Genotipagem de HCV (vírus da hepatite C) em

Propaganda
Genotipagem de HCV (vírus da hepatite C)
em portadores do anticorpo anti-HCV,
através de RT-PCRlRFLPs
Rosa Maria Silva Gonzaga
Rosa Maria Silva Gonzaga
Genotipa~emde HC\l(vírus
da hepatite C)
em portadores do anticorpo anti-HCV,
através deRT -PCRlRF-LPs
DissertaçãO
de
Mestrado
apresentada
à
Coordenação do Curso de Pós-Graduação em
Química e Bíotecnologia do Departamento de
Químíca do Centro de Ciências Exatas e
Naturais da Universidade Federal de Alagoas,
como requisíto para obtenção do grau de
Mestre em Química e Bíotecnología,
Orientadora: Profa. Ora. Denise Maria Wanderle~Silva
Maceió - Alagoas - Brasil
Setembro de 2004
1/.: :JoO!. O"! O..?s ~9:J
FAP
Recebido em'
L
I~~
Agradecimentos
A
Deus por mais uma oportunidade
ser feito.
A
Professora
ensinamentos,
realização
Ora.
pelo
Denise
apoio,
pelo
para fazer o que tem que
Maria
Wanderlei-Silva,
incentivo,
por
pelos
acreditar
deste trabalho e pelo exemplo de incansável
na
busca por
conhecimentos.
Ao
incentivo,
Professor
Or.
pela experiência
Clcero
Eduardo
Ramalho-Neto
e pelos ensinamentos
durante
pelo
minha
formação acadêmica.
Ao Or. Arthur
Paiva
e ao Or. Renée
Oliveira
pelo
apoio
técnico.
A
Ora. Eliana Santa Rita e a todos que trabalham
Universitário
Or. Alberto
Antunes
por terem tornado
no Hospital
possivel
a
realização deste trabalho através do envio de material biológico.
A
Professora
Ora. Ana Maria Queijeiro
López pelo incentivo e
pela força durante o meu curso.
A
Professora Ora. Ana Cristina Brito pela atenção e força.
Aos meus pais Luiz (in memorian)
irmãs,
por compreenderem
sentem por mim.
e Maria,
minha ausência
e às minhas
e pelo orgulho
que
Aos colegas do GEMPRO, Janice, André,
Daniela,
Edvânia,
Jessé, Melka, Velber, Marília, Juliana, Celso e Genovês pela ótima
convivência.
A todos que de alguma forma contribuíram
para a realizaçâo
deste trabalho.
À Fundação
(FAPEAL)
trabalho.
de Amparo à Pesquisa
e o CNPq pelo apoio financeiro
do Estado de Alagoas
para realização
deste
Aos
meus
pais
Luiz
Maria. Às minhas
memoriam),
Rosa
apoiarem
e
memoriam)
e
irmãs Maria do Ó (in
Aparecida,
por
decisões
(in
Fátima
todas
e
as
compreenderem
Ana
minhas
a
minha
ausência.
"Quem
Pois
rouba
meus
meus
bens
pertences ...
materiais ...
suor não são tão valiosos,
a outros ... Mas aquele
enriquece
e
Ganhos
rouba ...
com
meu
mas agora escravizam
que
nome, um bem tão precioso,
lhe
Nada
rouba
o meu bom
rouba aquilo
que não
verdadeiramente
me
empobrece ... "
w.
Aos
meus
Jarbas
Shakerspeare
verdadeiros
Carvalho
amigos
e Marília
Góis
pela compreensão ... por saberem
distingüir
o que verdadeiramente
importa nesta vida ... A eles todo o
meu respeito e afeição ...
Dedico.
.,
.
Mensagem!
Tempo de provação ... horas de resistência.
Terás tido
lutas
ou estarás
dentro
delas,
qual ocorre
a
tantos outros companheiros.
Observas
problemas em muitos lares, acidentes
amargos,
moléstias
desajustes
psicológicos.
obscuras,
experiências
de efeitos
estranhas
e
a desfibrar-te
a
de
e
Não te deixes abater e caminha para diante.
Resiste
aos
movimentos
que
tendam
coragem e mantém-te em tua tarefa.
Recorda que tudo se altera para o bem.
Obstáculos
são,
por
si,
movimentos
renovação
progresso.
O que possa parecer fracasso ou desencanto
é preparação
de um mundo novo. Não se retrocede.
Sem problemas,
não há lições e, sem lições,
a evolução
não sairia da estaca zero.
Não
há corações
transviados
e sim
companheiros
em
transformação.
Hoje será sempre o dia de se realizar o melhor.
Ninguém nasceu para a tristeza ou desanimo.
Não
conseguimos
sempre possivel
modificar
os
outros,
mas
ser-nos-á
renovar-nos.
Nunca é tarde para que alguém seja feliz.
EmmanueJ
Sumário
Lista de Figuras
ix
Lista de Tabelas
xi
Lista de Abreviaturas
xii
Lista de Apêndices
xiv
Resumo
xv
Abstract
xvi
1. Introdução
01
2. Revisão da Literatura
03
2.1 Hepatite C
03
2.2 Biologia do Vírus da Hepatite C
04
2.3 Epidemiologia
07
2.4 Aspectos Biológicos
e Clínicos-epidemiológicos
do HCV
10
2.5 Patogênese
11
2.6 Diagnóstico
12
2.6.1 Diagnóstico
Sorológico
13
2.6.2 Diagnóstico
Molecular
14
2.7 RT -PCR e RFLPs Aplicados
ao Diagnóstico Viral
14
2.7.1 RT-PCR
15
2.7.2 PCR aninhada
16
2.7.3 Genotipagem
por RFLPs
2.8 Tratamento
3. Objetivos
16
17
20
3.1 Objetivo Geral
20
3.2 Objetivos
20
4. Casuística
Específicos
e Métodos
4.1 Aspectos Éticos
21
21
4.2 População em Estudo
21
4.3 Participantes
21
4. 3.1 Critérios de Inclusão
22
4.3.2 Critérios de Exclusão
22
4.4 Obtenção das Amostras Clínicas
22
4.5 Isolamento de RNA Total
22
4.6 Transcrição
23
Reversa
4.7 Visualização
e Fotodocumentação
em Eletroforese
em
24
Gel de Agarose do cDNA Amplificado
4.8 PCR Aninhada
25
4.9 RFLP/PCR da 5'NCR
25
4.9.1 Genotipagem
25
4.9.2 Subtipagem
26
4.10 Eletroforese
dos produtos de digestão enzimática
28
4.11 Coloração por Nitrato de prata
4.12 Preservação
dos géis e registro fotográfico
27
digital
28
30
5. Resultados e Discussão
5.1 Casuísta
32
5.2 Isolamento de RNA viral
34
5.3 RT-PCR
36
5.4 PCR Aninhada
37
5.5 Genotipagem
do HCV
38
5.6 Subtipagem do HCV
41
6. Conclusões
49
7. Perspectivas
50
7.1 Sequenciamento
Automático
de HCV
50
7.2 Diagnóstico
Eletrônico das Seqüências de HCV
7.3 Análise filogenética
8. Referências
9. Apêndices
dos genótipos de HCV
Bibliográficas
50
50
52
64
ix
Lista de Figuras
Figura 1. HCV mostrando proteínas
do envelope,
do capsídeo e
04
genômica do HCV mostrando as
05
o RNA vira!.
Figura 2. Esquema da estrutura
proteínas estruturais
Figura
3.
e não estruturais.
Distribuição
de genótipos
de
HCV em diferentes
08
regiões do Brasil de acordo com Busek & Oliveira (2003).
Figura
4. Distribuição
sangüineo
das amostras
processadas
neste estudo,
negativas;
dos resultados
considerando-se:
das 104 amostras verificadas
número de amostras
de distribuição
7.
Perfil
eletroforético
em gel de agarose
produtos
M=marcador
da
PCR
100pb;
aproximadamente
de
32
HCV-RNA
38
(n = 76).
três
amostras
2% corado com brometo de etfdio
aninhada
1
anti-
a
do
3=HCV
virus
da
positivo
hepatite
C.
(banda
de
260pb).
Figura 8. Distribuição
da freqüência
digestão dupla com as endonucleases
Hinfl-BstOI
HCV-RNA
por sexo de pacientes
HCV positivos com HCV-RNA detectável
dos
31
e número de amostras HCV-RNA positivas.
Figura 6. Percentual
positivas
30
de 104 pacientes anti-HCV (n=1 04).
Figura 5. Algoritmo
Figura
de plasma
de genótipos
de restrição
entre os casos HCV-RNA positivos
do HCV após
Haelll-Rsal
(n=76).
e
39
x
Figura 9. Padrões de restrição dos produtos da amplificação
RT-
40
PCR da região 5"UTR do HCV obtidos após digestão dupla com
endonucleases
MetaPhor
de
restrição
4% com tampão
100pb; 1 e 2=genótipo
BstllHinfl.
de corrida
1( bandas de
53 e 41 pb); e 3 a 8=genótipo
140,573
53pb); 9=controle
Figura 10. Distribuição
em amostras
da freqüência
da freqüência
obtidos
ScrFI
aproximadamente
94, 63,
de subtipos do genótipo
após digestão
1 41
simples com
região
5"NCR
após digestão
de subtipos do genótipo 3
após digestão
42
simples com
ScrFI (n=13).
Figura 12. Padrões de restrição
da
1X. M=marcador
negativo.
de HCV-RNA positivas
a enzimas de restrição
RT-PCR
gel
de restrição BstUI (n=62).
Figura 11. Distribuição
em amostras
TAE
em
3 (bandas de aproximadamente
de HCV-RNA positivos
a endonuclease
Eletroforese
dos produtos
da amplificação
do HCV de diferentes
simples com endonucleases
(1-6) e Bstl (7-10) . Eletroforese
indivíduos
de restrição
em gel MetaPhor 4% com
tampão de corrida TAE 1X. M=Marcador de 100pb.
43
xi
Lista de Tabelas
Tabela
1. Distribuição
de pacientes
anti-HCV
faixa etária (n = 76).
do número, percentual por faixas e média
com HCV-RNA detectáveis
segundo
a
33
xii
Lista de Abreviaturas
AIDS
Sindrome
de Imunodeficiência
ALTs
Alanina
ANVISA
Agência
Anti-HCV
Anticorpo
APS
Perssulfato
cO NA
DNA complementar
5'NCR
5' região não-codificadora
DNA
Ácido dexoribonucléico
DEPC
Dietil pirocarbonato
dNTP
Desoxinucleotideos
DTT
Ditiotreitol
EDTA
Ácido etilenediamínotetracético
ELISA
Ensaio imunoenzimático
HCC
Carcinoma
HCV
Vírus da Hepatite
HCV-RNA
Ácido ribonucléico
HU
Hospital
IFN
Interferon
ISDR
Região determinante
IRES
Sítio de entrada
LiPA.
Ensaio em sonda
MLV-RT
Transcriptase
Adquirida
amino transferases
Nacional
de Vigilância
Sanitária
contra o vírus da hepatite
C
de amônio
hepatocelular
C
do vírus da hepatíte
C
Universitário
da sensibilidade
ribossomal
reversa
ao Interferon
interno
do vírus
da leucemia
moloney
murine
NAT
Teste de ácidos nucleicos
ORF
Região aberta de leitura
pb
Pares de bases
PCR
Reação em Cadeia da Polimerase
RFLP
Polimorfismo
de Comprimento
de Fragmento
de
xiii
Restrição
RIBA
Ensaio Imunoblote
Recombinante
RNA
Acido ribonucléico
RT
Transcrição
SDS
Dodecil sulfato de sódio
SUS
Serviço Único de Saúde
Taq DNA
DNA polimerase
TBE
EDTA tamponado em Tris-borato
TEMED
N, N, N', N'- tetrametiletilenediamina
UFAL
Universidade
UV
Luz ultravioleta
GEMPRO
Laboratório
reversa
da bactéria
Federal de Alagoas
de
Genética
Proteômica
KCI
Thermus aquaticus
Cloreto de potássio
Molecular,
Genômica
e
xiv
Lista de Apêndice
Apêndice
01. Parecer da Comissiío de Ética em Pesquisa da
64
UFAL.
Apêndice 02. Termo de Consentimento
Apêndice 03. Questionário
Livre e Esclarecido.
aplicado os pacientes estudados.
65
66
Resumo
A prevalência
dos genótipos
determinada
em
principalmente
sobre
do virus da hepatite C (HCV) tem sido
diversas
nas regiões
os genótipos
regiões
geográficas
do
Sudeste e Sul. Não existe informação
do vírus
circulantes
no Estado
de Alagoas,
Nordeste do Brasil. A partir de padrões eletroforéticos
RT-PCR e RFLPs, foi traçado
subtipagem)
preliminar
Dia do Hospital
Alagoas
(UFAL)
Neste trabalho
periodo
um perfil
da população
Hospital
Brasil,
do vírus
Universitário
e do Laboratório
foram avaliados
genético
gerados por
(genotipagem
da hepatite
da Universidade
Central
C no
Federal de
de Alagoas
104 pacientes
e
anti-HCV,
(LACEN).
durante o
entre março de 2003 a abril de 2004, após consentimento
informado.
Níveis detectáveis
73,1 % (76/104)
genotipagem
gerados
das amostras
foi efetuada
pela
endonucleases
clivagem
através
de restrição
BstUI
com
de soro avaliadas
a partir dos produtos
RT-PCR
com
predominante,
de HCV-RNA foram observados
ou
de
genótipo
81,6%,
maior
3. O subtipo
1b apresentou
(52/76),
seguido
11,3%
determinados.
amostras.
