Estudo da economia dos ecossistemas e da biodiversidade

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MAPEAMENTO E AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS DE
ECOSSISTEMA
Ajuste Directo N. 288/2014/ICNF/SEDE
ESTUDO DA ECONOMIA DOS ECOSSISTEMAS E
DA BIODIVERISIDADE PARA O PARQUE
NATURAL DA SERRA DE S. MAMEDE
LISBOA, 19 DE DEZEMBRO DE 2014
ÍNDICE
ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................................... 3
ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................................... 3
EXECUTIVE SUMMARY ............................................................................................................... 8
ESTUDO DA ECONOMIA DA BIODIVERSIDADE E DOS ECOSSISTEMAS ............. 9
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 9
OBJECTIVOS ........................................................................................................................................... 9
CASO DE ESTUDO: PARQUE NATURAL DA SERRA DE SÃO MAMEDE .................................................... 10
METODOLOGIA .................................................................................................................................... 28
INVENTÁRIO DE SERVIÇOS DE ECOSSISTEMA ...................................................................................................... 28
ENVOLVIMENTO DE STAKEHOLDERS ................................................................................................................. 28
ESCOLHA DE CLASSIFICAÇÃO DE SE .................................................................................................................. 29
VALORIZAÇÃO ECONÓMICA............................................................................................................................ 30
Erosão Evitada ..................................................................................................................................... 31
Sequestro de Carbono ......................................................................................................................... 33
Biodiversidade ..................................................................................................................................... 35
Produção de Alimento Vegetal ............................................................................................................ 40
Produção Animal Extensiva ................................................................................................................. 43
Produção de Fibra ............................................................................................................................... 44
Turismo ................................................................................................................................................ 47
RESULTADOS........................................................................................................................................ 48
ENVOLVIMENTO DE STAKEHOLDERS ................................................................................................................. 48
VALORIZAÇÃO ECONÓMICA: SERVIÇOS ECOSSISTEMA.......................................................................................... 50
Erosão Evitada ..................................................................................................................................... 50
Sequestro de Carbono ......................................................................................................................... 53
Biodiversidade ..................................................................................................................................... 56
Produção de Alimento Vegetal ............................................................................................................ 59
Produção Animal Extensiva ................................................................................................................. 62
Produção de Fibra ............................................................................................................................... 65
Turismo ................................................................................................................................................ 68
VALORIZAÇÃO ECONÓMICA: ANÁLISE CONJUNTA ............................................................................................... 71
CONCLUSÕES ....................................................................................................................................... 74
ANEXO I .......................................................................................................................................... 75
ANEXO II PEÇAS CARTOGRÁFICAS (A2) ........................................................................ 79
ii
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 Habitats RN2000 no PNSSM: área e % em relação à área do Parque ............................ 15
Tabela 2: Orientações de gestão para os habitats do PNSSM.................................................... 17
Tabela 3 Ecossistemas EUNIS ptMAES N2 no PNSSM: área e % em relação ao Parque ................ 19
Tabela 4 População residente por freguesia, diferença percentual entre 2001 e 2011 .................. 23
Tabela 5 Simplificação da nomenclatura CICES ...................................................................... 30
Tabela 6 Intervenções ITI: análise para atribuição valor económico à Biodiversidade no PNSSM ... 37
Tabela 7 Intervenções Silvo-ambientais e atribuição de valor económico à Biodiversidade ........... 38
Tabela 8 Principais Culturas, MBP Culturas e MBP COS’07 ........................................................ 42
Tabela 9 Tipologias Pastagens, MBP Pastagens e MBP classes COS’07 ....................................... 43
Tabela 10 VALa Espécies Florestais e Classes COS’07.............................................................. 46
Tabela 11 Estimativa Valor Económico da Erosão Evitada no PNSSM por Ecossistema ................. 52
Tabela 12 Estimativa do Valor Económico do Sequestro de Carbono no PNSSM por Ecossistema .. 55
Tabela 13 Estimativa do Valor Económico da Biodiversidade no PNSSM por Ecossistema ............. 58
Tabela 14 Estimativa do Valor Económico da Produção Vegetal no PNSSM por Ecossistema ......... 61
Tabela 15 Estimativa do Valor Económico da Produção Animal no PNSSM por ecossistema .......... 64
Tabela 16 Estimativa do Valor Económico da Produção de Fibra no PNSSM por ecossistema......... 67
Tabela 17 Dormidas e Hóspedes Portugal Continental e NUTS II Alentejo, 2013 ......................... 68
Tabela 18 Estimativa do Valor Económico agregado dos SE no PNSSM ...................................... 73
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 Localização do Parque Natural da Serra de São Mamede ............................................. 10
Figura 2 Zonamento de gestão e ordenamento do PNSSM ....................................................... 12
Figura 3 Enquadramento do PNSSM em relação ao sítio “São Mamede” (PTCON0007) ................. 13
Figura 4 Altimetria do PNSSM .............................................................................................. 14
Figura 5 Ocupação do solo COS 2007 Nível 2 no PNSSM .......................................................... 15
Figura 6 Habitats RN2000 cartografados no PNSSM ................................................................ 16
Figura 7 Ecossistemas ptMAES EUNIS Nível N (Carta 01/10) .................................................... 20
Figura 8 Ecossistemas ptMAES EUNIS Nível 1 (Carta 02/10) .................................................... 21
Figura 9 Ecossistemas ptMAES EUNIS Nível 2 (Carta 03/10) .................................................... 22
Figura 10 Evolução da população residente nos municípios PNSSM (2001-2011) ........................ 23
Figura 11 Nº de Empresas (2009 e 2012) por actividade económica, Marvão ............................. 24
Figura 12 Nº de Empresas (2009 e 2012) por actividade económica, Castelo de Vide .................. 24
Figura 13 Nº de Empresas (2009 e 2012) por actividade económica, Arronches ......................... 25
Figura 14 Nº de Empresas (2009 e 2012) por actividade económica, Portalegre ......................... 25
Figura 15 Percentagem de empresas em relação ao total Alto Alentejo ...................................... 26
Figura 16 População empregada por sector de actividade (1960 e 2011) ................................... 27
Figura 17 Serviço de Protecção do Solo no PNSSM .................................................................. 32
Figura 18 Serviço de Sequestro de Carbono no PNSSM ........................................................... 34
Figura 19 Valor Económico estimado da Erosão evitada no PNSSM (Carta 04/10) ....................... 51
Figura 20 Valor Económico estimado do Sequestro de Carbono no PNSSM (Carta 05/10)............. 54
Figura 21 Valor Económico estimado da Biodiversidade no PNSSM (Carta 06/10) ....................... 57
Figura 22 Valor Económico estimado da Produção de Alimento Vegetal no PNSSM (Carta 07/10) .. 60
Figura 23 Valor Económico estimado da Produção Animal no PNSSM (Carta 08/10) .................... 63
Figura 24 Valor Económico estimado da Produção de Fibra no PNSSM (Carta 09/10) .................. 66
Figura 25 Nº de estabelecimentos/Tipo hoteleiro por município, 2013 ....................................... 69
Figura 26 Proveitos Totais e de Aposentos por município, 2013 ................................................ 69
Figura 27 Nº de hóspedes nos estabelecimentos hoteleiros por município, 2013 ......................... 70
Figura 28 Valor Económico Estimado para o agregado dos SE no PNSSM (Carta 10/10) .............. 72
Este relatório deve ser referido como:
Marta-Pedroso, C., Gama, I., Laporta L., & Domingos, T. – Mapeamento e Avaliação dos Serviços
de Ecossistema em Portugal: Estudo da Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade para o
Parque Natural de S. Mamede. Estudo encomendado pelo Instituto da Conservação da Natureza e
Florestas, I.P. . Instituto Superior Técnico, Lisboa.
4
Para realização deste trabalho utilizou-se a Carta de Ocupação de Uso do Solo de Portugal 2007 COS’07 (Nível 5) - tendo esta sido cedida pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas,
I.P.
5
EQUIPA
Cristina Marta-Pedroso
Ivo Gama
Lia Laporta
Tiago Domingos
CONTACTOS
Área Científica de Ambiente e Energia, DEM
Instituto Superior Técnico
Av. Rovisco Pais, 1, 1049 – 001 Lisboa, Portugal
[email protected]
[email protected]
Instituto da Conservação da Natureza e Florestas
Avenida da República, 16
1050-191 Lisboa, PORTUGAL
6
AGRADECIMENTOS
A toda a equipa do Parque Natural da Serra de São Mamede.
A todos os participantes no workshop e interlocutores das entrevistas semi-estruturadas.
A todos os colegas do Instituto Superior Técnico que colaboraram na organização do workshop.
7
EXECUTIVE SUMMARY
The present study focuses on Parque Natural da Serra de São Mamede (PNSSM), being the first
TEEB (The Economics of Ecosystems and Biodiversity) study in Portugal. It is part of the Pilotproject on Mapping and Assessment of Ecosystems and their Services for NUTSII Alentejo,
promoted by ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, I.P.) to meet national
commitments under Action 5 of the EU Biodiversity Strategy to 2020.
The selection of PNSSM as case study emerges from the perception that protected areas provide
multiple benefits to society, which underlines its importance and justifies public investment in its
creation and management. Notwithstanding, conflicts among users are not rare, potentially
compromising conservation goals. Demonstrating generated benefits in protected areas is pivotal
for raising consensus and supporting decision-making.
From the methodological perspective, this study embraces the TEEB framework and emergent
literature on the domain of economic valuation of ecosystem services (ES), particularly in the
context of protected areas management.
It considers a set of ES (Soil protection, Crop production, Extensive animal production, Carbon
sequestration, Fiber production, and Biodiversity) here listed according to the CICES classification
(Common International Classification for Ecosystems Services). Ecosystem services were identified
based on literature, expert judgment, stakeholders’ engagement, and field work.
Economic valuation of these ES was performed using available information and relied mainly on the
use of avoided costs (carbon sequestration and soil protection), willingness to pay (biodiversity),
and market prices (crop, extensive animal, and fiber production) methods.
Based on land-use and cover information and ecosystems mapping performed within the NUTSII
Pilot-project, a mapping approach for economic value was implemented, which allowed for spatial
analysis of generated value within PNSSM and at the ecosystem level.
The total annual value of PNSSM was estimated at approximately 33M€, with forests and shrubland
ecosystems being the most valuable (representing 65% and 27% of the total value, respectively).
Regarding the evaluated ES, soil protection was found as having the highest economic value
(representing 66% of the total value).
According to our results, the total annual value of PNSSM represents approximately 0.3% of the
regional NUTSII Alentejo GDP (Gross Domestic Product) for 2013.
8
ESTUDO DA ECONOMIA DA BIODIVERSIDADE E DOS ECOSSISTEMAS
INTRODUÇÃO
A percepção de que as áreas classificadas providenciam múltiplos benefícios para a sociedade é um
factor de grande importância para justificar o relevo e a eficiência do investimento público na sua
criação, gestão e conservação. Não obstante esta perspectiva, na prática, não são raras as
situações de conflito de interesses e o predomínio de uma visão que associa a delimitação de áreas
protegidas a impedimentos vários, em particular, à concretização dos objectivos de determinados
grupos. Esta ideia, aqui genericamente expressa, introduz o quadro de objectivos estabelecidos
para o caso de estudo do Parque Natural de São Mamede (PNSSM), e que assentam no
pressuposto de que a avaliação económica dos benefícios gerados pelas áreas classificadas permite
o estabelecimento de uma lógica económica de suporte ao investimento público na conservação
das áreas protegidas e, por outro lado, pode facilitar o reconhecimento da importância destas áreas
entre os actores locais. A demostração dos benefícios gerados pelas áreas classificadas é vista
como fundamental para aumentar a percepção do valor criado por estas áreas e para orientar o
desenho de políticas e medidas de gestão.
OBJECTIVOS
O presente estudo é parte integrante do Projecto-piloto de Mapeamento dos ecossistemas e
avaliação da sua condição e serviços na NUTS II Alentejo1, estudo promovido pelo Instituto da
Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), e tem por objectivo contribuir para a criação de um
racional económico de suporte ao investimento público na conservação das áreas protegidas por
via da avaliação e valorização dos serviços de ecossistemas providenciados pelo PNSSM.
Dado o enquadramento atrás referido este estudo constitui também uma abordagem piloto, com
opções de definição de âmbito e metodológicas inerentes a essa condição. Em particular, no que
diz respeito à valorização económica esta é restrita a um conjunto de serviços de ecossistema e, do
ponto de vista metodológico, a sua valorização económica baseou-se em informação disponível que
permitisse produzir essas estimativas.
Face ao exposto, o presente estudo do inventário dos serviços de ecossistema providenciados pela
área definida pelo PNSSM e valorização económica, esta restrita a um conjunto de serviços de
ecossistema.
Marta-Pedroso, C. & Domingos, T. (Eds.), Mesquita S., Capelo J., Gama, I., Laporta L., Alves, M., Proença, V.,
Canaveira, P., Reis, M. (2014) – Mapeamento e Avaliação dos Serviços de Ecossistema em Portugal. Relatório
Final. Estudo encomendado pela Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, I.P. . Instituto Superior
Técnico, Lisboa
1
9
CASO DE ESTUDO: PARQUE NATURAL DA SERRA DE SÃO MAMEDE
ENQUADRAMENTO GERAL
O Parque Natural da Serra de São Mamede (PNSSM) tem uma área de 56 021,09 hectares que se
estende por 4 concelhos e 17 freguesias (engloba a totalidade do concelho de Marvão e,
parcialmente, os concelhos de Portalegre, Arronches e Castelo de Vide, com respectivamente,
40%, 19% e 62% da sua área integrada no Parque) - Figura 1.
Figura 1 Localização do Parque Natural da Serra de São Mamede
O PNSSM foi criado em 1989, sendo a sua definição a constante do Decreto-lei nº 13/2004, de 20
de Maio2 e que define no seu artigo 3º os seus objectivos:
a) Promover a conservação dos recursos naturais da região, desenvolvendo acções tendentes
à salvaguarda da flora e da fauna, e dos elementos geomorfológicos, arquitectónicos e
paisagísticos;
b) Promover, de uma forma sustentável, o desenvolvimento económico, social e cultural da
região, em especial das zonas rurais, incentivando e apoiando as utilizações tradicionais do
solo;
c)
Contribuir para a disciplina das actividades urbanísticas, industriais, recreativas e turísticas,
por forma a evitar a degradação dos valores naturais, paisagísticos, estéticos e culturais da
2
Revoga o Decreto-lei nº 121/89 de 14 de Abril.
10
região, possibilitando o exercício de actividades compatíveis, designadamente o turismo de
natureza;
d) Promover a divulgação dos valores naturais, paisagísticos, estéticos, culturais e científicos
da região, nomeadamente criando condições para a utilização do Parque Natural para fins
recreativos, culturais e científicos.
No contexto do presente trabalho importa ainda remeter para o zonamento do Parque em termos
das tipologias de áreas definidas para a sua gestão e ordenamento (Figura 2). Assim, define o
plano (Resolução do Conselho de Ministros n.o 77/2005), que a área que define o parque e, como
tal abrangida pelo POPNSSM (Plano de Ordenamento do Parque Natural de São Mamede) integra as
seguintes tipologias de áreas, ordenadas por grau decrescente do nível de protecção:
a) Áreas de protecção total – compreendem espaços onde predominam sistemas e valores
naturais e paisagísticos de reconhecido valor e interesse, incluindo formações geológicas,
paisagísticas e ecológicas, com elevado grau de naturalidade, e que assumem, no seu
conjunto, um carácter de excepcionalidade, bem como elevada sensibilidade ecológica;
b) Áreas de protecção parcial do tipo I - compreendem áreas que contêm valores naturais
e paisagísticos cujo significado e importância, do ponto de vista da conservação da
natureza, se assumem no seu conjunto como relevantes ou, tratando-se de valores
naturais excepcionais, apresentam uma sensibilidade moderada;
c)
Áreas de protecção parcial do tipo II - compreendem espaços que contêm valores
naturais e paisagísticos cujo significado e importância, do ponto de vista da conservação da
