Abordagem morfofuncional membros inferiores e superiores

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ABORDAGEM MORFOFUNCIONAL DOS OSSOS E ARTICULAÇÕES DOS
MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES
Djanira Aparecida da Luz Veronez1
INTRODUÇÃO
Os membros superiores fazem parte do esqueleto apendicular, sendo articulados ao
esqueleto axial por meio das cinturas escapulares.
O esqueleto axial é formado por todos os ossos do crânio, ossos da coluna
vertebral, osso esterno e todas as costelas.
O esqueleto apendicular é constituído pelos ossos dos membros superiores (úmero,
rádio, ulna, ossos do carpo, metacarpos e falanges proximais, médias e distais),
pelos ossos da cintura escapular (escápula e clavícula), pelos ossos dos membros
inferiores (fêmur, patela, tíbia, fíbula, tarsos, metatarsos e falanges) e pelos ossos
da cintura pélvica (ossos do quadril).
OSSOS DOS MEMBROS SUPERIORES E CINTURA ESCAPULAR
Os membros superiores são divididos em regiões, como o braço, antebraço e mão.
O braço corresponde à região compreendida entre a articulação do ombro e a
articulação do cotovelo; o antebraço, região compreendida entre a articulação do
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Biomédica. Doutora em Ciências Médicas área de concentração Neurociências pela Universidade Estadual de
Campinas. Professora do departamento de anatomia da Universidade Federal do Paraná.
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cotovelo e a articulação do punho; e a mão, correspondendo ao segmento mais
distal dos membros superiores.
Osso do Braço
Úmero
O osso situado na região do braço é o úmero (Figura 1).. São em número de dois: o
úmero direito e o úmero esquerdo
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Figura 1. Úmero esquerdo (vista posterior)
O úmero é um osso classificado como osso longo, contendo, como principais
acidentes anatômicos, a cabeça do úmero, o tubérculo maior, o tubérculo menor, o
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sulco intertubercular, o colo anatômico, o colo cirúrgico, a tuberosidade deltoidea, o
capítulo, a tróclea; a fossa do olecrano, o epicôndilo medial, o sulco no nervo ulnar,
o epicôndilo lateral, a fossa coronoide e a fossa radial.
O úmero se articula superiormente com a cavidade glenoide da escápula, para
compor a articulação do ombro e, inferiormente (distalmente) com o rádio
lateralmente; e com a ulna medialmente para compor a articulação do cotovelo.
Ossos do Antebraço
Rádio
O rádio (Figura 2) é um osso classificado como longo, encontrado lateralmente à
ulna, no antebraço. Os principais acidentes ósseos do rádio são a cabeça do rádio; a
circunferência articular da cabeça do rádio; a tuberosidade do rádio; a margem ou
borda interóssea; a incisura ulnar; a face articular do carpo, o processo estiloide e o
colo do rádio.
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Figura 2. Rádio direito (vista posterior)
O rádio articula-se proximalmente pela concavidade da cabeça do rádio, com o
capítulo do úmero; a circunferência articular da cabeça do rádio articula-se com a
incisura radial da ulna. Distalmente articula-se com a primeira proximal dos ossos do
carpo por meio da face articular do carpo e com a ulna pela incisura ulnar.
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Ulna
A ulna (Figura 3) é osso classificado como longo, localizado medialmente ao rádio
na região do antebraço. Apresenta como principais acidentes anatômicos o processo
coronoide; a incisura troclear; a incisura radial; o olecrano da ulna; a borda
interóssea; a cabeça da ulna; a circunferência articular da cabeça da ulna e o
processo estiloide.
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Figura 3. Ulna esquerda (vista anterior)
A ulna proximalmente articula-se com a tróclea do úmero por meio da incisura
troclear. Também proximalmente, articula-se com o rádio, por meio da incisura
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radial. Essa juntura possibilita o desenvolvimento de movimentos de pronação e
supinação.
A face inferior da cabeça da ulna, distalmente articula-se com a fileira proximal dos
ossos do carpo. A circunferência articular da cabeça da ulna articula-se com a
incisura ulnar do rádio, lateralmente.