Nordeste
prevalência
infectados
Coinfecção
para
Norte
e
3a.
mais
17,1%
prevalência,
do
83,8%
Subtipos
com o genótipo
3 não puderam
já reportados
e Sudeste,
maior dos genótipos
uma maior prevalência
o
por
geral dos tipos de HCV em Alagoas
com dados preliminares
(Bahia),
foi
contra
infectados
com o genótipo
seguida
1
1a
com
ser
(1 a/3a) foi detectada em uma (1,3%) das
A distribuição
congruentes
(7/76)
com três (4,8%) individuos
1, e seis (7,9%)
duplas
ScrFI.
genótipo
relacionados
digestões
de
A
da região 5'NCR
e Hinfl-BstOI,
prevalência
por
por RT-peR.
Haelll-Rsal
O
em
em Estados do
determinou-se
1 e 3. Entretanto,
do subtipo
momento, do tipo 2, já detectado
onde
uma
em Alagoas,
1b, além da ausência,
no Brasil.
são
há
até o
xvi
Abstract
The
prevalence
determined
southern
of
Hepatitis
in several geographical
and southeastern
the genotypes
northeastern
patients
C
Brazil.
from
Universidade
the
We
evaluated
Dia
Federal of Alagoas
in the State
104
analysis
of the genotypes
polymerase
chain
of
Hospital
(UFAL)
was performed
reaction
(RT-PCR)
Haelll-Rsal
Universitário
and Laboratório
infected with genotype
in one (1.3%) of the samples.
1b was observed
general distribution
northern,
higher prevalence
specially
HCV-RNA was
from
the
5'UTR
of PCR amplified
sequences
followed
using
by cleavage
1 was the most predominant,
with
followed by 9.2% (7/76)
related to three (3.9%)
individuais
1, and six (7.9%) infected with genotype
could not be further determined.
from those
products
68.4% (52/76),
for both 1a and 3a. Subtypes
in the
Central
of 60.6%, against 13.5% of the genotype 3. Subtype 1b
showed higher prevalence,
subtype
of
by reverse transcription-
and Hinfl-BstOI,
with BstUI and ScrFI. Genotype
prevalence
seropositive
primers and also by using restriction
double digestion
endonucleases
about
of the serum samples by RT-PCR. The
region with genotype-specific
endonuclease
been
of Alagoas,
anti-HCV
of Alagoas (LACEN) from 2003 to 2004. Detectable
present in 73.1 % (76/104)
has
There is no information
circulating
Hospital
genotypes
regions of Brazil, mostly in the
regions.
of the virus
(HCV)
Coinfection
(1 a/3a)
A higher frequence
in older patients
3
was detected
(53.8%) of the
(above age 55). The
of HCV types in Alagoas is similar to that found
northeastern
and southeastern
of genotypes
1 and 3. However, our results differ
previously
reported
from northeastern
for those data related to higher prevalence
and absence of genotype 2.
regions
region
with
a
(Bahia)
of subtype 1b
INTRODUÇÃO
1
1. Introdução
A infecção
altamente
associada
hepatocelular
hepático,
em
causada
pelo vírus
ao
(HCC),
o
mundo,
contaminados
devido
considerada
a
fatores
como:
um
número
seis
aos portadores
carcinoma
grau
de
dano
vezes
maior
de
do HIV e por isso
uma doença de grande impacto
OMS, aproximadamente
de
está
A hepatite C é a infecção mais comum
com
em relação
C (HCV)
desenvolvimento
idade e genótipos.
todo
da hepatite
mundial.
Segundo
é
a
200 milhôes de pessoas estão infectadas
pelo HCV, sendo grande parte assintomática,
desconhecendo
que
é portadora do vírus (WEILAND et ai., 1999).
O diagnóstico
importãncia,
resultam
preciso e a genotipagem
dado que, infecçôes
em respostas
do v irus é de grande
por genótipos
diferentes
diferentes
ao tratamento
do HCV
com interferon
peguilado (LAYDEN & LAYDEN, 2002).
Apesar
replicação
do
HCV ser
lenta,
um agente
de
baixa
50% a 80% dos pacientes
infectividade
e
que apresentam
a
forma aguda de hepatite evoluem para uma infecção
assintomática,
progredindo
e após 10 anos terão uma hepatite
para
individuos
persistente
que
desenvolvem,
cirrose
hepática
apresentam
em
13
após
quadro
anos,
um
sete
anos.
definido
quadro
crônica
de
e
ativa,
Em média,
de
cirrotização
hepatocarcinoma
(OLIVEIRA et ai., 1999; TAKAHASHI et ai., 1995).
Existem
agressivo
espectro
evidências
e está
de doenças
especialmente
2000).
mais
cirrose
Estudos
importantes
associação
de que o subtipo
intimamente
relacionado
crônicas
do figado
hepática
e carcinoma
realizados
da infecção
na
Europa
pelo subtipo
com o amplo
em estágio
avançado,
hepatocelular
mostram
1b do virus,
direta com a idade dos pacientes
infecção crônica. Em pacientes
1b do HCV é o mais
(ZEIN,
características
como a sua
e a longa duração da
que apresentam doença hepática
2
INTRODUÇÃO
por longo período, incluindo carcinoma hepatocelular,
foi o mais prevalente
com
o subtipo
peguilado
o subtípo 1b
(PARANÁ et aI., 2000). Indivíduos infectados
1b tendem
do que aqueles
HCV. A sensibilidade
a responder
infectados
menos
ao
com outros
ao INF pelo subtipo
interferon
genótipos
de
1b está correlacionada
com mutações dentro de uma discreta região da proteína viral nãoestrutural
5A
sensibilidade
(NS5A),
expressando
a região
determinante
ao Interferon (ISDR) (LAYDEN & LAYDEN, 2002).
Considerando
dos genótipos
a ausência de dados referentes
e subtipos
do HCV circulantes
à prevalência
em Alagoas,
necessidade
da determinação
para o estabelecimento
terapêutico
a ser
no
utilizados,
análise
utilizado
neste trabalho,
de ácidos
de
tratamento
métodos
nucléicos,
RFLPs, para identificar
programas
da
como
RT-PCR,
Portanto,
o objetivo
eficiência
e especificidade
epidemiológicos
principal
foram
baseados
PCR aninhada
na
e
que auxiliarão aos
em nosso
deste trabalho
do esquema
doença,
biomoleculares
os genótipos circulantes
controle
da
e a
do
Estado.
é o de avaliar
a
da diagnose molecular do vírus através
de RT-PCR e RFLPs em amostras anti-HCV positivas
do Hospital Dia do Hospital Universitário
procedentes
da Universidade
Federal
de Alagoas (UFAL) e do Laboratório Central de Alagoas (LACEN).
3
REVISÃO DA LlTERA TURA
2. Revisão
da Literatura
2.1 Hepatite
C
Os virus
intracelulares
replicação
da hepatite
C agem como verdadeiros
que desenvolveram
e de propagação
estratégia
capacidade
biológica,
de mutação,
mecanismo
de
ao longo de milhões de anos de co-
habitação com seus hospedeiros.
a sua
um sofisticado
parasitas
Eles se adaptaram e modificaram
desenvolvendo
o que garantiu
uma impressionante
a sua sobrevivência
no
planeta até os dias atuais (CONTE, 2000; OSELLA et ai., 2001).
A hepatite C é transmitida
derivados,
e foi disseminada
de sangue
nas décadas
obrigatório
o teste sorológico
A evolução
acentuada
sendo
a
rapidamente
através
C é caracterizada
por periodos
incidência
das
de progressão
para a cronicidade.
progredir
nas seguintes
fases:
pré-ictérico,
periodo
ainda não era
exposlçao
ictérico
2003).
por
fases
de relativa
fases
incidência
periodo
de transfusões
anti-HCV (FELIPPE-JUNIOR,
intercaladas
baixa
pelo sangue e seus
de 1970 e 1980, quando
da Hepatite
viremia
típico
principalmente
agudas
de
quietude,
e
A hepatite
a alta
C pode
ao virus,
incubação,
e convalescença
(WEILAND
et aI., 1999).
O isolamento
que
o
genótipos
vírus
é
de HCV de diversas
altamente
distintos
heterogêneo.
denominados
e o 6 foi verificado
(cosmopolitas),
na Ásia.
São
reconhecidos
6
de 1 a 6 com aproximadamente
100 subtipos (a, b, c, etc). Os genótipos
todos os continentes
regiões do planeta mostrou
1 a 3 são encontrados
em
os 4 e 5 são tipicos da África
Estas diferenças
subtipos fazem com que varie a susceptibilidade
de genótipos
e
do virus à terapia
antivíral (VITRAL et aI., 1999; PARANÁ et aI., 2000).
REViSA O DA LlTERA TURA
2.2 Biologia
do Virus da Hepatite
C
O virus da hepatite C foi identificado
80, sendo reconhecido
4
no final da década de
como um membro da família
Flaviviridae.
Seu genoma consiste de uma hélice simples de RNA de polaridade
positiva
et ai., 1999;
com cerca de 9,5 Kb (Figura 2)(OLlVEIRA
PARANÁ et ai., 2000; MORADPOUR et ai., 2001).
O genoma do HCV possui uma única região aberta de leitura
(ORF) que codifica
aminoácidos.
a síntese
de uma macroproteína
O desdobramento
dessa
proteína
proteínas menores, com função estrutural
com 3.011
resulta
ou regulatória
em
10
(CHOO et
ai., 1989; STRAUSS, 2001).
Proteínas do envelope
Proteínas do
capsfdeo
RNA viral
Figura
1. HCV mostrando
proteínas do envelope,
do capsiaeo e o
RNA viral (STRAUSS, 2001).
Vários genes estruturais
entre as regiões
terminais
e não-estruturais
não codificadoras
foram identifícados
(NCR), 5' e 3', do
genoma do vírus HCV (DAVIS et ai., 1999; FANG et ai., 2001). A
região estrutural
do nucleocapsídeo
E1 e E2 correspondem
respectivamente,
HCV, enquanto
aos
genes
as glicoproteínas
os genes
viral e as regiões do envelope
estruturais
codificam,
do núcleo e do envelope
não-estruturais
NS4B, NS5A e NS5B - codificam
que
outras
-
NS2,
proteínas
NS3,
do
NS4A,
e as enzímas
REVISAO DA LlTERA TURA
necessárias
para a replicação
5
viral (Figura 3) (CHOO et ai., 1989;
MURASHIMA et ai., 1999).
Proteínas não estruturais
Proteínas estruturais
IRES - sítio de entrada ribossomal ínterno
•
Figura
Poli U
2. Esquema da estrutura
proteinas
estruturais
Embora
conservadas,
as
genômica
do HCV mostrando
e não estruturais.
regiões
terminais
5'
alguma heterogeneidade
e
3'
sejam
altamente
foi observada
em outras
regiões do genoma do HCV, que são responsáveis
cepas ou genótipos
do virus já descritos
pelas diferentes
(SIMMONDS et ai., 1994;
DAVIS et ai., 1999; FANG et ai., 2001). Até o momento,
identificados
informação
seis genótipos
mais importantes
que auxilia nas estratégias
ao tratamento,
terapêuticas.
mais baixos (McHUTCHISON
ou seja,
Por exemplo,
o diagnóstico
índices
carga viral
de resposta
et ai., 1998; POYNARD et ai., 1998;
DAVIS et ai., 1999; WEILAND et ai., 1999).
natural,
foram
do HCV produzindo
o genótipo 1 foi associado com doença mais agressiva,
maíor e resistência
as
e o manejo
Portanto,
da infecção
pelo
a história
HCV são
afetados pelo genótipo vira!.
As proteínas
estruturais
codificadas
incluem a proteína central seguida
glicosiladas
codificadas
pelos
pela reglao
N-terminal
por duas proteínas do envelope
genes
E1 e E2. A
proteina
6
REV/SAO DA LlTERA TURA
codificada
pelo
hipervariáveis,
ligação
para uma proteína
A
p7,
duas
por um precursor
regiões
e2 contém também o sitio de
viral especifico
também
é desconhecida
apresenta
de membrana dos linfócitos
o receptor
proteina
processada
função
E2 do envelope
e1 e e2. A proteina
provavelmente
1998).
gene
do HCV (PILERI et ai.,
codificada
pela
região
E2-P7, já foí descrita,
(SUZIKI et ai.,
B (CD81),
E2
e
porém sua
1999; BARCELLOS
et ai.,
2002).
A região
não estrutural
(NS) codifica
seis proteinas:
NS3, NS4A, NS4B, NSSA e NSSB. A NS3 é responsável
atividades
enzimáticas:
serina-proteinase,
trifosfatase-dependente
codificada
de
ATP.
pela NS2 e seqüência
helicase
Uma
NS2,
por três
e nucleotideo-
segunda
protease
é
N-terminal da NS3. A NS4A forma
um complexo heterodinãmico
com a NS3, agindo como um ativador
necessário
proteinase
para a atividade
provável que codifiquem
para aminoácidos
da NS3. Sobre o NSSB, é
a RNA polimerase,
conservados
pois apresenta
em várias polimerases.
da NS2 e NS4B ainda não são bem estabelecidas.
NS3 recombinante
e NSS permitiram
de serina-proteinase
polimerase
do
poliproteínas
ai.,
1999;
As funções
A purificação
a demonstração
de
da atividade
e de helicase do NS3, bem como a atividade
NSS.
desenvolvimento
códons
Isso
abrirá
novas
possibilidades
para
de drogas capazes de inibir o processamento
do HCV e a replicação
MORADPOUR
et
ai.,
de
de RNA do HCV (SUZIKI
2001;
STRAUSS,
o
et
2001;
BARCELLOS et ai., 2002).
A região S' não-codificadora
entre
várias
HCV's
isolados.
ramificações
Isso
(NCR) é altamente
mostra
e voltas.
Existe
estruturas
conservada
secundárias
uma boa evidência
presença neste domínio de um sitio de entrada ribossomal
(IRES),
permitindo
uma tradução
cap-independente
para a
interno
do RNA vira!.
