RESUMO 19ªEXPANDIDO RAIB 626 275/400 ELIMINAÇÃO DO CASSAVA COMMON MOSAIC VIRUS - CSCMV POR CULTURA DE MERISTEMA ASSOCIADA A TERMOTERAPIA S.R.L. Palazzo1, T.L. Valle2, J.C. Feltran2, A. Colariccio1 Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Vegetal, Av. Cons. Rodrigues Alves, 1252, CEP 04014-002, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected] 2 Instituto Agronômico, Campinas, SP, Brasil. 1 RESUMO A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é uma espécie vegetativamente propagada, plantando-se pequenos segmentos do caule denominados de manivas. Esse tipo de propagação apresenta inconvenientes como a disseminação de doenças sistêmicas através das gerações sucessivas, tal como ocorre com as causadas por vírus, que podem acarretar a degenerescência das manivas. Sendo o Cassava common mosaic virus (CsCMV) o mais disseminado em todo mundo, a utilização da cultura de meristemas, associada a termoterapia, é uma das técnicas utilizadas para proceder à limpeza de vírus. Com o objetivo de indexar plântulas cultivadas in vitro, mantidas sob regime de termoterapia, para a presença de CsCMV foi utilizado DAS-ELISA, empregando-se anti-soro policlonal específico. As variedades de mandioca utilizadas neste trabalho foram aquelas do programa de produção de sementes de mandioca do Instituto Agronômico, Campinas, SP. Para a obtenção das plântulas, foram inicialmente coletadas, em condições de campo, manivas das variedades ‘IAC 90’, ‘IAC 12’, ‘IAC 13’, ‘IAC 14’, ‘IAC 15’, ‘Fibra’, ‘Fécula Branca’, ‘Ouro do Vale’, ‘Olho Junto’ e ‘Espeto’, cultivadas na região Centro Sul do Brasil. Uma única planta de cada variedade, com excelente aspecto e sem qualquer sintoma visual de vírus, foi coletada e cultivada, durante 30 dias, em câmara de termoterapia com 16h de luz a 40º C e 8h de escuro a 28º C. Quando suas brotações atingiram cerca de 2 a 4 cm foram retiradas e cultivadas no mesmo regime de luz e temperatura por, aproximadamente, 30 dias. Os meristemas retirados destas brotações foram cultivados in vitro e após um período de crescimento de 30 dias, no estádio de 6 folhas verdadeiras in vitro, as plântulas foram submetidas ao teste sorológico. Através do procedimento adotado foi possível a obtenção de 16,6 a 50% de plântulas, das variedades ‘Fibra’, ‘IAC 13’, ‘IAC 90’ e ‘Olho Junto’, livres de CsCMV. Somente a variedade ‘Ouro do Vale’ não apresentou plântulas isentas do CsCMV. Do total de 61 clones de mandioca, obtidos pela técnica de cultura de meristemas e submetidos a termoterapia para a limpeza clonal do CsCMV, aproximadamente 60% estavam livres de vírus. PALAVRAS-CHAVE: Potexvirus, ELISA, propagação vegetativa. ABSTRACT ERADICATION OF CASSAVA COMMON MOSAIC VIRUS – CSCMV – BY IN-VITRO CULTURE OF MERISTEM TIPS ASSOCIATED WITH THERMOTHERAPY. Cassava (Manihot esculenta Crantz) is a vegetative species propagated by cuttings. This propagation favors the dissemination of diseases by successive generations, especially viruses that can lead to degeneration of the cuttings. The Cassava common mosaic virus (CsCMV) is the major cassava virus disseminated worldwide. The use of in-vitro culture of meristem tips, associated with thermotherapy, is one of the techniques used for eradicating plant viruses. With the aim of indexing the CsCMV in cassava varieties from the seed program of the Instituto Agronômico, Campinas, SP, Brazil, samples of cassava varieties including ‘IAC 90’, ‘IAC 12’, ‘IAC 13’, ‘IAC 14’, ‘IAC 15’, ‘Fibra’, ‘Fécula Branca’, ‘Ouro do Vale’, ‘Olho Junto’ and ‘Espeto’ were collected from Southern Central Brazil. One plant of each variety was sampled, which presented an excellent aspect in field conditions, without visual virus-like symptoms. The cuttings were cultivated for 30 days in a thermotherapy chamber under 16 hours light at 40º C and 8 hours darkness at 28º C. Buds of approximately 2 and 4 