326 Orthod. Sci. Pract. 2013; 6(23):326-336. Tração reversa da maxila associada à disjunção palatal Maxillary protaction associated to palatal expansion Ademir Roberto Brunetto1 Daniel Paludo Brunetto2 Resumo A tração anterior da maxila é parte do arsenal do ortodontista já há algum tempo no que se refere ao tratamento da má oclusão de Classe III de pacientes em crescimento. Paciente M.C. do sexo feminino, na época com 6 anos e 10 meses de idade, apresentou-se para tratamento ortodôntico. No exame extrabucal, apresentava sinais de hipoplasia de maxila: perfil côncavo e olheiras bem demarcadas. No exame intrabucal, possuía uma mordida cruzada anterior e posterior bilateral. A telerradiografia e o traçado cefalométrico confirmaram uma maxila retroposicionada (SNA=79º). Na radiografia panorâmica notava-se impacção do elemento 16 (em relação ao 55). Os objetivos do tratamento consistiram em aumentar a dimensão transversa da maxila para descruzar a mordida posterior e tracioná-la para uma posição mais anterior. A disjunção rápida da maxila associada à máscara facial de Petit foram utilizadas para alcançar estes objetivos. A mordida cruzada posterior bilateral foi corrigida completamente pela disjunção maxilar, assim como a posição da maxila foi melhorada pela força ortopédica anterior (SNA final=85º). A terapia teve de ser repetida aos 10 anos e 3 meses de idade. A terapia ortodôntica utilizada nesta paciente mostrou-se efetiva na correção da má oclusão inicial, além de mostrar-se estável após 33 meses de controle de contenção (após término da segunda fase do tratamento). Descritores: Má oclusão de Angle Classe III, disjunção palatal, tração reversa. Abstract Pós-graduado em Ortodontia - UCLA/Los Angeles, Ex-presidente BBO, Professor de Ortodontia - UFPR. 2 Mestre em Ortodontia - UFRJ, Doutorando em Ortodontia - UFRJ Relato de caso / Case report 1 E-mail do autor: [email protected] Recebido para publicação: 04/07/2013 Aprovado para publicação: 19/07/2013 Introduction: Orthodontists have been using maxillary anterior traction on Class III patients that are going through their growth period. Description: A female patient M.C., 6 years and 10 months old, was taken to orthodontic treatment. The extra-oral examination presented signs of maxillary hypoplasia: concave facial profile and evident under eye dark circles. Intra-oral examination showed an anterior and bilateral posterior cross-bite. The teleradiography and cephalometric tracing confirmed posterior positioned maxilla (SNA=79º). In the panoramic radiograph an impaction of the element 16 on the 55 was easily noticed. Treatment plan: The treatment aimed at enhancing the maxilla’s transversal dimension to correct the bilateral posterior cross bite and to protract the maxilla anteriorly. The orthodontic devices utilized to address these objectives were the Haas palatal expander and Petit’s facial mask. Results: The posterior cross bite was fully corrected through the palatal expansion, as well as the maxillary sagittal position (SNA=85º) using anteriorly directed orthopedic force. The protraction therapy had to be repeated when the patient was aging 10 years and 3 months. Conclusion: The utilized therapies have proved to be effective in correcting the initial malocclusion. Furthermore, they 327 Orthod. Sci. Pract. 2013; 6(23):326-336. have shown good stability 33 months after the removal of the fixed appliance (phase II). Descriptors: Angle Class III malocclusion; Palatal expansion; Maxillary protraction. Introdução História e etiologia A paciente leucoderma M.C., sexo feminino, apresentou-se para tratamento ortodôntico aos 6 anos e 10 meses de idade. Sua história médica e odontológica prévia não apresentavam nada digno de nota. Como queixa principal, relatava “queixo para frente” e “mordida invertida”. Nenhum parente próximo foi identificado pela família possuindo a mesma condição facial. Diagnóstico No exame clínico