Os estudos atuais estão ajudando a mapear mais precisamente
seqüências
IRES,
e identificar
com
as
a proteina celular que se liga a S'
KEVISAO DA LlTERA TURA
NCR
e
também
(MURASHIMA
regula
et aI.,
a
tradução
do
genoma
do
7
HCV
1999; MORADPOUR et aI., 2001; STRAUSS,
2001; BARCELLOS et aI., 2002).
De
acordo
poliproteina
com
SHIMAZAKI
(2002),
a
tradução
do HCV é mediada por um IRES localizado
região da proteína viral não estrutural
da
dentro da
5A (NS5A).
2.3 Epidemiologia
A Hepatite
C é uma doença
sendo responsável
infecciosa
causada
por, pelo menos, 90% das hepatites
não-B pós-transfusionais.
O agente causal infecta
demora
hepatocelular
a se
sintomas,
preocupações
C crônica
de
saúde
de pessoas
incluindo
(WEILAND
infecção
C pode
não
é considerada
públíca
milhões
a doença
e de transplante
Estima-se
estejam
1999; SARBAH
nos Estados
2000).
et aI.,
de
200
com o
Unidos
Uma vez que a
causa de doença hepática crônica
de fígado nos Estados Unidos e Europa Ocidental,
progressivamente.
Papua
que
infectadas
o foco de atenção para o controle e/ou a erradicação
e Nova
Guiné
são os que apresentam
de 0,4% a 1,0%). No geral, a prevalência
na Europa
do HCV vem
Paises como Egito, Arábia Saudita,
número de casos, incluindo doadores voluntários
população,
crônica,
como uma das grandes
de pessoas
pelo HCV é a principal
Filipinas,
e após a
e 1 a 4% risco
mundial.
no mundo inteiro
quatro
et aI.,
aumentando
apresentar
na crônica,
cirrose
que
HCC (STRAUSS, 2000; BDOUR, 2002).
A hepatite
milhões
para
de cirrose
uma doença
85% das pessoas desenvolvem
de 20 a 30% evoluem
desenvolver
virus,
A hepatite
tanto na sua fase aguda, quanto
contaminação,
cerca
manifestar.
e é considerada
não-A e
principalmente
as células do fígado podendo levar ao desenvolvimento
e carcinoma
pelo HCV,
e Estados
maior
de sangue (média
varia de menos de 1% da
Unidos,
a 10% em regiões
Africa e Asia (PARANA et aI., 2000; BDOUR, 2002).
da
8
REVISÃO DA L1TERA TURA
Não se sabe ao certo a prevalência
Brasil.
Mas,
portadores
estima-se
que
um
em
da infecção pelo HCV no
cada
40
HCV. De acordo com a Organização
(OMS) o Brasil tem cerca de quatro milhões
estudo transversal
realizado
de doadores com anti-HCV
brasileiros
são
Mundial de Saúde
de portadores.
Em
em bancos de sangue, a prevalência
positivo foi de 1,23%.
Porém, existem
regiões no País, como o Acre, aonde a prevalência
chega a 10%
dos doadores de sangue.
,3
H"'lt:iu thult!
.:-J
Heql(I(1 Ccn1ru UL's'e
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HeqldO NOll'este
Hl~ql;j(,
Sllll~~h:
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Fl.1'lJ;~U 5111
Figura 3. Distribuição
de genótipos de HCV em diferentes
regiões
do Brasil de acordo com Busek & Oliveira (2003).
A distribuição
genotipica
com a área geográfica,
predominantemente
et al.,2001),
sendo que os genótipos
encontrados
tipo 1, 2 e 3 são
na Europa, Japão (KREKULOVA
Estados Unidos (ALTER et al.,1999;
aI. ,200 1), sendo o genótipo
1b o mais prevalente
mundo (PARANÁ et aI., 2000).
centro-norte,
do HCV no mundo sofre variação
leste
O genótipo 4
KREKULOVA et
no ocidente
do
é mais frequente
no
e sul do continente africano (McOMISH et aI.,
REVISÃO DA LlTERA TURA
1994; PARANÁ et aI., 2000; KREKULOVA et al.,2001);
9
genótipo 6
em Hong Kong (SIMMONDS et ai., 1993 KREKULOVA et al.,2001)
e genótipo 7, 8 e 9 no Vietnã (BDOUR, 2002). O mapa de BUSEK &
OLIVEIRA
(Figura
(2003)
mostra
3). Com relação
circulantes
os
genótipos
ao Estado
encontrados
de Alagoas,
no
Brasil
os genótipos
são descritos neste estudo.
Apesar do HCV ter sido clonado em 1988, apenas em 1991
nos
EUA e
1993
no Brasil,
Ministério
da
Saúde
identificar
este virus,
do
Desta
pessoas
que necessitaram
Portaria
forma,
derivados,
sorológica
para
Brasil,
o HCV
Portaria
testes
infectou
ou estão expostos
disponivel
em
N" 1.461 de 22 de dezembro
1376
do
para
em doadores
e infecta
da
n°
laboratoriais
obrigatórios
dependendo
HCV
da
os
tornaram-se
sangue.
produtos
através
milhares
de
de
ao sangue e seus
utilização
cada
pais.
de
triagem
Somente
em
de 1999 o Ministério
da
Saúde colocou a hepatite
pelo HCV na lista nacional de doenças
de notificação
em registro individual.
compulsória
A incidência
de doadores anti-HCV em regiões do Estado do
Paraná, mostraram em Curitiba a taxa de 0,66%, 0,57% em Campo
Mourão, 0,52% em Francisco Beltrão, 0,54% em Apucarana,
0,47%
em Guarapuava e 0,45% em Cascavel (VALENTE, 2002).
No Estado de Alagoas estima-se
casos confirmados
em tratamento
Terapêuticas
de portadores
de acordo
da
Hepatite
que existam cerca de 4 mil
do HCV, dos quais 3500 estão
com o Protocolo
Clínico
Viral Crónica Tipo C (HCV). Somente
no primeiro semestre de 2004 foram notificados
portadores
do HCV, enquanto
':>ram noiificados
e Diretrizes
que durante
44 novos casos de
todo o ano de 2003
34 casos (SINAN, 2004).
BRANDÃO (2001) demonstrou
HCV ocorrem por via parenteral.
que 75,0% das infecções
Nos hemofílicos,
a prevalência
pelo
da
hepatite pelo virus tipo C no Brasil é de 87,3%, enquanto que nos
pacientes
hemodialisados
de 19,0% a 47,2%.
Em
verificam-se
usuários
percentuais
de drogas
que
intravenosas
variam
que
REVISÃO DA LITERATURA
compartilham
seringas,
o indice
de contaminação
10
pode chegar
a
mais de 80,0% (YEN el ai., 2003).
Grupos
de riscos
receberam
transfusão
hemodiálise
(1,0%)
compartilharam
agulhas
sangüinea
antes
área
(6,0%)
ou piercings.
e contato
e leite
materno
de saúde
(2,0%)
(BREVIDELLI
instrumentos
2.4 Aspectos
Na Hepatite
el
ai.,
2002),
profissionais
CIANCIARULLO,
2001).
e de manicures
do HCV
imunidade
natural,
quer dizer que, se uma pessoa teve hepatite C e negativou
conseqüência
(COLOMBO,
da alta
taxa
da
(PARANÁ el ai., 2000).
C não é desenvolvida
devido
por
com a família
e Clinicos-epidemiológicos
ela pode ser reinfectada,
á
que
A transmissão
de barbeiros
esterilizados
Biológicos
submetidos
do portador
&
que
de drogas
contaminados,
odontológicos,
devem ser corretamente
e foram
(COCHRANE
objetos
Portanto,
individuos
os usuários
(42,0%)
com tatuagens
sexo é muito baixa
C incluem
(6,0%)
de 1994,
seringas
e aqueles
(3,0%),
para hepatite
a diferentes
de mutação
genótipos
seu
do
isto
o vírus,
do virus,
ácido
nucléico
1999).
A maioria das pessoas que se infectam pelo HCV apresentam
viremia
crônica
associada
inflamatório
e fibrose.
hepatócitos
de individuos
de linfócitos
infectados
evidência
de dano
associada
ao aparecimento
T citotóxicas
1999;
LECHNER
aparecimento
perda
dessas
graus
el
ai.,
de células
tem sido interpretada
A erradicação
T citotóxicas
viremia (GERLACH el ai., 1999).
TAKAKI
ai.,
parece crítico,
associada
está
mediada por
(COOPER
el
como
do vírus
celular
T auxiliadoras.
2000;
tem sido
processo
que 50% ou mais dos
de forte resposta
e células
de
albergam o virus. A presença
hepático
imunomediado.
células
variáveis
Estudos demonstram
no parênquima
células
a
el ai.,
2000).
O
visto que a
ao ressurgimento
da
REVISÃO DA LlTERA TURA
11
2.5 Patogênese
As características
intensa
Esta
atividade
grande
sofisticado
Contudo,
do genoma do HCV se distinguem
genética
com um grande
flexibilidade
mecanismo
genotípica
proporciona
para se livrar das defesas
por ser um vírus tipicamente
seu genoma
potencial
ao cromossomo
por uma
de mutação.
ao
vírus
um
do hospedeiro.
de RNA, o HCV não integra
do hospedeiro
(BARCELLOS
el ai.,
2002).
In vivo, o vírus da hepatite
mecanismo
genético
de sobrevivência
na célula
transcríptase
consiste
do hospedeiro
reversa
em injetar
com que a maquinaria
o
material
(DNA)
e
STRAUSS,
2001; MORADPOUR
o seu material
não
da enzima
de moléculas
ao seu material genético,
reconheça
e seu principal
e, com o auxílio
ocorre a produção
DNA complementares
RNA, fazendo
C é um retrovírus
que é formado por
da célula
o
de cDNA -
do hospedeiro
destrua
(ZEIN,
2000;
el ai., 2001; LAYDEN & LAYDEN,
2002).
No mecanismo
de
replicação
hospedeira
é o hepatócito,
a
óssea,
medula
granulócitos.
envelope
os
dentro
de um filamento
a síntese
nucleocapsídeos
protéicos
do retículo
liberados
macrófagos,
intermediário
endoplasmático
células do hospedeiro.
geral
e os
rompe
o seu
a polimerase
de RNA negativo,
positivos
adquirem
e linfática
o
de RNA. Os
novos
da célula infectada.
Os vírus formados
ao dia. A sobrevida
a célula
linfócitos
celular que sintetiza
formados
na circulação
os
o vírus
para novos genomas
recém
HCV,
o vírus também pode infectar
da célula,
e se liga ao ribossomo
qual dirige
bilhões
rins,
Uma vez
para a síntese
são
os
entretanto
do RNA do
envelopes
Os vírus
e infectam
novas
atingem o número de 10
média dos vírus é de somente poucas
horas (STRAUSS, 2001; LAYDEN & LAYDEN, 2002).
Variações
importante
freqüentes
função
dos
no mecanismo
genes
virais
parecem
ter
uma
de escape do HCV no sistema
REViSA O DA UTERA TURA 12
imune do hospedeiro. É comum um vírus mutante da hepatite C
escapar ao reconhecimento pelas células T citotóxicas, sugerindo
.que o HCV possa 'burlar náo sóa imunidade humoral, mas também,
a imunidade celular (CONTE, 2000).
.
.
Estudos mostraram que o HCVassocia-se
com lipoproteínas
na circulação, no intuito de proteção de anticorpos circulantes e
outros mecanismos imunes. A .associação do HCVcom
lipídios
também promove a entrada do vlrus com facilidade no flgado, pois
I.ipídios sáo
metabolismo
captados
hepático
pelos
hepatócitos,
(STRAUSS, 2001;
fazendo
parte
LAYDEN &
do
LAYDEN,
2002).
Estima-se que o HCV sofra quase 1000 mutações por ano
dentro do próprio hospedeiro. Dentro de um determinado indivíduo
infectado,
população
as parti cuias do HCV não se comportam como uma
homogêne,a, na
verdade
,elas funci.onamcomo
conjunto de variantes genéticas conhecidas com quasispecies.
acontece
devido à grande
quantidade
de erros
inerentes à função das enzimas polimerases.É
um
Isto
de replicação
aqui que reside
uma das mais importantes armas .do HCV, pois a continua geração
de uma diversidade tão grande de genomas dificulta a atuação do
sistema imune do hospedeiro. Quando o sistema imune encontra
um caminho e destrói o .inimigo, este já está se transformando e
g.erando partículas diferentes que o sistema de defesa não mais
reconhece (CONTE, 2000; STRAUSS,2001;LAYDEN& LAYDEN,.2002).
2.6 Diagnóstico
Os testes para detecção da infecção pelo HCV podem ser
divididos
molecular.
basicamente
A
biópsia
histologicamente
realizados
em três tipos:
a
exames
hepática
lesão
é
hepática
complementares
endoscopia (pAL TANINet
aI., 2002) ..
histológico,
utilizada
para
existente.
como
sorológ.ico e
caracterizar
Também
ultrassonografia
são
e
REVISÃO DA LITERATURA
13
2.6.1 Diagnóstico Sorológico
As
técnicas
utilizadas
para
infecção
pelo HCV são baseadas
o vírus.
Estas técnicas
menos
dispendiosas,
.riagem inicial.
o diagnóstico
na detecção de anticorpos
apresentam
sendo
excelentes
de escolha
Porém detectam
sorológico
a resposta
contra
resultados
para
toda
da
e são
e qualquer
do hospedeiro
contra o
(ZEIN, 2000; BRANDÃO et
vírus, e não o próprio vírus díretamente
ai., 2001; TOYO et ai., 2001).
em
ELISA é um método que utiliza
proteínas
cultura
de
celular
recombinante.
inícial
ou
Esta técnica
para detecção
facilidade
e custo
altas sensibilidade
produzidas
tecnologia
é amplamente
de anticorpos
de automação
atualmente
através
virais
molecular
utilizada
contra
o vírus,
relativamente
como
devído à sua
baixo.
e especificidade
teste
Apresenta
(MORADPOUR
et
ai., 2001; TOYO et ai., 2001).
