INSTITUTO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Departamento de Engenharia Elétrica Centro Tecnológico UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA RELATÓRIO EXPERIÊNCIA 3 OSCILADOR CONTROLADO POR TENSÃO - VCO Responsável pelos ensaios: Anderson Alves (INEP/EEL – UFSC) Claudenei Simão (INEP/EEL – UFSC) Clóvis Antônio Petry (INEP/EEL – UFSC) Professores Participantes: Prof. Arnaldo José Perin (INEP/EEL – UFSC) Abril/2000 Caixa Postal 5119, CEP: 88.040-970 - Florianópolis - SC Tel. : (048) 331.9204 - Fax: (048) 234.5422 – Internet: www.inep.ufsc.br 2 ÍNDICE 1- Objetivo _____________________________________________________________________ 3 2- Introdução ___________________________________________________________________ 3 3- Circuito _____________________________________________________________________ 3 4- Princípio de Funcionamento ____________________________________________________ 4 6- Diagrama em Blocos___________________________________________________________ 4 7- Função de Transferência _______________________________________________________ 4 8- Equipamentos Utilizados: _______________________________________________________ 5 9- Lista de Componentes Utilizados: ________________________________________________ 5 10- Resultados __________________________________________________________________ 6 10.1 – Comparação entre Resultado Teórico e Prático ______________________________________ 6 10.2 – Formas de Ondas nas saídas dos estágios que compoem o VCO ________________________ 8 10.3 – Formas de Ondas na saída do VCO mostrando a não linearidade do sistema para Vcont maior que 10VDC ___________________________________________________________________ 10 11- Conclusão _________________________________________________________________ 12 12- Bibliografia ________________________________________________________________ 13 3 1- OBJETIVO O objetivo deste trabalho é a montagem e verificação do funcionamento do oscilador controlado por tensão (VCO). Observando a linearidade da freqüência do sinal de saída (fout) com a tensão de entrada (Vcont). 2- INTRODUÇÃO Os osciladores controlados por tensão, são circuitos utilizados como geradores de freqüência em inversores. Estes circuitos tem a vantagem de ter uma relação linear entre tensão de controle (Vcont) e freqüência de saída (fout). Esta característica facilita o uso deste circuito para conversão tensão freqüência em controle de circuitos usados em eletrônica de potência. Neste trabalho apresentar-se-á os resultados teórico e prático da análise de um circuito VCO discreto. 3- CIRCUITO 47 Vout Figura 1 – Circuito VCO. 4 4- PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO O circuito oscilador controlado por tensão é formado por um amplificador de ganho 1 que promove um sinal quadrado em sua saída a partir do sinal de entrada constante (Vcont) e de um circuito de controle formado por um interruptor (JFET). O sinal de saída do amplificador de ganho 1 é aplicado a entrada de um circuito integrador, de forma a se obter na saída deste um sinal em rampa (onda triângular). O sinal de saída do integrador é aplicado a um comparador com histerese fornecendo o sinal de saída Vout que é limitado pela tensão dos diodos zener dispostos na saída da estrutura. O circuito VCO analisado é um circuito discreto que utiliza amplificadores operacionais para montagem dos blocos citados. O diagrama em blocos é visto na Fig. 2. 6- DIAGRAMA EM BLOCOS Figura 2 – Diagrama em Blocos do Circuito VCO. 7- FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA A função de tranferência deste circuito é dada pela seguinte equação: f OUT R8 Vcont 4 R5 R7 C Vout onde: VCONT Tensão de controle de entrada Vout Tensão de saída limitada pelos diodos zener fout freqüência de saída Vout = VDZ+VD ; VDZ tensão no diodo zener e VD tensão direta no diodo zener VD arbitrado = 0,7V Substituindo os valores dos componentes usados na equação da freqüência de saída tem-se: f ou 97,5633 Vcont 5 8- EQUIPAMENTOS UTILIZADOS: Osciloscópio – TEKTRONIX TDS520B (500 MHz); Fonte CC simétrica +/- 18V – 1A; Proto Board. 