Egito e Mesopotmia

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Egito e Mesopotâmia
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Aspectos Físicos
- Egito: vasta planície banhada pelo Rio Nilo. Prática da agricultura na baixa do rio, quando ele deixa
uma substância fertilizante chamada húmus. O Nilo alimentava o povo e fazia da agricultura a maior
fonte de renda no país. As enchentes fornecem água e irrigam o solo, e quando excessivas, exigem um
trabalho de drenagem, construção de diques e canais de irrigação para evitar a inundação das aldeias. O
rio divide o Egito em 2 regiões distintas: Alto Egito, região do Vale, ao sul e o Baixo Egito, região do
Delta, ao norte, cheia de alagadiços e mais larga, à medida que se aproxima do Mar Mediterrâneo.
- Mesopotâmia: situada no centro do Oriente Médio, entre os rios Eufrates e Tigre. Foi palco de
inúmeras invasões. Esses rios nascem na Armênia e deságuam no Golfo Pérsico. Suas cheias são
violentas e irregulares. Possui duas regiões distintas:
- Assíria: fica ao Norte, também chamada de Alta Mesopotâmia. Região montanhosa de rios
afastados, clima mais temperado, vegetação de clima europeu (pinheiros, carvalhos, etc.), subsolo rico
em minerais, cidades importantes: Assur e Nínive.
- Caldéia: fica ao Sul, também chamada de Baixa Mesopotâmia. Região de planície fértil, de
aluviões que invadem o golfo, com clima cálido, canais de irrigação e diques para disciplinar as águas.
Divide-se em duas regiões: Acádia ao norte e Suméria ao sul.
Evolução Política do Egito
- Antigo Império: existiam os nomos que eram clãs reunidos em torno de um chefe-sacerdote. Esses
nomos se agrupavam em dois reinos: o do Sul (Alto Egito), cujo soberano usava a coroa branca e o do
Norte (Baixo Egito), cujo soberano usava coroa vermelha. Menés unificou os dois reinos e passou a ser o
primeiro faraó do Egito e usou as duas coroas. A capital era Tínis. Os faraós que sucederam Menés
transferiram a capital para Mênfis e organizaram uma monarquia poderosa. Construção de pirâmides,
como a do faraó Quéops (a maior), Quefrém e Miquerinos. Houve revoltas internas e o poder passou para
as mãos dos governadores de província, surgindo estados independentes. Primeiro período intermediário.
- Médio Império: o poder foi restaurado pelos príncipes da cidade de Tebas que se tornou a capital do
império. Ocorreu a invasão dos Hicsos ou povos pastores, que introduziram o cavalo e os carros de
guerra. Nesta época, os Hebreus se estabeleceram no Egito. Segundo período intermediário.
- Novo Império: Segundo império Tebano. O faraó Amosis I expulsa os Hicsos. Período caracterizado
pelas conquistas militares desde o Mar Vermelho até o Eufrates. Os faraós Tutmés III e Ramsés II
levaram ao Egito um grande afluxo de riquezas. Várias lutas internas e a invasão dos Assírios
enfraqueceram o Novo Império. Os assírios foram expulsos pelo faraó Psamético I e a capital foi
transferida para Saís. Logo depois, os persas conquistaram o Egito.
Evolução Política da Mesopotâmia:
- Sumérios: possuíam a escrita cuneiforme, praticavam a agricultura, conheciam técnicas de irrigação,
drenagem, edificações, faziam tijolos de barro. Organização política se baseava em cidades-estados. Estas
cidades viviam em constantes lutas entre si, disputando uma hegemonia sobre as demais.
- Acádios: dominaram os sumérios e se estabeleceram no Norte da Caldéia. Tornaram-se sedentários,
agricultores e adotaram a civilização dos sumérios (costumes, culto, escrita, etc.).
- 1o Império Babilônico ou Caldeu: ocorreu o enfraquecimento das cidades da Suméria, possibilitando a
invasão de povos Semitas, como os Amorritas, que se apoderaram da Babilônia e tornaram a capital num
grande império. O fundador foi o rei Hamurabi que construiu canais de irrigação e distribuiu uma justiça
exata. Grande desenvolvimento do comércio e da indústria.
- Império Assírio: o Império Babilônico foi arruinado pelos árias (indo-europeus), os primeiros
conhecedores do ferro e os últimos do cavalo, que acabou caindo nas mãos dos Assírios, que viviam ao
Norte, eram de origem semita, de população de rudes pastores e belicosa. Possuíam armas pesadas, boa
cavalaria e carros de combate. A indústria dos Assírios foi a guerra. Especializados em cerco e ataque às
cidades fortificadas. Os medas e caldeus se coligaram e invadiram Nínive, uma cidade assíria.
- 2o Império Babilônico ou Caldeu: restauração da monarquia na Caldéia. Grande progresso econômico
e construções como os Zigurates e os Jardins Suspensos. Nabucodonosor subjulgou os hebreus e levou-os
cativos para a Babilônia. Enfrentaram os persas, que tinha se unido com os Medas, e acabaram
derrotados.
Governo: em ambas as civilizações, o governo era monárquico absoluta e teocrática. No Egito exercida
pelo Faraó, visto como um deus. Na Mesopotâmia, exercida pelo Rei, visto como o intermediário entre as
divindades e os homens.
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Economia:
- Agricultura: era a base econômica nos dois países.
- Criação de animais: usados nos campos de trabalho. A caça e a pesca eram abundantes e completavam
a alimentação. Aplicada na Mesopotâmia e no Egito.
- Indústria: era monopólio do Estado. Transformavam as matérias primas em produtos que atendiam ao
Estado e às classes privilegiadas.