Em função da prevalência
em 3%, o diagnóstico
sensível.
são
Os testes
os
ELISA,
processamento,
custo
que
da hepatite
peplídeos
C requer
comercializados
apresentam
facilidade
relativamente
desenvolvidas
de infecção pelo vírus C, estimada
de
baixo.
para detecção
vantagens
automação,
As
até o momento utilizam
sintéticos
um teste
para a captação
três
do anti-HCV
como
alta
rapidez
no
confiabilidade
e
gerações
proteínas
bastante
de
ELISA
recombinantes
do anti-HCV
(BRANDÃO
ou
et
ai., 2001; MORADPOUR et ai., 2001).
Resultados
confirmados
pelo
obtidos
RIBA
nos
métodos
11 ou RIBA
inconveniente
de apresentar
inconclusivos
ou indeterminados
de
triagem
111 O método
podem
RIBA
ser
tem
cerca de 10% a 20% de resultados
(SÁEZ-AláUÉZAR
BRANDÃO et ai., 2001; MORADPOUR et ai., 2001).
et ai, 1996;
o
REV/SAo DA LlTERA TURA 14
2.6.2 Diagnóstico
Testes
moleculares
Atualmente,
como:
Molecular
estão sendo aplicados
exames
sorológicos
acompanhamento
viral
detectam
em situações
de pacientes,
de tratamento
t'elo
HCV,
candidatos
associado
2000).
com
tais
da carga
Outra situação
com hepatite
interferon
de ribavirina
vlrus.
duvidosos,
é a de pacientes
a tratamento
com a administração
ou
mensuração
(LEWIN,
que requer o uso da PCR qualitativa
o
especificas,
indeterminados
laboratorial
para controle
diretamente
isolado
ou
(BRANDÃO
el aI.,
para hepatite
aguda
2001; MORADPOUR el ai., 2001).
Por fim, o teste é também preconizado
no periodo de janela imunológica,
detectado
quando o RNA do HCV pode ser
uma semana após a exposição
(BRANDÃO el ai., 2001;
MORADPOUR el ai., 2001).
Podem
ausência
ser
de
determinada
o número
qualitativos,
material
nucléico
de microrganismos
em
Adicionalmente,
2.7 RT-peR
de polimerase
especificas
de
oligonucleotideos
conhecidas.
interação
de
da
em cadeia
empregado
ácidos
amostra
de
onde
é
biológica.
em relação
aos
da nova fita
o
molde e uma enzima
DNA polimerase
in vi/ro
pareamento
ou
da estrutura
termo estável
de
de
previamente
de DNA é obtida
(Iniciadores
(componentes
tem sido
é um método
na amplificação
arbitrárias
oligonucleotídeos
Esta técnica
Viral
(PCR)
nucleicos,
desoxiribonucleotideos
ai., 1999).
ou
ou genômicas)
ao Diagnóstico
seqüências
A síntese
entre
virais
ou
(LEWIN, 2000).
rápido e largamente
regloes
microrganismo
menor sensibilidade
e RFLPs Aplicados
A reação
a presença
gênicas, e quantitativos,
definido
apresentam
detecta
um
(partículas
volume
métodos qualitativos
se
de
mutação ou seqüências
quantificado
preciso,
onde
da
através
reação),
do DNA), DNA
(FURIONE el
adotada como uma abordagem
15
REVISÃO DA LlTERA TURA
alternativa
de
para a análise
mapas
genéticos
diferentes
organismos
de variabilidade
e
produção
genomlca,
de
sondas
construção
genéticas
(WELSH & McCLELLAND,
para
1990; WILLlAMS
et ai., 1990 e BARRY et ai., 1990; FURIONE et ai., 1999).
2.7.1 RT-peR
A RT -PC R ocorre
amplificação.
em duas
Sua principal
etapas:
diferença
transcrição
reversa
e
está no fato de a reação não
partir de um molde de DNA, mas de uma fita molde de RNA, que
após
uma
reação
convertido
catalisada
em cDNA.
por
uma transcriptase
Na primeira,
ocorre
a transcrição
com a formação de uma fita de cDNA e na segunda,
do cDNA (ASLANZADEH
resultados
a amplificação
e de grande sensibilidade,
de RNA e que requer cuidados
falso-positivos
extremos
ou falso-negativos
Ela é bastante
ausência
utilizada
inconclusiva,
infecção
quimioterápico
sendo
crônica
que
ou cirúrgico
também,
serão
clinica
2000).
em indivíduos
tratamento
A RT-PCR
pode
com grande
infecções
agudas
(anti-HCV)
(FREEMAN et ai., 1999; FURIONE et ai., 1999). O limite
de
detecção,
aproximadamente
variações
detectar
antes
mesmo
por
1.000
da técnica,
PCR,
cópias
o diagnóstico
do aparecimento
em
do
e uma das
até 100 cópias
1999; BELD et ai., 2000).
para auxiliar
de HCV com
à
submetidos
ou
contribuir
teórico
eficiência
a presença
realizada
(STRAUSS,
para evitar
(BRAN DÃO et ai.,
para determinar
de vírus RNA em casos de suspeita
sorologia
com
reversa
para a sintese de uma fita dupla de cDNA, a partir de uma
fita simples
2001).
é
et ai., 2000; MORADPOUR et ai., 2001).
A RT-PCR é uma técnica laboriosa
utilizada
reversa
de anticorpos
condições
ótimas,
genoma/mL,
mas
mais
do genoma/mL
sensíveis
de soro
de
é
existem
é capaz
(DAVIS
de
de
et ai.,
REVISÃO DA LlTERA TURA 16
2.7.2 peR aninhada
A PCR aninhada é utilizada
a eficiência
primeiro
da
reação.
de forma
localizadas
para melhorar a especificidade
O segmento
genômico
e
é amplificado,
abrangente,
copiando
até mesmo seqüências
fora dela, e depois,
utilizando
este primeiro
amplificação
da
real
seqüência-alvo
produto,
et
(RUSTER
ai.,
a
1996;
FURIONE et ai., 1999; ALMEIRA et ai., 2001).
Nesta
técnica,
PCR. No primeiro,
realizam-se
submetida
empregando-se
Uma
alíquota
internamente
oligonucleotideos
Essa técnica
extremamente
contaminação
técnica
apresenta
com grande
sensibilidade
Como
posição
A segunda
determina
antes
auxiliar
na conduta
interromper
infecção
diminuição
complicações
mesmo
vira!.
de
Como
custos
a
par
ainda superior
de
da
à do
de material nucléico
os
riscos
de
com a
et ai., 2001). A
precoce
de infecções
de anticorpos.
Além de
principais
os síntomas e a progressão
conseqüência
para
então
amplificação,
tendo como objetivos
viral, diminuir
de
por RFLP pode contribuir
do aparecimento
a replicação
do
do que os mencionados
para o diagnóstico
do tratamento
é
a especificidade
esperado,
à genotipagem
eficiência
agudas
Saúde
direta,
pode
Pública
com
ocorrer
a
eventuais
da doença.
2.7.3 Genotipagem
Variabilidade
número
à
do PCR (RUSTER et ai., 1996; ALMEIRA
aliada
com um par
amplificado
quando a concentração
reduzida.
de
novo par de iniciadores,
utilizados.
são ainda maiores
PCR aninhada,
da
produto
relação
diferentes,
PCR e é recomendada
é
consecutivos
cerca de 15 a 30 ciclos
usando-se
em
inicialmente
com oligonucleotídeos
reação.
do
à nova amplificação
localizados
ensaios
um segmento de DNA é amplificado
de oligonucleotídeos,
amplificação.
dois
diferente
por RFLPs
genética
de técnicas,
pode ainda
dentre
ser identificada
por um
elas, RFLPs. O princípio
da
REV/SAO DA LITERATURA
técnica
está
genomas,
associado
a eventuais
diferenças
que podem ser visualizadas
dos organismos
resultado,
é tratado
fragmentos
polimórfico)
são
nucleotídicas,
sítios
variantes
ainda
genotipagem
DNA
gerados,
uma vez
diferentes
se
que
de
baseia-se
RT-PCR aninhada.
tamanhos
(DNA
variação
nas
seqüências
cliva
o DNA
em
mutantes
ou
1996)
e
de um segmento
da
(RUSTER
et
na amplificação
da extremidade
ai.,
O produto
5' do vírus pela técnica de
de aproximadamente
base é submetido
a RFLP que emprega
gera
com
fragmentos
identificação
através
disponíveis
padrões
padrões
eletroforéticos
já
no mercado
a oligonucleotideos
mais complexos
isolados
e em pacientes
de HCV,
sintéticos
os dois
Existem
a
outros
sendo
o
reversa do produto
baseados
nos dados
do HCV. Todavia,
em casos
com infecção
testes
que
permite
para a genotipagem,
de amplificação
de diferentes
que
estabelecidos.
o LiPA que é uma hibridização
de seqüência
260 pares de
enzimas de restrição
mais conhecido,
definitiva
Como
e ainda, de genótipos
descritos
região não codificadora
subtipo
de restrição.
(FURION E et ai., 1999).
A metodologia
métodos
o DNA
diferentes
ocorrer
entre
quando
a endonuclease
de restrição,
não
claramente
com endonucleases
de
existentes
17
por mais de um
não apresentam
uma solução
(FURIONE et ai., 1999; FREEMAN et ai., 1999).
2.8 Tratamento
O tratamento
objetivos
sintomas
Estudos
soro
principais
infecção
recentes
de
causada
interromper
e a progressão
abaixo
chances
da
pelo
a replicação
HCV
viral,
tem
como
diminuir
os
da infecção viral (OSELLA et ai., 2001).
demonstraram
de 1 milhão
responder
que pacientes
de cópias
ao
virais
tratamento
com carga viral no
por mL têm maiores
(OSELLA
et
ai.,
2001;
MORADPOUR et ai., 2001).
A principal
interferon
estratégia
e a ribavirína.
para o tratamento
Interferons
da hepatite C inclui o
são glicoproteínas
produzidas
REV/SAO DA LITERATURA
pelas células que ativam os macrófagos,
os neutrófilos
NK e, para alguns, possui uma atividade
antiviral
é um análogo
mensageiro
(CHAN
da guanosina
meses
2000).
efeitos
resposta
impede
e assim inibe a replicação
et aI.,
provocam
que
Tanto
colaterais
tratamento.
a formação
significativos.
quanto
ocorrer
vários
de antivirais,
polimerase
e da helicase.
alto grau de mutabilidade
de protease,
ainda, vacinas
do HCV (BJ0RO
terapia
à
em fase de estudo
os inibidores
Não existem,
uma boa
ao final de 6
resistência
sendo esta a razão de estarem
como
a ribavarina
Considera-se
apresentada,
tipos
do RNA
de muitos virus DNA e RNA
o interferon
Pode
e as células
direta. Ribavirina
quando a carga viral se torna indetectável
de
18
de
devido ao
et aI., 2002; WEBSTER
et aI., 2000; MORADPOUR et ai., 2001).
O custo
elevado
Embora a Ribavirina
é outro
fator
o tratamento.
no Brasil, o Interferon
não é, e
seu preço pode chegar a U$ 345.00 por dose (SLOBODA,
2004). O
tratamento
completo
gratuitamente
inclusão,
seja produzida
que dificulta
custa
U$
por
segundo a portaria 639 do Ministério
o
protocolo
atualmente
do SUS a ribavirina
convencional
Cerca
OIagnostlco
pelo
elevar
SÚS.
ae
portadores
estratégias
mês
é oferecido
desde que o portador do HCV faça parte do grupo de
. _,,_,;;memou
promete
1,700.00
a resposta
de
nove
dos portadores
e
ao tratamento
tratamento
pacientes
e o interferon
para 60% dos casos.
terapêuticas
mil
da Saúde (MS), que
aos
recebem
peguilado,
que
de 47% do interferon-a
São de grande
importância
que possam melhorar a qualidade
de vida
do HCV (WEBSTER et ai., 2000; FELlPPE-JUNIOR,
2003).
O interferon
IFN-a-2b
PEG
com
proporção
peguilado
recombinante
peso
molar
a partir da ligação
do
á uma molécula de cadeia única linear de
molecular
de
foi sintetizado
médio
1: 1. O
de
PEG
12.000
liga-se
dáltons
em
uma
por união cova lente
19
REVISÃO DA L1TERA TURA
primária à histidina 34 da IFN-a-2b (MORADPOUR et ai., 2001). Os
sítios
secundários
peguilação
de
bem como os resíduos
SCHERING-PLOUGH,
A peguilação
de
retardar
proteínas,
a
lisina
-31,
das proteínas
se
a cisteína
-121 e -134
(MONOGRAFIA
é um método bem estabelecido
e
reduzir
a
imunogenicidade
mostrado
seguro
para
os seres
(WANG et ai, 2000; WEBSTER et ai., 2000). A molécula
inerte,
hidrossolúvel,
constituindo-se
para retardar
aplicações
asparaginase,
de
não-tóxica
e
de
em um agente modificador
a depuração
clínicas,
N-terminal,
1997).
depuração
tendo
incluem
tais
a interleucina-2,
hormônio do crescimento
a adenosina
de PEG é
variável,
de proteínas
de aminase,
o fator de estimulação
o fator
humanos
ideal que já foi utilizado
de uma variedade
como
macrófagos-granulócitos,
tamanho
das
de
necrose
com
a L-
de colônia
tumoral
e
o
humano (WANG et ai, 2000, WEBSTER et
ai., 2000; MONOGRAFIA SCHERING-PLOUGH,
1997).