9- LISTA DE COMPONENTES UTILIZADOS: Tabela 1-Lista de Componentes Descrição Referencia Quantidade Resistor 120k - 5% -1/8W R1 1 Resistor 100k - 5% -1/8W R2, R8 2 Resistor 15k - 5% -1/8W R3, R4 2 Resistor 20k - 5% -1/8W R5, R6 2 Resistor 47k - 5% -1/8W R7 1 Resistor 33k - 5% -1/8W R9 1 Resistor 220 - 5% -1/8W R10 1 Capacitor Poliester Metalizado 47nF C 1 Diodo de Sinal 1n4148 D 1 Diodo Zener 5,1V – ½ W DZ1 , DZ2 2 Amplificador Operacional LF351 U1, U2, U3 3 Transistor JFET BF245 Q1 1 6 10- RESULTADOS 10.1 – COMPARAÇÃO ENTRE RESULTADO TEÓRICO E PRÁTICO Tabela 2-Resultados Teóricos, Práticos e Erro %. Freqüência do Sinal de Saída Tensão de Entrada fout [Hz] Erro % Vin [V] Teórico Prático 0,0 0,00 0,00 0 0,375 36,6 33,00 9,8021 1,0 97,6 87,90 9,9046 1,5 146,3 133,30 8,9138 2,0 195,1 176,68 9,4536 2,5 243,9 222,60 8,7361 3,0 292,7 264,96 9,4741 3,5 341,5 309,02 9,5034 4,0 390,3 348,94 10,5862 4,5 439,0 394,84 10,0663 5,0 487,8 434,00 11,0321 5,5 536,6 476,62 11,1774 6,0 585,4 526,12 10,1233 6,5 634,2 567,36 10,5338 7,0 682,9 608,96 10,8329 7,5 731,7 651,52 10,9610 8,0 780,5 695,12 10,9398 8,5 829,3 737,21 11,1032 9,0 878,1 776,76 11,5377 9,5 926,9 823,20 11,1831 10,0 975,6 841,00 13,7995 10,5 1024,4 867,32 15,3350 11,0 1073,2 869,36 18,9934 11,5 1122,0 863,24 23,0608 12,0 1170,8 855,48 26,9295 7 Resposta do Circuito VCO:Freqüência x Tensão de Entrada 1200 1000 Teórico 800 f[Hz] Prático 600 400 200 0 0 2 4 6 Vin [V] 8 10 12 Figura 3 – Curva de freqüência de saída (fout) x Tensão de entrada (Vcont). Resposta do Circuito VCO:Erro% x Tensão de Entrada 28 26 24 22 Erro[%] 20 18 16 14 12 10 8 0 2 4 6 Vin [V] 8 10 12 Figura 4 – Curva do Erro em % entre a freqüência teórica e prática. 8 10.2 – FORMAS DE ONDAS NAS SAÍDAS DOS ESTÁGIOS QUE COMPOEM O VCO Nas figuras 5 e 6 tem-se as formas de onda na saída do amplificador de ganho 1, na saída do integrador e na saída do comparador com histerese para uma tensão de controle de 5VDC. Vcont V1 Figura 5 – Sinal de entrada (Vcont) e Sinal de saída do amplificador de ganho 1 (V1). V2 Vout Figura 6 – Sinal de saída do integrador (V2) e Sinal de saída do comparador com histerese (Vout), para Vcont igual a 5V. 9 Nas figuras 7 e 8 tem-se as formas de onda na saída do amplificador de ganho 1, na saída do integrador e na saída do comparador com histerese para uma tensão de controle de 13VDC. Para este valor de tensão de controle já se tem a não linearidade da resposta do sistema. Pode-se observar que o tempo em nível baixo é diferente do tempo em nível alto (Razão cíclica). Vcont V1 Figura 7 – Sinal de entrada (Vcont) e Sinal de saída do amplificador de ganho 1 (V1). V2 Vout Figura 8 – Sinal de saída do integrador (V2) e Sinal de saída (Vout), para Vcont = 13V. 10 10.3 – FORMAS DE ONDAS NA SAÍDA DO VCO MOSTRANDO A NÃO LINEARIDADE DO SISTEMA PARA VCONT MAIOR QUE 10VDC Vcont Vout Figura 9 – Sinal de Entrada em 10V (Vcont = 10V) e Sinal de Saída freqüência de 843Hz. Com tempos em nível Alto e Baixo iguais. Vcont Vout Figura 10 – Sinal de Entrada em 11V (Vin) e Sinal de Saída com freqüência de 869,7Hz. Com tempos em nível Alto e Baixo diferentes (início do problema de não linearidade). 11 Vcont Vout Figura 11 – Sinal de Entrada em 14,04V (Vcont = 14,04V) e Sinal de Saída com freqüência de 770,28Hz. Com tempos em nível Alto e Baixo muito diferentes (visualização da não linearidade do circuito). 12 11- CONCLUSÃO Esta experiência teve como objetivo observar a linearidade da freqüência do sinal de saída (fout) com a tensão de entrada (Vcont) do oscilador controlado por tensão (VCO). Para tensões de controle (Vcont) menores que 10VDC o circuito apresentou uma resposta linear, porém houve uma pequena diferênça entre os valores medidos e calculados. Esta diferença se justifica devido a não se ter considerado a precisão dos componentes e as não idealidades dos mesmos nos valores calculados. Como se pode verificar na figura 6 a tensão de saída é limitada em 6Vpico, nos cálculos teóricos foi considerada uma tensão de saída de 5,8Vpico. Caso seja usado o valor medido de 6Vpico no cálculo teórico a diferença entre os valores medidos e calculados ficam bem menores, caindo de 10% para 2% . Para tensões maiores que 10V a resposta não obedece mais a linearidade. Isto é devido as não idealidades do amplificador operacional, pois para tensões acima de 10V já está-se trabalhando com uma freqüência de cerca de 800Hz , sendo a resposta do sistema influenciada pelo slew rate dos três amplificadores operacionais e devido a realimentação tem-se um maior efeito desta característica (ver figuras 10 e 11). Para minimizar os efeitos de não linearidade na resposta do circuito deve-se usar amplificadores operacionais com alto slew rate, nesta experiência usou-se o amplificador operacional LF351 que possui um slew rate de 13V/us. 13 12- BIBLIOGRAFIA [1] ABREU, Eulógio Chagas – Orientador:Ivo Barbi – Inversores Trifásicos a Transistor de Potência – Dissertação de Mestrado – INEP/UFSC – cap. 4 págs 54 a 65. [2] PERTENCE, Antonio Júnior – Amplificadores Operacionais e Filtros Ativos – 3ª ed – McGrawHill – 1988. [3] LF 351 – National Semiconductor – www.national.com/