5 XII Semana Acadêmica de Educação Física VII Encontro Técnico-Científico A CONTRIBUIÇÃO DA DISCIPLINA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV PARA O COMBATE A DENGUE NA ESOLA OLIVEIRA, Ana Kamila de1 LEITE, Robson Félix Mendes2 BARBOSA, João Antonio da Silva de3 Eixo Temático: Esporte, Saúde e Lazer RESUMO O objetivo do presente estudo é descrever as ações e experiências vividas pelos acadêmicos do 7º semestre do Curso de Educação Física das Faculdades Magsul (FAMAG), sobre sua participação no Projeto de Combate ao Aedes Aegypti em uma escola estadual no município de Antonio João - MS, através da contribuição da disciplina de Estágio Supervisionado IV. A metodologia utilizada foi a participação prática dos acadêmicos junto ao professor de Educação Física da escola em suas aulas, utilizamos também recursos em pesquisas no Portal do Ministério da Educação (MEC) que propõe informações sobre o tema Aedes Aegypti a ser desenvolvidas nas escolas, também solicitamos o projeto da instituição escolar para uma revisão de literatura. Portanto, podemos dizer que a disciplina de Estágio Supervisionado IV, fez com que os acadêmicos vivenciassem a importância do combate ao Aedes Aegypti para a saúde e bem estar da população. PALAVRAS-CHAVE: Acadêmicos; Aedes Aegypti; Estágio Supervisionado IV. 1. A PARTICIPAÇÃO DOS ACADÊMICOS NO COMBATE A DENGUE NA ESCOLA ATRAVÉS DA DISCIPLINA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV O objetivo deste trabalho é que os acadêmicos do Sétimo Semestre do Curso de Educação Física possam relatar como foram as suas ações, experiências vividas e sua contribuição para o ambiente escolar, no combate ao Aedes Aegypti em uma escola pública no município de Antonio João – MS. Contamos com a contribuição da disciplina de Estágio Supervisionado IV do curso de Educação Física, pois foi através de nossas atuações como 1 Aluno do Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Saúde e Qualidade de Vida (MAGSUL). 2 Aluno do Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Saúde e Qualidade de Vida (MAGSUL). 3 Graduado em Educação Física pela Escola Municipal Superior de Educação Fisica de Presidente Prudente (1980) e mestrado em Educação pela Universidade Católica Dom Bosco (2003). Atualmente é Diretor do Instituto de Educação, Coordenador e docente no Curso de Educação Física, das Faculdades Magsul. Tem experiência ni área de Educação Física, com ênfase em Educação Física Escolar. Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, Brasil. REVISTA MAGSUL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA FRONTEIRA n. 1, v. 1 (2016) 6 XII Semana Acadêmica de Educação Física VII Encontro Técnico-Científico observação e participação nas aulas de Educação Física Escolar que nos envolvemos com a escola e com os alunos para este processo. A própria escola possui um só projeto para ser trabalhado de forma integral a partir dele, porém, isto não impede que os professores das disciplinas especificas possam fazer seu trabalho dentro de sua própria matéria. Este projeto ainda está sendo desenvolvido, porém os acadêmicos participarão em partes dele por um período de dois meses (Março e Abril de 2016). Na escola onde se realizou o estudo atualmente há quatro professores de Educação Física, mas somente uma professora estava desenvolvendo o tema Aedes Aegypti em sua disciplina especificamente nas turmas de 1º, 2º e 3 º anos do Ensino Médio. Como proposta avaliativa, foi lançado para os acadêmicos que, durante a execução de seu Estágio Supervisionado IV na escola, eles contribuiriam de alguma forma com suas ações práticas e interventivas no combate ao Aedes Aegypti executado pela escola, especificamente nas aulas de Educação Física Escolar. Desta maneira, investigamos quais professores estariam desenvolvendo algo especifico na disciplina, e, dentre os quatros professores da escola, somente uma estava abordando em suas aulas o tema Aedes Aegypti e desenvolvendo o trabalho de conscientização e sensibilização com os alunos do Ensino Médio. Para o processo de conscientização e sensibilização dos alunos, a professora solicitou que eles realizassem pesquisas no Portal do MEC, utilizando a sala de tecnologia como recursos, assim facilitando para aqueles que não tinham acesso à internet fora da escola, suas pesquisas eram voltadas sobre: Aedes Aegypti, Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, o que são, como surgem e como prevenir entre outras possibilidades. A participação dos acadêmicos começa desde o processo de orientação aos alunos durante as pesquisas na sala de tecnologia da escola, monitorando-os, tirando suas dúvidas (dentro do possível), e assim auxiliando a professora. 