cm were removed and cultivated for 30 days at 40ºC under the same light regime. The meristems were cultivated in vitro. For screening the in-vitro CsCMVfree plantlets, DAS-ELISA was employed by using a polyclonal antiserum against CsCMV species. The varieties ‘Fibra’, ‘IAC 13’, ‘IAC 90’ and ‘Olho Junto’ showed 16.6% to 50% of CsCMV-free Biológico, São Paulo, v.68, Suplemento, p.626-629, 2006 627 19ª RAIB plants, while the variety ‘Ouro Vale’ remained 100% CsCMV-infected. The efficiency of the clonal eradication of CsCMV from the 61 different clones reached about 60% of the evaluated varieties. KEY WORDS: Potexvirus, ELISA, cuttings. INTRODUÇÃO A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é uma espécie domesticada, nas terras baixas e quentes da América, pelas populações pré-colombianas. Foi, e ainda é, o alimento básico de grande contingente de populações americanas e de outras regiões tropicais, notadamente entre as populações excluídas de mercados consumidores. A Nigéria e o Brasil são os maiores produtores do mundo de mandioca, com 38 e 27 milhões de toneladas produzidas em 2005 (FAO, 2006). Cultivada em todas as regiões brasileiras, a mandioca é utilizada para a produção de farinha, extração de amido e, uma pequena parte, consumo in natura. Os Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul formam um complexo agroindustrial que produz e processa cerca de 5 milhões de toneladas de raízes de mandioca para a produção de farinha e amido (IBGE, 2006). A mandioca é vegetativamente propagada, plantando-se pequenos segmentos do caule. Esse tipo de propagação apresenta inconvenientes como a disseminação de doenças sistêmicas através das gerações sucessivas, tal como ocorre com as causadas por vírus, que podem acarretar a degenerescência das manivas (COSTA & KITAJIMA, 1972; IWANAGA & IGLESIAS, 1994). Muitos são os vírus detectados na cultura da mandioca, sendo que o mais disseminado em todo mundo é o vírus do mosaico comum (Cassava common mosaic virus, CsCMV). Outros importantes, porém de distribuição regional são: African cassava mosaic virus (ACMV) e Cassava brown streak virus (CBSaV) na África; Cassava green mottle virus (CGMV) nas ilhas do Pacífico; Cassava virus X (CsVX) e Cassava colombien virus na Colômbia; Cassava caribean mosaic virus na América Central; Indian cassava mosaic virus (ICMV) na Índia; Cassava vein mosaic virus (CsVMV) e Frogskin virus no Brasil (COSTA & KITAJIMA, 1972). No Brasil, o CsCMV está disseminado em todas as regiões produtoras do Sul e do Sudeste, infectando todas as variedades cultivadas atualmente, embora aparentemente não provoque prejuízos substanciais na produção. Observações de campo indicam que a manifestação severa da doença em variedades suscetíveis pode causar perdas de produção que variam de 10 a 20%, prejudicando a qualidade do produto pela redução de 10 a 50% nos teores de amido (FUKUDA, 1993). Para a limpeza de fitovírus, a técnica mais utilizada, tem sido a cultura in vitro de meristemas associada à termoterapia. Na Nigéria e na Índia a utilização dessas técnicas resultou na obtenção de 80% e 60% de clones de mandioca livres de ACMV e ICMV, respectivamente (VASANTHI et al., 2001; ADEJERE & COUTTS, 1981). Para o CsCMV nas condições avaliadas neste trabalho verificou-se que após o cultivo in vitro, ainda pôde ser constatada a presença do vírus em DAS-ELISA, mesmo nas plantas assintomáticas. Porém, a indexação sorológica do CsCMV possibilitou a identificação do material infectado e sua eliminação o que agilizou o processo de produção de plantas matrizes livres do vírus. Este trabalho teve como objetivos: (i) indexar variedades de mandioca, amplamente cultivadas na Região Centro-Sul do Brasil, para a presença de CsCMV, visando à obtenção de um estoque de mandioca-semente livre deste vírus; (ii) readaptar esse material ao cultivo em campo, multiplicá-los em