DESENVOLVIMENTO URBANO: MOVIMENTO, TEMPO E ESPAÇO. História 1os anos - Ensino Médio CARTAGO - séculos IV a.C.- I d.C. Prof. Claudio Guimarães Alunos: .Filipe Degrazia .Gabriela Peçanha .Alícia Franz .Amanda Goldman 2013 No início do Império Romano, Cartago era uma grande potência. Devido ao sucesso de suas relações comerciais dominavam o comércio no Mar Mediterrâneo, possuíam riquezas, um poderoso exército e uma frota marinha. Roma e Cartago tinham um relacionamento pacifico, que fora rompido pelo desejo romano de conquistar a Ilha de Sicília. Cartago usufruía dos recursos obtidos com essa ilha, por conta de seus parceiros comerciais e de sua posição estratégica. Em processo de expansão, Roma investiu na conquista da Sicilia, pois a achava uma extensão da Península Itálica (que acabara de conquistar). Iniciou-se então as Guerras Púnicas. Na Primeira Guerra Púnica, Cartago foi derrotada duas vezes. Na Segunda Guerra Púnica, Roma deixou Cartago em situação devastadora. Houve uns anos de paz, até que Roma notou a rápida recuperação de Cartago e resolveu partir para a Terceira Guerra Púnica, na qual os romanos invadiram a cidade já debilitada há tempos para concluir a aniquilação que tanto desejavam. Cartago foi completamente destruída desta vez. A Terceira Guerra Púnica acabou em 146 a.C. com mais uma vitória romana, mas absolutamente devastadora. Os cartagineses eram politeístas, portanto, acreditavam em várias divindades. Destas, podemos destacar: - Tanit (imagem ao lado): deusa representada em numerosas estelas. Tanit parece estar relacionada com a "Grande Mãe", senhora do céu o da terra e dos infernos, adorada pelas populações pré-helênicas do Mar Egeu, das quais os fenícios, como os gregos, haviam recebido o essencial de sua civilização. -Baal Hammom: o grande deus de Cartago, o "Senhor das estrelas". No ritual chamado Moloc, os primogênitos de Cartago, quer do gênero masculino, quer do feminino, eram queimados vivos, por ocasião de um voto individual ou coletivo. -Melkart: a grande divindade protetora. -Outra vida: Cartagineses acreditavam na vida do além-túmulo, mas não se preocupavam com a mesma, como o faziam os antigos egípcios. Segundo sua crença, a outra vida nada mais era do que uma sombra da existência terrena, limitada apenas pelas paredes do sepulcro onde o morto permaneceria. Explica-se, assim, o cuidado de sepultar os mortos em lugares profundos, difíceis de violar e a preocupação de colocar nos sepulcros certos objetos e provisões. - Língua: púnica. Apoiou-se no alfabeto fenício, curioso por não possuir vogais até a dominação romana no Norte da África. -Moeda: Dishekel hispano-cartaginês: na frente temos: Héracles/Melcarte com traços de Amílcar Barca; E no reverso: elefante de guerra (imagem ao lado). -Artes e Arquitetura: Através de escritos antigos, podemos ver que os cartagineses foram grandes construtores. Muralhas poderosas, numerosos templos, edifícios do seis andares, portos protetores eram as principais obras dos arquitetos e engenheiros púnicos. A arte funerária (túmulos e estelas) é nos conhecida pelas escavações arqueológicas. Quanto à escultura, Cartago possuía grande número delas. Essas estátuas, entretanto, ou foram produto do saque de cidades da Sicília ou foram, na maioria, obra de artistas de origem grega, que habitavam a cidade. -População: Aproximadamente meio milhão de habitantes quando Cartago fora refundada por César e Augusto, no século I a.C. - Os sacerdotes (kohanin) gozavam de alto prestígio. Cabia-lhes, por meio dos sacrifícios, assegurar a proteção dos deuses sobre a Cidade-Estado para que a mesma progredisse politica e economicamente. A função sacerdotal era hereditária, formando uma espécie de casta. - Parte da aristocracia cartaginesa era, sem dúvida, formada por ricas e tradicionais famílias oriundas de Tiro, uma rica colônia fenícia. A base do prestigio e poder da aristocracia era a fortuna, provinda primeiramente do comércio marítimo. Detinham poder econômico, político e religioso. - Outras classes que constituíam a sociedade cartaginesa eram os comerciantes e os proletários urbanos; estes trabalhavam nos diversos ramos da indústria. Havia ainda numerosos escravos, na sua maioria de origem africana. -A população de Cartago, além das camadas sociais citadas, estava integrada por grupos de estrangeiros, em geral comerciantes ou soldados mercenários. Eram cultivados cereais, videiras, oliveiras e flores. A fauna era rica: encontravam-se leões, hienas, chacais, girafas, hipopótamos e elefantes. Entre os animais domésticos figuravam o cavalo, o asno, o boi, a cabra o a ovelha. O litoral fornecia, além de pesca abundante, o famoso múrice (ao lado) utilizado para a fabricação de púrpura. A península em que se encontrava a cidade de Cartago fornecia argila com que se fabricavam os objetos de cerâmica, como ânforas, potes, tigelas, bilhas, lâmpadas, etc. A indústria cartaginesa fabricava também objetos do vidros, marfim e osso. Composto pelo senado e dois sufetes (literalmente: "juízes"), que eram eleitos anualmente. Supõe-se que estes sufetes exerciam, simultaneamente, o poder judiciário e executivo, mas não o poder militar, reservado aos chefes eleitos separadamente todos os anos pela assembleia do povo e recrutados entre as grandes famílias da cidade. Aníbal Barca (filho de Amílcar Barca),por exemplo, foi um famoso sufete conhecido como um dos generais mais ativos da Segunda Guerra Púnica (imagem ao lado). O poder dos sufetes era um poder civil de administração pública.