análise de crescimento de plantas de aroeira vermelha no

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ANÁLISE DE CRESCIMENTO DE PLANTAS DE AROEIRA
VERMELHA NO MUNICÍPIO DE JI-PARANÁ, RO.
GROWING ANALYSIS OF RED AROEIRA PLANTS IN JI-PARANA
COUNTY
Bráulio Otomar Caron1, Walter Rocha Meira2, Denise Schmidt3, Benedito Gomes dos
Santos Filho4, Sandro Luis Petter Medeiros5, Paulo Augusto Manfron6, Liziany Müller7
RESUMO
A condição de exploração da aroeira vermelha (Myracrodruon urundeuva Fr. ALL) e
a falta de tecnologia na região têm contribuído para o processo de extinção da espécie no
Estado de Rondônia. O objetivo do trabalho foi de avaliar o crescimento e o desenvolvimento
da aroeira vermelha desde a fase de mudas até 112 dias do ciclo de vida. As sementes
utilizadas no trabalho foram coletadas em plantas nativas da região. O processo germinativo
ocorreu entre dois e oito dias após plantio, com índice de germinação de 85%. As folhas
compostas surgiram aos 8 dias após o transplante. O número médio de folhas ao final do
estudo foi de 15,6 folhas.planta-1. O caule apresentou crescimento médio de 30,27cm e as
raízes de 16,55cm. A área foliar aos 112 dias foi de 0,96 cm².planta-1. A fitomassa seca de
folhas foi de 50,13%; o caule 23,24% e as raízes 21,52% do total de fitomassa seca da planta.
Os valores mais elevados de Taxa de Crescimento Absoluto (TCA) e Taxa de Crescimento
Relativo (TCR) ocorreram no início do subperíodo vegetativo, respectivamente, com 34,42%
e 24,69% em relação ao período total de crescimento. O Índice de Área Foliar (IAF)
apresentou valores entre 0,42 e 0,50 no final do período estudado.
Palavras-chave: morfologia, fitomassa seca, taxa de crescimento absoluto, taxa de
crescimento relativo, índice de área foliar.
1
Eng° Agr°, Dr, Prof. Universidade Federal de Rondônia, UNIR, RO.
Eng° Agr°, Prof. Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná, Mestrando da - UFRA, Ji-Paraná- RO.
3
Eng° Agr°, Drª, Prof. Universidade Federal de Rondônia, UNIR, Rolim de Moura, RO.
4
Eng° Agr°, Dr, Prof. Universidade Federal Rural da Amazônia, UFRA,Belém, PA.
5
Eng° Agr°, Dr, Prof. Dpto Fitotecnia, Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Santa Maria, RS.
6
Eng° Agr°, Dr, Prof. Dpto Fitotecnia, UFSM, Santa Maria, RS. Pesquisador do CNPq. [email protected]
7
Zootecnista, Doutoranda, Agronomia, UFSM, Santa Maria, RS. Bolsista CNPq.
2
Revista da FZVA.
Uruguaiana, v.14, n.1, p. 1-13. 2007
Caron, B.O. et al.
2
ABSTRACT
The exploration conditions of Red Aroeira (Myracroduon urundewa Fr. All.) and the
absence of technology in the zone has contributed to extinction process of this specie in
Rondonia State. The goal of this experiment was to evaluate the different plant density in the
cultivation of Red Aroeira. For that it was established two experiments. The first evaluated
the botanic development through its morphology and growing evaluating the dry mass
production in cutting phases up to 112 days. The seeds were collected in plants of areas
occurrence. The germination started after 2 days and finished in 8 days after planting with
85% of germination index. The composed leaves appeared in the 8th day after transplanted.
The leaves mean number in the end of study was 15.6 leaves by plant. Stocks grew around
30.27cm, the roots grew around 16.55cm, and the leaves area was about 0.95786 cm3 by plant
in the end of period. The dry mater production of leaves was 50.13% of total, stocks were
23.24%, and roots 21.52%. The highest AGI occurred in the beginning of first period with
24.69% of growing. Leaves Area Index (LAI) had values from 0.5 to 0.42 in the end of
studied period.