natureza, se assumem no seu conjunto como relevantes, que contêm valores naturais que
dependem dos usos do solo, da água e dos sistemas tradicionais e que desempenham
funções de enquadramento ou transição das áreas de protecção total e das áreas de
protecção parcial do tipo I, podendo ainda conter elementos estruturantes da paisagem;
d) Áreas de protecção complementar do tipo I - integram áreas onde se aliam valores de
conservação da natureza e da estrutura física do território, onde se pretende compatibilizar
o actual uso do solo com os valores naturais e paisagísticos;
e) Áreas de protecção complementar do tipo II - integram as restantes áreas de menor
valor para a conservação da natureza, que correspondem a áreas de enquadramento e de
uso mais intensivo do solo, onde se pretende compatibilizar a intervenção humana e o
desenvolvimento social e económico local com os valores naturais e paisagísticos e os
objectivos de conservação da natureza
11
Figura 2 Zonamento de gestão e ordenamento do PNSSM
Considerando o seu enquadramento na Rede Natura 2000, importa referir que o PNSSM representa
cerca de 48% da área do sítio de importância comunitária “São Mamede” (PTCON0007), tal como
ilustrado na Figura 3. O PNSSM não abrange nenhuma Zona de Protecção Especial (ZPE).
12
Figura 3 Enquadramento do PNSSM em relação ao sítio “São Mamede” (PTCON0007)
Apresenta-se de seguida uma caracterização biofísica e socio-económica do PNSSM baseada em
literatura, estatísticas oficiais e informação recolhida no terreno e outra cedida pelo próprio Parque.
CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA
O Parque Natural da Serra de São Mamede representa uma parte importante do complexo
montanhoso com o mesmo nome, o acidente geográfico de maior relevo a sul do Tejo. Não
obstante, o parque apresenta um zonamento em termos de relevo, que justifica em grande parte a
sua diversidade de biótopos, clima e valor de conservação.
Em termos de altitude (Figura 4) podem-se considerar 3 zonas distintas: a zona de serra
propriamente dita (com cotas superiores a 800 m e altitude máxima de 1025 m) e marcada do
ponto de vista paisagístico pela presença de cristas quartzíticas, uma zona de planalto com cotas
entre 400m e 500m e uma zona de planície que se estende para norte, sul e poente apresentando
cotas entre 300m e 400 m.
13
Figura 4 Altimetria do PNSSM
A ocupação do uso do solo (COS 07) e a ocorrência dos habitats (Anexo B-I Directiva 92/43/CEE) –
conforme cartografia cedida pelo ICNF - estão apresentadas nas Figura 5 e Figura 6.
Em termos da ocupação do solo as classes dominantes são, por ordem decrescente da sua
representatividade, “Florestas abertas e vegetação arbustiva e herbácea”” (~38% da área do
PNSSM), “Florestas” (~22%), e “Áreas agrícolas heterogéneas” (~13%) (Figura 5).
Relativamente aos habitats classificados (Rede Natura 2000) que ocorrem na área delimitada pelo
PNSSM, e considerando os habitats oficialmente cartografados3, verifica-se que cerca de 47% da
área do Parque é constituída por habitats RN2000 (Tabela 1).
Em relação à tipologia dos habitats classificados, destacam-se pela sua representatividade no
Parque as charnecas secas europeias (~10% da área do PNSSM) e o Montado de Quercus spp de
folha perene (~15%) (Figura 6 e Tabela 1).
No documento de apoio à cartografia oficial (Relatório Final Projecto Life Natureza nº LIFE04/NAT/PT/000214)
é mencionado que os habitats 6210 e 8310, apesar de listados na zona do PNSSM, não foram extrapolados
para cartografia devido a limitações expostas no mesmo.
3
14
Figura 5 Ocupação do solo COS 2007 Nível 2 no PNSSM
Tabela 1 Habitats RN2000 no PNSSM: área e % em relação à área do Parque
Habitats Classificados Rede Natura 2000
Área (ha)
4020*-Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica ciliares e Erica tetralix
%
7,31
0,01%
4030 - Charnecas secas europeias
5654,62
10,09%
5330 - Matos termomediterrânicos pré-desérticos
4457,71
7,96%
6220* - Subestepes de gramíneas e anuais da Thero-Brachypodietea
1203,17
2,15%
6310 - Montado de Quercus spp. de folha perene
8120,67
14,50%
9230 - Carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica
2586,42
4,62%
766,68
1,37%
85,14
0,15%
323,00
0,58%
Galerias ripícolas (3280, 3290, 91B0, 91E0*, 92A0)
1000,95
1,79%
Habitats rochosos (8220, 8230,8310)
2452,29
4,38%
26657,96
47,59%
9260 - Florestas de Castanea sativa
9330 - Florestas de Quercus suber
9340 - Florestas de Quercus ilex e Quercus rotundifolia
Total
*habitats prioritários
15
Figura 6 Habitats RN2000 cartografados no PNSSM
O PNSSM compreende um aquífero com cerca de 8 km2, constituído por rochas carbonatadas e
dolomitos, que apresenta disponibilidades hídricas subterrâneas de cerca de 7.7*106 m3/ano. Este
aquífero foi, até recentemente, suporte para o abastecimento público dos municípios de Castelo de
Vide, Marvão e Portalegre, e para a agricultura da região4. Ainda em relação aos recursos hídricos
importa realçar que existe uma unidade de engarrafamento de água mineral, pertencente à
UNICER, inserida no PNSSM (nascente em Castelo de Vide).
No que respeita à gestão do património natural, apresenta-se sumariamente (Tabela 2) o conjunto
de medidas contempladas no Plano Sectorial do sítio “São Mamede” (PTCON0007) que respeitam
aos habitats classificados cartografados no PNSSM (Tabela 2).
Ribeiro L (2009) “Águas Subterrâneas”. In: Pereira H, Domingos T, Vicente L e Proença V (eds.) Ecossistemas
e Bem-Estar Humano: Avaliação para Portugal do Millennium Ecosystem Assessment. Escolar Editora, Lisboa
4
16
Tabela 2: Orientações de gestão para os habitats do PNSSM
Habitats do
PNSSM
Orientação de gestão do Plano Sectorial do SIC “São Mamede” (PTCON0007)
Construção/
Silvicultura
Outras Actividades
Infraestruturas
Agricultura e Pastorícia
(1) Determinar
períodos de corte
compatíveis c/
manutenção das
populações de
Euphydras aurinia;
Retardar corte da
vegetação para
não coincidir com
períodos larvarcrisálida
4020* - Charnecas
húmidas atlânticas
temperadas de
Erica ciliares e
Erica tetralix
Condicionar expansão
agrícola
Condicionar queimadas
Outros condicionamentos
agrícolas(1)
Condicionar a florestação
Manter pastoreio extensivo
Impedir introdução de
espécies não autóctones e
controlar existentes
Condicionar expansão
agrícola
Adoptar práticas silvícolas
específicas (3)
Condicionar a florestação
Reduzir risco de incêndio
4030 - Charnecas
secas europeias
5330 - Matos
termomediterrânico
pré-desérticos
Efectuar gestão por fogo
controlado
Condicionar a construção de
infra-estruturas
Condicionar expansão
urbano-turística
Efectuar desmatação selectiva
Efectuar gestão por fogo
controlado
Condicionar a construção de
infra-estruturas
Incrementar a sustentabilidade
económica de actividades com
interesse para a conservação
Efectuar desmatação selectiva
Efectuar gestão por fogo
controlado
6220* Subestepes de
gramíneas e anuais
da Thero-
Manter pastoreio extensivo
Condicionar mobilização do
solo
Impedir introdução de
espécies não autóctones e
controlar existentes
Adoptar práticas de pastoreio
específicas
Manter pastoreio extensivo
Adoptar práticas silvícolas
específicas
Promover a regeneração
natural
Incrementar a sustentabilidade
económica de actividades com
interesse para a conservação
Salvaguardar de pastoreio
Adoptar práticas silvícolas
específicas
Promover a regeneração
natural
Reduzir risco de incêndio
Condicionar intervenções nas
margens e leito de linhas de
água
Incrementar a sustentabilidade
económica de actividades com
interesse para a conservação
Adoptar práticas de silvícolas
específicas
Incrementar a sustentabilidade
económica de actividades com
interesse para a conservação
Brachypodietea
6310 - Montado de
Quercus spp. de
folha perene
9230 - Carvalhais
galaicoportugueses de
Quercus robur e
Quercus pyrenaica
9260 - Florestas de
Castanea sativa
Observações
(3) Condicionar
operações de
desmatação
17
Habitats do
PNSSM
9330 - Florestas de
Quercus suber
9340 - Florestas de
Quercus ilex e
Quercus
rotundifolia
Galerias ripícolas
(3280, 3290, 91B0,
91E0*, 92A0)
Habitats rochosos
(8220, 8230,
8310)
Orientação de gestão do Plano Sectorial do SIC “São Mamede” (PTCON0007)
Construção/
Agricultura e Pastorícia
Silvicultura
Outras Actividades
Infraestruturas
Adoptar práticas de silvícolas
específicas
Promover a regeneração
natural
Incrementar a sustentabilidade
Condicionar a construção de
Salvaguardar de pastoreio
Condicionar a florestação
económica de actividades com
infra-estruturas
Condicionar expansão
Promover áreas de matagal
interesse para a conservação
Condicionar expansão
agrícola
mediterrânico
Ordenar acessibilidade
urbano-turística
Reduzir risco de incêndio
Impedir introdução de
espécies não autóctones e
controlar existentes
Adoptar práticas silvícolas
específicas
Promover a regeneração
natural
Incrementar a sustentabilidade
Condicionar a construção de
Salvaguardar de pastoreio
Condicionar a florestação
económica de actividades com
infra-estruturas
Condicionar expansão
Promover áreas de matagal
interesse para a conservação
Condicionar expansão urbanoagrícola
mediterrânico
Ordenar acessibilidade
turística
Reduzir risco de incêndio
Impedir introdução de
espécies não autóctones e
controlar existentes
Adoptar práticas silvícolas
específicas (91B0, 91E0*)
Condicionar intervenções nas
Adoptar práticas de pastoreio
Promover a regeneração
Condicionar construção de
margens e leito de linhas de
4
específicas (91B0)
natural (91B0, 91E0*) ( )
açudes (3290, 91E0*)
água (3290, 91E0*)
Manter pastoreio extensivo
Impedir a florestação (91B0)
Condicionar construção de
Monitorizar, manter, melhorar
(3290)
Reduzir risco de incêndio
barragens (3290, 91E0*)
qualidade da água (3290)
Condicionar o uso de agro(91E0*)
Controlar predação e
2
químicos (3290) ( )
Impedir introdução de
parasitismo (91B0)
espécies não autóctones e
controlar existentes (91B0)
Monitorizar, manter, melhorar
Condicionar a construção de
qualidade da água (8310)
infra-estruturas (8220)
Regular dragagens e extracção
Condicionar a florestação
Condicionar expansão
de inertes (8220, 8310)
(8220)
urbano-turística (8220,
Ordenar prática de desporto da
8310)
natureza e condicionar acessos
(8310)
Observações
(2) Adoptar
técnicas
alternativas em
áreas contíguas ao
habitat
(4) Manter e
recuperar habitats
contíguos (91E0*)
18
Relativamente aos ecossistemas mapeados no âmbito do estudo-piloto5, apresenta-se na Figura 7
a carta de ecossistemas EUNIS ptMAES6 do Parque Natural da Serra de São Mamede (Nível N), na
Figura 8 a carta de ecossistemas ao nível 1 (N1) e na Figura 9 a carta de ecossistemas ao nível 2
(N2) do Parque,7.
Em termos da representatividade de ecossistemas, avaliada ao nível 2, destacam-se (Tabela 3): os
matos e matagais secos “F4.2 Dry heaths” (~23% da área do PNSSM) e as florestas de folhosas
perenes “ G2 Broadleaved evergreen woodland” (~22%).
Tabela 3 Ecossistemas EUNIS ptMAES N2 no PNSSM: área e % em relação ao Parque
EUNIS ptMAES Nível 2
Área (ha)
E1 : Dry grasslands
%
6 870,6
12%
17,2
<0,1%
E7.3 : Dehesa
4 352,3
8%
F4.2 : Dry heaths
12632,3
23%
F5 : Maquis, arborescent matorral and thermo-Mediterranean brushes
440,0
1%
F6.1 : Western garrigues
635,0
1%
FB.4 : Vineyards
276,0
0,5%
G1 : Broadleaved deciduous woodland
3 691,9
7%
G2 : Broadleaved evergreen woodland
12 511,5
22%
G3 : Coniferous woodland
3 685,7
7%
G4 : Mixed deciduous and coniferous woodland
1 430,3
3%
G5 : Lines of trees, small anthropogenic woodlands, recently felled woodland,
early-stage woodland and coppice
2 106,9
4%
H3 : Inland cliffs, rock pavements and outcrops
266,1
0,5%
H5 : Miscellaneous inland habitats with very sparse or no vegetation
984,1
2%
4 300,7
8%
1,7
<0,1%
1 084,0
2%
734,8
1%
56 021,09
100%
E3 : Seasonally wet and wet grasslands
I1 : Arable land and market gardens
J2 : Low density buildings
X07 : Intensively-farmed crops interspersed with strips of natural and/or
semi-natural vegetation
No Data (Ecossistemas não mapeados)
Total
Uma descrição detalhada da carta de ecossistemas e da metodologia subjacente ao seu estabelecimento é
apresentada em Marta-Pedroso, C. & Domingos, T. (Eds.), Mesquita S., Capelo J., Gama, I., Laporta L., Alves,
M., Proença, V., Canaveira, P., Reis, M. (2014) – Mapeamento e Avaliação dos Serviços de Ecossistema em
Portugal. Relatório Final. Estudo encomendado pela Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, I.P. .
Instituto Superior Técnico, Lisboa.
6
No Anexo I deste relatório apresenta-se a correspondência ecossistemas EUNISptMAES e classes COS’07 para
o PNSSM.
7
Todas as cartas apresentadas ao longo do relatório constam do Anexo Cartográfico A2 que integra o presente
relatório.
5
19
Figura 7 Ecossistemas ptMAES EUNIS Nível N (Carta 01/10)
20
Figura 8 Ecossistemas ptMAES EUNIS Nível 1 (Carta 02/10)
21
Figura 9 Ecossistemas ptMAES EUNIS Nível 2 (Carta 03/10)
22
CARACTERIZAÇÃO SOCIO-ECONÓMICA
Para a caracterização socio-económica do PNSSM escolheu-se um conjunto de elementos que
incidem sobre a demografia, os sectores de actividade e o emprego na região.
A área definida como PNSSM é fortemente marcada pela presença humana sendo a ocupação do
solo, marcadamente agrícola e florestal (como visto anteriormente), o reflexo desse domínio
humano da paisagem. Não obstante, observa-se actualmente uma tendência de declínio
demográfico na área geográfica em análise (Figura 10 e Tabela 4, Fonte INE).
30000
25000
Nº pessoas
20000
15000
População
residente (2001)
10000
População
residente (2011)
5000
0
Arronches
Castelo de
Vide
Marvão
Portalegre
Figura 10 Evolução da população residente nos municípios PNSSM (2001-2011)
Tabela 4 População residente por freguesia, diferença percentual entre 2001 e 2011
Município
Freguesia
Arronches
Assunção
Esperança
Nossa Senhora da Graça de Póvoa e Meadas
Santa Maria da Devesa
Santiago Maior
São João Baptista
Beirã
Santa Maria de Marvão
Santo António das Areias
São Salvador da Aramenha
Alegrete
União das Freguesias Reguengo e São Julião
União das Freguesias Ribeira de Nisa e Carreiras
União das Freguesias Sé e São Lourenço
Urra
Castelo de
Vide
Marvão
Portalegre
Diferença na população residente
entre 2001 e 2011 (%)
-7%
-16%
-13%
-8%
-16%
-16%
-16%
-25%
-13%
-7%
-16%
-16%
-9%
-1%
-9%
As Figura 11, Figura 12 e Figura 13 ilustram a evolução do número de empresas, por sector de
actividade relativamente aos anos 2009 e 2012, para cada um dos municípios na área de estudo.
23
(Fonte: INE - Sistema de Contas Integradas das Empresas, SCIE - Divisão CAE Rev.3)
Figura 11 Nº de Empresas (2009 e 2012) por actividade económica, Marvão
(Fonte: INE - Sistema de Contas Integradas das Empresas, SCIE - Divisão CAE Rev.3)
Figura 12 Nº de Empresas (2009 e 2012) por actividade económica, Castelo de Vide
24
(Fonte: INE - Sistema de Contas Integradas das Empresas, SCIE - Divisão CAE Rev.3)
Figura 13 Nº de Empresas (2009 e 2012) por actividade económica, Arronches
(Fonte: INE - Sistema de Contas Integradas das Empresas, SCIE - Divisão CAE Rev.3)
Figura 14 Nº de Empresas (2009 e 2012) por actividade económica, Portalegre
O concelho de Portalegre apresenta um padrão bastante diferente com uma dispersão das
empresas registadas no concelho por diferentes sectores de actividade. A importância das
empresas ligadas à Agricultura, Produção animal, Caça, Floresta e Pesca é muito mais marcada nos
restantes concelhos em análise a par com o comércio. Importa realçar que Portalegre, sendo
capital de distrito é um concelho com características e economia bastante diferentes, incluindo o
25
facto de ser bastante mais urbano. Estas disparidades surgem mais evidenciadas quando
analisamos a representatividade (%) do número de empresas em cada um dos concelhos face ao
número de empresas no Alto Alentejo (Figura 15).
(Fonte: INE - Sistema de Contas Integradas das Empresas, SCIE - Divisão CAE Rev.3)
Figura 15 Percentagem de empresas em relação ao total Alto Alentejo
A distribuição do emprego por sectores nos quatro concelhos em análise (Figura 16) indica, uma
inversão do peso do sector primário quando comparamos o ano de 1960 com o ano de 2011.
Verifica-se ainda que na actualidade (2011) o peso do emprego no sector primário é residual
quando comparado com o sector secundário e terciário.
26
População empregada segundo os Censos:
Por sector de actividade económica (%) para 1960 e 2011
MARVÃO
ARRONCHES
73%
Sector Terciário
73%
15
11
Sector Secundário
2011
2011
1960
1960
19
8
72
Sector Primário
PORTALEGRE
79%
77%
Sector Terciário
28
22
2011
18
Sector Secundário
Sector Primário
70
CASTELO DE VIDE
Sector Terciário
Sector Secundário
13
12
Sector Primário
Sector Terciário
17
17
2011
15
17
1960
Sector Secundário
23
1960
4
6
62
50
Sector Primário
Fontes
de e
Dados:
INE - X, XII, XIV e XV Recenseamentos
Gerais
da População
(Fonte INE - X, XII,
XIV
XV Recenseamentos
Gerais da
População)
Fonte: PORDATA
Última actualização: 2013-11-21
Figura 16 População empregada por sector de actividade (1960 e 2011)
27
METODOLOGIA
O caso de estudo do Parque Natural de São Mamede toma por referencial a abordagem TEEB (The
Economics of Ecosystems and Biodiversity)8 e a emergente literatura no domínio da valorização
económica dos serviços de ecossistema (SE), em particular no contexto da gestão das áreas
protegidas9.
A abordagem metodológica desenvolvida parte do inventário dos SE, isto é, da identificação do
contributo dos ecossistemas para o bem-estar humano. A definição de ecossistemas é aqui
utilizada em sentido lato, compreendendo áreas relativamente homogéneas em termos espaciais, a
que estão associadas um conjunto de componentes e processos que determinam o seu
funcionamento ecológico e o nível de fornecimento de serviços de ecossistema, isto é, o seu
contributo potencial para o bem-estar humano, contributo esse que pode ocorrer a escalas desde a
local à global.
INVENTÁRIO DE SERVIÇOS DE ECOSSISTEMA
O levantamento dos serviços de ecossistema assentou na caracterização biofísica, incluindo o
mapeamento dos ecossistemas com ocorrência na área de estudo, com base em reconhecimento
da área, literatura, estatísticas oficiais e julgamento de especialistas.
ENVOLVIMENTO DE STAKEHOLDERS
A compreensão da dinâmica ecológica e da dimensão biofísica dos serviços de ecossistema na área
do PNSSM foi ainda complementada pela avaliação da perceção desses benefícios. Para este efeito
consideraram-se dois grupos principais de stakeholders, institucionais e sociedade civil, sendo que
a metodologia adoptada para identificação da percepção dos dois grupos foi diferenciada, tendo-se
optado por entrevistas semi-estruturadas no primeiro caso e por um workshop participativo no
segundo caso.
Num primeiro momento, organizou-se o workshop participativo, cujo público-alvo consistia em
representantes locais associados a diferentes sectores de actividades relacionadas com o PNSSM,
personalidades locais e formadores de opinião e representantes de ONGs.
Num segundo momento, foram realizadas as entrevistas individuais semi-estruturadas com
stakeholders institucionais, nomeadamente autarcas e dirigentes locais.
Quer o workshop quer as entrevistas seguiram um guião de perguntas (no caso do workshop,
transpostas em actividades) que teve como objectivos principais:

Recolher (identificar) os SE providenciados pela área geográfica delimitada pelo Parque
Natural de São Mamede, de acordo com a percepção dos participantes;
Ver, por exemplo, Chapter 7: Ecosystem Services and Protected Areas em TEEB (2010) - The Economics of
Ecosystems and Biodiversity for Local and Regional Policy Makers.
http://www.teebweb.org/media/2010/09/TEEB_D2_Local_Policy-Makers_Report-Eng.pdf
9
Kettunen, M., ten Brink, P. (Eds) (2013) - Social and Economic Benefits of Protected Areas
An Assessment Guide. Earthscan from Routledge. ISBN: 9780415632843; Durán et al (2013) - Representation
of
Ecosystem
Services
by
Terrestrial
Protected
Areas:
Chile
as
a
Case
Study.
DOI:
10.1371/journal.pone.0082643.
8
28

Priorizar os SE providenciados pelo Parque, de acordo com a sua relevância/importância
para o bem-estar dos participantes (no caso do workshop, através de um sistema de
votos);

Avaliar, retrospectivamente, o efeito do Parque (da sua existência e governança) nos SE
prioritários;

Identificar os SE prioritários mais dependentes da Biodiversidade;

Identificar os beneficiários dos SE providenciados pelo Parque
ESCOLHA DE CLASSIFICAÇÃO DE SE
Após identificação dos serviços de ecossistema e sua sistematização (para a qual se usou a
classificação CICES), procedeu-se à valorização económica de um subconjunto de serviços.
A CICES (Common International Classification of Ecosystems) é uma classificação hierárquica que
se desenvolve a partir de 3 níveis hierárquicos máximos (Secções): Serviços de Aprovisionamento,
Serviços de Regulação e Manutenção e Serviços Culturais.
Ainda que existam outras classificações de SE com alguma representação na literatura (i.e.,
classificação TEEB), a CICES foi recentemente desenvolvida para providenciar uma estrutura
classificativa que permita, por um lado, a tradução entre diferentes classificações e, por outro, dar
resposta à emergente integração dos SE nos sistemas de contabilidade ambiental, em particular,
às tentativas de integração dos SE no SEEA (System of Environmental-Economic Accounting)
desenvolvido pelas Nações Unidas. É o sistema de classificação actualmente usado pela Agência
Europeia do Ambiente para contabilidade ambiental.
A escolha da classificação CICES vai também de encontro às orientações metodológicas produzidas
pelo grupo de trabalho MAES (Mapping and Assessment Ecosystem Services in Europe) mandatado
pela Comissão Europeia, que apoiam a sua utilização no mapeamento e valorização dos serviços de
ecossistema tal como previsto na Estratégia de Biodiversidade da União Europeia 2020.
Ainda que se tenha optado pela classificação CICES, a nomenclatura de serviços apresentada nesta
classificação não é muito intuitiva, pelo que foi simplificada para utilização no presente trabalho
(Tabela 5).
29
Tabela 5 Simplificação da nomenclatura CICES
Secção CICES
Divisão CICES
Classe CICES (nomenclatura)
Nomenclatura adoptada
no presente estudo
Culturas agrícolas
Produção de alimento
vegetal
Criação animal e derivados
Produção animal extensiva
Nutrição
Aprovisionamento
Materiais
Regulação e
Manutenção
Manutenção das
condições físicas,
químicas e biológicas
Mediação de fluxos
Cultural
Interacções
simbólicas, espirituais
ou outras interacções
com a biota,
ecossistemas, e
paisagens
terrestres/oceânicas
Interacções físicas e
intelectuais com a
biota, ecossistemas,
e paisagens
terrestres/oceânicas
Fibras e outros materiais provenientes
de plantas, algas e animais para uso
directo ou processamento
Regulação climática global através da
redução das concentrações dos gases
com efeito estufa
Estabilização de massas e controlo das
taxas de erosão
Produção de fibra
Regulação climática por via
do sequestro de carbono
Erosão evitada /Protecção
do solo
Legado
Biodiversidade
Utilização experiencial de plantas,
animais e paisagens em diferentes
contextos ambientais
Turismo
VALORIZAÇÃO ECONÓMICA
Como decorre dos objectivos do presente estudo, não foi produzida informação de base relativa ao
valor económico dos diferentes serviços providenciados na área delimitada pelo Parque Natural da
Serra de São Mamede. No contexto de um estudo piloto, como é o presente, pretendeu-se usar
informação disponível, preferencialmente publicada em revistas científicas, ou informação residente
na administração pública que correspondesse a medidas de relevância para efeito da estimativa do
valor económico. A este respeito importa referir que, do ponto de vista conceptual, o valor
económico de um bem corresponde à soma dos excedentes (produtores e consumidores), ainda
que, em determinadas situações, a aproximação do valor económico se faça com recurso a apenas
uma das medidas ou com outras aproximações ou proxies do valor. Ainda, importa referir que a
disposição a pagar é um conceito fundamental para compreensão da valorização económica e é
também o conceito que permite clarificar a distinção entre preço e valor. Na verdade o preço é
apenas uma parte do valor que é capturado pelos mercados, quando estes existem10. Mais,
importa ainda referir, a respeito da distinção entre preço e valor, que na ausência de mercado o
valor de um serviço de ecossistema não é necessariamente zero e a sua estimativa é possível por
outras aproximações – por exemplo, o valor da oportunidade de recreio oferecida por parque de
entrada livre não é necessariamente zero, na medida em que, para usufruir dessa oportunidade é
gasto tempo (cujo valor se pode determinar) ou, até, implica gastos de deslocação para usufruir
dessa oportunidade.
Importa contudo referir que em algumas situações os preços de mercado são uma boa aproximação ao valor
económico.
10
30
Este enquadramento metodológico geral é particularizado nas secções seguintes para cada um dos
serviços de ecossistema considerados neste estudo. Importa salientar que foi objectivo deste
trabalho proceder à espacialização do valor económico, tendo em alguns casos sido a atribuição do
valor económico feita sobre o mapeamento da dimensão biofísica do serviço (erosão evitada e
sequestro de carbono) e, noutros, feita em função do ocupação e uso do solo – como descrito na
secção correspondente, o turismo é uma excepção a estes dois casos.
EROSÃO EVITADA
Marta-Pedroso et al. (2007)11 estimaram o custo da erosão no Município de Castro Verde (Alentejo,
Portugal). As estimativas produzidas por estes autores foram obtidas por meio do custo de
reposição (replacement cost), ou seja, foram efectuadas estimativas, dentro do conjunto de
pressupostos definidos em Marta et al. (2007), do custo relativo à reposição do teor de nutrientes
perdidos por erosão (Potássio, Fósforo e Matéria Orgânica) e dragagem dos sedimentos, admitindo
que todo o volume de solo erodido se acumulou numa mesma albufeira. Os custos adicionais para
reposição do solo erodido (transporte e estabilização) não foram contabilizados no modelo de
valorização económica definido pelos autores. Por esta razão, e tal como exposto pelos autores
referidos, as estimativas obtidas devem ser considerado uma subestimativa dos custos de
reposição.
O valor estimado por Marta-Pedroso et al. (2007) foi considerado como indicativo do custo da
erosão no âmbito do presente estudo, embora sujeito às limitações metodológicas acima descritas.
Mais, importa salientar que a valorização económica produzida assenta numa extrapolação de
valores, abordagem que não é isenta de erros. Em particular, as estimativas produzidas pelos
autores referidos apenas reflectem os custos da erosão on-site e não contabilizam de todo os
efeitos off-site (por exemplo, diminuição da qualidade de água por contaminantes). Marta-Pedroso
et al. (2007) estimaram o custo da erosão, tal como descrito acima, em 4.75€/ton12.
Para efeitos do presente trabalho, tomou-se com base de trabalho o mapeamento biofísico do
serviço (ton.ha-1.ano-1; erosão evitada) produzido em etapas anteriores deste trabalho (Figura 17),
tendo o valor de erosão evitada em cada pixel sido multiplicado por 4.75€/ton. Em termos
metodológicos trata-se de uma estimativa de valor económico por via do custo evitado, tomando
como base estimativas de custos de erosão obtidos na literatura e assente no pressuposto de que
um custo evitado é um benefício.
Marta-Pedroso et al. (2007). Incorporating the benefits supplied by soil in agri-environmental policy efficiency
analysis: the case of the Zonal Program of Castro Verde (Portugal). Soil & Tillage Research 97: 79–90
12
Valor original referido pelos autores (reportado ao ano 2007) é 4.33 €.ton-1. A atualização de um valor entre
dois momentos é possível, com base nas taxas de variação do Índice de Preços no Consumidor. No contexto do
presente esta actualização foi feita sempre que necessário para o ano de 2014 tendo-se utilizado a ferramenta
disponibilizada em: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ipc
11
31
Figura 17 Serviço de Protecção do Solo no PNSSM
32
SEQUESTRO DE CARBONO
Para efeitos do mapeamento do valor económico do sequestro de carbono considerou-se o custo
social do carbono (o custo dos impactos associados à emissão de gases com efeito de estufa) de
acordo com as estimativas de Stern (2006)13,14. Segundo este autor, cada tonelada adicional de
CO2 causa, de acordo com os pressupostos adoptados no estudo, impactos que representam um
custo igual a $85/tCO2. Do ponto de vista metodológico, a nossa abordagem assenta no
mapeamento biofísico do sequestro de carbono tal como produzido em etapas anteriores15 deste
trabalho (ver Figura 18). Este mapeamento foi produzido considerando as alterações de solo entre
1990 e 2007, e teve por objectivo estimar o sequestro (emissão) de carbono, nos compartimentos
biomassa e solo, tendo 2007 como ano de referência e considerando as alterações de solo
ocorridas entre 1990 e 2007. Mais, considerou-se ainda que as transições ocorreram de forma
uniforme ao longo do período de tempo considerado, neste caso 17 anos.
O valor das áreas de sequestro foi estimado por via do custo social evitado e o valor das áreas
emissoras por via do custo social dos impactos potencialmente causados por essas emissões, tendo
cada pixel sido multiplicado pelo valor obtido por Stern (2006) após conversão para euros e
actualização para o ano de 201416 - 79,47€/ton.
Stern, N., 2006. Executive summary (full). Stern Review Report on the Economics of Climate Change.
http://webarchive.nationalarchives.gov.uk/20130129110402/http://www.hmtreasury.gov.uk/d/Executive_Summary.pdf
14
Para efeitos de análise de sensibilidade e análise crítica dos resultados sugere-se: Tol, R. S. J., and Yohe, G.
W. (2006). “A Review of the Stern Review.” World Economics, 7(4): 233–50; Tol, R. S.J. (2005).The marginal
damage costs of carbon dioxide emissions: an assessment of the uncertainties, Energy Policy, 33 (16):20642074.
15
Ver Marta-Pedroso, C. & Domingos, T. (Eds.), Mesquita S., Capelo J., Gama, I., Laporta L., Alves, M.,
Proença, V., Canaveira, P., Reis, M. (2014) – Mapeamento e Avaliação dos Serviços de Ecossistema em
Portugal. Relatório Final. Estudo encomendado pela Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, I.P. .
Instituto Superior Técnico, Lisboa
16
Factor de conversão dólar-euro de acordo com o Banco de Portugal (câmbio anual USD/EUR (média do
período: 1,24) e factor de actualização do valor em euros para 2014 obtido em INE com base nas taxas de
variação do Índice de Preços no Consumidor.
13
33
Figura 18 Serviço de Sequestro de Carbono no PNSSM
34
BIODIVERSIDADE
A abordagem de valorização económica adoptada para a biodiversidade baseia-se no pressuposto
de que os pagamentos agro e silvo-ambientais aos agricultores representam a disposição a pagar
da sociedade pela manutenção e/ou melhoria de determinados valores ecológicos. Esta abordagem
é descrita de seguida.
No âmbito do ProDeR (Programa de Desenvolvimento Rural do Continente 2007-2014) foi
estabelecida a Intervenção Territorial Integrada de Zonas da Rede Natura do Alentejo, Acção
2.4.13 (doravante ITI Rede Natura Alentejo). As ITI’s constituem uma abordagem conjugada de
vários instrumentos de políticos coerentemente aplicados num território condicionado a um
objectivo dominante, a conservação de valores naturais ou paisagísticos. São, por natureza,
intervenções zonais, aplicadas a territórios de relativa homogeneidade paisagística e de valores
naturais, incluindo a biodiversidade, ainda que as medidas e os compromissos a estabelecer sejam
específicos de cada um dos territórios. Subjacente à definição e implementação deste tipo de
instrumentos de gestão do território está a concepção do agricultor como agente promotor da
manutenção de importantes valores naturais e de fornecedor de vários serviços de ecossistema
pelos quais deve ser remunerado.
A ITI Rede Natura Alentejo abrange um conjunto de SIC (Sítios de Importância Comunitária) e ZPE
(Zona de Protecção Especial) e Parques Naturais. A fundamentação da Acção assenta no
reconhecimento de um conjunto de problemas de conservação que, com algumas particularidades,
são de idêntica natureza e exigem o mesmo tipo de intervenção. Tal como nas restantes
Intervenções Territoriais Integradas estabelecidas para o território nacional e, tal como exposto no
ProDeR 2007-201317, os objectivos desta Acção são a preservação dos habitats associado aos
valores naturais a preservar e a conservação da paisagem na zona de incidência da ITI. A
concretização dos objectivos de preservação destes territórios (é assegurada através dos
pagamentos agro-ambientais e silvo-ambientais, tendo cada um deles associada uma componente
de investimentos não produtivos (que não são tratados no âmbito do presente estudo).
Foram analisadas as intervenções preconizadas para o território alvo, o Parque Natural da Serra de
S. Mamede (Figura 1), identificando os compromissos de gestão a que os beneficiários
ficam
obrigados e respectivos pagamentos e, assim, inferir o valor económico das áreas alvo (por
exemplo, habitats, o seu valor de conservação e, em particular da biodiversidade que suportam).
Importa referir que, para além dos compromissos específicos e pagamentos identificados de
seguida (Tabela 6 e Tabela 7), os beneficiários obrigam-se ao cumprimento de um conjunto de
compromissos gerais na totalidade da área agrícola, agro-florestal e florestal declarada (por
exemplo, manter os pontos de água acessíveis à fauna, não efectuar queimadas ou restolhos – no
caso particular das medidas da componente agro-ambiental, ou identificar no parcelário os abrigos
de morcegos – no caso particular das medidas da componente silvo-ambiental).
Nas Tabela 6 e Tabela 7 apresenta-se, então, uma síntese das intervenções para o Parque Natural
de São Mamede no âmbito da ITI, bem como dois aspectos metodológicos fundamentais à
produção do mapeamento do valor económico da biodiversidade:
17
PRODER Versão de Janeiro de 2012; http://www.proder.pt/conteudo.aspx?menuid=366.
35
a) atribuição da área elegível de cada uma das intervenções a classes de uso e ocupação do
solo (base de atribuição COS’07) ou, no caso específico das intervenções Renovação dos
povoamentos de Quercus sp. e Castanea sativa e Manutenção de Galerias Ripícolas às
classes de ecossistemas EUNISptMAES18; e
b) selecção do nível de majoração a atribuir para efeito da estimativa do valor económico.
O segundo aspecto foi uma etapa relevante para as estimativas produzidas, na medida em que,
não foi possível aferir os níveis de adesão às diferentes medidas o que teria permitido aferir valores
médios para a área. Por outro lado, sendo que a tipificação dos níveis de apoio reflecte realidades
territoriais distintas (isto é, estas intervenções são preconizadas igualmente para outras regiões
que não o PNSSM), houve necessidade de estabelecer um critério válido para a definição do nível
de majoração adequado ao território do PNSSM, de acordo com a exposição que se segue.
Tal como identificado na Tabela 6, para as intervenções agro-ambientais utilizou-se como critério
de selecção do nível de majoração a SAU (Superfície Agrícola Útil Média por exploração) que, pode
ser diferenciada, por concelho19, aspecto relevante na diferenciação espacial que se pretende. No
caso das intervenções silvo-ambientais, na Tabela 7, considerou-se a média dos valores por não ter
sido possível atribuir um critério mais restritivo.
Assim, do ponto de vista metodológico, com base na disposição a pagar da sociedade para
preservar determinados habitats e áreas20, definida em termos do apoio público aos agricultores
para a sua preservação, foi estimado o valor económico da biodiversidade. O mapeamento do valor
económico assenta no estabelecimento de correspondência entre os habitats e áreas alvo das
intervenções e as classes de uso do solo (base classificação COS’07) ou ecossistemas
EUNISptMAES conforme descrito acima. Sendo o período de vigência do ProDeR 2007-2014, e não
tendo os níveis de ajuda sofrido qualquer tipo de actualização nesse período, considerou-se que os
valores são os efectivos em 2014, não se tendo procedido à sua actualização.
Mapeamento dos Ecossistemas EUNIS para a área do Parque conforme Figura 7. A metodologia geral
subjacente à produção do mapeamento é apresentada em: Marta-Pedroso, C. & Domingos, T. (Eds.), Mesquita
S., Capelo J., Gama, I., Laporta L., Alves, M., Proença, V., Canaveira, P., Reis, M. (2014) – Mapeamento e
Avaliação dos Serviços de Ecossistema em Portugal. Relatório Final. Estudo encomendado pelo Instituto de
Conservação da Natureza e das Florestas, I.P. Instituto Superior Técnico, Lisboa.
19
Arronches (64,8 ha), Castelo de Vide (60,2 ha), Marvão (14,9 ha) e Portalegre (17,9 ha).
20
Importa realçar que a valorização económica apresentada se restringe a esses habitats e áreas e, portanto,
em todas as outras áreas não abrangidas pela metodologia adoptada foi atribuído o valor zero.
18
36
Tabela 6 Intervenções ITI: análise para atribuição valor económico à Biodiversidade no PNSSM
Habitats Potencialmente
Beneficiados
Área Elegível
Componente e
Medida
Descrição e Incidência
Descrição
Atribuição Classe COS N5 /
EUNIS ptMAES
Modulação
Nível de Ajuda
(€.ha-1.ano-1)
SAU/Concelho
Directamente
Decorrente dos
compromissos
específicos
Agro-ambiental
1.Extensificaçã
o do pastoreio
e regeneração
do Montado
2.Restrição de
Pastoreio e
Manutenção de
Núcleos de
Vegetação
Áreas-alvo:
 Montado de Sobro e/ou
Azinho
Condições:
 Área mínima de 5ha de
montado (sobro/azinho)
onde o grau de cobertura
do solo pelo copado
arbóreo seja >10%
Áreas-alvo:
 Montado de Sobro e/ou
Azinho
 Montado de Quercus
faginea e Quercus
pyrenaica
Condições:
 Área mínima elegível de
5ha
0<Área≤50ha
área de pastagem
em montado
área de restrição
do pastoreio
(mínimo 20% da
superfície de
montado) (1)
 2.4.4.03.1 SAFs de Sobreiro
c/ pastagens
 2.4.4.03.2 SAFs de Azinheira
c/ pastagens
 2.4.4.03.5 SAFs de Sobreiro
c/ Azinheira c/ pastagens
 2.4.4.03.1 SAFs de Sobreiro
c/ pastagens
 2.4.4.03.2 SAFs de Azinheira
c/ pastagens
 2.4.4.03.3 SAFs de outros
carvalhos c/ pastagens
 2.4.4.03.5 SAFs de Sobreiro
c/ Azinheira c/ pastagens
50<Área≤100ha
 Marvão
50  Portalegre
 Arronches
30  Castelo de Vide
> 100ha
15
0<Área≤50ha
65
 6310
 6220*
Devido à
obrigatoriedade
de identificação
dos valores a
preservar
 6310
 3170*
(não cartografado
no PNSSM)
NA