OBJETIVOS 20
3. Objetivos
3.1 Objetivo
Geral
- A partir dos padrões eletroforéticos
RFLPs,
traçar
um perfil
genético
gerados por RT-PCR e
(genotipagem
e subtipagem)
preliminar da população do virus da hepatite C no Hospital Dia do
Hospital Universitário
da Universidade
Federal de Alagoas (UFAL)
e do Laboratório Central de Alagoas (LACEN).
3.2 Objetivos
- Verificar
Especificas
a prevalência
do RNA-HCV em amostras anti-HCV
positivas;
- Avaliar a eficiência
e especificidade
da diagnose molecular
do vírus através de RT-PCR e RFLPs nas amostras analisadas.
MATERIAIS
& MÉTODOS
21
4. Casuisticas e Métodos
O
trabalho
foi
executado
no
Laboratório
de
Genética
Molecular,
Genõmica e Proteõmica
- GEMPRO da UFAL, a partir de
amostras
obtidas
de
Universitário
Laboratório
do
serviço
da Universidade
Hepatologia
Federal
do
de Alagoas
Hospital
(UFAL)
e do
Central de Alagoas (LACEN).
4.1 Aspectos Éticos
Este trabalho
contou
com as autorizações
da Comissão
Ética em Pesquisa da UFAL em agosto de 2001 (Apêndice
participantes
pela assinatura
de
1) e dos
de um termo de livre consentimento
(Apêndice 2).
4.2 População em Estudo
Na
diagnose
identificação
formulário
dos
contendo:
sexo, endereço,
risco
(Apêndice
transfusão
também
e
pacientes
telefone,
3).
levantados
do
através
nome completo,
outro
neste
estudo
de
foi
dados
de pesquisa,
a
de
idade,
dos fatores de
relacionados
alcoolismo,
do perfil de portadores
efetuada
preenchimento
e ocorrência
lado,
tabagismo,
HCV,
estado civil, profissão,
procedência
Por
sanguínea,
conhecimento
genotipagem
tatuagem
com
foram
objetivando-se
o
antí-HCV positivo.
4.3 Participantes
Cerca de 104 indivíduos
anti-HCV
positivos
foram avaliados
em relação à presença de HCV-RNA, durante março de 2003 a abril de
2004, após consentimento informado. Desses,
relação ao tipo e subtipo vira!.
76 foram avaliados
em
MATERIAIS & METODOS 22
4. 3.1 Critérios de Inclusão
Foram incluídos
no estudo indivíduos
pelo método de Elisa 3" geração
com anti-HCV
e pacientes
positivo
sem de tratamento
(Apênd ice 1).
4.3.2 Critérios de Exclusão
Foram excluídos
do estudo indivíduos
em tratamento
e com
anti-HCV negativo.
4.4 Obtenção das Amostras Clinicas
As
amostras
selecionados
foram
posítiva
seringas descartáveis
O sangue
coletado
obtenção
do
acondícionado
Laboratório
sangue
com sorologia
utilizando-se
para
de
coletadas
para antí-HCV
sangüíneo.
em microtubos
de Genética
pacientes
comprovado,
e de uso individual.
foi centrifugado
plasma
dos
4000xg
durante
O material
biológico
a 5°C e posteriormente
Molecular,
Genômica
2 min
foi
levado
e Proteômica
ao
em
caixa térmica e mantido em freezer a -20.C.
4.5 Isolamento de RNA Total
A extração
do RNA total foi realizada
extratora
TRlzol"
protocolo
de CHOMCZYNSKY
basicamente
isolamento
LS Reagent
(Life Technologies™),
& SACCH I (1989).
por fenol e isotiocianato
de RNA viral
utilizando
de amostras
a solução
baseada
no
Esta é composta
de guanidina,
de sangue
indicado
total,
para
soro ou
plasma sangüíneo.
No
período
enfatizou-se
que
alguns
antecede
cuidados
RNAses, durante a manipulação
Esses
0,1%.
materiais
foram
tratados
ao
para
isolamento
evitar
de pipetas,
de
RNA
contaminações
vidrarias
total,
por
e bancadas.
com inibido r de RNAse,
DEPC
MA TERIAIS & METODOS
o
protocolo
separação,
adaptado
precipitação,
foram adicionados
incubados
lavagem
LS Reagent
(Life
em
ambiente
por 15 mino Em seguida
por
min
recuperada
Technologies'").
vortex
a
durante
2°C.
A
em alíquotas
superior
a 4000xg
(sobrenadante)
de 500j.JL que foram transferidas
isopropílico
a -20°C. Os microtubos
temperatura
ambiente
min a 2°C.
Em
precipitado
foi
o
com
foram agitados
sobrenadante
1000
llL
foi
para um
500 llL de álcool
por 10 min e centrifugado
seguida,
esta
à temperatura
foram centrifugados
novo tubo de 1,5 mL onde foram adicionados
lavado
Após
Os tubos foram
15 s e incubados
camada
para
Logo após
ambiente.
200 llL de clorofórmio.
agitados
lise,
Em microtubos
de plasma sangüíneo
por 5 min à temperatura
etapa foram adicionados
45
em cinco etapas:
e solubilização.
250 llL da amostra
750 llL de TRlzol'"
foram
TRlzol consiste
23
e incubados
a 4000xg
foi
por 30
removido
de etanol
75%
a
e o
(em água
tratada com OEPC). A amostra foi agitada em vortex e centrifugada
a 4000xg
por 15 min a 2°C. O sobrenadante
microtubos
foram deixados
30 min para permitir
RNA
total
ambiente
por
Para redissolver
com OEPC) e finalmente
por 60 min a 5rC com o objetivo
de
e os
o
receberam um volume de 100 j.JLde água
livre de RNAse (tratada
amostras
em temperatura
a secagem das amostras.
RNA total, os microtubos
Milli-Q
abertos
foi descartado
foram
incubado
de inativar traços de RNAse. As
acondicionadas
a -20°C
até
o
momento de serem utilizadas.
4.6 Transcrição
Reversa
O RNA total foi utilizado
qual foi realizada
utilizando-se
para a síntese
da fita de cONA, a
KCI 75 mM, Tris-HCI
50 mM (pH
8,3), MgCI2 3 mM, OTT 2,5 mM, dNTPs 1 mM, 20 U de MLV-RT
(Gibco
BRL
(Invitrogen),
Life
Technologies,
USA),
2,0 11Mde oligonucleotídeos
8 U de
antisenso
Inibidor
desenhados
partir da região 5'NCR (5' - TCGCAAGCACCCTATCAGGCAG
(LUNGE et ai., 1999) e 3 llL de RNA extraído.
RNAse
a
- 3')
A síntese de cO NA
MA TERIAIS & MtTODOS
foi realizada
a 3rC
por
em termociclador
(Eppendorf
50 min de incubação,
aquecimento
Mastercycler
Gradiente)
seguida respectivamente
a 95°C durante 5 min e resfriamento
24
por um
a 5°C durante 5
mino
Várias
transcrição
minutos;
resultado
seguida
temperaturas
reversa
42°C
e
tempos
em cO NA foram
por 30 minutos
satisfatório,
de
incubação
testados:
e finalmente
incubação
de uma inativação
de
a
37°C durante
30
a que apresentou
de 37°C
da enzima
para
por
50
minutos,
a 99°C por 5 minutos
e
mantida por 5 minutos a 5°C.
Os
produtos
amplificação
da
RT (10
IlL)
serviram
de
molde
por PCR. Todas as reações foram realizadas
volume final de 50 IlL com os seguintes
reagentes:
para
a
para um
KCI 50 mM,
Tris-HCI 10 mM (pH 8,3), MgCI2 1,5 mM, dNTPs 0,2 mM, 2,0 IlM de
oligonucleotídeos
senso
da
GAAAGCGYCTAGCCATGGCGTTAG
Taq ONA Polimerase
consistiu
ciclos
(Cenbiot).
de desnaturação
de amplificação.
região
(5'-
- 3') (LUNGE et ai., 1999) e
O processo
de ciclagem
inicial por 3 min a 95°C
Cada ciclo consistiu
30s a 94°C, pareamento
5'NCR
térmica
seguida de 35
de desnaturação
por 40s a 55°C e extensão
por
por 1 min a
72°C. As amostras foram incubadas por um período adicional de 10
min a 72°C (extensão final), após o térmíno do último ciclo.
4.7 Visualização
e Fotodocumentação
de Eletroforese
em Gel
de Agarose do cDNA Amplificado
Alíquotas
contendo
tampão de corrida
9 IlL de cO NA amplificado
10X (0,25% azul de bromofenol;
cianol ; 40% de sacarose)
e 1 flL de
0,25% xileno
em água em 1,0 L de tampão de corrida
TBE 1X (10,8g de Tris base; 5,5g de ácido bórico; 4 mL de EOTA a
0,5 M; 1000 mL de água destilada).
por eletroforese
As amostras foram analisadas
em gel de agarose 2%, corado com brometo de
MA TERIAIS & METODOS 25
etídio 10 Ilg'mL.',
5,0 V'cm-' por
o qual foi submetido
1 h. Os produtos
Transiluminador
de
peso molecular
de presença
as amostras
elétrica
de
visualizados
em
de fragmentos
325pb. Essa etapa inclui
de 100pb (Cenbiot,
o produto da amplificação
contendo
de PCR foram
UV para detecção
bandas de aproximadamente
uma corrente
à
de
um padrão
RS) para comparações
com
do cDNA. Logo após, o gel de agarose
foi
fotodocumentado
em sistema
digital
Kodak.
4.8 PCR Aninhada
Com o objetivo
de aumentar
realizada
uma outra
reação
mesmas
concentrações
novo
conjunto
a especificidade
em cadeia
de reagentes
da polimerase
da anterior
oligonucleotídeos:
partir
da região
temperaturas
não-codificada
e tempos
com as
utilizando
senso
CCCCTGTGAGGAACTWCTGTCTTCACGC
ACGGTC TACGAGACCTCCCGGGGC
da RT-PCR foi
um
(5'
3') e antisenso
(5' -
- 3'), também desenhados
5'NCR (LUNGE
de ciclagem
foram
a
et ai., 1999). As
mantidos,
porém
o
número de ciclos foi reduzido para 30.
4.9 RFLP/PCR da S'NCR
Os fragmentos
de bandas
amostras
HCV positivos
aninhada
da região
enzimática
260pb
obtidos através das amplificações
5'NCR foram fracionados
com as endonucleases
BstOI e digestões
de aproximadamente
de
por PCR
por digestão
dupla
Haelll-Rsal,
Hinfl-
de restrição
simples com ScrFI ou BstUI.
4.9.1 Genotipagem
Três microtubos
Haelll-Rsal,
Aliquotas
adicionadas
de 0,6 mL foram previamente
Hinfl-BstOI
de
10,0
e s/d
IJL das
(sem
amostras
digerir),
positivas
em cada um dos três microtubos,
IJL do tampão One-Phor-AII
identificados
respectivamente.
do
HCV foram
juntamente
Plus (100 mM Tris-acetato
com 1,0
pH 7,5; (100
MA TERIAIS & METODOS 26
mM acetato de magnésio;
500 mM acetato de potássio)).
das
ocorreu da seguinte forma: 5 U de Rsal
enzimas
de restrição
e 5 U de Haelll
Hinfl.
num microtubo
O microtubo
controle
e no outro 5 U de BstOI
identificado
como sld,
utilizadas
de
restrição.
Para
a 25 J.!L do produto
com o tampão
da enzima
incubadas
aproximadamente
digestão
por
amplificado
de um
nenhum tipo de
digestões
10 U de cada uma das enzimas
adicionadas
corrida
as
e 5 U de
por se tratar
interno da reação a ele não foi adicionado
endonuclease
A adição
simples,
foram
ScrFI ou BstUI
foram
do cDNA juntamente
a 10X. Logo após, as amostras
foi interrompida
pela
12 h a 37°C.
adição
10X (0,25% azul de bromofenol;
foram
Em seguida,
de 0,5 J.!L de tampão
a
de
0,25% xileno cianol ; 40%
de sacarose).
4.9.2 Subtipagem
Dois microtubos
como sendo
digerir),
da enzima
do
microtubos,
HCV
mM acetato
da seguinte
microtubo.
em
cada
forma:
de
das
após,
dois
da enzima
10X
magnésio;
500
enzimas
as
12 h a 37°C.
pela adição
10X (0,25% azul de bromofenol;
de sacarose).
dos
de restrição
num
como sld, por se tratar de um
Logo
por aproximadamente
foi interrompida
amostras
5 U de ScrFI ou 5 U de BstUI
identificado
restrição.
um
acetato de
A adição
e sld (sem
IJL das
interno da reação a ele não foi adicionado
incubadas
corrida
25,0
com 1,0 IJL do tampão
pH 7,5; (100 mM
O microtubo
endonuclease
digestão
de
adicionadas
de potássio)).
identificados
ScrFI ou BstUI
Alíquotas
foram
juntamente
(100mM Tris-acetato
controle
de restrição
respectivamente.
positivas
ocorreu
de 0,6 mL foram previamente
nenhum tipo de
amostras
foram
Em seguida,
de 0,5 J.!L de tampão
a
de
0,25% xileno cianol ; 40%
MATERIAIS & METODOS 27
4.10 Eletroforese dos produtos de digestão enzimática
Os
padrões
fragmentos
eletroforéticos
de bandas referentes
através das digestões
gel de poliacrilamida
nitrato
referentes
aos
diferentes
a tipos de HCV distintos,
enzimáticas
(RFlPs)
obtidos
foram visualizados
em
8% (SAMBROOK et aI., 1989) e corados com
de prata de acordo com o método adaptado
SANGUINETTI
et ai. (1994),
uma amostra
não digerida
descrito
Para fins comparativos
juntamente
por
foi utilizado
com marcadores
de peso
molecular (100pb e 174pb).
