+0,00% +0,24% -0,01% +0,02% -0,11% BOVESPA 57.72 PTS [email protected] DÓLAR R$ 3,23 EURO R$ 3,64 OURO R$ 136,50 NASDAQ 5.212 PTS São Luís, 26 de agosto de 2016. Sexta-feira O Estado do Maranhão Sem logística no Itaqui, containers são levados a outros portos do NE Para economista, crise reflete o cenário político Produtos importados da China serão descarregados dia 30, no porto de Pecém (CE), e depois seguirão para São Luís em caminhão, encarecendo os custos A mudança do atual cenário econômico do Brasil está condicionada diretamente à mudança do quadro político e a sua estabilização definitiva. Essa é uma das conclusões do economista e conselheiro federal de Economia, Luís Alberto Aranha Machado, que esteve quarta-feira em São Luís proferindo uma palestra como parte das comemorações dos 162 anos da Associação Comercial do Maranhão (ACM). O país atravessa hoje uma crise econômica que traz uma série de consequências. Na avaliação de Luís Alberto Aranha, uma mudança nesse cenário com a vinda de possíveis melhorias apenas será possível com a definição do cenário político. “O que nos trouxe aqui foi um conjunto de fatores e estamos no limiar de uma mudança. Eu não tinha nenhuma expectativa de mudança antes da votação definitiva do impeachment. A economia está muito relacionada com a política e enquanto não houver uma definição no quadro político dificilmente a confiança, sobretudo do investidor de fora, irá retornar. As perspectivas são positivas, mas embora Divulgação C om o fim da linha regular de movimentação de containers da CMA CGM do Brasil Agência Marítima Ltda no Porto do Itaqui, a Intrading Global, empresa especializada em logística e serviços aduaneiros com atuação no Maranhão, está trazendo produtos importados da China para clientes de São Luís via portos de Mucuripe e Pecém (Ceará) e Vila do Conde (Pará). Segundo o gerente de negócios da Intrading Global, Adriano Alves, no dia 30 deste mês um navio proveniente da China atracará no porto de Pecém, trazendo produtos para o Maranhão. Mas, a carga só deve chegar ao destino final 20 dias depois, pois além da questão de desembaraço alfandegário, a mesma seguirá por rodovia até São Luís, o que elevará o custo do frete. A última viagem da linha regular que transportou carga pelo Porto do Itaqui ocorreu dia 28 de julho. Desde então, nenhum produto em containers foi descarregado no Maranhão. Para viabilizar a operação, os navios deveriam trazer pelo menos 120 contêineres e ultimamente esse quantitativo não era superior a 50. Adriano Alves informou que em setembro participará, na China, da Canton Fair, considerada a maior feira multissetorial do mundo, e aproveitará para visitar fornecedores daquele país, como também dos Emirados Árabes (Dubai) e do Vietnã para negociar melhores preços de produtos (alumínio, pro- Carga em container com destino ao Maranhão está sendo descarregada em portos de outros estados dutos de inox, entre outros). Também conversar com armadores de navios para negociar redução de valor no frete internacional. Linha regular de containers foi desativada “São alternativas que estamos buscando para compensar os custos com o adicionamento do frete de transporte terrestre em nossas importações, devido o fim da linha regular de movimentação de containers no Itaqui”, ressaltou. Importadores Entre alguns dos importadores maranhenses de produtos transportados por containers estão o Grupo Mateus, Centro Elétrico e Potiguar. Quando do encerramento da linha regular, o presidente do Grupo Mateus, Ilson Mateus, disse que seria prejudicial para a empresa, posto que incidiria em mais custos a operação sendo realizada por outros portos que não o Itaqui. A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) informou à época que a movimentação de containers no Porto do Itaqui seguiria operando por demanda. “Nosso porto está na rota dos navios de container e havendo demanda, certamente atracarão aqui”, disse a Emap por meio de nota. Segundo a Emap, ainda este ano o Porto do Itaqui fará embarques testes de novas cargas de clientes que estudam utilizar o transporte via container. Luís Alberto Machado, do CFE fez palestra nas comemorações dos 162 da Associação Comercial ainda não tenha tido uma reação na indústria e no comércio, o mercado financeiro que olha para frente já reagiu”, destacou. Ele afirmou também que é necessário reconquistar a confiança dos investidores para mudar a situação econômica do Brasil. “A possibilidade de recuperação pode ser mais rápida do que muita gente fala. Economia depende de confiança. Claro que ela não é a única coisa que ‘toca’ a economia, mas é um fator fundamental. Todos os indicados e índices de confiança estavam muito ruins. A medida que se consegui reconquistar a confiança os investimentos voltam. A longo prazo o mundo vê o Brasil de forma positiva. Poucas regiões do mundo podem oferecer o que nós oferecemos como terra, energia e água”, frisou. Cenários O evento aconteceu na sede da ACM, na Praça Benedito Leite, em São Luís, durante o qual economistas discorreram sobre os cenários econômicos da atualidade e as perspectivas para o futuro. Os debates reuniram profissionais e estudantes do ramo e de outras áreas. Divulgação Luís Alberto Aranha Machado falou sobre atual cenário econômico