1.1 DA METODOLOGIA DA PROFESSORA E AS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELOS ALUNOS COM A CONTRIBUIÇÃO DOS ACADÊMICOS A professora de Educação Física, deu início ao Projeto: Combate ao Aedes Aegypti (em sua disciplina) pedindo aos alunos para que se dividissem em grupos de até cinco pessoas e, solicitou que copiassem do quadro os passos para a execução do trabalho. A professora também solicitou que os alunos visitassem o portal do MEC, para que pesquisassem sobre: REVISTA MAGSUL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA FRONTEIRA n. 1, v. 1 (2016) 7 XII Semana Acadêmica de Educação Física VII Encontro Técnico-Científico Dengue, Chikungunya e o Vírus Zika. Após as pesquisas, eles deveriam recortar imprimir ou desenhar sobre cada uma dessas doenças. Feitas as pesquisas, os alunos deveriam trazer à aula seguinte para que pudessem confeccionar cartazes e apresentações do trabalho concluído. Juntamente com a professora recolhemos os materiais para os cartazes, observamos o que faltava e solicitamos aos alunos que trouxessem tudo para a próxima aula. Logo adiante então concluiríamos 100% a confecção dos cartazes e apresentação dos trabalhos, discussão e reflexão sobre os temas e, exposições de cartazes no saguão da escola. Assim como houve a participação dos acadêmicos na construção de cartazes, participamos também das apresentações de seminário em salas de aula com os alunos, orientando-os antes e durante as apresentações de acordo com as experiências adquiridas em nosso Curso de Educação Física no Ensino Superior nas Faculdades Magsul (FAMAG). Concluída esta etapa, a professora faria agora sua avaliação por meio da participação dos alunos no decorrer de todo o trajeto da construção dos trabalhos, avaliando-os pelas pesquisas em grupos e individuais. Contribuímos também nesta etapa, como mencionado anteriormente, monitoramos os alunos durante suas pesquisas e construções dos trabalhamos, indicando para a professora aqueles que se esforçaram e assim como os que deixaram de contribuir. Em todas estas etapas foi notável o esforço e entendimento dos alunos sobre o Aedes Aegypti, assim também dos acadêmicos, que atingiram seus objetivos e aprendendo desde já a contribuir de forma interdisciplinar para uma melhor aprendizagem dos alunos. Compreendese, que a partir de todas estas contribuições e participações dos acadêmicos, obtivemos a compreensão sobre os perigos oferecidos pelo Aedes Aegypti. Não somente os alunos expandiram seus conhecimentos sobre o tema, ampliamos também nossa conscientização sobre a importância de combater este mal que vem se alastrando em nosso país, de modo gratificante houve a troca de conhecimentos entre professor, alunos e acadêmicos. 2. SOBRE O MOSQUITO AEDES AEGYPTI E SEUS DANOS A SAÚDE O Aedes Aegypti vive perto do homem e é um mosquito doméstico, alimenta-se de sangue humano e possui hábitos diurnos, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. Sua principal forma de reprodução acontece em água parada e limpa, a partir dos ovos postos pela REVISTA MAGSUL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA FRONTEIRA n. 1, v. 1 (2016) 8 XII Semana Acadêmica de Educação Física VII Encontro Técnico-Científico fêmea. A estratégia que garante a dispersão da espécie e a implantação de seus ovos em diversos criadouros (PORTAL ELETRÔNICO MEC, 2016). O mosquito é originário do Egito, sua dispersão pelo mundo deu-se pela África, primeiro da costa leste do continente para as Américas, depois da costa oeste para a Ásia. Somente em 1818 o gênero Aedes foi descrito, logo, o nome Aedes Aegypti foi estabelecido quando se verificou que a espécie Aegypit, que já havia sido descrita anos antes, apresentava características