extrabucal, aos 6 anos e 10 meses, era evidente o perfil facial côncavo, provavelmente A devido a uma deficiência do terço médio da face – que provocava olheiras evidenciadas. Numa vista frontal, apresentava terços faciais proporcionais, selamento labial passivo e face simétrica (sem desvio mandibular). Quando sorria, notava-se vários elementos dentários cruzados e alguns ainda em erupção (Figura 1). No exame clínico intrabucal, a paciente encontrava-se em fase inicial de dentição mista, somente com erupção de incisivos centrais e primeiros molares permanentes. Apresentava Classe I dentária (avaliada nos 2º molares decíduos), apesar de apresentar mordida cruzada anterior com overjet negativo de 4 mm. Notou-se uma atresia maxilar transversa, evidenciada pelo cruzamento posterior bilateral (todos os elementos decíduos encontravam-se cruzados). Além disso, o elemento 16 estava em uma posição muito superior em relação ao seu homólogo, o que geralmente não representa um desenvolvimento oclusal normal (Figura 2). Na radiografia panorâmica observou-se um desenvolvimento dentário condizente com a idade, com a presença de todos os dentes (exceto terceiros molares). Porém, evidenciando o achado clínico citado, o elemento 16 encontrava-se “impactado” na distal do elemento 55, inclusive provocando reabsorção patológica neste último (Figura 3). Com a radiografia e traçado cefalométrico, confirmou-se a deficiência anteroposterior de maxila (SNA=79º) e a presença de uma Classe III esquelética (ANB=-2º). A paciente apresentava direção de crescimento bem equilibrada (Sn.GoGn=32º), com os incisivos inferiores inclinados lingualmente (IMPA=80º) (Figura 4). B Figura 1 (A-C) - Fotografias faciais. Nota-se o lábio inferior à frente do superior (6 anos e 10 meses). C Brunetto AR, Brunetto DP. A má oclusão de Classe III de Angle é a menos frequente de todas, em torno de 5% na população latina8,9, porém quando chega até o ortodontista geralmente representa um tratamento desafiador. No entanto, quando o paciente apresenta-se para tratamento ainda em fase de crescimento, o profissional tem um arsenal ortodôntico maior à disposição. Nessa situação, uma das terapias mais difundidas no cenário atual é a disjunção palatal seguida de tração reversa de maxila com máscara facial. Este tratamento é largamente utilizado e já tem sua eficácia comprovada na literatura ortodôntica3,5, inclusive por revisões sistemáticas e meta-análises4,9. Assim sendo, o propósito deste artigo é demostrar o protocolo utilizado (na maioria dos casos) e aprimorado em mais de 100 pacientes ao longo do tempo, através de um relato de caso. 328 Orthod. Sci. Pract. 2013; 6(23):326-336. A B C E D Figura 2 (A-E) - Fotografias intrabucais. Cruzamento palatino de todos os dentes superiores (6 anos e 10 meses). Figura 3 - Panorâmica evidenciando a impacção do elemento 16 (6 anos e 10 meses). Relato de caso / Case report Objetivos do tratamento Os principais objetivos do tratamento foram: • Correção da mordida cruzada posterior bilateral; • Correção da mordida cruzada anterior; • Harmonização do perfil facial; • Corrigir eixo de erupção do elemento 16. Plano de tratamento (1ª fase – parte I) Para atingir o primeiro objetivo, uma disjunção palatal com o aparelho de Haas modificado foi planejada. Os objetivos 2 e 3 foram contemplados pelo uso da máscara facial de tração reversa (modelo Petit), que faz uma protração maxilar, auxiliada pela liberação das suturas provocada pela disjunção palatal4. Para o objetivo 4, uma ligadura elástica foi inserida embaixo do ponto de contato proximal dos elementos 16 e 55. Figura 4 - Telerradiografia e traçado cefalométrico. Overjet negativo de 4 mm (6 anos e 10 meses). Progresso do tratamento Inicialmente, a primeira medida a ser tomada foi a inserção da ligadura para corrigir o eixo de erupção do primeiro molar superior permanente direito e permitir o contato oclusal com seu dente antagonista. Passados 5 meses da instalação, com controles mensais, o elemento encontrava-se praticamente em posição (Figura 5). O passo seguinte foi a instalação do disjuntor de Haas modificado, no qual são incorporados ganchos soldados por vestibular das bandas que se estendem até a região de caninos. Geralmente em nossa prática, o aparelho é apoiado nos segundos molares decíduos. Porém, como o elemento 55 sofreu grande avaria e teve de ser removido, optou-se por apoiá-lo nos dentes 16 e 26. O protocolo de tratamento utilizado foi o seguinte, em ordem cronológica: 329 Orthod. Sci. Pract. 