Key words: morphology, dry mass, stocks grew around, roots grew around, leaf area index
construção rural e evitar a exploração
INTRODUÇÃO
A
desordenada, são necessários estudos sobre
aroeira
vermelha
(Myracrodruon urundeuva Fr. All.), tem
a espécie que irão subsidiar políticas para o
plantio.
seu emprego muito difundido na construção
Neste sentido, a aroeira vermelha
rural por possuir madeira resistente, sendo
tem sido estudada e recomendada para
muito utilizada para postes, cercas vivas, de
recuperação de ecossistemas degradados,
maneira especial na recuperação de áreas
considerando
degradadas, alimentação de animais, planta
pioneira e sua agressividade. Silva et al.
ornamental nas áreas urbana e utilizada na
(2000) vem conduzindo a implantação de
flora medicinal (GUERREIRO & PAOLI
um banco de germoplasma com finalidade
1999; BORDOLOTTO & NETO 1998).
de conservação da espécie “ex situ”
No
Estado
de
Rondônia
seu
caráter
de
espécie
a
objetivando a diversificação de estudos que
exploração comercial da aroeira vermelha
possam preservá-la. CARVALHO (1994,
tem sido de forma extrativista e predatória.
2003) e CARVALHO et al., (1996)
Para assegurar sua preservação e um
reuniram informações técnicas e cientificas
suprimento constante de matéria prima à
da aroeira vermelha destacando aspectos
Revista da FZVA.
Uruguaiana, v.14, n.1, p. 1-13. 2007
3
Análise de crescimento...
botânicos
e
suas
características
germinação e a fase de mudas, onde
identifica e relata os aspectos morfológicos
silviculturais.
MEDEIROS
et
al.
(2000)
da espécie.
possam
Considerando a ocorrência da
conservar a espécie para gerações futuras,
aroeira vermelha no Estado de Rondônia e a
estudaram a viabilidade de sementes de
maneira de exploração predatória, esta
aroeira vermelha em diferentes condições
pesquisa tem como objetivo avaliar o
de umidade e temperatura, a fisiologia das
crescimento
plantas e a melhor forma de conservação,
espécie, desde a fase de mudas até 112 dias
obtendo os melhores resultados fisiológicos
do ciclo de vida.
estudaram
tecnologias
que
e
o
desenvolvimento
da
para conservação em baixas temperaturas,
assim
como,
o
armazenamento
das
MATERIAL E MÉTODOS
Os estudos foram desenvolvidos
sementes em nitrogênio líquido. PAES et
al. (2002) estudaram a resistência da
no
Campo
Experimental
madeira de aroeira vermelha com relação a
Universitário
fungos e cupins tendo sido confirmada sua
(CEULJI),
Ji-Paraná
resistência natural.
coordenadas
geográficas 10º56’41S de
Luterano
do
de
-
Centro
Ji-Paraná
RO,
com
O fator nutricional e a influência
latitude e 61º57’27” W de longitude e 204m
na variação genética da aroeira vermelha
de altitude. O clima segundo classificação
instalada em povoamento homogêneo e
de Köppen, é do tipo Aw, pluviosidade
consorciado, foi estudado por OLIVEIRA
anual oscilando entre 1.400 a 2.500
et al. (2000). FILHO (1987), estudando a
mm.ano-1. A temperatura máxima de 34ºC,
calagem, aplicação de fósforo e potássio,
e temperatura mínima de 17ºC. A umidade
indica que o potássio é o elemento
relativa do ar média é de 89% (SEDAM,
nutricional de menor importância para o
2003).
crescimento da espécie. GARRIDO (1975)
O solo utilizado na produção das
estudando a aroeira vermelha em plantios
mudas foi preparado com 1/3 de matéria
homogêneos e mistos indica a necessidade
orgânica constituída de palha de café, 2/3
de desbrota na condução para formação de
de solo da camada de 20cm de um
fuste desta espécie.
Latossolo Amarelo Distrófico e 5kg de
FELICIANO (1989) estudou o
calcário dolomítico. A análise do solo
crescimento inicial da aroeira vermelha em
utilizado como substrato para produção das
que avaliou as diferentes fases destacando a
mudas apresenta como características: pH
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Caron, B.O. et al.
