Painel 2 - INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE Convergências e antagonismos - Que futuro é possível? Palestrante: Prof. Dr. Francisco Eliseu Aquino Departamento de Geografia Instituto de Geociências - UFRGS Mudanças Climáticas e seus Impactos na Agricultura Porto Alegre, 16 de junho de 2016. Mudanças Climáticas e seus Impactos na Agricultura Prof. Dr. Francisco Eliseu Aquino Departamento de Geografia Centro Polar e Climático – CPC Instituto de Geociências - UFRGS POSGEA Porto Alegre, 16 de junho de 2016. tempo cronológico (série de 30 anos - OMM) tempo meteorológico ou atmosférico CLIMA TEMPO O clima pode ser definido como uma síntese do tempo meteorológico em um intervalo de tempo, que possibilite a sua descrição estatística de médio e longo prazo. Variações climáticas são também o resultado de interações não lineares muito complexas que ocorrem em diversos modos e escalas, fazendo com que o clima seja caracterizado por uma alta dimensionalidade (Barry e Carleton, 2001). Introdução Eventos extremos: “Em termos meteorológicos ou climatológicos, grandes desvios de um estado climático moderado (referidos daqui em diante como “eventos extremos”) ocorrem em escalas que podem variar desde dias até milênios. Mais importantes para as atividades humanas, entretanto, talvez sejam os eventos extremos a curto prazo (relacionados à meteorologia) e a médio prazo (relacionados ao clima), devido a seu potencial de impactos significativos” (FBDS, 2009). Desastres em escala mundial (1994-2003) Fonte: INPE, 2006 Desastres Naturais no Mundo – 1980-2012 Fonte: WMO, 2013 História do Clima é preservada nos mantos de gelo (ice caps) Fonte: Valérie Masson-Delmotte XXIX ATCM, Edinburgh, June/2006 - SCAR Brasil no Interior do continente! O Brasil na Antártica EACF Mar de Weddell Mar de Bellingshausen Union Glacier: 2011/12 Patriot Hills: Módulo CRIOSFERA 1 84°S (2011/12 – 2015/16) . Polo Sul 2004/05 2008/09 Mar de Amundsen Monte Johns (2000 m alt.) Módulo CRIOSFERA 2 80°S, 90°W (2015/16) Mar de Ross Fonte: Francisco Aquino CPC/UFRGS Monte Johns Estratigrafia e química da neve e do gelo Amostragem superficial Testemunho Perfuração Fonte: NUPAC/UFRGS Sondagem: obtenção dos testemunhos de gelo.... Gases (traço) do efeito estufa: Concentração do CO2 e do CH4 Dióxido de Carbono aumentou 36% Metano aumentou 130% História dos ciclos Glaciais-interglaciais Paleoclimatologia Global: Groenlândia Antártica Fonte: Zachjos, J. et al. Science Vol 292, p 686-693 – 27 abril de 2001 – www.sciencemag.org Fonte: J. Hansen, R. Ruedy, M. Sato, and K. Lo. Goddard Institute for Space Studies (GISS/NASA),em http://data.giss.nasa.gov/gistemp Fonte: J. Hansen, R. Ruedy, M. Sato, and K. Lo. Goddard Institute for Space Studies (GISS/NASA),em http://data.giss.nasa.gov/gistemp Estrutura Vertical da Atmosfera topo da troposfera +P FP -P Eq 30˚ 60˚ Polo SAM América do Sul Nova Zelândia Antártica Definido como a diferença da pressão mensal zonal entre 40º S e 70º Austrália (Nan and Li, 2003). Anomalia mensal do vetor vento e da temperatura do ar em 925 hPa (m/s) (observar as baixas temperaturas no RS e anomalia do vento sul) Julho/2000 (ECMWF – ERA 40) Série temporal da anomalia de temperatura média anual do sul do Brasil entre 1961 e 2009. CONEXÃO CLIMÁTICA ENTRE O MODO ANULAR DO HEMISFÉRIO SUL COM A PENÍNSULA ANTÁRTICA E O SUL DO BRASIL Séries sazonais das anomalias de temperatura média (1961 – 2009) Climatologia e variabilidade do SAM Índice mensal do SAM (1979 – 2009). Índice sazonal do SAM (1979 – 2009) EOF 1 - Anomalia TMM (ºC) a 2 m (10.9% variância explicada) EOF 2 - Anomalia TMM (ºC) a 2 m (7.5% variância explicada) EOF 3 - Anomalia TMM (ºC) a 2 m (7.1% variância explicada) (ECMWF/ERA–Interim, 1979-2010) Análises de Correlação Variabilidade do índice SAM e da anomalia de temperatura média mensal no outono no sul do Brasil (1979 – 2009). Padrões projetados na mudança da