biológicas e morfológicas à espécie do Aedes. Para produzir seus ovos o mosquito fêmea suga sangue, o vírus da dengue pode ser transmitido neste processo se o mosquito estiver infectivo. A cada lote de ovos que produz, em geral o mosquito pica somente uma pessoa para isso, no entanto, também para um mesmo lote mais de uma pessoa ele é capaz de picar (PORTAL ELETRÔNICO MEC, 2016). As teorias mais aceitas indicam que o A. aegypti tenha se disseminado da África para o continente americano por embarcações que aportaram no Brasil para o tráfico de escravos. Há registro da ocorrência da doença em Curitiba (PR) no final do século 19 e em Niterói (RJ) no início do século 20. (PORTAL ELETRÔNICO MEC, 2016). 2.1 DOS CONCEITOS GERAIS DA DENGUE A dengue trata-se de uma doença viral que pode ser transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. Especificamente no Brasil, a primeira vez em que esta doença foi identificada foi no ano de 1986. Existe uma estimativa, de que no mundo aproximadamente 50 milhões de casos de infecções, anualmente são identificados, (PORTAL ELETRÔNICO MEC, 2016). Com os estudos realizados em conjunto entre os acadêmicos e alunos da escola pela orientação específica da professora de Educação Física, foi possível adquirimos bases importantes sobre o que vem a ser a Dengue. Portanto, analisamos até aqui que a dengue se trata de uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti e, que o primeiro caso identificado da doença, não é atual, desde o ano de 1986 já foi identificado o primeiro caso da doença, foi também possível percebermos o quanto é grande o número de pessoas infectadas no mundo anualmente. Pudemos perceber já no inicio do projeto um processo de conscientização e entrosamento entre acadêmicos e alunos da escola. O Aedes Aegypti pode transmitir a dengue para o individuo através de sua picada, porém, existem também registros de transmissão do vírus pela transmissão sanguínea e REVISTA MAGSUL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA FRONTEIRA n. 1, v. 1 (2016) 9 XII Semana Acadêmica de Educação Física VII Encontro Técnico-Científico transmissão vertical. Sendo assim, faz-se ilustrado as formas de transmissão da doença pelo Aedes Aegypti ao individuo e outras possibilidades (PORTAL ELETRÔNICO MEC, 2016). Conscientizar os alunos sobre a importância de como ocorre a transmissão da dengue e as maneiras de se prevenirem, foi um dos principais objetivos no desenrolar das aulas. Enfatizamos ainda que os alunos não deixassem estes conhecimentos obtidos somente dentro do regimento escolar, mas que levassem para suas casas e assim seus familiares e sociedade em geral, para que assim pudessem evitar uma possível infecção. A infecção assintomática por dengue pode ser leve ou até causar doenças mais graves e levar o individuo a óbito. A febre alta (39° a 40°C) normalmente é uma das primeiras manifestações da dengue, geralmente tem a duração entre dois a sete dias, podendo ser acompanhada por dores no corpo, de cabeça, prostração, coceira na pele, erupção, dor atrás dos olhos, náuseas e vômito e perda de peso são os sintomas mais comuns que se apresentam no indivíduo infectado pela doença (PORTAL ELETRÔNICO MEC, 2016). Com a demonstração e esclarecimento aos alunos sobre quais são os sintomas da doença, obtiveram informações importantes para que eles mesmos pudessem facilmente efetuar a identificação da doença em si mesmos, em seus familiares, vizinhos entre outros, caso alguém estivesse com a infecção. O objetivo deste procedimento foi orientar ao aluno que ao verificar estes sintomas, o mais importante a se fazer é procurar um serviço de saúde, e de maneira alguma se automedicar. Para ilustramos melhor os sintomas da dengue, apresentamos a seguinte imagem: REVISTA MAGSUL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA FRONTEIRA n. 1, v. 1 (2016) 10 XII Semana Acadêmica de Educação Física VII Encontro Técnico-Científico Figura 1 - sintomas da Dengue sobre o corpo Fonte: http://combateaedes.saude.gov.br/sintomas A imagem acima facilita ainda mais a possibilidade de identificar os sintomas, e quais partes do corpo são mais afetadas. A importância de mostrar os sintomas da doença (dengue) ao individuo, como