7,2; P 25,5 mg.dm-3; K 0,41 cmolkc.dm-3;
-3
-3
Ca 6,1 cmolkc.dm ; Mg 5,3 cmolkc.dm ;
-3
4
transplante das mudas para os sacos
plásticos considerando intervalos de 10 dias
-
para cada nova amostra, 32, 42, 52, 62, 72,
; H 2,5 cmolkc.dm-3. As sementes para
82, 92, 102 e 112 perfazendo um total de 50
produção de mudas foram coletadas na
plantas. Obteve-se fitomassa seca total,
região do município de Alta Floresta
fitomassa seca das folhas, fitomassa seca do
D’oeste de plantas nativas no período de
caule, raízes, galhos e demais órgãos das
agosto a setembro de 2003.
plantas. A área foliar estabeleceu-se pelo
Ca+Mg 11,4 cmolkc.dm ; Al 0 cmolkc.dm
3
As sementes foram colocadas em
método de discos (Benincasa, 2003). A
caixas de areia esterilizada para germinar
população total foi de 200 mudas. Neste
contendo 100 sementes por caixa, com 04
período o espaçamento entre as mudas com
repetições. Posteriormente foram levadas ao
até 32 dias de transplantadas foi 5cm entre
laboratório de sementes em temperatura
si,
ambiente onde permaneceram durante 10
espaçamento foi de 15cm até o final do
dias. Após sua emergência com estatura
experimento.
entre
4
a
5cm
as
plântulas
foram
após
esta
Foram
idade
das
efetuados
mudas
cortes
o
nas
transplantadas para sacos plásticos, com
plantas separando-se as folhas, caules e
dimensões de 10cm x 18cm e capacidade
raízes, acondicionando-se em sacos de
para 0,6kg do solo preparado.
papel e secas em estufas de circulação
O estudo, após o transplante, foi
forçada de ar a 60ºC até fitomassa
conduzido em casa de vegetação no
constante. Utilizou-se equação de regressão
delineamento
casualizado,
para análise da morfologia e produção da
foram observados durante a formação das
fitomassa seca. Estes parâmetros foram
mudas sua morfologia em função da idade e
utilizados para estimação da fitomassa das
a produção de fitomassa seca.
mudas de aroeira vermelha (Myracrodruon
inteiramente
As análises foram realizadas a
urundeuva Fr. All.). A partir da fitomassa
partir do processo de emergência das
foram determinados as seguintes variáveis:
sementes
da
Taxa de Crescimento Absoluto (TCA),
morfologia, através da estatura de planta,
Taxa de Crescimento Relativo (TCR) e
número de folhas compostas, número de
Índice de Área Foliar (IAF), calculadas de
folíolos por folhas e emissão de galhos. A
acordo com as seguintes fórmulas:
para
as
observações
análise da produção de fitomassa seca foi
A taxa de crescimento absoluto
iniciada aos vinte e dois dias após o
(TCA): TCA = FS2-FS1 / t2-t1; em g.dia-1
Revista da FZVA.
Uruguaiana, v.14, n.1, p. 1-13. 2007
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Análise de crescimento...
onde (FS2 - FS1) é a diferença de fitomassa
As
folhas
compostas
surgiram
seca entre duas amostras sucessivas (g).
inicialmente trifoliadas aos 08 dias após as
Sendo o (t2 – t1) igual ao período de tempo
mudas transplantadas, a partir dos 22 dias
decorrido
amostragens
os folíolos laterais brotaram iniciando neste
sucessivas em dias. A taxa de crescimento
período estruturas foliares com pares de
relativo (TCR): TCR = Ln FS2 – Ln FS1 / t2
folíolos laterais, configurando as folhas
– t1 onde (Ln FS2 – LnFS1) é a diferença do
compostas imparipenadas com cerca de 3,5
logaritmo neperiano de duas amostras
a 5,0 cm de comprimento por 2,0 a 2,5 cm
sucessivas de fitomassa seca total (g).