Ossos da Mão
Ossos do carpo
Os ossos do carpo (Figura 4) são em número de oito, bilateralmente classificados
como ossos cúbicos, dispostos em duas fileiras, uma proximal e outra distal. A fileira
proximal é constituída por quatro ossos, posicionados anatomicamente de lateral
para medial com ossos escafoide; semilunar; piramidal e pisiforme (menor dos ossos
do carpo). Essa fileira proximal articula-se com o rádio (exceto pisiforme). A fileira
distal dos ossos do carpo é constituída, de lateral para medial, pelos ossos: trapézio;
trapezoide; capitato e hamato (ou uncinado).
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Figura 4. Ossos do carpo
As fileiras proximal e distal dos ossos do carpo compõem as articulações
intercarpais entre si. A fileira distal se junta aos ossos metacarpos por meio das
articulações carpometacarpeanas.
Metacarpos
Os ossos metacarpos (Figura 5) denominados de I a V, de lateral para medial,
articulam-se com os carpos, proximalmente (articulações carpometacarpeanas) e
com as falanges distalmente (articulações metacarpofalangeanas); os quatro
metacarpos mediais (II ao V) ainda se articulam entre si por meio de suas bases.
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Figura 5. Carpo, metacarpos e falanges (mão direita)
Falanges
As falanges são ossos pequenos no tamanho, porém, quanto às suas dimensões
(comprimento, largura e espessura), são classificadas como ossos longos. Cada
dedo possui três falanges (falange proximal, falange média e falange distal) com
exceção do polegar, que possui apenas duas (falange proximal e falange distal).
As falanges das mãos articulam-se proximalmente com os ossos metacarpos por
meio das articulações metacarpofalangeanas e entre si por meio das articulações
interfalangeanas.
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Ossos da cintura escapular
Escápula
A escápula (Figura 6) é um osso laminar (ou osso plano). Apresenta como principais
acidentes anatômicos o acrômio; o processo coracoide da escápula; a fossa
supraespinhal; a fossa infraespinhal; a fossa subescapular; a espinha da escápula e
a cavidade glenoide. Possui três bordas, superior, medial e lateral e três ângulos,
superior, inferior, lateral.
Figura 6. Escápula esquerda (vista posterior)
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A escápula se articula com o úmero pela cavidade glenoide (articulação do ombro) e
com a clavícula por meio do acrômio e da extremidade acromial da clavícula
(articulação acromioclavicular).
Clavícula
A clavícula (Figura 7) é um osso classificado como longo, disposto transversalmente
na fase anterior e proximal do tronco. Apresenta como principais acidentes
anatômicos a extremidade esternal da clavícula; a extremidade acromial; o corpo da
clavícula; o tubérculo conoide e a linha trapezoide.
Figura 7. Clavícula direita (vista inferior)
A
clavícula
se
articula
medialmente
com
o
osso
esterno
(articulação
esternoclavicular) e lateralmente com a escápula (articulação acromioclavicular). É
responsável pela sustentação de todo o membro superior.
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OSSOS DOS MEMBROS INFERIORES E CINTURA PÉLVICA
Os membros inferiores são divididos em regiões como a coxa, perna e pé. A coxa
corresponde à região compreendida entre a articulação do quadril e a articulação do
joelho; a perna, região compreendida entre a articulação do joelho e a articulação do
tornozelo; e o pé, correspondendo ao segmento mais distal dos membros inferiores.
Osso da Coxa
Fêmur
O fêmur (Figura 8) é um osso classificado como osso longo pelas suas dimensões.
Quanto ao seu tamanho, é definido como o maior osso do corpo humano. É o único
osso longo entre a extremidade distal do quadril e a articulação do joelho. Os
principais acidentes anatômicos do fêmur são a cabeça do fêmur, a fóvea da cabeça
do fêmur, o colo da cabeça do fêmur, o trocânter maior, o trocânter menor, a crista
intertrocantérica, o sulco intertrocantérico, o corpo ou diáfise do fêmur, linha
pectínea, a linha áspera, os côndilos femurais, os epicôndilos femorais, o tubérculo
adutor, a fossa poplítea e a fossa intercondilar.
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Figura 8. Fêmur direito em vista frontal
O fêmur (Figura 9) se articula proximamente com o osso do quadril por meio da
articulação coxofemoral ou articulação do quadril e distalmente com os ossos da
perna, tíbia e fíbula, por meio da articulação do joelho. Na articulação do joelho, um
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osso sesamoide (ossos que surgem entre articulações ou músculos) se encontra
presente, a patela.