já dissemos é orientar o aluno que ao perceberem estes sintomas, ou notassem o mesmo em outras pessoas deveriam procurar um serviço de saúde, e jamais se automedicarem. Especificamente não existe um tratamento para a pessoa afetada pela dengue, porém, acompanhamentos realizados somente combatem os sintomas da doença, quando se apresentam o importante é procurar um serviço de saúde, ingerir muito líquido, repousar e o mais importante, jamais se automedicar. REVISTA MAGSUL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA FRONTEIRA n. 1, v. 1 (2016) 11 XII Semana Acadêmica de Educação Física VII Encontro Técnico-Científico Temos esclarecimentos de que ainda não é possível prevenir a dengue com vacinas ou medicamentos, pois os mesmos ainda não existem, a única forma de prevenção é acabar com os mosquitos; mantendo o domicílio sempre limpo e eliminando os possíveis criadouros do Aedes Aegypti. Para maior proteção as pessoas devem evitar a exposição da pele durante o dia, protegendo-a com roupas adequadas; utilizando também repelentes e inseticidas, sempre seguindo as orientações do rótulo; faz-se necessário proteger-se enquanto dormem, e no caso de bebês e pessoas acamadas, mesmo durante o dia usando mosquiteiros. (PORTAL ELETRÔNICO MEC, 2016). 2.2 DOS CONCEITOS GERAIS DA CHIKUNGUNYA A Febre Chikungunya também é uma doença que pode ser transmitida através dos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes albopictus. Em 2014 foi identificado pela primeira o vírus no Brasil. O significado de Chikungunya é: "aqueles que se dobram" em swahili, sendo este um entre outros idiomas da Tanzânia, se referem aos pacientes que apresentavam uma aparência curvada quando houve a primeira epidemia registrada, entre 1952 e 1953 no leste da África (Tanzânia), (PORTAL ELETRÔNICO MEC, 2016). Os principais sintomas são: intensas dores nas articulações das mãos e dos pés, além dos pulsos, tornozelos e dedos. Depois da primeira vez não é possível mais ter Chikungunya, pois pelo resto da vida a pessoa fica imune depois de infectada uma única vez. Após a picada do mosquito, entre dois e doze dias os sintomas iniciam-se. Aproximadamente 30 % dos casos não apresentam sintomas (PORTAL ELETRÔNICO MEC, 2016). Trabalhar com os alunos as diferenças dos sintomas entre Dengue, Chikungunya e o Vírus Zika também foram objetivos na elaboração das atividades com os alunos durante as aulas de Educação Física. Os conceitos de cada um de inicio acabavam por confundir os alunos, e até mesmo os próprios acadêmicos. Embora os conceitos de cada um estejam interligados, individualmente todos apresentam suas singularidades, esperávamos então que os alunos chegassem às seguintes conclusões e especificidades que cada uma delas apresenta. Assim como não existe tratamento especifico para dengue, para Chikungunya também não, seus sintomas são tratados com antiinflamatórios (para dores articulares), e com paracetamol (para dores articulares). Devido ao risco de hemorragia, não se recomenda o uso de AAS (Ácido Acetil Salicílico), é recomendável que o paciente repouse e beba muito REVISTA MAGSUL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA FRONTEIRA n. 1, v. 1 (2016) 12 XII Semana Acadêmica de Educação Física VII Encontro Técnico-Científico líquido (PORTAL ELETRÔNICO MEC, 2016). Para prevenir-se contra a Chikungunya devem-se tomar as mesmas medidas que a prevenção da dengue é fundamental que reforcemos a eliminação do mosquito Aedes Aegypti e seus criadouros (PORTAL ELETRÔNICO MEC, 2016). Mesmo que o indivíduo localize um possível criadouro do mosquito e que não consiga eliminá-lo, o mesmo deverá acionar a Secretaria Municipal de Saúde da sua cidade. Estas então foram as ênfases sobre o processo de conscientização aos alunos contra os focos para prevenir-se das doenças. Figura 2 – sintomas da Chikungunya sobre o corpo Fonte: http://combateaedes.saude.gov.br/sintomas REVISTA MAGSUL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA FRONTEIRA n. 1, v. 1 (2016) 13 XII Semana Acadêmica de Educação Física VII Encontro Técnico-Científico 2.3 DOS CONCEITOS GERAIS DO VÍRUS ZIKA O Zika também e um vírus que pode ser transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, no