5227 Trabalho 1539 - 1/3 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS ESTOMIAS ASSISTIDAS NO ESTADO DA PARAÍBA Aguiar, Elizabeth Souza Silva de1 Ancelmo, Maria das Neves da Silva 2 Soares, Maria Júlia Guimarães Oliveira3 A confecção de um estoma consiste na abertura cirúrgica de um órgão, sendo o vocábulo “estoma” de origem grega, significando boca ou abertura, em que se realiza este procedimento na necessidade de desviar o trânsito normal de alimentação, ventilação ou eliminação do paciente. 1 Neste estudo aborda-se os estomas de eliminação, os quais são causados por traumatismos, doenças congênitas, doenças inflamatórias, tumores e câncer do intestino 2.Considerandose o segmento exteriorizado, as estomias recebem nomes diferenciados, como no cólon = colostomia, no íleo = ileostomia, na bexiga = urostomia, enfim, de acordo com a etiologia da doença, o cirurgião indica a realização de uma estomia temporária ou definitiva, com localização abdominal ou perineal 2. Em que as estomias temporárias são aquelas, que posteriormente permitirão o restabelecimento da continuidade do trato intestinal, desde que se tenha resolvido o problema que levou à confecção da estomia. E as definitivas ou permanentes são realizadas quando não existe a possibilidade de restabelecer o trânsito intestinal, uma vez que o segmento distal do intestino foi extirpado. Neste caso requer apoio contínuo, pois seus problemas são duradouros e cíclicos, necessitando de um cuidado especializado de enfermagem 3 . A estomia é considerada uma das mais importantes realizações cirúrgicas, porque possibilita a sobrevida da pessoa, muitas vezes, acometida por câncer. No entanto, apesar da aceitação desse procedimento por parte da equipe de saúde, para o portador torna-se um processo complexo 4, cabendo a equipe de saúde, em especial a enfermagem, acompanhar a recuperação e adaptação fisiológica desses Enfa. Pós-graduada em Estomaterapia. Universidade de Pernambuco (UPE). Paraíba, Brasil. Enfa. Pós-graduada em Estomaterapia. Universidade de Pernambuco (UPE). Enfermeira do Programa de Estomizados do Hospital Universitário Lauro Wanderley - HULW / UFPB. Paraíba, Brasil. 3 Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta da UFPB. Paraíba , Brasil. [email protected] / [email protected] 1 2 5228 Trabalho 1539 - 2/3 usuários, assim como incentivar a retomada das atividades cotidianas com qualidade de vida. Esta pesquisa objetivou verificar o perfil epidemiológico de pessoas com estomias de eliminação, identificando os tipos de estomias e os fatores causais para a confecção do estoma. Trata-se de um estudo exploratório, retrospectivo, de abordagem quantitativa, desenvolvido em Maio e Junho de 2009 no Programa de Estomizados de um hospital público em João Pessoa/PB, sendo este programa referência para os demais serviços de estomias do Estado, o qual é coordenado por uma enfermeira especialista em Estomaterapia. A amostra compreendeu todos pacientes estomizados cadastrados no período de 01 de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2008, provenientes das 12 microrregionais do estado. Os dados foram obtidos a partir de um levantamento da ficha cadastral de cada usuário, sendo construído um banco de dados com as variáveis: gênero, idade, diagnóstico, tipo de estomia, admissão, óbitos. Resultados preliminares: cadastrou-se cerca de 600 usuários durante os últimos 02 (dois) anos, sendo a maioria formada por idosos e mulheres, com prevalência de colostomia definitiva, seguida de colostomia provisória e tendo por principais fatores causais para confecção de estoma os tumores e cânceres de reto-sigmóide. As informações obtidas estão em fase de tratamento através de uma análise univariada, e serão apresentadas por freqüência absoluta e relativa. Conforme prevê a resolução nº 196/96 do CNS/MS, a consulta aos cadastros foi realizada após autorização da direção da instituição. Todos os preceitos éticos de pesquisa em seres humanos foram atendidos, sendo a identidade dos pacientes preservada e os dados utilizados exclusivamente para este estudo. Palavras Chaves: Perfil epidemiológico, ostomia, diagnóstico. REFERÊNCIAS 1. Santos VLCG. A bolsa na mediação "estar ostomizado" e "estar profissional": análise de uma estratégia pedagógica.(Tese Doutorado).São Paulo(SP): Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo;1996. 2. Bezerra IM. Assistência de Enfermagem ao estomizado intestinal: revisão integrativa de literatura.(Dissertação Mestrado). Ribeirão Preto(SP): Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 2007. 5229 Trabalho 1539 - 3/3 3. Habr-Gama A, Araújo SEA. Estomas Intestinais: aspectos conceituais e técnicos. In: Santos VLCG; Cesaretti IUR. Assistência em Estomaterapia: cuidando do ostomizado. São Paulo: Atheneu, 2005. p.39-54. 4. Maruyama SAT; Zago MMF. O processo de adoecer do portador de colostomia por câncer. Rev. Latino Am. Enfermagem 2005 mar/abril; 13(2):216-222.