2013; 6(23):326-336. • • • Ativação do disjuntor ¼ de volta por dia, durante 15 dias; Amarração do disjuntor e instalação imediata da máscara facial; Utilização da máscara no mínimo 14 horas/dia, com 500 gramas/força de cada lado, por 14 meses. Deve-se fazer proservação mensal do paciente durante a fase ativa da máscara facial, tanto para verificação da quantidade de uso como para fornecer reforço positivo àquele. Além disso, durante a fase de disjunção palatal, deve-se tomar cuidado especial para não sobrecorrigir em excesso a mordida cruzada posterior, uma vez que a tração anterior da maxila já tende a corrigir essa relação transversa. Se não observado este fator, pode-se provocar uma mordida cruzada vestibular de todos os dentes posteriores. Resultados Após 14 meses de tratamento (paciente com 8 anos e 4 meses), todos os objetivos propostos tinham sido alcançados. Houve significativa projeção do lábio supe- rior, promovendo uma melhora do perfil facial. Além disso, houve também melhora das olheiras devido ao preenchimento do terço médio da face (Figura 6). Tal deslocamento anterior da maxila pode ser observado na radiografia e traçados cefalométricos pós-tração, no qual houve um salto do ângulo SNA de 79º para 83º (Figura 7). Houve também uma evidente projeção do incisivo inferior, com um acréscimo de 7º do IMPA. Na sobreposição dos traçados pré e pós-tratamento em sela-násio, pode-se quantificar a protrusão maxilar (Figura 8). Do ponto de vista intrabucal, houve correção satisfatória da mordida cruzada posterior bilateral e da mordida cruzada anterior, inclusive obtendo-se um leve overjet positivo (Figura 9). Deve-se sempre procurar a sobrecorreção da má oclusão, transformando a Classe III em uma Classe II sempre que possível, para prevenir-se contra um provável potencial de crescimento diferencial entre maxila e mandíbula, peculiar à estes pacientes3. Como complemento, nesta idade, foi requisitada a germectomia dos terceiros molares inferiores. Uma vez que o tratamento futuro não demandaria extração de pré-molares e não haveria espaço para os sisos no arco inferior, optou-se por este procedimento. A B C Figura 6 (A-C) - Fotografias faciais após primeira tração maxilar. Evidente protrusão do lábio superior (8 anos e 4 meses). Brunetto AR, Brunetto DP. Figura 5 - Correção do eixo de erupção do elemento 16 com ligadura elástica (7 anos e 3 meses). 330 Orthod. Sci. Pract. 2013; 6(23):326-336. A B Figura 7 (A-B) - Radiografia e traçado cefalométrico após primeira tração (8 anos e 4 meses). A B D Figura 8 - Sobreposição em S-Na (registro em S) mostrando protrusão maxilar. C E Relato de caso / Case report Figura 9 (A-E) - Fotografias intrabucais mostrando descruzamento anterior e posterior (8 anos e 4 meses). Plano de tratamento (1ª fase – parte II) Após realizado este tratamento inicial, a paciente continuou em observação semestral durante o seu crescimento. Portanto, com 10 anos e 3 meses, decidiu-se requisitar nova documentação ortodôntica face a um exame clínico, no qual a paciente apresentava um crescimento diferencial de mandíbula. Nesta nova documentação, observou-se um achatamento do perfil facial, tendendo a certa concavidade (Figura 10). Molares e caninos, da mesma forma, estavam tendendo à relação Classe III e havia também uma tendência de cruzamento posterior de mordida, principalmente do lado