de largura, tendo o folíolo terminal com 4,5
entre
duas
O índice de área foliar foi
a 6,5 cm de comprimento por 2,0 a 2,5 cm
calculado a partir da seguinte fórmula: IAF
de largura, ovados a lanceolados, ápices
= AF / AS onde AF é a área foliar em cm2,
agudos a acuminados, os bordos serrados,
e AS é a área de solo sob domínio da planta
peninérveos. O caule apresenta coloração
2
verde com estrias na base de coloração
em cm .
castanhas escura a purpúreas, lenticelas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O
início
da
emergência
numerosas entre as estrias, apresentou
das
crescimento médio no período total de
sementes de aroeira vermelha ocorreu após
30,3cm.
dois dias de semeadas, concluída com oitos
crescimento médio no período estudado de
dias, apresentando germinação cerca de
16,6 cm de comprimento, tipo axial
85%, sendo esta germinação epígea. Por
levemente tuberosa e raízes secundárias de
ocasião do transplante para formação das
coloração castanho-clara, Estes indicativos
mudas, as plântulas apresentavam 5cm de
morfológicos
estatura, raízes axiais levemente tuberosas e
confirmam
raízes secundárias pouco desenvolvidas
Feliciano (1989).
confirmando os dados obtidos por (1989).
Quanto aos cotilédones, observa-se que os
mesmos permaneceram ainda verdes até os
32 dias após o transplante mostrando que
esta espécie tem uma grande capacidade de
acumulação de reservas nutricionais para
seu desenvolvimento inicial.
As
raízes
da
os
apresentaram
aroeira
estudos
verdadeira
realizados
por
A análise através das equações de
regressão para a estatura de plantas, número
de folhas e área foliar demonstra que estas
variáveis biométricas apresentam variação
conforme
a
idade
das
plantas.
O
crescimento no período dos 22 aos 112
dias, ocorreram para a estatura de plantas de
8,7cm a 46,4cm, no número das folhas de
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Uruguaiana, v.14, n.1, p. 1-13. 2007
Caron, B.O. et al.
4,4 a 15,6 e na área foliar de 0,12 a 9,58
-1
6
superiores aos de Thomaz et al. (2001) que
apresentaram valores de 8,75 folha.planta-1
cm². planta .
Thomaz et al. (2001) trabalhando
com taxi-branco (Sclerolobium paniculatum
Vogel), apresentam resultados aos 120 dias
referentes à estatura com 34,5 cm valores
inferiores aos obtidos por esta pesquisa, que
apresenta valor médio, para o mesmo
período de 46,4cm. Miranda et al. (1995),
aos 120 dias. A equação de regressão de
segundo grau com R² = 0,91 demonstra a
tendência de aumento no número de folhas,
que
apresenta
maior
velocidade
de
lançamento de folhas no intervalo entre os
72 e 82 dias, com cerca de 5,6 folhas em
média por planta.
estudando craibeira (Tabebuia caraibo) na
A relação da área foliar com a idade
fase de viveiro aos 90 dias de idade,
da planta apresenta efeito positivo em seu
constataram um valor médio de 35cm mas
crescimento, os valores observados no
inferior
período
ao
da
aroeira
vermelha
dos
22
aos
112
dias
(Myracrodruon urundeuva Fr. All.) que
proporcionaram um aumento médio na área
apresentou valores médios para estatura de
foliar de 0,42 cm².planta-1, tendo o valor
45,9 cm. Portanto, a aroeira vermelha
inicial aos 22 dias após o transplante para
apresentou um crescimento superior ao
os sacos plásticos de 0,01 cm².planta-1, e
taxi-branco e a craibeira.
alcançando aos 112 dias 0,96 cm².planta-1
A figura 1 apresenta a curva de
(Figura 3). Para área foliar a regressão
regressão de estatura das plantas de aroeira
polinomial apresentou valor de R2 igual a
vermelha em função da idade. Observando-
0,89 ocorrendo devido principalmente pelo
se que a equação de melhor ajuste é a de
fato da área foliar atingir um valor máximo
segundo grau com R² = 0,86 e que o maior
aos 112 dias, contudo o maior crescimento
incremento
plantas
segmentado foi ocorrido no período dos 72
ocorreram dos 72 aos 82 dias com cerca de
aos 82 dias com cerca de 0,36 cm².planta-1.