Egito
Estado centralizado. Teoricamente a
terra constituía propriedade do faraó, mas
na prática o sistema econômico egípcio
sempre foi coletivista. A comunidade de
aldeia (os camponeses – felás) alienaram a
propriedade sobre a terra pagando ao
Estado, impostos pela sua utilização. Em
troca dos serviços por eles prestados, o
faraó (Estado) coordena as construções de
Economia
obras públicas como as hidráulicas,
canalização,
drenagem,
(Baseada no Modo (irrigação,
construção de reservatórios de água), na
de Produção
defesa da nação (construção de estradas,
Asiático)
distribuição do excedente produzido nas
comunidades de aldeia). Temporariamente
a comunidade enviava membros que
trabalhavam forçados em forma de
corvéia para o Estado.
Comércio
Sociedade
Religião
Mesopotâmia
A terra nunca fora propriedade
exclusiva do rei, quer na teoria, quer na
prática. Teoricamente os deuses eram
proprietários das terras mas na prática, as
propriedades eram tanto públicas como
privadas. No entanto, qualquer que fosse o
proprietário, o rendeiro era obrigado a
pagar uma parte da produção obtida, sob a
forma de impostos.
A rígida hierarquia que caracterizava a
A aptidão para o comércio era a
sociedade egípcia dificultou a formação e principal característica da vida econômica,
desenvolvimento de uma classe mercantil. devido a escassez de certos produtos na
região e pela facilidade de comunicação
com outros povos. Ausência de sistema
monetário. Eram usados ouro e prata,
além das trocas.
No topo da hierarquia estava o faraó,
seguido dos nobres, sacerdotes, escribas,
soldados, camponeses (felás), artesãos e
escravos. Formação de castas hereditárias.
No topo estava o Rei, que tinha poderes
religiosos, militares e administrativos,
seguidos da corte, altos funcionários,
sacerdotes, homens livres, camponeses e
escravos.
Eram politeístas antropozoomórficos e as
forças da natureza. Acreditavam numa
existência
extraterrena.
Tornava-se
indispensável a conservação do corpo,
conseguida com técnicas de mumificação.
Os túmulos variavam de simples covas,
mastabas, hipogeus, até as majestosas
pirâmides. O culto nos templos estava a
cargo dos sacerdotes. Reforma Religiosa
com o faraó Amenófis IV, (Iknaton) que
implantou o monoteísmo em torno de
Aton (o disco solar). Posteriormente, o
politeísmo foi restabelecido pelo faraó
Tutankhamon.
Religião era politeísta antropormórfica.
Representavam as forças da natureza e os
astros. Total ausência de preocupação com
a vida extraterrena.
Ciências
Medicina e a
Química
Arquitetura
Escultura e
Pintura
Foi usado o sistema decimal. A
matemática e geometria desenvolveram-se
em
decorrência
das
necessidades
econômicas
Os médicos egípcios chegaram a
diagnosticar várias doenças, fizeram
cirurgias e usaram uma variedade de
remédios na cura de doenças. Os
embalsamadores
tinham
um
bom
conhecimento de anatomia e de química.
Sistema
sexagesimal.
Identificaram
estrelas, eclípses, planetas em baseados
em suas posições elaboraram calendários,
horóscopos e faziam previsões várias:
dividiram o dia em 24 horas, a hora em
minutos e estes em segundos
Os
textos
cuneiformes
mostram
verdadeiros tratados, com diagnósticos e
prognósticos sobre doenças: distúrbios
oculares, males do aparelho respiratório,
etc. Conheciam as vantagens da dieta,
loções, cataplasmas, ligaduras. Aviavam
receitas. A Farmacopéia dos babilônicos
gozava de grande reputação no Oriente
Antigo e os médicos eram bastantes
conceituados.
Era monumental e sólida, sendo usados O mais usado foi o barro, em tijolos, o que
grandes blocos pedras. Construções de deu pouca durabilidade às obras
túmulos e de templos.
arquitetônicas como templos, palácios e o
Zigurate.
Para a pintura, existiam regras Destaque
para
grandes
esculturas
convencionais impostos pela religião, representando touros alados, estátuas de
onde se observa carência de perspectiva. soberanos e deuses.
A escultura era mais livre, com destaque
para “O Escriba Sentado” e a “Esfinge”.
Escrita
A escrita mais importante foi a Foi a cuneíforme (em forma de cunhas) e,
hieroglífica. Usavam caracteres em caracteres feitos nos tijolinhos de barro
formas de desenhos. Encontradas em com um estilete.
colunas, paredes e papiros (planta nativa
dos pântanos, às margens do Rio Nilo.
Das fibras de seu caule os egípcios
obtinham tecidos para velas, vestuários e
cordas, e, com as folhas fabricavam o
papel).
Literatura
Foi muito rica e com variedade de temas , Foi muito rica e com variedade de temas ,
principalmente,
religiosos.
Temas principalmente,
religiosos.
Temas
históricos, sátiras, contos, hinos.
históricos, sátiras, contos, hinos.
Existia o Direito Penal, onde se aplicava a
pena de morte (fogueira, empalação,
decapitação, estrangulamento, etc.) e o
Direito Civil, que regulava a vida das
pessoas (contratos, testamentos, etc.).
Direito
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Um dos códigos mais antigos foi o de
Ur-Nammu que serviu de base para o
Código de Hamurabi. São 282 parágrafos.
A característica desse Código é a Lei de
Talião: “olho por olho, dente por dente”.
O direito penal previa penalidade para
crimes contra a honra, falso testemunho,
família, costumes, patrimônio, lesões
corporais,
desonestidade,
imperícia,
negligência, etc.
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