1) Absorção 2) Distribuição 3) Eliminação – Metabolização e Excreção Metabolização ou Biotransformação Geralmente, a metabolização ou biotransformação de um fármaco está relacionada com a perda da atividade do mesmo e um aumento de sua hidrossolubilidade a fim de facilitar sua eliminação pelos rins. Locais: fígado (principalmente), pulmão, plasma, parede do intestino Pode ocorrer por reações químicas espontâneas e não-catalizadas, mas a grande maioria delas ocorre pela ação de enzimas específicas. 2) Metabolização ou Biotransformação O metabólito formado pode ser: inativo, ativo, menos ativo ou tóxico Pró-fármaco: a molécula só se torna ativa pós-metabolização Objetivo: • Melhorar absorção – aumentar lipofilicidade Ex: pivampicilina – esterificação do grupo polar carboxílico • Melhorar distribuição – quimioterapia – o fármaco só se torna ativo em um sítio específico (Ex: pela ação de enzimas altamente concentradas no órgão alvo). • Diminuir efeitos colaterais • Prolongar duração do efeito • Melhorar o gosto do medicamento 3) Excreção Processo que leva o fármaco para fora do corpo Mecanismos de Transporte dos Túbulos Renais Acetazolamida Inibidores da anidrase carbônica Túbulo contorcido proximal Túbulo Reto Proximal Cápsula de Bowman Córtex Medula Externa Ramo Ascendente Espesso Ramo Ascendente Delgado Alça de Henle Medula Interna Túbulo Coletor 3) Excreção Como os fármacos e outras substâncias presentes no sangue podem passar para a urina? 1) Filtração Glomerular: limitação quanto ao peso molecular do fármaco, mas quase não há restrições para o fármaco livre, ao contrário do que acontece para o fármaco ligado à proteína plasmática. 3) Excreção 2) Secreção Tubular: Além da filtração glomerular, os fármacos presentes no sangue podem passar para a urina por secreção tubular ativa mediada por transportadores (antibióticos, AINES, ácido úrico). Pode haver concorrência quando muitos substratos estão presentes simultaneamente. Ex: penicilina Consequência: Fármaco é excretado pelo rim de maneira eficiente, porém pode gerar interação medicamentosa Ex: penicilina e probenecide. Probenecide não tem atividade terapêutica e por competir com a penicilina pelo transportador, pode aumentar seu tempo de meia-vida plasmática. 3) Excreção 3) Reabsorção Tubular Passiva: Durante a passagem tubular, o volume urinário se reduz muito, concentrando o fármaco. No caso de substâncias lipofílicas, por difusão passiva pode ocorrer ate 99% de reabsorção desta substância. É portanto um processo passivo e que está estritamente relacionado à propriedades físico-químicas da substância (pKa, pH da urina, coeficiente de partição lipídioágua). Ex: Intoxicação com barbitúrico Alcaliniza a urina com bicarbonato favorecendo sua excreção Intoxicação com metanfetamina – acidificação da urina 3) Excreção Excreção biliar – fármacos que sofrem ciclo êntero-hepático Excreção fecal Fármacos que sofrem ciclo êntero-hepático e substâncias que não são absorvidas Outras vias: Pulmões – etanol, anestésicos Leite – quantitativamente não é importante, mas pode ter consequências para o bebê (esteróides, atropina, etc). Avaliação da função renal Inulina – mede o fluxo de filtração glomerular. É completamente filtrada e não sofre nem secreção e nem reabsorção tubular. Creatinina – mede o fluxo de filtração glomerular. É completamente filtrada, é secretada no túbulo contorcido proximal. Não sofre reabsorção tubular. Creatinina clearence - medida da função renal.