Marvão
Portalegre
Arronches
Castelo de Vide
50<Área≤100ha
40
NA
> 100ha
15
NA
NA = não aplicável na área face a SAU média.
(1)
Para efeitos de valorização económica considerou-se que toda a superfície elegível foi candidatada (100%)
37
Tabela 7 Intervenções Silvo-ambientais e atribuição de valor económico à Biodiversidade
Área Elegível
Componente e
Medida
Descrição e Incidência
Atribuição Classe COS N5 / EUNIS
ptMAES
Descrição
Habitats Potencialmente
Beneficiados
Nível de Ajuda
Modulação e
Nível de Ajuda
valor (€.ha1
.ano-1)
Média(1)
Directamente
Decorrente dos
compromissos
específicos
Silvo-ambiental




3.Biodiversidade
Florestal – Serra
de S. Mamede
Áreas-alvo:
 Florestas de Quercus sp.
 Florestas de Castanea sativa
 Florestas de Eucalipto (para
diminuição)(2)
 Florestas de Pinheiro-bravo (para
diminuição)(2)
 Florestas de regeneração de
Quercus sp e Castanea sativa
Condições:
 Área mínima elegível de 5ha
área das
florestas
3.1.1.01.1
3.1.1.01.2
3.1.1.01.3
3.1.1.01.4
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
de
de
de
de
sobreiro
azinheira
outros carvalhos
castanheiro
 3.1.1.02.1 Florestas
folhosas
 3.1.1.02.2 Florestas
folhosas
 3.1.1.02.3 Florestas
com folhosas
 3.1.1.02.4 Florestas
folhosas
de sobreiro com
 3.1.3.01.1 Florestas
resinosas
 3.1.3.01.2 Florestas
resinosas
 3.1.3.01.3 Florestas
com resinosas
 3.1.3.01.4 Florestas
resinosas
de sobreiro com
de azinheira com
0<Área≤25ha
80
de outros carvalhos
de castanheiro com
de azinheira com
de outros carvalhos
de castanheiro com
 3.2.4.01.1 Florestas abertas
 3.2.4.01.2 Florestas abertas
 3.2.4.01.3 Florestas abertas
carvalhos
 3.2.4.01.4 Florestas abertas
de sobreiro
de azinheira
de outros
 3.2.4.02.1 Florestas abertas
com folhosas
 3.2.4.02.2 Florestas abertas
com folhosas
 3.2.4.02.3 Florestas abertas
carvalhos com folhosas
 3.2.4.02.4 Florestas abertas
com folhosas
de sobreiro
 3.2.4.05.1 Florestas abertas
com resinosas
 3.2.4.05.2 Florestas abertas
com resinosas
 3.2.4.05.3 Florestas abertas
carvalhos com resinosas
 3.2.4.05.4 Florestas abertas
com resinosas
de sobreiro
25<Área≤50ha
40
> 50ha
15
de castanheiro
45
 9230
 9260
 9330
 9340
 4020*
 3280
 3290
 91B0
 91E0*
 92A0
Devido à
obrigatoriedade de
identificação dos
valores a preservar
de azinheira
de outros
de castanheiro
de azinheira
de outros
de castanheiro
38
Área Elegível
Componente e
Medida
Descrição e Incidência
Atribuição Classe COS N5 / EUNIS
ptMAES
Descrição
Habitats Potencialmente
Beneficiados
Nível de Ajuda
Modulação e
Nível de Ajuda
valor (€.ha1
.ano-1)
Média(1)
Directamente
Decorrente dos
compromissos
específicos
Silvo-ambiental
4.Renovação dos
povoamentos de
Quercus sp. e
Castanea sativa
5.Manutenção de
Galerias Ripícolas
Áreas-alvo:
 Habitat RN 9230 – Carvalhais
galaico-portugueses de Q.robur
e Q.pyrenaica
 Habitat RN 9260 – Floresta de
Castanea sativa
 Habitat RN 9330 – Floresta de
Q.suber
 Habitat RN 9340 – Floresta de
Q.ilex e Q.rotundifolia
Condições:
 Área mínima elegível de 0,5ha
Áreas-alvo e Condições:
 Galerias com largura mínima de
5 metros, a contar da margem
da linha de água, e
comprimento mínimo de 100
metros, inseridas numa área
florestal ou florestada não
inferior a 0,5ha
EUNIS ptMAES
área dos
habitats




(3)
0<Área≤25ha
85
25<Área≤50
45
> 50ha
15
:
G1.7B = 9230
G1.7D = 9260
G2.112 = 9330
G2.124 = 9340
0<Área≤5ha
área das
galerias
ripícolas
48
200
EUNIS ptMAES:
 G1 = ripícola apenas em áreas que
intersectam as linhas de água principais.
5<Área≤25ha
25<Área≤50ha
 9230
 9260
 9330
 9340
100
117
 3280
 3290
 91B0
 91E0*
 92A0
50
) Ver texto para exposição sobre a opção de uso da média dos apoios.
Áreas de diminuição de Eucalipto e Pinheiro bravo não foram contabilizadas poque se desconhece onde ocorreram geograficamente
(3)
Ver Anexo I correspondência entre os ecossistemas EUNISptMAES e as classes COS’07.
(1
(2)
39
PRODUÇÃO DE ALIMENTO VEGETAL
Para efeitos da determinação do valor económico deste serviço (e o de suporte à produção animal
extensiva) usou-se a Margem Bruta Padrão (MBP; expressa em €.ha-1ano)21. A MBP é definida
como o valor monetário padrão de uma actividade agro-pecuária. É obtida pela diferença entre o
valor monetário da Produção Bruta e os Custos Específicos proporcionais correspondentes à
produção em questão22. Para clarificação da formação da MBP segue-se uma explicação sobre as
suas componentes (ambas determinadas sem IVA – Imposto sobre o valor acrescentado):
A Produção Bruta é constituída por:
• Produto Principal: vendas e também prestações de serviços pagos em natureza, aumento
de stocks e inputs para a produção de alguns produtos dentro da própria exploração,
acondicionados e transformados (desde que estas operações se efectuem na exploração);
• Produtos Secundários, Subsídios e Prémios atribuídos aos produtos, à superfície e ao
gado e, mais tarde, os pagamentos directos.
Os Custos Específicos Proporcionais23 provêm da utilização dos meios de produção endógenos
ou exógenos à exploração e a sua valorização efectua-se com base nos preços no produtor e no
preço de compra, respectivamente, sendo os seguintes:
• Na agricultura: sementes e plantas (produzidas e compradas); fertilizantes (não inclui
calagens); fitofármacos; outros custos específicos proporcionais, como água de rega,
energia para aquecimento e secagem, encargos relativos à comercialização e a seguros,
assim como plantação e arranque de culturas permanentes;
• Na pecuária: substituição do capital animal: alimentação do gado, incluindo alimentos
forrageiros e concentrados (produzidos e comprados); assistência veterinária; outros custos
específicos proporcionais, como água e energia, inseminação artificial e cobrição, controlo leiteiro e
selecção animal, custos de comercialização e de seguros.
Os valores de MBP utilizados são os constantes da Matriz de Margens Brutas Padrão de Referência
para determinação da Dimensão Económica das Explorações Agrícolas Candidatas à Manutenção da
Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas, Medida do ProDeR 2007-2014, no Período de 2009 a
201324.
O mapeamento do valor económico foi efectuado considerando as estatísticas oficiais disponíveis
relativas às principais culturas que foram depois atribuídas a classes de ocupação e uso do solo
(base de classificação COS’07). O nível de desagregação disponível destas estatísticas mais
adequado para caracterização da área de estudo é o nível NUTS II Alentejo.
A descrição apresentada segue GPP (sem data) Margens Brutas Padrão: Margens Brutas Standard triénio
centrado em 2004
http://www.gpp.pt/pbl/period/MBP2004_rev.pdf
22
Utiliza-se no cálculo da MBP a média de valores relativos a três anos, sendo o triénio centrado num ano par:
TRIÉNIO X= [ano (n-1) + ano (n par) + ano (n+1)]/3.
23
Nos custos específicos deduzidos não estão incluídos os que se referem a mão-de-obra, mecanização,
construções, carburantes, lubrificantes, reparações e amortizações das máquinas e do material, assim como
trabalhos de terceiros.
24
http://www.proder.pt/conteudo.aspx?menuid=474&exmenuid=380, revisão de 2013
21
40
Assim, com base nas estatísticas agrícolas do INE25 foram identificadas as principais culturas e
áreas respectivas (informação ao nível NUTS II). De seguida e, para efeitos do mapeamento do
serviço, foi efectuada a correspondência entre as principais culturas e as classes COS’07 (no
PNSSM – Figura 5). Para atribuição das culturas às classes COS’07 foi adoptado o princípio de esta
se fazer apenas a “classes puras”. Na Tabela 8 listam-se essas correspondências, bem como, as
áreas de cada uma das culturas dadas para a NUTS II Alentejo nas estatísticas referidas e o valor
de MBP dessas culturas também para a NUTS II Alentejo, conforme fonte acima identificada (ver
nota de rodapé 20). Com base nesta informação, foi possível estimar uma MBP média atribuível a
cada classe COS’07 de acordo com a seguinte formulação:
MBPCOS’07 j = ∑AiMBPi/∑Ai,
onde Ai representa a área de cada cultura na classe COS’07.
Tendo presente o procedimento acima descrito procedeu-se à atribuição geográfica das MBP
estimadas para as diferentes classes COS’07 identificadas na Tabela 8 e obtido o mapeamento do
valor económico do serviço.
Produtividade das principais culturas agrícolas (kg/ ha) por Localização geográfica (NUTS - 2002) e Espécie;
Anual - INE, Estatísticas da Produção Vegetal. Dados revistos de 1999 a 2010, com base nos resultados do
Recenseamento Agrícola 2009.
25
41
Tabela 8 Principais Culturas, MBP Culturas e MBP COS’07
Principais Culturas(1)
Alentejo
MBP Cultura
(€.ha-1.ano-1) (2)
Superfície
Cultura (1)
(ha)
Atribuição COS07N5
MBP COS 07 j
(€.ha-1.ano-1)
Cereais para grão
Trigo mole
254
42676
Trigo duro
399
1334
Centeio
130
195
Aveia
180
33102
Cevada
150
37909
Triticale
209
14984
Milho regadio
753
26273
Milho sequeiro
219
97
2.1.1.01.1 Culturas
temporárias de sequeiro
2.1.2.01.1 Culturas
temporárias de regadio
2.1.1.01.1 Culturas
temporárias de sequeiro
205
914
205
Principais leguminosas secas
Feijão
239
114
Grão-de-bico
334
1205
Batata de regadio
2384
3411
Batata de sequeiro
968
664
2.1.2.01.1 Culturas
temporárias de regadio
914
Batata
2.1.2.01.1 Culturas
temporárias de regadio
2.1.1.01.1 Culturas
temporárias de sequeiro
914
205
Principais frutos frescos
Pêra
1097
455
Maçã
5731
463
Pêssego
584
786
Cereja
2654
49
Ameixa
4384
550
Damasco
3112
73
Diospiro
2105
7
712
Figo
648
Ginja
5500
1
Marmelo
1683
65
Nespera
2118
26
1681
9
Castanha
1481
534
2.2.2.01.1 Pomares de
frutos frescos
2205
2.2.2.01.6 Outros pomares
1681
2.2.2.01.3 Pomares de
castanheiro
1481
2.2.2.01.6 Outros pomares
1681
2.2.1.01.1 Vinhas
2976
2.2.3.01.1 Olivais
595
Principais frutos subtropicais
Kiwi
Principais frutos de casca rija
Noz
1696
542
Avelã
219
16
Uva para vinho
2980
33019
Uva de mesa
2828
999
Azeitona de mesa
683
2263
Azeitona para azeite
594
170039
Vinha
Olival
Superfície das principais culturas agrícolas (ha) por Localização geográfica (NUTS - 2002) e Espécie; Anual
INE, Estatísticas da Produção Vegetal
(2)
Matriz de Margens Brutas Padrão de Referência para determinação da Dimensão Económica das Explorações
Agrícolas Candidatas à Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas, Medida do ProDeR 20072014, no Período de 2009 a 2013.
(1)
42
PRODUÇÃO ANIMAL EXTENSIVA
A MBP das Pastagens foi considerada indicativa do valor económico deste serviço. O conceito de
MBP e seus pressupostos foram detalhados na secção Produção de Alimento Vegetal. Sendo que o
objectivo do trabalho é o mapeamento da MBP das pastagens por atribuição geográfica dos
diferentes tipos de pastagem a classes COS 07 procurou-se informação alternativa sobre as MBP
das pastagens, uma vez que, a Matriz de Margens Brutas Padrão de Referência para determinação
da Dimensão Económica das Explorações Agrícolas Candidatas à Manutenção da Actividade Agrícola
em Zonas Desfavorecidas, Medida do ProDeR 2007-2014, no Período de 2009 a 201326 não
discrimina as pastagens por tipologias que permitam uma atribuição inequívoca a classes COS’07.
Assim, utilizou-se as MBP de pastagens conforme discriminadas nas Margens Brutas Standard Triénio centrado em 2004, após actualização dos valores para 2014 e procedeu-se à atribuição das
mesmas às classes COS’07 no PNSSM. A correspondência entre as tipologias de pastagens e
classes COS 07 para efeitos da atribuição geográfica das MBP estão patentes na Tabela 9.
Tabela 9 Tipologias Pastagens, MBP Pastagens e MBP classes COS’07
Tipologias de Pastagens
Pastagens Pobres
MBP Pastagens
(€.ha-1.ano1)
123
Classe COS’07
Vegetação Herbácea Natural 3.2.1.01.1
MBP COS’07
(€.ha-1.ano1)
123
2.3.1.01.1 Pastagens permanentes
2.4.4.03.1 SAF de sobreiro com pastagens
Pastagens Permanentes, e
Permanentes Semeadas
Permanentes em Boas Condições
2.4.4.03.2 SAF de azinheira com pastagens
191
(1)
2.4.4.03.3 SAF de outros carvalhos com pastagens
191
2.4.4.03.4 SAF de outras espécies com pastagens
2.4.4.03.5 SAF de sobreiro com azinheira com pastagens
2.4.4.03.6 SAF de outras misturas com pastagens
(1) Média das 3 tipologias
26
http://www.proder.pt/conteudo.aspx?menuid=474&exmenuid=380, revisão de 2013
43
PRODUÇÃO DE FIBRA
Machado & Louro (2009)27 apresentam uma análise de rentabilidade financeira das áreas florestais
públicas na perspectiva da produção florestal de produtos directos, lenhosos e não lenhosos, tendo
sido os resultados desta análise uma fonte de informação primordial para o mapeamento do valor
económico do serviço de produção de fibra. O trabalho realizado por estes autores engloba
Eucalipto, Pinheiro Bravo, Sobreiro, Castanheiro, Pinheiro Manso, e Carvalho Negral, sendo que
para algumas espécies é feita diferenciação regional (Eucalipto e Pinheiro Manso), aspecto que se
teve em linha de conta. Sendo que o objectivo do presente trabalho é a atribuição geográfica do
VALa (Valor Actualizado Líquido Anualizado) obtido para essas espécies a classes COS’07 onde
estas mesmas possam estar representadas, foram estabelecidos critérios para tal como
discriminado abaixo nesta secção. Importa no entanto sintetizar, de forma não exaustiva, alguns
aspectos do trabalho de Machado & Louro (2009) que se tornam indispensáveis à boa compreensão
dos resultados:
1. Embora os modelos de silvicultura e as tabelas de produção das espécies consideradas não
sejam disponibilizadas é assumido que os valores tipificam situações médias em linha com
as propostas de gestão apresentadas em Louro et al. (2002);
2. Todos os modelos de silvicultura foram reportados ao maior termo de explorabilidade, o
qual coincide com a revolução de 113 anos associada ao sobreiro, tendo-se replicando os
restantes até esse período.
A COS 07 distingue entre 2 tipos de florestas quanto à sua composição: florestas puras e mistas
(por exemplo, floresta de sobreiro – COS’07 3.1.1.01.1; e floresta de sobreiro com folhosas 3.1.1.02.1). Para cada um destes tipos, a COS’07 distingue ainda, quanto à densidade do
povoamento, florestas abertas (por exemplo, floresta aberta de sobreiro – 3.2.4.01.1; e floresta
aberta de sobreiro com folhosas – 3.2.4.02.1). A COS’07 considera ainda os SAFs (Sistemas Agroflorestais – 2.4.4), que podem ser igualmente puros ou mistos (e.g., respectivamente, SAF de
sobreiro com culturas temporárias de sequeiro - 2.4.4.01.1; e SAF de sobreiro com Azinheira e
com culturas temporárias de sequeiro – 2.4.401.5). Assim, o VALa estimado para cada espécie em
Machado & Louro (2009) foi atribuído directamente a classes de florestas (Florestas – 3.1) puras, e
que se assumem como tendo densidade máxima (100%). Tomando este valor por referencial foi
efectuada a seguinte discriminação em termos do VALa a atribuir:

Classes de floresta mista: o VALa atribuído é 75% do referencial. Esta opção reflecte a
classificação da COS’07 segundo a qual uma floresta é considerada mista quando a espécie
que se identifica como dominante representa no máximo 75% do coberto;

Classes de floresta aberta (pura ou mista): o VALa atribuído é 30% do referencial. Esta
opção reflecte a classificação da COS’07 segundo a qual as florestas abertas têm uma
cobertura máxima de 30%; No caso de uma floresta mista aberta resulta que o VALa
atribuído é 22,5% (30% de 75%, conforme descrito atrás);

Classes SAF: o VALa atribuído é 20% do referencial. Esta opção reflecte a definição de SAF
utilizada para a elaboração da COS’07 (coberto superior a 10%, equivale a mais de 20
27
Machado, H.& LOURO, G. – Análise de Rentabilidade das Áreas Submetidas a Regime Florestal. In Actas do 6.º Congresso
Florestal Nacional. Ponta Delgada: Sociedade Portuguesa de Ciências Florestais, 2009. Pp. 883-889.
44
árvores/hectare; r=4m) ajustada com bibliografia que identifica um aumento significativo
da área de montado com densidades inferiores a 40 árvores/hectare, reportando que, em
2010, 39% da área de montado tinha densidade inferior a 40 árvores/hectare. Assim,
tomando em consideração estes dois elementos assumiu-se que a densidade de coberto
média é de 20%.