Brasil seu primeiro caso identificado foi em Abril de 2015. O Zica Vírus foi identificado primeira vez sua história em 1947 na floresta Zika (Uganda), assim então devido ao seu local de origem recebeu esta denominação (PORTAL ELETRÔNICO MEC, 2016). Assim sendo reconhcemos que Dengue Chikungunya e Zika, são vírus que podem ser transmitidas igualmente por um mesmo mal feitor, o Aedes Aegypti. Das pessoas infectadas pelo Zika, aproximadamente 80% dos casos não desenvolvem manifestações clinicas. Febre baixa, dor de cabeça, manchas vermelhas na pele, leves dores nas articulações são os sintomas principais que o Zika pode causar. Sintomas como dor de garganta, inchaço pelo corpo, vômitos e tosses são sintomas menos freqüentes durante a infecção. A evolução da doença no geral é benigna, geralmente após três a sete dias espontaneamente seus sintomas desaparecem, mas as dores nas articulações podem persistir por um mês. São raras as formas graves e atípicas, mas pode evoluir para óbito excepcionalmente, o primeiro caso de óbito registrado deu-se em Novembro de 2015, (PORTAL ELETRÔNICO MEC, 2016). Desta forma, assim como a Dengue, Chikungunya e também o Zika Vírus, orientamos aos alunos que ao reconhecerem os sintomas do Zika e as demais doenças, devem recorrer a um serviço de saúde para atendimento e tratamento adequado. Desde que começamos a participar das aulas com a professora de Educação Física, pudemos contribuir também no processo de conscientização dos alunos sobre os males que essas doenças podem causar, e ainda no processo de sensibilização, para que eles ficassem cientes dos riscos que suas famílias e sociedade em geral podem estar correndo caso não se previnam e tomem alguma atitude através da autonomia que desenvolveram durante sua participação no projeto e especificamente com a contribuição da professora de Educação Física em suas aulas. Também através do mosquito Aedes Aegypti dá-se a principal forma de transmissão do Zika vírus. Com base em estudos científicos, outras formas de transmissão precisam ser avaliadas. Até o momento, transmissão por sêmen, saliva, leite materno e por urina não estão confirmadas. Estudos feitos na Polinésia Francesa constataram que, a reaplicação do vírus não foi identificada em amostras de leite e, como uma doença sexualmente transmissível o vírus REVISTA MAGSUL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA FRONTEIRA n. 1, v. 1 (2016) 14 XII Semana Acadêmica de Educação Física VII Encontro Técnico-Científico não pode ser classificado e, descrição de transmissão por saliva também não há evidencias (PORTAL ELETRÔNICO MEC, 2016). Assim como não existe tratamento especifico para Dengue e Chikungunya também não existe para o Vírus Zika, e muito menos vacina para combater o mesmo. É baseado em tratamentos para os casos sintomáticos o uso de paracetamol (acetaminofeno), ou dipirona para que as dores e febres sejam controladas, os anti-histamínico em caso de erupções pugnosas podem ser considerados. O uso de actilsalicilico (AAS) e outros inflamatórios não são recomendados, devido a possibilidade de aumento a complicações hemorrágicas (PORTAL ELETRÔNICO MEC, 2016). Figura 3- sintomas do Vírus Zika pelo corpo Fonte: http://combateaedes.saude.gov.br/sintomas REVISTA MAGSUL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA FRONTEIRA n. 1, v. 1 (2016) 15 XII Semana Acadêmica de Educação Física VII Encontro Técnico-Científico Após todos os esclarecimentos e conceitos passados aos alunos, dentro do possível, os mesmos compreenderam que, ao apresentar quaisquer tipos de sintomas sobre o Vírus Zika, o importante é procurar um serviço de saúde. No projeto geral (da escola), os alunos foram às ruas para exercerem sua autonomia desenvolvida durante o projeto, tinham por objetivo identificar e eliminar os focos identificados do mosquito nas ruas da cidade. Portanto, os focos que fossem identificados nas ruas e domicílios onde não podiam ser eliminados por eles mesmos, a Secretária Municipal de Saúde eram acionados. Os alunos receberam instruções sobre vestimentas de manga longas, o uso de repelentes e o que mais fosse necessário para não se exporem com riscos de serem infectados. CONSIDERACÕES FINAIS