SOBREIRA AM; SILVA MAD; COELHO JUNIOR LF; CALADO TB; TELES ECPVA; FERRAZ APF. 2012. Influência do extrato aquoso de folhas de hortelã sobre o desenvolvimento de mudas de pimentão. Horticultura Brasileira 30: S8333-S8339. Influência do extrato aquoso de folhas de hortelã sobre o desenvolvimento de mudas de pimentão Alysson Menezes Sobreira1; Monalisa Alves Diniz da Silva Camargo pinto2; Luiz Ferreira Coelho Júnior3; Thiago Bezerra Calado1; Elton Carlos Pereira Vieira de Alencar Teles1; André Pereira Freire Ferraz4 1 Graduando do curso de agronomia, Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE na Unidade Acadêmica de Serra Talhada- UAST, Serra Talhada, PE- Brasil. Email: [email protected], [email protected], [email protected] 2 Professor adjunto, Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE na Unidade Acadêmica de Serra Talhada – UAST, Serra Talhada, PE- Brasil. Email: [email protected] 3 Bolsista PIBIC/UFRPE, graduando do curso de agronomia, Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE na Unidade Acadêmica de Serra Talhada – UAST, Serra Talhada, PE- Brasil. Email: [email protected] 4 Estudante de Pós-Graduação em produção vegetal, Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE na Unidade Acadêmica de Serra Talhada- UAST, Serra Talhada, PE- Brasil. Email: [email protected] RESUMO A hortelã é utilizada para diversos fins medicinais destacando-se o seu gênero Mentha por apresentarem potencial alelopático. O objetivo do trabalho foi avaliar a interferência das concentrações do extrato foliar da hortelã (Plectranthus amboinicus Lour.) sobre a emergência e desempenho de mudas de pimentão (Capsicum annuum L.), cv. All Big. Foram avaliadas as concentrações de 0; 20; 40; 60; 80 e 100% do extrato aquoso de folhas de hortelã, totalizando seis tratamentos em delineamento inteiramente casualizado. Avaliou-se a emergência de plântulas, comprimento da parte aérea, comprimento da raiz, massa seca da parte aérea e massa seca da raiz de mudas de pimentão. Os resultados obtidos mostraram que o extrato aquoso de folhas de hortelã proporcionaram efeitos benéficos para as variáveis emergência de plântulas e comprimento da parte aérea das mudas de pimentão, sendo as concentrações 60, 80 e 100% que promoveram melhores médias dessas variáveis. PALAVRAS-CHAVE: Plectranthus amboinicus Lour., alelopatia, produção de mudas. ABSTRACT Influence of aqueous extract of mint leaves on the development of sweet pepper The mint is used for various medicinal purposes highlighting the genus Mentha by presenting their allelopathic potential. The objective of this study was to evaluate the interference of the concentrations of leaf extract of mint (Plectranthus amboinicus Lour.) On the emergence and performance of sweet pepper (Capsicum annuum L.) cv. All Big. We evaluated the concentrations of 0, 20, 40, 60, 80 and 100% of the aqueous extract of mint leaves, a total of six treatments in a randomized design. We evaluated the seedling emergence, shoot length, root length, dry mass of shoot and root dry mass of sweet pepper. The results showed that the aqueous extract of mint leaves yielded beneficial effects for the variable seedling emergence and shoot length of pepper seedlings, with concentrations 60, 80 and 100% that promoted best means of these variables. Keywords: Plectranthus amboinicus Lour., allelopathy, seedling production. A hortelã (Plectranthus amboinicus Lour.) é considerada por suas de grandes propriedades terapêuticas sendo utilizada como infusão para gripes ou resfriados, chás para dores de garganta, náuseas, entre outros. É de origem européia e pertence a família Lamiaceae, sendo uma erva perene, ereta, com aproximadamente 30 a 40 cm de altura, de folhas