Classes de SAF Puras: o VALa atribuído é 20% do referencial

Classes de SAF Mistas: o VALa atribuído reflecte a circunstância de se tratar de um SAF
(20% do referencial) que é depois afectado pela condição ser misto em 75%. Resulta que o
VALa atribuído a um SAF misto é de 15% do referencial.
Por aplicação dos critérios acima descritos, e considerando as espécies estudadas em Machado &
Louro (2009) foi atribuído o VALa28 a cada classe COS’07 em que se verificou uma correspondência
positiva (Tabela 10). Importa ainda clarificar que se considerou, para efeitos das correspondências
entre as espécies e as classes COS’07, o carvalho negral equiparado a outros carvalhos 29. Para
efeitos de interpretação dos resultados importa ainda clarificar que houve classes florestais da
COS’07, que embora produtoras de fibra, não foram valorizadas na análise presente30. Esta
exclusão prende-se com a própria natureza indiferenciada dessas classes que impossibilita o
estabelecimento de correspondências com a informação disponível (são exemplos destas classe,
por exemplo, Florestas de outra folhosas - 3.1.1.01.7 e Florestas de outras folhosa com folhosas 3.1.1.02.7).
28
Convertido para euros 2014
Excluído o sobreiro por ter sido tratado de forma autónoma e a azinheira por não se considerar a equiparação aceitável.
30
A estas classes foi atribuído valor zero, ainda que se reconheça tratar-se de uma eventual subestimativa do serviço de
produção de fibra.
29
45
Tabela 10 VALa Espécies Florestais e Classes COS’07
VALa (1)
(€.ha-1.ano-1) 2006
Correspondência Espécie(1) - Classes COS07N5
Sobreiro
2.4.4.01.1 SAF de sobreiro com culturas temporárias de sequeiro
2.4.4.01.5 SAF de sobreiro com azinheira e c/ culturas temporárias de sequeiro
2.4.4.03.1 SAF de sobreiro com pastagens
2.4.4.03.5 SAF de sobreiro com azinheira com pastagens
2.4.4.04.1 SAF de sobreiro com culturas permanentes
2.4.4.04.5 SAF de sobreiro com azinheira com culturas permanentes
3.1.1.01.1 Florestas de sobreiro
3.1.1.02.1 Florestas de sobreiro com folhosas
3.1.3.01.1 Florestas de sobreiro com resinosas
3.2.4.01.1 Florestas abertas de sobreiro
3.2.4.02.1 Florestas abertas de sobreiro com folhosas
3.2.4.05.1 Florestas abertas de sobreiro com resinosas
Outros Carvalhos (equiparado a Carvalho Negral)
2.4.4.01.3 SAF de outros carvalhos com culturas temporárias de sequeiro
2.4.4.03.3 SAF de outros carvalhos com pastagens
2.4.4.04.3 SAF de outros carvalhos com culturas permanentes
3.1.1.01.3 Florestas de outros carvalhos
3.1.1.02.3 Florestas de outros carvalhos com folhosas
3.1.3.01.3 Florestas de outros carvalhos com resinosas
3.2.4.01.3 Florestas abertas de outros carvalhos
3.2.4.02.3 Florestas abertas de outros carvalhos com folhosas
Castanheiro
3.1.1.01.4 Florestas de castanheiro
3.1.1.02.4 Florestas de castanheiro com folhosas
3.1.3.01.4 Florestas de castanheiro com resinosas
3.2.4.01.4 Florestas abertas de castanheiro
3.2.4.02.4 Florestas abertas de castanheiro com folhosas
3.2.4.05.4 Florestas abertas de castanheiro com resinosas
Eucalipto (equiparado a Eucalipto - Norte/Centro interior)
3.1.1.01.5 Florestas de eucalipto
3.1.1.02.5 Florestas de eucalipto com folhosas
3.1.3.01.5 Florestas de eucalipto com resinosas
3.2.4.01.5 Florestas abertas de eucalipto
Pinheiro Manso (equiparado a Pinheiro Manso para madeira)
3.1.2.01.2 Florestas de pinheiro manso
3.2.4.03.2 Florestas abertas de pinheiro manso
3.2.4.06.2 Florestas abertas de pinheiro manso com folhosas
Pinheiro Bravo
3.1.2.01.1 Florestas de pinheiro bravo
3.1.2.02.1 Florestas de pinheiro bravo com resinosas
3.1.3.02.1 Florestas de pinheiro bravo com folhosas
3.2.4.03.1 Florestas abertas de pinheiro bravo
3.2.4.06.1 Florestas abertas de pinheiro bravo com folhosas
(1) Machado & Louro (2009); florestas mistas 50% do VALa das constituintes;
(2)
VALa (2)
(€.ha-1ano-1) 2014
"Tipo" de Floresta
% aplicada ao
VALa (3)
VALa Final
(€.ha-1.ano-1)
70,00
70,00
70,00
70,00
70,00
70,00
70,00
70,00
70,00
70,00
70,00
70,00
78,71
78,71
78,71
78,71
78,71
78,71
78,71
78,71
78,71
78,71
78,71
78,71
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Puras Pouco Densas
Mistas Pouco Densas
Puras Pouco Densas
Mistas Pouco Densas
Puras Pouco Densas
Mistas Pouco Densas
Puras
Mistas
Mistas
Puras Pouco Densas
Mistas Pouco Densas
Mistas Pouco Densas
20,0%
15,0%
20,0%
15,0%
20,0%
15,0%
100,0%
75,0%
75,0%
30,0%
22,5%
22,5%
15,74
11,81
15,74
11,81
15,74
11,81
78,71
59,03
59,03
23,61
17,71
17,71
17,00
17,00
17,00
17,00
17,00
17,00
17,00
17,00
19,11
19,11
19,11
19,11
19,11
19,11
19,11
19,11
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Puras Pouco Densas
Puras Pouco Densas
Puras Pouco Densas
Puras
Mistas
Mistas
Puras Pouco Densas
Mistas Pouco Densas
20,0%
20,0%
20,0%
100,0%
75,0%
75,0%
30,0%
22,5%
3,82
3,82
3,82
19,11
14,34
14,34
5,73
4,30
81,00
81,00
81,00
81,00
81,00
81,00
91,07
91,07
91,07
91,07
91,07
91,07
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Puras
Mistas
Mistas
Puras Pouco Densas
Mistas Pouco Densas
Mistas Pouco Densas
100,0%
75,0%
75,0%
30,0%
22,5%
22,5%
91,07
68,31
68,31
27,32
20,49
20,49
156,00
156,00
156,00
156,00
175,40
175,40
175,40
175,40
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Puras
Mistas
Mistas
Puras Pouco Densas
100,0%
75,0%
75,0%
30,0%
175,40
131,55
131,55
52,62
39,00
39,00
39,00
43,85
43,85
43,85
Florestas Puras
Florestas Puras Pouco Densas
Florestas Mistas Pouco Densas
100,0%
30,0%
22,5%
43,85
13,16
9,87
591,00
591,00
591,00
591,00
591,00
664,50
664,50
664,50
664,50
664,50
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
Florestas
100,0%
75,0%
75,0%
30,0%
22,5%
664,50
498,37
498,37
199,35
149,51
Ferramenta Índice Preço Consumidores (INE);
(3)
Puras
Mistas
Mistas
Puras Pouco Densas
Mistas Pouco Densas
ver atribuição conforme descrito no texto
46
TURISMO
Embora se reconheça o potencial de recreio e lazer providenciado pela área de estudo, o
mapeamento e a valorização económica deste serviço não foi possível devido à inexistência de
informação (entenda-se, inexistente no contexto da melhor e mais exaustiva possível pesquisa
realizada) que o permitisse. Por esta mesma razão, contudo, não se integra o serviço de Turismo
na análise conjunta dos serviços.
Não obstante, foi possível com base em estatísticas oficiais e informação recolhida no terreno (nas
entrevistas semi-estruturadas e no workshop participativo) criar evidência do seu potencial valor
económico, apresentada na secção destinada aos resultados.
47
RESULTADOS
Nesta secção apresentam-se os principais resultados da abordagem implementada. Os produtos
cartográficos relativos ao mapeamento do valor económico dos serviços de ecossistema são
apresentados ao longo do texto na forma de figuras e no Anexo Cartográfico A2 que integra o
presente relatório. Sendo que o envolvimento de stakeholders foi um aspecto amplamente
privilegiado apresentam-se de seguida os principais resultados do Workshop participativo e das
Entrevistas semi-estruturadas seguidos da análise da valorização económica de cada um dos
serviços de ecossistema objecto do presente estudo.
ENVOLVIMENTO DE STAKEHOLDERS
WORKSHOP PARTICIPATIVO
O workshop contou com 25 participantes. Estiveram presentes participantes ligados à agricultura
(incluindo representantes de associações e agrupamentos agrícolas e agricultores influentes da
região), representantes do sector do turismo (nomeadamente ligados ao agroturismo, ecoturismo e
enoturismo), representantes de instituições ambientais, representantes de associações e fundações
para o desenvolvimento local, representantes de quatro empresas diferentes (ligadas ao sector das
plantas aromáticas, azeite, água e animação turística respectivamente) e jornalistas da região,
bem como participantes indiferenciados no que respeita a sua actividade, mas caracterizados por
serem jovens dinâmicos e outras personalidades com relevância social local. Em termos
geográficos,
verificou-se
que
os participantes eram
satisfatoriamente
representativos dos
municípios abrangidos pelo PNSSM no workshop, com o município de Arronches a receber menor
representação (apenas um dos participantes era proveniente desse município).
O workshop permitiu que se identificassem os SE que, na perspectiva local, estão associados ao
PNSSM. Os SE de aprovisionamento identificados foram, na sua quase totalidade, serviços
relacionados com nutrição, exceptuando-se a identificação da cortiça (fibra). A água foi um serviço
com relativo destaque no exercício, identificado quer na categoria de aprovisionamento, quer na
categoria de regulação (onde foi identificada como o serviço “disponibilidade da água”). Os SE de
regulação e manutenção foram os mais controversos aquando a sua identificação. Alguns serviços
foram listados em mais do que uma tipologia (Secção CICES) devido à percepção dos participantes
face aos seus benefícios (i.e., beleza natural, listada enquanto serviço cultural e serviço de
regulação, uma vez que foi do entendimento dos participantes referir que a beleza natural era
indicativa do bom funcionamento dos ecossistemas, sendo por isso considerada um serviço de
regulação). Para os SE culturais, verificou-se que houve alguma dificuldade na distinção entre
património histórico e serviços, ainda que os participantes tenham identificado a paisagem e o
turismo como SE culturais. De um modo geral, a paisagem modificada pelo Homem (i.e., paisagem
agrícola e paisagem cultural) e outros elementos fortemente associados ao Homem (gastronomia,
edificado, património imaterial) foram os mais listados na categoria de SE culturais. No que
respeita aos resultados das actividades posteriores à identificação dos SE, estes podem ser
sumarizados em alguns pontos-chave:
48

Na priorização dos SE, os participantes foram capazes de identificar os 5 SE de cada
categoria com maior relevância, através de um sistema de votos. Houve uma maior
unanimidade na priorização dos SE de regulação, ainda que o SE mais votado de cada
categoria tenha recebido sempre uma aprovação superior a 50% (mais de 13 votos).

Na identificação da evolução dos SE priorizados com a criação do PNSSM, os participantes
foram capazes de identificar uma evolução distinta no espaço para alguns serviços,
nomeadamente a disponibilidade e a qualidade da água, a beleza natural, e o mosaico de
paisagem, para os quais os participantes identificaram sinais de melhora ou piora em áreas
distintas do PNSSM.

Na relação entre SE e biodiversidade, os participantes consideraram a biodiversidade como
estando fortemente associada aos SE priorizados relacionados com a água, bem como com
os SE de regulação e culturais na sua generalidade.