áreas isoladas e substituir as plantas matrizes, atualmente utilizadas no programa de produção de sementes de mandioca por plantas com alta qualidade sanitária. MATERIAL E MÉTODOS Foram utilizadas 10 variedades de mandioca do programa de produção de sementes do Instituto Agronômico, Campinas, SP. Uma única maniva de aproximadamente 20 cm de comprimento, com excelente aspecto e sem qualquer sintoma visual de vírus, de cada uma das 10 principais variedades de mandioca cultivadas na região Centro-Sul do Brasil (‘IAC 90’, ‘IAC 12’, ‘IAC 13’, ‘IAC 14’, ‘IAC 15’, ‘Fibra’, ‘Fécula Branca’, ‘Ouro do Vale’, ‘Olho Junto’ e ‘Espeto’) foi coletada. Estas manivas foram, então, cultivadas, durante 30 dias, em câmara de termoterapia com 16h de luz a 40º C e 8h de escuro a 28º C. Quando suas brotações atingiram cerca de 2 a 4 cm foram retiradas e cultivadas no mesmo regime de luz e temperatura por 30 dias. Após esse período, foram retirados os meristemas apicais e cultivados in vitro. Cada plântula originada de um único meristema foi multiplicada e após um período de crescimento de 30 dias, uma amostra foi avaliada para a presença de vírus. Para avaliar a presença do CsCMV nessas amostras cultivadas in vitro foi utilizado DAS-ELISA (CLARK & ADAMS, 1977), empregando-se anti-soro policlonal específico contra o CsCMV. O teste foi realizado empregando-se extrato bruto de plântulas de mandioca na proporção de 1 g de folhas/5 mL de tampão fosfato 0,05 M pH 7,4. Os valores de absorbância a 405 nm foram obtidos após 45min da adição do substrato. Biológico, São Paulo, v.68, Suplemento, p.626-629, 2006 628 19ª RAIB Foram considerados positivos os valores de absorbância três vezes maiores do que os da planta sadia. As amostras foram, também, mecanicamente inoculadas em plantas de Chenopodium amaranticolor, uma hospedeira experimental do CsCMV. O inoculo foi preparado com 1 g de folhas de mandioca em 10 mL de solução de sulfito de sódio 0,5%. As plântulas consideradas isentas de CsCMV foram selecionadas, multiplicadas e, parte delas, mantidas in vitro para a formação de um estoque de plantas matrizes; a outra parte foi aclimatada para dar continuidade ao programa de produção de sementes de mandioca do Instituto Agronômico. variedades não foi possível determinar se os clones originais estavam sadios ou se o vírus foi eliminado pela cultura de meristemas associada a termoterapia. Constatou-se que o CsCMV pode permanecer assintomático, uma vez que 52,46% das plântulas que não apresentavam sintomas, reagiram positivamente no DAS-ELISA. Convém mencionar que, a porcentagem de plântulas com sintomas nas folhas foi baixa (8,2%) e estas foram encontradas nas variedades ‘Fibra’ e ‘Ouro Vale’. Este fato está amplamente relatado na literatura, ou seja, apesar do método descrito possibilitar a obtenção de clones sadios, não é totalmente eficaz na eliminação do vírus, sendo indispensável o emprego de um teste complementar de indexação para identificar as plantas matrizes sadias. Segundo DUVAL et al. (1998), as viroses têm sido eliminadas de plantas propagadas vegetativamente com grande sucesso através do cultivo de meristemas, técnica que se torna mais eficiente quando associada a termoterapia. De acordo com GUO & LIU (1994), plantas de mandioca originadas do cultivo de meristemas e indexadas como livres de vírus crescem mais vigorosamente do que as plantas obtidas de manivas selecionadas visualmente no campo. Os resultados obtidos, com relação ao efeito da temperatura na manifestação dos sintomas, apontam para outra possibilidade, pois de acordo com aqueles descritos na literatura, temperaturas próximas a 30º C são favoráveis a não manifestação dos sintomas (COLARICCIO, 1988). Altas temperaturas podem reduzir a movimentação das partículas virais, inativar ou inibir a multiplicação do vírus (KASSANIS, 1957). Assim, as plantas propagadas in vitro, mesmo