Figura 9. Epífise distal do fêmur direito (vista posterior)
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Patela
A patela (Figura 10) é um pequeno osso com aspecto triangular que apresenta seu
ápice inferior e base superior. A face anterior é côncava e a face posterior (face
articular da patela) é lisa e ovalada. Os principais acidentes anatômicos da patela
são a base da patela; o ápice da patela; a face articular lateral e a face articular
medial.
Figura 10. Face anterior da patela
A patela é um osso sesamoide formado no interior da articulação do joelho. Articulase com o fêmur por meio da articulação patelofemoral.
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Tíbia
A tíbia (Figura 11) é um osso classificado como longo com aspecto prismático.
Apresenta três faces, face medial, face lateral e face posterior. Os principais
acidentes anatômicos da tíbia são o côndilo medial da tíbia; o côndilo lateral da tíbia;
o tubérculo intercondilar lateral, o tubérculo intercondilar medial; a eminência
intercondilar; as facetas articulares (platô tibial); a tuberosidade da tíbia (local de
fixação do tendão patelar), o corpo da tíbia (diáfise), a crista ou borda anterior da
tíbia; o maléolo medial da tíbia e a incisura fibular.
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Figura 11. Face póstero-lateral da tíbia esquerda
A tíbia se articula, proximalmente, com o fêmur por meio da articulação tibiofemoral
medial e articulação tibiofemoral lateral.
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Fíbula
A fíbula (Figura 12) é um osso longo, multifacetado, presente lateralmente à tíbia, na
perna. Os principais acidentes anatômicos da fíbula são: a cabeça da fíbula, o ápice
da cabeça da fíbula, o colo da fíbula, o corpo da fíbula (diáfise), o maléolo lateral e o
sulco do maléolo lateral da fíbula.
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Figura 12. Face medial da fíbula direita
A fíbula se articula com a tíbia proximalmente (articulação tibiofibular proximal) e
com a tíbia e o tálus, distalmente (articulação talocrural).
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Ossos do Pé
Ossos do Tarso
Os ossos do tarso são em número de sete da porção proximal do pé. São
classificados como ossos cúbicos e são denominados ossos do tarso ou ossos
tarsais (Figura 13). São eles: o tálus, o calcâneo, o navicular, o cuboide, osso
cuneiforme lateral, osso cuneiforme intermédio e osso cuneiforme medial.
Figura 13. Tarso, metatarsos e falanges (pé direito)
O tálus é o único osso do tarso que participa na constituição da articulação do
tornozelo junto com a tíbia e a fíbula (articulação talocrural). O tálus se articula com
o calcâneo compondo a articulação subtalar.
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Os ossos do tarso compõem as articulações intertarpais entre si.
Os ossos cuneiformes, medial, intermédio e lateral, e o osso cuboide juntam-se aos
ossos metatarsos por meio das articulações tarsometatarseanas.
Metatarsos
Os ossos metatarsos são cinco ossos do pé denominados, de medial para lateral,
como I, II, III, IV e V osso metatarso do pé (Figura 14). Os principais acidentes
anatômicos dos metatarsos são a cabeça do osso metatarso, o corpo do osso
metatarso, a base do osso metatarso.
Os ossos metatarsos articulam-se com os ossos do tarso por meio das articulações
tarsometatarseanas e formam junturas com as falanges proximais dos dedos dos
pés por meio das articulações metatarsofalangeanas.
Figura 14. Dorso do pé direito
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Falanges
Como ocorre nas mãos, as falanges são ossos pequenos no tamanho, porém,
quanto as suas dimensões (comprimento, largura e espessura), são classificadas
como ossos longos. Nos pés as falanges formam o esqueleto dos dedos dos pés
(artelhos). Os dedos dos pés são numerados de I a V, iniciando do lado medial
(hálux). Cada dedo possui três falanges (falange proximal, falange média e falange
distal) com exceção do hálux (I artelho), que possui apenas duas (falange proximal e
falange distal).
As falanges dos pés articulam-se proximalmente com os ossos metatarsos por meio
das articulações metatarsofalangeanas e entre si por meio das articulações
interfalangeanas.
Ossos da cintura pélvica
A cintura pélvica é constituída pelos ossos do quadril, direito e esquerdo. É
responsável pela junção dos ossos do esqueleto apendicular dos membros inferiores
ao esqueleto axial.