Os
géis
utilizados
eletroforéticos
poliacrilamida
foram
a
preparados
visualização
a partir
de
dos
uma
padrões
solução
de
em um béquer de 50 ml as soluções
de
8%, de acordo com a lista abaixo:
Foram adicionados
poliacrilamida
para
(14,5g acrilamida,
O,5g bis-acrilamina).
o TBE 10X
(108g de Tris base; 55g de ácido bórico; EDTA a 0,5 M) e a água
milli-Q
autoclavada.
logo
gel foram adicionados
após, a homogeneização
125 Jil persulfato
12,5 Jil TEMED 0,01 % com o objetivo
polimerização
gel
foi
imediatamente
separadas
presos
da poliacrilamida.
superior
de amônio (APS 10%) e
de catalizar
aplicado
entre
duas
para
polimerização
a
aplicação
das
o qual permitiu
amostras
do gel de poliacrilamida
amostras
contendo
foram aplicadas
marcadores
aparelho
vertical
padrões
foi ligado
de
tampão
vidro,
na parte
a formação
distintas.
Após
elétrica
de
a
30
para uma cuba de
de corrida
molecular
a uma fonte
de
8% (aproximadamente
nas cavidades
peso
placas
foi aplicado
min), o pente foi retirado e o gel foi transferido
eletroforese
de
de 0,4 mm de espessura
de aço e em seguida
um pente com 10 dentes,
cavidades
a reação
Como o auxílio de uma seringa o
uma da outra por espaçadores
com grampos
da mistura do
(TBE 1X). As
do gel, como também os
(100pb
e
174pb).
O
de alta voltagem e as
MA TERIAIS & METODOS 28
amostras foram submetidas
a uma corrente elétrica de 5v.cm-',
por
1 h e 20 mino
4.11 Coloração por Nitrato de Prata
Após
eletroforese,
(EtOH 10%; ácido
o gel foi
acético
imerso
1,3 mM)
em solução
durante
fixadora
5 min sob agitação
manual e em seguida esta solução foi removida e reservada.
após,
o gel foi corado
manual constante
com nitrato
reveladora
colocada
cuidadosamente
(NaOH
750
lentamente
formaldeido
de prata
36
em solução durante
foi descartada
fixadora
mM)
foi
onde o gel foi depositado.
até o aparecimento
seguida a solução reveladora
em solução
mM;
no recipiente
Nesta etapa, o gel permaneceu
colocado
(nitrato
e o gel lavado uma vez em água Milli-Q. A
solução
sempre agitado
de prata 0,2 % em agitação
por 10 mino A solução corante
20 mM) foi desprezada
Logo
10 min sendo
das bandas e em
e o gel foi novamente
por 5 min e finalmente,
lavado
e
mantido por 10 min em água Milli-Q.
4.12 Preservação dos géis e registro fotográfico
o
gel de poliacrílamida
em água milli-Q
sistema
digital
colocado
foi então
8% que foi mantido durante
retirado
Kodak e secos
entre duas folhas
digital
10 min
da água e fotodocumentado
para serem arquivados.
de papel celofane
incolor
Este foi
sobre uma
placa de vidro, em seguida as bordas foram dobradas lateralmente
sobre o lado inferior da placa sempre com bastante cuidado para a
eliminação
ocorreu
Após
de eventuais
à temperatura
a eliminação
bolhas. Logo após, a desidratação
ambiente
completa
anexado ao livro de registros
A eletroforese
digestão
por
eletroforéticos
por aproximadamente
de umidade,
para consultas
dos fragmentos
endonucleases
característicos
de
do gel
24 horas.
o gel desidratado
foi
posteriores.
de bandas obtidos através da
restrição
produziu
para cada tipo viral, os quais
mapas
foram
MA TERIAIS & MÉTODOS 29
comparados
et aI (1995)
com
padrões
dos diferentes
comparações
foram
tamanho
fragmentos
dos
de restrição
RFLPs já identificados.
tipos
realizadas
de
e
obtidos
subtipos
levando
cDNA
em
polimórfico
por
de
DAVIDSON
HCV. Essas
consideração
gerados
o
pelos
RESUL fADOS E DISCUssAo
5. Resultados
Em
104
e Discussão
amostras
anti-HCV
positivas
avaliadas
trabalho, foram realizados testes para o diagnóstico
onde
foi
indivlduos
possível
detectar
o
HCV-RNA
enquanto que 26.9% (28/104)
RNA negativos
30
(Figura
descritos na literatura
em
biomolecular,
73,1%
(76/104)
foram considerados
4). Esses dados são coerentes
(PATINO-SARCINELI
que mais de 50% dos portadores
neste
HCV-
com 05
at ai.• 1994). uma vez
anti-HCV
positivos
mantêm a
infecção.
26,9%
• HCV-RNA
.Indeteetável
Figura
4.
Distribuição
das
amostras
processadas
de
plasma
sangOrneo de 104 pacientes anti-HCV (n=1 04).
A Figura 5 mostra um algoritmo
neste estudo, levando-se
dos resultados
em consideração
verificados
o número de amostras
HCV-RNA negativas e positivas dos pacientes participantes.
RESUL TADOS E DISCUsSAO
Anti-HCV
N = 104
I
HCV-RNA+
N=76
HCV-RNAN=28
Genótipo 1
N=62
Genótipo 3
N = 13
Subtipo 3a
N=7
Subtipo la
N=7
neste
estudo,
dos resultados
considerando-se:
Infecção Mista
N=l
Indetenninado
N=6
Indetenninado
N=3
Subtipo lb
N = 52
Figura 5. Algoritmo
31
das 104 amostras verificadas
número
de amostras
negativas; e número de amostras HCV-RNA positivas.
HCV-RNA
RESUL TADOS E DISCUSSÃO 32
5.1 Casuista
Este
estudo
preliminar
da
prevalência
de
HCV-RNA
plasma sangOlneo de portadores
anti-HCV
participação
do sexo masculino
feminino
de indivlduos,
tanto
e todos cumpriram
os critérios
positivos
de inclusão,
em
contou com
quanto
do
de acordo
com o item 4.3.1.
A Figura
71,1 % (54/76)
6 mostra
amplo predomínio
em relação
do sexo masculino,
ao sexo feminino,
28,9% (22/76)
em
amostras de pacientes HCV-RNA positivos.
• Masculino
• Feminino
Figura
6. Percentual
de distribuição
por sexo de pacientes
anti-
HCV positivos com HCV-RNA detectável (n = 76).
Neste trabalho,
indivlduos
HCV-RNA
cerca de 72 individuos,
positivos
estavam
entre
de um total de 76
36 e 70 anos. A
média de idade para ambos sexos foi de 49,7 anos (Tabela
1).
Como a maioria das pessoas infectadas com o HCV tem de 30 a 49
anos, o número de mortes
atribulvel
a esta doença
do fígado
deverá aumentar de forma alarmante nos próximos 10 anos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO 33
Outro fator preditivo de evolução para doença hepática grave
é o uso de álcool,
mesmo em consumo
moderado
(CDC, 1998;
POYNARD ei ai., 1997; KOFF & DI ENSTANG ei ai., 1995; VENTO
el
aI.,
incrementar
parece
Pacientes
tem progressão
aumentar
a replicação
viral
ou
da célula à infecção viral (VENTO
a susceptibilidade
ei ai., 1999).
álcool,
O álcool
1999).
com doença hepática desencadeada
mais rápida da infecção
pelo
hepática;
entre
estes os que apresentam cirrose têm alto risco de progressão para
HCC (VENTO ei ai., 1999).
Pacientes
definida (casos esporádicos)
sem causa de transmissão
de infecção pelo HCV, têm alto risco
de má evolução, possivelmente
pela interação com fatores como a
longa duração da infecção e idade mais avançada no momento da
descoberta da infecção (PARANÁ ei ai., 2000).
Tabela 1. Distribuição
pacientes
etária (n
anti-HCV
=
do número, percentual por faixas e média de
com HCV-RNA detectáveis
segundo
a faixa
76).
N° de
Faixas
etárias
pacientes
Percentual
por
pacientes
faixas
faixas
O - 35
4
5,26%
36 - 70
72
94,74%
Total
76
100%
A prevalência
do n°
por
mundial de HCV é de 0,2% a 2% em doadores
de sangue, e de 80%
em usuários
de drogas intravenosas.
Uma
RESULTADOS E DISCUSSAO 34
de casos de HCV é devida à transmissão
grande porcentagem
transfusão
e outros
agulhas,
meios
exposição
Entretanto,
ocupacional
metade
desconhecida
doadores
de compartilhamento
a
das infecções
sangue
e
de
hemodiálise.
por HCV possui
transmissão
(AL TER et aI., 1999; PARANÁ et aI., 2000).
PATINO-SARCINELI
prevalência
parenterais
por
et
e os fatores
de sangue
soro positividade
aI.
(1994),
estudaram
de risco para os anticorpos
voluntários
no Brasil,
estava fortemente
etnia não-branca
quando
a
anti-HVC
observaram
em
que
a
associada ao sexo masculino,
à
e a idades mais avançadas,
o que provavelmente
reflete um longo tempo de exposição à infecção e baixas condições
socioeconômicas.
negativos
A
obtenção,
em 38 amostras
pelos
autores,
(60,3%) e de resultado
em dez amostras (15,8%) que apresentaram
nos testes de triagem,
quando analisadas
RIBA
ocorrência
li,
sugerem
comprovando
a
a necessidade
em todas as amostras
testes sorológicos
5.2 Isolamento
de
que apresentarem
extrações
de testes confirmatórios
resultado
do
amostras
HCV-RNA
para
não
anti-HCV
várias hipóteses,
se
era
RNA é 4°C.
a 4°C.
mas
funcionando
Por
foram
microtubos
Vários
foi
este
recomendada
fato,
realizadas
a
testes
detectada
positivas.
nos
8.000
foram
a
xg,
inicialmente,
utilizando
dentro
realizados
para
as
uma
de
com
um
esse
presença de HCV-RNA nas
Para este fato, foram consideradas
como, se a amostra estava em boas condições,
HCV-RNA
transcrição
reagente
de RNA viral
microcentrifuga
artificio,
falso-positivos,
de triagem.
de
refrigerador
indeterminado
pelo teste confirmatório
resultados
da realização
resultados
valores baixos de DO
Segundo o protocolo TRlzol a temperatura
o isolamento
de
reversa,
positivo,
a
metodologia
empregada
para
a PCR do cDNA e se a PCR aninhada estava
corretamente.
RESUL TADOS E D/SCUSSAO 35
Diante dos resultados,
o isolamento
Eppendorf
isopor
de
sequenciamento.
HCV-RNA
dimensões
às
foi possivel
de 4°C. Outros testes
de placas
placas
de
a detecção do
foram realizados
de 3°C e 2°C, respectivamente.
Melhores
foram obtidos a 2°C.
Técnicas
HCV-RNA,
de biologia
molecular,
para
embora menos acessíveis,
fundamental
subtipos
para
em uma centrifuga
semelhantes
Com essas alterações
com as temperaturas
de
tentativas
(modelo 5810R) com a utilização
à temperatura
resultados
nas primeiras
de RNA, foram feitas adaptações
refrigerada
de
obtidos
virais
importância
e
se
para
tornaram
detecção
complexas
dos
para
são
tipos
(CONTE, 2000). Da mesma maneira, a necessidade
isolamento
de RNA não-degradado
de
moléculas
SAMBROOK,
de
cDNA
(ERLlCH
&
do
para a construção
GREENBERG,
1994;
1989).
O protocolo adaptado do TRlzol LS Reagent
o isolamento
centrlfuga
e
confirmação
diagnóstica
é essencial
do
e onerosas,
a ídentificação
necessárias
direta
do RNA viral,
refrigerada
portanto,
recomenda
o protocolo
para
a utilização
com rotação de 12.000 xg. Entretanto,
a rotação máxima da centrífuga
xg, adaptou-se
foi eficiente
da
como
utilizada
neste trabalho é de 4.000
aumentando
em 3 vezes o tempo de
centrifugação.
Os resultados
de 28 amostras
negativos
analisadas
e/ou a persistência
de HCV-RNA no plasma sangüfneo
podem ser devido à baixa carga viral
do vlrus em outros sítios de replicação,
medula óssea, células mononucleares
se considerar
também
sorológica
Hepatíte
resultar
aI.,
da
apresentado
E possivel,
reagentes
C exibem
em falso-positivos
1997).
alta
empregados
Deve-
na triagem
sensibilidade,
podendo
(SCHMIDT et aI., 1997; ZEHENDER
também,
que
estas
amostras
et
tenham
um número de cópias inferior a 1.000 cópias virais por
mL, número necessário
2003).
que
do sangue periférico.
como
para a detecção por RT-PCR (DAVIS et aI,
RESULTADOS E DISCUSSAO 36
5.3 RT-PCR
A transcriçllo
de
plasma
reversa foi realizada em RNA total proveniente
sangüíneo
oligonucleotídeos
sido observada
de
pacientes
desenhados
portadores
a partir
alta especificidade
de
da regillo
HCV,
com
5' NCR, tendo
para a regillo do genoma vira!.
A temperatura
de incubaçllo
uma inativaçllo
da enzima a ggoC por 5 minutos e 5 minutos a 5°C,
foram eficientes
de 37°C por 50 minutos,
seguida de
para a produçllo de cDNA a partir de RNA.
A PCR, realizada logo após o término da transcriçllo
foi
eficiente
diagnóstico
foi
para
amplificaçllo
da infecçllo
possível
2%, seguido
detectar,
do
cDNA,
através da eletroforese
da visualizaçllo
o
em gel de agarose
por UV, fragmentos
de bandas de
325pb.