direito (Figura 11). A diminuição do ângulo ANB evidenciou a tendência da paciente a assumir novamente um padrão de Classe III esquelética (Figura 12). Neste momento, decidiu-se por realizar nova disjunção palatal e tração anterior da maxila, utilizando novamente a máscara facial. Progresso do tratamento Instalou-se o mesmo aparelho utilizado anteriormente, com apoio novamente nos primeiros molares permanentes. Foram realizadas aberturas de ¼ de volta por 8 dias e, imediatamente após imobilizado o disjuntor, precedeu-se sequência com a tração maxilar. Nesta parte, foram utilizadas 500 gramas/força de cada lado por pelo menos 14 horas/dia, perfazendo um total de 8 meses. 331 Orthod. Sci. Pract. 2013; 6(23):326-336. A C B Figura 10 (A-C) - Fotografias faciais anteriores à segunda tração maxilar (10 anos e 3 meses). A B C E D A B Figura 12 (A-B) - Radiografia e traçado cefalométrico pré 2ª tração (10 anos e 3 meses). Brunetto AR, Brunetto DP. Figura 11 (A-E)- Fotografias intrabucais evidenciando retroinclinação dos incisivos inferiores (10 anos e 3 meses). 332 Orthod. Sci. Pract. 2013; 6(23):326-336. Resultados Após a nova tração, foi possível notar uma relação de lábios com o mento e o nariz mais harmônica, como também uma atenuação das olheiras (Figura 13). Analisando o arco superior, nota-se evidente sobre-expansão no intuito de compensar a largura exagerada de seu arco antagonista. Caninos terminaram praticamente em relação de Classe II (Figura 14). Houve um novo ganho, de 2º no ângulo SNA, e o IMPA também sofreu um pequeno aumento (Figura 15). A Uma nova sobreposição de traçados demonstrou a quantidade de avanço maxilar, resultado do crescimento facial e do tratamento ortopédico (Figura 16). As fotografias não foram feitas logo após o término da tração, com 11 anos e 9 meses (idade na qual foi feita somente uma telerradiografia). Portanto, foram exibidas as que a paciente realizou aos 13 anos e 10 meses, quando do início da 2ª fase. B C Figura 13 (A-C) - Fotografias faciais após a 2ª tração. Nota-se maior convexidade do perfil (13 anos e 10 meses). Relato de caso / Case report A D B C E Figura 14 (A-E) - Fotografias intrabucais antes da instalação do aparelho fixo (2ª fase) (13 anos e 10 meses). 333 Orthod. Sci. Pract. 2013; 6(23):326-336. B Figura 15 (A-B) - Radiografia e traçado cefalométrico após 2ª tração (11 anos e 9 meses). Plano de tratamento (2ª fase) Esperou-se a completa erupção dos segundos molares permanentes para o início da fase com aparatologia fixa. Então, com a paciente aos 13 anos e 10 meses, bráquetes straightwire (slot 0.018”) foram instalados. Devido aos resultados obtidos na fase anterior, o tratamento nesta fase exigia apenas um refinamento, pois as chaves de oclusão já estavam praticamente estabelecidas. Em 16 meses o caso foi finalizado, com resultado final satisfatório. Porém, na época a paciente viajou para o exterior e lá permaneceu por um tempo, não sendo possível a realização de uma documentação final logo após o tratamento. A documentação ortodôntica “final”, no caso fazendo as vezes da de contenção, foi realizada somente 33 meses após a remoção da aparatologia fixa – aos 17 anos e 11 meses. Nota-se um perfil facial harmônico, sem olheiras e assimetrias faciais evidentes (Figura 17). O resultado oclusal foi satisfatório e encontra-se estável, apenas com leve recidiva no elemento 23 (giro distal) e no 42 (Figura 18). A germectomia dos terceiros molares inferiores promoveu uma boa qualidade óssea distal A B Figura 16 - Sobreposição dos traçados pré e pós 2ª tração. aos segundos molares. Os terceiros molares superiores receberam indicação de remoção devido à falta de espaço no arco, porém a paciente ainda não se submeteu à cirurgia. A radiografia panorâmica demonstra um bom paralelismo radicular (Figura 19) e a telerradiografia mostra um perfil bem equilibrado (ANB=2º) e dentes bem posicionados em suas bases ósseas (Figura 20). A paciente