Osso do Quadril
Cada osso do quadril (Figura 15) é formado pela ossificação de três ossos, o íleo,
ísquio e púbis. Apresenta uma forma complexa com características de osso plano e
irregular.
Os principais acidentes anatômicos do osso do quadril são a área do osso Íleo, a
área do osso ísquio, a área do osso púbis, a espinha ilíaca anterossuperior, a
espinha ilíaca anteroinferior, a espinha ilíaca posterossuperior, a espinha ilíaca
posteroinferior, a crista ilíaca, a face glútea, a linha glútea anterior, a linha glútea
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inferior, a linha glútea posterior, a fossa ilíaca, a face auricular, o túber isquiático, a
incisura isquiática menor, a espinha isquiática, a incisura isquiática maior, o corpo do
osso ísquio, o ramo do osso ísquio, o corpo do osso púbis, o ramo superior do osso
púbis, o ramo inferior do osso púbis, o tubérculo púbico e a face sinfisial.
Figura 15. Osso do quadril direito (vista anterolateral)
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Os dois ossos do quadril articulam-se anteriormente por meio da articulação sínfise
púbica. Posteriormente, cada osso do quadril se articula com a porção superior do
osso sacro (articulação sacroilíaca) e lateralmente com o osso fêmur (articulação do
quadril).
PRINCIPAIS ARTICULAÇÕES DOS MEMBROS SUPERIORES
Articulação do ombro
A articulação do ombro (Figura 16) é formada pela junção de três ossos, a escápula,
a clavícula e o úmero.
O
complexo
ombro
é
constituído
por
duas
articulações,
a
articulação
acromioclavicular e a articulação glenoumeral.
Figura 16. Articulação do ombro
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A articulação acromioclavicular é uma articulação sinovial plana entre a extremidade
acromial da clavícula e a borda medial do acrômio da escápula. É formada pelas
seguintes estruturas: a membrana sinovial (membrana conjuntiva delgada,
responsável pela produção do líquido sinovial); o líquido sinovial (líquido viscoso que
atua como um lubrificante orgânico); a cápsula articular (revestimento conjuntivo
fibroso, espesso, que há em toda a articulação acromioclavicular); o ligamento
acromioclavicular (constituído por fibras paralelas de tecido conjuntivo que se
estendem da extremidade acromial da clavícula até o acrômio da escápula); o
ligamento coracoclavicular (ligamento conjuntivo que une a clavícula ao processo
coracoide da escápula e é formado por dois ligamentos, o ligamento trapezoide e o
ligamento conoide); o ligamento coracoacromial (apresenta-se como um resistente
feixe ligamentar triangular disposto entre o processo coracoide e o acrômio da
escápula); o ligamento transverso superior (é um delgado feixe ligamentar,
achatado, inserido entre o processo coracoide e na incisura da escápula).
A articulação glenoumeral, também denominada articulação escapuloumeral, é uma
articulação sinovial esferoide (formada entre uma extremidade óssea côncava, a
cavidade glenoidal da escápula, e outra extremidade óssea com formato semiesferoide, a cabeça do úmero). É constituída pelas seguintes estruturas, a saber, a
membrana sinovial; o líquido sinovial; a cápsula articular (que envolve toda a
cavidade glenoide e a cabeça do úmero); o ligamento córaco-umeral (um amplo
feixe que fortalece a parte superior da cápsula articular do ombro); os ligamentos
glenoumerais superior, médio e inferior (localizados na face anterior da articulação
do ombro, são três ligamentos espessos sobre a cápsula articular); o ligamento
transverso do úmero (apresenta-se como uma delgada lâmina de fibras conjuntivas
curtas e transversais que unem o tubérculo maior e o menor do úmero para manter o
tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial no sulco intertubercular); o lábio
glenoidal (também denominada orla fibrocartilaginosa ou bordelete e se localiza
inserida ao redor da borda da cavidade glenoidal da escápula).
Articulação do Cotovelo
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A articulação do cotovelo (Figura 17) é classificada como uma articulação sinovial
(que contém o líquido sinovial, um lubrificante orgânico para a articulação) do tipo
gínglimo (articulação em dobradiça, ou seja, uma articulação em que predominam os
movimentos de flexão e extensão).