ovais, curtamente pecioladas, com aroma forte e bem característico (Moreira et al., 2010). De acordo com Lorenzi & Matos (2002), a hortelã pode ainda ser de grande interesse para indústria farmacêutica devido à sua atividade Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 8333 SOBREIRA AM; SILVA MAD; COELHO JUNIOR LF; CALADO TB; TELES ECPVA; FERRAZ APF. 2012. Influência do extrato aquoso de folhas de hortelã sobre o desenvolvimento de mudas de pimentão. Horticultura Brasileira 30: S8333-S8339. antioxidativa e antivirótica. Segundo Maia et al. (2011) em meio às plantas medicinais, as espécies do gênero Mentha se destacam pelo potencial alelopático que apresentam. A alelopatia é o processo pelo qual os produtos do metabolismo secundário de vegetais são liberados no ambiente podendo interferir na germinação de sementes, no estabelecimento e no desenvolvimento de outros indivíduos vegetais adjacentes (Rice,1984; Ferreira, 2004; Gatti et al.,2007). Estas substâncias químicas liberadas ao meio são denominadas de aleloquímicos, os quais podem apresentar ação direta ou indireta sobre a planta alvo (Maraschin-Silva & Áquila, 2006). Para Gusman et al. (2008), essas substâncias podem ser liberadas para o ambiente de diversas formas, sendo os fatores ambientais responsáveis por influenciarem no processo de liberação. Seu efeito pode ser mais ou menos pronunciado e determinado pelas características de cada espécie e idade da planta, os aleloquímicos podem ser exsudados pelas raízes, decomposição de órgãos da planta ou por meio de chuvas que causam lixiviação desses compostos do extrato superior das plantas para o solo (Sartor et at., 2009). O estudo dos compostos alelopáticos vem avançando nos últimos anos com foco voltado à sua manipulação para aplicações práticas na agricultura, como por exemplo, para controle de pragas e plantas invasoras (Mallik & Olofsdotter, 2001). A alelopatia, além de exercer algum tipo de controle sobre determinadas espécies espontâneas, do ponto de vista agronômico, contribui para o estabelecimento de espécies que não sejam fortemente alelopáticas, e que favoreçam a obtenção de lavouras equilibradas, com reflexos satisfatórios sobre a produtividade e longevidade das mesmas (Wardle, 1987) citado por Maia et al. (2011). O pimentão está entre as hortaliças mais consumidas no Brasil, sendo seus frutos de coloração verde e vermelha os mais aceitos pelo mercado. Segundo Fonseca (1986), a pigmentação influencia no sabor e no aroma, sendo que os frutos vermelhos são mais saborosos devido à presença de 50% de substâncias picantes (capsaína). Diante do exposto, o objetivo do trabalho foi avaliar a interferência das concentrações do extrato foliar da hortelã (Plectranthus amboinicus Lour.) sobre os possíveis efeitos alelopáticos na emergência e desempenho de plântulas de pimentão (Capsicum annuum L.), cultivar All Big. MATERIAL E MÉTODOS O presente trabalho foi executado nas dependências da Universidade Federal Rural de Pernambuco na Unidade Acadêmica de Serra Talhada. As folhas verdes de hortelã foram coletadas no campus Unidade Acadêmica de Serra Talhada. O material coletado foi triturado com o auxílio de um liquidificador, adicionando água destilada para facilitar a trituração na proporção de 100g/L, onde Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 8334 SOBREIRA AM; SILVA MAD; COELHO JUNIOR LF; CALADO TB; TELES ECPVA; FERRAZ APF. 2012. Influência do extrato aquoso de folhas de hortelã sobre o desenvolvimento de mudas de pimentão. Horticultura Brasileira 30: S8333-S8339. resultou no extrato bruto correspondendo à concentração de 100 %, logo após o extrato obtido foi coado com o auxílio de uma peneira. A partir do extrato bruto, foram feitas as