sem sintomas visíveis, podem estar infectadas por vírus (Tabela 1). RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram obtidas in vitro plântulas de todas as variedades coletadas, perfazendo um total de 61 clones oriundos de meristemas de manivas submetidas a termoterapia (Tabela 1). O resultado do teste biológico em C. amaranticolor foi negativo para todas as amostras, talvez devido à oxidação do inóculo no momento da inoculação. Os resultados do teste sorológico nas variedades ‘Fécula’, ‘Espeto’, ‘IAC 12’, ‘IAC 14’ e ‘IAC 15’ indicaram que a técnica de cultura de meristemas associada a termoterapia foi suficiente para se obter plântulas de mandioca isentas de CsCMV. Somente na variedade ‘Ouro do Vale’ não se obteve qualquer plântula sadia. Em média, foram obtidas 60,66% de plântulas sadias. Entre os materiais sabidamente infectados (‘Fibra’, ‘IAC 13’, ‘IAC 90’ e ‘Olho Junto’) obteve-se, 32,35% de clones sadios, após o procedimento adotado. Para as demais Tabela 1- Detecção do CsCMV por DAS-ELISA em variedades do Banco Ativo de Germoplasma-IAC de Manihot esculenta, obtidas por cultura de meristemas associada a termoterapia. Variedades de Manihot esculenta N° plantas desenvolvidas in vitro N° de plantas com sintomas DAS-ELISA N° plantas livres de vírus Fécula Branca Espeto Fibra IAC 12 IAC 13 IAC 14 IAC 15 IAC 90 Ouro Vale Olho Junto 6 5 16 5 10 4 5 2 2 6 0 0 3 0 0 0 0 0 2 0 6 5 6 5 3 4 5 1 0 1 Total 61 5 37 Biológico, São Paulo, v.68, Suplemento, p.626-629, 2006 Porcentagem plantas livres de vírus (%) 100 100 37.5 100 30 100 100 50 0 16.6 60,66 19ª RAIB As variedades ‘Fibra’, ‘IAC 13’, ‘IAC 90’ e ‘Olho Junto’ apresentaram de 16,6% a 50% de plantas livres de CsCMV, e somente a variedade ‘Ouro Vale’ não apresentou plantas isentas desse vírus (Tabela 1). As alterações causadas pela variação da temperatura nas plantas dependem, principalmente, da interação vírus-planta-hospedeira tornando-se, portanto, impossível generalizar o efeito da temperatura nas diferentes interações desse sistema (KASSANIS, 1957). Estes conceitos podem explicar os diferentes resultados obtidos entre as diferentes variedades submetidas ao mesmo tratamento. Do total de 61 clones de mandioca, obtidos pela técnica de cultura de meristemas associada a termoterapia, 37 clones permaneceram livres de CsCMV, ou seja, uma eficiência de aproximadamente 60% na eliminação do vírus (Tabela 1). Resultado semelhante ao obtido por VASANTHI et al. (2001) na Índia para o ICMV. Porém, inferior ao resultado obtido por ADEJERE & COUTTS (1981), na Nigéria, que foi de 80% de material livre de ACMV empregando os mesmos procedimentos. CONCLUSÃO O CsCMV foi eliminado de aproximadamente 60% das plantas avaliadas. Nas variedades ‘Fécula’, ‘Espeto’, ‘IAC 12’, ‘IAC 14’, ‘IAC 15’e ‘IAC 108’, 100% das plantas obtidas pela técnica de cultura de meristemas associada a termoterapia estavam isentas de vírus. É possível obter-se plantas de mandioca isentas do vírus do mosaico comum (CsCMV) utilizando-se termoterapia associada ao cultivo de meristemas. Porém, o método não dispensa a utilização de métodos de indexação de plântulas para a presença de vírus. AGRADECIMENTO Os autores agradecem ao CIAT (Colômbia) pelo fornecimento do anti-soro para o Cassava commom mosaic virus – CsCMV. REFERÊNCIAS ADEJARE, G.O. & COUTTS, R.H.A. Eradication of cassava mosaic disease from Nigerian cassava clones by meristem-tip culture. Journal Plant Cell, Tissue and Organ Culture, v.1, p.25-32, 1981. CLARK, M.F. & ADAMS, A.N. Characterization of the microplate method of enzyme linked immunosorbent assay for the detection of plant viruses, Journal of General Virology, v.34, p.475-483, 1977. COLARICCIO, A. Efeito da temperatura na infecção induzida pelo vírus da necrose branca do tomateiro (VNBT) em plantas de Datura stramonium. 1988. 75p. 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