removeu os terceiros molares superiores apenas em janeiro de 2013. Portanto, em abril do mesmo ano, requisitou-se nova panorâmica para acompanhar a cicatrização óssea (Figura 21). Pode-se notar a melhora da inclinação dos segundos molares superiores logo após a remoção dos sisos. A Figura 22 mostra a evolução do perfil da paciente ao longo do tempo, exibindo os efeitos do crescimento facial e dos diversos tratamentos implementados. Para melhor compreensão da evolução do caso, uma tabela com as principais medidas cefalométricas utilizadas foi elaborada (Tabela 1). Todos os tempos do tratamento, nos quais foram feitas telerradiografias, foram contemplados. C Figura 17 (A-C) - Fotografias faciais após 33 meses da remoção da aparatologia fixa (17 anos e 11 meses). Brunetto AR, Brunetto DP. A 334 Orthod. Sci. Pract. 2013; 6(23):326-336. A B C E D Figura 18 (A-E) - Fotografias intrabucais do caso finalizado e com 33 meses de contenção (17 anos e 11 meses). Relato de caso / Case report Figura 19 - Radiografia panorâmica final/contenção demonstrando bom paralelismo radicular. Feita requisição de exodontia dos terceiros molares superiores (17 anos e 11 meses). A B Figura 20 (A-B) - Radiografia e traçado cefalométrico final/contenção (17 anos e 11 meses). 335 Orthod. Sci. Pract. 2013; 6(23):326-336. Figura 21 - Panorâmica feita após remoção dos sisos. Houve melhora significativa na inclinação mésio-distal dos segundos molares superiores. 6 anos e 10 meses 8 anos e 4 meses 10 anos 3 meses 13 anos 10 meses 17 anos 11 meses Figura 22 - Evolução do perfil facial em resposta ao crescimento e aos tratamentos implementados. 6a 10m (1ª tração) SNA SNB ANB SN.GoGn 1.NA IMPA 79 81 -2 32 24 80 8a 4m 83 81 2 32 22 87 10a 3m (2ª tração) 83 82 1 32 23 86 11a 9m 85 82 3 31 22 88 13a 10m 85 83 2 31 22 88 17a 11m 85 83 2 31 21 88 Discussão Quando se diagnostica uma deficiência de crescimento maxilar na fase inicial de dentição mista, deve-se iniciar a terapia ortopédica assim que possível3. Porém, mesmo que se faça a sobrecorreção desta Classe III incipiente para uma Classe II, este paciente deve ser monitorado frequentemente até o término de seu crescimen- to. Essa medida faz-se necessária, pois como no caso relatado, é comum o ortodontista ter que lançar mão de uma nova tração maxilar em função de uma diferença significativa no crescimento de maxila e mandíbula1. A impacção do primeiro molar permanente é relativamente frequente e deve ser tratada de forma ime- Brunetto AR, Brunetto DP. Tabela 1 - Medidas cefalométricas. 336 Orthod. Sci. Pract. 2013; 6(23):326-336. diata, assim que diagnosticada. As complicações que podem seguir com a ausência de tratamento desta condição são muitas, porém a mais comum é a perda de espaço intra-arco devido à esfoliação precoce do segundo molar decíduo. Recentemente, autores vêm advogando o uso de mini-placas para correção ortopédica de pacientes com essa má oclusão2,7. Na opinião dos autores deste artigo, este tratamento deve ser muito bem indicado, uma vez que o tratamento convencional com máscara facial – já consagrado na literatura – pode proporcionar resultados satisfatórios e estáveis6 aos ortodontistas e aos seus pacientes a um reduzido custo biológico. Conclusão O tratamento de paciente Classe III com comprovada hipoplasia de maxila deve, sempre que possível, compreender a tração maxilar reversa. Após o correto posicionamento da maxila em relação à base do crânio e à mandíbula, torna a segunda fase do tratamento ortodôntico muito mais simples. Referências bibliográficas 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Relato de caso / Case report 9. Brunetto A.R. Má oclusão de Classe I de Angle, com tendência a Classe III esquelética, tratada com controle de crescimento. R Dental Press Ortodon Ortop Facial. Maringá, v. 14, n. 5, p. 129-145, set./out. 2009. De Clerck H., Cevidanes L., Baccetti T. 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