Vinte e oito amostras tíveram resultados
primeira
PCR quanto
técnicas
de PCR utilizadas
na PCR aninhada,
apresentaram
negativos,
tanto na
demonstrando
que as
alta
especificidade
e
para a detecção da presença do vírus da hepatite C.
A PCR pôde detectar
infectados
possibilitando
pelo vírus da Hepatite C. Por essa técnica
DNA de aproximadamente
sensibilidade
reversa,
o RNA no soro sangüineo
de pacientes
em apenas 1 ou 2 semanas após a exposição
ao vírus
(Figura 6).
Vinte e oito amostras foram negativas
o cDNA como molde para a reaçllo.
novamente
isolados
reaçôes de transcriçllo
e
a
partír
para a PCR utilizando
Essas tiveram
deles
foram
seus RNAs
efetuadas
novas
reversa e de PCR para a confirmaçllo
dos
resultados.
De acordo com
vezes
negativa,
sorológico
Taya
o resultado
deve ser repetido,
antí-HCV falso-positivo.
et aI. (2001),
deve
ser
se a PCR for por duas
questionado
e o teste
pois pode se tratar um resultado
de
RESULTADOS E DISCUSSAO 37
Com o objetivo
de dar maior segurança
aos resultados
amostras HCV-RNA positivas foram realizadas
das
duas amplificações
para cada amostra. Além disso, para cada reação de transcrição
reversa,
PCR e PCR aninhada
foi utilizado
um controle
positivo
(amostra de HCV-RNA positiva) e um controle negativo (sem a fita
molde), visando indicar a presença de contaminação
das reações
com cO NA exógeno.
5.4 peR Aninhada
Com o objetivo de melhorar a sensibilidade,
e a eficiência
submetido
da reação,
o produto
a uma nova amplificação
oligonucleotídeos
de coNA
utilizando
capazes de amplificar
produto de cO NA de 260pb utilizando
a especificidade
amplificado
foi
um conjunto
de
um fragmento
interno do
como molde o segmento de
325pb.
Vários
testes foram realizados
em consideração
temperatura
para PCR aninhada
de pareamento
levando
e quantidade
de
produto de PCR.
Após eletroforese
em gel de agarose 2% corado com brometo
de etídio da RT-PCR, foi possível visualizar
fragmentos
de bandas de aproximadamente
mostra fragmentos
aninhada,
em transiluminador
de aproximadamente
de três amostras
para fins comparativos,
325 pb. A Figura 7
260pb,
de diferentes
UV
obtidos
indivíduos,
da PCR
utilizando
um marcador de peso molecular de 100pb,
além de um controle negativo para a reação.
A região 5' NCR do genoma do HCV tem sido a mais utilizada
nas reações de PCR aninhado.
utilizado na metodologia
aI. (1996).
O conjunto
de oligonucleotídeos
foi obtido através do trabalho de KRUG et
RESULTADOS E DISCUSSAO 38
260pb
Figura 7. Perfil eletroforético
de três amostras HCV-RNA positivas
em gel de agarose 2% corado com brometo de etídio dos produtos
da PCR aninhada do vfrus da hepatite C. M=marcador 100pb; 1 a
3=HCV positivo (banda de aproximadamente
A PCR aninhada
Acredita-se
diminuir
260pb).
tem sido recomendada
que ela melhora
a sensibilidade
os altos custos com a utilização
por várias razOes.
do teste.
Além de
de sondas radioativas,
também reduz o tempo de reação e elimina o risco potencial
biologista
molecular
(ASlANZADEH
na
utilização
de
materiais
do
radioativos
el a/., 2000).
5.5 Genotipagem
do HCV
Resultados obtidos neste estudo mostraram a ocorrência de 2
genótipos
analisadas,
no
Estado
de
Alagoas:
1 e
3.
De
76
amostras
62/76 foram reativas para o genótipo 1 (81,6%), 13/76
genótipo 3 (17,1%),1/76
(1,3%) 1a/3a infecção mista. Não foram
encontradas amostras do genótipo 2 (Figura 8).
RtESUL TADOS tE DISCussAO
39
1.3%
.HCV 1
HCV3
oHCV 1ai3a
Figura 8. Distribuição
digestão
da freqüência
de genótipos
dupla com as endonucleases
Hinfl-BstOI
do HCV após
de restrição
Haelll-Rsal
e
entre os casos HCV-RNA positivos (n=76).
Neste estudo,
os resultados
obtidos
demonstraram
que o
genótipo 1 é o mais prevalente no Estado de Alagoas. Além disso,
o estudo revelou
estudos
com
realizados
uma
verificado
detectados
baixa
no
Na figura
Bstl/Hinfl.
em diferentes
ocorrência
também
particularmente
obtidos
alto Indice do genótipo
foi
a
Nordeste
do
regiões do pais, em contraste
genótipo
inexistência
do
1 em relação a outros
Brasil,
3.
de
como
Fato
importante
outros
genótipos
o
genótipo
2,
em Salvador.
9 está destacado
após digestão
o perfil dos genótipos
dupla com as endonucleases
de HCV
de restrição
RESUL TADOS E DISCUSSÃO 40
----~
-
100pb--.
Figura 9. Padrões de restrição
dos produtos da amplificação
PCR da região 5"UTR do HCV obtidos
endonucleases
de
restrição
após digestão
Bstl/Hinfl.
dupla com
Eletroforese
em
MetaPhor 4% com tampão de corrida TAE 1X. M=marcador
1 e 2=genótipo
1( bandas de
pb); e 3 a 8=genótipo
53pb); 9=controle
aproximadamente
RT-
gel
100pb;
94, 63, 53 e 41
3 (bandas de aproximadamente
140, 57 3
negativo.
YOSHIDA et ai. (1999) estudaram 59 pacientes com hepatite
C
crônica
prevalência
na
cidade
do
Rio
de
Janeiro,
de 85,7% para o genótipo
os valores percentuais
encontrado
encontrando
uma
1. Neste estudo preliminar
nos portadores de HCV do HU e
LACEN estão de acordo com esse estudo.
De acordo com KRUG et ai. (1996) o genótipo mais freqüente
no Sul do Brasil é o genótipo
um indice
estudos
mais baixo
realizados
pode ser
em relação
3. Esta diferença,
segundo
Sudeste
analisaram
(pacientes
hemofílicos
com
grupos
Al Ts
e
um
KRUG et ai.
epidemiológicos
alteradas
a outros
também,
devida ao fato de que os trabalhos
na região
doença do figado).
para esse genótipo
no pais. Os autores detectaram,
alto Indice do genótipo
(1996),
1, apesar deste estudo ter revelado
realizados
restritos
pacientes
com
RESULTADOS E DISCUSSÃO 41
MARTINELLE et ai. (2000). analisaram
90 pacientes
gerados
do Estado
a partir
endonucleases
de São Paulo
da região
de restrição
mapas coerentes
por RFLPs.
5'NCR após digestão
Amplicons
dupla com as
e Bstl/Hinfl
Haelll/Rsal
aos genótipos
baixo, o genótipo 5.
plasma sangüineo de
produziram
1, 2 e em um percentual
muito
Este último, geralmente encontrado na África
do Sul, Egito e sudeste asiático.
OLIVEIRA
distribuição
ai.
(1999)
investigaram
os
padrões
de
dos genótipos do HCV, estudando 250 pacientes anti-
HCV positivos,
encontraram
et
através
da detecção
HCV-RNA
pelo RT-PCR e
prevalência de 72% para o HCV 1, 25,3% para o tipo
3, 2% para o 2 e 0,7% para o 4, semelhantes
aos genótipos
de
várias regiões mundiais.
5.6 Subtipagem
do HCV
O subtipo 1b foi o mais freqüente dentre o genótipo 1 com um
percentual de 83,8% (52/62), o subtipo 1a apresentou um Indice de
11,3% (7/62) e 4,8% (3/62) do genótipo
1 que não foram tipados
(Figura 10).
4.8%
11.3%
.HCV 1a
.HCV 1b
O Indeterminados
83.9%
Figura
10. Distribuição
da freqüência
de subtipos do genótipo
1
em amostras de HCV-RNA positivos após digestão simples com a
endonuclease de restrição BstUI
(n=62).
RESUL TADOS E DISCUSSÃO
42
Com relação ao genótipo 3. o subtipo 3a teve um percentual
de 53.8% (7/13). Devido a especificidade
dos oligonucleoUdeos
ao
subtipo 3a, o restante das amostras 46,2% (6/13) do genótipo 3
ainda
não foi identificada.
É posslvel
que pertençam
a outros
subtipos do genótipo 3 (Figura 11).
46,2%
Figura
11. Distribuição
da freqOência de subtipos do genótipo
3
em amostras de HCV-RNA positivas após digestão simples com a
enzimas de restrição ScrFI (n=13).
Os resultados encontrados neste estudo. associados ao alto
indice de pacientes
com o subtipo
1b e 1a e 3a em Alagoas,
significam uma perspectiva preocupante em relação ao prognóstico
clinico e ao tratamento dos pacientes portadores destes genótipos
(Figura 12).
RESUL TADOS E DISCUSSÃO 43
209
42
Figura 12. Padrões de restrição dos produtos da amplificação
PCR da região 5'NCR
do HCV de diferentes
após digestão simples com endonucleases
e Bstl (7-10) , Eletroforese
indivlduos
RT-
obtidos
de restrição ScrFI (1-6)
em gel MetaPhor 4% com tampão de
corrida TAE 1X. M=Marcador de 100pb.
Segundo ZEIN (2000), o subtipo
todos os genótipos
ao tratamento
e o que apresenta
com Interferon.
1b é o mais agressivo
de
baixa resposta sustentada
Os genótipos
2 e 3 respondem
melhor ao tratamento com o antiviral.
Vários
resultados
estudos
têm demonstrado
terapêuticos
e a seqüência
uma correlação
entre os
de um aminoácido
de uma
pequena região da protelna não estrutural 5A (NS5A) do HCV. Isto
tem sugerido que essa
sensibilidade
pela
expressa a região determinante
ao IFN (ISDR), podendo mediar a resistência
interação
direta
associadas
com
(WEBSTER
et ai"
estudo
região
indicaram
a
com
uma
resposta
2000).
Os
ou
duas
virológica
resultados
protelnas
sustentada
encontrados
da
ao IFN
celulares
ao
IFN
neste
que os subtipos 1b de HCV são importantes na
. BEW.LIADQ~E. DISCUSSÃO 44
determinação
do tempo
resposta que o individuo
de tratamento
apresentará
índice
encontrado
de pacientes
se levarmos em consideração
portadores
no nosso trabalho,
do subtipo
encontrados
1b do HCV.
no Estado de Alagoas.
LUNGE et aI. (1999), encontraram
para os genótipos
da
a esse tratamento.
Esses dados são preocupantes
o alto
e conseqüentemente.,
padrões de bandas tfpicas
1 (1a e 1b). 2 e 3. Os mesmos genótipos
foram
nas regiões Sul e Sudeste do Brasil por KRUG et ai.
(1999), OLIVEIRA
et ai. (1999) e BASSIT et ai. (1999).
mista foi verificada
em 8 amostras, 6 no Norte e 2 no Nordeste. Um
padrão
não descrito
para um genótipo
como indeterminado.
foi encontrado
No estudo foi determinada
Infecção
e definido
a prevalência
dos
subtipos 1a e 1b. O subtipo 1b foi o mais prevalente 60% na região
Norte e 71 % na região Nordeste (KRUG et aI., 1999).
BARBARO et ai. (1999) verificaram
com
genótipos
1b
ultraestruturais
podendo
Sendo
freqüentemente
das
mitocôndrias
comprometer
assim,
pacientes
evolução
a
o
com genótipos
apresentavam
depleção
de
fosforilização
aumentada
1b poderia
da doença hepática,
aumentando
Nesses pacientes,
de
com
este
fato,
desenvolvidas
hepático.
livres
nos
citopático
resistência
terapêuticas
à
na
do
aumento
ação
dos
A ser confirmado
poderão
vir
a
ser
no combate a essa doença.
fator
da infecção
de risco
A persistência
descontrolada
o efeito
da doença hepática.
estratégias
A persistência
importante
radicais
mtDNA,
oxidativa.
haveria, portanto,
conseqüente
e pior evolução
novas
de
do
atuar de modo negativo
vírus C da hepatite.
interferons
alterações
com
processo
produção
hiperoxidação,
que os pacientes de HCV
a fatores
pelo vírus da
para
o desenvolvimento
da infecção
que
à proliferação
celular,
transcrição
Stat
acúmulo
cujo
associado ao desenvolvimento
levaria
regulam
associados
3,
hepatite
a
transcrição
de HCC.
forma
é um
de câncer
a urna exposição
como é o caso
na
C
de
genes
do fator
fosforilada
de
está
Rt=SlJtl'Jl:DO$E DISCl:JSSAO 45
No Brasil,
realizados.
poucos
BASSlT
doadores
de
estudos
de genotipagem
SAÉS-ALQUÉSAR
&
de HCV foram
(1999)
estudaram
sangue na cidade de São Paulo utilizando
de L1PA, obtendo como resultado
as prevalências
54
a técnica
de 59% para o
genótipo 1, 6% para o genótipo 2 e 35% para o genótipo 3.
De acordo com KRUG et ai. (1996) a incidência
no Brasil é provave'lmente
estabeleçam
a
principalmente
poucos
real
baixa,
nas regiões
dados
publicados.
à falta de estudos que
devido
prevalência
dos
do Nordeste
genótipos
e Norte,
Entretanto,
obtidos para Alagoas neste trabalho,
do genótipo 1
segundo
a suposição
no
país,
onde existem
os
resultados
dos autores não
reflete a realidade encontrada no Estado.
PARANÁ
et aI.