Podemos analisar que através desta experiência adquirida pela disciplina de Estágio Supervisionado IV, fomos impactados por uma realidade que podemos chamar de uma pré atuação como profissionais de Educação Física. Conhecemos a realidade escolar que será uma das possíveis áreas de atuação profissional de nós acadêmicos, e ainda irmos além disso. Obtivemos conhecimentos que não se limitam ao interior da escola, mas um conhecimento universal sobre este mal do Aedes Aegypti que vem se espalhando pelo mundo todo. Percebemos que as doenças que podem ser transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti estão totalmente interligados, como a Dengue, Chikungunya e o Vírus Zika, mas mesmo assim estas doenças não podem ser confundidas. Também foi notável que, durante nossa graduação, não dependemos apenas de nossa instituição de Ensino Superior para podermos adquirir novos conhecimentos, através das aprendizagens vivenciadas percebemos desde já a reconhecer a importância de uma formação continuada, o que queremos dizer é, que o grau de conhecimento que obtivemos sobre o Aedes Aegypti e seu conjunto de doenças, hoje se encontra em um nível bem mais elevado, não ficando preso somente ao que vivenciamos e nossas formações acadêmicas dentro de nossa instituição, conhecimentos estes que obtivemos fora da instituição de ensino, mas, claro que isto só foi possível através dela, graças a disciplina de Estágio Supervisionado IV, que nos apresentou uma proposta de vigências práticas e teóricas sobre o tema Aedes Aegypti. REVISTA MAGSUL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA FRONTEIRA n. 1, v. 1 (2016) 16 XII Semana Acadêmica de Educação Física VII Encontro Técnico-Científico Aprendemos desde já a efetuar o trabalho interdisciplinar de forma conjunta entre professores, acadêmicos e alunos, por parte do professor responsável pela disciplina de Estágio e da professora de Educação Física responsável pela escola pública em que atuamos. Podemos dizer que quem saiu ganhando com isto foram os acadêmicos da FAMAG na aquisição de conhecimento e experiência profissional, e os alunos da escola que também foram público para esta aprendizagem sobre o tema Aedes Aegypti. Concluímos também que, o setor saúde faz parte da área da Educação Física como um dos setores de atuação profissional, e mesmo que o professor esteja no área educacional e não atue diretamente no setor da saúde, pode e deve desenvolver o seu papel como profissional preocupado com o bem estar da população e, exercer o seu trabalho dentro da escola, pois desta maneira, estará contribuindo de alguma forma com a sociedade em geral e com a saúde da população, desenvolvendo nos alunos a conscientização sobre os males do Aedes Aegypti, e sensibilizando-os a fazer o que é certo, desta maneira para que os alunos possam exercer sua autonomia como futuros cidadãos críticos e que sejam capazes desde já, intervir contribuindo com exercícios extras em relação às aprendizagens e conhecimentos adquiridos através das aulas de Educação Física. Portanto, são estes pontos de vistas que refletem sobre a intervenção do profissional de Educação Física como um professor que pode fazer a diferença para a sociedade, que a disciplina de Estágio supervisionado IX contribui para que sirvamos de exemplos e profissionais de qualidade. REFERÊNCIAS BRASIL, Portal Eletrônico do Ministério da Educação. Dengue, Chikungunya e Zica. Brasília, DF: MEC, 2016. Disponível em: http://combateaedes.saude.gov.br/index.php/tira-duvidas#dengue. Acesso em: 26 abr. 2016. BRASIL, Portal Eletrônico do Ministério da Educação. Dengue, Chikungunya e Zica. Brasília, DF: MEC, 2016. Disponível em: http://combateaedes.saude.gov.br/sintomas. Acesso em: 26 abr. 2016. BRASIL, Portal Eletrônico do Ministério da Educação. Dengue, Chikungunya e Zica. Brasília, DF: MEC, 2016. Disponível em: http://combateaedes.saude.gov.br/. Acesso em: 26 abr. 2016. BRASIL, Portal Eletrônico do Ministério da Educação. Dengue, Chikungunya e Zica. Brasília, DF: MEC, 2016. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/portal-do-professor. Acesso em: 26 abr. 2016. REVISTA MAGSUL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA FRONTEIRA n. 1, v. 1 (2016)