pois
tiveram aparições desde o terceiro dia de exposição da isca. Os indivíduos da ordem
Coleoptera surgiram somente após o aparecimento de larvas de dípteros. As demais
ordens tiveram aparições relativamente esporádicas.
REFERÊNCIAS
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