diluições para obtenção das concentrações de 20, 40, 60 e 80% do extrato aquoso, sendo utilizado como testemunha apenas água destilada, totalizando seis tratamentos. As sementes de pimentão (cv. All Big), foram imersas em diferentes concentrações por um minuto, após serem tratadas as sementes foram semeadas em bandejas de isopor de 200 células, colocandose uma semente por célula. As bandejas foram preenchidas com um substrato alternativo, composto de solo coletado à uma profundidade de 20 cm e esterco bovino curtido na proporção (1:3), ambos autoclavados por uma hora a uma temperatura de 120 º C. Para avaliação do potencial alelopático do extrato aquoso de folhas de hortelã na germinação, foram analisadas as seguintes variáveis: a) Emergência de plântulas (%): As avaliações foram através da contagem das plântulas emersas com as folhas cotiledonares expandidas no 14o dia (Brasil, 2009). b) Comprimento da parte aérea e da raiz (cm) das mudas: A avaliação foi realizada no 35° dia após a semeadura, utilizando-se 10 plântulas normais por repetição, para estas determinações utilizou-se uma régua graduada. c) Massa seca da parte aérea e da raiz das mudas: A parte aérea e o sistema radicular utilizados na avaliação anterior foram submetidos a secagem em estufa a 60°C por 48 horas e depois pesados em balança de precisão de 0,0001g, para determinação da massa . O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com seis tratamentos (concentrações de 0, 20, 40, 60, 80, 100 % do extrato bruto), com cinco repetições de 20 sementes de pimentão (cv. All Big). As médias obtidas foram comparadas pelo o teste de Scott-knott, ao nível de 5% de probabilidade. Após a análise de variância para as variáveis que apresentaram diferença significativa, aplicou-se a análise de regressão. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados obtidos mostraram que o extrato aquoso de folhas de hortelã proporcionou efeitos benéficos nas variáveis emergência de plântulas e no comprimento da parte aéra das mudas de pimentão, sendo as concentrações 60, 80 e 100% que promoveram melhores médias dessas variáveis. Por sua vez, Barreiro et al. (2005) avaliando o efeito de extratos de parte aérea de barbatimão [Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville] na germinação e desenvolvimento de Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 8335 SOBREIRA AM; SILVA MAD; COELHO JUNIOR LF; CALADO TB; TELES ECPVA; FERRAZ APF. 2012. Influência do extrato aquoso de folhas de hortelã sobre o desenvolvimento de mudas de pimentão. Horticultura Brasileira 30: S8333-S8339. plântulas de pepino observaram que o extrato da parte aérea de barbatimão não afetou significativamente a porcentagem de germinação de pepino nas concentrações utilizadas. Para as variáveis comprimento da raiz, massa seca da parte aérea e da raiz das mudas de pimentão não se observou nenhuma interferência do extrato aquoso de folhas de hortelã nas concentrações utilizadas. No entanto, Rosado et al. (2009) avaliando a alelopatia do extrato aquoso e do óleo essencial de folhas do manjericão “Maria Bonita” na germinação de alface, tomate e melissa constataram que, para o comprimento das raízes ocorreu diferença significativa para as doses utilizadas. Hoffmann et al. (2007) avaliando a atividade alelopática de Nerium Oleander L. e Dieffenbachia picta Schott em sementes de Lactuca sativa L. e Bidens pilosa L constataram que o sistema radicular das plantas é mais sensível a ação de aleloquímicos do que a parte aérea, porque o seu alongamento depende da divisão celular que, se inibida, compromete o seu desenvolvimento normal. Segundo Hess (1987), muitos aleloquímicos inibem o crescimento das plantas e seu desenvolvimento por afetarem