precipitação Global IPCC 2007 Aumento de 8% na precipitação no RS Viana, D.R, Aquino, F.E. e Matzenauer, R. 2006 (CBMET, Florianópolis). Estação Desvio (%) Primavera 9 Verão 7 Outono 17 Inverno 2 Denilson Ribeiro Viana, 2009. Dissertação de Mestrado – INPE. Climatologia e desvios Alteração RS: out e inv. (Nimer, 1979); ASO (Grimm et al., 1998). Regiões Homogêneas de Anomalias Precipitação Temperatura Regiões Homogêneas de Anomalias Precipitação periodo 1951-1980 1981-2010 1951-2010 1981-2010 DJF 437.0 490.3 464.1 12% MAM 356.9 419.2 388.1 17% JJA 341.0 354.9 347.9 4% Temperatura SON 421.8 472.7 447.2 12% periodo DJF 1951-1980 24.1 1981-2009 24.6 1951-2009 24.4 1981-2010 2% 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 JJA 17.5 17.9 17.7 3% SON 21.4 21.9 21.7 3% 29 27 25 23 21 19 17 15 DJF RH1 MAM 21.1 21.9 21.5 4% 1951-1980 MAM JJA 1981-2010 SON 1951-2010 DJF RH1 MAM 1951-1980 JJA 1981-2009 SON 1951-2009 Avaliação da Precipitação e Desastres Naturais Associados a Complexos Convectivos de Mesoescala no Rio Grande do Sul entre Outubro e Dezembro de 2003 Denilson Ribeiro Viana, 2006 COMPLEXOS CONVECTIVOS DE MESOESCALA Caracterizam-se como uma junção de nuvens Cb, com formato quase circular e rápido crescimento entre seis e doze horas. Na América do Sul, se desenvolvem entre as latitudes de 20° e 40°S, nas regiões norte da Argentina, sul do Paraguai e Bolívia, e atingem com freqüência o sul e sudeste do Brasil. Ocorrem na metade quente do ano e produzem grande número de desastres como granizo, vendavais, enchentes, inundações, tempestades elétricas e tornados. Avaliação da Precipitação e Desastres Naturais Associados a Complexos Convectivos de Mesoescala no Rio Grande do Sul entre Outubro e Dezembro de 2003 Desastres Naturais associados aos eventos de CCM CCM observado sobre o RS em 26/10/2003 01:15 UTC (Imagem do Satélite GOES-12 realçada) Fenômeno Enchente Enxurrada Granizo Inundação Vendaval Municípios Atingidos N° Municípios 1 2 4 1 26 34 Tamanhos A e B no instante de máxima extensão do CCM observado sobre o RS em 26/10/2003 01:15 UTC Denilson Ribeiro Viana, 2006 This photograph, acquired in February 1984 by an astronaut aboard the space shuttle, shows a series of mature thunderstorms located near the Parana River in southern Brazil. With abundant warm temperatures and moisture-laden air in this part of Brazil, large thunderstorms are commonplace. A number of overshooting tops and anvil clouds are visible at the tops of the clouds. Storms of this magnitude can drop large amounts of rainfall in a short period of time, causing flash floods. http://earthobservatory.nasa.gov Formação de CCM na AS Climatologia dos CCM 330 CCM observados durante o período de Out–Mai (1998–2007) = média de 37/ano Fonte: Durkee e Mote (2009). Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Geociências Programa de Pós-Graduação em Geografia Ambiente atmosférico favorável ao desenvolvimento de Complexos Convectivos de Mesoescala no Sul do Brasil Mestra: Flávia Dias de Souza Moraes POSGEA Maior CCM dos 96 com +/- 800.000 km2 Os CCM da AS, comparados aos dos EUA Durkee et al. (2009). Climatologia de CCM para os EUA, AS, Sul do Brasil e Atlântico Sudoeste. Localização Características dos CCM Oceânicos (Atlântico EUA* AS** Sul do BR Quantidade média por estação quente 35 18,7 10,7 4,3 Duração média (h) 10 12 15,78 15,13 Média da extensão máxima (km²) 164.600 222.440 276.070 397.798 Sudoeste) POSGEA Ocorrência mensal de CCM no Sul do Brasil (1998 – 2007). 22 Quantidade de CCM 17 10 10 8 janeiro fevereiro março 11 11 outubro novembro 7 abril maio Meses dezembro Tornado nas Missões – 24/04/2016 Tornado nas Missões – 24/04/2016 Infra Vapor Realçada Tornado nas Missões Infra Vapor Já como CCM! Realçada Tornado nas Missões Precipitação média anual global Agradecimentos: • Nanci Begnini Giugno • Simone Basso OBRIGADO ! • SENGE-RS Porto Alegre, 16 de junho de 2016. POSGEA