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Trabalho 1539 - 1/3
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS ESTOMIAS ASSISTIDAS NO ESTADO DA
PARAÍBA
Aguiar, Elizabeth Souza Silva de1
Ancelmo, Maria das Neves da Silva 2
Soares, Maria Júlia Guimarães Oliveira3
A confecção de um estoma consiste na abertura cirúrgica de um órgão, sendo o
vocábulo “estoma” de origem grega, significando boca ou abertura, em que se
realiza este procedimento na necessidade de desviar o trânsito normal de
alimentação, ventilação ou eliminação do paciente.
1
Neste estudo aborda-se os
estomas de eliminação, os quais são causados por traumatismos, doenças
congênitas, doenças inflamatórias, tumores e câncer do intestino 2.Considerandose o segmento exteriorizado, as estomias recebem nomes diferenciados, como no
cólon = colostomia, no íleo = ileostomia, na bexiga = urostomia, enfim, de acordo
com a etiologia da doença, o cirurgião indica a realização de uma estomia
temporária ou definitiva, com localização abdominal ou perineal 2. Em que as
estomias
temporárias
são
aquelas,
que
posteriormente
permitirão
o
restabelecimento da continuidade do trato intestinal, desde que se tenha resolvido
o problema que levou à confecção da estomia. E as definitivas ou permanentes
são realizadas quando não existe a possibilidade de restabelecer o trânsito
intestinal, uma vez que o segmento distal do intestino foi extirpado. Neste caso
requer apoio contínuo, pois seus problemas são duradouros e cíclicos,
necessitando de um cuidado especializado de enfermagem
3
. A estomia é
considerada uma das mais importantes realizações cirúrgicas, porque possibilita a
sobrevida da pessoa, muitas vezes, acometida por câncer. No entanto, apesar da
aceitação desse procedimento por parte da equipe de saúde, para o portador
torna-se um processo complexo 4, cabendo a equipe de saúde, em especial a
enfermagem, acompanhar a recuperação e adaptação fisiológica desses
Enfa. Pós-graduada em Estomaterapia. Universidade de Pernambuco (UPE). Paraíba, Brasil.
Enfa. Pós-graduada em Estomaterapia. Universidade de Pernambuco (UPE). Enfermeira do
Programa de Estomizados do Hospital Universitário Lauro Wanderley - HULW / UFPB. Paraíba,
Brasil.
3
Doutora
em
Enfermagem.
Professora
Adjunta
da
UFPB.
Paraíba ,
Brasil.
[email protected] / [email protected]
1
2
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Trabalho 1539 - 2/3
usuários, assim como incentivar a retomada das atividades cotidianas com
qualidade de vida. Esta pesquisa objetivou verificar o perfil epidemiológico de
pessoas com estomias de eliminação, identificando os tipos de estomias e os
fatores causais para a confecção do estoma. Trata-se de um estudo exploratório,
retrospectivo, de abordagem quantitativa, desenvolvido em Maio e Junho de 2009
no Programa de Estomizados de um hospital público em João Pessoa/PB, sendo
este programa referência para os demais serviços de estomias do Estado, o qual
é coordenado por uma enfermeira especialista em Estomaterapia. A amostra
compreendeu todos pacientes estomizados cadastrados no período de 01 de
janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2008, provenientes das 12 microrregionais
do estado. Os dados foram obtidos a partir de um levantamento da ficha cadastral
de cada usuário, sendo construído um banco de dados com as variáveis: gênero,
idade, diagnóstico, tipo de estomia, admissão, óbitos. Resultados preliminares:
cadastrou-se cerca de 600 usuários durante os últimos 02 (dois) anos, sendo a
maioria formada por idosos e mulheres, com prevalência de colostomia definitiva,
seguida de colostomia provisória e tendo por principais fatores causais para
confecção de estoma os tumores e cânceres de reto-sigmóide. As informações
obtidas estão em fase de tratamento através de uma análise univariada, e serão
apresentadas por freqüência absoluta e relativa. Conforme prevê a resolução nº
196/96 do CNS/MS, a consulta aos cadastros foi realizada após autorização da
direção da instituição. Todos os preceitos éticos de pesquisa em seres humanos
foram atendidos, sendo a identidade dos pacientes preservada e os dados
utilizados exclusivamente para este estudo.
Palavras Chaves: Perfil epidemiológico, ostomia, diagnóstico.
REFERÊNCIAS
1. Santos VLCG. A bolsa na mediação "estar ostomizado" e "estar
profissional": análise de uma estratégia pedagógica.(Tese Doutorado).São
Paulo(SP): Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo;1996.
2. Bezerra IM. Assistência de Enfermagem ao estomizado intestinal: revisão
integrativa de literatura.(Dissertação Mestrado). Ribeirão Preto(SP): Escola
de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 2007.
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Trabalho 1539 - 3/3
3. Habr-Gama A, Araújo SEA. Estomas Intestinais: aspectos conceituais e
técnicos. In: Santos VLCG; Cesaretti IUR. Assistência em Estomaterapia:
cuidando do ostomizado. São Paulo: Atheneu, 2005. p.39-54.
4. Maruyama SAT; Zago MMF. O processo de adoecer do portador de
colostomia por câncer. Rev. Latino Am. Enfermagem 2005 mar/abril;
13(2):216-222.
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