21,5cm.
Este aumento de área foliar representa
de
estatura
das
maior capacidade para produção de foto
Para o efeito da idade das plantas
em relação ao crescimento do número de
folhas da aroeira vermelha, verifica-se um
assimilados,
proporcionando
o
desenvolvimento das mudas da aroeira
vermelha.
aumento, estabilizando aos 82 dias com
valores médios de 15,6 folha.planta-1
(Figura
2).
Estes
resultados
foram
Estes resultados de área foliar são
superiores aos encontrados por Thomaz et
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Análise de crescimento...
al. (2001) com a cultura de taxi-branco que
-1
parte área variou em média de 0,09
aos 150 dias encontrou 851,8 cm².planta , e
g.planta-1 a 7,36 g.planta-1, tendo maior
de Scalon (1992) em plantas de pau-pereira
incremento no mesmo período anterior de
(Platycyanus regnelli Benth) que encontrou
2,83 g.planta-1 no intervalo dos 72 a 82
932,30 cm².planta-1.
dias.
Equações de segundo grau foram
As
raízes
apresentaram
um
ajustadas para os resultados de fitomassa
crescimento em fitomassa seca na ordem de
seca das folhas, do caule, das raízes e
0,02 g.planta-1 a 2,12 g.planta-1, com
fitomassa seca total em função da idade da
incremento médio de 0,77 g.planta-1, sendo
aroeira vermelha ao final dos 112 dias de
o período de maior crescimento dos 82 a 92
transplante,
crescimento
dias. Ao se analisar os demais órgãos da
ascendentes nas diferentes partes das
planta em crescimento, a produção de
plantas de acordo com sua idade (Figura 4).
fitomassa seca total ocorreu no período
A produção de fitomassa seca das
compreendido entre 72 a 82 dias com valor
folhas variou em média de 0,06 g.planta-1
médio de 3,16 g.planta-1, diferenciando-se
aos 22 dias a 4,68 g.planta-1 aos 112 dias,
das
e
mostrou
tendo o maior incremento ocorrido entre o
raízes.
Este período
foi
o
que
apresentou incremento de fitomassa seca
período de 72 a 82 dias, com crescimento
mais intenso no crescimento radicular da
médio de 1,59 g.planta-1 e 50,13% da
aroeira vermelha, de 21,52%. A aroeira
fitomassa seca produzida destinada às
vermelha
apresentou
crescimento
de
fitomassa seca decrescente nos diferentes
folhas.
órgãos, na seguinte forma: FST > FSPA >
O caule apresentou produção de
fitomassa seca variando entre 0,02g.planta-1
FSR.
a 2,22 g.planta-1 no mesmo período
A produção crescente de fitomassa
estudado, tendo maior incremento no
seca da parte área da aroeira vermelha é
intervalo de 72 a 82 dias com 1,01 g.planta-
semelhante ao que foi observado na
1
essência
, e 23,24% da fitomassa seca total para
produção do caule. Para a produção de
galhos e demais órgãos da parte aérea da
planta, a produção de fitomassa seca
importou em 1,98 g.planta-1 com cerca de
5,10%. A produção de fitomassa seca da
florestal
do
freijó
(Cordia
goeldiana Huber) (Frazão, 1985) e por
Thomas et al. (2001) para o taxi-branco
(Sclerolobium paniculatum Vogel), em que
o crescimento foi sempre crescente embora
sejam de famílias e espécies diferentes.