Figura 17. Articulação do cotovelo
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O complexo cotovelo apresenta a junção de três articulações, a articulação
umeroulnar (entre a tróclea do úmero e a incisura troclear da ulna); a articulação
umerorradial (entre o capítulo do úmero e a cabeça do rádio) e a articulação
radioulnar proximal (entre a cabeça do rádio e a incisura radial da ulna). Todas as
superfícies articulares são reunidas por uma cápsula articular espessada medial e
lateralmente pelos ligamentos colaterais ulnar e radial.
Os componentes articulares da articulação umeroulnar e articulação umerorradial
são a membrana sinovial; o líquido sinovial; a cápsula articular (que circunda toda a
articulação do cotovelo); o ligamento colateral ulnar (apresenta-se como um feixe
triangular espesso entre a extremidade distal do úmero e a extremidade proximal da
ulna, medialmente); o ligamento colateral radial (é um feixe conjuntivo fibroso
triangular entre a extremidade distal do úmero e a extremidade proximal do rádio,
lateralmente).
A articulação radioulnar proximal (Figura 18) é classificada como uma juntura
trocoide ou em pivô, onde o encaixe ósseo possibilita a execução dos movimentos
de pronação e supinação do antebraço e mão. É formada entre a circunferência da
cabeça do rádio e o anel formado pela incisura radial da ulna e o ligamento anular
(um espesso e resistente feixe de fibras conjuntivas que envolve a cabeça do rádio,
mantendo-a em contato com a incisura radial da ulna).
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Figura 18. Articulação radioulnar
Articulação do Punho
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A articulação do punho (Figura 19) é um complexo articular constituído pela
articulação radioulnar distal e articulação radiocárpica.
A articulação rádioulnar distal é uma juntura trocoide formada entre a cabeça da ulna
e a incisura ulnar da extremidade inferior do rádio. É constituída pela cápsula
articular (feixes de fibras conjuntivas inseridas nas margens da incisura ulnar e na
cabeça da ulna contendo dois espessamentos denominados ligamento radioulnar
ventral e radioulnar dorsal) e pelo disco articular (um disco fibrocartilaginoso com
formato triangular inserido transversalmente sob a cabeça da ulna).
Figura 19. Articulação do punho
A articulação radiocárpica é uma articulação sinovial formada pela extremidade
distal do rádio e a face distal do disco articular com os ossos do carpo, escafóide,
semilunar e piramidal. É constituída pelos componentes articulares: o ligamento
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radiocárpico palmar (um largo feixe membranoso inserido na margem anterior da
extremidade distal do processo estilóide do rádio e na face palmar da extremidade
distal da ulna; suas fibras se dirigem distalmente para inserir-se nos ossos
escafóide, semilunar e piramidal); o ligamento radiocárpico dorsal (entre a borda
posterior da extremidade distal do rádio e os ossos escafoide, semilunar e
piramidal); o ligamento colateral ulnar (um feixe conjuntivo inserido proximalmente
na extremidade do processo estiloide da ulna e distalmente nos ossos piramidal e
pisiforme); o ligamento colateral radial (que se estende do ápice do processo
estiloide do rádio até o osso escafoide); a membrana sinovial; e o líquido sinovial.
PRINCIPAIS ARTICULAÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES
Articulação do Quadril
A articulação do quadril (Figura 20), também denominada articulação coxofemoral, é
uma juntura classificada como sinovial do tipo esférica, formada pela cabeça do
fêmur e a cavidade do acetábulo. É constituída pelos seguintes componentes
articulares, a membrana sinovial; o líquido sinovial; a orla fibrocartilaginosa do
acetábulo (anel fibrocartilaginoso inserido na margem do acetábulo); o ligamento da
cabeça do fêmur (feixe de fibras conjuntivas entre o ápice da fóvea da cabeça do
fêmur e a incisura da cavidade do acetábulo); a cápsula articular (membrana
conjuntiva fibrosa mais espessa nas regiões proximal e anterior da articulação do
quadril e delgada e frouxa, posteriormente); o ligamento iliofemoral (um feixe
conjuntivo espesso e resistente, situado anteriormente à articulação do quadril, entre
a região do osso íleo até a extremidade proximal do fêmur); o ligamento
pubofemoral (entre o ramo superior do osso púbis e a extremidade proximal do
fêmur; estes se fundem com a cápsula articular e com a face profunda do feixe
vertical do ligamento iliofemoral) e o ligamento isquiofemoral (que consiste de um
feixe de fibras conjuntivas com formato triangular, que segue da região do osso
ísquio, distal e posteriormente ao acetábulo e funde-se com as fibras circulares da
cápsula articular).