Na
identificação
dos
beneficiários,
os participantes
reconheceram
que
os
SE
de
aprovisionamento priorizados apresentavam benefícios à escala local (com excepção da
água, para qual foram identificados beneficiários à escala regional). Para os SE culturais e
de regulação, foram identificados benefícios maioritariamente à escala regional e global,
com algumas excepções (i.e., microclima e agricultura enquanto serviço cultural com
beneficiários à escala local).
ENTREVISTAS SEMI-ESTRUTURADAS
Foi considerado relevante do ponto de vista dos objectivos do presente trabalho envolver
separadamente stakeholders institucionais no processo de identificação da percepção sobre os
serviços de ecossistema providenciados pelo PNSSM. Esta opção resultou no essencial da valia que
representa a integração da visão dos decisores como elemento enquadrador do presente estudo,
trazendo assim a dimensão da gestão do território em áreas classificadas para o contexto da
presente análise.
O conjunto das entrevistas realizadas seguiu um guião semelhante ao utilizado no workshop
participativo.
Decorrente da confidencialidade das entrevistas a sua análise faz-se de forma agregada. Importa
realçar que se verificou um reconhecimento generalizado dos benefícios do PNSSM, muito em
consonância com os resultados do workshop participativo em termos dos benefícios percepcionados
e importância atribuída.
Sendo clara a importância dos benefícios providenciados pelo PNSSM para os interlocutores foi
também evidente que a inclusão desses benefícios nos modelos de economia local é encarada
como um desafio não conseguido. Sobre as razões identificadas importa aqui expressar que nem
todas são apresentadas como decorrentes dos constrangimentos de utilização do território
impostos pela presença do PNSSM.
O conjunto das entrevistas revela que um modelo de desenvolvimento territorial assente na
realidade da existência do PNSSM é visto como possível, e desejável, sendo que o modelo actual
não foi reconhecido como efectivo na geração de riqueza local.
49
VALORIZAÇÃO ECONÓMICA: SERVIÇOS ECOSSISTEMA
EROSÃO EVITADA
Os resultados obtidos são apresentados na forma do mapeamento da dimensão económica do
serviço (Figura 19) seguidos de uma análise ao nível do contributo de cada um dos ecossistemas
no PNSSM, tipificados de acordo com a classificação EUNIS (Tabela 11). A análise do valor deste
serviço por ecossistema31 evidencia, por um lado, a sua variabilidade espacial na área de estudo e,
por outro, evidencia a importância dos matos (F: Heathland, scrub and tundra) e florestas (G:
Woodland, forest and other wooded land) na protecção do solo (erosão evitada).
O valor dos SE por ecossistema (j) é apresentado ao longo desta secção como uma média ponderada pela
∑ 𝑉 ∗𝐴
área (A) (𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑆𝐸𝑗 = 𝑖 𝑖 ), onde 𝑉𝑖 é o valor do serviço em cada polígono i do ecossistema j. Todos os valores
31
𝐴𝑗
são reportados em Euros 2014, conforme descrito nas secções metodológicas correspondentes.
50
Figura 19 Valor Económico estimado da Erosão evitada no PNSSM (Carta 04/10)
51
Tabela 11 Estimativa Valor Económico da Erosão Evitada no PNSSM por Ecossistema
EUNIS ptMAES (Nível 1 e N)
E : Grasslands and lands dominated by forbs, mosses or lichens
E1 : Dry grasslands
E3 : Seasonally wet and wet grasslands
E7.3 : Dehesa
F : Heathland, scrub and tundra
F4.2 : Dry heaths
F5 : Maquis, arborescent matorral and thermo-Mediterranean brushes
F5.2 : Maquis
F5.5 : Thermo-Mediterranean scrub
F6.1 : Western garrigues
FB.4 : Vineyards
G : Woodland, forest and other wooded land
G1 : Broadleaved deciduous woodland
G1.772 : Portuguese [Quercus faginea] forests
G1.7B : [Quercus pyrenaica] woodland
G1.7D : [Castanea sativa] woodland
G1.D1 : [Castanea sativa] plantations
G1.D4 : Fruit orchards
G1.D5 : Other high-stem orchards
G2.112 : Southwestern Iberian [Quercus suber] forests
G2.124 : [Quercus rotundifolia] woodland
G2.81 : [Eucalyptus] plantations
G2.83 : Other evergreen broadleaved tree plantations
G2.91 : [Olea europaea] groves
G3.F2 : Exotic conifer plantations
G3.F22 : Exotic pine plantations
G4.F : Mixed forestry plantations
G5.7 : Coppice and early-stage plantations
G5.8 : Recently felled areas
H : Inland unvegetated or sparsely vegetated habitats
H3 : Inland cliffs, rock pavements and outcrops
H5.3 : Sparsely- or un-vegetated habitats on mineral substrates not resulting from recent ice activity
H5.5 : Burnt areas with very sparse or no vegetation
H5.61 : Unsurfaced pathways
I : Regularly or recently cultivated agricultural, horticultural and domestic habitats
I1 : Arable land and market gardens
I1.22 : Small-scale market gardens and horticulture, including allotments
I1.3 : Arable land with unmixed crops grown by low-intensity agricultural methods
J : Constructed, industrial and other artificial habitats
J2.43 : Greenhouses
X : Habitat complexes
X07 : Intensively-farmed crops interspersed with strips of natural and/or semi-natural vegetation
Valor Económico da Erosão Evitada
Área (ha)
Média (€.ha-1.ano-1)
6870,64
17,15
4352,26
240,48
590,22
203,31
12632,25
141,63
188,26
110,08
635,04
276,01
508,85
916,27
464,33
599,78
414,79
226,37
274,92
36,55
2311,03
820,77
199,02
45,72
3,92
3674,48
977,63
3209,69
33,70
4615,99
24,49
3661,24
1430,30
1923,61
183,26
499,29
481,41
366,38
856,82
522,04
388,65
720,09
316,79
424,37
495,76
384,53
399,07
607,47
740,35
821,34
280,21
421,22
266,12
906,50
38,04
39,55
0,00
0,00
0,00
0,00
82,47
1109,42
3108,77
208,35
421,08
130,93
1,68
0,00
1084,05
109,51
52
SEQUESTRO DE CARBONO
Na Figura 20 é apresentado o mapeamento da dimensão económica do serviço de sequestro de
carbono. Importa salientar que este mapeamento deve ser entendido como o valor do serviço no
ano de 2007 considerando as alterações de uso do solo entre 1990 e 2007 e considerando que
estas ocorreram de igual forma ao longo deste período. A análise do contributo dos diferentes
ecossistemas de acordo com a classificação EUNIS é apresentada na Tabela 1232. Esta análise
evidencia o contributo dos matos (F: Heathland, scrub and tundra) e florestas (G : Woodland,
forest and other wooded land) na formação do valor económico do serviço, sendo nestas áreas
que, em termos médios, o seu valor é mais elevado.
O valor dos SE por ecossistema (j) é apresentado ao longo desta secção como uma média ponderada pela
∑ 𝑉 ∗𝐴
área (A) (𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑆𝐸𝑗 = 𝑖 𝑖 ), onde 𝑉𝑖 é o valor do serviço em cada polígono i do ecossistema j. Todos os valores
32
𝐴𝑗
são reportados em Euros 2014, conforme descrito nas secções metodológicas correspondentes.
53
Figura 20 Valor Económico estimado do Sequestro de Carbono no PNSSM (Carta 05/10)
54
Tabela 12 Estimativa do Valor Económico do Sequestro de Carbono no PNSSM por Ecossistema
EUNIS ptMAES (Nível 1 e N)
E : Grasslands and lands dominated by forbs, mosses or lichens
E1 : Dry grasslands
E3 : Seasonally wet and wet grasslands
E7.3 : Dehesa
F : Heathland, scrub and tundra
F4.2 : Dry heaths
F5 : Maquis, arborescent matorral and thermo-Mediterranean brushes
F5.2 : Maquis
F5.5 : Thermo-Mediterranean scrub
F6.1 : Western garrigues
FB.4 : Vineyards
G : Woodland, forest and other wooded land
G1 : Broadleaved deciduous woodland
G1.772 : Portuguese [Quercus faginea] forests
G1.7B : [Quercus pyrenaica] woodland
G1.7D : [Castanea sativa] woodland
G1.D1 : [Castanea sativa] plantations
G1.D4 : Fruit orchards
G1.D5 : Other high-stem orchards
G2.112 : Southwestern Iberian [Quercus suber] forests
G2.124 : [Quercus rotundifolia] woodland
G2.81 : [Eucalyptus] plantations
G2.83 : Other evergreen broadleaved tree plantations
G2.91 : [Olea europaea] groves
G3.F2 : Exotic conifer plantations
G3.F22 : Exotic pine plantations
G4.F : Mixed forestry plantations
G5.7 : Coppice and early-stage plantations
G5.8 : Recently felled areas
H : Inland unvegetated or sparsely vegetated habitats
H3 : Inland cliffs, rock pavements and outcrops
H5.3 : Sparsely- or un-vegetated habitats on mineral substrates not resulting from recent ice activity
H5.5 : Burnt areas with very sparse or no vegetation
H5.61 : Unsurfaced pathways
I : Regularly or recently cultivated agricultural, horticultural and domestic habitats
I1 : Arable land and market gardens
I1.22 : Small-scale market gardens and horticulture, including allotments
I1.3 : Arable land with unmixed crops grown by low-intensity agricultural methods
J : Constructed, industrial and other artificial habitats
J2.43 : Greenhouses
X : Habitat complexes
X07 : Intensively-farmed crops interspersed with strips of natural and/or semi-natural vegetation
Valor Económico do Sequestro de Carbono
Área (ha)
Média (€.ha-1.ano-1)
6870,63
17,15
4352,26
-72,85
-218,91
2,71
12632,25
141,63
188,26
110,08
635,04
276,01
86,16
42,94
121,60
107,25
44,98
-47,23
274,92
36,55
2311,03
820,77
199,02
45,72
3,92
3674,48
977,63
3209,69
33,70
4615,99
24,49
3661,24
1430,30
1923,61
183,26
161,75
-2,76
53,38
149,18
192,20
-21,77
-4,84
-21,39
-77,24
-50,19
181,47
-49,65
1,72
111,00
75,78
0,15
-59,18
266,12
906,50
38,04
39,55
0,00
0,00
0,00
0,00
82,47
1109,42
3108,77
-5,98
-78,66
-53,78
1,68
0,00
1084,05
-64,24
55
BIODIVERSIDADE
O mapeamento do valor económico da biodiversidade é apresentado na Figura 21 e a análise desta
dimensão da biodiversidade por ecossistema no PNSSM é apresentada na Tabela 1333. Em termos
do seu valor médio, são as pastagens (E: Grasslands and lands dominated by forbs, mosses or
lichens) e as florestas (G: Woodland, forest and other wooded land) os ecossistemas onde o valor
económico da biodiversidade é mais alto.
O valor dos SE por ecossistema (j) é apresentado ao longo desta secção como uma média ponderada pela
∑ 𝑉 ∗𝐴
área (A) (𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑆𝐸𝑗 = 𝑖 𝑖 ), onde 𝑉𝑖 é o valor do serviço em cada polígono i do ecossistema j. Todos os valores
33
𝐴𝑗
são reportados em Euros 2014, conforme descrito nas secções metodológicas correspondentes.
56
Figura 21 Valor Económico estimado da Biodiversidade no PNSSM (Carta 06/10)
57
Tabela 13 Estimativa do Valor Económico da Biodiversidade no PNSSM por Ecossistema
EUNIS ptMAES (Nível 1 e N)
E : Grasslands and lands dominated by forbs, mosses or lichens
E1 : Dry grasslands
E3 : Seasonally wet and wet grasslands
E7.3 : Dehesa
F : Heathland, scrub and tundra
F4.2 : Dry heaths
F5 : Maquis, arborescent matorral and thermo-Mediterranean brushes
F5.2 : Maquis
F5.5 : Thermo-Mediterranean scrub
F6.1 : Western garrigues
FB.4 : Vineyards
G : Woodland, forest and other wooded land
G1 : Broadleaved deciduous woodland
G1.772 : Portuguese [Quercus faginea] forests
G1.7B : [Quercus pyrenaica] woodland
G1.7D : [Castanea sativa] woodland
G1.D1 : [Castanea sativa] plantations
G1.D4 : Fruit orchards
G1.D5 : Other high-stem orchards
G2.112 : Southwestern Iberian [Quercus suber] forests
G2.124 : [Quercus rotundifolia] woodland
G2.81 : [Eucalyptus] plantations
G2.83 : Other evergreen broadleaved tree plantations
G2.91 : [Olea europaea] groves
G3.F2 : Exotic conifer plantations
G3.F22 : Exotic pine plantations
G4.F : Mixed forestry plantations
G5.7 : Coppice and early-stage plantations
G5.8 : Recently felled areas
H : Inland unvegetated or sparsely vegetated habitats
H3 : Inland cliffs, rock pavements and outcrops
H5.3 : Sparsely- or un-vegetated habitats on mineral substrates not resulting from recent ice activity
H5.5 : Burnt areas with very sparse or no vegetation
H5.61 : Unsurfaced pathways
I : Regularly or recently cultivated agricultural, horticultural and domestic habitats
I1 : Arable land and market gardens
I1.22 : Small-scale market gardens and horticulture, including allotments
I1.3 : Arable land with unmixed crops grown by low-intensity agricultural methods
J : Constructed, industrial and other artificial habitats
J2.43 : Greenhouses
X : Habitat complexes
X07 : Intensively-farmed crops interspersed with strips of natural and/or semi-natural vegetation
Valor Económico da Biodiversidade
Média (€.ha-1.ano-1)
Área (ha)
6870,64
17,15
4352,26
0,00
0,00
66,93
12632,25
141,63
188,26
110,08
635,04
276,01
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
274,92
36,55
2311,03
820,77
199,02
45,72
3,92
3674,48
977,63
3209,69
33,70
4615,99
24,49
3661,24
1430,30
1923,61
183,26
73,80
45,00
93,00
93,00
0,00
0,00
0,00
93,00
93,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
8,86
0,00
0,00
266,12
906,50
38,04
39,55
0,00
0,00
0,00
0,00
82,47
1109,42
3108,77
0,00
0,00
0,00
1,68
0,00
1084,05
0,00
58
PRODUÇÃO DE ALIMENTO VEGETAL
A Figura 22 e a Tabela 14 ilustram os principais resultados obtidos, respectivamente o
mapeamento da dimensão económica deste serviço e a sua análise por categoria de ecossistemas
no PNSSM34. A sua análise evidência que ainda que circunscrito no território ,o valor económico
deste serviço é, em termos médios, significativo, variando entre aproximadamente 196 a
2939€.ha-1.ano-1.
O valor dos SE por ecossistema (j) é apresentado ao longo desta secção como uma média ponderada pela
∑ 𝑉 ∗𝐴
área (A) (𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑆𝐸𝑗 = 𝑖 𝑖 ), onde 𝑉𝑖 é o valor do serviço em cada polígono i do ecossistema j. Todos os valores
34
𝐴𝑗
são reportados em Euros 2014, conforme descrito nas secções metodológicas correspondentes.
59
Figura 22 Valor Económico estimado da Produção de Alimento Vegetal no PNSSM (Carta 07/10)
60
Tabela 14 Estimativa do Valor Económico da Produção Vegetal no PNSSM por Ecossistema
EUNIS ptMAES (Nível 1 e N)
E : Grasslands and lands dominated by forbs, mosses or lichens
E1 : Dry grasslands
E3 : Seasonally wet and wet grasslands
E7.3 : Dehesa
F : Heathland, scrub and tundra
F4.2 : Dry heaths
F5 : Maquis, arborescent matorral and thermo-Mediterranean brushes
F5.2 : Maquis
F5.5 : Thermo-Mediterranean scrub
F6.1 : Western garrigues
FB.4 : Vineyards
G : Woodland, forest and other wooded land
G1 : Broadleaved deciduous woodland
G1.772 : Portuguese [Quercus faginea] forests
G1.7B : [Quercus pyrenaica] woodland
G1.7D : [Castanea sativa] woodland
G1.D1 : [Castanea sativa] plantations
G1.D4 : Fruit orchards
G1.D5 : Other high-stem orchards
G2.112 : Southwestern Iberian [Quercus suber] forests
G2.124 : [Quercus rotundifolia] woodland
G2.81 : [Eucalyptus] plantations
G2.83 : Other evergreen broadleaved tree plantations
G2.91 : [Olea europaea] groves
G3.F2 : Exotic conifer plantations
G3.F22 : Exotic pine plantations
G4.F : Mixed forestry plantations
G5.7 : Coppice and early-stage plantations
G5.8 : Recently felled areas
H : Inland unvegetated or sparsely vegetated habitats
H3 : Inland cliffs, rock pavements and outcrops
H5.3 : Sparsely- or un-vegetated habitats on mineral substrates not resulting from recent ice activity
H5.5 : Burnt areas with very sparse or no vegetation
H5.61 : Unsurfaced pathways
I : Regularly or recently cultivated agricultural, horticultural and domestic habitats
I1 : Arable land and market gardens
I1.22 : Small-scale market gardens and horticulture, including allotments
I1.3 : Arable land with unmixed crops grown by low-intensity agricultural methods
J : Constructed, industrial and other artificial habitats
J2.43 : Greenhouses
X : Habitat complexes
X07 : Intensively-farmed crops interspersed with strips of natural and/or semi-natural vegetation
Valor Económico da Produção de Alimento Vegetal
Área (ha)
Média (€.ha-1.ano-1)
6870,64
17,15
4352,26
0,00
0,00
0,00
12632,25
141,63
188,26
110,08
635,04
276,01
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
2939,49
274,92
36,55
2311,03
820,77
199,02
45,72
3,92
3674,48
977,63
3209,69
33,70
4615,99
24,49
3661,24
1430,30
1923,61
183,26
0,00
0,00
0,00
0,00
1038,55
2047,61
1669,72
0,00
0,00
0,00
0,00
585,03
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
266,12
906,50
38,04
39,55
0,00
0,00
0,00
0,00
82,47
1109,42
3108,77
914,27
0,00
196,62
1,68
0,00
1084,05
0,00
61
PRODUÇÃO ANIMAL EXTENSIVA
Na Figura 23 e na Tabela 15 apresentam-se os principais resultados obtidos, respectivamente o
mapeamento da dimensão económica da produção animal, medida com base na MBP das
pastagens, e a sua análise por categoria de ecossistemas no PNSSM 35. A sua análise evidencia que
apenas as pastagens (E: Grasslands and lands dominated by forbs, mosses or lichens) têm
associado valor económico, como decorre do procedimento adoptado e da natureza do serviço.
O valor dos SE por ecossistema (j) é apresentado ao longo desta secção como uma média ponderada pela
∑ 𝑉 ∗𝐴
área (A) (𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑆𝐸𝑗 = 𝑖 𝑖 ), onde 𝑉𝑖 é o valor do serviço em cada polígono i do ecossistema j. Todos os valores
35
𝐴𝑗
são reportados em Euros 2014, conforme descrito nas secções metodológicas correspondentes.
62
Figura 23 Valor Económico estimado da Produção Animal no PNSSM (Carta 08/10)
63
Tabela 15 Estimativa do Valor Económico da Produção Animal no PNSSM por ecossistema
EUNIS ptMAES (Nível 1 e N)
E : Grasslands and lands dominated by forbs, mosses or lichens
E1 : Dry grasslands
E3 : Seasonally wet and wet grasslands
E7.3 : Dehesa
F : Heathland, scrub and tundra
F4.2 : Dry heaths
F5 : Maquis, arborescent matorral and thermo-Mediterranean brushes
F5.2 : Maquis
F5.5 : Thermo-Mediterranean scrub
F6.1 : Western garrigues
FB.4 : Vineyards
G : Woodland, forest and other wooded land
G1 : Broadleaved deciduous woodland
G1.772 : Portuguese [Quercus faginea] forests
G1.7B : [Quercus pyrenaica] woodland
G1.7D : [Castanea sativa] woodland