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8
As figuras 5, 6 e 7 mostram as
O índice de área foliar apresentou
curvas de variação da taxa de crescimento
crescimento variável até o intervalo de 72
absoluto, taxa de crescimento relativo e do
dias com valores oscilando entre 0,9 a 0,5
índice de área foliar, respectivamente, nas
demonstrando
condições ambientais de produção das
sombreamento
mudas da aroeira verdadeira em que a
Posteriormente
temperatura ambiente variou de 25,6°C a
crescentes variando de 0,25 a 0,42 devido a
26,7°C. A taxa de crescimento absoluto em
uma melhoria no processo de produção de
função da idade da planta apresentou
fitomassa seca.
variação no intervalo de 22 a 32 dias, em
34,2%
considerando
um
acúmulo
a
influência
do
(Benincasa,
seus
Observa-se
na
2003).
valores
curva
auto-
foram
do
IAF
de
estimado boa relação com coeficiente de
fitomassa de 0,46 g.planta-1. A segunda
determinação da ordem de 0,88 para as
maior taxa de crescimento absoluto ocorreu
condições ambientais na produção das
no período de 72 a 82 dias, com 23,37%,
mudas de aroeira vermelha, tendo a
considerando uma fitomassa acumulada
equação de regressão demonstrado uma
-1
para o período de 0,32 g.planta . A
tendência crescente ao longo de seu
velocidade de crescimento foi de 1,35
crescimento.
g.planta-1 aos 112 dias.
A taxa de crescimento relativo
apresentou
variações
no
decorrer
CONCLUSÃO
Os
da
resultados
apresentados
produção das mudas de aroeira vermelha,
permitem concluir que a maior participação
sendo que no período de 22 a 32 dias
de fotoassimilados foi encontrada nas
alcançou seu crescimento máximo com um
folhas, seguida do caule e posteriormente
percentual de 24,69% quando comparado
das
aos demais períodos, com um crescimento
Absoluto (TCA), Taxa de Crescimento
de 0,14 g.g-1.dia-1; alcançando no período
Relativo (TCR) e Índice de Área Foliar
seguinte um crescimento de 0,74 g.g-1.dia-1
(IAF) variaram ao longo do período
representando
o
estudado de acordo com o crescimento das
período 62 a 72 dias um crescimento na
mudas, segundo as respostas fisiológicas as
ordem de 0,08 g.g-1. dia-1 com 13,56%. No
condições ambientais.
13,26%.
Destaca-se
raízes.
A
Taxa
de
Crescimento
intervalo total do estudo a TCR apresentou
um aumento de 0,56 g.g-1. dia-1.
Revista da FZVA.
Uruguaiana, v.14, n.1, p. 1-13. 2007
9
Análise de crescimento...
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(Myracrodruon
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siamea), e ipê (Tabebuia impetiginosa) a
fungos e cupins xilófagos, em condições
Revista da FZVA.
Uruguaiana, v.14, n.1, p. 1-13. 2007
11
Análise de crescimento...
FIGURA 1 Equação de regressão da estatura de plantas de aroeira vermelha em função da idade. Ji-Paraná –
RO. 2004.
FIGURA 2 Equação de regressão do número de folhas de plantas de aroeira vermelha em função da idade. JiParaná – RO. 2004.
Revista da FZVA.
Uruguaiana, v.14, n.1, p. 1-13. 2007
Caron, B.O. et al.
12
FIGURA 3 Equação de regressão da área foliar de plantas de aroeira vermelha em função da idade. JiParaná – RO. 2004.
FIGURA 4 Equação de regressão da produção de fitomassa seca de plantas de aroeira vermelha em função da
idade. Ji-Paraná-RO. 2004.
Revista da FZVA.
Uruguaiana, v.14, n.1, p. 1-13. 2007
Análise de crescimento...
TCA (g/dia)
13
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
20 30 40 50
60
70 80 90 100 110
Idade das Plantas (dias)
TCR (g/g/dia)
FIGURA 5 Variação da taxa de crescimento absoluto da Aroeira Vermelha em Ji-Paraná – RO. 2004.
0 ,1 5
0 ,1
0 ,0 5
0
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
I d a d e d a s P la n t as (d ia s)
FIGURA 6 Variação da taxa de crescimento relativo da Aroeira Vermelha em Ji-Paraná – RO. 2004.
y = 7E -05x 2 - 0,0041x + 0,1187
R 2 = 0,8792
IAF
0,6
0,4
0,2
0
20
30
40
50
60
70
80
90
Idade das P lantas (dias)
100 110 120
FIGURA 7 – Variação do índice foliar da aroeira vermelha em Ji-Paraná – RO. 2004.
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