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Figura 20. Articulação coxofemoral
Articulação do Joelho
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A articulação do joelho (Figura 21) é a maior e mais completa articulação sinovial do
corpo. Corresponde a um complexo articular formado pela articulação patelofemoral
(classificada como juntura sinovial plana), articulação tibiofemoral medial e
articulação tibiofemoral lateral (classificadas como juntura sinovial condilar,
gínglimo).
Figura 21. Articulação do joelho
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A articulação do joelho apresenta os seguintes componentes: a cartilagem articular
(cartilagem hialina que reveste as faces articulares da patela, do fêmur e da tíbia
para favorecer a congruência entre os ossos, causar deslizamentos e evitar o atrito
entre os ossos); os meniscos, medial e lateral (anéis fibrocartilaginosos
semicirculares que atuam como amortecedores orgânicos); membrana sinovial
(membrana conjuntiva delgada responsável pela produção do líquido sinovial); o
líquido sinovial (líquido viscoso que atua como um lubrificante orgânico); o ligamento
cruzado anterior (ligamento intra-articular que se insere na eminência intercondilar
da tíbia e segue até a face medial do côndilo lateral do fêmur); o ligamento cruzado
posterior (ligamento intra-articular que se insere na fossa intercondilar posterior da
tíbia e na extremidade posterior do menisco lateral e se dirige anteriormente e
medialmente, para se fixar na parte anterior da face medial do côndilo medial do
fêmur); o ligamento transverso (ligamento intra-articular que une a margem anterior,
convexa, do menisco lateral, à extremidade anterior do menisco medial); o ligamento
colateral tibial (ligamento extracapsular, é um feixe conjuntivo largo entre o côndilo
medial do fêmur e o côndilo medial da tíbia); o ligamento colateral fibular (ligamento
extra-capsular, apresenta-se como um feixe conjuntivo fibroso, espesso, entre o
côndilo lateral do fêmur e a cabeça da fíbula); o ligamento patelar (corresponde à
porção do tendão distal de inserção do músculo quadríceps femoral entre a patela e
a tuberosidade da tíbia; é um ligamento extracapsular) e a cápsula articular (uma
membrana fibrosa que atua como um ligamento capsular).
Articulação do tornozelo
O tornozelo é uma articulação sinovial composta pela extremidade distal da tíbia e
fíbula e o osso tálus (osso do tarso).
O complexo articular do tornozelo (Figura 22) é constituído pela articulação
tibiofibular distal, articulação talocrural e articulação subtalar. A articulação
tibiofibular distal é classificada como uma articulação sindesmose (articulação
fibrosa) presente entre a tíbia e a fíbula anterior e distalmente. A articulação
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tolocrural é formada pela juntura entre os ossos da perna (tíbia e fíbula) e o osso do
pé (tálus); é uma articulação classificada como sinovial gínglimo (dobradiça). A
articulação subtalar é uma articulação sinovial plana formada entre o osso tálus e o
calcâneo.
Figura 22. Articulações do tornozelo
A articulação do tornozelo possui os seguintes componentes articulares, a
membrana sinovial; o líquido sinovial; a cápsula articular (membrana fibrosa que
recobre a articulação); o ligamento deltoide (um feixe de tecido conjuntivo, com
formato triangular localizado na face medial entre a extremidade distal da tíbia e os
ossos do tarso, tálus, calcâneo e navicular); o ligamento colateral lateral constituído
pelos feixes de fibras conjuntivas do ligamento talofibular anterior (presente da
margem anterior do maléolo lateral da fíbula até o tálus), do ligamento talofibular
posterior (insere-se na parte medial e posterior do maléolo lateral da fíbula para a
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face posterior do tálus) e do ligamento calcaneofibular (segue do ápice do maléolo
lateral da fíbula para a face lateral do calcâneo)
REFERÊNCIAS:
1. DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e
Segmentar. 2ª ed. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu, 2005.
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Editora Santos, 2001.
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6. SPENCE, A. P. Anatomia Humana Básica. 2 ed. São Paulo: Manole, 1991.
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Editora Manole.2004.
8. Van de Graaff KM. Anatomia humana. 6ª ed. São Paulo: Manole, 2003.
36
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Guanabara Koogan, 2004.
37
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