G1.D1 : [Castanea sativa] plantations
G1.D4 : Fruit orchards
G1.D5 : Other high-stem orchards
G2.112 : Southwestern Iberian [Quercus suber] forests
G2.124 : [Quercus rotundifolia] woodland
G2.81 : [Eucalyptus] plantations
G2.83 : Other evergreen broadleaved tree plantations
G2.91 : [Olea europaea] groves
G3.F2 : Exotic conifer plantations
G3.F22 : Exotic pine plantations
G4.F : Mixed forestry plantations
G5.7 : Coppice and early-stage plantations
G5.8 : Recently felled areas
H : Inland unvegetated or sparsely vegetated habitats
H3 : Inland cliffs, rock pavements and outcrops
H5.3 : Sparsely- or un-vegetated habitats on mineral substrates not resulting from recent ice activity
H5.5 : Burnt areas with very sparse or no vegetation
H5.61 : Unsurfaced pathways
I : Regularly or recently cultivated agricultural, horticultural and domestic habitats
I1 : Arable land and market gardens
I1.22 : Small-scale market gardens and horticulture, including allotments
I1.3 : Arable land with unmixed crops grown by low-intensity agricultural methods
J : Constructed, industrial and other artificial habitats
J2.43 : Greenhouses
X : Habitat complexes
X07 : Intensively-farmed crops interspersed with strips of natural and/or semi-natural vegetation
Valor Económico do Suporte à Produção Animal
Área (ha)
Média (€.ha-1.ano-1)
6870,64
17,15
4352,26
161,54
123,00
155,11
12632,25
141,63
188,26
110,08
635,04
276,01
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
274,92
36,55
2311,03
820,77
199,02
45,72
3,92
3674,48
977,63
3209,69
33,70
4615,99
24,49
3661,24
1430,30
1923,61
183,26
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
266,12
906,50
38,04
39,55
0,00
0,00
0,00
0,00
82,47
1109,42
3108,77
0,00
0,00
0,00
1,68
0,00
1084,05
0,00
64
PRODUÇÃO DE FIBRA
Na Figura 24 é apresentado o mapeamento da dimensão económica do serviço de produção de
fibra. A análise do contributo dos diferentes ecossistemas de acordo com a classificação EUNIS é
apresentada na Tabela 1636. Esta análise evidencia naturalmente o valor do território florestal (G:
Woodland, forest and other wooded land), destacando-se o pinheiro bravo em termos médios.
O valor dos SE por ecossistema (j) é apresentado ao longo desta secção como uma média ponderada pela
∑ 𝑉 ∗𝐴
área (A) (𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑆𝐸𝑗 = 𝑖 𝑖 ), onde 𝑉𝑖 é o valor do serviço em cada polígono i do ecossistema j. Todos os valores
36
𝐴𝑗
são reportados em Euros 2014, conforme descrito nas secções metodológicas correspondentes.
65
Figura 24 Valor Económico estimado da Produção de Fibra no PNSSM (Carta 09/10)
66
Tabela 16 Estimativa do Valor Económico da Produção de Fibra no PNSSM por ecossistema
EUNIS ptMAES (Nível 1 e N)
E : Grasslands and lands dominated by forbs, mosses or lichens
E1 : Dry grasslands
E3 : Seasonally wet and wet grasslands
E7.3 : Dehesa
F : Heathland, scrub and tundra
F4.2 : Dry heaths
F5 : Maquis, arborescent matorral and thermo-Mediterranean brushes
F5.2 : Maquis
F5.5 : Thermo-Mediterranean scrub
F6.1 : Western garrigues
FB.4 : Vineyards
G : Woodland, forest and other wooded land
G1 : Broadleaved deciduous woodland
G1.772 : Portuguese [Quercus faginea] forests
G1.7B : [Quercus pyrenaica] woodland
G1.7D : [Castanea sativa] woodland
G1.D1 : [Castanea sativa] plantations
G1.D4 : Fruit orchards
G1.D5 : Other high-stem orchards
G2.112 : Southwestern Iberian [Quercus suber] forests
G2.124 : [Quercus rotundifolia] woodland
G2.81 : [Eucalyptus] plantations
G2.83 : Other evergreen broadleaved tree plantations
G2.91 : [Olea europaea] groves
G3.F2 : Exotic conifer plantations
G3.F22 : Exotic pine plantations
G4.F : Mixed forestry plantations
G5.7 : Coppice and early-stage plantations
G5.8 : Recently felled areas
H : Inland unvegetated or sparsely vegetated habitats
H3 : Inland cliffs, rock pavements and outcrops
H5.3 : Sparsely- or un-vegetated habitats on mineral substrates not resulting from recent ice activity
H5.5 : Burnt areas with very sparse or no vegetation
H5.61 : Unsurfaced pathways
I : Regularly or recently cultivated agricultural, horticultural and domestic habitats
I1 : Arable land and market gardens
I1.22 : Small-scale market gardens and horticulture, including allotments
I1.3 : Arable land with unmixed crops grown by low-intensity agricultural methods
J : Constructed, industrial and other artificial habitats
J2.43 : Greenhouses
X : Habitat complexes
X07 : Intensively-farmed crops interspersed with strips of natural and/or semi-natural vegetation
(1)
Valor Económico da Produção de Fibra
Área (ha)
Média (€/ha/ano)
6870,64
17,15
4352,26
0,00
0,00
9,50
12632,25
141,63
188,26
110,08
635,04
276,01
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
274,92
36,55
2311,03
820,77
199,02
45,72
3,92
3674,48
977,63
3209,69
33,70
4615,99
24,49
3661,24
1430,30
1923,61
183,26
0,00 (1)
15,62
13,30
77,05
0,00
0,00
0,00
64,49
0,00
123,28
0,00
0,00
56,49
595,60
277,67
0,00
0,00
266,12
906,50
38,04
39,55
0,00
0,00
0,00
0,00
82,47
1109,42
3108,77
0,00
0,00
0,00
1,68
0,00
1084,05
0,00
Ver nota de rodapé 30
67
TURISMO
O turismo enquanto serviço de ecossistema é caracterizado pela sua associação aos valores
paisagísticos e de conservação da natureza, traduzindo-se por isso nos benefícios derivados da
interação física e in-situ entre o Homem e o meio ambiente, num contexto de lazer e recreio. Para
a região em estudo, entende-se que este tipo de turismo está fortemente associado ao Turismo no
Espaço Rural (TER), que contempla um “turismo situado em espaços rurais (...) com ligação
tradicional e significativa à agricultura ou ambiente e paisagem de caráter vincadamente rural”37.
Em termos estatísticos, é possível encontrar-se informação que suporta a relevância do TER na
região NUTS II Alentejo, nomeadamente em relação ao contexto nacional (Tabela 17, Fonte
INE). Considerando os indicadores nº de hóspedes e nº de dormidas38, verifica-se que cerca de
30% da actividade hoteleira no Alentejo é caracterizada por Turismo no Espaço Rural, enquanto,
para Portugal Continental, o TER apenas representa cerca de 4% do turismo na sua totalidade.
Tabela 17 Dormidas e Hóspedes Portugal Continental e NUTS II Alentejo, 2013
Localização
Geográfica
Indicador
TER
Turismo total
% TER em relação
ao Turismo total
Portugal
Continental
Nº de Dormidas
1 253 000
34 497 000
4%
Nº de Hóspedes
538 000
14 372 000
4%
Alentejo
(NUTS II)
Nº de Dormidas
348 000
1 113 000
31%
Nº de Hóspedes
164 000
635 000
26%
É frequente encontrar-se na literatura referência à paisagem e à natureza associada ao turismo no
Alentejo. Por exemplo, os resultados de um inquérito realizado em 2011 e 2012 mostram que a
maioria dos inqueridos considerou o atributo “paisagem e natureza” como o mais importante na
escolha do Alentejo enquanto destino turístico39. Ainda que os dados estatísticos disponíveis
apenas permitam uma análise do TER ao nível do Alentejo (NUTS II), é expectável que a relevância
deste tipo de turismo na região do Parque Natural da Serra de São Mamede seja elevada, facto que
foi corroborado nos resultados das entrevistas pessoais e do workshop participativo organizados no
âmbito do presente estudo.
A título de exemplo, dos 33 estabelecimentos hoteleiros oficialmente listados no município de
Marvão40, 17 são classificados como TER (1 parque de campismo rural, 1 agroturismo, 14 casas de
campo e 1 eco-chalé). Ainda, é possível encontrar na literatura um conjunto de outros indicadores
que reflectem o potencial da região do PNSSM para a prática do TER e do turismo associado à
natureza na sua generalidade, como sejam a existência de oito percursos pedestres (que perfazem
uma extensão total de 76 km), percursos para bicicleta todo-terreno (BTT), paredes equipadas e
autorizadas à prática de escalada, e ainda percursos especializados para observação de aves.
http://www.dgadr.mamaot.pt/diversificacao/turismo-rural/caracteristicas-do-turismo-no-espaco-rural
Nº de Dormidas = permanência de um indivíduo num estabelecimento que fornece alojamento, por um
período compreendido entre as 12 horas de um dia e as 12 horas do dia seguinte
39
Observatório Turístico do Alentejo (2012). Caraceterização da Procura Turística do Alentejo. Relatório
elaborado no âmbito da iniciativa INAlentejo 2007-2013. Cestur, Centro de Estudos do Turismo, Eshte,
Universidade de Évora, Insituto Politécnico de Portalegre, Instituto Politécnico de Beja, e Turismo do AlentejoERT.
40
Conforme
constante
no
site
oficial
da
Câmara
Municipal
de
Marvão
(http://www.cmmarvao.pt/pt/alojamento/alojamento-no-concelho).
37
38
68
A informação estatística disponível para a concretização da avaliação do potencial turístico (com
base em dados da hotelaria) nos municípios que integram o PNSSM está caracterizada nos
seguintes gráficos (Figura 25, Figura 26 e Figura 27, Fonte INE).
5
Nº de Estabelecimentos
4
Pousadas
3
Pensões
Hotéis
2
1
0
Arronches
Castelo de Vide
Marvão
Portalegre
Figura 25 Nº de estabelecimentos/Tipo hoteleiro por município, 2013
Proveitos (milhares de €)
1500
1200
Proveitos
de
Aposentos
900
600
Proveitos
Totais
300
NA
0
Arronches
Castelo de Vide
Marvão
Portalegre
Figura 26 Proveitos Totais e de Aposentos por município, 2013 41
41
Proveitos de Aposentos são os valores cobrados pelas dormidas de todos os hóspedes nos meios de
alojamento turístico. Proveitos Totais compreendem todos os proveitos resultantes da actividade do
estabelecimento hoteleiro, que inluem proveitos de aposento, de restauração e outros proveitos decorrentes da
própria actividade (ex.: aluguer de salas, lavandaria, tabacaria, telefone, etc.). Informação para o município de
Arronches não disponível (NA) devido ao desfasamento temporal existente entre a recolha dos dados de
capacidade de alojamento e dos dados de permanência nos estabelecimentos hoteleiros.
69
24000
Nº de Hospedes
18000
12000
6000
NA
0
Arronches
Castelo de Vide
Marvão
Portalegre
Figura 27 Nº de hóspedes nos estabelecimentos hoteleiros por município, 2013 42
Em termos gerais, as estatísticas apontam para uma actividade hoteleira menos intensa em
Portalegre, em comparação com os municípios de Castelo de Vide e Marvão. Sendo Portalegre a
capital do distrito, as estatísticas sugerem que a actividade hoteleira desenvolvida na região não
parece ser determinada por um turismo associado ao espaço urbano ou um turismo de negócios.
Em concordância com os resultados do exercício de envolvimento de stakeholders, os resultados
aqui apresentados evidenciam o potencial turístico da região em estudo. Não obstante, não foi
possível para uma quantificação biofísica e respectiva valorização.
O município de Arronches representa um dos casos em que a unidade territorial apresenta valores de
capacidade (nº estabelecimentos) mas não apresenta valores de permanência (nº hóspedes e proveitos).
42
70
VALORIZAÇÃO ECONÓMICA: ANÁLISE CONJUNTA
Na Figura 28 e na Tabela 18 apresentam-se as estimativas de valor económico que representam a
soma do valor dos diferentes serviços na área do PNSSM.
Para facilitar a interpretação dos resultados, na Tabela 18, os mesmos são apresentados ao nível
mais agregado dos ecossistemas EUNISptMAES (N1). A análise conjunta indica que o valor global
anual do PNSSM é de aproximadamente 33 M€, sendo que os ecossistemas florestais e os matos
são os que mais contribuem para a formação deste valor.
Em termos de serviços de ecossistemas, é possível verificar que o serviço de protecção do solo
(erosão evitada) é o que apresenta o valor mais elevado (cerca de 66% do valor total anual do
PNSSM).
A interpretação destes resultados deve ser enquadrada com o conjunto de pressupostos e opções
metodológicas adoptados para o presente trabalho. Por exemplo, embora se tenha reconhecido que
o PNSSM providencia o serviço de Turismo, o seu valor não foi quantificado (conforme exposto na
secção Turismo) e, portanto, não está reflectido nesta análise conjunta. Mais, importa referir que a
estimativa do valor económico da biodiversidade apresentada é claramente uma subestimativa.
Em termos comparativos, o valor anual do PNSSM representa cerca de 0,3% do PIB (produto
Interno Bruto) da NUTSII Alentejo, com base nas estimativas do INE para o ano de 201343.
43
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=cn_quadros&boui=220644183
71
Figura 28 Valor Económico Estimado para o agregado dos SE no PNSSM (Carta 10/10)
72
Tabela 18 Estimativa do Valor Económico agregado dos SE no PNSSM
Valor Económico dos Ecossistemas (€.ano-1)
EUNIS ptMAES
Área (ha)
Erosão Evitada
Sequestro
Carbono
Biodiversidade
Produção
Alimento
Vegetal
Produção
Animal
Extensiva
Produção de
Fibra
Total
E : Grasslands and lands
dominated by forbs, mosses
or lichens
11.215,85
2.547.279,68
-492.521,80
291.285,99
0,00
1.787.077,91
41.333,34
4.174.455,13
F : Heathland, scrub and
tundra
13.958,82
7.037.021,66
1.144.729,23
0,00
811.332,24
0,00
0,00
8.993.083,13
G : Woodland, forest and
other wooded land
23.379,62
11.370.970,21
293.362,40
758.506,59
3.007.337,51
0,00
3.306.398,55
18.736.575,26
H : Inland unvegetated or
sparsely vegetated habitats
1.247,03
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
I : Regularly or recently
cultivated agricultural,
horticultural and domestic
habitats
4.285,25
891.368,07
-254.940,08
0,00
686.658,07
0,00
0,00
1.323.086,05
1,68
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1.081,73
118.710,98
-69.636,86
0,00
0,00
0,00
0,00
49.074,12
55.169,97
21.965.350,59
620.992,90
1.049.792,58
4.505.327,82
1.787.077,91
3.347.731,89
33.276.273,69
J : Constructed, industrial and
other artificial habitats
X : Habitat complexes
Total
73
CONCLUSÕES
O presente trabalho visou a valorização económica dos serviços de ecossistema providenciados
pela área definida pelo PNSSM. O contexto do presente trabalho é o de um estudo piloto, sendo
essa condição determinante das opções metodológicas tomadas. Não obstante importa realçar que
esse critério limitou, no essencial, a produção de informação primária e não a utilidade dos
resultados.
Com base na informação disponível aplicou-se um conjunto vasto de métodos de valorização
económica e procedeu-se ao mapeamento do valor económico, tomando o uso e ocupação do solo
e ocupação do solo como atributo geográfico.
Ainda que sujeito aos constrangimentos acima descritos, o presente trabalho constitui o primeiro
Estudo da Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB) realizado em Portugal e,
nomeadamente, o primeiro estudo dirigido a uma área classificada.
Num contexto de um estudo mais alargado, outros métodos, uns mais exigentes em recursos do
que outros, poderiam ter sido aplicados. Importa no entanto realçar que este estudo se baseou em
grande extensão em informação residente ou utilizada na administração pública para efeitos de
política pública.
74
ANEXO I
75
EUNIS ptMAES no PNSSM
COS07N5 no PNSSM
2.3.1.01.1
2.4.1.03.1
E1 : Dry grasslands
2.4.1.03.2
2.4.1.03.3
3.2.1.01.1
E3 : Seasonally wet and wet grasslands
3.2.1.01.1
2.4.4.01.1
2.4.4.01.2
2.4.4.01.3
2.4.4.01.5
2.4.4.01.6
2.4.4.02.6
2.4.4.03.1
2.4.4.03.2
E7.3 : Dehesa
2.4.4.03.3
2.4.4.03.4
2.4.4.03.5
2.4.4.03.6
2.4.4.04.1
2.4.4.04.3
2.4.4.04.4
2.4.4.04.5
2.4.4.04.6
3.2.2.01.1
F4.2 : Dry heaths
3.2.2.02.1
F5 : Maquis, arborescent matorral and thermo- 3.2.3.01.1
Mediterranean brushes
3.2.3.02.1
3.2.3.01.1
F5.2 : Maquis
3.2.3.02.1
3.2.3.01.1
F5.5 : Thermo-Mediterranean scrub
3.2.3.02.1
3.2.2.01.1
F6.1 : Western garrigues
3.2.2.02.1
2.2.1.01.1
FB.4 : Vineyards
2.2.1.03.1
3.1.1.01.7
3.1.1.02.7
G1 : Broadleaved deciduous woodland
3.2.4.01.7
3.2.4.02.7
3.1.1.01.3
3.1.1.02.3
G1.772 : Portuguese [Quercus faginea] forests
3.2.4.01.3
3.2.4.02.3
3.1.1.01.3
3.1.1.02.3
G1.7B : [Quercus pyrenaica] woodland
3.2.4.01.3
3.2.4.02.3
Pastagens permanentes
Pastagens associadas a vinha
Pastagens associadas a pomar
Pastagens associadas a olival
Vegetação herbácea natural
Vegetação herbácea natural
SAF de sobreiro com culturas temporárias de sequeiro
SAF de azinheira com culturas temporárias de sequeiro
SAF de outros carvalhos com culturas temporárias de sequeiro
SAF de sobreiro com azinheira e com culturas temporárias de sequeiro
SAF de outras misturas com culturas temporárias de sequeiro
SAF de outras misturas com culturas temporárias de regadio
SAF de sobreiro com pastagens
SAF de azinheira com pastagens
SAF de outros carvalhos com pastagens
SAF de outras espécies com pastagens
SAF de sobreiro com azinheira com pastagens
SAF de outras misturas com pastagens
SAF de sobreiro com culturas permanentes
SAF de outros carvalhos com culturas permanentes
SAF de outras espécies com culturas permanentes
SAF de sobreiro com azinheira com culturas permanentes
SAF de outras misturas com culturas permanentes
Matos densos
Matos pouco densos
Vegetação esclerófita densa
Vegetação esclerófita pouco densa
Vegetação esclerófita densa
Vegetação esclerófita pouco densa
Vegetação esclerófita densa
Vegetação esclerófita pouco densa
Matos densos
Matos pouco densos
Vinhas
Vinhas com olival
Florestas de outras folhosas
Florestas de outra folhosa com folhosas
Florestas abertas de outras folhosas
Florestas abertas de outra folhosa com folhosas
Florestas de outros carvalhos
Florestas de outros carvalhos com folhosas
Florestas abertas de outros carvalhos
Florestas abertas de outros carvalhos com folhosas
Florestas de outros carvalhos
Florestas de outros carvalhos com folhosas
Florestas abertas de outros carvalhos
Florestas abertas de outros carvalhos com folhosas