(2000),
detectaram
o subtipo
1a em 75
pacientes
(32%), 1b em 72 (31%), 3a em 61 (26%), 2a em 14 (6%),
5 (2,5%)
tinham
indeterminado.
genótipo
1 apresentavam
pelo genótipo
reportado
Salvador
e 5 (2,5%)
associado
amplamente
3. Nesta população
nos estudos
seja
europeus.
composta
nenhum genótipo
epidemiologia
o genótipo
estudo
ao que foi
negra
de
ou miscigenada,
o que pode significar
nesta região via imigração
algumas
peculiaridades
do vírus da hepatite C no Brasil e fortemente
nessa
O
3 não parece estar
Embora 80% da população
foi identificado,
demonstra
específiCo.
em contraste
por população
africano
que sua introdução
com
no nordeste do Brasil, seguido
que o vírus da hepatite C foi introduzido
Este
o genótipo
que pacientes
a um genótipo
ao uso de drogas venosas,
européia.
tiveram
média de idade mais alta e nenhum fator
esteve
1 predominou
relacionado
mista
Os autores também observaram
de risco peculiar
genótipo
infecção
região esteve relacionada
da
sugere
à imigração
européia e não à africana. O nosso estudo não está de acordo com
o trabalho de PARANÁ ei aI. (2000), pois encontramos
percentuais,
um número
8 vezes
comparação com o subtipo 1a.
maior
em termos
para o subtipo
1b em
RESULTADOS E DISCUSSÃO 46
Estudos associam o subtipo 1b com evolução mais freqüente
para cirrose e hepatocarcinoma
que não são confirmados
quando
afastados elementos como idade, duração da infecção ou forma de
aquisição
do
pacientes
mais
pacientes
com doença
demonstram
HCV, ou seja,
idosos,
o
com muito
adquirida
que a distribuição
semelhante
em
genótipo
pacientes
1b associava-se
tempo
de infecção
ou nos
por via transfusional.
dos diferentes
com
com
Estudos
genótipos
pode ser
séricas
normais,
enzimas
comparada àqueles com enzimas aumentadas.
Est.e,strabalhos
têm resultados concordantes
de SILlNI e FRETZ (1999) que demonstraram
com os estudos
alta prevalência
do
tipo 1 em amostras de pacientes com hepatite causada pelo vírus
C.
Três
genótipo
neste
amostras
identificadas
3 não puderam
trabalho.
capacidade
genótipo
A
de
e
comumente
subtipo
do
HCV,
podemos
são denominadas
devido à replicação
constantes,
provável
imperfeita
mutações.
ter
1 e seis do
gen6tipo
ser subtipadas
hipótese
mutação
como
pelo método
para
pois
este
dentro
variações
de quasisespecies.
fato
utilizado
está
na
de
um mesmo
do
vírus,
que
Estas ocorrem
do HCV, através de pequenas, mas
Pela técnica
de RFLPs
restrição reconhecem seqüências de 4 a 6
as enzimas
nucleotídeos
de
e se por
acaso ocorrer uma pequena mutação em algum sítio de restrição,
então
a enzima
não reconhece
o sítio
e deixa de clivar
nesta
região de seqüência específica.
Os mecanismos
pelo
subtipo
responsáveis
1b não
foram
existência de quasiespecies
ainda
pela persistência
elucidados.
da infecção
Parece
que
a
e a grande capacidade mutagênica do
vírus propiciam o constante escape à intensa resposta imunológica
desenvolvida
pelo hospedeiro.
A documentação
e análises de dados obtidos dos ensaios de
amplificação
e digestão
subseqüente
identificação
dos cONA do HCV, conduziram
a uma
preliminar dos genótipos circulantes em
~ESULTADOS E D/SCUSSAO 47
Alagoas.
Em adição,
variabilidade
geração
virais
pela avaliação
da
genética da população do HCV também resultarão
na
de dados estatísticos
considerados
contribuirá
objetivo
as informações
referentes
resistentes
ao
para o desenvolvimento
um controle
obtidas
à ocorrência
interferon
dos tipos
peguilado.
Isso
de mecanismos que têm como
epidemiológico
mais eficiente
e, conseqüentemente,
em subáreas
geográficas
específicas,
para a redução da
mortalidade
entre homens e mulheres potencialmente
candidatos à
cirrose hepática e ao HCC.
As Portarias
GM/MS
SAS/MS nO 17, de 22 de janeiro
n° 1.464,
antivirais
de 22 de dezembro
Interferon
Informações
e
Ribavirina
Ambulatoriais
considerando
a
genotipagem
para
na
do Sistema
necessidade
da
a determinação
causador da hepatite,
de
1999,
Tabela
de 1997 e
incluíram
os
Sistema
de
do
Único de Saúde SIA/SUS,
realização
do
o que estabelece
tipo
do
exame
genético
do
de
vírus
o esquema terapêutico
a
ser utilizado no tratamento desta doença.
Em junho de 2000 o Ministro de Estado da Saúde, sanciona a
Portaria
N" 639
Terapêuticas
da
hepatite
e a gravidade
necessidade
tecnicamente
indicações
mecanismos
o Protocolo
viral
crônica
Clínico
de diagnóstico
a prescrição
e
de
seus
tipo
de sua evolução
de custear o tratamento
contém critérios
.J
aprova
e Diretrízes
da Hepatite Vira! Crônica Tipo C (HCV), considerando
a prevalência
brasileira
que
esquemas
acompanhamento
clínica
da infecção.
e tratamento,
médica.
C na
Além
uso
e diante
de
ética e
regulamentar
e de
da
Esse protocolo
observando
terapêuticos
de
população
e
as
estabeleça
avaliação
de
resultados,
garantindo assim a prescrição segura e eficaz. O ponto
importante
na Portaria
tratamento
da infecção de acordo com o genótipo do portador do
N° 639 é o estabelecimento
do tempo do
HCV. Para o pacientes com genótipo 1 e para os demais genótipos
tratamento
de 12 meses e 6 meses respectivamente,
única dose semanal de Interferon.
com uma
RESUt1'AOOS E D/SCUSSAO 48
Em 2003, a Portaria 1.407 tornou obrigatória a incorporação
da técnica
de NAT (Teste
sorológica dos doadores
imunodeficiência
de
adquirida)
transmissão desses vírus.
de Ácidos
sangue
Nucléicos),
para
e HCV, visando
o
na triagem
HIV (vírus
reduzir
da
o risco de
CONCLUSÓES 49
6. Conclusões
•
A metodologia empregada neste estudo foi eficiente para a
extração
de RNA, detecção
genotipagem
•
do HCV-RNA em soro de portadores
anti-HCV
Universitário
do Laboratório
•
e subtipagem de HCV.
A positividade
anticorpo
do HCV-RNA, bem como para a
selecionados
da Universidade
Hospital
do
Dia do Hospital
Federal de Alagoas
(UFAL) e
Central de Alagoas (LACEN) foi de 73,1%.
Entre as amostras RNA-HCV positivas,
mais prevalente,
o genótipo
1 foi o
seguido pelo tipo 3.
•
O subtipo 1b foi mais freqüente que o 1a.
•
Não foi detectado o genótipo 2 nas amostras analisadas.
•
A prevalência
do subtipo
1b em Alagoas
é maior do que
tem sido descrito para a Bahia, Sudeste e Sul do país.
PERSPECTIVAS 50
7. Perspectivas
7.1 Sequenciamento
Automático
Oligonucleotídeos
região
de HCV
específicos para a amplificação
5'NCR (260 pb) de diferentes
parcial da
HCV serão utilizados.
Os
produtos de PCR serão purificados utilizando o kit Wizard™ Preps
DNA purification (Promega Corp., Madison, WI).
As sequências do cDNA viral serão determinadas através de um
sequenciador automático de DNA MegaBace 1000 do Laboratório de
Genética Molecular, Genômica e Proteômica - GEMPRO/CECA da
Universidade Federal de Alagoas -UFAL.
7.2
Diagnóstico
Eletrônico
das Seqüências de HCV
As seqüências geradas dos diferentes HCV serão submetidas
ao banco de dados de domínio público, o NCBI (National Center for
Biotechnology
-
www.
ncbi.nlm.nih.gov/),
utilizando
o
algoritmo
heurístico BLAST que busca alinhamentos ótimos. Tal procedimento
irá
permitir
a
identificação
precisa
dos
genótipos
e
subtipos
desconhecidos de HCV das amostras seqüenciadas.
7.3 Análise filogenética
dos genótipos
de HCV
Árvores parsimônicas serão construidas a partir da comparação
de sequências homólogas alinhadas do cDNA dos diferentes tipos de
HCV, utilizando-se o programa
PAUP 3.1.1. (SWOFFORD, 1993), do
Sistema Apple Mclntosh. Os valores de bootstrap, o suporte interno
de cada ramo, serão computados com 500 replicações. A polaridade
'i
dos
caracteres
(outgroups)
será
determinada
serão produzidos
MEGA 1.01 (KUMAR
similaridade
(distância
árvores fenéticas
genética)
enquanto
será o de Kimura's
em
grupos
irmãos
mediante
utilização
de determinar
entre as seqüências
utilizando
que
comparadas.
a
As
os métodos UPGMA e
o modelo
two-parameter
do programa
de distância
a ser
(LI & GRAUR, 1991). O
será efetuado com 500 replicações.
A partir
da análise
filogenética
relação genética entre os genótipos
genótipos
baseada
et aI., 1993) com o objetivo
serão construídas
NJ (neighbor-joining),
bootstrap
51
designados.
Fenogramas
utilizado
PERSPECTIVAS
t
e subtipos
agrupamentos
gerados.
novos
será
possivel
estabelecer
a
de HCV, como também identificar
ou indeterminados,
de acordo
com os
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AP~NDICE 64
9. L-ista de Apêndice
~:d".
01, P".o," de éli
Comi~.o de "'io' em Pesqui•• d.
m
UNIVERSIDADE FEbERAL DE A~AÇOAS
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
Senhor(a) Pesquisador(a) :
de Ética na Pesquisa (CEP), reunido em oS !/IO~~.1
,<1,,,,,,,
e com base no parecer ,emi,tidOpeIO(a),
sob o título~
di- KT -'
"«'62£
q
o Comitê
~
Ps
K,
do
,,,o,,w
l-kV ~~
' ,~
cw.flo rn£
e.. 9If~
de sua autOl;a, vem por este instrumento comunicar sua aprovação;,
- ,
com base
,
no item VIII. 13,b, da Resolução n' 196/96,
Outrossim, recomendamos a observância do que cqnsta 'na folha de '
,
rosto com respeito ao cumprimento dos prazos para entrega de velatórios, bem
COI110
o atendimento da referida Resolução, sobretudo no que se refere ,aos Ítens
m.
IV e V> (proteção
ao sujeito)
e das demais Resoluções da CONEP/CNS,
quando for o caso(-),
Na eventualidade de esclarecimentos ,adicionais este Comitê colocase à disposição dos interessados para o acompanhamento da pesquisa em seus
dilema1sêticos r:t=s
~
c:::
~Lo.:y;J
1J!~()JYYW1
~pOJLR.: evn. ~
(*)
A'renscemálicnscspeciais
nt:~k
su~:tL~~h.
vn..~~u
~
,e.- pJt;2..b Cbe.1;iAA.Q .
/%!
6err-é-~ct'- (~, '1g6
t~NJ
,
APÊNDICE 65
""',
a
Apêndice 02. Termo de Consentimento Uvree Esclarecido
.
,
,
-
.\
SERViÇO PUBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
Termo de Consentimento Livre e I;sclarecido
Eu
_
Concordo em participar voluntariamente da pesquisa "Genotipagem
de HCV (vírus da hepatite C) em Maceió através de RT-PCR/RFLPs e
sequenciamento
automático".
Fui
informado(a)
que
o
estudo
consistirá de coleta de sangue para realização de RT-PCR, seguido
da identificação de tipos e subtipos de HCVs por RFLPs, sem danos à
minha saúde.
Fui esclarecido(a)
que os resultados
do estudo
contribuirão com exames complementares para o diagnóstico de HCV,
auxiliando o meu tratamento, e que, quan-do dá aprêSénláçãO dos
resultados da pesquisa, serão omitidos dados que me identifiquem.
participar,
Visto que nada tenho a me opor, concordo
em
assinando este termo, sabendo que posso desistir
do
estudo, sem qualquer prejuízo em meu atendimento neste Hospital.
Maceió,__
Assinatura
doPaciente
Assinatura
do(a)Médico(a)
I
1
APt=NDICE 66
.""'.
,
a
03. Questionário aplicado as pacientes estudadas.
Apêndice
'
-
o',
'._
~_ERV1ÇOPÚBLlCOFE'pERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL. DE ALAGOAS
DIAGNOSE MO/.ECULAR DE ACIDOS NUCLEICOS
HEMOCENTRO:
_
DATA DE COLETA: __
/__
/__
PRONTUÁRIO:
-------
-------------------------o
NOME:
SEXG: MASGUUN0D
FEMININO
DATA DE NASCIMENTO: __
/__
/__
ENDEREÇO:
_
------------------------
PROFISSÃO:
---------- ------- --------------------
TELEFONE:
----------------------o
ESCOLARIDADE:
ESTADO CIVIl:
SOLTE1RO(A)D
o
o
VlÚVO(A)
TRANSFUSÃO SANGuINEA:
DOADOR DE SANGUE: SIM
FUMO:
SIM
ÁLCOOL: SIM
o
o
NÃO
NÃO
CASADO(A)
OUTROS
SIMD
NÃO
o
o
DIVORC1ADO(A)D
NÃCO
o
o
QUANTO TEMPO?
ANOS
QUANTO TEMPO?
ANos
TESTES SOROLÓGICOS:
ELISA I
R1BAl
o
o
TRATAMENTO:
O
ELISA 11
ElISAlII
o
R1BAuD
NÃO
IMUNOTERAPIA: NÃOU
o
SIMD
SIM[]
DATA: __
DATA: __
/__
/__
,_
,_
Download