diretamente a divisão celular. É possível que o reduzido período que as sementes ficaram em contato com as diversas concentrações do extrato aquoso de folhas verdes de hortelã, não tenha possibilitado a expressão de um possível efeito alelopático no desenvolvimento de mudas de pimentão. O extrato aquoso de folhas de hortelã beneficiou a emergência e o crescimento da parte aérea de mudas de pimentão. REFERÊNCIAS BARREIRO, A. P.; DELACHIAVE, M. E. A.; SOUZA, F. S. 2005. Efeito alelopático de extratos de parte aérea de barbatimão [ Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville] na germinação e desenvolvimento da plântula de pepino. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, n. 1, p. 4-8, 2005. BRASIL.2009. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Regras para análise de sementes. Brasília: SNDA/DNDV/CLAV. FERREIRA, A. G. 2004. Interferência: competição e alelopatia. In: FERREIRA, A. G.; BORGHETTI, F. Germinação: do básico ao aplicado. Porto Alegre: Artmed. p. 251-262. FONSECA, A.F.A. da. 1986. Avaliação do comportamento de cultivares de pimentão (Capsicum annuum L.) em Rondônia. Porto Velho: EMBRAPA. 6p. GATTI, A. B.; PEREZ, S. C. J. G. A.; FERREIRA, A. G. 2007. Avaliação da atividade alelopática de extratos aquosos de folhas de espécies de cerrado. Revista Brasileira de Biociências. 05: 174176. Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 8336 SOBREIRA AM; SILVA MAD; COELHO JUNIOR LF; CALADO TB; TELES ECPVA; FERRAZ APF. 2012. Influência do extrato aquoso de folhas de hortelã sobre o desenvolvimento de mudas de pimentão. Horticultura Brasileira 30: S8333-S8339. GUSMAN GS; BITTENCOURT AHC; VESTENA S. 2008 Alelopatia de Baccharis dracunculifolia DC. sobre a germinação e desenvolvimento de espécies cultivadas. Acta Scientiarum 30: 119-125. HESS. F.D. 1987. Herbicide effects on the cell cycle of meristematic plant cells. Reviews of Weed Science. p.183-203. HOFFMANN, C.E.F. et al. 2007. Atividade alelopática de Nerium Oleander L. e Dieffenbachia picta Schott em sementes de Lactuca Sativa L. e Bidens pilosa L. Revista de Ciências Agroveterinárias, n.1, p.11-21. LORENZI, H; MATOS, F.J.A. 2002. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 512p. 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All Big) provenientes de sementes submetidas a diferentes concentrações de extrato aquoso de folhas de hortelã. Average results of seedling emergence (SE), length of the aera (CPA), root length (RL), shoot dry mass (SDM) and root dry mass (RDM) of pepper (cv. All Big) from seeds exposed to different concentrations of aqueous extract of mint leaves. CONCENTRAÇÕES EP (%) CPA (cm) CR (cm) MSPA (g) MSR (g) 0 61 b 3,41 b 3,99 a 0,084 a 0,048 a 20 51 b 3,66 b 3,59 a 0,096 a 0,052 a 40 56 b 3,89 a 3,67 a 0,104 a 0,046 a 60 83 a 3,77 a 3,97 a 0,100 a 0,056 a 80 79 a 3,80 a 3,30 a 0,100 a 0,046 a 100 88 a 4,09 a 3,86 a 0,098 a 0,050 a CV (%) 22,49 6,58 13,77 15,23 35,16 Letras distintas dentro de cada coluna diferem entre si, pelo teste de Scott-knott a 5% de probabilidade (Different letters within each column differ by Scott-knott test at 5% probability). Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 8338 SOBREIRA AM; SILVA MAD; COELHO JUNIOR LF; CALADO TB; TELES ECPVA; FERRAZ APF. 2012. Influência do extrato aquoso de folhas de hortelã sobre o desenvolvimento de mudas de pimentão. Horticultura Brasileira 30: S8333-S8339. Figura 1. Gráfico da variável emergência de plântulas de pimentão submetidos a seis concentrações do extrato aquoso de hortelã. Figura 2. Gráfico da variável comprimento da parte aérea do pimentão submetidos a seis concentrações do extrato aquoso de hortelã. Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 8339