Metodologia de Correspondência às Classes
COS07N5
Prados herbáceos
Prados herbáceos
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Florestas,
VNP
Florestas,
VNP
Florestas,
VNP
Florestas,
VNP
Florestas,
VNP
matagais e matos autóctones com base em
matagais e matos autóctones com base em
matagais e matos autóctones com base em
matagais e matos autóctones com base em
matagais e matos autóctones com base em
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Florestas, matagais e matos autóctones com base em
VNP
Florestas, matagais e matos autóctones com base em
VNP
76
EUNIS ptMAES no PNSSM
G1.7D : [Castanea sativa] woodland
G1.D1 : [Castanea sativa] plantations
G1.D4 : Fruit orchards
G1.D4 : Fruit orchards
G1.D5 : Other high-stem orchards
G2.112 : Southwestern Iberian [Quercus
suber] forests
G2.124 : [Quercus rotundifolia] woodland
G2.81 : [Eucalyptus] plantations
G2.83 : Other evergreen broadleaved tree
plantations
G2.91 : [Olea europaea] groves
G3.F2 : Exotic conifer plantations
G4.F : Mixed forestry plantations
G5.7 : Coppice and early-stage plantations
COS07N5 no PNSSM
3.1.1.01.4
3.1.1.02.4
3.2.4.01.4
3.2.4.02.4
2.2.2.01.3
2.2.2.03.3
2.2.2.01.1
2.2.2.03.1
2.2.2.01.6
2.2.2.03.6
3.1.1.01.1
3.1.1.02.1
3.2.4.01.1
3.2.4.02.1
3.1.1.01.2
3.1.1.02.2
3.2.4.01.2
3.2.4.02.2
3.1.1.01.5
3.1.1.02.5
3.2.4.01.5
3.1.1.01.6
3.1.1.02.6
2.2.3.01.1
2.2.3.02.1
2.2.3.03.1
3.1.2.02.1
3.1.2.02.3
3.1.2.01.1
3.1.2.01.2
3.2.4.03.1
3.2.4.03.2
3.1.3.01.1
3.1.3.01.2
3.1.3.01.3
3.1.3.01.4
3.1.3.01.5
3.1.3.01.8
3.1.3.02.1
3.1.3.02.4
3.2.4.05.1
3.2.4.05.4
3.2.4.05.8
3.2.4.06.1
3.2.4.06.2
3.2.4.06.4
3.2.4.08.2
Florestas de castanheiro
Florestas de castanheiro com folhosas
Florestas abertas de castanheiro
Florestas abertas de castanheiro com folhosas
Pomares de castanheiro
Pomares de castanheiro com olival
Pomares de frutos frescos
Pomares de frutos frescos com olival
Outros pomares
Outros pomares com olival
Florestas de sobreiro
Florestas de sobreiro com folhosas
Florestas abertas de sobreiro
Florestas abertas de sobreiro com folhosas
Florestas de azinheira
Florestas de azinheira com folhosas
Florestas abertas de azinheira
Florestas abertas de azinheira com folhosas
Florestas de eucalipto
Florestas de eucalipto com folhosas
Florestas abertas de eucalipto
Florestas de espécies invasoras
Florestas de espécies invasoras com folhosas
Olivais
Olivais com vinha
Olivais com pomar
Florestas de pinheiro bravo com resinosas
Florestas de outra resinosa com resinosas
Florestas de pinheiro bravo
Florestas de pinheiro manso
Florestas abertas de pinheiro bravo
Florestas abertas de pinheiro manso
Florestas de sobreiro com resinosas
Florestas de azinheira com resinosas
Florestas de outros carvalhos com resinosas
Florestas de castanheiro com resinosas
Florestas de eucalipto com resinosas
Florestas de misturas de folhosas com resinosas
Florestas de pinheiro bravo com folhosas
Florestas de misturas de resinosas com folhosas
Florestas abertas de sobreiro com resinosas
Florestas abertas de castanheiro com resinosas
Florestas abertas de misturas de folhosas com resinosas
Florestas abertas de pinheiro bravo com folhosas
Florestas abertas de pinheiro manso com folhosas
Florestas abertas de misturas de resinosas com folhosas
Novas plantações
Metodologia de Correspondência às Classes
COS07N5
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Habitats de pinhal com base em geologia
Habitats de pinhal com base em geologia
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Habitats de pinhal com base em geologia
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Habitats de pinhal com base em geologia
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Habitats de pinhal com base em geologia
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
77
EUNIS ptMAES no PNSSM
COS07N5 no PNSSM
G5.8 : Recently felled areas
H3 : Inland cliffs, rock pavements and
outcrops
H5.3 : Sparsely- or un-vegetated habitats on
mineral substrates not resulting from recent
ice activity
H5.5 : Burnt areas with very sparse or no
vegetation
H5.61 : Unsurfaced pathways
I1 : Arable land and market gardens
I1.22 : Small-scale market gardens and
horticulture, including allotments
3.2.4.08.1 Cortes rasos
Metodologia de Correspondência às Classes
COS07N5
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
3.3.2.01.1 Rocha nua
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
3.3.3.01.1 Vegetação esparsa
Distância à linha de costa
3.3.4.01.1 Áreas ardidas
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
3.2.4.10.1 Aceiros e/ou corta-fogos
2.1.2.01.1 Culturas temporárias de regadio
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
2.4.2.01.1 Sistemas culturais e parcelares complexos
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
I1.3 : Arable land with unmixed crops grown
by low-intensity agricultural methods
J2.43 : Greenhouses
X07 : Intensively-farmed crops interspersed
with strips of natural and/or semi-natural
vegetation
2.1.1.01.1
2.4.1.01.1
2.4.1.01.2
2.4.1.01.3
2.1.1.02.1
Culturas temporárias
Culturas temporárias
Culturas temporárias
Culturas temporárias
Estufas e Viveiros
de
de
de
de
sequeiro
sequeiro associadas a vinha
sequeiro associadas a pomar
sequeiro associadas a olival
2.4.3.01.1 Agricultura com espaços naturais e semi-naturais
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
Relação unívoca CO07N5 - EUNIS
78
ANEXO II
PEÇAS CARTOGRÁFICAS (A2)
79
83 813
84 298
284 298
484 298
70 771
-129 229
E
-129 229
70 771
270 771
-115 702
270 771
-315 702
-329 229
0
S
Legenda:
284 298
484 298
-22 583
-22 583
(EUNIS nível N e percentagem de ocupação no PNSSM)
E1 : Dry grasslands (12%)
E3 : Seasonally wet and wet grasslands (0,03%)
E7.3 : Dehesa (8%)
F4.2 : Dry heaths (23%)
F5 : Maquis, arborescent matorral and thermo-Mediterranean brushes (0,25%)
F5.2 : Maquis (0,34%)
F5.5 : Thermo-Mediterranean scrub (0,20%)
F6.1 : Western garrigues (1%)
FB.4 : Vineyards (0,49%)
G1 : Broadleaved deciduous woodland (0,49%)
G1.772 : Portuguese [Quercus faginea] forests (0,07%)
G1.7B : [Quercus pyrenaica] woodland (4%)
G1.7D : [Castanea sativa] woodland (1%)
G1.D1 : [Castanea sativa] plantations (0,36%)
G1.D4 : Fruit orchards (0,08%)
G1.D5 : Other high-stem orchards (0,01%)
G2.112 : Southwestern Iberian [Quercus suber] forests (7%)
G2.124 : [Quercus rotundifolia] woodland (2%)
G2.81 : [Eucalyptus] plantations (6%)
G2.83 : Other evergreen broadleaved tree plantations (0,06%)
G2.91 : [Olea europaea] groves (8%)
G3.F2 : Exotic conifer plantations (0,04%)
G3.F22 : Exotic pine plantations (7%)
G4.F : Mixed forestry plantations (3%)
G5.7 : Coppice and early-stage plantations (3%)
G5.8 : Recently felled areas (0,33%)
H3 : Inland cliffs, rock pavements and outcrops (0,48%)
H5.3 : Sparsely- or un-vegetated habitats on mineral substrates not resulting from recent ice activity (2%)
H5.5 : Burnt areas with very sparse or no vegetation (0,07%)
H5.61 : Unsurfaced pathways (0,07%)
I1 : Arable land and market gardens (0,15%)
I1.22 : Small-scale market gardens and horticulture, including allotments (2%)
I1.3 : Arable land with unmixed crops grown by low-intensity agricultural methods (6%)
J2.43 : Greenhouses (0,003%)
X07 : Intensively-farmed crops interspersed with strips of natural and/or semi-natural vegetation (2%)
Marvão
A
N
H
-42 583
Portalegre
-42 583
H
!
84 298
Limites Administrativos dos Concelhos
Parque Natural Serra São Mamede
CARTA ECOSSISTEMAS
Castelo de Vide
H
!
-115 702
120 km
H Concelhos
!
P
H
!
-315 702
60
-329 229
63 813
A
promotores
INSTITUTO DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E DAS FLORESTAS (ICNF)
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO
projecto
ESTUDO TEEB - PARQUE NATURAL DE SÃO MAMEDE
local
LISBOA
data
63 813
escala
1:150 000
83 813
-62 583
-62 583
H
!
DEZEMBRO 2014
Arronches
ETRS 1989 Portugal TM06
Projeção:Transverse Mercator
título do desenho
CARTA ECOSSISTEMAS (EUNIS NÍVEL N)
¡
Carta nº
01/10
63 813
83 813
84 298
284 298
484 298
70 771
-129 229
-129 229
70 771
270 771
-115 702
270 771
-315 702
E
-315 702
-115 702
84 298
60
120 km
284 298
484 298
-329 229
-329 229
0
-22 583
-22 583
S
P
H
!
Castelo de Vide
Marvão
A
H
!
N
Legenda:
H
Limites Administrativos dos Concelhos
Parque Natural Serra São Mamede
CARTA ECOSSISTEMAS
-42 583
Portalegre
-42 583
H
!
H Concelhos
!
(EUNIS nível 1 e percentagem de ocupação no PNSSM)
A
E : Grasslands and lands dominated by forbs, mosses or lichens (20%)
F : Heathland, scrub and tundra (25%)
G : Woodland, forest and other wooded land (42%)
H : Inland unvegetated or sparsely vegetated habitats (2%)
I : Regularly or recently cultivated agricultural, horticultural and domestic habitats (8%)
J : Constructed, industrial and other artificial habitats (0,003%)
X : Habitat complexes (2%)
promotores
INSTITUTO DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E DAS FLORESTAS (ICNF)
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO
projecto
ESTUDO TEEB - PARQUE NATURAL DE SÃO MAMEDE
local
LISBOA
data
63 813
escala
1:150 000
83 813
-62 583
-62 583
H
!
DEZEMBRO 2014
Arronches
ETRS 1989 Portugal TM06
Projeção:Transverse Mercator
título do desenho
CARTA EOSSISTEMAS (EUNIS NÍVEL 1)
¡
Carta nº
02/10
63 813
83 813
84 298
284 298
484 298
70 771
-129 229
-129 229
70 771
270 771
-115 702
270 771
-315 702
E
-315 702
-115 702
84 298
60
120 km
284 298
484 298
-329 229
-329 229
0
-22 583
-22 583
S
P
H
!
Castelo de Vide
Marvão
A
H
!
Legenda:
H Concelhos
!
Limites Administrativos dos Concelhos
Parque Natural Serra São Mamede
CARTA ECOSSISTEMAS
N
(EUNIS nível 2 e percentagem de ocupação no PNSSM)
H
-42 583
Portalegre
-42 583
H
!
A
E1 : Dry grasslands (12%)
E3 : Seasonally wet and wet grasslands (0,03%)
E7 : Sparsely wooded grasslands (8%)
F4 : Temperate shrub heathland (23%)
F5 : Maquis, arborescent matorral and thermo-Mediterranean brushes (0,79%)
F6 : Garrigue (1%)
FB : Shrub plantations (0,49%)
G1 : Broadleaved deciduous woodland (7%)
G2 : Broadleaved evergreen woodland (22%)
G3 : Coniferous woodland (7%)
G4 : Mixed deciduous and coniferous woodland (3%)
G5 : Lines of trees, small anthrop. woodlands, recently felled woodland, early-stage woodland and coppice (4%)
H3 : Inland cliffs, rock pavements and outcrops (0,48%)
H5 : Miscellaneous inland habitats with very sparse or no vegetation (2%)
I1 : Arable land and market gardens (8%)
J2 : Low density buildings (0,003%)
X07 : Intensively-farmed crops interspersed with strips of natural and/or semi-natural vegetation (2%)
promotores
INSTITUTO DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E DAS FLORESTAS (ICNF)
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO
projecto
ESTUDO TEEB - PARQUE NATURAL DE SÃO MAMEDE
local
LISBOA
data
63 813
escala
1:150 000
83 813
-62 583
-62 583
H
!
DEZEMBRO 2014
Arronches
ETRS 1989 Portugal TM06
Projeção:Transverse Mercator
título do desenho
CARTA EOSSISTEMAS (EUNIS NÍVEL 2)
¡
Carta nº
03/10
63 813
83 813
84 298
284 298
484 298
70 771
-129 229
-129 229
70 771
270 771
-115 702
270 771
-315 702
E
-315 702
-115 702
84 298
60
120 km
284 298
484 298
-329 229
-329 229
0
-22 583
-22 583
S
P
H
!
Castelo de Vide
Marvão
A
H
!
N
H
H Concelhos
!
-42 583
Portalegre
-42 583
H
!
Legenda:
Limites Administrativos dos Concelhos
Parque Natural Serra São Mamede
Valor Económico da Protecção do Solo
(€/ha/ano)
A
< 100
100 a 500
500 a 1000
1000 a 2000
> 2000
Não analisado
promotores
INSTITUTO DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E DAS FLORESTAS (ICNF)
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO
projecto
ESTUDO TEEB - PARQUE NATURAL DE SÃO MAMEDE
local
LISBOA
data
63 813
escala
1:150 000
83 813
-62 583
-62 583
H
!
DEZEMBRO 2014
Arronches
ETRS 1989 Portugal TM06
Projeção:Transverse Mercator
título do desenho
CARTA VALOR ECONÓMICO DA
PROTECÇÃO DO SOLO
¡
Carta nº
04/10
63 813
83 813
84 298
284 298
484 298
70 771
-129 229
-129 229
70 771
270 771
-115 702
270 771
-315 702
E
-315 702
-115 702
84 298
60
120 km
284 298
484 298
-329 229
-329 229
0
-22 583
-22 583
S
P
H
!
Castelo de Vide
Marvão
A
H
!
N
Legenda:
H Concelhos
!
H
Limites Administrativos dos Concelhos
Parque Natural Serra São Mamede
Valor Económico do Sequestro de Carbono
> 500
200 a 500
100 a 200
0 a 100
-100 a 0
-200 a -100
-500 a -200
< -500
-42 583
-42 583
H
!
(€/ha/ano)
Portalegre
A
promotores
INSTITUTO DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E DAS FLORESTAS (ICNF)
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO
projecto
ESTUDO TEEB - PARQUE NATURAL DE SÃO MAMEDE
local
LISBOA
data
63 813
escala
1:150 000
83 813
-62 583
-62 583
H
!
DEZEMBRO 2014
Arronches
ETRS 1989 Portugal TM06
Projeção:Transverse Mercator
título do desenho
CARTA VALOR ECONÓMICO DO
SEQUESTRO DE CARBONO
¡
Carta nº
05/10
63 813
83 813
84 298
284 298
484 298
70 771
-129 229
-129 229
70 771
270 771
-115 702
270 771
-315 702
E
-315 702
-115 702
84 298
60
120 km
284 298
484 298
-329 229
-329 229
0
-22 583
-22 583
S
P
H
!
Castelo de Vide
Marvão
A
H
!
N
H
H Concelhos
!
-42 583
Portalegre
-42 583
H
!
Legenda:
Limites Administrativos dos Concelhos
Parque Natural Serra São Mamede
Valor Económico da Biodiversidade
A
(€/ha/ano)
0
< 50
50 - 100
> 100
promotores
INSTITUTO DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E DAS FLORESTAS (ICNF)
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO
projecto
ESTUDO TEEB - PARQUE NATURAL DE SÃO MAMEDE
local
LISBOA
data
63 813
escala
1:150 000
83 813
-62 583
-62 583
H
!
DEZEMBRO 2014
Arronches
ETRS 1989 Portugal TM06
Projeção:Transverse Mercator
título do desenho
CARTA VALOR ECONÓMICO DA
BIODIVERSIDADE
¡
Carta nº
06/10
63 813
83 813
84 298
284 298
484 298
70 771
-129 229
-129 229
70 771
270 771
-115 702
270 771
-315 702
E
-315 702
-115 702
84 298
60
120 km
284 298
484 298
-329 229
-329 229
0
-22 583
-22 583
S
P
H
!
Castelo de Vide
Marvão
A
H
!
N
Legenda:
H Concelhos
!
H
(€/ha/ano)
0
205
595
914
1481
1681
2205
2976
-42 583
Portalegre
-42 583
H
!
Limites Administrativos dos Concelhos
Parque Natural Serra São Mamede
Valor Económico da Produção Alimento Vegetal
A
promotores
INSTITUTO DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E DAS FLORESTAS (ICNF)
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO
projecto
ESTUDO TEEB - PARQUE NATURAL DE SÃO MAMEDE
local
LISBOA
data
63 813
escala
1:150 000
83 813
-62 583
-62 583
H
!
DEZEMBRO 2014
Arronches
ETRS 1989 Portugal TM06
Projeção:Transverse Mercator
título do desenho
CARTA VALOR ECONÓMICO DA PRODUÇÃO
DE ALIMENTO VEGETAL
¡
Carta nº
07/10
63 813
83 813
84 298
284 298
484 298
70 771
-129 229
-129 229
70 771
270 771
-115 702
270 771
-315 702
E
-315 702
-115 702
84 298
60
120 km
284 298
484 298
-329 229
-329 229
0
-22 583
-22 583
S
P
H
!
Castelo de Vide
Marvão
A
H
!
N
H
Legenda:
-42 583
H Concelhos
!
-42 583
H
!
Portalegre
A
Limites Administrativos dos Concelhos
Parque Natural Serra São Mamede
Valor Económico da Produção Animal Extensiva
(€/ha/ano)
0
123
191
promotores
INSTITUTO DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E DAS FLORESTAS (ICNF)
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO
projecto
ESTUDO TEEB - PARQUE NATURAL DE SÃO MAMEDE
local
LISBOA
data
63 813
escala
1:150 000
83 813
-62 583
-62 583
H
!
DEZEMBRO 2014
Arronches
ETRS 1989 Portugal TM06
Projeção:Transverse Mercator
título do desenho
CARTA VALOR ECONÓMICO DA PRODUÇÃO
ANIMAL EXTENSIVA
¡
Carta nº
08/10
63 813
83 813
84 298
284 298
484 298
70 771
-129 229
-129 229
70 771
270 771
-115 702
270 771
-315 702
E
-315 702
-115 702
84 298
60
120 km
284 298
484 298
-329 229
-329 229
0
-22 583
-22 583
S
P
H
!
Castelo de Vide
Marvão
A
H
!
N
Legenda:
H Concelhos
!
H
(€/ha/ano)
0
0a5
5 a 10
10 a 50
50 a 70
70 a 100
100 a 200
200 a a 500
> 500
-42 583
Portalegre
-42 583
H
!
Limites Administrativos dos Concelhos
Parque Natural Serra São Mamede
Valor Económico da Produção de Fibra
A
promotores
INSTITUTO DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E DAS FLORESTAS (ICNF)
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO
projecto
ESTUDO TEEB - PARQUE NATURAL DE SÃO MAMEDE
local
LISBOA
data
63 813
escala
1:150 000
83 813
-62 583
-62 583
H
!
DEZEMBRO 2014
Arronches
ETRS 1989 Portugal TM06
Projeção:Transverse Mercator
título do desenho
CARTA VALOR ECONÓMICO DA PRODUÇÃO
DE FIBRA
¡
Carta nº
09/10
63 813
83 813
84 298
284 298
484 298
70 771
-129 229
-129 229
70 771
270 771
-115 702
270 771
-315 702
E
-315 702
-115 702
84 298
60
120 km
284 298
484 298
-329 229
-329 229
0
-22 583
-22 583
S
P
H
!
Castelo de Vide
Marvão
A
H
!
N
Legenda:
H Concelhos
!
Limites Administrativos dos Concelhos
Parque Natural Serra São Mamede
Valor Económico Agregado
(€/ano)
H
< -200
-200 a -100
-100 a 0
0
0 a 100
100 a 200
200 a 500
500 a 800
800 a 1 000
1 000 a 2 000
> 2 000
-42 583
Portalegre
-42 583
H
!
Serviços:
A
. Serviço da protecção do solo
. Serviço do sequestro de carbono
. Serviço do valor da biodiversidade
. Serviço da produção de alimento vegetal
. Serviço da produção de alimento animal extensivo
. Serviço da produção de fibra
promotores
INSTITUTO DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E DAS FLORESTAS (ICNF)
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO
projecto
ESTUDO TEEB - PARQUE NATURAL DE SÃO MAMEDE
local
LISBOA
data
63 813
escala
1:150 000
83 813
-62 583
-62 583
H
!
DEZEMBRO 2014
Arronches
ETRS 1989 Portugal TM06
Projeção:Transverse Mercator
título do desenho
CARTA VALOR ECONÓMICO AGREGADO
DOS SERVIÇOS DE ECOSSISTEMAS
¡
Carta nº
10/10
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